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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA


DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA MOLECULAR
DISCIPLINA: PRINCÍPIOS E ANÁLISE GENÉTICA
DOCENTE: MÁRCIA ROSA
DISCENTE: TAÍS EDUARDA DA CONCEIÇÃO 20170010670

ATIVIDADE SOBRE FARMACOGENÉTICA OU FARMACOGÊNICA

Tarefa: Assista estes vídeos e responda as questões solicitadas. Para


responder a última questão, faça uma pesquisa.

Vídeo 1: Pesquisa em Pauta - Farmacogenômica


https://www.youtube.com/watch?v=NcR4HCnI-pA

1) O que é farmacogenômica? Discuta se existe diferença entre os


termos farmacogenética e farmacogenômica.

RESPOSTA: Nada mais é que a ciência que estuda a relação entre disposições
genéticas de uma pessoa, e a resposta individual do corpo a um medicamento.
Esse estudo vem tornando-se cada vez mais imprescindível no
desenvolvimento farmacêuticos e em pesquisas. A farmacogenética e sua
transformação na farmacogenômica, disciplina mais abrangente, se dedica,
também, ao uso do genoma humano na descoberta de novos alvos
terapêuticos. Esta evolução esta levando a comunidade científica a um
entusiasmo crescente para a aplicação da farmacogenômica na prática clínica.
Farmacogenética pode ser descrita como o estudo do efeito das diferenças
genéticas entre indivíduos (o genótipo) sobre as respostas aos fármacos
(fenótipo); e farmacogenômica é o exame das variação interindividuais (em
todo o genoma ou em um grande
número de genes) com o objetivo de encontrar novos alvos terapêuticos ou
para identificar diferenças entre a expressão de genes e da resposta a
compostos
químicos diferentes.
Vídeo 2: Dr Gattaz explica sobre o painel farmacogenético
https://www.youtube.com/watch?v=FdYDpo0v2-k

1) Sabemos que, com exceção dos gêmeos univitelinos, cada um de


nós tem um genoma único. Esta variabilidade genética existente na
população humana, pode levar a diferenças nas respostas a um
determinado tratamento. O Dr. Gattaz cita três grandes grupos, com
relação à resposta a um determinado medicamento pelos humanos.
Cite e caracterize estes grupos.
RESPOSTA: 80%, que possuem o metabolismo normal; outro grupo que metaboliza
os medicamentos em apenas 10%, ou seja, de forma muito lenta, onde o
medicamento se acumula no corpo da pessoa em doses tóxicas que dão efeitos
colaterais; e, por último, as pessoas que têm o metabolismo ultrarápido, ou seja,
destroem e eliminam o medicamento tão rapidamente, que o remédio não tem tempo
de fazer o seu efeito. Tal teste permite a classificação das pessoas dentro destes três
(03) grupos.

2) Como o conhecimento do perfil genético de um indivíduo pode


orientar um determinado tratamento?
RESPOSTA: Associados à genética, existem fatores tais como, a idade, sexo,
doenças secundárias e outros fatores ambientais que afetam a absorção,
distribuição, metabolização e excreção dos fármacos podendo levar,
habitualmente, à ocorrência de reações adversas. Farmacogenética e
farmacogenómica são duas áreas que emergiram para investigar a
variabilidade individual na resposta aos fármacos. A indústria farmacêutica
utiliza, cada vez mais, técnicas relacionadas com a farmacogenómica e com a
farmacogenética e a informação que delas resulta para o processo de
desenvolvimento de novos fármacos, promovendo a prescrição de um
medicamento apropriado na dose certa para cada paciente.

Vídeo 3: Boletim Conexões 2016 - Farmacogenética visa melhorar


eficácia de remédios
https://www.youtube.com/watch?v=r0ZRF1vjIQ0

1) Cite os diferentes fatores que podem provocar uma resposta diferenciada


a um determinado tratamento.
RESPOSTA: Sexo, idade e massa corporal do paciente, doenças concomitantes,
interação com outros fármacos e também, as variações genéticas.
PESQUISA: Faça uma pesquisa e responda a seguinte questão:
5) A farmacogenômica é hoje uma realidade nos tratamentos realizados no
Brasil? Discuta!
RESPOSTA: Em 2005, a Food and Drug Administration (FDA), órgão com funções
similares às da Anvisa, que regula os medicamentos e alimentos nos EUA, aprovou o
primeiro teste de farmacogenômica para psicofármacos, o que a transformou a
Psiquiatria no primeiro campo terapêutico a poder se beneficiar de testes genéticos
para a prática clínica. Com isso, foi criado o que é chamado de “safety
pharmacogenomics”, ou “farmacogenômica de segurança”, que permite prever, pela
análise do DNA, se um paciente reagirá bem ou não a certo medicamento, reduzindo,
assim, a estratégia de tentativa e erro que ainda persiste entre os tratamentos.
Embora nos países mais desenvolvidos os testes de farmacogenética já estejam mais
popularizados, aqui no Brasil ainda há poucas empresas comercializando-os: em
2012, eram apenas três 5. Dentre os motivos, podemos citar:

 Todos os dados e diretrizes publicados até o momento são em inglês, o


que acaba sendo uma barreira para muitos profissionais brasileiros que não
possuem fluência na língua;
 A maioria dos estudos que relacionam dose e perfil de metabolização leva
em conta populações europeias, norte-americanas, afroamericanas e
ameríndias com enfoque norte-americano. Há pouquíssimos estudos de
frequência alélica da população brasileira no geral, e especialmente para os
genes que expressam enzimas do citocromo p450;
 O cenário da economia brasileira determina que reagentes e equipamentos
necessários para a realização do teste sejam muito caros, o que acaba
resultando em um o preço final muito alto para o exame;
 Baixa cobertura de convênios e planos de saúde, tanto por
desconhecimento quanto pelo alto custo envolvido.
E aí, apesar de todos os benefícios já apontados, esse ainda é um campo em
desenvolvimento. Para demonstrar que um exame farmacogenético tem validade
clínica, como dito anteriormente, e pode oferecer resultados úteis, são necessários
estudos cuidadosos que exigem tempo e recursos consideráveis.

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