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UNIFACS- SALVADOR

DISCIPLINA: SISTEMA UROGENITAL


CURSO: ENFERMAGEM
DISCENTE: ULIANA LIMA DE LOYOLA MELO

APS 1 – SISTEMA UROGENITAL

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Implatação


APARELHO UROGENITAL – Caso clínico com 2021.1
exames de imagem, microscópio virtual
e mapa conceitual

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

As Atividades Práticas Supervisionadas - APS têm seu detalhamento publicado no


ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard) da disciplina. São publicadas na primeira
quinzena de aulas e devem ser realizadas pelos estudantes até o limite do prazo da N1,
em conformidade com o calendário acadêmico. As APS devem ser realizadas pelos
estudantes no próprio ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard) ou ter seu upload
realizado lá, onde também serão corrigidas pelo docente, ficando registradas em sua
integralidade.

ATIVIDADE 1: Sua tarefa é analisar os exames de imagem e os achados laboratoriais do


caso clínico 1 e responder as questões propostas. Todas as respostas deverão ser
postadas no fórum da disciplina de Aparelho urogenital que será aberto pelo professor.
Cada aluno deverá comentar pelo menos as respostas de dois dos seus colegas.

RESPOSTAS

1.a. Observe a imagem abaixo referente a um exame de urografia excretora em um


indivíduo que não apresenta nenhuma disfunção das vias urinárias e identifique as
estruturas inumeradas de 1 a 4.

1. Rim
2. Pelve Renal
3. Ureter
4. Bexiga

1.b. Observe o exame de imagem referente a urografia excretora apresentada no caso


clínico 1 e faça uma análise comparativa entre as estruturas que foram afetadas,
correlacionando com as causas que provocaram a insuficiência renal crônica nesse
paciente e o desfecho clínico que culminou na necessidade de hemodiálise e transplante
renal.
A esquerda podemos observar uma dilatação acentuada pielo-calical, com a bexiga
pouco repleta e ausência de imagem renal, assim demonstrandoaumento renal
esquerdo. A dilatação pielo- calical ocorreu, como sinal de consequência de
provávelcálculos na região dos rins ou nos ureteres, onde bloquearam a passagem
daurina e com o acumulo ouve uma dilatação da pelve renal. Pelo fato da
doençarenal crônica ser uma doença silenciosa, o paciente pode ter descoberto
adoença em uma fase avançada onde não daria tempo de um tratamento
masprolongado, diante disso já foi realizado hemodiálise para aliviar o corpo.
Edepois já foi preciso um transplante renal.

1.c. Os exames clínicos apresentados no caso clínico 1 revelaram aumento das


concentrações plasmática de ureia e creatinina plasmáticas. Faça uma pesquisa a
respeito dos valores de referência plasmática desses metabólitos nitrogenados e suas
respectivas vias metabólicas.

Valores de Referências da Ureia 150 16-40 mg/dL: pela via Gastrointestinal;


Valores de Referências da Creatinina 2,8 0,6-1,2 mg/dL: pela contração muscular.

1.d. Analise as respectivas taxas de depuração da ureia e creatinina e explique porque


esses metabólitos nitrogenados são utilizados como marcadores de função renal.

A ureia é caracterizada como um metabólito tóxico nitrogenado resultante da


degradação de proteínas que se inicia através da proteólise, havendo sua
biossíntese nos hepatócitos, a partir da amônia que é um composto nitrogenado,
obtida em decorrência da degradação proteica, havendo posteriormente sua
excreção pelo sistema urinário. A ureia é utilizada como um marcador renal clássico
assim como a creatinina, sendo utilizados em conjuntura para o diagnóstico de
lesão renal, no entanto esse composto não é especifico e pode sofrer variações em
seus valores em decorrência a ingestão proteica.

A creatinina é totalmente filtrada pelos glomérulos e não é reabsorvida pelos


túbulos renais. Os níveis de creatinina sérica possibilitam informações importantes
sobre a função renal, pois pode ser totalmente excretada, valores elevados no soro
são indicativos de lesão renal, sendo então utilizado como um marcador clássico
de função renal. No entanto valores de creatinina podem ser totalmente alterados
por causa de fatores como a dieta, idade, sexo e medicamentos utilizados no
tratamento. Assim ele não é um marcador utilizado isoladamente para o diagnóstico
de injuria renal crônica, havendo a necessidade de uma análise clínica para a
conclusão do diagnóstico.

1.e. Pesquise a via de síntese das prostaglandinas e análise de que forma uso contínuo
de AINEs, para o tratamento da dor crônica, pode ter contribuído para falência renal
apresentado no caso clínico 1.

As prostaglandinas têm sua síntese desencadeada por estimulos nas membranas


celulares, que podem ser de natureza fisiológica, farmacológica ou patológica. Por
ação da fosfolipase A, o ácido araquidônico, constituinte normal dos fosfolipídios
das membranas, é então convertido. Tais estímulos ativam receptores de
membrana, acoplados a uma proteína “G”, que age como ação regulatória ligada a
um nucleotídeo guaninico. A partir desta ligação, ativa-se a fosfolipase A,
específica. A fosfolipase A libera um ácido que é então substrato para duas vias
enzimáticas, a das cicloxigenases, que desencadeiam a síntese das
prostaglandinas e dos tromboxanos, e a via das lipoxigenases, responsável pela
síntese dos leucotrienos.
As prostaglandinas, convertidas por ação da cicloxigenase em diferentes áreas dos
rins, aumentam a vascularização renal ampliando a luz do vaso, por consequência
aumentam a perfusão do órgão. A ação dos anti-inflamatórios inibem esses
mecanismos reduzindo a perfusão renal total por meio de efeitos vasoconstritor, o
que pode resultar em uma insuficiência renal pré-renal, quadro clínico com
isquemia medular e, em certas condições, insuficiência renal aguda. Nessas
situações, as prostaglandinas promovem dilatação compensatória da vasculatura
renal para assegurar um fluxo sanguíneo normal e prevenir a deterioração funcional
aguda do rim. Além disso, essas prostaglandinas reduzem a liberação de
noradrenalina, o que também favorece a vasodilatação. Quando por muitas vezes a
produção de protaglandinas é inibida, a permeabilidade nos capilares diminui cada
vez mais. O corpo tenta usar mecanismo para que todo o sistema corporal não sinta
os efeitos do comprometimento da permeabilidade, porém, com o passar do tempo
essa capacidade de tentar suprir os problemas desencadeados por esse déficit se
torna ineficaz.

1.f. Proponha pelo menos 2 formas de intervenção e prevenção da insuficiência renal


crônica relacionadas à competência de sua formação acadêmica.

1. Uma prática assistencial que considera os aspectos sociais, econômicos,


políticos e epidemiológicos, identificando e intervindo nos fatores de risco
para o adoecimento ou o agravamento de um quadro patológico que a pessoa
já possua. É necessário detectar grupos de risco, orientar e apontar
caminhos para que enfrentem e se adaptem ao novo estilo de vida e à sua
condição de saúde.
2. O enfermeiro desempenha papel importante de cuidador e educador,
responsável por sistematizar e incentivar o autocuidado. Por isso, é
necessário desenvolver atividades de promoção da saúde de forma
educativa, para reduzir a incidência de DRC e melhorar a qualidade de vida
da população.
ATIVIDADE 2. Nessa atividade você deverá ler a tradução apresentada abaixo de uma
parte do artigo publicado no Journal of American Society of Neprology (JAS). O artigo faz
uma revisão sobre a infertilidade e disfunção sexual em mulheres e homens devido a
falência renal. Após a leitura realize as atividades propostas nos itens a e b.

Artigo na íntegra disponível em http://jasn.asnjournals.org/content/10/6/1381.full.pdf+html.

Disfunção gonodal em homens


“ A insuficiência renal crônica está associada a espermatogênese prejudicada e dano
testicular, muitas vezes levando à infertilidade. A análise de sêmen geralmente mostra um
volume diminuído da ejaculação, azoospermia baixa ou completa, e uma baixa
porcentagem de motilidade. Essas anormalidades são freqüentemente evidentes antes da
necessidade de diálise e depois deteriora-se mais uma vez quando a terapia dialítica é
iniciada. As alterações histológicas nos testículos incluem evidências de diminuição da
atividade espermatogênica, com maior mudanças nos estágios tardios dependentes
hormonalmente na espermatogênese. O número de espermatócitos é reduzido e existe
pouca evidência de maturação no estágio do esperma maduro. Na maioria dos casos, o
número de espermatogonia é normal, mas a aplasia completa de elementos germinativos
também pode estar presente. Outros achados incluem danos ao túbulos seminíferos,
fibrose intersticial e calcificações.
Em resumo, uma série de observações sugerem que a falência gonadal é uma
conseqüência importante da insuficiência renal crônica. A descoberta de que os níveis de
LH são tipicamente aumentados é consistente com a presença de dano testicular. No
entanto, a falta de hipertrofia da célula de Leydig e níveis normais de estradiol também
aumentam a possibilidade de hipogonadismo funcional. A descoberta de que os níveis de
LH são apenas moderadamente aumentados na insuficiência renal crônica sugerem uma
resposta diminuída do eixo hipotálamo-pituitário para níveis baixos de testosterona e
redução da regulação da secreção de gonadotrofina. Uma explicação para o aumento do
LH em resposta a baixos níveis de testosterona é que o eixo hipotalâmico-hipofisário na
insuficiência renal crônica é reiniciado de tal forma que é mais sensível à inibição de
feedback negativo da testosterona. Desta forma, o eixo começa a assumir uma
característica semelhante, como visto no estado pré-púbere, onde há sensibilidade
extrema ao efeito inibitório dos esteróides gonadais.
BIFF F. PALMER. Sexual Dysfunction in Uremia. J Am Soc Nephrology, 10:1381-1388,
1999.

RESPOSTAS

2.a. Após a leitura dirija-se ao microscópio virtual e localize as estruturas grifadas no texto
na cor azul, referentes ao corte histológico do testículo: (Lâmina 163)
http://zoomify.lumc.edu/reproductive/male/male_main.htm.

Espermatócitos

Células de Sertoli

Espermatogonia

Túbulos Seminíferos

Células de Leydig
2.b. Faça um mapa conceitual que correlacione as estruturas histológicas e hormônios
sexuais indicados no texto com a infertilidade apresentada por pacientes urêmicos.

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