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REDAÇÃO OFICIAL

Redação Oficial é a
maneira pela qual o Poder
Público redige atos
normativos e comunicações.
A Redação de uma correspondência oficial
deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do
padrão culto de linguagem, concisão, formalidade,
padronização e clareza.
Fica claro, portanto, que as comunicações
oficiais devem ser, necessariamente, uniformes,
pois há sempre um comunicador (o Serviço
Público) e um receptor dessas comunicações que
ou é o próprio Serviço Público (no caso de
expedientes dirigidos por um órgão a outro) ou o
conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de
forma homogênea (o público).
A impessoalidade é
caracterizada por não haver tom
pessoal na comunicação: quem
comunica não deve emitir
opinião ou impressão em relação
ao fato comunicado; quem
recebe a comunicação não pode
ser discriminado ou exaltado; e o
assunto tratado é de interesse
público, não pessoal.
O uso do padrão culto de
linguagem deve ser observado, de
forma que qualquer cidadão
brasileiro, independente de que
região seja oriundo, tenha
condições de entender um
documento oficial.
A concisão é caracterizada
quando, com poucas palavras, se
consegue transmitir uma gama de
informações. Porém, isso não
implica em reduzir a quantidade de
palavras, e, com isso, não deixar
claro o que se quer comunicar.
Exemplo:
Texto longo:
A árvore, oca por dentro, era muito elevada,
tinha vinte metros de altura total, do chão ao
topo: estava, por esta razão, prestes a cair, daí a
instantes, para baixo. (30 palavras).

Texto conciso:
A árvore oca era muito elevada, tinha vinte
metros de altura: estava, por esta razão, prestes
a cair. (18 palavras).
A formalidade é um princípio
que se caracteriza pelo tratamento
dado a quem recebe a comunicação,
pela polidez, pela civilidade.
A padronização é um princípio
do qual a comunicação oficial não
deve fugir. O papel utilizado, a
diagramação, a formatação do
documento são elementos
indispensáveis para a consecução
desse princípio.
A clareza é o princípio que
abarca todos os anteriores, pois
quem recebe uma comunicação
deve ter a possibilidade de
compreender o que está contido
naquele documento.
Emprego dos Pronomes de Tratamento
O emprego dos pronomes de tratamento
obedece a secular tradição. São de uso
consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes
autoridades:
a) do Poder Executivo;
1. Presidente da República;
2. Vice-Presidente da República;
3. Ministros de Estado*;
4. Oficiais-Generais das Forças Armadas;
5. Embaixadores;
6. Procuradores da República, dos Estados e do
Distrito Federal;
7. Secretários-Executivos de Ministérios e demais
ocupantes de cargos de natureza especial;
8. Governadores dos Estados e do Distrito
Federal;
9. Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
e
10. Prefeitos Municipais.
Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de
fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são
Ministros de Estado, além dos titulares dos
Ministérios:
12. o Chefe da Casa Civil da Presidência da
República,
13. o Chefe do Gabinete de Segurança
Institucional,
14. o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência
da República,
15. o Advogado-Geral da União; e
16. o Chefe da Corregedoria-Geral da União.’
b) do Poder Legislativo:
1. Deputados Federais;
2. Senadores;
3. Ministros do Tribunal de Contas da União;
4. Deputados Estaduais e Distritais;
5. Conselheiros dos Tribunais de Contas
Estaduais; e
6. Presidentes das Câmaras Legislativas
Municipais.
c) do Poder Judiciário:
1. Ministros dos Tribunais Superiores;

2.Membros de Tribunais;

3. Juízes;

4. Auditores da Justiça Militar e

5. Promotores de Justiça
Vossa Senhoria é empregado para as demais
autoridades e para particulares, com exceção das
que têm forma especificada, como Reais e
Eclesiásticas.

Em comunicações oficiais, é dispensável o uso


dos tratamentos digníssimo (DD) e ilustríssimo
(Ilmo), às autoridades arroladas na lista anterior.
Os pronomes de tratamento apresentam
certas peculiaridades quanto à concordância.
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical
(Vossa), levam a concordância para a terceira
pessoa, pois o verbo concorda com o substantivo:
“Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa
Excelência conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos
serão sempre os da terceira pessoa: “Vossa
Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa
... vosso...”).
Quanto aos adjetivos referidos a esses
pronomes, o gênero gramatical deve coincidir
com o sexo da pessoa a que se refere.
Se a pessoa for homem, o correto é “Vossa
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve
estar satisfeito”.
Se for mulher, “Vossa Excelência está
atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
Ao utilizarmos os pronomes de tratamentos
quando a pessoa está próxima o uso correto é
Vossa Excelência, Vossa Senhoria.
Se essa estiver distante, pessoalmente, ou
via correspondência, utilizamos Sua Excelência,
Sua Senhoria
Exemplos: 1. Sua Excelência, o Governador,
mandou avisar que não poderá vir para a
reunião.
2. Sua Santidade, o Papa, não fará o
pronunciamento, que estava previsto para
domingo.
Um documento oficial é dividido em três partes:
cabeçalho, texto e fecho.

O Cabeçalho, é composto de:


1) timbre, que identifica a OME onde foi gerado o
documento, e será impresso a um centímetro da borda
superior do papel; e

2) epígrafe, separado do timbre em dois espaçamentos


verticais de 1,5cm, onde constam:
a) nome e número do documento; e
b) nome da cidade onde foi gerado, seguido da
Unidade da Federação, entre parênteses, data (dia, mês e
ano completo), com ponto no final;
3) preâmbulo, que designa o destinatário da
correspondência; e

4) ementa, onde são descritos o assunto a ser


tratado, para que o destinatário, ao receber o
documento tenha imediata ciência da matéria do
documento; os anexos; e as referências, quando
houver.
2. O Texto de um documento é constituído
pelo assunto tratado. O texto deve ser iniciado
com formas diretas, tais como: Solicito a V. Sa.;
Encaminho a V. Exª. Devem ser evitadas
expressões tipo: “Tenho a honra de”, “Tenho o
prazer de”, “Cumpre-me informar que”. O texto
deve ter introdução, desenvolvimento e
conclusão.
Se houver necessidade, o texto deverá ser
desenvolvido em parágrafos, podendo, ainda, ser
subdividido em itens e subitens, que serão feitos
com numeração.
3. O Fecho do documento tem a finalidade de
arrematar o texto e de saudar o destinatário.
Respeitosamente – superiores; e
Atenciosamente – pares e subordinados.

Após isso, segue a assinatura da autoridade


responsável, aposta sobre o seu nome (que será digitado
em forma cursiva, ficando o nome de guerra em
negrito), após o qual será colocado um traço de união
(hífen), posto ou graduação. Abaixo do nome deverá ser
colocada a função que é exercida pela autoridade, toda
em negrito.
A assinatura do remetente deve ser centralizada
em todos os documentos.
A assinatura nunca deverá ficar em uma página
do documento, isoladamente. Quando houver a
iminência de acontecer esse fato, pelo menos um
parágrafo do texto será transferido para página
seguinte.

Quando um documento tiver mais de uma


página, todas as anteriores à da assinatura final
deverão ser rubricadas pelo emitente, no canto
superior que corresponde ao lado direito do assinante.
Se acontecer em um Processo, um IPM ou uma
Sindicância as rubricas de todas as pessoas que
participaram da oitiva, por exemplo, serão apostas na
margem direita do documento.
No caso fortuito de a autoridade superior não estar no ambiente de
trabalho e ser necessário o envio de um documento, de tramitação urgente,
uma autoridade subordinada (é de bom alvitre que seja o substituto
imediato) assinará o documento, que terá o nome e os dados funcionais da
autoridade superior (sobre os quais será colocada a expressão, manuscrita,
“No impedimento” ou NI) e, abaixo, o nome e os dados da autoridade
subordinada assinante.
Se a autoridade superior já souber que não estará no ambiente de
trabalho, e que será necessário o envio de correspondência, ela determina,
verbalmente, à autoridade subordinada que essa assine o documento,
então, a expressão a ser aposta, será “Por Ordem” ou PO.

No impedimento/NI - Por ordem/PO


José Joaquim da Silva Serafim - Ten Cel PM
Comandante do 20º BPM

Atsitab Otnemicsan da Silva - Maj PM


Subcomandante do 20º BPM
Nos documentos em que uma autoridade for
delegada por outra, superior, assinará abaixo à
esquerda do nome da autoridade delegante, no
alinhamento esquerdo da página, sendo aposta,
ainda, a expressão “Por delegação” a dois
espaçamentos verticais de 1,5cm acima do nome da
autoridade delegada.
Exemplo:
José Joaquim da Silva Serafim - Ten Cel PM
Comandante do 20º BPM

Por delegação:

Atsitab Otnemicsan da Silva - Maj PM


Subcomandante do 20º BPM
Se uma autoridade subordinada iniciar um
documento com a expressão “Incumbiu-me o
Senhor Cel PM Comandante”, a assinatura será a
dela, pois ela já está ratificando que foi
autorizada a elaborar o documento.

Atsitab Otnemicsan da Silva - Maj PM


Subcomandante do 20º BPM
A correspondência oficial que circula
no âmbito da Polícia Militar se classifica:
1. Quanto ao trânsito em:
1.1 externa: a que circula entre
autoridades da Polícia Militar e outras
autoridades civis ou militares; e
1.2 interna: a que circula no
âmbito da Polícia Militar.
2. Quanto à natureza em:
2.1 sigilosa: trata de assuntos que, por
sua natureza, devem ser de conhecimento restrito e,
portanto, requerem medidas especiais de proteção
para sua custódia e divulgação; e
2.2 ostensiva: aquela cujo conhecimento
por pessoas, além do remetente e do(s)
destinatário(s), não apresenta inconvenientes,
porém, a divulgação, por qualquer meio, depende do
consentimento da autoridade responsável por sua
expedição.
A indicação do grau de sigilo de um
documento é feita de acordo com o previsto na Lei
Nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso
à Informação).
3. Quanto à tramitação em:
1. de rotina: é aquele cujo
encaminhamento, estudo e expedição são feitos
regularmente, devendo ser observado o prazo
para sua consecução, a fim de evitar
constrangimentos entre as partes envolvidas pelo
assunto; e
2. urgente: é aquele cujo
encaminhamento, estudo e expedição devem
ocorrer com precedência sobre os demais,
inclusive, com caráter imediato.
Os documentos, utilizados na correspondência oficial da
PMRN, são:

ADITAMENTO AO BOLETIM GERAL -


documento que complementa ou esclarece informações
contidas no Boletim Geral (BG). Pelo grande volume de
informações, esse documento é feito à parte do principal
(BG). O exemplo mais comum, na PMRN, é o que trata
do Plano de Férias de todo o efetivo da Corporação,
que, normalmente, é aditado ao Boletim Geral Nº 200,
de cada ano. São publicadas, também, em Aditamento,
Planos de Curso, Relação de efetivos convocados para
cursos dentro da Corporação.
ATA – documento onde se registram as
ocorrências de uma reunião.

1. A Ata não contém parágrafos, nem


mesmo, ao iniciar esse documento.
2. Nela não pode haver rasuras. Existem
duas situações para corrigir um lapso:
2.a. caso o erro tenha sido
observado no momento da lavratura, quem estiver
secretariando a reunião, deverá colocar a expressão
“digo”, entre vírgulas, logo após a falha, e colocar o
termo correto. Por exemplo: “o Cb PM, digo, o Sgt
PM”; e
2.b. se o lapso for observado antes
que a Ata seja assinada, o termo “Em tempo” é
colocado ao final da lavratura, com a correção:
“Em tempo: o Coronel Atsitab informou que não
se fará presente na próxima reunião, pois estará
entrando em gozo de férias”.
Então, somente, depois, o(a)
Presidente e o(a) Secretário(a) assinam a Ata.
Se já houverem assinado, o
assunto é descrito e o(a) Presidente e o(a)
Secretário assinam, novamente, após a correção,
para garantir a validade do ato.
3. Na Ata, os números são escritos por
extenso, inclusive, os que se referem a valores
monetários.

4. Os verbos devem ser escritos no


pretérito perfeito do indicativo, tendo em vista, a
Ata, estar expressando algo que já aconteceu.
5. Normalmente, a Ata é escrita em
livro próprio. Porém, com o advento da
tecnologia, pode ser digitada e arquivada em
pastas específicas, bem como em computador,
dependendo da decisão da autoridade
constituída. É plausível que, até mesmo, essa
decisão de usar a tecnologia, seja registrada em
Ata.
ATESTADO - documento revestido
de formalidades legais, firmado por
autoridade competente, na esfera de
suas atribuições, quando requerido,
sobre assunto que tenha conhecimento,
afirmando ou negando a sua existência,
para fins de prova.
ATESTADO DE ORIGEM -
documento que deve ser expedido para
comprovação de acidente, ocorrido em
consequência de ato de serviço ou de
instrução, que consigna amparo legal ao
acidentado. Esse documento é emitido pela
Junta Policial-Militar de Saúde (JPMS),
para onde o Policial Militar deve ser
encaminhado por seu Comandante, Chefe
ou Diretor.
BOLETIM GERAL (BG) – instrumento
pelo qual o Comandante Geral da Corporação
divulga suas ordens, as ordens das autoridades
superiores, de autoridades externas à Polícia
Militar, como Tribunais, Promotorias,
Procuradorias e outros Órgãos, cujos assuntos
devam ser do conhecimento dos integrantes da
Corporação. O BG é divulgado na internet,
através da página da Polícia Militar.
BOLETIM INTERNO (BI) – instrumento
que tem a mesma finalidade do BG, através do
qual Comandantes de Batalhões, Distritos e
Unidades afins divulgam suas ordens, as ordens
das autoridades superiores e os fatos que devam
ser do conhecimento da Organização Militar
Estadual (OME), inclusive, transcrevendo do BG
e do BGI as notícias que são de interesse de cada
uma dessas Unidades.
BOLETIM DE OCORRÊNCIA E
BOLETIM DE OCORRÊNCIA DE
ACIDENTE DE TRÂNSITO –
documentos que têm características
próprias e já existem nos Grandes
Comandos.
BOLETIM RESERVADO E
BOLETIM RESERVADO ESPECIAL -
documentos, de lavra do Comandante-
Geral, que tratam de assuntos cujo
grau de sigilo limita a sua divulgação a
grupo específico de pessoas.
CONSELHO DE DISCIPLINA -
Processo destinado a julgar da
incapacidade de a Praça da Policia
Militar do Rio Grande do Norte, com
estabilidade assegurada, inclusive,
Aspirante-a-Oficial, permanecer na
ativa, criando-lhe, ao mesmo tempo,
condições para se defender.
CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO
- Processo destinado a julgar da
incapacidade de o Oficial da Policia
Militar do Rio Grande do Norte,
permanecer na ativa, criando-lhe, ao
mesmo tempo, condições para se
defender.
CERTIDÃO - documento firmado
por autoridade competente, na esfera
de suas atribuições, revestido de
formalidades legais adequadas, no qual
são descritos, de maneira clara e
precisa, fatos consignados em registros
oficiais.
CÓPIA AUTÊNTICA - reprodução
literal, por escrito ou digitado
(inclusive, com seus erros ortográficos,
se houver) de um documento, conferida
com o original e assinada por
autoridade competente.
CÓPIA AUTENTICADA -
reprodução de um documento por meio
de qualquer processo de copiagem
(mecânico, elétrico, químico,
fotográfico), reconhecida como
verdadeira pela aposição de carimbo e
da assinatura da autoridade
responsável pela conferência com o
original.
DESPACHO - ato exarado em documento
que circula por setores da Instituição, até a sua
solução, podendo ser realizado de duas formas:
1. no verso de documento em
trânsito (folha dobrada em vertical, lado
esquerdo); ou
2. em folha avulsa (à parte), à
qual será anexado documento a ser enviado.
Segue de superior para subordinado,
determinando providências, ofertando
conhecimento, complementando instrução nele
contida ou como informação.
O Despacho exarado no verso da folha,
normalmente, é para serviços internos, de
expediente. Para assuntos externos ou que serão
inseridos em Processo, o Despacho deve ser feito
em folha avulsa.
A autoridade que lavrar um Despacho não
deve fazê-lo no anverso do documento que tenha
recebido. Isso caracteriza descortesia com a
pessoa ou autoridade que assinou o documento.
EDITAL - instrumento utilizado
por autoridade para divulgar ao
público em geral certos atos e fatos
administrativos, tais como concursos,
convocação para curso, abertura de
licitação.
ENCAMINHAMENTO - ato exarado em
um documento em trânsito (folha dobrada em
vertical, lado esquerdo) ou em folha avulsa, à
qual será anexado o documento recebido. Segue
de subordinado para superior, solicitando
providências, conhecimento, complementação da
instrução nele contida ou como informação.
Obs.: A autoridade que lavrar um
Encaminhamento, não deve fazê-lo no anverso do
documento que tenha recebido. Isso caracteriza
descortesia com a pessoa ou autoridade que
assinou o documento.
ESTUDO - instrumento que utiliza
o método de raciocínio lógico para
análise e equacionamento de problemas
de maior complexidade, visando à
tomada de decisão.
ESTUDO DE ESTADO-MAIOR (EM) –
documento formal que expressa uma análise
concisa e acurada dos oficiais integrantes do
Estado-Maior da Corporação, que propõem
alternativas para a solução de uma problema
policial-militar complexo, de natureza
administrativa ou operacional, submetendo-o à
decisão do Comandante-Geral.
Um exemplo é um Estudo de Estado-Maior
para aquisição de armas ou de viaturas.
FICHA DISCIPLINAR –
documento onde são registradas
todas as informações do Policial
Militar, inclusive, características
pessoais, datas de promoções,
punições e elogios.
GUIA – documento que
acompanha qualquer remessa,
normalmente de material e/ou
equipamento, que comprova o envio
para que o órgão ou pessoa interessa
possa acompanhar a sua destinação.
Serve de comprovante de recebimento
e entrega do seu conteúdo.
GUIA DE SOCORRIMENTO -
documento que acompanha a Ficha
Disciplinar do Policial Militar
(normalmente, a Praça), transferido de uma
OME para outra, onde devem constar
informações extras sobre o militar estadual
movimentado, quais sejam: se gozou ou não
férias, se está pela JPMS entre outros
detalhes que interessam ao Comando que
está recebendo o Policial Militar.
INQUÉRITO POLICIAL-MILITAR –
procedimento que promove a apuração sumária
de fato e de sua autoria, que, nos termos legais,
configure crime militar. Tem o caráter de
instrução provisória, cuja finalidade precípua é a
de ministrar elementos necessários à ação penal
(Art. 9° do Código de Processo Penal Militar -
CPPM).
Os crimes militares estão tipificados no
Código Penal Militar (CPM).
MEMORANDO - correspondência utilizada
por autoridade superior para transmissão de
ordens, instruções, decisões, recomendações,
esclarecimentos ou informações. É de utilização
interna na Corporação. Tem como principal
particularidade a rapidez de divulgação, eliminando
a morosidade causada pelos embaraços
burocráticos.
NOTA DE INSTRUÇÃO - documento
normativo baixado com a finalidade básica de
esclarecer ou instruir a aplicação de leis,
decretos, resoluções, portarias regulamentos ou
definir matéria não constante desses atos, mas a
eles relativos, para estabelecer, alterar ou ajustar
rotinas operacionais e/ou administrativas e
orientar procedimentos.
NOTA PARA BOLETIM - documento
proposto por Comandante de Grande Comando,
Chefe ou Diretor ao Comandante Geral, para
publicação no BG, de assunto daquela OME, de
interesse da Corporação.
OFÍCIO - forma de correspondência
utilizada pela Corporação para tratar de
assuntos com autoridade externa a ela. É,
também, utilizado para assuntos internos da
Corporação, entre autoridades que estejam no
mesmo nível dentro do organograma da Polícia
Militar, tais como os Comandantes de Grandes
Comandos, Chefes e Diretores.
ORDEM DE OPERAÇÕES - documento
elaborado para tratar dos assuntos complexos de
natureza operacional, com a finalidade de regular
a evolução de operações policiais-militares, em
evento específico, consignando ações coordenadas
para que seja alcançado o êxito na operação
designada.
Estabelece a situação, a missão e os
pormenores relativos à execução da operação, de
modo a assegurar uma ação organizada de todas
as forças empenhadas, desde o Grande Comando
até o nível de Pelotão. Tem aplicabilidade
plausível em eventos tipo Réveillon e Carnaval.
ORDEM DE SERVIÇO - documento
através do qual uma autoridade competente
determina a execução de serviço ou providência
administrativa. Normalmente, utilizado nas
OME, em nível de Batalhão, para operações em
suas áreas de responsabilidade, como blitzen,
barreiras operacionais.
Pode ser utilizada, também, para a
execução de operação na qual seja necessária
condução coercitiva de um Militar Estadual, que
esteja, por exemplo, na condição de desertor, com
o fito de dar respaldo à guarnição cumpridora da
missão.
PARTE - correspondência que tramita no âmbito
de uma OME, por meio da qual um militar subordinado
se comunica com um de seus pares ou superior
hierárquico, em objeto de serviço. Através dela, um
subordinado comunica um fato ou solicita providências
ao seu superior imediato. A Parte do Oficial de Dia ou
do Sargento de Dia são feitas em livro próprio.
Obs.: Quando uma Parte for de lavra
particular de um Policial Militar, sobre fato que tenha
conhecimento ou fazendo solicitação ao seu superior, não
tendo, portanto, sequência numérica, receberá a
denominação de Parte Especial.
PLANO DE OPERAÇÕES - documento de
EM que fundamenta a linha de ação para o
cumprimento de uma futura missão operacional.
Estudo que prevê procedimentos para
determinadas hipóteses, formuladas pelos
planejadores, que obtiveram informações in loco
ou receberam-nas de fonte fidedigna, visando
preparar, detalhadamente, as operações a serem
desenvolvidas. Precede a Ordem de Operações e
a Ordem de Serviço.
PORTARIA - ato administrativo interno,
através do qual uma autoridade competente expede
determinações gerais ou especiais aos seus
subordinados, com vistas à execução de leis e
serviços; designa servidores para funções e cargos;
manda instaurar (autoridade delegante) e instaura
(autoridade delegada) Inquéritos Policiais Militares
(IPM), Sindicâncias e Processos Administrativos
Disciplinares (PAD) e Conselho de Disciplina (CD).
PROCESSO - conjunto de documentos
correlatos necessários ao esclarecimento de uma
questão. Exemplos: Processo Administrativo
Disciplinar (PAD), Conselho de Disciplina (CD),
requerimento de promoção e outros afins.
PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR - procedimento destinado a
julgar da incapacidade da Praça da Policia
Militar do Rio Grande do Norte, sem
estabilidade assegurada, para permanecer
na ativa, criando-lhe, ao mesmo tempo,
condições para se defender.
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
SUMÁRIO (PADS) - procedimento destinado a
agilizar a averiguação das responsabilidades nos
cometimentos de quaisquer das transgressões
disciplinares expressas na relação constante no
Anexo I do RDPM ou de quaisquer ações,
omissões ou atos não especificados na citada
relação, mas, que afetem a honra pessoal, o
pundonor policial-militar, o decoro da classe ou o
sentimento do dever e outras prescrições contidas
no Estatuto dos Policiais Militares, leis e
regulamentos.
Estabelecido pela PORTARIA Nº 042/2016-
GCG, de 11 de julho de 2016.
RELATÓRIO - expediente contendo
exposição minuciosa de fatos ou atividades que
devam ser apreciados por autoridade
competente. Modelos para elaboração desse tipo
de documento são encontrados em regulamentos,
manuais e instruções específicas.
REQUERIMENTO - documento
em que o signatário solicita ao
Comandante Geral a concessão ou
reconhecimento de direito que presuma
ser detentor.
RESOLUÇÃO - ato exarado pelo
Comandante Geral, com a finalidade de dirimir
dúvida sobre assunto administrativo que não
esteja definido. Por exemplo, a RESOLUÇÃO
ADMINISTRATIVA N° 03/2014 – GCG,
publicada no BG Nº 201, de 29 de outubro de
2014, que definiu quais parentes enfermos
dariam direito ao policial militar solicitar a
Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da
Família, com o objetivo de acompanhá-los
durante o período da convalescência, bem como
limita, o período dessa licença.
SINDICÂNCIA - procedimento que busca
investigar fato que configure transgressão ou
desvio de conduta do Policial Militar, ou do qual
não se conheça a autoria. A definição de regras
para a formalização de Sindicância na Polícia
Militar do Rio Grande do Norte está consignada
PORTARIA Nº 182/2012-GCG, de 02 de Agosto
de 2012. A autoridade que determina a
instauração da Sindicância pode transformá-la
em Inquérito Policial Militar, dependendo do seu
resultado.
TERMO - documento concretizado com as
declarações, inquirições e depoimentos de uma
pessoa que tenha conhecimento de ato ou fato
que tenha dado origem a IPM, Sindicância ou
procedimento afim. Os modelos para elaboração
desse documento acham-se difundidos nos
regulamentos e publicações específicas.
Algumas providências tomadas por diversas
autoridades têm sido consideradas como
documentos, mas não são, tais como: Deveis
Informar, Libelo Acusatório, Queixa,
Reconsideração de Ato e Consulta.

1. Deveis Informar é um termo aleatório, posto


como documento, por não haver um específico,
encaminhado ao(à) Policial Militar para que
responda, de próprio punho ou por intermédio de
advogado, sobre acusação a ele(a) imposta.
2. Libelo Acusatório é um “Termo utilizado
no Direito Processual Penal que traduz-se na
exposição apresentada por escrito pela acusação
prevendo o que se pretende provar ao magistrado
contra o réu, concluindo com a declaração da pena
que considera ser ideal à condenação do acusado.
É uma narração escrita do fato criminoso com as
suas circunstâncias, findando com a conclusão e
com pedido da pena prevista em lei a qual o réu
deverá ser submetido.”
O Libelo Acusatório deixou de existir após a
publicação da Lei Nº 11.689/2008.
3. Queixa, Reconsideração de Ato e
Consulta devem ser feitas através de
Parte ou Ofício. Os termos Queixa,
Reconsideração de Ato e Consulta
devem ser colocados no tópico que
corresponde ao ‘Assunto’ desses
documentos.
3.1 - Queixa - através desse conteúdo, um
subordinado comunica sobre falta cometida por
um superior contra si ou outrem. Deve ser
endereçado ao Comandante dos dois, se forem da
mesma OME ou ao Comandante do
Comunicante, se forem de OMEs distintas. Neste
último caso, o Comandante do Comunicante deve
fazer encaminhamento ao Comandante do
possível transgressor.
3.2 - Reconsideração de Ato - o conteúdo
deve conter uma solicitação, para que uma
autoridade reconsidere ou reveja ato ou decisão
que tenha tomado contra subordinado, que a
considere injusta, lesiva ou não regulamentar.
3.3 - Consulta - o seu conteúdo se refere a
uma solicitação de esclarecimento acerca de
ordem emitida por superior, que não tenha sido
assimilada pelo destinatário, devendo o solicitado
fornecer de forma compreensível ao solicitante a
interpretação do texto.
“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar,
invocai-O enquanto está perto.” Isaías 55.6

“Eu tentei 99 vezes e falhei, mas, na


centésima tentativa eu consegui. Nunca desista
de seus objetivos, mesmo que pareçam
impossíveis, a próxima tentativa pode ser a
vitoriosa.” Albert Einstein

“Deus é forte, Ele é Grande, e quando Ele


quer não tem quem não queira.” Airton Senna
DEUS ABENÇOE VOCÊS E FAMÍLIAS!

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