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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 5647-1

Terceira edição
30.04.2019

Sistemas para adução e distribuição de água —


Tubos e conexões de PVC-U 6,3 com junta
elástica e com diâmetros nominais até DN 100
Parte 1: Requisitos gerais para tubos e métodos
de ensaio
Water main and water distribution systems — PVC-U 6,3 plastic pipes and
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fittings with elastic joints and with nominal diameter until DN 100
Part 1: General requirements for pipes and test methods

ICS 93.025 ISBN 978-85-07-08019-0

Número de referência
ABNT NBR 5647-1:2019
38 páginas

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Impresso por: Daniela Santos Flores (ADM.)
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Símbolos e termos abreviados..........................................................................................4
4.1 Generalidades......................................................................................................................4
4.2 Símbolos..............................................................................................................................4
4.2.1 Letras minúsculas...............................................................................................................4
4.2.2 Letras maiúsculas...............................................................................................................4
5 Requisitos gerais................................................................................................................5
5.1 Generalidades......................................................................................................................5
5.2 Determinação da pressão de trabalho (PT) para temperaturas até 45 °C.....................5
5.3 Materiais...............................................................................................................................6
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5.3.1 Valor K da resina de PVC....................................................................................................6


5.3.2 Composto de PVC-U...........................................................................................................6
5.3.3 Efeito sobre a água.............................................................................................................7
5.4 Tubos....................................................................................................................................7
5.5 Junta elástica.......................................................................................................................8
6 Requisitos específicos.......................................................................................................9
6.1 Composto de PVC-U...........................................................................................................9
6.1.1 Temperatura de amolecimento “Vicat”.............................................................................9
6.1.2 Teor de cinzas......................................................................................................................9
6.1.3 Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração.....................................10
6.1.4 Verificação da ausência de chumbo................................................................................10
6.2 Ensaios durante a fabricação..........................................................................................10
6.2.1 Dimensões.........................................................................................................................10
6.2.2 Estabilidade dimensional.................................................................................................10
6.2.3 Resistência ao impacto.................................................................................................... 11
6.2.4 Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração...................................... 11
6.3 Ensaios de desempenho..................................................................................................12
6.3.1 Ensaio de estanqueidade da junta elástica com deflexão angular e aplicação de
vácuo parcial interno........................................................................................................12
6.3.2 Estanqueidade da junta elástica com deflexão angular e aplicação de pressão
hidrostática interna............................................................................................................12
6.4 Avaliação de lotes estocados..........................................................................................12
7 Inspeção de recebimento.................................................................................................12
8 Amostragem......................................................................................................................13
9 Marcação e unidade de compra.......................................................................................15
Anexo A (normativo) Ensaio de verificação da resistência ao impacto.........................................17
A.1 Objetivo..............................................................................................................................17
A.2 Aparelhagem .....................................................................................................................17

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A.3 Preparação dos corpos de prova....................................................................................20


A.4 Procedimento....................................................................................................................20
A.5 Expressão dos resultados................................................................................................21
A.6 Procedimento de avaliação dos resultados do requisito de verificação da
resistência ao impacto em ensaios realizados na inspeção de recebimento.............22
A.6.1 Amostragem......................................................................................................................22
A.6.2 Avaliação dos resultados de ensaio...............................................................................23
A.7 Relatório de ensaio...........................................................................................................23
Anexo B (normativo) Ensaio de estanqueidade da junta elástica com deflexão angular
e aplicação de vácuo parcial interno...............................................................................24
B.1 Objetivo..............................................................................................................................24
B.2 Aparelhagem......................................................................................................................24
B.3 Preparação do corpo de prova........................................................................................25
B.4 Procedimento....................................................................................................................25
B.5 Relatório do ensaio...........................................................................................................26
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Anexo C (normativo) Ensaio de estanqueidade da junta elástica com deflexão angular


e aplicação de pressão hidrostática interna...................................................................28
C.1 Objetivo..............................................................................................................................28
C.2 Aparelhagem......................................................................................................................28
C.3 Preparação do corpo de prova........................................................................................29
C.4 Procedimento....................................................................................................................29
C.5 Relatório do ensaio...........................................................................................................30
Anexo D (normativo) Controle do processo de fabricação.............................................................31
D.1 Periodicidade dos ensaios para tubos de PVC-U..........................................................31
Anexo E (normativo) Diretrizes para aplicação da tabela de amostragem para ensaios
destrutivos apresentada na Seção 8...............................................................................32
E.1 Objetivo..............................................................................................................................32
E.2 Diretrizes............................................................................................................................32
E.3 Exemplo de aplicação dos conceitos apresentados nesta Parte da
ABNT NBR 5647.................................................................................................................35
Bibliografia..........................................................................................................................................38

Figuras
Figura 1 – Fator de correção suplementar fT em função da temperatura da água........................6
Figura 2 – Comprimento útil dos tubos de PVC-U............................................................................7
Figura 3 – Tubo de PVC-U com bolsa para junta elástica................................................................8
Figura 4 – Dimensões do alojamento do anel removível.................................................................9
Figura A.1 – Aparelhagem para o ensaio de impacto.....................................................................18
Figura A.2 – Percussores metálicos.................................................................................................19
Figura A.3 – Expressão de resultado do ensaio para TIR = 10 % (limite de confiança de
90 %)...................................................................................................................................22
Figura B.1 – Dispositivo de ensaio usual........................................................................................24
Figura B.2 – Regime de ensaio quanto à aplicação do vácuo.......................................................26

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Figura C.1 – Dispositivo de ensaio usual........................................................................................28


Figura C.2 – Regime de ensaio quanto à aplicação da pressão hidrostática interna.................30
Figura E.1 – Exemplo de extração de corpos de prova..................................................................34
Figura E.2 – Amostragem..................................................................................................................36

Tabelas
Tabela 1 – Comprimento útil mínimo dos tubos de PVC-U..............................................................8
Tabela 2 – Profundidade mínima da bolsa para juntas de tubos de PVC-U...................................8
Tabela 3 – Dimensões do alojamento do anel removível.................................................................9
Tabela 4 – Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração....................................10
Tabela 5 – Características do impacto............................................................................................. 11
Tabela 6 – Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração.....................................12
Tabela 7 – Plano de amostragem para ensaios não destrutivos...................................................14
Tabela 8 – Plano de amostragem para ensaios destrutivos...........................................................14
Tabela 9 – Número de corpos de prova e especificação para o ensaio de resistência ao
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impacto...............................................................................................................................15
Tabela A.1 – Dimensões dos percussores.......................................................................................19
Tabela A.2 – Número de corpos de prova........................................................................................20
Tabela A.3 – Expressão de resultado do ensaio para TIR = 10 % em função do número de
impactos e de falhas ........................................................................................................21
Tabela D.1 – Periodicidade dos ensaios para os tubos de PVC-U................................................31
Tabela E.1 – Quantidade de corpos de prova previstos nos métodos para os ensaios
contemplados na inspeção de recebimento...................................................................32
Tabela E.2 – Número de corpos de prova e especificação para o ensaio de resistência ao
impacto...............................................................................................................................33
Tabela E.3 – Número de corpos de prova que devem ser retirados de cada unidade
da amostra.........................................................................................................................34
Tabela E.4 – Tamanho da unidade da amostra................................................................................34
Tabela E.5 – Plano de amostragem para ensaios não destrutivos................................................35
Tabela E.6 – Plano de amostragem para ensaios destrutivos para lote de 1 000 barras............35
Tabela E.7 – Análise do ensaio de resistência ao impacto............................................................37

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
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Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 5647-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177), pela
Comissão de Estudo de Tubos e Conexões de PVC (CE-177:002.001). O Projeto de Revisão circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 13.11.2018 a 14.01.2019.
A ABNT NBR 5647-1:2019 cancela e substitui a ABNT NBR 5647-1:2004 Versão corrigida:2007, a qual
foi tecnicamente revisada.
A ABNT NBR 5647, sob o título geral “Sistemas para adução e distribuição de água ‒ Tubos e conexões
de PVC-U 6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
—— Parte 1: Requisitos gerais para tubos e métodos de ensaio
—— Parte 2: Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 1,00 MPa
—— Parte 3: Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 0,75 MPa
—— Parte 4: Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 0,60 MPa
—— Parte 5: Requisitos para conexões.
O Escopo em inglês da ABNT NBR 5647-1 é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 5647 especifies requirements for pipes and fittings of unplasticized poly (vinyl
chloride) (PVC -U) and their elastic joints, to be used in water distribution systems with nominal pressure
of 0,60 MPa , 0,75 MPa and 1,00 MPa at a temperature of 20 ºC and permissible circumferential
tension equal to 6,3 MPa.
NOTE The specific requirements for the various pressure classes of pipes are specified in ABNT NBR 5647-2,
ABNT NBR 5647-3 and ABNT NBR 5647-4.

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Sistemas para adução e distribuição de água — Tubos e conexões de


PVC-U 6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100
Parte 1: Requisitos gerais para tubos e métodos de ensaio

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 5647 especifica os requisitos para os tubos e as conexões de poli (cloreto
de vinila) não plastificado (PVC-U) e respectivas juntas elásticas, a serem utilizados em sistemas de
distribuição de água, com pressão nominal de 0,60 MPa, 0,75 MPa e 1,00 MPa, à temperatura de
20 °C e tensão circunferencial admissível igual a 6,3 MPa.

NOTA Os requisitos específicos para as diversas classes de pressão dos tubos são especificados nas
ABNT NBR 5647-2, ABNT NBR 5647-3 e ABNT NBR 5647-4.
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5683, Tubos de PVC ‒ Verificação da resistência à pressão hidrostática interna.

ABNT NBR 5687, Tubos de PVC ‒ Verificação da estabilidade dimensional.

ABNT NBR 7676, Anel de Borracha para Juntas Elástica e Mecânica de Tubos e Conexões de Ferro
Fundido ‒ Tipos JE, JM e JE2GS - Especificação.

ABNT NBR 8219, Tubos e conexões de PVC e CPVC ‒ Verificação do efeito sobre a água ‒ Requisitos
e método de ensaio.

ABNT NBR 9822, Manuseio, armazenamento, e assentamento de tubulações de poli (cloreto de vinila)
não plastificado (PVC-U) para transporte de água e de tubulações de poli (cloreto de vinila) não
plastificado orientado (PVC-O) para transporte de água ou esgoto sob pressão positiva.

ABNT NBR 13610, Resinas de PVC ‒ Determinação do valor K ‒ Método de ensaio

ABNT NBR NM 82, Tubos e conexões de PVC ‒ Determinação da temperatura de amolecimento


“Vicat”.

ABNT NBR NM 84, Tubos e conexões de PVC ‒ Determinação do teor de cinzas.

ABNT NBR NM 85, Tubos de PVC ‒ Verificação dimensional.

ISO 37, Rubber, vulcanized or thermoplastic ‒ Determination of tensile stress-strain properties

ISO 188, Rubber, vulcanized or thermoplastic ‒ Accelerated ageing and heat resistance tests

ISO 815, Rubber, vulcanized or thermoplastic ‒ Determination of compression set ‒ Part 1: At ambient
or elevated temperatures

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ISO 1431, Rubber, vulcanized or thermoplastic ‒ Resistance to ozone cracking ‒ Part 1: Static and
dynamic strain testing

ISO 1817, Rubber, vulcanized or thermoplastic ‒ Determination of the effect of liquids

ISO 2781, Rubber, vulcanized or thermoplastic ‒ Determination of density

ISO 7619, Rubber, vulcanized or thermoplastic ‒ Determination of indentation hardness ‒ Part 1:


Durometer method (Shore hardness)

ISO 3384, Rubber, vulcanized or thermoplastic ‒ Determination of stress relaxation in compression ‒


Part 1: Testing at constant temperature

ASTM D3677 Test methods for rubber ‒ Identification by Infrared Spectrophotometry

ASTM D6370, Test Method for Rubber ‒ Compositional Analysis by Thermogravimetry (TGA)

3 Termos e definições
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Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.


3.1
composto de PVC-U
material resultante da incorporação de aditivos à resina de PVC, com tensão circunferencial admissível
de 6,3 MPa

3.2
comprimento útil
CU
distância medida entre a extremidade da bolsa de um tubo até a extremidade da bolsa de outro tubo
de mesmo diâmetro nominal (DN), quando os dois tubos estão montados

3.3
diâmetro externo médio
dem
relação entre o perímetro externo do tubo e o número 3,1416, aproximado para o décimo de milímetro
mais próximo

3.4
diâmetro interno
dimensão correspondente ao diâmetro externo, descontadas duas vezes a espessura da parede

3.5
diâmetro nominal
DN
simples número que serve para classificar, em dimensões, os elementos de tubulações (tubos, juntas,
conexões, acessórios)

NOTA O diâmetro nominal (DN) não é objeto de medição, nem de utilização para fins de cálculos.

3.6
diâmetro externo
DE
maior dimensão medida na seção transversal de uma tubulação

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3.7
espessura de parede da tubulação
e
medida entre as superfícies externa e interna, em qualquer ponto da seção transversal da tubulação

3.8
falha
ocorrência de fissuras, trincas, furos ou quebras visíveis a olho nu

3.9
junta elástica
acoplamento constituído pela união da ponta de um tubo ou conexão com a bolsa de um tubo ou
conexão, por meio de um anel de vedação, alojado em sulco apropriado, situado na bolsa, montado
de forma deslizante

3.10
junta elástica integrada
JEI
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junta do tipo elástica, dotada de anel de vedação toroidal de seção não circular, incorporado ao sulco
durante o processo de fabricação dos tubos

3.11
peça de transição
peça destinada à ligação de uma tubulação a outra tubulação distinta ou a válvulas e demais acessórios

3.12
pressão nominal
PN
pressão de referência para os componentes do sistema, indicada pelo fabricante, expressa por um
número inteiro de unidade de pressão

3.13
pressão de trabalho
PT
pressão máxima que o sistema de tubulação pode suportar em uso contínuo, sob dadas condições de
serviço sem sobrepressão

NOTA Para sistemas de tubulações termoplásticas, a pressão nominal é igual à pressão de trabalho, à
temperaturas de até 25 °C, expressa em megapascals (MPa).

3.14
tensão circunferencial
σ
tensão tangencial presente ao longo de toda a parede de um tubo, decorrente da aplicação de uma
pressão hidrostática interna

3.15
tensão circunferencial admissível
σ
máxima tensão circunferencial a que um tubo de PVC-U pode ser submetido continuamente, na
temperatura de 20 °C, de forma a resistir por no mínimo 50 anos

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3.16
total incidents recorded
TIR
número total de falhas, dividido pelo número de impactos, em porcentagem, para o lote que está
sendo avaliado

3.17
valor K
valor numérico, adimensional, do índice de viscosidade de resinas de PVC

4 Símbolos e termos abreviados


4.1 Generalidades

A simbologia adotada nesta Parte da ABNT NBR 5647 é constituída por símbolos-base (mesmo tama-
nho e no mesmo nível do texto corrente).
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A simbologia geral encontra-se estabelecida nesta subseção e a simbologia mais específica de alguns
trechos desta Parte da ABNT NBR 5647 é apresentada nas seções pertinentes, com o objetivo de
simplificar a compreensão e, portanto, a aplicação dos conceitos estabelecidos.

4.2 Símbolos

4.2.1 Letras minúsculas

fT fator de correção suplementar

de diâmetro externo (em qualquer ponto)

dem diâmetro externo médio

emin espessura mínima de parede

σ tensão circunferencial
σ tensão circunferencial admissível

4.2.2 Letras maiúsculas

K valor K

DN diâmetro nominal

PN pressão nominal

PT pressão de trabalho

JEI junta elástica integrada

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5 Requisitos gerais
5.1 Generalidades

Os tubos utilizados em sistemas para adução e distribuição de água devem ser fabricados por processo
de extrusão e as conexões devem ser fabricadas por processo de injeção ou moldadas sob calor
a partir de tubos (ver ABNT NBR 5647-5).

Os tubos devem ser fabricados com ponta e bolsa para junta elástica integrada dotada de anel de
vedação e as conexões devem ser fabricadas com ponta e bolsa, ou bolsas dotadas de anel de vedação.

O sistema de tubulação (tubos, conexões e juntas), de acordo com esta Parte da ABNT NBR 5647, é
indicado para o transporte de água bruta e potável sob pressão e sob temperaturas que não excedam
45 °C, sendo que a pressão de trabalho da tubulação deve ser reduzida em função da temperatura da
água conduzida para temperaturas entre 25 °C e 45 °C.

Os tubos e conexões devem ser fabricados com composto de poli (cloreto de vinila) não plastificado
(PVC-U), que assegure a obtenção de um produto que satisfaça os requisitos desta Parte da
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ABNT NBR 5647, avaliados por ensaios de desempenho e instalados de acordo com os procedimentos
especificados na ABNT NBR 9822.

É permitida a utilização de conexões de ferro fundido dúctil do tipo Bolsa x Bolsa, em conformidade
com a ABNT NBR 15880, em sistemas de tubulação de acordo com esta Parte da ABNT NBR 5647.

5.2 Determinação da pressão de trabalho (PT) para temperaturas até 45 °C

A pressão de trabalho (PT) a ser utilizada nos sistemas de adução e distribuição de água com tubos e
conexões de PVC-U com junta elástica deve levar em consideração a temperatura da água conduzida
relacionada com a pressão nominal (PN), por meio de um fator de correção (fT).

A pressão de trabalho a temperaturas de até 25 °C é igual à pressão nominal (PN). Para determinar a
pressão de trabalho sob temperaturas entre 25 °C e 45 °C, um fator de correção suplementar, fT, deve
ser aplicado à pressão nominal (PN) como indicado a seguir:

PT = fT × PN

Este fator é apresentado no gráfico da Figura 1.

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1,0
Coeficiente fT

0,8

0,6

0,4
10 20 30 40 50
Temperatura (°C)

Figura 1 – Fator de correção suplementar fT em função da temperatura da água

5.3 Materiais
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5.3.1 Valor K da resina de PVC

A resina de PVC utilizada na produção do composto de PVC-U deve ser do tipo suspensão e apresentar
valor K maior ou igual a 65, quando determinado de acordo com a ABNT NBR 13610.

5.3.2 Composto de PVC-U

5.3.2.1 O composto de PVC-U deve estar aditivado somente com produtos necessários à sua
transformação e à utilização dos tubos de acordo com esta Parte da ABNT NBR 5647. Os aditivos
incorporados à composição de PVC consistem basicamente em estabilizantes térmicos, cargas
minerais, lubrificantes, pigmentos e eventuais auxiliares de processamento. Compostos de PVC não
plastificado são isentos de plastificantes

5.3.2.2 O pigmento deve estar total e adequadamente disperso no composto a ser empregado na
fabricação dos tubos.

5.3.2.3 O pigmento e o sistema de aditivação devem minimizar as alterações de cor e das propriedades
dos tubos durante a sua exposição às intempéries, manuseio e estocagem em obra.

5.3.2.4 O emprego de material reprocessado é permitido, desde que gerado no processo produtivo
pelo próprio fabricante dos tubos. Material reprocessado, obtido de fontes externas, não pode ser
empregado na fabricação dos tubos.O composto de PVC-U empregado na fabricação dos tubos deve
ser de cor marrom, permitindo-se nuançes devidas às diferenças naturais de cor das matérias-primas.

5.3.2.5 Havendo dúvidas sobre a existência de material reprocessado proveniente de fonte externa
ou reciclado no composto de PVC, deve-se realizar o ensaio de teor de cinzas, cujo resultado deverá
ser da mesma ordem de grandeza do composto virgem utilizado para a produção dos tubos da unidade
fabril em questão, em conformidade com o limite estabelecido nesta Parte da ABNT NBR 5647.

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5.3.3 Efeito sobre a água

O composto de PVC-U empregado na fabricação dos tubos deve preservar o padrão de potabilidade
da água no interior da tubulação, sem transmitir sabor e odor, e não pode provocar turvamento ou
coloração à água. O composto, bem como as concentrações máximas dos seus aditivos, devem estar
em conformidade com a legislação em vigor (ver Bibliografia, [1]), de maneira a não transmitir para
a água potável qualquer elemento que possa alterar suas características, tornando-a imprópria para
consumo humano.

Os tubos e conexões de PVC-U devem ter sua inocuidade avaliada conforme a ABNT NBR 8219 e os
limites aplicados a todas as extrações devem estar em conformidade com a legislação vigente.

Caso ocorra uma alteração de natureza química de um dos componentes do composto, deve ser
realizado um novo ensaio de efeito sobre a água.

NOTA Este ensaio não tem como objetivo avaliar a potabilidade da água para consumo humano, sendo
utilizado para atender a regulamentações específicas.

5.4 Tubos
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5.4.1 Os tubos devem ser fabricados com composto de poli (cloreto de vinila) PVC-U, que assegure
a obtenção de um produto que satisfaça os requisitos desta Parte da ABNT NBR 5647, avaliados por
meio de ensaios permanentes durante a fabricação e ensaios de desempenho.

5.4.2 Os tubos de PVC-U devem ser fabricados com ponta e bolsa para junta elástica nos diâmetros
nominais DN 50, DN 75 e DN 100, para as pressões nominais de 0,60 MPa, 0,75 MPa e 1,00 MPa,
com diâmetros externos médios (dem), espessuras de parede (e) e massa aproximada por metro
conforme estabelecido nas ABNT NBR 5647-2 (PN 1,00 MPa), ABNT NBR 5647-3 (PN 0,75 MPa) e
ABNT NBR 5647-4 (PN 0,60 MPa) da ABNT NBR 5647.

5.4.3 Os tubos devem ser livres de corpos estranhos, bolhas, fissuras ou outros defeitos visuais que
indiquem descontinuidade do material e/ou do processo de extrusão.

5.4.4 Os tubos de PVC-U devem ser fabricados com comprimento útil (CU) mínimo de 5,75 m,
quando montados respeitando-se as marcações de montagem previstas em 9.4, conforme a Figura 2
e Tabela 1.

DN

CU

Figura 2 – Comprimento útil dos tubos de PVC-U

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Tabela 1 – Comprimento útil mínimo dos tubos de PVC-U


Diâmetro nominal Comprimento útil mínimo (CU)
DN m
50
75 5,75
100

5.4.5 Os tubos devem ser fabricados com ponta e bolsa para junta elástica. As bolsas devem ter
profundidade mínima de encaixe (Pb), conforme indicado na Figura 3 e Tabela 2.
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Pb

Figura 3 – Tubo de PVC-U com bolsa para junta elástica

Tabela 2 – Profundidade mínima da bolsa para juntas de tubos de PVC-U


Diâmetro nominal Profundidade mínima da bolsa
DN Pb
mm
50 64,0
75 75,0
100 78,0

5.5 Junta elástica

5.5.1 A junta elástica deve ser montada segundo as recomendações do fabricante dos tubos e deve
ter desempenho conforme estabelecido em 6.3.

5.5.2 Os anéis de vedação utilizados na junta elástica devem estar de acordo com os requisitos da
ABNT NBR 7676.

5.5.3 O anel deve permanecer alojado no sulco da bolsa durante o transporte, manuseio e montagem,
podendo ser fixo ou removível, desde que o alojamento do anel removível atenda ao descrito em 5.5.5.

5.5.4 Não pode ser utilizado anel do tipo toroidal de seção circular (o-ring) na junta elástica dos tubos PBA.

NOTA A exclusão da utilização do anel toroidal nos tubos PBA é devida aos processos de conformação
existentes para o alojamento do anel, visto que estes podem permitir o deslizamento do anel no processo de
montagem da junta.

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5.5.5 As dimensões das bolsas dos tubos de PVC-U para anel de vedação removível devem estar
de acordo com a Figura 4 e Tabela 3.

D2

D3
R1 R3
R2

Figura 4 – Dimensões do alojamento do anel removível

Tabela 3 – Dimensões do alojamento do anel removível


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D2 D3 v R1 R2 máx R3 máx
DN
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

50 60,4 +0,7 78,2 +0,7 18 +10 5, 4+−00,,84 12 21

75 85,6 +0,7 105,0 +0,8 19 +10 6, 0+−01,,05 15 26

100 110,6 +0,9 132,5 +0,9 22 +10 7, 0+−01,,05 16 29

Legenda

D2 Diâmetro interno da Bolsa, expresso em milímetos (mm);


D3 Diâmetro da canaleta, expresso em milímetros (mm);
v Distancia entre a borda da bolsa e o início da cavidade de alojamento do anel, expressa em milímetros (mm).

6 Requisitos específicos
6.1 Composto de PVC-U

6.1.1 Temperatura de amolecimento “Vicat”

Os tubos de PVC-U devem ter ponto de amolecimento “Vicat” maior ou igual a 80 °C. O ensaio deve
ser realizado de acordo com a ABNT NBR NM 82.

6.1.2 Teor de cinzas

Os tubos de PVC-U devem ter o teor de cinzas de no máximo 8 %.

O ensaio deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR NM 84 Método A, à temperatura de
(1050 ± 50) °C.

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6.1.3 Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração

Os tubos de PVC-U devem resistir às condições e às pressões hidrostáticas internas decorrentes das
tensões circunferenciais, conforme indicado na Tabela 4, empregando-se a seguinte equação:
2σemín
P=
dem − emín
onde

P é a pressão de ensaio, expressa em megapascals (MPa);

σ é a tensão circunferencial, expressa em megapascals(MPa);

dem é o diâmetro externo médio, expresso em milímetros (mm);

emín é a espessura mínima de parede, expressa em milímetros (mm).

Tabela 4 – Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração


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Temperatura de ensaio Tensão circunferencial de ensaio Duração do ensaio


°C MPa h
12,5 10
60 ± 2
10,0 1 000

O ensaio deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 5683.

6.1.4 Verificação da ausência de chumbo

Não é permitida a utilização de chumbo como estabilizante térmico na fabricação de tubos de PVC.

O ensaio deve ser realizado por espectrometria de fluorescência de raios X.

NOTA Pode ser encontrado um teor de no máximo 0,1 % de chumbo em função do limite de detecção da
técnica e isto não significa a presença deste metal pesado na composição do tubo.

6.2 Ensaios durante a fabricação

6.2.1 Dimensões

Os tubos devem ter diâmetro externo médio (dem) e espessura mínima de parede (emin), de acordo
com os valores especificados nas ABNT NBR 5647-2, ABNT NBR 5647-3 ou ABNT NBR 5647-4,
e profundidade mínima da bolsa (Pb) conforme indicado na Tabela 2.

O ensaio deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR NM 85.

6.2.2 Estabilidade dimensional

Os corpos de prova dos tubos, submetidos à temperatura de (150 ± 2) °C, em banho termoestabilizado
ou estufa, devem apresentar variação longitudinal menor ou igual a 5 %.

O ensaio deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 5687.

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6.2.3 Resistência ao impacto

Os corpos de prova dos tubos submetidos aos impactos estabelecidos na Tabela 5, à temperatura de
(0 ± 1) °C, devem apresentar TIR inferior ou igual a 10 %.

Tabela 5 – Características do impacto


Diâmetro Massa do Altura de queda Quantidade
nominal percussor de impactos por
DN kg ± 0,005 kg m corpo de prova
50 0,8 1,0 3
75 0,8 1,2 4
100 1,0 1,6 6

O ensaio deve ser realizado de acordo com o Anexo A.


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Após a realização do ensaio, se o resultado se enquadrar na região I da Tabela A.3, ou seja, se a


amostra tiver TIR inferior ou igual a 10 %, a amostra é considerada aprovada.

Se o resultado do ensaio se enquadrar na região II da Tabela A.3, a amostra deve ser aprovada com
restrição. Na verificação seguinte, para que a próxima amostra avaliada seja aprovada, o número de
falhas deve obrigatoriamente estar na faixa de valores da região I.

Se o resultado do ensaio se enquadrar na região III da Tabela A.3, ou seja, se a amostra tiver TIR
maior que 10 %, a amostra é considerada reprovada.

6.2.4 Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração

Os corpos de prova dos tubos devem resistir às pressões hidrostáticas internas decorrentes das ten-
sões circunferenciais aplicadas conforme indicado na Tabela 6, empregando-se a seguinte equação:

2σemín
P=
dem − emín

onde

P é a pressão de ensaio, expressa em megapascals (MPa);

σ é a tensão circunferencial, expressa em megapascals (MPa);

dem é o diâmetro externo médio, expresso em milímetros (mm);

emín é a espessura mínima de parede, expressa em milímetros (mm).

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Tabela 6 – Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração


Temperatura de Tensão circunferencial de Duração do
ensaio ensaio ensaio
°C MPa h
37,4 0,1
20+−32
33,4 1,0

6.2.4.1 No caso de falha de qualquer corpo de prova no ensaio de 0,1 h de duração, uma nova
amostra deve ser submetida ao ensaio de 1,0 h de duração.

6.2.4.2 O ensaio deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 5683.

6.3 Ensaios de desempenho

Os ensaios de desempenho dos tubos estão especificados nas ABNT NBR 5647-2, ABNT NBR 5647-3
ou ABNT NBR 5647-4.
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6.3.1 Ensaio de estanqueidade da junta elástica com deflexão angular e aplicação de vácuo
parcial interno

A junta elástica dos tubos não pode apresentar perda de vácuo em qualquer ponto durante todo o
regime de ensaio.

O ensaio deve ser realizado de acordo com o Anexo B.

6.3.2 Estanqueidade da junta elástica com deflexão angular e aplicação de pressão hidrostática
interna

A junta elástica dos tubos não pode apresentar vazamento em qualquer ponto durante todo o regime
de ensaio.

O ensaio deve ser realizado de acordo com o Anexo C.

6.4 Avaliação de lotes estocados

Para avaliação de um lote quanto à perda de propriedade devido às condições de estocagem,


devem ser realizados todos os ensaios de desempenho e de fabricação prescritos nesta Parte da
ABNT NBR 5647, com exceção do ensaio de verificação da resistência ao impacto, que deve ter sido
realizado no controle de produção e na inspeção de recebimento em fábrica. Caso exista alguma
não conformidade em relação aos ensaios realizados, é constatado um problema no processo de
fabricação e não nas condições de estocagem, invibializando desta forma a aplicação dos tubos. Caso
todos os ensaios realizados estejam em conformidade, os tubos podem ser aplicados.

7 Inspeção de recebimento
7.1 A inspeção de recebimento do produto acabado deve ser realizada em fábrica, entretanto, por
acordo prévio entre comprador e fabricante, pode ser efetuada em outro local.

7.2 O comprador deve ser avisado com antecedência mínima acordada com o fabricante da data em
que deve ter início a inspeção de recebimento.

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7.3 Caso o comprador não compareça na data estipulada para acompanhar os ensaios de recebi-
mento e não apresente justificativa para este fato, o fabricante deve proceder à realização dos ensaios
previstos nesta Parte da ABNT NBR 5647 e tomar as providências para a entrega do produto com
o correspondente laudo de inspeção, emitido pelo controle da qualidade da fábrica.

7.4 Nas inspeções realizadas em fábrica, o fabricante deve colocar à disposição do comprador os
equipamentos e pessoal especializado para a execução dos ensaios de recebimento.

7.5 Todo fornecimento deve ser dividido pelo fabricante em lotes de mesmo diâmetro nominal (DN)
e cujas quantidades estejam de acordo com as Tabelas 7 e 8. De cada lote formado deve ser retirada
a amostra, de forma representativa, sendo a escolha aleatória. A amostra utilizada para realização dos
ensaios na inspeção de recebimento deve ser reposta pelo fabricante, seja esta realizada em fábrica
ou não.

7.6 A inspeção de recebimento de lotes com tamanho inferior a 16 unidades deve ser objeto de
acordo prévio entre fabricante e comprador.

7.7 Os ensaios de recebimento devem ser realizados conforme estabelecido nesta Parte da
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ABNT NBR 5647, limitando-se aos lotes de produto acabado apresentados pelo fabricante.

7.8 Os tubos constituintes das amostras devem ser submetidos aos ensaios não destrutivos e aos
ensaios destrutivos especificados nesta Parte da ABNT NBR 5647.

7.9 Como o resultado do ensaio de verificação da resistência ao impacto dos tubos de PVC-U é
influenciado pelas condições de armazenamento, este requisito só pode ser avaliado na unidade fabril.

7.10 Para cada lote entregue, o relatório de inspeção deve conter no mínimo o seguinte:

 a) identificação do produto;

 b) código de rastreabilidade do produto;

 c) tamanho do lote inspecionado;

 d) resultados dos ensaios de recebimento;

 e) resultados dos últimos ensaios de caracterização e de desempenho apresentados pelo fabricante;

 f) declaração de que o lote atende ou não às especificações desta Parte da ABNT NBR 5647.

7.11 Os tubos constituintes da amostra devem ser submetidos aos seguintes ensaios não destrutivos:
análise visual (5.4.3 e Seção 9) e análise dimensional (5.4.5 e 6.2.1); e aos seguintes ensaios des-
trutívos: temperatura de amolecimento “Vicat” (6.1.1), teor de cinzas (6.1.2), estabilidade dimensional
(6.2.2), resistência ao impacto (6.2.3), pressão hidrostática interna de curta duração de 1 h (6.2.4),
estanqueidade da junta elástica com deflexão angular e aplicação de vácuo parcial interno (6.3.1)
e estanqueidade da junta elástica com deflexão angular e aplicação de pressão hidrostática interna
(6.3.2).

8 Amostragem
8.1 De cada lote formado deve ser retirada a amostra, conforme a Tabela 7 para os ensaios não
destrutivos e conforme a Tabela 8 para os ensaios destrutivos.

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8.2 Os ensaios não destrutivos devem ser efetuados de acordo com o plano de amostragem espe-
cificado na Tabela 7.

Tabela 7 – Plano de amostragem para ensaios não destrutivos


Tamanho da
amostra Primeira amostragem Segunda amostragem
Tamanho do lote (un)
(un)
Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
1ª 2ª
(Ac) (Re) (Ac) (Re)
16 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
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501 a 1 200 50 50 3 7 8 9
1 201 a 3 200 80 80 5 9 12 13
3 201 a 10 000 125 125 7 11 18 19

8.3 O lote de tubos aprovado nos ensaios não destrutivos deve ser submetido aos ensaios destruti-
vos, conforme plano de amostragem estabelecido na Tabela 8.

Tabela 8 – Plano de amostragem para ensaios destrutivos


Tamanho da
amostra Segunda
Primeira amostragem
Tamanho do lote amostragem
(un)
(un)
Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
1ª 2ª
(Ac) (Re) (Ac) (Re)
16 a 150 3 ‒ 0 1 ‒ ‒
151 a 3 200 8 8 0 2 1 2
3 201 a 10 000 13 13 0 3 3 4

8.4 Quando for efetuada inspeção no recebimento dos lotes, a aceitação ou rejeição deve ser
conforme 8.4.1 a 8.4.6, aplicada para cada tipo de ensaio (exceto o ensaio de resistência ao impacto
cujo critério de aceitação e rejeição consta em 8.4.7).

8.4.1 Se o número de unidades defeituosas (aquelas que contenham uma ou mais não conformida-
des) na primeira amostragem for igual ou menor do que o primeiro número de aceitação, o lote deve
ser considerado aceito.

8.4.2 Se o número de unidades defeituosas na primeira amostragem for igual ou maior do que o
primeiro número de rejeição, o lote deve ser rejeitado.

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8.4.3 Para cada requisito avaliado, se o número de unidades defeituosas encontrado na primeira
amostragem for maior do que o primeiro número de aceitação e menor que o primeiro número de
rejeição, uma segunda amostragem de tamanho indicado pelo plano de amostragem deve ser retirada.

8.4.4 As quantidades de unidades defeituosas encontradas na primeira e na segunda amostragens


devem ser acumuladas.

8.4.5 Se a quantidade acumulada de unidades defeituosas for igual ou menor do que o segundo
número de aceitação, o lote deve ser aceito.

8.4.6 Se a quantidade acumulada de unidades defeituosas for igual ou maior do que o segundo
número de rejeição, o lote deve ser rejeitado.

8.4.7 No caso do ensaio de resistência ao impacto, a quantidade de corpos de prova deve estar de
acordo com a Tabela 9, para chegar ao número de impactos próximo de 100. De cada unidade da
amostra deve-se retirar a mesma quantidade de corpos de prova, sendo que o somatório dos corpos
de prova de todas as unidades da amostra deve atender à Tabela 9. Com isto, é obtido apenas um
resultado representativo de todo o lote. Portanto, se o resultado for de aprovação (região I da Tabela
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TIR), o lote deve ser aprovado neste requisito. Se o resultado for de reprovação (região III da Tabela
TIR), o lote deve ser rejeitado. Caso o resultado obtido recaia na região II da Tabela TIR (Tabela A.3),
uma segunda amostragem, de tamanho indicado pelo plano de amostragem, deve ser retirada.

Tabela 9 – Número de corpos de prova e especificação para o ensaio


de resistência ao impacto
Diâmetro nominal Número de Tamanho do
DN corpos de prova corpo de prova
50 32
75 24 Mínimo 200 mm
100 16

9 Marcação e unidade de compra


9.1 Os tubos devem trazer marcado ao longo de sua extensão no mínimo o seguinte:

 a) nome ou marca de identificação do fabricante e da unidade de produção (quando o fabricante


possuir mais de uma unidade fabril)

 b) a sigla “PVC-U”;

 c) pressão nominal: PN;

 d) diâmetro nominal: DN;

 e) diâmetro externo: DE

 f) o termo: “ÁGUA”;

 g) data de fabricação e código de rastreabilidade do produto; e

 h) o número desta Norma: ABNT NBR 5647.

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9.2 A marcação do tubo deve ser impressa em relevo ou de tal forma que, após o armazenamento,
envelhecimento, manuseio e assentamento, a marcação permaneça legível durante a sua vida útil
projetada. O fabricante não é responsabilizado se a marcação tornar-se ilegível, como resultado de
operações e ações, como pintura, arranhões ou revestimento de tubos, ou como resultado do uso de
detergentes e outros tensoativos, solventes etc., exceto quando essas atividades foram acordadas ou
especificadas pelo fabricante.

9.3 A unidade de compra dos tubos é o metro ou a barra. Quando a unidade for o metro, a quantidade
de barras a serem solicitadas deve resultar em números inteiros, arredondados para cima, tomando-se
por base o comprimento útil do tubo. O documento de compra deve apresentar no mínimo as seguintes
informações: diâmetro nominal (DN), pressão nominal (PN) e quantidade total em metros ou barras.

9.4 Os tubos devem ser fornecidos com uma marcação de montagem, como previsto em 9.2,
na extremidade de ponta (representada por duas faixas transversais em relação ao eixo do tubo),
indicando as profundidades máxima e mínima permitidas para o acoplamento, em cor distinta da
coloração do tubo.
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Anexo A
(normativo)

Ensaio de verificação da resistência ao impacto

A.1 Objetivo
Este Anexo especifica um método de verificação da resistência ao impacto de tubos de PVC-U, pela
queda livre de uma altura determinada de percussor metálico com massa e dimensões conhecidas.

A.2 Aparelhagem
A.2.1 Aparelho de impacto, conforme a Figura A.1, que tenha os seguintes elementos:
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 a) tubo-guia, de metal ou plástico, de pelo menos 2 m de comprimento, que permita centrar o
percussor durante a sua queda, com um mínimo de atrito;

 b) percussor metálico com a extremidade de impacto conforme a Figura A.2 e a Tabela A.1, livre
de rebarbas ou de outras imperfeições e com peças adicionais que permitam obter a massa
especificada;

 c) apoio de aço, em forma de V, com ângulo de 120º e comprimento mínimo de 230 mm;

 d) sistema ou dispositivo de ajuste de altura do corpo de prova em relação ao tubo-guia;

 e) sistema ou dispositivo de frenagem que impeça o percussor de dar mais de um impacto por
queda no corpo de prova;

 f) o equipamento deve ser apoiado sobre uma base de concreto ou de outro material não absorvedor
de energia.

A.2.2 Banho termoestabilizado à temperatura de ensaio, com capacidade de alojar os corpos de


prova totalmente submersos, ou ambiente climatizado à temperatura de ensaio.

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A D

200

E Legenda
150
A Escala graduada
B Apoio em V
C Complemento de ajuste
D Suporte em U
100
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F E Grampo
F Haste-guia
G Peso do percussor

050 H Corpo de prova

H
B
C

Figura A.1 – Aparelhagem para o ensaio de impacto

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Dimensões em milímetros

ds

Rs

10 min.
5
R
d25

a) Tipo d25 (para percussores de massa 0,5 kg e 0,8 kg)


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ds

10 min.

R5 Rs

d90

b) Tipo d90 (para percussores de massa igual ou maior que 1 kg)

Figura A.2 – Percussores metálicos

Tabela A.1 – Dimensões dos percussores


d
Rs ds α
Tipo ±1
mm mm °
mm
d25 50 25 Livre Livre

d90 50 90 Livre Livre

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A.3 Preparação dos corpos de prova


Os corpos de prova devem ser constituídos por segmentos de tubos com no mínimo 200 mm de
comprimento, com as extremidades cortadas em esquadro (90º), extraídos de tubos retirados
aleatoriamente do lote ou do processo de extrusão, conforme o plano de amostragem para controle
de produção ou o plano de amostragem para inspeção de recebimento. O número de corpos de prova
a serem ensaiados é apresentado na Tabela A.2 para o controle de produção e na Tabela 9 para
inspeção de recebimento.

Tabela A.2 – Número de corpos de prova


Diâmetro nominal Número de
DN corpos de prova
50 15
75 12
100 8
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A.4 Procedimento
A.4.1 Traçar, em cada corpo de prova, linhas longitudinais, simetricamente espaçadas entre si, em
número idêntico ao número de impactos especificados na Tabela 5.

A.4.2 Ajustar a altura do apoio de aço, em forma de V, em relação à extremidade inferior do tubo-
guia, conforme o diâmetro externo do corpo de prova.

A.4.3 Calibrar a massa do percussor para o valor requerido em função do diâmetro externo do
corpo de prova conforme a Tabela 5.

A.4.4 Posicionar o percussor metálico no tubo-guia para a altura de queda, conforme a Tabela 5.

A.4.5 Condicionar o corpo de prova durante um período de 15 min para banho termoestabilizado
ou de 60 min para ambiente climatizado.

A.4.6 Colocar o corpo de prova no apoio em V e, antes de decorrido um período de 10 s de sua


retirada do condicionamento, deixar o percussor cair sobre uma das linhas longitudinais.

A.4.7 Se não ocorrer falha do corpo de prova, girá-lo até a marcação seguinte e efetuar um novo
impacto, examinando o corpo de prova conforme A.4.10 e sucessivamente até a última marcação.

A.4.8 Se o número de impactos realizados ocorrer em um intervalo de tempo inferior a 10 s após


a retirada do corpo de prova do condicionamento, não há necessidade de um novo condicionamento.

A.4.9 Se o intervalo de tempo para realização do ensaio for maior do que 10 s, o corpo de prova
deve ser condicionado novamente à temperatura de condicionamento, por um período mínimo de 5
min, antes de efetuar um novo impacto.

A.4.10 Examinar o corpo de prova verificando a ocorrência ou não de falhas (fissuras, trincas, furos
ou quebras).

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A.4.11 Eventuais depressões no corpo de prova nas regiões de impacto não são consideradas
falhas.

A.5 Expressão dos resultados


A.5.1 O resultado do ensaio é obtido de acordo com o número de impactos realizados em todos os
corpos de prova e com o número de falhas verificadas conforme a Tabela A.3.

Tabela A.3 – Expressão de resultado do ensaio para TIR = 10 %


em função do número de impactos e de falhas

Número de Número de falhas


impactos (Região I) (Região II) (Região III)
25 0 1a3 4
26 a 32 0 1a4 5
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33 a 39 0 1a5 6
40 a 48 1 2a6 7
49 a 52 1 2a7 8
53 a 56 2 3a7 8
57 a 64 2 3a8 9
65 a 66 2 3a9 10
67 a 72 3 4a9 10
73 a 79 3 4 a 10 11
80 4 5 a 10 11
81 a 88 4 5 a 11 12
89 a 91 4 5 a 12 13
92 a 97 5 6 a 12 13
98 a 104 5 6 a 13 14
NOTA Os valores expressos nas regiões I e III são calculados
conforme a seguir:
Região I = np – 0,5 – u [np (1 – p)]0,5
Região III = np + 0,5 + u [np (1 – p)]0,5
onde
u é igual a 1,282 (coeficiente unilateral da distribuição t-Student
para 9 % de confiança com infinitos graus de liberdade);
p é igual a 0,10 (TIR);
n é igual ao número de impactos.

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1 000
900
800
700
600
500

400

300
250

200
Região I
Número total de impactos

150
Região IIII
100
90
80
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70
60
Região II
I
50

40
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 30 40 50 60 70 90 120
Número de falhas

Figura A.3 – Expressão de resultado do ensaio para TIR = 10 % (limite de confiança de 90 %)


A.5.2 O número de impactos realizados, bem como o número de falhas verificadas no ensaio,
devem ser os valores acumulados no ensaio de uma amostra.

A.5.3 O ensaio deve ser interrompido no momento em que o resultado se enquadrar na região III.

A.5.4 Para que o ensaio cujo resultado se enquadre na região I possa ser interrompido, deve ter
sido obtido um número mínimo de 25 impactos sem falhas.

A.5.5 No caso de o resultado da amostra não se enquadrar nas regiões I ou III, o ensaio deve ser
continuado até que todos os impactos previstos sejam efetuados nos corpos de prova.

A.6 Procedimento de avaliação dos resultados do requisito de verificação da


resistência ao impacto em ensaios realizados na inspeção de recebimento
No processo de inspeção de recebimento descrito em 6.2.3, o ensaio de verificação da resistência
ao impacto deve ser realizado conforme a metodologia deste Anexo, aplicando-se os procedimentos
descritos em A.6.1 a A.6.2.

A.6.1 Amostragem

A amostragem adotada para o ensaio deve seguir o plano de amostragem dos ensaios destrutivos de
8.4.7 e a especificação para o ensaio de resistência ao impacto (ver Tabela 9) em função do tamanho
do lote.

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A.6.2 Avaliação dos resultados de ensaio

A.6.2.1 Deve ser realizado o ensaio na primeira amostragem, adotando-se o seguinte critério:

 a) se o resultado do ensaio (função do número de impactos realizados e do número de falhas) se


enquadrar na região I da Tabela A.3, o lote deve ser aprovado quanto ao ensaio de verificação da
resistência ao impacto;

 b) se o resultado do ensaio se enquadrar na região II da Tabela A.3, o ensaio de verificação da


resistência ao impacto deve ser realizado na segunda amostragem;

 c) se o resultado do ensaio se enquadrar na região III da Tabela A.3, o lote deve ser reprovado
quanto ao ensaio de verificação da resistência ao impacto.

A.6.2.2 Caso seja necessária a avaliação da segunda amostragem, deve ser adotado o seguinte
critério:

 a) se o resultado do ensaio (função do número de impactos realizados e do número de falhas) se


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enquadrar na região I da Tabela A.3, o lote deve ser aprovado quanto ao ensaio de verificação da
resistência ao impacto;

 b) se o resultado do ensaio se enquadrar na região II da Tabela A.3, o lote deve ser reprovado
quanto ao ensaio de verificação da resistência ao impacto;

 c) se o resultado do ensaio se enquadrar na região III da Tabela A.3, o lote deve ser reprovado
quanto ao ensaio de verificação da resistência ao impacto.

NOTA Os resultados da primeira e segunda amostragens não são acumulados.

A.7 Relatório de ensaio


O relatório de ensaio deve conter as seguintes informações:

 a) marcação completa da amostra;

 b) massa do percussor e altura de queda;

 c) quantidade de impactos por corpo de prova;

 d) número total de corpos de prova que falharam;

 e) número total de impactos;

 f) resultado do ensaio (Região I, Região II ou Região III da Tabela A.3 e Figura A.3);

 g) data e hora do ensaio;

 h) referência ao Anexo A.

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Anexo B
(normativo)

Ensaio de estanqueidade da junta elástica com deflexão angular


e aplicação de vácuo parcial interno

B.1 Objetivo
Este ensaio especifica um método para avaliar a estanqueidade da junta elástica dos tubos, com
deflexão angular e aplicação do vácuo parcial interno.

B.2 Aparelhagem
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B.2.1 Dispositivo de ensaio com no mínimo duas unidades fixas de fechamento das extremidades,
onde uma destas unidades seja capaz de permitir a aplicação de uma deflexão angular, quando o
vácuo parcial interno for aplicado.

B.2.2 Fonte de vácuo capaz de manter duas pressões de ensaio (ver B.4.5 e B.4.7), dotada de
sistema de fechamento que isole a junta elástica da fonte de vácuo.

B.2.3 Vacuômetro capaz de medir a pressão de ensaio com resolução de ± 1 % dos valores
medidos.

B.2.4 Par de abraçadeiras ou equipamento projetado para produzir uma força de deformação na
ponta do tubo, a uma distância especificada da extremidade da bolsa. Ver detalhamento na Figura B.1.

0,5 DN
10 mm L
100 mm
2
1

f
α

Legenda

DN Diâmetro nominal do tubo


L Comprimento livre do segmento de tubo L = (500 + 10) mm
1 Ponto de referência para medição e ajuste do ângulo de deflexão α (α ≥ 2°)
2 Par de abraçadeiras para provocar deformação circunferencial de 5 % do DN (ver C.4.2)
NOTA A deflexão f e o ângulo de deflexão α são relacionados pela equação f = L × sen α

Figura B.1 – Dispositivo de ensaio usual

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B.3 Preparação do corpo de prova


B.3.1 O corpo de prova é composto por dois segmentos retirados de um mesmo tubo, sendo um
segmento retirado da extremidade isenta de bolsa e outro segmento retirado da extremidade dotada
de bolsa.

B.3.2 Com o par de segmentos deve ser realizada a montagem da junta elástica conforme
instruções do fabricante do tubo.

B.3.3 O diâmetro externo médio do tubo deve estar de acordo com o diâmetro externo mínimo
especificado e as dimensões da bolsa (diâmetro interno médio da bolsa e diâmetro interno médio
do sulco de alojamento do anel) devem estar de acordo com os valores máximos indicados pelo
fabricante, objetivando ter dimensões tão próximas quanto possível dos limites extremos das
respectivas tolerâncias.

B.3.4 O comprimento dos segmentos que compõem o corpo de prova deve ser suficiente para que
o comprimento livre, L, entre a extremidade da bolsa e a extremidade do dispositivo de fechamento do
segmento isento de bolsa (ver Figura B.1) seja igual a (500+10) mm.
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B.3.5 Deve ser ensaiado um corpo de prova por amostra.

B.4 Procedimento
B.4.1 A metodologia consiste no acoplamento de um tubo em uma bolsa e na aplicação ao conjunto
de duas pressões negativas à temperatura controlada, por um período de tempo predeterminado,
quando o tubo é submetido a uma deflexão angular dentro da bolsa. Durante o ensaio, o conjunto
deve ser monitorado quanto à ocorrência de vazamentos.

B.4.2 Fixar a bolsa no dispositivo, acoplando-a à unidade de fechamento da extremidade, de


modo que não seja aplicada deformação ao corpo de prova, mantendo a linha central da unidade de
fechamento alinhada à linha central do segmento que contém a bolsa.

B.4.3 Deformar o tubo no plano vertical em 5 % do diâmetro nominal, utilizando um par de


abraçadeiras de 100 mm de largura. As abraçadeiras devem ser acopladas a uma distância de 0,5
vez o diâmetro nominal da extremidade da bolsa (ver Figura B.1). Medir a deformação na superfície
da braçadeira adjacente à extremidade da bolsa.

B.4.4 Inclinando a extremidade do segmento de tubo isento de bolsa no aparato de ensaio,


determinar o ângulo livre de deflexão (α) que a junta pode tolerar sem forçar o segmento de tubo.

Se α ≥ 2°, fixar a extremidade do segmento de tubo isento de bolsa nesta posição para realização do
ensaio;

Se α < 2°, realizar o ensaio na deflexão de 2° medida a partir do ponto inicial (ver Figura B.1), forçando
a extremidade do segmento de tubo isento de bolsa para esta posição.

B.4.5 Realizar o procedimento descrito em B.4.6 a B.4.9 aplicando as seguintes condições:

 a) com a deflexão angular aplicada no plano vertical, avaliar continuamente e registrar a ocorrência
de sinais de vazamento no conjunto;

 b) a temperatura de ensaio deve estar na faixa de 20+−32 °C.

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B.4.6 Aplicar o vácuo parcial interno ao corpo de prova até que a pressão negativa de
(0,010 ± 0,002) MPa seja atingida, mantendo esta pressão constante.

B.4.7 Isolar a fonte de vácuo do corpo de prova, monitorar a pressão durante 15 min e registrar
qualquer variação na pressão. Se a variação na pressão exceder 0,005 MPa, parar o ensaio.

B.4.8 Se a variação na pressão não for superior a 0,005 MPa, aplicar o vácuo parcial interno ao
corpo de prova até que a pressão negativa de (0,080 ± 0,002) MPa seja atingida, mantendo esta
pressão constante.

B.4.9 Novamente, isolar a fonte de vácuo do corpo de prova, monitorar a pressão durante 15 min
e registrar qualquer variação na pressão.

NOTA A primeira pressão absoluta de vácuo parcial interno é de aproximadamente 0,09 MPa e a segunda
pressão absoluta de vácuo parcial interno é de aproximadamente 0,02 MPa.
15 min 15 min
0
–0,01
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Pressão

MPa

–0,08
Tempo

NOTA A alteração da pressão negativa pode não ser linear.

Figura B.2 – Regime de ensaio quanto à aplicação do vácuo

B.5 Relatório do ensaio


O relatório de ensaio deve conter as seguintes informações:

 a) identificação completa da amostra ensaiada;

 b) média do diâmetro externo do tubo;

 c) média do diâmetro interno da bolsa;

 d) média do diâmetro interno do sulco de alojamento do anel;

 e) ângulo de deflexão (α) utilizado no ensaio;

 f) temperatura do ensaio, em graus Celsius;

 g) informação quanto à ocorrência de quaisquer vazamentos no corpo de prova, incluindo qualquer
variação observada na pressão de ensaio;

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 h) informação sobre qualquer fator que possa ter influenciado o resultado do ensaio, como inciden-
tes ou detalhes operacionais não detalhados na metodologia desde Anexo;

 i) data de realização do ensaio;

 j) referência ao Anexo B.


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Anexo C
(normativo)

Ensaio de estanqueidade da junta elástica com deflexão angular


e aplicação de pressão hidrostática interna

C.1 Objetivo
Este ensaio especifica um método para avaliar a estanqueidade da junta elástica dos tubos de PVC
com a aplicação de pressão hidrostática interna.

C.2 Aparelhagem
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C.2.1 Dispositivo de ensaio com no mínimo duas unidades fixas de fechamento das extremidades,
onde uma destas unidades seja capaz de permitir a aplicação de uma deflexão angular, quando a
pressão hidrostática interna for aplicada. Ver exemplo do aparato de ensaio na Figura C.1.

C.2.2 Fonte de pressão conectada ao corpo de prova, capaz de aplicar e manter uma pressão
hidrostática interna crescente e sem golpes, de no mínimo até duas vezes sua classe de pressão.

C.2.3 Manômetro capaz de medir a pressão estática de ensaio de acordo com a resolução
específica indicada em D.4.7, mantendo o regime especificado na Figura C.2.

10 mm L
1

f
DN α

Legenda

DN Diâmetro nominal do tubo


L Comprimento livre do segmento de tubo L = (500+10) mm.
1 Ponto de referência para medição e ajuste do ângulo de deflexão α (α ≥ 2°)
NOTA 1 A deflexão f e o ângulo de deflexão α são relacionados pela equação

f = L × sen α

NOTA 2 Para α = 2°, a deflexão é f = 0,035 × L.

Figura C.1 – Dispositivo de ensaio usual

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C.3 Preparação do corpo de prova


C.3.1 O corpo de prova é composto por dois segmentos retirados de um mesmo tubo, sendo um
segmento retirado da extremidade isenta de bolsa e outro segmento retirado da extremidade dotada
de bolsa.

C.3.2 Com o par de segmentos deve ser realizada a montagem da junta elástica conforme instru-
ções do fabricante do tubo.

C.3.3 O comprimento dos segmentos que compõem o corpo de prova deve ser suficiente para que
o comprimento livre, L, entre a extremidade da bolsa e a extremidade do dispositivo de fechamento do
segmento isento de bolsa (ver Figura C.1) seja igual a (500+10) mm.

C.3.4 Deve ser ensaiado um corpo de prova por amostra.

C.4 Procedimento
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C.4.1 A metodologia consiste no acoplamento de um tubo em uma bolsa e na aplicação ao conjunto


de um regime de pressão hidrostática interna à temperatura controlada, por um período de tempo
predeterminado, quando o tubo é submetido a uma deflexão angular dentro da bolsa. Durante o
ensaio, o conjunto deve ser monitorado quanto à ocorrência de vazamentos.

C.4.2 Fixar a bolsa no dispositivo, acoplando-a à unidade de fechamento da extremidade, de


modo que não seja aplicada deformação ao corpo de prova, mantendo a linha central da unidade de
fechamento alinhada à linha central do segmento que contém a bolsa.

C.4.3 Inclinando a extremidade do segmento de tubo isento de bolsa no aparato de ensaio,


determinar o ângulo livre de deflexão (α) que a junta pode tolerar sem forçar o segmento de tubo.

Se α ≥ 2°, fixar a extremidade do segmento de tubo isento de bolsa nesta posição para realização do
ensaio.

Se α < 2°, realizar o ensaio na deflexão de 2° medida a partir do ponto inicial (ver Figura C.1), forçando
a extremidade do segmento de tubo isento de bolsa para esta posição.

C.4.4 Encher o corpo de prova com água à temperatura de (20 ± 5) °C, eliminando todo o ar do
seu interior.

C.4.5 Condicionar o corpo de prova, cheio de água, por no mínimo 20 min, para uniformizar a
temperatura em todo o corpo de prova.

C.4.6 Realizar o procedimento descrito em C.4.7, aplicando as seguintes condições:

 a) com a deflexão angular aplicada no plano vertical, avaliar continuamente e registrar a ocorrência
de sinais de vazamento no conjunto;

 b) a temperatura de ensaio deve estar na faixa de 20+−32 °C.

C.4.7 Aplicar o regime de pressão hidrostática interna apresentado na Figura C.2, de forma que as
pressões estáticas especificadas sejam mantidas com tolerância de + 5 % e - 0 %.

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3,0

2,5
60 min
2,0
f 1,7
1,5

1,0

0,5

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 min 100

Tempo

Legenda

f Fator aplicado à Pressão nominal (PN) durante o ensaio


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P Pressão de ensaio relacionada ao fator f pela equação P = f × PN


NOTA A alteração da pressão pode não ser linear.

Figura C.2 – Regime de ensaio quanto à aplicação da pressão hidrostática interna

C.5 Relatório do ensaio


O relatório de ensaio deve conter as seguintes informações:

 a) identificação completa da amostra ensaiada;

 b) média do diâmetro externo do tubo;

 c) média do diâmetro interno da bolsa;

 d) média do diâmetro interno do sulco de alojamento do anel;

 e) ângulo de deflexão (α) utilizado no ensaio;

 f) temperatura do ensaio, em graus Celsius;

 g) informação quanto à ocorrência de quaisquer vazamentos no corpo de prova, incluindo qualquer
variação observada na pressão de ensaio;

 h) informação sobre qualquer fator que possa ter influenciado o resultado do ensaio, como incidentes
ou detalhes operacionais não detalhados na metodologia deste Anexo;

 i) data de realização do ensaio;

 j) referência ao Anexo C.

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Anexo D
(normativo)

Controle do processo de fabricação

D.1 Periodicidade dos ensaios para tubos de PVC-U


Recomenda-se que os ensaios de caracterização da matéria-prima, ensaios durante a fabricação
e ensaios de desempenho dos tubos e conexões de PVC-U sejam realizados de acordo com as
periodicidades estabelecidas na Tabela D.1.

Tabela D.1 – Periodicidade dos ensaios para os tubos de PVC-U


Tamanho da
Item Ensaio Periodicidade
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amostra
A cada 5 anos ou
caso haja alteração
Efeito sobre a água 3 na formulação ou no
processo de fabricação,
o que ocorrer primeiro
Caracterização do
Temperatura de
composto de 3 Trimestral
amolecimento “Vicat”
PVC-U
Teor de cinzas 3 Trimestral
Pressão hidrostática interna
3 Anual
de longa duração
Visual - Contínua
A cada 2 h para cada
Dimensional 6
máquina
A cada 8 h para cada
Estabilidade dimensional 3
Ensaios durante máquina
a fabricação De acordo com a A cada 8 h para cada
Resistência ao impacto
Tabela B.2 máquina
Pressão hidrostática interna Uma vez ao dia para
3
de curta duração cada máquina
Desempenho da junta
3 Trimestral para cada DN
Ensaios de elástica
desempenho Estanqueidade da junta
3 Trimestral para cada DN
elástica
NOTA A existência de um histórico favorável de resultados de ensaios durante a fabricação permite que o
fabricante adote o plano de inspeção de seu programa da qualidade.

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Anexo E
(normativo)

Diretrizes para aplicação da tabela de amostragem para ensaios


destrutivos apresentada na Seção 8

E.1 Objetivo
Este Anexo informativo fornece diretrizes para aplicação da tabela de amostragem de ensaios destru-
tivos, apresentada na Seção 8, bem como das condições de aceitação e rejeição de um lote avaliado.

E.2 Diretrizes
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E.2.1 Para cada lote avaliado, deve ser retirada a quantidade de amostras de forma representativa
e aleatória, em consonância com os valores apresentados na Tabela 8 (ensaios destrutivos).

E.2.2 O tamanho da amostra apresentado na Tabela 8 é função do tamanho do lote e deve ser o
suficiente para a realização dos ensaios especificados em 7.11, que define os ensaios que devem ser
realizados na inspeção de recebimento.

E.2.3 Os ensaios previstos na inspeção de recebimento, de acordo com 7.11, devem ser realizados
com a quantidade de corpos de prova prevista nos respectivos métodos de ensaios (exceto o ensaio
de resistência ao impacto cujo detalhamento está apresentado em E.2.4). A Tabela E.1 apresenta a
quantidade de corpos de prova estabelecida em cada método de ensaio que deve ser realizado na
inspeção de recebimento, bem como o valor mínimo especificado.

Tabela E.1 – Quantidade de corpos de prova previstos nos métodos para os ensaios
contemplados na inspeção de recebimento (continua)
Limite mínimo
Quantidade Quantidade ou Ensaio de acordo
estabelecido
Ensaio de corpos de comprimento do com a norma ou
nesta Parte da
prova corpo de prova método
ABNT NBR 5647
Temperatura de
amolecimento 2 (10 – 50) mm ABNT NBR NM 82 80°C
“Vicat”
ABNT NBR NM 84
Teor de cinzas 1 10 g Máximo 8 %
Método A
Estabilidade Menor ou igual a
1 300 mm ABNT NBR 5687
dimensional 5%

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Tabela E.1 (conclusão)


Ensaio de Limite mínimo
Quantidade Quantidade ou
acordo com estabelecido
Ensaio de corpos de comprimento do
a norma ou nesta Parte da
prova corpo de prova
método ABNT NBR 5647
O corpo de
Pressão Comprimento livre prova deve
hidrostática de 3 x dem resistir à pressão
1 ABNT NBR 5683
interna de curta hidrostática interna
duração (mínimo de 250 mm) no ensaio de 0,1 h
ou no ensaio de 1 h
Estanqueidade
da junta A junta elástica não
elástica com pode apresentar
deflexão perda de vácuo
Anexo B
angular e em qualquer ponto
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aplicação de durante todo o


vácuo parcial regime do ensaio
interno Comprimento livre
Estanqueidade 1 de
da junta (500+10) mm
A junta elástica não
elástica com
pode apresentar
deflexão
vazamento em
angular e Anexo C
qualquer ponto
aplicação
durante todo o
de pressão
regime do ensaio
hidrostática
interna

E.2.4 No ensaio de resistência ao impacto, a quantidade de corpos de prova deve estar de acordo
com a Tabela E.2, para chegar ao número de impactos próximo de 100. De cada unidade da amostra
deve-se retirar a mesma quantidade de corpos de prova, sendo que o somatório dos corpos de prova
de todas as unidades da amostra deve atender à Tabela E.2. A Tabela E.2 apresenta também o limite
mínimo estabelecido nesta Parte da ABNT NBR 5647 e a Tabela E.3 apresenta a quantidade de corpos
de prova que devem ser retirados de cada unidade da amostra de acordo com o tamanho da amostra.

Tabela E.2 – Número de corpos de prova e especificação para o ensaio


de resistência ao impacto
Limite Mínimo
Diâmetro Tamanho do corpo Ensaio de acordo
Número de estabelecido nesta
nominal de prova com a norma ou
corpos de prova Parte da
DN mm método
ABNT NBR 5647
50 32 Apresentar
TIR inferior
75 24
Mínimo 200 Anexo A a 10 % na primeira
ou segunda
100 16
amostragem

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Tabela E.3 – Número de corpos de prova que devem ser retirados de cada unidade da amostra
Tamanho da amostra Número de corpos de prova
Diâmetro nominal Número de por unidade da amostra
(ver Tabela 8)
DN corpos de prova
barras barras
3 11
50 32 8 4
13 3
3 8
75 24 8 3
13 2
3 6
100 16 8 2
13 2
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A Figura E.1 apresenta um exemplo de extração de corpos de prova de um lote de 151 a 3 200 barras
de tubos PBA DN 50. Neste caso, o tamanho da amostra previsto na Tabela 8 para ensaios destrutivos
é de 8 barras em cada uma das amostragens (primeira ou segunda amostragem).
Barra 1 Barra 2 Barra 3 Barra 4 Barra 5 Barra 6 Barra 7 Barra 8

6m

200 mm 1 5 9 13 17 21 25 29
2 6 10 14 18 22 26 30
3 7 11 15 19 23 27 31
4 8 12 16 20 24 28 32

Figura E.1 – Exemplo de extração de corpos de prova


E.2.5 Cada unidade da amostra descrita na Tabela 8 deve ter tamanho suficiente para realização
de todos os ensaios descritos neste Anexo.

E.2.6 Para atender à quantidade prevista de corpos de prova nos métodos de ensaios, cada
unidade da amostra de tubos PBA deve ter o tamanho indicado na Tabela E.4 em função do diâmetro
nominal do tubo.

Tabela E.4 – Tamanho da unidade da amostra


Tamanho da unidade da
Diâmetro nominal
amostra necessário para
DN
realização de todos os ensaios
50 1 barra
75 1 barra
100 1 barra

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E.3 Exemplo de aplicação dos conceitos apresentados nesta Parte da


ABNT NBR 5647
E.3.1 O fluxograma a seguir apresenta os conceitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR 5647
para a inspeção por recebimento, utilizando como exemplo um lote de 1 000 barras de tubos
PBA 0,75 MPa DN 50.

E.3.2 Primeiramente, realizar os ensaios não destrutivos, de acordo com o Plano de amostragem
apresentado na Tabela E.5 (dados retirados da Tabela 7). Os ensaios não destrutivos são: análise
visual, marcação e dimensional. Para os ensaios não destrutivos, a unidade da amostra é composta
por uma barra. Caso os resultados dos ensaios não destrutivos sejam satisfatórios, dentro do critério
de aceitação do lote, deve-se prosseguir à realização dos ensaios destrutivos.

Tabela E.5 – Plano de amostragem para ensaios não destrutivos


Tamanho da
amostra Primeira amostragem Segunda amostragem
Tamanho do lote unidade
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unidade
Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
Primeira Segunda
(Ac) (Re) (Ac) (Re)
501 a 1 200 50 50 3 7 8 9

E.3.3 Para a realização dos ensaios destrutivos, em função do tamanho de lote adotado no exemplo,
retirar o seguinte tamanho de amostra, como explicitado na Tabela E.6 (dados retirados da Tabela 8).

Tabela E.6 – Plano de amostragem para ensaios destrutivos para lote de 1 000 barras
Tamanho da amostra Segunda
Primeira amostragem
Tamanho do lote unidade amostragem
unidade Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
Primeira Segunda
(Ac) (Re) (Ac) (Re)
151 a 3 200 8 8 0 2 1 2

E.3.4 Cada unidade da amostra deve ser composta por uma barra. Com isto, separar oito barras
para a primeira amostragem e oito barras para a segunda amostragem. A Figura E.2 apresenta o
fluxograma para o exemplo em questão.

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Lote de 1 000 barras de tubos PBA 0,75 MPa DN 50

Tamanho da amostra de acordo com a Tabela 8


Oito unidades de amostra para a primeira amostragem
Oito unidades de amostra para a segunda amostragem

Cada unidade da amostra é composta por uma barra,


conforme Tabela E.2

Realização de todos os ensaios nas barras selecionadas


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para a primeira amostragem

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Realização dos seguintes ensaios em cada uma das oito barras No caso do ensaio de resistência ao impacto, é obtido apenas um resultado
selecionadas para a primeira amostragem representativo de todo o lote
teor de cinzas, estabilidade dimensional, pressão hidrostática interna de curta
duração, estanqueidade da junta elástica com deflexão angular e aplicação de
pressão hidrostática interna e estanqueidade de junta elástica com deflexão
angular e aplicação de vácuo parcial interno

O lote está aprovado É necessária a realização da O lote está O lote está É necessária a O lote está reprovado
neste requisito segunda amostragem do reprovado neste aprovado neste realização da segunda neste requisito
plano previsto na Tabela 8 requisito requisito amostragem do plano
Se os oito resultados para o requisito que previsto na Tabela 8 Se o resultado for de
obtidos para um apresentou reprovação na Se existirem duas Se o resultado for de reprovação (região III, de
determinado requisito primeira amostragem os mais aprovação (região I Se o resultado obtido acordo com o Anexo A)
forem de aprovação reprovações de acordo com o recaia na região II de
Se existir apenas um resultado Anexo A) acordo com o Anexo A
de reprovação e sete resultados
de aprovação

Há aceitação do lote na primeira amostragem se todos os


resultados obtidos em cada um dos ensaios forem de
aprovação

Figura E.2 – Amostragem

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E.3.5 A Tabela E.7 apresenta um detalhamento da avaliação exclusivamente para o ensaio de


impacto, quando há necessidade da realização da segunda amostragem deste ensaio. O exemplo
adotado também é para um lote de 1000 barras de tubos PBA 0,75 MPa DN 50. A Tabela E.7 mostra
a realização do ensaio de resistência ao impacto.

Tabela E.7 – Análise do ensaio de resistência ao impacto


Resistência ao impacto
Quantidade
Quantidade de corpos Resultado
Tamanho Resultado da segunda Análise do
de corpos de prova por Análise do
do lote amostragem resultado Resultado
de prova unidade da Ensaio (falhas/ resultado
da segunda final
amostra impactos) do ensaio (quebras/
amostragem
impactos)

1000
barras de
32 Primeira Segunda
tubos PBA 4 7/96 4/96 Aprovado Aprovado
(6,4m) amostragem amostragem
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0,75 MPa
DN 50

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Bibliografia

[1]  Portaria de Consolidação n° 5 do Ministério da Saúde – Consolidação das normas sobre as


ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde.
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