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15
Reações
Químicas
—
–
–
–
–
– –
– –
H– C – C – C – C – H H– C – C =C – C – H
—
—
–
–
–
–
–
–
A maior parte dos combustíveis líquidos, constituí- ticamente mostrado na Figura 15.2. Óleo cru é gaseifi-
dos por hidrocarbonetos, são misturas obtidas da desti- cado e entra próximo ao fundo da coluna de destilação.
lação ou destilação fracionada do petróleo. A separação As frações pesadas possuem ponto de ebulição maior e
do ar em seus dois componentes principais, nitrogênio condensam em temperaturas maiores na parte de baixo
e oxigênio, utilizando uma coluna de destilação foi bre- da coluna, enquanto as frações mais leves condensam a
vemente discutida na Seção 1.5. Analogamente, mas de temperaturas mais baixas na parte superior da coluna.
modo mais complicado, uma coluna de destilação fra- Assim, a partir de um determinado tipo de petróleo, po-
cionada de petróleo é utilizada para separar o petróleo demos produzir gasolina, querosene, gasolina de avia-
em seus vários constituintes. Esse
C1 aprocesso
C4 gases é esquema- ção, óleo diesel e óleo combustível.
Coluna de
destilação 20 °C Gás liquefeito de petróleo
C1 a C4 gases
Coluna de
destilação 20 °C Gás liquefeito de petróleo
C5 a C9
nafta
C5 a C9 Produtos químicos
a) Diagrama esquemático.
b) Fotografia de uma coluna de destilação em uma refinaria.
Figura 15.2
Coluna de destilação de petróleo.
Os álcoois são, algumas vezes, empregados como blemas para utilizar o hidrogênio como combustível.
combustíveis em motores de combustão interna. A ca- Ele deve ser produzido a partir de água ou hidrocar-
racterística da família dos álcoois é que um dos átomos boneto, sendo que ambos requerem um grande gasto
de hidrogênio é substituído por um radical OH. Assim, de energia. O hidrogênio gasoso disperso no ar possui
o álcool metílico, também chamado de metanol, apre- uma alta inflamabilidade num intervalo de porcenta-
senta fórmula CH3OH, e o etanol é C2H5OH. Etanol é gem muito amplo em termos de composição de hidro-
um dos clássicos biocombustíveis, produzido a partir de gênio, ou seja, é inflamável para uma fração baixa ou
cultivos agrícolas ou matéria residual por processos de alta. Ele também requer uma energia de ignição mui-
conversão química. Existe uma extensiva pesquisa e to baixa; uma simples faísca inflamará o hidrogênio
desenvolvimento na área de biocombustíveis atualmen- presente no ar. Finalmente, o hidrogênio queima com
te, bem como desenvolvimento de processos para pro- uma chama incolor, o que pode ser perigoso. O incen-
duzir hidrocarbonetos líquidos e gasosos de depósitos tivo ao uso do hidrogênio como combustível é devido
de carvão, xisto e alcatrão. Várias alternativas têm sido tão somente ao produto da combustão ser água, mas é
mostradas como tecnicamente viáveis e essas fontes se ainda necessário incluir a produção, o transporte e o
mostram promissoras em termos do fornecimento cres- armazenamento nas considerações gerais.
cente de fontes de combustíveis nos próximos anos. No tratamento de problemas que envolvem a oxi-
Deve ser observado nessa discussão sobre com- dação dos combustíveis líquidos, é conveniente subs-
bustíveis, que existe atualmente grande interesse em tituir o combustível, que é uma mistura de hidrocar-
desenvolver o uso de hidrogênio como combustível bonetos, por um hidrocarboneto equivalente. Assim, a
para uso em meios de transporte, especialmente em gasolina é usualmente considerada como octano C8H18
conjunto com células de combustível. Hidrogênio lí- e o óleo diesel é considerado como duodecano, C12H 26.
quido tem sido utilizado com sucesso por muitos anos A composição de um combustível composto por hidro-
como combustível de foguete, mas não é apropriado gênio e carbono também pode ser expressa em função
para uso em veículos, especialmente devido ao seu das porcentagens desses componentes.
custo energético de produção (a aproximadamente 20 As duas principais fontes de combustíveis gasosos
K), bem como a uma série de problemas de transporte são os poços de gás natural e certos processos quími-
e armazenamento. Para evitar esses inconvenientes, cos. A Tabela 15.2 fornece a composição de diversos
ao contrário dos combustíveis comuns, o hidrogênio combustíveis gasosos. O constituinte principal do gás
precisaria ser armazenado como gás a alta pressão ou natural é o metano e isso o distingue dos gases manu-
em um hidreto metálico. Ainda existem muitos pro- faturados.
TABELA 15.2
Análise volumétrica de alguns combustíveis gasosos típicos
Vários gases naturais Gás pobre
Gás de Gás de
Constituinte de carvão
A B C D água coqueria
betuminoso
Dois parâmetros importantes, utilizados para expres- a 2/3). A combustão completa do metano com 150% de
sar a relação entre o combustível e o ar, são a relação ar teórico é escrita do seguinte modo:
ar–combustível (designada por AC) e seu recíproco,
a relação combustível–ar (designada por CA). Essas CH4 + 1,5 × 2 (O2 + 3,76 N2) →
relações são comumente calculadas em base mássica, CO2 + 2 H 2O + O2 + 11,28 N2 (15.7)
mas, algumas vezes, também são calculadas em base
molar. Assim, A quantidade de ar de fato fornecida no processo
pode ser também expressa em termos de porcentagem
mar
ACmássica = (15.4) de ar em excesso. O excesso de ar é a quantidade de ar
mcomb fornecido acima ou abaixo da quantidade estequiomé-
nar trica necessária. Então, 150% de ar teórico são equiva-
ACmolar = (15.5)
ncomb lentes a 50% de ar em excesso. Os termos ar teórico,
ar em excesso e razão de equivalência são todos uti-
lizados e dados como informações equivalentes sobre
Estas relações são vinculadas por meio das mas-
a mistura reacional de combustível e ar.
sas moleculares do ar e do combustível. Assim,
Quando a quantidade de ar fornecida é menor que
mar nar Mar Mar a quantidade de ar teórico necessária, a combustão é
ACmássica = = = ACmolar dita incompleta. Se há somente uma pequena deficiên-
mcomb ncomb Mcomb Mcomb cia de ar, o resultado é que um pouco de carbono reage
com o oxigênio para formar o monóxido de carbono
O subscrito s é utilizado para indicar que a rela- (CO), em vez de dióxido de carbono (CO2). Se a quan-
ção se refere a 100% do ar teórico (também conhe- tidade de ar fornecida for consideravelmente menor
cido como ar estequiométrico). Também podemos que a quantidade de ar teórico necessária, poderão
representar a quantidade de ar realmente fornecida existir também alguns hidrocarbonetos nos produtos
à reação em função da porcentagem de ar teórico ou de combustão.
por meio da relação de equivalência que é definida do Poderemos encontrar pequenas quantidades de
seguinte modo: monóxido de carbono nos produtos de combustão,
mesmo se fornecermos um pouco de excesso de ar. A
Φ = CA/CAs = ACs /AC (15.6) quantidade exata formada depende de diversos fato-
res, incluindo a mistura e a turbulência durante a com-
Note que é indiferente utilizarmos a base mássica bustão. Assim, a combustão do metano com 110% de
ou a molar nessa definição, pois a porcentagem de ar ar teórico poderia ser expressa do seguinte modo:
teórico ou a razão de equivalência são ambas razões
ar–combustível entre a quantidade estequiometrica- CH4 + 2(1,1) O2 + 2(1,1)3,76 N2 →
mente necessária e a de fato existente, sendo que as 0,95 CO2 + 0,05 CO + 2 H 2O + 0,225 O2 + 8,27 N2
massas moleculares se cancelam (15.8)
Assim, 150% de ar teórico significa que ar é forne-
cido numa quantidade uma vez e meia maior que a re- Os próximos exemplos ilustram o material tratado
ferente ao ar teórico (a relação de equivalência é igual nesta seção.
Exemplo 15.1
Calcule a relação ar–combustível teórica (este- 12,5 + 47,0
quiométrica) para a combustão do octano C8H18. ACmolar = = 59,5 kmol de ar/kmol de comb.
1
Solução:
A relação ar–combustível teórica em base mássi-
A equação da combustão é
ca pode ser encontrada introduzindo-se as massas
moleculares do ar e do combustível.
C8H18 + 12,5 O2 + 12,5(3,76) N2 →
8 CO2 + 9 H 2O + 47,0 N2
Mar 28,97
ACmássica = ACmolar = 59,5
A relação ar–combustível teórica em base molar é Mcomb 114,2
= 15,0 kg ar/kg de comb.
Exemplo 15.2
Determine a análise molar dos produtos de com-
bustão do octano C8H18, quando este é queimado Análise molar dos produtos:
com 200% de ar teórico, e o ponto de orvalho dos CO2 = 8/123,5 = 6,47%
produtos. Admita que a pressão nos produtos de H 2O = 9/123,5 = 7,29%
combustão seja igual a 0,1 MPa. O 2 = 12,5/123,5 = 10,12%
N 2 = 94/123,5 = 76,12%
—
Solução:
100,00%
A equação da combustão do octano com 200% de
ar teórico é
A pressão parcial da água é 100(0,0729) = 7,29 kPa.
A temperatura de saturação correspondente a essa
C8H18 + 12,5(2) O2 + 12,5(2)(3,76) N2 →
pressão, que também é a temperatura do porto de
8 CO2 + 9 H 2O + 12,5 O2 + 94,0 N2
orvalho, é 39,7 ºC.
A água condensada a partir dos produtos de com-
Número total de kmols dos produtos:
bustão comumente contém alguns gases dissolvi-
8 + 9 + 12,5 + 94,0 = 123,5
dos e, portanto, pode ser corrosiva. Por essa razão,
a temperatura dos produtos de combustão é nor-
malmente mantida acima do ponto de orvalho até
a descarga dos produtos na atmosfera.
Exemplo 15.3
O gás produzido na gaseificação de carvão betumi- 0,14 H 2 + 0,070 O2 → 0,14 H 2O
noso (ver Tabela 15.2) é queimado com 20% de ex- 0,27 CO + 0,135 O2 → 0,27 CO2
cesso de ar. Calcule a relação ar–combustível nas 0,03 CH4 + 0,060 O2 → 0,03 CO2 + 0,06 H 2O
bases volumétrica e mássica. 0,265 = kmol de O2 necessários/
kmol de comb.
Solução: − 0,006 = kmol de O2 no comb./kmol
Para calcular a quantidade do ar teórico necessá- de comb.
ria, escreveremos a equação da combustão para as 0,259 = kmol de O2 necessários/
substâncias combustíveis contidas em um kmol de kmol de comb.
combustível.
Assim, a equação completa para 1 kmol de com-
bustível é
combustível
64444444444444444444444444444444744444444444444444444444444444448
0,14 H2 + 0,27 CO + 0,03 CH4 + 0,006 O2 + 0,509 N 2 + 0,045 CO2
6444444444447ar444444444448
⎛ kmol de ar ⎞ 1
+ 0,259 O 2 + 0,259(3,76)N 2 → 0,20 H2O + 0,345 CO2 + 1,482 N 2 ⎜ ⎟ = 0,259 × = 1,233
⎝ kmol de comb ⎠ teórico 0,21
Se o ar e o combustível estiverem à mesma pres- combustível em base molar é igual a 1,2 × 1,233.
são e temperatura, esse valor também representa Ou seja, a relação é igual a 1,48. A relação ar–com-
a relação entre o volume de ar e o volume de com- bustível em massa é
bustível. Para 20% de excesso de ar, a relação ar–
1, 48(28,97) 1, 48(28,97)
ACmássica = = = 1,73 kg ar/kg comb.
0,14(2) + 0, 27(28) + 0,03(16) + 0,006(32) + 0,509(28) + 0,045(44) 24,74
A análise dos produtos de combustão propicia um para determinar a reação química e a composição do
método bem simples para calcular a quantidade de ar combustível.
realmente fornecida ao processo de combustão. Exis- O princípio básico utilizado para obter a relação real
tem vários métodos experimentais para realizar essas ar–combustível a partir da análise dos produtos de com-
análises. Alguns produzem resultados em uma base bustão é a conservação de massa de cada um dos ele-
“seca”, isto é, fornecem a análise fracionária de todos mentos. Assim, podemos fazer um balanço do carbono,
os componentes, exceto a água. Outros procedimen- do hidrogênio, do oxigênio e do nitrogênio (e qualquer
tos experimentais dão resultados que incluem o vapor outro elemento que possa estar envolvido na reação) na
d’água. Nesta apresentação, não estamos preocupados transformação de reagentes em produtos. Além disso,
em detalhar os instrumentos e os procedimentos ex- sabemos que existe uma relação definida entre as quan-
perimentais, mas sim com a utilização correta de tais tidades de alguns desses elementos. Por exemplo, a rela-
informações nas análises termodinâmicas das reações ção entre o oxigênio e o nitrogênio do ar é fixa, bem como
químicas. Os próximos exemplos ilustram como as aná- a relação entre o carbono e o hidrogênio do combustível
lises dos produtos de combustão podem ser utilizadas (se ele é conhecido e formado por hidrocarbonetos).
Exemplo 15.4
Metano (CH4) é queimado com ar atmosférico. A Balanço do oxigênio:
análise dos produtos de combustão, na base seca, Todos os coeficientes desconhecidos foram deter-
é a seguinte: minados e, nesse caso, o balanço de oxigênio for-
CO2 10,00% nece uma verificação da precisão. Assim, b tam-
O 2 2,37% bém pode ser determinado a partir do balanço do
CO 0,53% oxigênio.
N 87,10% 0,53 21,06
2 — b = 10,00 + + 2,37 + = 23,16
100,00% 2 2
Exemplo 15.5
kmol S/100 kg de comb. = 0,6/32 = 0,02
Uma amostra seca de carvão proveniente de kmol H 2 /100 kg de comb. = 5,7/2 = 2,85
Jenkin, Kentucky, apresenta a seguinte análise kmol C/100 kg de comb. = 79,2/12 = 6,60
elementar (base mássica): kmol O2 /100 kg de comb. = 10/32 = 0,31
kmol N2 /100 kg de comb. = 1,5/28 = 0,05
Enxofre 0,6 Vamos agora escrever as equações de combustão
Hidrogênio 5,7 para os elementos combustíveis. Isso nos permitirá
calcular a quantidade teórica de oxigênio.
Carbono 79,2
0,02 S + 0,02 O2 → 0,02 SO2
Oxigênio 10,0
2,85 H 2 + 1,42 O2 → 2,85 H 2O
Nitrogênio 1,5 6,60 C + 6,60 O2 → 6,60 CO2
Cinzas 3,0 8,04 kmol de O2 neces./100 kg de comb.
− 0,31 kmol de O2 no comb./100 kg de comb.
Admitindo que esse carvão seja queimado com 7,73 kmol de O2 do ar/100 kg comb.
30% de excesso de ar, calcule a relação ar–com- ⎡7,73 + 7,73(3,76)⎤⎦ 28,97
bustível em base mássica. ACteórico = ⎣
100
Solução: = 10,63 kg de ar/kg de comb.
Um modo de resolver esse problema é escrever a
equação de combustão para cada elemento com- Para 30% de excesso de ar, a relação ar–combus-
bustível por 100 kg de carvão. Primeiramente, va- tível é:
mos determinar a composição molar para 100 kg kg ar
de combustível ACmássica = 1, 3 × 10, 63 = 13, 82
kg de comb.
1 kmol C
25 °C, 0,1 MPa
( )
hT, P = h 0f
298; 0,1 MPa
( )298; 0,1 MPa→T, P
+ Δh (15.12)
1 kmol CO2
1 kmol O2 25 °C, 0,1 MPa em que o segundo termo do lado direito da equação
25 °C, 0,1 MPa representa a diferença entre a entalpia em qualquer
estado dado e a entalpia a 298 K e 0,1 MPa. Nós fre-
Figura 15.3 quentemente deixaremos de lado os índices por pura
Exemplo de processo de combustão. conveniência.
O procedimento demonstrado para o CO2 pode ser
de calor fosse precisamente medida, seria igual a aplicado para qualquer outro composto.
−393 522 kJ/kmol de CO2 formado. A equação química A Tabela A.10 fornece os valores da entalpia de
desse processo é formação para algumas substâncias em kJ/kmol.
Mais três observações devem ser feitas em relação
C + O2 → CO2 à entalpia de formação.
1. Demonstramos o conceito de entalpia de formação
Aplicando a primeira lei a esse processo, temos em função da medida do calor transferido numa
reação química ideal em que o composto é formado
Q v.c. + HR = HP (15.10)1 a partir de seus elementos constituintes. Na reali-
dade, a entalpia de formação é frequentemente de-
em que os índices R e P referem-se, respectivamente, terminada a partir da aplicação da termodinâmica
aos reagentes e produtos. Será conveniente escrever a estatística e utilizando dados espectroscópicos.
primeira lei para tal processo da seguinte forma: 2. A justificativa para o procedimento de atribuir o
valor zero para a entalpia dos elementos a 25 ºC e
Qv.c. + ∑ ne he = ∑ ns hs (15.11) 0,1 MPa está no fato de que, na ausência de reações
R P nucleares, a massa de cada elemento numa reação
química é conservada. Essa escolha do estado de
em que as somatórias se referem, respectivamente, a referência não traz conflitos ou ambiguidades e é
todos os reagentes e a todos os produtos. muito conveniente no estudo de reações químicas
Assim, uma medida da transferência de calor nos de um ponto de vista termodinâmico.
fornece, realmente, a diferença entre a entalpia dos 3. Em certos casos, um elemento ou um composto pode
produtos e dos reagentes. Contudo, suponha que atri- existir em mais de um estado a 25 ºC, 0,1 MPa. O car-
buamos o valor zero para a entalpia de todos os ele- bono, por exemplo, pode estar na forma de grafita
mentos a 25 ºC e à pressão de 0, 1 MPa. Nesse caso, a ou diamante. Assim, torna-se essencial que o es-
entalpia dos reagentes é nula e tado de referência esteja claramente identificado.
Na Tabela A.10, a entalpia de formação da grafita
Q v.c. + HP = – 393 522 kJ/kmol é nula e a entalpia de cada substância que con-
tém carbono é dada em relação a essa base. Outro
A entalpia do CO2, a 25 ºC e à pressão de 0, 1 MPa exemplo é que o oxigênio pode existir na forma
(relativamente a essa base na qual a entalpia dos ele- monoatômica, diatômica ou também como ozônio
mentos é admitida nula), é chamada entalpia de for- (O3). O valor nulo para a entalpia de formação será
– escolhido para a forma que é quimicamente está-
mação. Designaremos essa entalpia pelo símbolo h 0f .
Assim, para o CO2, vel no estado de referência, que no caso do oxigê-
nio é a forma diatômica. Cada uma das outras deve
h 0f = −393 522 kJ/kmol ter uma entalpia de formação consistente com a
reação química de sua formação e da transferên-
cia de calor relativa à reação que produza aquela
A entalpia do CO2 em qualquer outro estado, re- forma de oxigênio.
lativa a essa base em que a entalpia dos elementos é
zero, seria encontrada pela soma da variação de en- Observe que na Tabela A.10 são fornecidos dois
talpia entre esse estado (gás ideal a 25 ºC, 0,1 MPa) valores para a entalpia de formação da água; um para
água líquida e outro para água vapor (gás ideal) e am-
__
bos estão referidos a 25 ºC e 0,1 MPa. É conveniente
1
Optamos por seguir a enumeração da edição original, na qual não utilizar a referência de gás ideal em conjunto com a
consta a Equação 15.9 (N.E.). tabela de variações de propriedades fornecida na Ta-
bela A. 9 e utilizar a referência de líquido real em con- 15.4 APLICAÇÃO DA PRIMEIRA LEI
junto com as variações nas propriedades de gases reais
(como mostrado nas tabelas de vapor, Tabela B.1). As EM SISTEMAS REAGENTES
propriedades de líquido real, no estado de referência, A entalpia de formação é fundamental na aplicação da
são obtidas por meio da referência de gás ideal hipoté- primeira lei da termodinâmica em sistemas reagentes,
tico e seguindo o procedimento de cálculo descrito na pois possibilita que as entalpias de substâncias dife-
Seção 14.10. O mesmo procedimento pode ser adotado rentes possam ser somadas ou subtraídas (contanto
para outras substâncias que tenham uma pressão de que elas sejam relativas à mesma base).
saturação menor que 0,1 MPa na temperatura de refe- Em tais problemas escreveremos a primeira lei
rência (25 ºC). para um processo em regime permanente na seguinte
Frequentemente os estudantes se atrapalham forma
com o sinal “menos” quando a entalpia de formação é
Q v.c. + HR = Wv.c. + HP
negativa. Por exemplo, a entalpia de formação do CO2
é negativa. Isso é bastante evidente porque a transfe- ou
rência de calor é negativa durante a reação química Qv.c. + ∑ ne he = Wv.c. + ∑ ns hs
em regime permanente e as entalpias de formação do R P
carbono e do oxigênio apresentam valores nulos. Isso
é análogo à situação que teríamos se, nas tabelas de em que os índices R e P se referem, respectivamente,
vapor, a entalpia do vapor saturado fosse zero à pres- aos reagentes e aos produtos. Em cada problema é ne-
são de 0,1 MPa. Desse modo, a entalpia do líquido seria cessário escolher uma base de cálculo para a solução.
negativa e simplesmente usaríamos o valor negativo na Normalmente, esses cálculos são efetuados conside-
solução dos problemas. rando-se um kmol de combustível.
Exemplo 15.6
Considere o processo que ocorre em regime per- Solução:
manente numa câmara de combustão que é ali- Utilizando os valores da Tabela A.10,
mentada com metano. A reação química que ocor-
re na câmara é:
∑ ne he = ( h 0f )CH = −74 873 kJ
R 4
o calor específico a pressão constante ou uma ferência de um gás ideal hipotético está sendo
tabela de entalpia em função da temperatura usado e se deseja utilizar as tabelas, torna-se
(que admite o comportamento de gás ideal). A necessário fazer correções nas propriedades da
–
Tabela A.6 fornece diversas equações para C p0 substância real nesse estado.
–0 –0
e a Tabela A.9 fornece valores de (h – h 298), em 3. Se o desvio do comportamento do gás em relação
kJ/kmol, para várias substâncias. Note que essa ao dos gases ideais for significativo e não exis-
– –
diferença é o Dh da Equação 15.12 (h 0298 se refe- tindo disponibilidade de tabelas de propriedades
–
re a 25 ºC ou 298,15 K e é escrito desse modo por termodinâmicas, o valor de Dh pode ser encon-
simplicidade). O sobrescrito “0” é utilizado para trado a partir dos diagramas generalizados e dos
– –
designar que essa entalpia é referente à pressão valores para C p0 ou Dh à pressão de 0,1 MPa.
de 0,1 MPa e é calculada a partir da hipótese de
que o gás se comporta como um gás ideal, ou Assim, a forma geral da primeira lei adequada para
seja, é a entalpia no estado padrão. a descrição dos processos em regime permanente,
2. Se estiver disponível uma tabela de proprieda- com variações desprezíveis de energia cinética e
–
des termodinâmicas, Dh pode ser obtido dire- potencial e que apresentam reações químicas é
tamente nessa tabela se o estado de referência
para o comportamento de uma substância real
está sendo usado, tal como foi descrito anterior- R
(
Qv.c. + ∑ ne h 0f + Δh )
e
P
(
= Wv.c. + ∑ ns h 0f + Δh )
s
mente para a água líquida. Se o estado de re- (15.13)
Exemplo 15.7
Calcule a entalpia da água (por kmol) a 3,5 MPa, O calor específico na temperatura média
300 ºC em relação ao estado definido por T = 25 ºC 298,15 + 573,15
e P = 0,1 MPa (estado padrão). Utilize os seguintes Tmédia = = 435,65 K
2
procedimentos:
é
Cp0 = 1,79 + 0,107(0,43565) + 0,586(0,43565) 2
1. Admitindo que o vapor se comporte como um
– – 0,20(0,43565) 3 = 1,9313 kJ/kg K
gás ideal e com os valores de C p0 fornecidos pela
Tabela A.6. Assim,
2. Admitindo que o vapor se comporte como um Δh = MC p0 ΔT
–
gás ideal e com valor de Dh fornecido pela
= 18,015 × 1,9313 × (573,15 − 298,15)
Tabela A.9.
3. Utilizando as tabelas de vapor. = 9568 kJ/kmol
4. Utilizando o procedimento 2, quando aplicável, hT, P = −241 826 + 9568 = −232 258 kJ/kmol
e os diagramas generalizados.
A pequena diferença entre os valores calculados Do diagrama de entalpia generalizado, Figura D.2,
é devida ao uso da entalpia de vapor saturado a
25 ºC (que se aproxima de um gás ideal) no cál- h2* − h2
– = 0,21 ⇒
culo de Dh .
RTc
4. É interessante adotar a notação introduzida no h2* − h2 = 0,21 × 8,3145 × 647,3 = 1130 kJ/kmol
Capítulo 14 quando utilizamos os diagramas ge- hT, P = −241 826 − 1130 + 9539 = −233 417 kJ/kmol
neralizados. Desse modo,
( ) ( ) (
hT, P = h 0f − h2* − h2 + h2* − h1* + h1* − h1 ) Note que se o programa é utilizado com a consi-
deração da correção pelo fator acêntrico (valor da
em que o índice 2 se refere ao estado a 3,5 MPa e Tabela D.4), como discutido na Seção 14.7, a cor-
300 ºC e o índice 1 ao estado a 0,1 MPa e 25 ºC. reção da entalpia encontrada é de 0,298 em vez de
Da parte 2, 0,21 e a entalpia é então –233 996 kJ/kmol, que
– – é consideravelmente próxima ao valor encontrado
(h 2 – h 1*) = 9539 kJ/kmol,
pelas tabelas de vapor no procedimento 3 anterior,
que é o valor mais exato.
(h*
1 )
− h1 = 0 (estado de referência, gás ideal) O método a ser utilizado num dado problema é
3,5 573,2 função dos dados disponíveis para a substância
Pr 2 = = 0,158 Tr 2 = = 0,886 em questão.
22,09 647,3
Exemplo 15.8
Uma pequena turbina a gás utiliza C8H18 (l) como Primeira lei da termodinâmica:
combustível e 400% de ar teórico. O ar e o combus-
tível entram na turbina a 25 ºC e os produtos da R
(
Qv.c. + ∑ ne h 0f + Δh ) e
= Wv.c. + ∑ ns h 0f + Δh
P
( ) s
combustão saem a 900 K. A potência da turbina e o
consumo de combustível foram medidos e o consu- Solução:
mo específico de combustível encontrado foi igual Como o ar é composto por elementos e está a 25 ºC,
a 0,25 kg/s por MW de potência gerada. Determine a entalpia dos reagentes é igual à do combustível.
a quantidade de calor transferida da turbina por
kmol de combustível. Admita que a combustão seja ∑ ne ( h 0f + Δh )e = ( h 0f )C H 18 (l)
= −250 105 kJ/kmol
R 8
completa.
Exemplo 15.9
Uma mistura de 1 kmol de eteno2 gasoso e 3 kmol Solução:
de oxigênio a 25 ºC reage, a volume constante, num Utilizando os valores das Tabelas A.9 e A.10,
reator. Calor é transferido até que a temperatura
dos produtos atinja 600 K. Determine a quantida-
∑ n ( h 0f + Δh − RT ) = ( h 0f − RT )C H − nO
2
( RT )O 2
R 2 4
No caso de misturas de gases reais, um método A entalpia de formação é fixa. Assim, podemos
pseudocrítico como a regra de Kay, Equação 14.83, considerar que ela é composta pelos termos
pode ser utilizado para avaliar a contribuição da não
idealidade do gás na entalpia e, consequentemente, na H = H0 + DH
na qual
temperatura e na pressão da mistura. Esse valor deve
ser adicionado à entalpia da mistura de gases ideais
H R0 = ∑ ni h 0fi HR = ∑ ni Δhi
como no procedimento desenvolvido na Seção 14.10.
H R0 =∑R n h
i fi
0
HR =∑R n Δh
i i
e H P0 =∑R n h0 HP =∑R n Δh
15.5 ENTALPIA, ENERGIA INTERNA H P0 =∑
i fi
P n h
i fi
0
HP =∑
i
P n Δh
i
i
i
DE COMBUSTÃO E CALOR DE P P
(15.16) (
u RP = hRP − RT nprodutos gasosos − nreagentes gasosos ) (15.17)
Tabela 15.3
Entalpia de combustão, em kJ/kg, para alguns hidrocarbonetos (HC) a 25 ºC
Água líquida nos produtos Vapor d’água nos produtos
Exemplo 15.10
Calcule a entalpia de combustão do propano a 25 ºC, 2. Propano líquido e vapor d’água nos produtos:
por kg e por kmol de propano, nas seguintes con-
dições: 0
( )
hRP = 3 h 0f
CO2
( )
+ 4 h 0f
H2O(v)
( )
− h 0f
C3 H8 (l)
(h )
0
f
C3 H8 ( g)
= −103 900 kJ/kmol. Assim, O poder calorífico superior do propano gasoso é
50 343 kJ/kg.
(h )
0
f
C3 H8 (l)
= −103 900 − 44,097(370) = −120 216 kJ/kmol
4. Propano gasoso e vapor d’água nos produtos:
0
( )
hRP = 3 h 0f
CO2
( )
+ 4 h 0f
H2O(v)
( )
− h 0f
C3 H8 ( g)
1. Propano líquido e água líquida nos produtos:
= 3(−393 522) + 4(−241 826) − (−103 900)
hRP0 = 3 h 0f ( ) CO2
( )
+ 4 h 0f
H2O(l)
( )
− h 0f
C3 H8 (l) 2 043 970
= −2 043 970 kJ/kmol ⇒ −
= 3(−393 522) + 4(−285 830) − (−120 216) 44,097
2 203 670 = −46 352 kJ/kg
= −2 203 670 kJ/kmol ⇒ −
44,097
O poder calorífico inferior do propano gasoso é
= −49 973 kJ/kg 46 352 kJ/kg.
Assim, o poder calorífico superior do propano Note que os valores dos poderes caloríficos
líquido é igual a 49 973 kJ/kg. calculados neste exemplo são próximos dos apre-
sentados na Tabela 15.3.
__
3
Em inglês, as siglas HHV (“high heating value”) e LHV (“low heating value”) designam os poderes caloríficos superior e inferior, respectiva-
mente (N.T.).
P R − + C p med. ΔT ⎤
( ) − nO Δh ( )O
⎣ f ⎦C3 H8 (g) 2 2
−2 040 484
15.6 TEMPERATURA
hRP =
44,097
500
ADIABÁTICA
= −46 273 kJ/kg A máxima temperatura adiabática de chama atin-
gida para um dado combustível e certo estado dos rea-
DE CHAMA gentes (P e T) ocorre quando a mistura é estequio-
Considere um processo de combustão que ocor- métrica. A temperatura adiabática de chama pode ser
re adiabaticamente e sem envolver trabalho ou va- controlada pela quantidade de excesso de ar que é
riações de energia cinética ou potencial. Para esse utilizada. Isso é importante, por exemplo, nas turbi-
processo, a temperatura atingida pelos produtos é nas a gás, em que a temperatura máxima admissível é
chamada de temperatura adiabática de chama. Como determinada por considerações metalúrgicas. Assim,
admitimos que o trabalho no processo é nulo e que as é essencial realizar um controle rigoroso da tempera-
variações de energia cinética ou potencial são nulas, tura dos produtos de combustão nessa aplicação.
essa é a máxima temperatura que pode ser atingi- O Exemplo 15.12 mostra como a temperatura adia-
da pelos produtos, porque qualquer transferência de bática de chama pode ser calculada. A dissociação que
calor no processo e qualquer combustão incompleta ocorre nos produtos da combustão, que exerce uma
contribuiria para a diminuição da temperatura dos influência significativa na temperatura adiabática da
produtos. chama, será considerada no próximo capítulo.
entre o zero absoluto e qualquer estado dado pode ser Se a Equação 15.18 for utilizada para calcular a
obtido a partir de dados calorimétricos ou de proce- entropia absoluta de uma substância numa região na
dimentos baseados na termodinâmica estatística. O qual o modelo de gás ideal é adequado, então o último
método calorimétrico envolve medidas precisas de termo no lado direito da Equação 15.18 é simplesmen-
calores específicos e da energia associada com as mu- te eliminado.
danças de fase. Esses resultados estão de acordo com No caso do cálculo da entropia absoluta de uma
os cálculos baseados na termodinâmica estatística e mistura de gases ideais a T e P, a entropia da mistura
nos dados moleculares observados. é dada em função das entropias parciais dos compo-
A Tabela A.10 fornece a entropia absoluta a 25 ºC nentes. Assim,
e 0,1 MPa para certo número de substâncias. A Tabela
*
A.9 relaciona a entropia absoluta com a temperatura, smist = ∑ yi Si* (15.21)
para certo número de gases, à pressão de 0,1 MPa. Em i
todas as tabelas, foi admitido que os gases, à pressão em que
de 0,1 MPa, se comportam como ideais. A pressão p0
igual a 0,1 MPa é denominada pressão do estado pa- P yi P
Si* = sTi
0
− R ln 0
− R ln yi = sTi − R ln (15.22)
drão e a entropia fornecida nessas tabelas é designada P 0
P0
por –s 0. A temperatura está em kelvins e é colocada em
subscrito, por exemplo: –s 01000. Para uma mistura de gases reais, devemos adicio-
Se o valor da entropia absoluta é conhecido na nar a correção de comportamento de substância real,
pressão do estado padrão (0,1 MPa) e numa certa tem- baseada no método pseudocrítico visto na Seção 14.10,
peratura, podemos utilizar o procedimento descrito na e adicioná-la às Equações 15.21 e 15.22 (que são ade-
Seção 14.10 para calcular a variação de entropia entre quadas para misturas de gases ideais). A expressão
esse estado (sendo um gás ideal hipotético ou substân- correta passa a ser:
cia real) e o outro estado desejado. Se a substância é
uma das listadas na Tabela A.9, então
*
smist. = smist. + s − s* ( )
T, P
(15.23)
P
sT, P = sT0 − R ln
P0
(
+ sT , P − sT*,P ) (15.18)
Note que o segundo termo do lado direito da equa-
ção é a correção proveniente do diagrama generaliza-
Nessa expressão, o primeiro termo do lado direito do de entropia.
é o valor da Tabela A.9, o segundo termo é relativo à
variação de entropia de gás ideal (da pressão de P0 até
P) e o terceiro termo é a correção devido ao compor-
tamento da substância real (que é fornecida pelo dia- 15.8 APLICAÇÃO DA SEGUNDA LEI
grama generalizado de entropia). Se o comportamento EM SISTEMAS REAGENTES
de substância real deve ser avaliado por meio de uma
equação de estado ou de uma tabela de propriedades Os conceitos de trabalho reversível, irreversibilidade
termodinâmicas, o termo de variação da pressão para e disponibilidade foram introduzidos no Capítulo 10.
gás ideal deve ser feito a uma baixa pressão, P*, na Esses conceitos envolvem a primeira e a segunda leis
qual a hipótese de comportamento de gás ideal seja da termodinâmica. Procederemos, agora, ao desenvol-
razoável. Esses valores também estão listados nas ta- vimento desse assunto e determinaremos o trabalho
belas. Assim, máximo (disponibilidade) que pode ser realizado num
processo de combustão e examinaremos as irreversi-
P* bilidades associadas a tais processos.
sT, P = sT0 − R ln
P0
(
+ sT , P − sT*,P * ) (15.19) O trabalho reversível para um processo que ocorre
em regime permanente, em que a transferência de ca-
lor é realizada unicamente com as vizinhanças e com
Se a substância não está listada na Tabela A.9 e a
variações de energia potencial e cinética desprezíveis,
entropia absoluta é conhecida apenas na temperatura
é dado pela Equação 10.14, ou seja:
T0 (veja os dados da Tabela A.10), então será necessá-
rio calcular –s 0T por meio da seguinte equação:
W rev = ∑ me he − T0 se − ∑ ms hs − T0 ss
( ) ( )
T
C p0
sT0 = sT0 + ∫ dT (15.20) Aplicando essa equação a um processo em regi-
0
T0 T
me permanente, que envolve uma reação química, e
e então prosseguir utilizando a Equação 15.17 ou a introduzindo a simbologia utilizada neste capítulo,
15.19. obtemos
em que
R
(
W rev = ∑ ne h 0f + Δh − T0 s ) e
P
(
− ∑ ns h 0f + Δh − T0 s ) s
DG = DH – T DS (15.27)
(15.24) É importante observar que a Equação 15.26 não
é geral e que o trabalho reversível é o fornecido pela
Analogamente, a irreversibilidade para tais pro- Equação 15.24 se os reagentes e os produtos não estão
cessos é dada por: em equilíbrio térmico com as vizinhanças.
Consideremos agora a questão do trabalho máxi-
I = W rev − W = ∑ nsT0 ss − ∑ neT0 se − Qv.c. (15.25) mo que pode ser realizado durante um processo com
P R reação química. Por exemplo, considere um kmol de
combustível hidrocarboneto e a quantidade de ar ne-
A disponibilidade, ψ, na ausência de variações de cessária para sua combustão completa, cada um a
energia cinética ou potencial, para um processo em 0,1 MPa e 25 °C, a mesma condição das vizinhanças.
regime permanente, foi definida na Equação 10.22 do Qual é o trabalho máximo que pode ser realizado
seguinte modo: quando esse combustível reage com o ar? Se utilizar-
mos os conceitos desenvolvidos no Capítulo 10, é pos-
ψ = (h – T0 s) – (h0 – T0 s0) sível concluir que o trabalho máximo seria efetuado se
essa reação química ocorresse reversivelmente e que
Também foi indicado que num processo em re- os produtos estivessem, ao final, em equilíbrio térmico
gime permanente com reação química no qual os rea- e mecânico com as vizinhanças. Podemos, então, con-
gentes e os produtos estejam em equilíbrio térmico cluir que esse trabalho reversível pode ser calculado
com as vizinhanças, a função de Gibbs (g = h – Ts) com a Equação 15.26, ou seja:
torna-se uma variável significativa (Equação 14.14).
W rev = ∑ ne ge − ∑ ns gs = −ΔG
Para tal processo, na ausência de variações de ener-
R P
gia cinética e potencial, o trabalho reversível é dado
pela relação
Assim, como o estado final é de equilíbrio com as
W rev
= ∑ ne ge − ∑ ns gs = −ΔG (15.26) vizinhanças, podemos considerar essa quantidade de
R P trabalho como sendo a disponibilidade do combustível
e do ar.
Exemplo 15.13
Eteno (g), a 25 ºC e 0, 1 MPa, é queimado com Volume de
400% de ar teórico a 25 ºC e 0,1 MPa numa câma- controle: Câmara de combustão.
ra de combustão. Admita que essa reação ocorra Estado de
reversivelmente a 25 ºC e que os produtos saiam entrada: P, T conhecidas para cada gás.
a 25 ºC e 0,1 MPa. Para simplificar o problema, ad- Estado de
mita também que o oxigênio e o nitrogênio estejam saída: P, T conhecidas para cada gás.
separados antes da ocorrência da reação (cada um Modelo: Todos os gases são ideais, Tabelas
a 0, 1 MPa, 25 ºC) e que os constituintes nos pro- A.9 e A.10.
dutos estejam separados e que cada um esteja a Esquema: Figura 15.4.
25 ºC e 0,1 MPa. Desse modo, a reação ocorre como
mostra a Figura 15.4. Essa não é uma situação Análise:
realística, pois o oxigênio e o nitrogênio presentes A equação para a reação química é
no ar na entrada estão misturados, como também C2H4 (g) + 3(4) O2 + 3(4)(3,76) N2 →
os produtos de combustão saindo da câmara de 2 CO2 + 2 H 2O(v) + 9 O2 + 45,1 N2
combustão. Entretanto, essa é uma hipótese co-
mumente utilizada para o propósito de estabele- O trabalho reversível para esse processo é igual à
cer um padrão de comparação com outras reações diminuição da função de Gibbs durante a reação
químicas. Pela mesma razão, consideraremos que (Equação 15.26). O trabalho reversível pode ser
a água presente nos produtos está na fase vapor calculado com as Equações 15.26 e 15.27, porque
(num estado hipotético a determinadas P e T). todos os componentes estão no estado de referên-
Determine o trabalho reversível para esse proces- cia. Desse modo,
so (isto é, o trabalho que seria efetuado se a reação W rev = – DG 0 DG 0 = DH0 – TDS0
química ocorresse reversível e isotermicamente).
Exemplo 15.14
Volume de
Eteno gasoso a 25 ºC e 200 kPa entra numa câmara controle: Câmara de combustão.
de combustão adiabática em regime permanente Estado de
com 400% de ar teórico a 25 ºC, 200 kPa, como entrada: P, T conhecidas para cada gás.
mostrado na Figura 15.5. Os gases de saída estão Estado de
na temperatura adiabática de chama e 200 kPa. saída: P conhecida para cada gás.
Determine o aumento de entropia no processo de Esquema: Figura 15.5.
combustão e a disponibilidade dos produtos de Modelo: Todos os gases são ideais, Tabelas
combustão. A.9 e A.10.
C2H4
R ln
Componente ni yi s– Ti0 Si 25 °C, 200 kPa
Produtos
(yiP/P 0)
CO 2 2 0,0344 –22,254 270,194 292,448 TP , 200 kPa
400% Air
H2O 2 0,0344 –22,254 233,355 255,609 25 °C, 200 kPa
O2 9 0,1549 – 9,743 244,135 253,878
Figura 15.5
N2 45,1 0,7763 + 3,658 228,691 225,033 Esboço para o Exemplo 15.14.
A partir dos resultados do Exemplo 15.14, encon- mentado levemente, a reação ocorre numa direção e
tramos que a irreversibilidade do processo de combus- se o potencial diminuir levemente a reação ocorre na
tão foi 50% da disponibilidade do mesmo combustível, direção oposta. O trabalho envolvido no processo é a
como encontrado em condições de estado padrão no energia elétrica fornecida ou liberada.
Exemplo 15.13. Concluímos que um processo de com- Considere uma reação reversível que ocorre a
bustão típico é fortemente irreversível. temperatura constante e igual à do ambiente. O traba-
lho realizado na célula combustível é
15.9 CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL W rev = (∑ ns gs −∑ ne ge ) = −ΔG
Os exemplos anteriores nos sugerem que pode ser pos-
sível realizar uma reação química de modo reversível. em que ∆G é a variação da função de Gibbs para a rea-
Conforme descrito no Capítulo 1, algumas reações ção química global. Também percebemos que o traba-
podem ocorrer de forma quase reversível em células lho é dado em função dos elétrons que se movem num
eletrolíticas. Quando um potencial exatamente igual campo que apresenta potencial elétrico . Assim,
ao da força eletromotriz da célula for aplicado, nenhu-
ma reação ocorre. Quando o potencial aplicado é au- W = n eN0 e
em que n e é o número de mols de elétrons que circu- combustível a 25 oC. Entretanto, a grande maioria
lam no circuito externo e das células de combustível opera numa temperatura
mais elevada e a água deixa a célula como vapor. Des-
N0 e = 6,022 × 1026 elet/kmol × 1,602177 se modo, a eficiência dessas células é menor porque
× 10 –22 kJ/elet V = 96 485 kJ/kmol V a perda de descarga é maior do que aquela referente
à célula operando a 25 oC e descarregando água no
Portanto, para uma determinada reação, o poten- estado líquido. Podemos também calcular a força ele-
cial elétrico máximo (reação reversível), 0, de uma tromotriz em temperaturas diferentes de 25 oC e essas
célula de combustível, numa certa temperatura, é avaliações mostram que a força eletromotriz diminui
dado por: com o aumento da temperatura. A Figura 15.6 mostra
o comportamento da célula de combustível hidrogê-
−ΔG nio–oxigênio em função da temperatura de operação.
%0 = (15.28)
96 485 ne As células de combustível têm sido investigadas há
bastante tempo e estão sendo desenvolvidas para apli-
cações móveis e fixas. Normalmente, as células de bai-
xa temperatura utilizam hidrogênio como combustível,
Exemplo 15.15 enquanto as células que operam em temperatura mais
alta utilizam metano e monóxido de carbono que inter-
Calcule a força eletromotriz (FEM) reversível para namente são transformados em hidrogênio e dióxido de
a célula de combustível de hidrogênio-oxigênio carbono num processo de reforma catalítica. A Tabela
descrita na Seção 1.2. Admita que a temperatura 15.4 mostra as células de combustíveis mais importan-
seja igual a 25 ºC. tes e suas características operacionais principais.
As células de combustível que operam a baixa tem-
Solução: peratura são muito sensíveis ao envenenamento por CO,
A reação no anodo é de modo que requerem a instalação de um sistema de
2 H 2 → 4H+ + 4e – reforma e purificação para fornecer hidrogênio “puro” à
célula. Já as células que operam a alta temperatura po-
e no catodo: dem operar com o hidrogênio obtido a partir da reforma
4H+ + 4e – + O2 → 2 H 2O de gás natural (praticamente metano), etano e propano
com monóxido de carbono. O gás produzido na gaseifi-
Portanto, a reação global, para cada 4 kmols de cação do carvão mineral também tem sido investigado
elétrons que circulam no circuito externo, é como combustível de células que operam a alta pressão
2 H 2 + O2 → 2 H 2 O (em torno de 15 atmosferas). O gás descarregado da
célula de combustível sempre apresenta uma pequena
Admitamos que cada componente esteja na pres- quantidade de combustível não reagido. Assim, esse gás
são padrão (0,1 MPa) e que a água formada na rea- residual pode ser utilizado para acionar uma turbina a
ção esteja no estado líquido. Assim, gás ou uma central de potência convencional a vapor.
Esses ciclos de potência combinados poderão apresen-
( ) ( )(
ΔH 0 = 2 h 0f H O − 2 h 0f H − h 0f O
2 2 2
) tar eficiência de até 60%.
()
= 2(−285 830) − 2 0 − 1(0) = −571 660 kJ
( 2
) ( 2
)(
ΔS0 = 2 s f0 H O − 2 s 0f H − s 0f O
2
) 1.2
Água líquida
Potêncial reversível (V)
−(−474 283)
%0 = = 1,229 V
96 485 × 4 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
Temperatura (K)
Figura 15.6
No Exemplo 15.15, determinamos a variação da Força eletromotriz ideal de uma célula de combustível hidrogênio–
função de Gibbs e a força eletromotriz da célula de oxigênio em função da temperatura.
Tabela 15.4
Tipos de células de combustível
Célula de Combustível PEC PAC MCC SOC
Portador H+ H+ CO3– – O– –
2e – por H 2
Carga, ne 2e – por H 2 2e – por H 2 8e – por CH4
2e– por CO
Catalisador Pt Pt Ni ZrO 2
Venenos CO CO
⎛ i + iperdida ⎞
V = FEM − b ln ⎜ ⎟ − iASRôhmica calor requer uma maior diferença de temperatura (ver
⎝ i0 ⎠ Equações 7.14 a 7.16), que, por sua vez, diminui a di-
⎛ iL ⎞ ferença de temperatura ao longo da turbina e provoca
−c ln ⎜ ⎟ (15.29) uma diminuição na sua eficiência.
⎜⎝ i − (i + i ⎟
L perdida ) ⎠
Exemplo 15.16
A câmara de combustão de uma turbina a gás é Volume de
alimentada com um combustível hidrocarboneto controle: Câmara de combustão.
líquido, que apresenta composição aproximada Estado de
C8H18. Os seguintes resultados foram obtidos num entrada: T do ar e do combustível conhecidas.
teste do equipamento: Estado de
Tar = 400 K Tprod = 1100 K saída: T conhecida.
Var = 100 m/s Vprod = 150 m/s Modelo: Ar e produtos − gases ideais, Tabela
Tcomb = 50 °C CAreal = 0,0211 kg de comb/ A.9; Combustível − Tabela A.10.
kg de ar
Análise:
Na reação química ideal, a quantidade de calor
Calcule a eficiência da combustão para esse pro- transferida é nula. Portanto, a expressão da pri-
cesso. meira lei para um volume de controle que engloba
a câmara de combustão é:
H R + EC R = H P + EC P Solução:
⎛ M V2 ⎞
H R + EC R = −250 105 + 2,23 × 114,23 50 − 25( )
H R + EC R = ∑ ne ⎜ h 0f + Δh + ⎟ ⎡ 32 × 1002 ⎤
R ⎝ 2 ⎠ + nO ⎢ 3034 + ⎥
e 2
⎢⎣ 2 × 1000 ⎥⎦
= ⎡ h 0f + C p 50 − 25 ⎤
( )
⎣ ⎦C8 H18 (l) ⎡ 28,02 × 1002 ⎤
+ 3,76nO ⎢ 2971 + ⎥=
⎛ M V2 ⎞ 2
⎢⎣ 2 × 1000 ⎥⎦
+nO ⎜ Δh + ⎟
2
⎝ 2 ⎠ − 243 737 + 14 892nO
O 2 2
⎛ MV 2⎞ ⎡ 44,01 × 150 2 ⎤
+3,76 nO ⎜ Δh + ⎟ H P + EC P = 8 ⎢ −393 522 + 38 891 + ⎥
2
⎝ 2 ⎠ ⎢⎣ 2 × 1000 ⎥⎦
N 2
⎛ M V2 ⎞ ⎡ 18,02 × 150 2 ⎤
H P + EC P = ∑ ns ⎜ h 0f + Δh + ⎟ + 9 ⎢ −241 826 + 30 147 + ⎥
P ⎝ 2 ⎠ ⎢⎣ 2 × 1000 ⎥⎦
s
⎛ ⎡ 32 × 1502 ⎤
M V2 ⎞
= 8 ⎜ h 0f + Δh +
2 ⎠
⎟ ( 2
)
+ nO − 12,5 ⎢ 26 218 +
⎢⎣ 2 × 1000 ⎥⎦
⎥
⎝ CO 2
⎡ 28,02 × 1502 ⎤
⎛ M V2 ⎞ + 3,76nO ⎢ 24 758 + ⎥
+9 ⎜ h 0f + Δh + ⎟ 2
⎢⎣ 2 × 1000 ⎥⎦
⎝ 2 ⎠
H O 2
= −5 068 599 + 120 853nO
⎛ M V2 ⎞
2
( 2
⎝
)
+ nO − 12,5 ⎜ Δh +
2 ⎠
⎟
Portanto,
O 2
114,23
⎛ M V2 ⎞ CAideal = = 0,0182 kg de comb./kg de ar
+3,76nO ⎜ Δh + ⎟ 216,72 × 28,97
2
⎝ 2 ⎠
N 2 0,0182
ηcomb. = × 100 = 86,2%
0,0211
Exemplo 15.17
RESUMO
Neste Capítulo, apresentamos uma introdução à análi- a segunda lei da termodinâmica. A entropia absoluta
se da combustão de combustíveis formados por hidro- é nula para um cristal perfeito a 0 K (terceira lei da
carbonetos e das reações químicas. A oxidação simples termodinâmica). O processo de combustão é irreversível.
de um combustível formado por hidrocarbonetos com Assim, nós detectamos uma perda de disponibilidade
oxigênio puro, ou ar da atmosfera, produz água e dió- (exergia) no processo. Essa irreversibilidade aumenta
xido de carbono. Os coeficientes estequiométricos da para misturas diferentes da estequiométrica e com a
reação foram determinados com o balanço das espé- diluição dos reagentes, por exemplo com a presença do
cies químicas presentes nos reagentes e nos produtos. oxigênio do ar, que provoca a redução da temperatura
A relação ar–combustível e o excesso de ar, ou excesso adiabática de chama. Nós também mostramos que
de um reagente, tanto na base mássica quanto na mo- o trabalho reversível é igual à variação da função de
lar foram utilizados para descrever a mistura reagen- Gibbs e essa conclusão foi obtida a partir de uma análise
te. A composição dos produtos de combustão é única baseada na segunda lei da termodinâmica e no fluxo de
quando a mistura é estequiométrica e a combustão é exergia. A conversão química na célula de combustível é
completa. Entretanto, os produtos de combustão nos menos irreversível que a combustão a alta temperatura.
processos reais podem conter compostos parcialmen- Observe que na célula de combustível a energia química
te oxidados e complexos. A composição dos produtos é diretamente convertida em energia elétrica. A célula
de combustão pode ser medida experimentalmente e de combustível ainda está sendo desenvolvida para ser
ser apresentada nas bases seca e úmida. Normalmen- utilizada em grande escala.
te, os produtos de combustão contêm água. Assim, es- Após estudar o material deste capítulo você deve
ses produtos apresentam ponto de orvalho e é possível ser capaz de:
encontrar água no estado líquido nos produtos de com- • Escrever a equação de combustão para qualquer
bustão quando são resfriados. combustível.
As reações químicas provocam a alteração na • Encontrar os coeficientes estequiométricos da equação
composição dos reagentes. Este fato impõe a utiliza- de combustão a partir da composição dos produtos.
ção de um referencial absoluto para a energia. Assim, • Operar com misturas de combustíveis e com reações
foi admitido que a entalpia de formação das substân- em que o ar úmido é um dos reagentes.
cias químicas puras (não compostos químicos, como • Aplicar a primeira lei em sistemas reagentes.
o CO) no estado mais estável (carbono na forma de • Utilizar as tabelas de propriedades termodinâmicas
grafita e não na forma de diamante) é nula no estado na região em que as temperaturas são altas.
de referência (25 oC e 100 kPa). Os compostos estáveis • Calcular o ponto de orvalho dos produtos de com-
apresentam entalpia de formação negativa e os instá- bustão.
veis apresentam entalpia de formação positiva. A dife- • Calcular a temperatura adiabática de chama.
rença entre a entalpia dos produtos e a dos reagentes é • Reconhecer a diferença entre a entalpia de formação
definida como a entalpia de combustão (que também é e a de combustão.
igual ao poder calorífico multiplicado por –1). Quando • Reconhecer a diferença entre os poderes caloríficos
o processo de combustão ocorre de modo adiabático, a superior e inferior.
temperatura dos produtos é denominada temperatura • Aplicar a segunda lei em sistemas reagentes e deter-
adiabática de chama. A entalpia de combustão, o poder minar a irreversibilidade nesses processos.
calorífico (inferior e superior) e a temperatura adiabá- • Calcular a variação da função de Gibbs e o trabalho
tica de chama dependem da relação ar–combustível e reversível num sistema reagente.
da temperatura dos reagentes. • Reconhecer os processos que ocorrem numa célula
A alteração da composição dos reagentes também de combustível e determinar a força eletromotriz da
impõe a utilização de um referencial único para a célula.
entropia. Observe que a entropia absoluta é necessária • Avaliar os processos de combustão com as diferen-
para que seja possível analisarmos um processo com tes definições de eficiência apresentadas.
mar Mar
Relação ar–combustível: ACmássica = = ACmolar
mcomb Mcomb
Relação de equivalência: Φ = CA/CAs = ACs /AC
–
Entalpia de formação: h f0, é nula, no estado de referência, para as substâncias químicas puras
Entalpia de combustão: h RP = HP − H R
–
Poder calorífico: HV = −h RP
Energia interna de combustão: u RP = UP − U R = h RP − RT(n P − n R) para gases ideais
Temperatura adiabática de chama: HP = H R (se há escoamento) ou UP = U R (se V for constante)
Trabalho reversível: W rev = GR – GP = – DG = (DH – T DS)
Função de Gibbs: G = H − TS
·
Irreversibilidade: i = wrev – w = T0 Sger /m· = T0 sger
– rev – ·
I=W – W = T0 Sger /n· = T0 s– ger para 1 kmol de combustível
problemas conceituais
15.24 Considere a combustão completa de gasolina, gases que apresenta a seguinte composição vo-
C7 H17, com ar estequiométrico. Determine a lumétrica percentual:
massa molecular do combustível, a composição
Prod. CH4 H2 CO CO2 N2 H2O H2S NH3
dos produtos de combustão e a massa de dióxi-
do de carbono produzida por kg de combustível % vol. 0,3 29,6 41,0 10,0 0,8 17,0 1,1 0,2
queimado.
Esse gás é resfriado e o H 2 S e NH3 são removi-
15.25 Certo carvão apresenta a seguinte composição dos da mistura nos lavadores de gases. Admi-
(frações mássicas em base seca): 74,2% de C, tindo que a mistura resultante, que alimentará
5,1% de H e 6,7% de O, cinzas e traços de N e os queimadores, esteja a 40 ºC, 3 MPa, e sa-
S. Esse carvão alimenta um gaseificador, jun- turada com água, determine a composição da
tamente com oxigênio e vapor d’água, do modo mistura na seção de alimentação dos queima-
mostrado na Figura P15.25. O gás produzido dores e a relação ar–combustível teórica dessa
apresenta a seguinte composição (em base mo- mistura.
lar): 39,9% de CO, 30,8% de H 2, 11,4% de CO2,
16,4% de H 2O e traços de CH4, N2 e H 2S. Quan- 15.31 Butano é queimado com ar seco a 40 oC e 100 kPa.
tos kg de carvão são necessários para produzir Sabendo que a relação ar–combustível mássi-
100 kmol de gás? Qual é o consumo de oxigênio ca utilizada na reação é igual a 26, determine
e vapor para produzir esse gás? a relação de equivalência, a percentagem de
ar teórico e o ponto de orvalho dos produtos
Oxigênio
de combustão. Calcule, também, a quantidade
Gás produzido
Vapor d’água de água condensada (em kg de água por kg de
Gaseificador
combustível), se os produtos de combustão do
Carvão
butano forem resfriados até 40 oC.
Figura P15.25 15.32 A composição da mistura de gases na seção de
15.26 Propano líquido é queimado com ar seco. A descarga de um gaseificador de carvão betumi
análise volumétrica dos produtos de combustão noso é aquela mostrada na Tabela 15.2. Con-
forneceu a seguinte composição (base seca): sidere que a combustão desse gás, a 100 kPa,
é feita com 120% de ar teórico. Determine o
Prod. CO2 CO O2 N2
ponto de orvalho dos produtos. Quantos quilo-
% vol. 8,6 0,6 7,2 83,6 gramas de água serão condensados por qui-
lograma de combustível queimado se os produ-
Determine a porcentagem de ar teórico utiliza-
tos forem resfriados até 10 ºC abaixo do ponto
do nesse processo de combustão.
de orvalho?
15.27 Decano é queimado com ar e os produtos de
15.33 O gás de descarga de um motor de combustão
combustão apresentam a seguinte composição
interna foi analisado e encontrou-se a seguinte
(frações molares em base seca): 83,61% de ni-
trogênio, 4,91% de oxigênio, 10,56% de dióxido composição volumétrica:
de carbono e 0,92% de monóxido de carbono. Prod. CO2 CO H2O O2 N2
Determine a relação ar–combustível e a porcen-
% vol. 10 2 13 3 72
tagem de ar teórico utilizada no processo.
15.28 A análise da casca seca de pinho forneceu a se- Um reator de gás de descarga, projetado para
guinte composição (em base mássica): eliminar o CO, é alimentado com esse gás
e com ar do modo indicado na Figura 15.33.
Comp. H C S N O cinzas Determinou-se, experimentalmente, que a
% 5,6 53,4 0,1 0,1 37,9 2,9 mistura na corrente 3 não apresenta CO, se
a fração molar de O2 nessa corrente for igual a
Essa casca é queimada com 100% de ar teóri- 10%. Qual deve ser a razão entre as vazões que
co na câmara de um forno. Determine a relação entram no reator?
ar–combustível na base mássica.
Gás de descarga
15.29 Metanol é queimado com 200% de ar teórico do motor
num motor e os produtos de combustão são res-
Saída
friados até 30 ºC e 100 kPa. Qual é a quantidade 1
Reator
de água condensada por quilograma de com- Ar
3
bustível consumido?
2
15.30 O gaseificador de carvão de uma central de po-
tência com gaseificação produz uma mistura de Figura P15.33
Equação da Energia e Entalpia de Formação 15.41 Um forno que apresenta alta eficiência é alimen-
15.34 Hidrogênio é queimado com ar em proporção tado com gás natural (90% de metano e 10%
estequiométrica num processo contínuo em de etano, em volume) e com 110% de ar teóri-
regime permanente no qual os reagentes são co. Todos os escoamentos de alimentação estão
alimentados a 100 kPa e 298 K. Os produtos a 25 ºC e 100 kPa. Os produtos de combustão
são resfriados para 800 K num trocador de ca- saem do forno a 40 ºC e 100 kPa. Admita que os
lor. Determine o calor transferido por kmol de produtos estejam na fase gasosa. Qual é a trans-
hidrogênio. ferência de calor nesse processo? Compare esse
resultado com o que seria obtido num forno an-
15.35 Uma câmara de combustão, que opera em regi-
tigo, em que os produtos de combustão saem a
me permanente, é alimentada com gás butano
250 ºC e 100 kPa.
e ar atmosférico. As temperaturas nas seções
de alimentação da câmara são iguais a 25 °C e 15.42 Refaça o problema anterior, mas leve em consi-
os produtos de combustão deixam a câmara a deração a fase real dos produtos de combustão.
1000 K. Determine o calor transferido na câma- 15.43 Penteno é queimado com oxigênio puro num
ra de combustão por kmol de butano queimado. processo em regime permanente. Os produtos
15.36 O etanol (C2H5OH), obtido a partir da fer- são resfriados, primeiramente, até 700 K e de-
mentação de biomassa, é um combustível que pois até 25 ºC. Determine as transferências de
pode substituir os derivados de petróleo e o calor específicas nesses dois processos.
gás natural em algumas aplicações. Conside- 15.44 Um vaso rígido contém uma razão molar de 1:1
re um processo de combustão no qual etanol de propano e butano juntamente com uma quan-
líquido é queimado, em regime permanente, tidade estequiométrica de ar a P0 e T0. Tal carga
com 120% de ar teórico. Os reagentes entram queima e existe transferência de calor para que
na câmara de combustão a 25 ºC e os produtos a temperatura final seja de 1000 K. Determine
são descarregados a 60 ºC e 100 kPa. Calcule a pressão final e o calor transferido por kmol de
o calor transferido por kmol de etanol nesse combustível.
processo. 15.45 Um vaso rígido contém 2 kmol de C e 2 kmol de
15.37 Refaça o problema anterior considerando que O2 a 25 ºC e 200 kPa. A combustão ocorre e os
o processo é alimentado com etanol na fase produtos resultantes consistem em 1 kmol de
vapor. CO2, 1 kmol de CO e o excesso de O2 na tem-
15.38 Metanol líquido é queimado com ar na propor- peratura de 1000 K. Determine a pressão final
ção estequiométrica, ambos alimentados a P0 e do vaso e o calor transferido do vaso durante o
T0 num processo a pressão constante. Os pro- processo.
dutos saem do trocador a 900 K. Determine o 15.46 Um recipiente fechado, rígido e adiabático
calor transferido por kmol de combustível. contém uma mistura estequiométrica de hi-
15.39 Outro combustível alternativo que está sen- drogênio e oxigênio a 25 ºC e 150 kPa. A com-
do seriamente considerado é o hidrogênio. O bustão da mistura é provocada e, depois de
hidrogênio pode ser obtido a partir da água e completa, borrifa-se água líquida a 25 ºC nos
diversas técnicas estão sendo estudadas para produtos de combustão até que a temperatu-
esse fim. O maior problema no momento está ra na mistura atinja 1200 K. Qual é a pressão
relacionado ao custo, armazenamento e segu- final da mistura?
rança. Refaça o Problema 15.36 considerando, 15.47 Numa turbina a gás, gás natural (metano) e ar
agora, que o combustível utilizado é o hidrogê- estequiométrico são admitidos na câmara de
nio gasoso em vez do etanol. combustão a 1000 kPa e 500 K. Ar secundário
15.40 Uma câmara de combustão adiabática é ali- (ver Figura P15.84), também a 1000 kPa e 500 K,
mentada com heptano, C7 H16, e ar atmosférico. é adicionado imediatamente após a combus-
A pressão e a temperatura nas seções de ali- tão, resultando numa mistura à temperatura
mentação da câmara são P0 e T0. O excesso de de 1500 K. Determine a razão ar–combustível
ar utilizado na combustão do heptano é igual a mássica para o fluxo do primeiro reagente e a
125% e os produtos de combustão são encami- razão entre o ar secundário e o ar primário (ra-
nhados da seção de descarga da câmara para zão entre as vazões mássicas).
um trocador de calor. Sabendo que os gases de 15.48 Metano, CH4, é queimado, em câmaras de com-
combustão são resfriados até 600 K no trocador bustão e em regime permanente, com dois oxi-
de calor, determine o calor transferido por kmol dantes: A) oxigênio puro, O2 e B) uma mistura
de heptano queimado. de O2 com x de argônio. As câmaras são alimen-
e 100 kPa. Os produtos são resfriados até métrica de gasolina–ar a T0 e P0. Existe uma
1000 K fornecendo calor para alguma aplica- transferência de calor dos produtos de combus-
ção no processo. Determine o poder calorífico tão descarregados do combustor para a mistura
inferior (por kg de mistura de combustíveis) e combustível que escoa no carburador. Os pro-
o calor total transferido por kmol da mistura dutos de combustão, após essa transferência de
de combustíveis utilizada. calor, escoam para um trocador de calor e são
15.68 Um queimador é alimentado com nitrometa- descarregados do sistema a 600 K. Sabendo que
no líquido e ar. A temperatura e a pressão nas o consumo de gasolina no sistema é igual a
seções de alimentação de combustível e de ar 10 kg/h, determine a taxa de transferência de
no queimador são iguais a 298 K e 100 kPa. A calor no trocador de calor e a taxa de transfe-
proporção é estequiométrica. Os produtos de rência de calor no carburador.
combustão gerados escoam para um trocador 600 K
T. calor
de calor e são descarregados desse equipamen-
to a 600 K, sem variação de pressão. Admitindo
•
que o nitrogênio presente no combustível seja Q Combustor
convertido em N2 gasoso, determine a taxa de Comb.
R
transferência de calor por kmol de combustível Carb.
no processo global. T0
Ar
15.69 Gás natural, que pode ser modelado como meta-
Figura P15.71
no, é queimado com excesso de ar igual a 100%
na caldeira indicada na Figura P15.69. A tem-
peratura e a pressão nas seções de alimenta- Temperatura Adiabática de Chama
ção de combustível e de ar são iguais a 25 o C 15.72 Num foguete em que hidrogênio é queimado
e 100 kPa. A água entra na caldeira a 20 o C e com ar, ambos os reagentes são alimentados a
500 kPa e a deixa a 700 oC e 500 kPa. Sabendo P0 e T0. A combustão é adiabática e a mistura é
que a temperatura dos produtos de combustão estequiométrica (100% de ar teórico). Determi-
na seção de alimentação da chaminé é igual ne o ponto de orvalho e a temperatura adiabáti-
a 400 K, determine a produção de vapor por ca de chama (≈ 2500 K).
quilograma de combustível queimado. Calcule 15.73 Hidrogênio gasoso é queimado com oxigênio
também a energia transferida à água por quilo- puro num queimador contínuo em regime per-
grama de combustível queimado. manente, mostrado na Figura P15.73, em que
ambos os reagentes são fornecidos numa razão
estequiométrica e à temperatura e pressão de
Água Água referência. Qual é a temperatura adiabática de
chama?
Ar Chaminé O2
Comb.
Figura P15.69 H2
15.70 Um processo de combustão isobárica recebe
benzeno gasoso, C6H6, e ar numa proporção es- Figura P15.73
tequiométrica a P0 e T0. Para limitar a tempera- 15.74 Alguns tipos de madeira podem ser caracteriza-
tura dos produtos a 2000 K, água líquida é as- das como C1H1,5O0,7 com um poder calorífico de
pergida após a combustão. Encontre o número 19 500 kJ/kg. Encontre a temperatura adiabáti-
de kmols de água líquida aspergida por kmol de ca de chama quando tal madeira for queimada
combustível e o ponto de orvalho dos produtos com ar estequiométrico a 100 kPa e 298 K.
de saída combinados. 15.75 Carbono é queimado com ar numa fornalha
15.71 O sistema de combustão mostrado na Figura com 150% de ar teórico, e ambos os reagentes
P15.71 é alimentado com gasolina (que pode são alimentados à pressão e temperatura de
ser modelada como C7 H17 ) e opera em regime referência. Qual é a temperatura adiabática de
permanente. O carburador indicado na figura é chama?
alimentado com gasolina líquida a T0 e o equi- 15.76 Hidrogênio é queimado com 200% de ar teórico
pamento descarrega uma mistura estequio- num queimador contínuo em regime permanente
15.88 Butano líquido a 25 ºC é misturado com 150% a) Calcule x, se a metade da água presente nos
de ar teórico a 600 K e é queimado, em regime produtos de combustão sai do reator na fase
permanente, num combustor adiabático. De- líquida.
termine a temperatura adiabática de chama b) Calcule a entropia absoluta dos produtos na
na seção de descarga do combustor, utilizan- condição de saída do reator.
do a entalpia de combustão indicada na Tabe- 15.94 Propeno, C3H6, é queimado com ar num queima-
la 15.3. dor contínuo em estado estacionário, atingindo
15.89 Etanol gasoso, C2H5OH, é queimado com oxigê- a temperatura adiabática de chama de 1800 K.
nio puro numa bomba de combustão a volume Os reagentes são alimentados a T0 e P0. Deter-
constante. Os reagentes são alimentados em mine a geração de entropia por kmol de com-
proporção estequiométrica na condição de re- bustível, desprezando as correções de pressões
ferência. Admita que não haja troca térmica e parciais.
determine a temperatura final (> 5000 K). 15.95 Uma câmara de combustão é alimentada com
15.90 A entalpia de formação do óxido de magnésio, hidrogênio e oxigênio puros em proporção es-
MgO(s), é −601827 kJ/kmol a 25 ºC. A tem tequiométrica. As seções de alimentação são
peratura do ponto de fusão do óxido de mag- distintas e tanto o combustível quanto o oxi-
nésio é aproximadamente igual a 3000 K e o dante entram na câmara a 298 K e 50 kPa.
aumento de entalpia entre 298 K e 3000 K Sabendo que a pressão na seção de descarga
é 128 499 kJ/kmol. A entalpia de sublimação a da câmara de combustão é 50 kPa, determi-
3000 K é estimada em 418 000 kJ/kmol e o calor ne a temperatura dos produtos de combustão
específico do vapor de óxido de magnésio acima na seção de descarga da câmara e a entropia
de 3000 K é estimado em 37,24 kJ/kmol K. Nes- gerada nesse processo por kmol de hidrogê-
sas condições, nio consumido. Admita que a combustão seja
a) Determine a entalpia específica de combus- completa, ocorra em regime permanente e
tão do magnésio. seja adiabática.
b) Estime a temperatura adiabática de chama 15.96 Calcule a irreversibilidade para o processo des-
para a mistura estequiométrica de magnésio crito no Problema 15.45.
com oxigênio. 15.97 Considere a combustão de metanol (CH3OH)
com 25% de excesso de ar. Os produtos dessa
Segunda Lei em Processos de Combustão combustão escoam num trocador de calor e
15.91 Uma câmara de combustão é alimentada com saem dele a 200 kPa e 40 ºC. Calcule a entropia
hidrogênio e oxigênio puros. As seções de ali- absoluta dos produtos que saem do trocador por
mentação são distintas e tanto o combustível kmol de metanol queimado. Observe que uma
quanto o oxidante entram na câmara a 298 K parte da água é descarregada do trocador de
e 100 kPa. Sabendo que a pressão na seção de calor como vapor e outra como líquido.
descarga da câmara de combustão é 100 kPa, 15.98 Grafita, C, a T0 e P0, é queimada com ar a 500 K
determine a temperatura dos produtos de com- e P0 num processo em regime permanente. A
bustão na seção de descarga da câmara e a irre- relação ar–combustível é tal que os produtos
versibilidade associada a esse processo. Admita de combustão apresentam temperatura igual
que o processo de combustão ocorra em regime a 1200 K e pressão P0. Determine a relação de
permanente e seja adiabático. equivalência, a porcentagem de ar teórica e a
15.92 Considere a combustão de metanol (CH3OH) irreversibilidade total no processo.
com 25% de excesso de ar. Os produtos dessa 15.99 Um inventor afirma ter construído um equipa-
combustão escoam por um trocador de calor mento que a partir de 0,001 kg/s de água, obtida
e saem dele a 200 kPa e 400 K. Calcule a en- numa torneira a 10ºC e 100 kPa, produz fluxos
tropia absoluta dos produtos que saem do tro- separados de gás hidrogênio e oxigênio, cada
cador por kmol de metanol queimado. Admita um a 400 K e 175 kPa. Ele diz que seu equipa-
que toda a água formada no processo de com- mento opera numa sala a 25 ºC e com um con-
bustão seja descarregada do trocador de calor sumo de 10 kW de energia elétrica. Como você
como vapor. avalia essa afirmação?
15.93 Dois kmols de amônia são queimados com x kmol 15.100 A Figura P15.100 mostra um gerador de gases
de oxigênio num processo em regime perma- que é alimentado com 0,1 kg/s de peróxido de
nente. Os produtos da combustão, constituídos hidrogênio (H 2O2) a 25 ºC e 500 kPa. O peróxi-
por: H 2O, N2 e o excesso de O2, saem do reator a do é decomposto em vapor e oxigênio e a mis-
200 ºC e 7 MPa. tura, na seção de saída do gerador, apresenta
pressão e temperatura iguais a 500 kPa e 800 K. A etano e 50% de propano (em volume) e que está
mistura, então, é expandida numa turbina até a a 350 K e 10 MPa. Determine, utilizando a Re-
pressão atmosférica, 100 kPa. Determine a po- gra de Kay, a entalpia de um kmol dessa mistura
tência da turbina e a taxa de transferência de relativa à base termoquímica de entalpia.
calor no gerador de gás. A entalpia de formação 15.105 Butano líquido a 25 ºC é misturado com 150%
do H 2O2 líquido é −187 583 kJ/kmol. de ar teórico a 600 K e é queimado, em regime
permanente, num combustor adiabático. Utilize
os diagramas generalizados para avaliar as pro-
H2O2 2
Gerador priedades do combustível líquido e determine
de gás 3 a temperatura dos produtos de combustão na
1
seção de descarga do combustor.
15.106 Refaça o Problema 15.135 admitindo que a câ-
·
Q
· Wt mara seja alimentada com oxigênio líquido sa-
turado a 90 K em vez de oxigênio gasoso a 25 ºC.
Utilize os diagramas generalizados para deter-
Turbina
minar as propriedades do oxigênio líquido.
Figura P15.100 15.107 Uma mistura de 80% etano e 20% metano, em
15.101 Metano e ar são alimentados a um queimador base molar, é estrangulada de 10 MPa e 65 ºC
nas condições de pressão e temperatura de para 100 kPa e alimenta uma câmara de com-
referência. O processo de combustão atinge bustão adiabática. O ar de combustão entra na
temperatura de chama de 1800 K. Determine câmara a 100 kPa e 600 K. A quantidade de ar é
o excesso de ar na reação e a irreversibilidade tal que os produtos de combustão saem a 100 kPa
associada a esse processo de combustão. e 1200 K. Admitindo que o processo de com-
15.102 Uma câmara de combustão adiabática, que ope- bustão seja completo e que todos os componen-
ra em regime permanente, é alimentada com tes se comportem como gases ideais, exceto a
gás pentano e ar atmosférico. A temperatura e mistura combustível, que se comporta de acor-
a pressão na seção de alimentação do combus- do com os diagramas generalizados com a uti-
tível são iguais a 25 °C e 150 kPa. O excesso lização da regra de Kay para as propriedades
de ar utilizado na combustão do pentano é tal psudocríticas, determine a porcentagem de ar
que a temperatura dos produtos de combustão teórico utilizada no processo e a temperatura
na seção de descarga da câmara é igual a 1800 K. de orvalho dos produtos de combustão.
Sabendo que a temperatura e a pressão na se- 15.108 Uma câmara de combustão adiabática e que ope-
ção de alimentação de ar são iguais a 500 K e ra a pressão constante é alimentada com butano
150 kPa, determine o excesso de ar utilizado na líquido saturado a 25 °C e oxigênio puro. A pres-
combustão e a irreversibilidade do processo por são e a temperatura na seção de alimentação de
kmol de pentano queimado. oxidante são iguais àquelas na seção de alimen-
15.103 Um reator químico com volume interno fixo é tação de combustível. Sabendo que a temperatu-
carregado com uma mistura de propeno (C3H6) ra dos produtos de combustão na seção de des-
e 150% de ar teórico. Inicialmente, a temperatura carga da câmara é igual a 3400 K, determine o
e a pressão da mistura no reator são iguais a 25 oC excesso de oxidante utilizado nesse processo de
e 100 kPa. É provocada a ignição e combustão combustão completa. Qual é a pressão na seção
completa da mistura e detecta-se o aumento na de descarga de produtos de combustão? Qual é a
temperatura da massa contida no reator. A mas- irreversibilidade desse processo?
sa contida no reator transfere calor para um re- 15.109 Uma câmara de combustão é alimentada com
servatório térmico, que apresenta temperatura 1 kmol/s de hexano líquido a 31 °C e 200 kPa
igual a 500 K, até que sua temperatura atinja e com 200% de ar teórico a 500 K e 200 kPa.
700 K. Determine a pressão final desse processo, Os produtos de combustão deixam a câmara a
a transferência de calor por kmol de combustível 1000 K e 200 kPa. O calor específico a pressão
e a entropia total gerada no processo por kmol de constante do hexano (gás ideal) é Cp0 = 143 kJ/
combustível consumido. kmol K. Nessas condições, determine a taxa de
irreversibilidade do processo.
Misturas Reais e Utilização de Diagramas
Generalizados Células de Combustível
15.104 Uma câmara de combustão é alimentada com 15.110 Nós analisamos no Exemplo 15.16 a célula de
uma mistura de gases que apresenta 50% de combustível hidrogênio–oxigênio operando a
relação ar–combustível ideal e o calor transferi- 15.132 Muitos tipos de carvão possuem uma umidade
do da câmara de combustão. alta. Considere a seguinte amostra de carvão
15.128 Um motor a gasolina é convertido para operar para a qual a análise elementar mostra a se-
com propano, como mostra a Figura P15.128. guinte composição mássica:
Admita que 40 kg/h de propano a 25 °C alimen- Comp. Umid. H C S N O Cinzas
tem o motor. A vazão mássica de ar atmosférico
fornecida ao motor é igual a 90% da vazão este- % mass. 28,9 3,5 48,6 0,5 0,7 12,0 5,8
quiométrica. A temperatura dos gases de com- Esse carvão é queimado num gerador de vapor
bustão, que incluem H2O, H2 e N2, é 1000 K no de uma usina térmica com 150% de ar teórico.
coletor de escapamento e a taxa de transferência Determine a razão ar–combustível mássica.
de calor do motor (a principal taxa de transfe-
15.133 Um combustível CxHy é queimado com ar e os
rência de calor no motor ocorre no sistema de re-
produtos possuem a seguinte composição mo-
frigeração) é igual a 120 kW. Admita que 90% do
lar expressa em base seca: 9,6% CO2, 7,3% O2
C presente no combustível seja transformado em
e 83,1% N 2 . Determine a composição (x/y)
CO2 e 10% em CO. Nessas condições, determine
do combustível e a porcentagem de ar teórico
a potência e o rendimento térmico desse motor.
utilizado.
C3H8 gás Saída de
15.134 Num motor tem-se a mistura de octano e etanol
Motor de líquidos na razão molar de 9:1 e com ar este-
produtos de
combustão
90% ar teórico combustão quiométrico a 25 ºC e 100 kPa. Após combus-
interna
·
Wlíq tão completa, os produtos saem pelo sistema de
· exaustão onde são resfriados até 10 ºC. Encon-
– Qperda
tre o ponto de orvalho dos produtos e a massa
Figura P15.128 de água condensada por kg da mistura de com-
15.129 Um pequeno motor a gasolina, resfriado a ar, é bustíveis.
testado e encontrou-se que sua potência é igual 15.135 A câmara de combustão utilizada num teste de
a 1,0 kW. A temperatura dos produtos de com- propelentes para foguetes é alimentada com hi-
bustão foi medida e é igual a 660 K. A compo- drazina líquida (N2H4) e oxigênio. As tempera-
sição volumétrica obtida para os produtos de turas e pressões nos escoamentos que alimen-
combustão é a seguinte, em base seca: tam a câmara são iguais a 25 ºC e 100 kPa. A
Prod. CO2 CO O2 N2 relação entre as vazões desses escoamentos é
igual a 0,5 kg de O2 /kg de N2H4. O calor trans-
% vol. 11,4 2,9 1,6 84,1
ferido da câmara às vizinhanças é estimado em
A vazão de combustível consumida no motor foi 100 kJ/kg N2H4. Determine a temperatura dos
medida e é igual a 1,5 × 10−4 kg/s. Sabendo que o produtos, admitindo que os produtos da rea-
combustível utilizado pode ser considerado octa- ção sejam constituídos por H 2O, H 2 e N2. A en-
no líquido e que o combustível e o ar entram no talpia de formação da hidrazina líquida é igual
motor a 25 ºC, determine a taxa de transferência a +50 417 kJ/kmol.
de calor no motor e a eficiência do motor.
15.136 Determine o valor do poder calorífico inferior
15.130 Um motor a gasolina é alimentado com uma mis-
para a mistura de combustíveis do Problema
tura estequiométrica de octano líquido e ar a
15.134 com a mesma referência da Tabela 15.3.
T0 e P0. Os produtos de combustão (combustão
completa) saem das válvulas de escape a 1100 K. 15.137 E85 é um líquido contendo 85% etanol e 15%
Admitindo que a transferência de calor para a gasolina (admitida como octano) em base más-
água de refrigeração, que está a 100 ºC, seja igual sica. Determine o poder calorífico inferior des-
ao trabalho realizado pelo motor, determine a efi- sa mistura de combustíveis.
ciência do motor baseada na segunda lei e a eficiên- 15.138 Determine o poder calorífico superior da amos-
cia expressa como sendo a razão entre o trabalho tra de carvão especificada no Problema 15.132.
e o poder calorífico inferior do combustível. 15.139 Uma mistura gasosa de eteno com propano (re-
lação molar de 1 para 1) é queimada com 120%
Problemas para Revisão de ar teórico na câmara de combustão de uma
15.131 Repita o Problema 15.25 para certo carvão que turbina a gás. O ar obtido no ambiente, a 25 ºC
contém, de acordo com análises: 68,2% C, 4,8% e 100 kPa, é comprimido até 1 MPa e é envia-
H, 15,7% O em base mássica. Os produtos de sa- do para a câmara de combustão da turbina. A
ída contêm 30,9% CO, 26,7% H 2, 15,9% CO2 e mistura combustível entra na câmara de com-
25,7% H 2O em base molar. bustão a 25 ºC e 1 MPa. Sabendo que a turbina é
adiabática, que descarrega os produtos de com- 15.146 Reconsidere o processo de combustão descrito
bustão no ambiente e que a temperatura desses no Problema 15.107.
gases na seção de descarga da turbina é 800 K, a) Calcule a entropia absoluta da mistura de
determine a temperatura dos produtos de com- combustível antes de ela ser estrangulada
bustão na seção de descarga da câmara de para o interior da câmara de combustão.
combustão e o trabalho realizado na turbina. b) Calcule a irreversibilidade do processo glo-
15.140 Um estudo está sendo realizado para avaliar se a bal.
amônia líquida é um combustível adequado para 15.147 Considere o cilindro de um motor de combustão
uma turbina a gás. Considere os processos de interna com ignição por centelha. Antes da fase
compressão e combustão desse equipamento. de compressão, o cilindro está preenchido com
a) Ar entra no compressor a 100 kPa e 25 ºC. É uma mistura de ar com metano a 25 ºC. Admita,
comprimido até 1600 kPa e a eficiência isoen nessa condição, que a mistura apresente 110%
trópica do compressor é 87%. Determine a de ar teórico e que a pressão seja igual a 100 kPa.
temperatura de descarga e o trabalho consu- A razão de compressão do motor é de 9 para 1.
mido por kmol de ar.
a) Determine a pressão e a temperatura após a
b) Dois kmols de amônia líquida a 25 ºC e x ve-
compressão, admitindo que o processo seja
zes a quantidade de ar teórico, provenientes
adiabático e reversível.
do compressor, entram na câmara de com-
bustão. Qual é o valor de x se a temperatura b) Admitindo que a combustão esteja completa
adiabática de chama for fixada em 1600 K? no momento em que o pistão está no ponto
morto superior (ou seja, após a compressão
15.141 Considere o gás gerado no gaseificador de car-
reversível e adiabática) e que o processo de
vão descrito no Problema 15.30. Determine a
combustão seja adiabático, determine a tem-
porcentagem de ar teórico que deve ser utiliza-
peratura e a pressão após a combustão e o au-
da nos queimadores, sabendo que a temperatu-
mento de entropia no processo de combustão.
ra adiabática de chama está limitada a 1500 K.
c) Qual é a irreversibilidade desse processo?
15.142 Uma câmara de combustão adiabática e que
opera em regime permanente é alimentada com 15.148 A Figura P15.148 mostra um tanque, a alta
monóxido de carbono, CO, e ar atmosférico. A pressão, que armazena acetileno líquido,
pressão e a temperatura nas seções de alimen- C 2 H 2 , a 25 ºC e um gerador de vapor isolado ter-
tação da câmara são iguais a 150 kPa e 600 K. micamente que opera em regime permanente.
Sabendo que o excesso de ar utilizado na reação O queimador do gerador de vapor é alimentado
de combustão é igual a 50%, determine a tem- com 1 kg/s de acetileno e 140% de oxigênio teóri-
peratura dos produtos de combustão na seção co a 500 K. Os produtos de combustão saem do
de descarga da câmara. Calcule, também, a en- gerador a 500 kPa e 350 K e a caldeira é alimen-
talpia da reação no estado de referência. tada com 15 kg/s de água líquida a 10ºC. Saben-
15.143 Um recipiente rígido está carregado com uma do que o gerador produz vapor superaquecido a
mistura estequiométrica de buteno e ar a T0 e 200 kPa,
P0. A mistura é queimada num processo adia- a) Determine a entropia absoluta molar do ace-
bático e atinge o estado 2. Os produtos de com- tileno no tanque.
bustão são, então, resfriados até 1200 K (estado b) Determine, na seção de descarga dos produ-
3). Determine a pressão final, P3, o calor total tos de combustão, as fases dos constituintes
transferido, 1Q3, e a temperatura no estado 2, da mistura. Se existir mais de uma, quantifi-
imediatamente após a combustão. que-as.
15.144 Gás natural (admitido como metano) a uma va- c) Determine a temperatura do vapor gerado na
zão de 0,3 kg/s é queimado com 250% de ar teó- caldeira.
rico num combustor a 1 MPa no qual os reagen-
tes são alimentados a T0. Vapor d’água a 1 MPa 5 Vapor d’água
e 450 °C com vazão de 2,5 kg/s é adicionado aos
produtos antes da entrada da turbina adiabá- Produtos
tica, que opera com uma pressão de saída de C2H 2
1
150 kPa. Determine a temperatura de entrada e 3
o trabalho na turbina, admitindo que a turbina 2
seja reversível.
Oxigênio
15.145 A turbina do Problema 15.139 é adiabática. A 4 Água líquida
operação da turbina é reversível, irreversível ou Figura P15.148
impossível?
a baixa pressão
sição do combustível e sua entalpia de formação
Vapor d’água
devem ser tratadas como variáveis de entrada ·
Q para água
do programa.
15.150 Os ciclos de potência a vapor podem utilizar o
excesso de potência, durante os períodos fora
Vapor d’água
a alta pressão
de pico, para comprimir ar e guardá-lo para uso
futuro (veja o Problema 9.50). Esse ar compri- Ar
mido pode ser consumido numa turbina a gás 170 kg/s
8 °C
que, normalmente, utiliza gás natural (pode ser
aproximado por metano). A turbina a gás pode, Queimador 540 °C
então, ser utilizada para produzir potência nos
períodos de pico. Investigue esse arranjo e es- ·
time a potência que pode ser gerada nas condi- Combustível Wlíq = 54 MW
Compressor Turbina
ções fornecidas no Problema 9.50. Admita que a
turbina descarregue os produtos de combus-
tão na atmosfera e que o ar utilizado na com-
bustão varie entre 200% a 300% do ar teórico Figura P15.153
necessário para a reação. 15.154 Considere a câmara de combustão do ciclo
15.151 Considere um automóvel movido a gás natural. Cheng descrito nos Problemas 13.140 e 15.144.
Normalmente, os cilindros para armazen amento A vazão mássica de ar na seção de alimenta-
de gás são projetados para uma pressão máxima ção da câmara de combustão é 12,0 kg/s e a
de 3600 psi ou 25 MPa. Dimensione um cilin- pressão, nessa seção, é 1,25 MPa (estado 1).
dro que proporcione uma autonomia de 500 km O combustível utilizado na câmara é o gás na-
para o automóvel, admitindo que a eficiência do tural que pode ser modelado como metano. Os
motor seja igual a 30% e que o carro consuma produtos de combustão deixam a câmara no
20 kW na velocidade média de 90 km/h. estado 2. Sabendo que o combustível fornece
15.152 O ciclo Cheng, mostrado na Figura P13.140, uti- 15 MW ao ciclo e que o compressor apresenta
liza metano como combustível. O ar utilizado na resfriamento intermediário, determine as tem-
combustão varia entre 250 a 300% do ar teórico peraturas nos estados 1 e 2 e a vazão de com-
necessário para a reação. Será necessário utili- bustível.
zar água de reposição, nas condições do estado 15.155 Estude os processos de gaseificação de car-
8, no caso em que é utilizado um condensador vão mineral. Estes podem produzir tanto me-
de água simples com T6 = 40 ºC e Φ6 = 100%? tano quanto metanol. Quais são os processos
A umidade no ar comprimido, no estado 1, tem e equipamentos envolvidos nesses processos?
influência sobre o comportamento do ciclo? Compare os poderes caloríficos dos produtos
Estude o problema para vários excessos de ar de gaseificação com o do carvão que alimenta o
(dentro da faixa fornecida). processo de gaseificação. Discuta os benefícios
15.153 A Figura P15.153 mostra uma central de potên dessa conversão.
cia com cogeração e algumas características 15.156 O etanol, C2H5OH, pode ser produzido a partir
operacionais dos ciclos. A câmara de combus- de biomassas, como por exemplo o milho 4. In-
tão é alimentada com 3,2 kg/s de metano e uma vestigue esse modo de produzir etanol e identi
fração do ar comprimido que escoou num com- fique as reações químicas relevantes que ocor-
pressor que apresenta relação de pressões igual
a 15,8:1 é utilizada para pré-aquecer a água de __
alimentação do ciclo a vapor. Faça uma análise 4
E também a cana de açúcar, evidentemente (N.T.).
rem nos processos produtivos. Estime, para ou ambientes. Investigue se é possível utilizar
diversas biomassas, o rendimento do processo outros combustíveis alternativos no motor.
utilizado na produção do etanol. 15.158 A combustão de alguns carvões e óleos combus-
15.157 Um motor a diesel pode ser utilizado como cen- tíveis, por exemplo nas centrais termelétricas,
tral de potência em locais isolados (por exemplo: gera SO x e NO x. Investigue quais são os proces-
em plataformas de petróleo e navios). Admita sos utilizados na remoção dessas substâncias
que a potência do motor seja igual a 1000 HP e poluidoras. Quais são os fenômenos importan-
que ele seja alimentado com duodecano e 300% tes encontrados nos equipamentos que remo-
de ar teórico. Estime qual é o consumo de com- vem esses poluentes e o impacto dessas etapas
bustível, a eficiência do motor e se é possível na operação das centrais termelétricas (ener-
utilizar os gases de exaustão para aquecer água gia, pressão de exaustão etc.)?
16
Introdução ao
Equilíbrio de Fases
e ao Equilíbrio Químico
Até este ponto, admitimos a hipótese de que os sistemas analisados estavam em equi-
líbrio ou num estado em que os desvios da condição de equilíbrio eram infinitesimais,
como, por exemplo, nos processos de quase-equilíbrio ou reversíveis. Não fizemos
nenhuma tentativa de descrever os estados percorridos pelo sistema durante um pro-
cesso irreversível e lidamos apenas com os estados inicial e final, no caso de sistemas
fechados, e com as entradas e saídas, nos casos dos volumes de controle. Considera-
mos válida a hipótese de equilíbrio global, ou pelo menos local, em todas as análises
termodinâmicas feitas até este ponto.
Neste capítulo, examinaremos os critérios para a existência do equilíbrio e deles
extrairemos certas relações que nos permitirão, sob certas condições, determinar as
propriedades de um sistema quando em equilíbrio. Concentraremos nossa atenção na
análise do equilíbrio químico numa única fase (equilíbrio homogêneo), e em alguns
outros assuntos correlatos.
Subsistema Subsistema
Motor
1 2
s
W
Figura 16.2
Figura 16.1 Esquema que mostra a relação entre o trabalho reversível e os
Dois subsistemas que interagem por meio de um motor. critérios para o equilíbrio.
⎛ ∂G ⎞ ⎛ ∂G ⎞
Ponto de equilíbrio dG = ⎜ ⎟ dT + ⎜
⎝ ∂T ⎠ P, n1, n2 ⎝ ∂P ⎟⎠ T, n1, n2
nA ⎛ ∂G ⎞ ⎛ ∂G ⎞
dP + ⎜ 1 ⎟ dn1 + ⎜ 2 ⎟ dn 2
Figura 16.3 ⎝ ∂n ⎠ T, P, n 2 ⎝ ∂n ⎠ T, P, n1
Ilustração do requisito para o equilíbrio químico.
Por definição,
Isso conduz à expressão geral de equilíbrio que ⎛ ∂G ⎞ ⎛ ∂G ⎞
é aplicável aos sistemas compressíveis simples e que ⎜⎝ 1 ⎟⎠ = g1 ⎜⎝ 2 ⎟⎠ = g2
podem sofrer uma mudança na composição química. ∂n T, P, n2 ∂n T, P, n1
Isto é, no equilíbrio
Portanto, a temperatura e pressão constantes,
dGT, P = 0 (16.1)
16.2 EQUILÍBRIO ENTRE DUAS A Equação 16.2 também pode ser obtida da rela-
FASES DE UMA SUBSTÂNCIA ção
Tds = dh – vdP
PURA
aplicada a uma mudança de fase a temperatura e pres-
Como outro exemplo dessa exigência para o equilí-
são constantes. Essa relação pode ser integrada do se-
brio, estudemos o equilíbrio entre duas fases de uma
guinte modo:
substância pura. Consideremos um sistema formado
por duas fases de uma substância pura em equilíbrio. sv hv
Sabemos que, nessa condição, as duas fases estão à
mesma pressão e temperatura. Consideremos a mu- ∫ Tds = ∫ dh
sl hl
dança de estado associada com uma transferência de
dn mols da fase 1 para a fase 2, enquanto a temperatu- ( ) (
T sv − sl = hv − hl )
ra e pressão permanecem constantes. Assim, hl − Tsl = hv − Tsv
dn1 = – dn2 gl = gv
Exemplo 16.1
Qual é a pressão necessária para fazer diamantes Agora, o volume específico pode ser calculado, a
a partir da grafite à temperatura de 25 °C? Os da- qualquer pressão e na temperatura dada, a partir
dos referentes à temperatura de 25 °C e pressão da relação que utiliza o fator de compressibilidade
de 0,1 MPa são os seguintes : isotérmico. Assim,
P P
⎛ ∂v ⎞ v ⎛ ∂v ⎞
v = v0 + ∫ ⎜ ⎟ dP = v0 + ∫ dP
Grafita Diamante ⎝ ∂P ⎠
P=0,1 T v ⎜⎝ ∂P ⎟⎠ P=0,1 T
g 0 2867,8 J/mol P
v 0,000444 m 3 /kg 0,000284 m3 /kg = v0 − ∫ vβT dP (b)
–6 −6 P=0,1
bT 0,304 × 10 1/MPa 0,016 × 10 1/MPa
Figura 16.7 __
1
Diagrama esquemático para a análise do equilíbrio químico. Também conhecido como grau de avanço da reação (N.T.).
Para uma mistura de dois componentes, A e B, a Observe que essa expressão fornece a função mo-
diferenciação dessa equação em relação a n A com a lar parcial de Gibbs de um componente A numa mis-
restrição de que a temperatura, a pressão e n B perma- tura em termos de um valor de referência, da função
necem constantes, fornece de Gibbs do componente A puro no estado padrão na
mesma temperatura, e de uma função da temperatura,
⎛ ∂G ⎞ ⎛ ∂H ⎞ ⎛ ∂S ⎞ da pressão e da composição da mistura. Esta equação
⎜ ⎟ =⎜ ⎟ −T⎜ ⎟ pode ser aplicada a cada um dos termos da Equação 16.6.
⎝ ∂n A ⎠ T, P, n ⎝ ∂n A ⎠ T, P, n ⎝ ∂n A ⎠ T, P, n O resultado é
B B B
Exemplo 16.2
Determine o valor de DG 0 para a reação H 2O A 25 °C, temos
2 H 2 + O2 a 25 °C e a 2000 K, com a água na fase
vapor. ΔH 0 = 2h 0f H + h 0f O − 2h 0f H O(g)
2 2 2
Exemplo 16.3
Determine a constante de equilíbrio, K, expres- 0
ΔG298 −457 166
sa como ln K, para a reação 2 H 2 O 2 H 2 + O2 a ( ln K )298 =−
RT
=−
8,3145 × 298,15
= −184,42
25 °C e a 2000 K.
Exemplo 16.4
Mostre que a constante de equilíbrio da reação se- Assim,
guinte (conhecida como reação gás–vapor d’água) ⎛K ⎞
1/2
pode ser calculada com os valores apresentados na K III =⎜ I ⎟
Tabela A.11. ⎝ K II ⎠
H 2 + CO2 H 2O + CO Reação III
Solução: Em que KIII é calculado com os valores da Tabela
Utilizando as equações de reações da Tabela A. 11: A. 11.
2 CO2 2 CO + O2 Reação I 1
2 H 2O 2 H 2 + O2 Reação II
ln K III = ln K I − ln K II
2
( )
Observe que:
1 1
ReaçãoIII = ReaçãoI − ReaçãoII Os próximos exemplos ilustram o processo utili-
2 2 zado para determinar a composição de equilíbrio em
1 reações homogêneas e a influência de certas variá-
=
2
( ReaçãoI − ReaçãoII ) veis na composição de equilíbrio.
Exemplo 16.5
Um kmol de carbono a 25 °C e 0,1 MPa reage, em regi- Volume de
me permanente, com um kmol de oxigênio a 25 °C controle: Câmara de combustão.
e 0,1 MPa para formar uma mistura em equilíbrio de Estados na
CO2, CO e O2 a 3000 K e 0,1 MPa. Determine a composi- entrada: P, T conhecidas para o carbono e
ção de equilíbrio e o calor transferido nesse processo. para o oxigênio.
Transferência de energia
Mistura em equilíbrio
25 °C 3000 K
C + O2 CO2 Aquecimento e a CO2 + b CO + dO2
Combustão
(reagentes) 25 °C dissociação (produtos)
Figura 16.9 –Q
Esboço para o Exemplo 15.5.
Para o ambiente
Exemplo 16.6
Um kmol de C a 25 °C reage com 2 kmol de O2 a e o número total de kmols, no equilíbrio, é
25 °C para formar uma mistura, em equilíbrio, n = (1 – 2z) + 2z + (1 + z) = 2 + z
de CO2, CO e O2 a 3000 K e 0,1 MPa. Determine a
composição de equilíbrio. As frações molares correspondentes são
1 − 2z 2z 1+ z
Volume de yCO = yCO = yO =
2
2+ z 2+ z 2
2+ z
controle: Câmara de combustão.
Estados na
entrada: T conhecida para os reagentes. A consta nte de equ i l í br io pa ra a reação
Estado na 2 CO2 2 CO + O2, a 3000 K, foi calculada no
saída: P, T conhecidas. Exemplo 16.5 e é igual a 0,1089. Substituindo esses
Processo: Regime permanente. valores, juntamente com P = 0,1 MPa, na Equação
Modelo: Mistura de gases ideais em 15.16, obtemos a equação de equilíbrio:
equilíbrio. 2
⎛ 2z ⎞ ⎛ 1 + z ⎞
2 2+1−2 ⎜⎝ 2 + z ⎟⎠ ⎜⎝ 2 + z ⎟⎠
yCO yO ⎛ P⎞
Análise e solução: K = 0,1089 = 2
⎜⎝ 0 ⎟⎠ = (1)
2 2
O processo global pode ser imaginado como ocor- yCO P ⎛ 1 − 2z ⎞
2
rendo em dois estágios (como no exemplo ante- ⎜⎝ 2 + z ⎟⎠
rior). O processo de combustão é
C + 2O2 → CO2 + O2
ou
e a reação de dissociação subsequente é 2
K 0,1089 ⎛ 2z ⎞ ⎛ 1 + z ⎞
= =⎜
P/P 0 1 ⎝ 1 − 2z ⎟⎠ ⎜⎝ 2 + z ⎟⎠
2 CO 2 2 CO + O2
Inicial: 1 0 1
Note que para que os números de kmols de cada
Variação: − 2z + 2z +z componente sejam maiores que zero,
0 ≤ z ≤ 0,5
No equilíbrio: (1 − 2z) 2z (1 + z)
Resolvendo a equação de equilíbrio para z, obte-
O processo global, neste caso, é mos
C + 2 O2 → (1 – 2z) CO2 + 2z CO + (1 + z) O2 z = 0,1553
dn B = −vB dε1
16.5 REAÇÕES SIMULTÂNEAS dn L = −vL dε 2
dnC = +vC dε1
No desenvolvimento da equação de equilíbrio e das
expressões para a constante de equilíbrio na Seção dn D = +vD dε1
16.4, consideramos apenas uma reação química que dn M = +vM dε 2
relacionava as substâncias presentes no sistema. Va-
mos analisar, agora, uma situação mais geral, em que dn N = +vN dε 2 (16.21)
ocorre mais que uma reação química. Para isso, vamos
utilizar um sistema em que ocorrem duas reações si- A variação da função de Gibbs para a mistura no
multâneas e a análise será realizada com um processo recipiente, a temperatura e pressão constantes, é:
análogo ao utilizado na Seção 16.4. Esses resultados
serão prontamente estendidos aos sistemas que envol- dGT , P = G A dn A + GB dn B + GC dnC + GD dn D
vem várias reações simultâneas.
+GL dn L + GM dn M + GN dn N
Considere a mistura de substâncias A, B, C, D, L,
M e N indicada na Figura 16.10. Vamos supor que essas
substâncias coexistam em equilíbrio químico, a uma Utilizando as expressões da Equação 16.21 e rea-
temperatura T e pressão P, e que estejam relacionadas grupando os termos, obtemos
pelas duas reações independentes seguintes
É conveniente, mais uma vez, expressar cada uma 1 e 2 (Equações. 16.19 e 16.20) ocorrem de modo infi-
das funções parciais molares de Gibbs do seguinte nitesimal e em que a temperatura e a pressão são constan-
modo tes. A condição para o equilíbrio é que dGT, P = 0. Como
as reações 1 e 2 são independentes, dεl e dε2 podem
⎛ y P⎞ variar independentemente. Isso obriga que, no equilí-
Gi = gi0 + RT ln ⎜ i 0 ⎟ brio, cada um dos termos entre parênteses da Equação
⎝ P ⎠
16.23 seja nulo. Vamos definir as constantes de equilí-
brio das duas reações por
A Equação 16.22 pode ser reescrita na forma
ΔG10
ln K1 = − (16.26)
⎧ ⎡ yvC yvD ⎛ P⎞
vC +vD − vA − vB ⎤⎫ RT
⎪ 0 1
⎥ ⎪⎬ dε1
dGT , P = ⎨ ΔG1 + RT ln ⎢ vC Dv ⎜⎝ 0 ⎟⎠ e
⎪⎩ ⎢ y A1 y B P ⎥⎪
⎣ A B ⎦⎭ ΔG20
ln K 2 = − (16.27)
⎧ ⎡ y vM y vN ⎛ P⎞
vM + vN − v A − vL ⎤⎫ RT
⎪ 2
⎥ ⎪⎬ dε
+ ⎨ ΔG20 + RT ln ⎢ vM Nv ⎜⎝ 0 ⎟⎠
⎪⎩ ⎢ y A2 y L P ⎥⎪ 2 Assim, no equilíbrio
⎣ A L ⎦⎭
(16.23) v v vC + vD −vA − vB
yCC yDD ⎛ P ⎞ 1
K1 = v v ⎜ 0⎟
(16.28)
As variações da função de Gibbs no estado pa- y AA1 yBB ⎝ P ⎠
drão, para cada reação, são dadas por
e
v v vM + vN − v A − vL
ΔG10 = vC gC0 + vD gD0 − v A g A0 − vB gB0 (16.24) yMM yNN ⎛ P ⎞ 2
1 K2 = v v ⎜ 0⎟ (16.29)
y AA2 yLL ⎝ P ⎠
ΔG20 = vM gM
0
+ vN gN0 − v A g A0 − vL gL0 (16.25)
2 Observe que essas expressões devem ser resol-
vidas simultaneamente para a determinação da com-
A Equação 16.23 fornece a variação da função de posição de equilíbrio da mistura. O próximo exemplo
Gibbs do sistema para um processo em que as reações demonstra, e esclarece, esse procedimento.
Exemplo 16.7
Um kmol de vapor d’água é aquecido, em regime água que se dissociam de acordo com a reação (1)
permanente, até o estado em que a temperatura e 2b o número de kmols de água que se dissociam
é igual a 3000 K e a pressão é 0,1 MPa. Determine de acordo com a reação (2). Note que a dissocia-
a composição de equilíbrio nesse estado, supondo ção é provocada pelo aquecimento da água. Como
que a mistura é composta por H 2O, H 2, O2 e OH. a composição inicial é de 1 kmol de água, as varia-
Volume de ções de acordo com as duas reações são:
controle: Trocador de calor. (1) 2 H 2O 2 H 2 + O2
Estado Variação: −2a +2a +a
final: P e T conhecidas.
Modelo: Mistura de gases ideais em (2) 2 H 2O H 2 + 2 OH
equilíbrio. Variação: −2b + b + 2b
(2) 2 H 2O H 2 + 2 OH nO = a
2
H 2O → (1 − 2a − 2b) H 2O ⎜⎝ 1 + a + b ⎟⎠ ⎜⎝ 1 + a + b ⎟⎠ ⎛ P ⎞
+ (2a + b) H 2 + a O2 + 2b OH K2 = 2 ⎜⎝ 0 ⎟⎠
⎛ 1 − 2a − 2b ⎞ P
O lado direito dessa expressão é a composição ⎜⎝ 1 + a + b ⎟⎠
de equilíbrio no estado final. Como o número de
mols de cada substância deve necessariamente ser ⎛ 2a + b ⎞ ⎛ 2b
2
⎞ ⎛ P⎞
maior que zero, verificamos que os valores possí- =⎜
veis de a e b estão restritos a ⎝ 1 + a + b ⎟⎠ ⎜⎝ 1 − 2a − 2b ⎟⎠ ⎜⎝ P 0 ⎟⎠
Os métodos utilizados nesta seção podem ser pron- situações envolvendo um grande número de espécies
tamente estendidos a sistemas em equilíbrio que apre- químicas essa técnica é mais razoável e simples que se
sentem mais de duas reações independentes. Em cada utilizar as constantes e equações de equilíbrio.
caso, o número de equações simultâneas de equilíbrio é
igual ao número de reações independentes. Contudo, a 16.6 GASEIFICAÇÃO DE CARVÃO
solução de um grande número de equações simultâneas
não lineares é bastante trabalhosa e, por isso, requer a Os processos que envolvem a gaseificação de carvão
utilização métodos computacionais iterativos. (ou outra biomassa) começam com o aquecimento do
Uma abordagem diferente é geralmente empre- material sólido até 300 °C a 400 °C, de modo que a pi-
gada quando há um grande número de espécies quí- rólise resulte numa massa sólida, denominada coque
micas. Trata-se da minimização direta da função de ou carvão vegetal 2 (essencialmente carbono) mais ga-
Gibbs do sistema, G, com respeito às variações dos ses voláteis (CO2, CO, H 2O, H 2, alguns hidrocarbone-
números de mols de todas as espécies que se admite tos leves) e alcatrão. No gaseificador, o coque ou car-
estarem no estado de equilíbrio (no Exemplo 16.7 es- vão reage com uma pequena quantidade de oxigênio e
–
sas seriam H 2O, H 2, O2 e OH). Em geral, dG = ΣG i dni, vapor d’água nas seguintes reações:
–
em que valores de G i são obtidos pela Equação 16.10
e dni são as variações em mols. Contudo, as variações C + 0,5 O2 → CO que produz calor (16.30)
de número de mols não são todas independentes, pois C + H 2O → H 2 + CO (16.31)
são sujeitas às restrições dos números de átomos de
A mistura resultante de H 2 e CO é chamada de
cada elemento químico (no Exemplo 16.7 seriam H e
gás de síntese.
O). Esse processo resulta, então, num sistema com nú-
__
mero de equações não lineares igual à soma do núme- 2
Se a matéria-prima é carvão mineral, o material resultante do aqueci-
ro de elementos e de espécies. Novamente, esse siste- mento é chamado de coque. Se a matéria-prima consiste em biomassa,
ma de equações requer uma solução iterativa, mas nas como madeira, o material resultante é carvão vegetal (N.T.).
Por meio de catalisadores apropriados, ocorre a a ionização tendem a ocorrer de maneira mais pro-
reação de deslocamento água–gás no equilíbrio: nunciada em baixas pressões e, consequentemente,
a dissociação e a ionização podem ser apreciáveis em
CO + H 2O H 2 + CO2 (16.32)
ambientes tais como a atmosfera superior, mesmo que
E a reação de formação de metano no equilíbrio: a temperaturas moderadas. Outros efeitos, tais como
radiação, também causam a ionização, mas esses efei-
CO + 3H 2 CH4 + H 2O (16.33)
tos não serão considerados aqui.
A solução das duas equações, 16.32 e 16.33, no A análise da composição de um plasma é muito
equilíbrio depende das quantidades iniciais de O2 e mais difícil do que a de uma reação química comum,
H 2O utilizadas para reagir com o carbono e são, evi- uma vez que num campo elétrico os elétrons livres na
dentemente, fortemente dependentes da temperatura mistura não transferem energia com íons positivos e
e da pressão. Temperaturas relativamente baixas e al- átomos neutros na mesma intensidade que o fazem
tas pressões favorecem a formação de CH4, enquanto com o campo elétrico. Consequentemente, o gás de
altas temperaturas e baixas pressões favorecem a for- elétrons de um plasma num campo elétrico não está
mação de H 2 e CO. O tempo é também um fator, pois a exatamente à mesma temperatura que as partículas
mistura pode não ter tempo para atingir o equilíbrio pesadas. Entretanto, para campos com intensidades
no gaseificador. O processo todo é bastante comple- moderadas, a condição de equilíbrio térmico no plas-
xo, mas tem sido profundamente estudado ao longo de ma é uma aproximação razoável, pelo menos para es-
muitos anos. Finalmente, deve ser ressaltado que há timativas preliminares. Sob essa condição, podemos
diferentes processos de conversão de gás de síntese tratar o equilíbrio de ionização da mesma maneira que
em combustíveis líquidos; esse é um campo avançado uma análise do equilíbrio químico comum.
de pesquisa e desenvolvimento. Podemos supor que o plasma, nessas temperatu-
ras extremamente altas, se comporta como uma mis-
tura de gases ideais de átomos neutros, íons positivos
16.7 IONIZAÇÃO e gás de elétrons. Assim, para a ionização de uma es-
pécie atômica A,
Nesta seção iremos considerar o equilíbrio de sistemas
que envolvem gases ionizados (ou plasmas). Recente- A A + + e− (16.34)
mente, esse campo tem sido bastante estudado e suas
aplicações têm sido ampliadas. Em seções anteriores dis- podemos escrever a equação de equilíbrio de ioniza-
cutimos o equilíbrio químico, com ênfase particular na ção na forma:
dissociação molecular como, por exemplo, na reação
N2 2 N y A ye− ⎛ P ⎞ 1+1−1
K= (16.35)
y A ⎜⎝ P 0 ⎟⎠
Essa dissociação ocorre de maneira apreciável
para a maioria das moléculas somente a temperaturas
altas (da ordem de 3000 K a 10 000 K). A temperaturas A constante de equilíbrio de ionização, K, é defini-
ainda mais altas, como as que ocorrem em arcos voltai- da da seguinte forma:
cos, o gás se torna ionizado. Isto é, alguns dos átomos
perdem um elétron, de acordo com a reação ΔG 0
ln K = − (16.36)
N N + + e− RT
Em que N+ representa um átomo de nitrogênio Note que ela é uma função somente da temperatura.
mono-ionizado (que perdeu um elétron, e, consequen- A variação da função de Gibbs no estado padrão para a
temente, tem uma carga positiva) e “e – ” representa um reação (Equação 16.34) é determinada a partir de
elétron livre. Com um aumento posterior da tempera-
tura, muitos dos átomos ionizados perdem outro elé- ΔG0 = g A0 + + ge0− − g A0 (16.37)
tron, de acordo com a reação
Exemplo 16.8
Calcule a composição de equilíbrio de um plasma O número de mols de cada componente deve ser
composto por Ar (argônio), Ar+ e e−, obtido pelo positivo. Assim, a variável z está restrita à faixa
aquecimento de argônio num arco a 10 000 K e 1 kPa. 0≤z≤1
A constante de equilíbrio de ionização para a reação
Ar Ar+ + e− As frações molares de equilíbrio são:
n 1− z
yAr = Ar =
na temperatura fornecida é igual a 0,00042. n 1+ z
nAr+ z
Volume de yAr+ = =
controle: Arco de aquecimento. n 1+ z
Estado na n− z
ye− = e =
saída: P, T conhecidas. n 1+ z
Modelo: Mistura de gases ideais em
equilíbrio. e a equação de equilíbrio é
⎛ z ⎞⎛ z ⎞
Análise e solução: yAr + ye− ⎛ P ⎞ 1+1−1 ⎜⎝ 1 + z ⎟⎠ ⎜⎝ 1 + z ⎟⎠ ⎛ P ⎞
K= =
Consideremos uma composição inicial de 1 kmol yAr ⎜⎝ P 0 ⎟⎠ ⎛1− z⎞ ⎜⎝ 0 ⎟⎠
P
de argônio neutro e façamos z representar o nú- ⎜⎝ 1 + z ⎟⎠
mero de kmols ionizados durante o processo de
aquecimento. Assim,
Assim, a 10 000 K e 1 kPa
⎛ z2 ⎞
Ar Ar+ + e− 0,00042 = ⎜ 2⎟
(0,01)
⎝1− z ⎠
Inicial: 1 0 0
Resolvendo,
Variação: −z +z +z z = 0,2008
No equilíbrio: (1 − z) z z e a composição obtida é
yAr = 0,6656
e yAr+ = 0,1672
n = (1 – z) + z + z = 1 + z ye – = 0,1672
está fora da condição de equilíbrio, que é o que acontece Para modelar o processo total, incluindo as taxas
quando o NO não estiver sendo formado. Para pequenas das reações reversas, é necessário um modelo mais
concentrações de NO, as taxas das reações da esquerda detalhado para a mistura de produtos de combustão,
para a direita são muito maiores que no sentido reverso, incluindo a reação água–gás.
e são sensíveis à temperatura e pressão. Com um mo- Este modelo simples ilustra a importância das
delo para as taxas de reação e concentrações, a taxa de reações químicas e a alta sensibilidade da formação
formação de NO pode ser descrita como: de NO com o pico de temperatura e pressão, que são os
primeiros focos de atenção em qualquer tentativa de
dyNO yNO
= e
(16.39) se projetar processos de combustão de baixa emissão
dt τ NO de poluentes. Uma forma de se fazer isso é por meio
da injeção de vapor, mostrada nos Problemas 13.140
−1/2 ⎛ 58 300 K ⎞ e 15.144. Outra maneira é colocar um desvio de flu-
τ NO = CT ( P/P0 ) exp ⎜ ⎟⎠ (16.40) xo significativo, como no Problema 15.153. Em ambos
⎝ T os casos, a temperatura do produto é reduzida tanto
quanto possível sem tornar a combustão instável.
Em que C = 8 × 10 –16 sK–1, yNOe é a concentração de Um exemplo final de aplicação é com reações
equilíbrio de NO e τNO é a constante de tempo em segun- simultâneas, incluindo dissociações e ionizações
dos. Para um pico de T e P, como acontece geralmente em várias etapas. Quando ocorre a ionização de um
em motores, a escala de tempo torna-se curta (1 ms), de gás, ele se torna um plasma, e para uma primeira
modo que a concentração de equilíbrio é atingida mui- aproximação novamente fazemos a hipótese de
to rapidamente. À medida que os gases se expandem equilíbrio térmico e tratamos como gás ideal. As várias
e T e P diminuem, a escala de tempo torna-se gran- reações simultâneas são resolvidas minimizando-se a
de, tipicamente para as reações reversas que removem função de Gibbs, como explicado ao final da Seção 16.5.
o NO, e a concentração permanece num nível elevado. A Figura 16.11 mostra a composição de equilíbrio do ar
A concentração de equilíbrio para o NO é determinada em altas temperaturas e massa específica muito baixa,
com a constante de equilíbrio K4 (veja a Tabela A.11) da e indica a sobreposição de processos de dissociação e
reação 4, de acordo com a Equação 16.16: ionização. Observe, por exemplo, que acima de 3000
K praticamente não há oxigênio diatômico e abaixo
y NOe = [K4 yO2e y N2e ]1/2 (16.41) dessa temperatura apenas O e NO são formados.
1 10
+
N N
N2
O+
O
e–
0,1 1
Partículas por átomo de ar
N++
O2 e–
O++
0,01 0,1
14 16 18 20 22 24
Temp., °K 10–3
A+ A++
NO A
N+++
0,001
0 2000 4000 6000 8000 10 000 12 000 14 000 16 000 18 000 20 000 22 000 24 000
Figura 16.11 Temperatura, T, K
Composição de equilíbrio do ar [W. E. Moeckel ρ
–6 ( ρ0 = 1,2927 kg/m3)
e K. C. Weston, NACA TN 4265(1958)]. ρ0 = 10
––
Questões Conceituais
d. Quando dissociações acontecem depois da com-
bustão, T aumenta ou diminui?
e. Para praticamente todas as reações de dissocia-
ção e ionização, o que ocorre com a composição
quando a pressão é aumentada?
f. Como muda a taxa de formação de NO quando P
é mais baixa numa mesma T?
g. Que átomo se ioniza primeiro no ar quando T
aumenta? Qual é a explicação?
resumo
É apresentada uma pequena introdução ao equilíbrio são tratadas. A formação de NO x em altas tempera-
de forma geral e com aplicações no equilíbrio entre fa- turas é um exemplo de reações com taxas sensíveis
ses e no equilíbrio químico. Utilizando a segunda lei da e de especial importância em todos os processos que
termodinâmica, mostramos num capítulo anterior que envolvem combustão com ar.
o trabalho de eixo reversível é igual à variação da fun- Após estudar o material deste capítulo você deve
ção de Gibbs. Esse conceito foi expandido e concluímos ser capaz de:
que o estado de equilíbrio é aquele em que a função • Avaliar o equilíbrio de fases com o princípio do valor
de Gibbs é mínima (numa dada T e P). Esta afirmação mínimo da função de Gibbs.
geral se aplica ao equilíbrio entre fases, pois cada fase • Entender que o conceito de equilíbrio pode incluir
apresenta o mesmo valor da função de Gibbs. outros efeitos, como o da alteração de posição no
O equilíbrio químico é formulado para uma rea- campo gravitacional, da tensão superficial, do po-
ção simples, considerando que todos os componentes tencial elétrico, assim como o conceito de estados
da reação se comportam como gases ideais. Estas con- metaestáveis.
siderações levam à equação de equilíbrio que relacio- • Entender que o equilíbrio químico foi apresentado
na as frações molares dos componentes, a pressão e a para misturas de gases ideais.
constante da reação. A constante da reação depende • Interpretar o significado da variação da função de
da variação da função de Gibbs de reagentes para pro- Gibbs devida à reação química.
dutos na temperatura da reação, T. A composição da • Reconhecer quando a pressão absoluta influi sobre a
mistura no equilíbrio varia com as alterações da T e composição da mistura no equilíbrio.
da P na mistura, conforme sua sensibilidade a T e P. • Interpretar a conexão que existe entre a reação e a
Se a constante de equilíbrio da reação é muito grande, constante de equilíbrio.
a reação é deslocada para a direita e se a constante de • Compreender que todas as espécies que participam
equilíbrio é muito pequena, a reação é deslocada para da mistura influem na composição no estado de
a esquerda. Mostramos como as reações elementares equilíbrio.
podem ser usadas em combinações lineares e como • Reconhecer que a diluição altera a composição da
encontrar a constante de equilíbrio. mistura no equilíbrio.
Na maioria das aplicações reais de interesse, há • Mostrar que existe uma relação entre o equilíbrio
reações múltiplas e o equilíbrio é atingido simultane- químico e primeira lei da termodinâmica.
amente por todos os componentes da mistura. As es- • Reconhecer que a maioria dos problemas que envol-
pécies presentes na mistura que não participam das vem o equilíbrio precisa ser resolvida com processos
reações químicas, os diluentes, provocam a diminui- iterativos.
ção das frações molares dos outros componentes da • Incluir o processo de dissociação nas análises dos
mistura. Como último exemplo de processo com ocor- processos de combustão.
rência de reação, mostramos o processo de ionização, • Calcular o equilíbrio em misturas com várias rea-
em que um ou mais elétrons são removidos do átomo. ções químicas simultâneas.
Nas seções finais, mostramos reações especiais • Entender que gás de síntese pode ser formado a par-
que fazem parte do processo de gaseificação de car- tir de um combustível.
vão, do qual faz parte a produção de combustíveis • Identificar a ocorrência de processos de ionização e
sintéticos e hidrogênio. Em temperaturas mais altas, avaliar suas consequências.
a ionização é importante e é apresentada como sendo • Compreender que poluentes como o NO x são forma-
semelhante à dissociação na maneira como as reações dos em processos de combustão.
problemas conceituais
16.1 A utilização do conceito de equilíbrio está limi- 16.10 Se uma reação não é afetada pela pressão, mos-
tada à termodinâmica? tre que ela também não é afetada pelos efeitos
16.2 Como a função de Gibbs varia com o título quan- de diluição numa dada T.
do se passa de líquido para vapor? 16.11 Um gás inerte é adicionado (diluição) numa
16.3 Qual é a diferença entre um processo de equilí- reação sensível à variação de pressão; como a
brio químico e um processo de combustão? reação se desloca?
16.12 Num processo de combustão, a temperatura
16.4 A pressão e a temperatura devem apresentar
adiabática de chama é afetada pelas reações?
valores fixos para a obtenção do equilíbrio quí-
mico? 16.13 No equilíbrio, a função de Gibbs dos reagentes
e produtos é a mesma; e a energia?
16.5 A variação da função de Gibbs ∆G 0 de uma rea-
ção química é função de qual propriedade? 16.14 O processo de dissociação requer energia ou li-
bera energia?
16.6 A T dos produtos de combustão gerados num
queimador com fluxo estacionário não é con- 16.15 Considere uma mistura de gases ideais no equilí-
brio. Observe que a composição da mistura varia
trolada. Quais são as propriedades controladas
com a temperatura. Qual é o comportamento dos
nesse caso?
calores específicos da mistura se ocorrer uma al-
16.7 Quais são as propriedades constantes nos expe- teração na temperatura da mistura? O que ocor-
rimentos realizados em bombas calorimétricas re se eu alterar o valor da pressão na mistura?
que apresentam volume interno fixo? 16.16 Determine o valor de K para a reação gás–vapor
16.8 A variação da pressão influi sobre a dissociação d’água descrita no Exemplo 16.4 a 1200 K.
da água? 16.17 O que aconteceria com as concentrações das es-
16.9 A 298 K, K = exp(−184) para a reação de disso- pécies monoatômicas, como O e N, se a pressão
ciação da água. Em que isso implica? fosse mais alta na Figura 16.11?
16.19 Considere um poço de gás com 2 km de profun- 16.29 Considere que um gás diatômico, como o O2 e o
didade, que contém uma mistura de metano e N2, dissocie-se a uma pressão diferente de P0.
etano numa temperatura uniforme de 30 °C. No Determine uma expressão para a fração do gás
topo do poço, a pressão é 14 MPa e a composição original que se dissocia a uma temperatura T,
molar é 90% de metano e 10% de etano. Do topo admitindo equilíbrio.
ao fundo, existe equilíbrio, com dG + gdZ = 0, 16.30 Considere a dissociação do oxigênio, O2 2 O,
e a hipótese de gás ideal deve ser adotada, de que se inicia com 1 kmol de oxigênio a 298 K
modo que a Equação 16.10 se aplica. Determine sendo aquecido à pressão constante de 100 kPa.
a pressão e a composição no fundo do poço. Em que temperatura a fração de oxigênio atô-
16.20 Um tanque fechado contém água líquida em mico atinge 10%?
equilíbrio com ar úmido a 20 oC e 100 kPa. De- 16.31 Refaça o problema 16.30, mas parta de 1 kmol
termine a pressão de vapor da água e a pressão de oxigênio e 1 kmol de hélio a 298 K, 100 kPa.
parcial do vapor de água. 16.32 Determine a constante de equilíbrio da reação
16.21 Desenvolva a expressão para a pressão na su- 2 CO2 2 CO + O2 a 3000 K empregando va-
perfície inferior de um poço d’água profundo lores da Tabela A.9 e comparando o resultado
em função da compressibilidade isotérmica, βT. com o obtido da Tabela A.11.
Utilize hipóteses iguais àquelas empregadas na 16.33 Hidrogênio gasoso, nas condições do ambiente,
obtenção da Equação d do Exemplo 16.1. Para é aquecido até 4000 K e 500 kPa, estado esse
a água líquida a 20 °C, sabemos que βT = 0,0005 em que há dissociação parcial da espécie diatô-
[1/MPa]. Com a expressão obtida, estime a pres-
mica para a forma monoatômica. Determine a
são num ponto situado a 3 km abaixo da super-
composição de equilíbrio nesse estado.
fície livre do Oceano Pacífico.
16.34 Oxigênio puro é aquecido de 25 °C a 3200 K
em regime permanente e à pressão constante
Equilíbrio Químico e Constante de Equilíbrio de 200 kPa. Determine a composição no estado
16.22 Quais das reações listadas na Tabela A.11 são final e o calor transferido no processo de aque-
sensíveis a variações de pressão? cimento.
16.23 Calcule a constante de equilíbrio para a reação 16.35 Nitrogênio gasoso, N2, é aquecido até atingir o
O2 2 O nas temperaturas de 298 K e 6000 K. estado em que a temperatura e a pressão são
Compare seu resultado com o apresentado na iguais a 4000 K e 10 kPa. Determine a fração
Tabela A.11. do N2 que está dissociada na forma de N nesse
16.24 Calcule a constante de equilíbrio para a reação estado.
H 2 2 H a 2000 K utilizando as propriedades 16.36 Determine a constante de equilíbrio da reação
apresentadas na Tabela A.9. Compare seu resul- CO+1/2 O2 CO2 a 2200 K empregando a Tabe-
tado com o apresentado na Tabela A.11. la A.11.
16.25 Desenvolva uma expressão matemática K (T) 16.37 Determine a constante de equilíbrio da reação
para a constante de equilíbrio da reação O2 2 2 NO + O2 2 NO2 a partir das reações ele-
O válida para temperaturas próximas a 2000 K. mentares presentes na Tabela A.11. Qual desses
Admita que os calores específicos do O2 e do óxidos de nitrogênio, NO ou NO2, é mais estável
O sejam constantes. Utilize os valores das pro- nas condições do ambiente? E a 2000 K?
priedades indicados na Tabela A.9 e as Equa- 16.38 Uma mistura de um kmol de argônio com um
ções 16.12 e 16.15 para o desenvolvimento da kmol de O2 é aquecida até atingir o equilíbrio a
equação procurada. 3200 K e à pressão constante de 100 kPa. Deter-
16.26 Calcule K para a reação CO2 CO + 1/2 O2 a mine as frações molares de Ar, O2 e O.
3000 K utilizando a Tabela A.11. 16.39 Ar (79% nitrogênio e 21% oxigênio) é aquecido
16.27 Faça um gráfico, em escala, dos valores de ln K em à pressão constante de 100 kPa num processo
função de 1/T para a reação 2 CO2 2 CO + O2. em regime permanente e algum NO é formado
Obtenha uma equação para ln K em função de T. (desconsidere dissociações de N2 e O2). A que
16.28 Considere a reação 2 CO2 2 CO + O2 conse- temperatura a fração molar de NO será igual a
guida com o aquecimento de 1 kmol de dióxido 0,001?
de carbono até 3000 K. Calcule a constante de 16.40 Admitindo que as frações molares de equilíbrio
equilíbrio da reação a partir da variação da fun- do oxigênio e do nitrogênio sejam próximas às
ção de Gibbs e compare o valor calculado com o frações dessas substâncias presentes no ar, encon-
indicado na Tabela A.11. Qual é a fração molar tre a fração molar de equilíbrio do NO a 3000 K e
de CO a 3000 K, 100 kPa? 500 kPa, desconsiderando dissociações.
16.41 Os produtos da combustão do pentano, C5H12, a mistura produzida no processo seja composta
realizada com oxigênio puro e em proporção por H 2O, O2 e H 2, determine a composição da
estequiométrica, estão a 2400 K e 100 kPa. Ad- mistura no equilíbrio.
mitindo que a única dissociação existente seja 16.50 Hidrogênio e oxigênio puros, a P0 e T0 e na pro-
a do CO2, determine a fração molar de CO nos porção estequiométrica reagem completamente
produtos de combustão. para formar água. A temperatura adiabática de
16.42 Oxigênio puro é aquecido de 25 °C, 100 kPa até chama é igual a 4990 K em regime permanen-
3200 K num recipiente rígido (volume constan- te. Admitindo que a única dissociação presen-
te). Determine a pressão e a composição finais te no processo seja a da água em hidrogênio e
e o calor transferido no processo. oxigênio, mostre como se determina a tempe-
16.43 Benzeno, C6H6, é queimado com ar estequio- ratura adiabática de chama nessas condições.
métrico a 80 kPa. Considerando uma pequena Desconsidere todas as outras reações (dissocia-
perda de calor, a temperatura dos produtos de ções) possíveis e mostre a(s) equação(ões) que
combustão atinge 2400 K. Considere a dissocia- deve(m) ser resolvida(s).
ção de CO2 em CO e O2 como o único processo 16.51 A equação de van’t Hoff
de equilíbrio possível. Determine a fração de 0
CO2 que é dissociada. ΔH
d lnK = dT
RT
2 p0
16.44 Uma mistura com 1 kmol de dióxido de carbo-
no, 2 kmol de monóxido de carbono e 2 kmol relaciona a constante de equilíbrio K com a en-
de oxigênio a 25 °C e 150 kPa é aquecida, num talpia de reação ∆H0. Utilize o valor de K para
processo a pressão constante e em regime per- a dissociação de hidrogênio a 2000 K apresen-
manente, até 3000 K. Determine a composição tado na Tabela A.11 e o valor de ∆H0 a 2000 K,
da mistura na seção de saída do aquecedor, ad-
calculado a partir das informações contidas na
mitindo que ela seja composta pelas mesmas
Tabela A.9, para avaliar a constante de equilí-
substâncias da alimentação em equilíbrio.
brio dessa dissociação a 2400 K.
16.45 Considere a combustão de CH4 com O2 forman-
16.52 Considere a reação gás–vapor d’água indicada
do CO2 e H 2O. Determine a constante de equi-
do Exemplo 16.4. Determine a constante
líbrio da reação a 1000 K. Admita que o calor
de equilíbrio da reação a 500, 1000, 1200 e
específico médio do combustível Cp seja igual a
1400 K. O que você pode concluir com base nos
52 kJ/kmol K e utilize as propriedades indica-
das na Tabela A.9 para os outros componentes. seus resultados?
16.46 Repita o problema 16.44 incluindo 2 kmol de ni- 16.53 Um conjunto cilindro–pistão contém uma
trogênio na mistura inicial. Admita que o nitro- mistura composta por 0,1 kmol de hidrogênio
gênio não se dissocie no processo. e 0,1 kmol de argônio a 25 °C e 200 kPa. A mis-
tura é aquecida a pressão constante até que a
16.47 Uma mistura, que escoa com 2 kmol/s de CO2,
fração de hidrogênio atômico H atinja 10%. De-
1 kmol/s de argônio e 1 kmol/s de CO a 298 K,
termine a temperatura final e a transferência de
é aquecida até 3000 K a 100 kPa (pressão cons-
calor necessária.
tante). Admita que o único processo de equi-
líbrio a ser considerado seja a dissociação do 16.54 Um tanque contém uma mistura composta por
CO2. Determine a composição de equilíbrio na 0,1 kmol de hidrogênio e 0,1 kmol de argônio.
saída e a taxa de transferência de calor. Inicialmente, a temperatura e a pressão são
16.48 Geradores de gás catalíticos são frequentemen- iguais a 25 °C e 200 kPa. A mistura é aquecida,
te utilizados para decompor um líquido e, as- num processo a volume constante, até que a fra-
sim, fornecer certa mistura de gases (utilizados ção de hidrogênio atômico atinja 10%. Determi-
em sistemas de controle de naves espaciais, re- ne a T final desse processo.
serva de gás em células de combustíveis etc.). 16.55 Uma mistura composta por 1 kmol de CO, 1 kmol
Considere um gerador de gás que é alimentado de N2 e 1 kmol de O2 é aquecida num processo
com hidrazina líquida pura, N2H4 ,e que descar- em regime estacionário a pressão constante. É
rega uma mistura de N2 , H 2 e NH3 em equilíbrio possível admitir que a mistura, na seção de des-
a 100 °C, 350 kPa. Calcule a composição molar carga do aquecedor, esteja em equilíbrio quími-
dessa mistura. co e que apresente os seguintes componentes:
16.49 Os produtos de combustão de hidrogênio com CO2, CO, O2 e N2. Sabendo que a fração molar de
oxigênio puro apresentam temperatura e pres- CO2 na seção de descarga é igual a 0,176, deter-
são iguais a 3800 K e 50 kPa. Considerando que mine o calor transferido no processo.
16.56 Um combustível líquido pode ser produzido a 16.63 Metano a 25 °C e 100 kPa é queimado com 200%
partir de um combustível mais leve num reator de oxigênio teórico a 400 K e 100 kPa, num pro-
catalítico, de acordo com a seguinte reação: cesso adiabático a pressão constante e em regi-
C2H4 + H 2O C2H5OH me permanente. Admitindo que a única reação
de dissociação significativa nos produtos seja
Mostre que a 700 K a constante de equilíbrio é tal
aquela do CO2 passando para CO e O2, deter-
que ln K = –6,691. Empregue Cp = 63 kJ/mol K
mine a composição de equilíbrio dos produtos e
para o etileno e Cp = 115 kJ/kmol K para o eta- também a temperatura na seção de descarga da
nol a 500 K. câmara.
16.57 Uma etapa na produção de um combustível lí- 16.64 Calcule a irreversibilidade para o processo de
quido sintético a partir de matéria orgânica combustão adiabática descrito no problema an-
residual é a seguinte: um reator catalítico é terior.
alimentado com 1 kmol de gás etileno (ob-
16.65 Um aquecedor é alimentado com 1 kmol/s de
tido a partir dos resíduos) a 25 °C, 5 MPa e
CO2 e 1 kmol/s de H 2 a temperatura ambiente
com 2 kmol de vapor d'água a 300 °C e 5 MPa.
e 200 kPa e descarrega uma mistura a 1200 K e
O reator descarrega uma mistura gasosa (gás
200 kPa. Utilizando a reação gás–vapor d’água 3,
ideal) de etanol, etileno e água a 700 K e 5 MPa
determine a fração molar de CO na seção de
em equilíbrio (veja o problema anterior). Deter- descarga do aquecedor. Despreze as dissocia-
mine a composição da mistura e o calor transfe- ções do H 2 e do O2.
rido para o reator.
16.66 Alguns metais do grupo das terras raras, M,
16.58 Um recipiente rígido contém, inicialmente, uma apresentam a capacidade de reagir com hidro-
mistura de 2 kmol de CO e 2 kmol de O2 a 25 °C gênio. Assim, são formados os hidretos, MH x,
e 100 kPa. A mistura é, então, aquecida até que em reações que são exotérmicas. O hidrogênio
a temperatura atinja 3000 K. Admitindo que a pode ser removido dos MH x num processo in-
mistura no estado final esteja no equilíbrio e verso por aquecimento. Nessa última reação,
que seja composta por CO2, CO e O2, determi- só o hidrogênio está na fase gasosa e, então, o
ne a pressão e a composição no estado final e a nosso desenvolvimento para a determinação da
transferência de calor para o processo. condição de equilíbrio não é apropriado. Mos-
16.59 Utilize as informações do Problema 16.81 para tre que a expressão adequada para a reação de
estimar a entalpia de reação, ∆H0, a 700 K, utili- retirada do hidrogênio do MH x não é a Equação
zando a Equação de van’t Hoff (veja o Problema 16.14, mas sim
16.51). Utilize diferenças finitas para cálculo ⎛ PH ⎞ ΔG 0
2
das derivadas. ln ⎜ ⎟=
⎜⎝ P ⎟⎠ RT
16.60 Um queimador é alimentado com gás acetileno a 0
25 °C e com 140% de ar teórico a 25 °C, 100 kPa quando a reação é referenciada a 1 kmol de H 2.
e 80% de umidade relativa. Os produtos de com-
bustão estão em equilíbrio químico a 2200 K, Reações Simultâneas
100 kPa e apresentam os seguintes componentes: 16.67 Para o processo do Problema 16.47, a dissocia-
CO2, H2O, NO, O2 e N2. Essa mistura é então res- ção do oxigênio também deveria ter sido con-
friada até 1000 K muito rapidamente, de forma siderada? Apresente uma resposta verbal, mas
que a composição não sofre alteração. Determine com base em número(s).
a fração molar de NO nos produtos de combustão 16.68 Que outras reações deveriam ser consideradas
e o calor transferido no processo global. no Problema 16.50 e quais componentes estarão
16.61 Uma etapa importante na produção de fertili- presentes na mistura final?
zante químico é a produção de amônia de acor- 16.69 Etano é queimado com 150% de ar teórico na
do com a reação câmara de combustão de uma turbina a gás.
N2 + 3 H 2 2 NH3 Os componentes dos produtos de combustão,
na seção de saída da câmara, são: CO2, H 2O,
Mostre que a constante de equilíbrio dessa rea-
O2, N2 e NO. Sabendo que nessa seção a tem-
ção a 150 °C vale 6,202.
peratura é 1800 K e a pressão é igual a 1 MPa,
16.62 Considere a reação do problema anterior em determine a fração molar de NO nos produtos
equilíbrio a 150 °C e 5 MPa. Para uma compo- em equilíbrio. É razoável ignorar a presença do
sição inicial de 25% de nitrogênio e 75% de hi- CO nos produtos?
drogênio, em base molar, calcule a composição __
de equilíbrio. 3
Descrita no Exemplo 16.4 (N.T.).
que é a soma das Equações 16.32 e 16.33. Se a o plasma nessa condição consista numa mistura
constante de equilíbrio K vale 2,679, determine em equilíbrio de e−, Ar, Ar+ e Ar++ e que esteja de
a composição da mistura. acordo com as seguintes reações simultâneas:
16.84 Considere o processo simplificado para a pro- 1) Ar Ar+ + e−
dução de um combustível sintético (metanol) a 2) Ar+ Ar++ + e−
partir de carvão: uma mistura gasosa (50% CO e As constantes de equilíbrio das ionizações para
50% de H2, frações molares) deixa um gaseifica- essas reações a 20 000 K foram calculadas a
dor de carvão a 500 K, 1 MPa e alimenta um con- partir de dados espectroscópicos, sendo: ln K1
versor catalítico. O conversor descarrega uma = 3,11 e ln K2 = −4,92. Determine a composição
mistura gasosa de metanol, CO e H2 em equilí- de equilíbrio do plasma.
brio segundo a reação CO + 2 H2 CH3OH, e 16.89 As reações de ionização do argônio e do nitro-
nas mesmas temperatura e pressão da seção de gênio atômico a 10 000 K são
alimentação. Nessa condição ln K = –5,119. 1) Ar Ar+ + e− e
a) Determine a composição de equilíbrio da 2) N N+ + e−
mistura que deixa o conversor. As constantes de equilíbrio das reações 1 e 2 a
b) Seria mais interessante operar o conversor à 10 000 K são: K1 = 4,2 × 10−4 e K2 = 6,3 × 10−4.
pressão ambiente? Determine a composição da mistura a 10 000 K
e 10 kPa sabendo que, inicialmente, a mistura
Ionização era formada por 1 kmol de Ar e 0,5 kmol de N2.
16.85 A reação de ionização do argônio a 10 000 K 16.90 Obtenha valores de composição de equilíbrio do
é Ar Ar+ + e−. Sabendo que a constante de nitrogênio a 10 kPa (supor que estão presentes
equilíbrio dessa reação a 10 000 K é K = 4,2 e−, N2 , N, N+ ) para a temperatura variando de
× 10−4, determine a pressão da mistura para que 5000 K a 15 000 K. As seguintes constantes de
a fração molar de íons de argônio seja 10%. equilíbrio para a reação N N+ + e− foram cal-
16.86 Repita o problema anterior considerando que o culadas a partir de dados espectroscópicos.
argônio corresponde a 1% de uma mistura ga-
T[K] 10 000 12 000 14 000 16 000
sosa. Desconsidere qualquer outra reação dos
outros gases e encontre a pressão que resultará 100 K 6,26 x 10–2 1,51 15,1 92
numa fração molar de Ar+ igual a 0,1%.
16.87 A operação de um conversor MHD requer um gás
Aplicações
eletricamente condutor (veja a Figura P16.87).
Propõe-se utilizar gás hélio “semeado” com 16.91 As três reações do mecanismo de Zeldovich são
1,0 mol por cento de césio. O césio é parcialmen- sensíveis à pressão tendo em vista as condições
te ionizado (Cs Cs + + e−) pelo aquecimento de equilíbrio?
da mistura, num reator nuclear, até 1800 K e 16.92 Considere ar a 3000 K e 1 MPa. Determine a
1 MPa (a fim de prover os elétrons livres). Não constante de tempo para a formação de NO. Re-
há ionização de hélio nesse processo e, portan- pita seus cálculos para 2000 K e 800 kPa.
to, a mistura que entra no conversor consiste 16.93 Considere ar a 2600 K e 1 MPa. Determine a
em e−, He, Cs e Cs +. Determine a fração molar concentração de equilíbrio de NO sem conside-
de elétrons na mistura a 1800 K, condição em rar as dissociações do oxigênio e do nitrogênio.
que lnK = 1,402 para a reação de ionização do 16.94 Refaça o problema anterior, mas agora conside-
césio. re as dissociações do oxigênio e do nitrogênio.
Potência 16.95 Calcule a constante de equilíbrio para a primei-
elétrica
ra reação do mecanismo de Zeldovich a 2600 K
e 500 kPa. Observe que ela não está relacionada
T = 1800 K na Tabela A.11.
P = 1 MPa
16.96 Determine a constante de equilíbrio para a rea-
Reator Conversor
99% He nuclear MHD ção 2 NO + O2 2 NO2 a partir das reações
1% Cs elementares da Tabela A.11 e responda as se-
Mistura
(He, Cs, Cs+, e –)
guintes questões. Que óxido de nitrogênio, NO
ou NO2, é mais estável a 25 °C, 100 kPa? Em que
Figura P16.87 T temos iguais quantidades de ambos?
16.88 Um kmol de argônio, a temperatura ambiente, é 16.97 Se o ar a 300 K é levado a 2600 K, 1 MPa instanta-
aquecido até 20 000 K a 100 kPa. Suponha que neamente, determine a taxa de formação de NO.
16.98 Estime a concentração de átomos de oxigênio no ser expressa por meio das relações fornecidas
ar a 3000 K, 100 kPa e 0,0001 kPa. Compare seu pelas Equações 14.18 e 14.19.
resultado com aquele obtido da Figura 16.11. 16.104 Refaça o Problema 16.21 utilizando os diagra-
16.99 Em que faixa aproximada de temperatura o ar mas generalizados em vez da hipótese de gás
se torna um plasma? ideal.
16.105 Determine a constante de equilíbrio para a
Problemas para Revisão Equação 16.33 a 600 K (veja o Problema 16.79).
16.100 Metano líquido saturado a 115 K é queimado 16.106 Uma câmara de combustão é alimentada com
com excesso de ar para manter a temperatura 1 kmol de oxigênio líquido a 93 K e x kmol de hi-
adiabática de chama igual a 1600 K no teste de drogênio gasoso a 25 °C. Sabemos que x é maior
um queimador de uma turbina a gás. Admitindo que 2, de modo que a reação ocorre com exces-
que os componentes dos produtos de combus- so de hidrogênio. São perdidos para o ambien-
tão sejam CO2, H 2O, N2, O2 e NO em equilíbrio, te 1000 kJ de calor por kmol de reagentes. Na
determine o excesso de ar utilizado na combus- saída os produtos são H 2O, H 2 e O em equilíbrio
tão e a percentagem de NO nos produtos. químico a 3800 K e 400 kPa.
16.101 Determine a constante de equilíbrio para a rea- a) Determine a composição dos produtos na se-
ção do Problema 16.83. ção de saída da câmara e o valor de x.
b) Será que é possível existir outro(s) compo-
16.102 Uma unidade de aquecimento de ambientes lo- nente(s) nos produtos de combustão? Justifi-
calizada no Alasca utiliza propano como com- que sua resposta.
bustível. As temperaturas do propano e do ar
16.107 Ar seco a 25 °C e 100 kPa é aquecido até 4000 K
nas seções de alimentação da câmara de com-
num processo isobárico e em regime permanen-
bustão da unidade são iguais a −44 °C. O siste-
te. Relacione as possíveis dissociações presen-
ma de combustão da unidade está com defeito e
tes nesse processo e determine a composição
o processo de combustão ocorre com 90% do ar
no equilíbrio. Determine a transferência de ca-
teórico, resultando num processo de combustão
lor necessária ao processo.
incompleta. A temperatura na seção de descar-
ga da câmara é igual a 1000 K e os produtos des- 16.108 Butano líquido saturado (utilize os diagramas
sa combustão são CO2, CO, H 2O, H 2 e N2. Deter- generalizados) é introduzido a 25 °C em uma câ-
mine a composição da mistura gasosa na seção mara de combustão termicamente isolada, onde
de descarga da câmara. Dica: utilize a reação de é queimado com oxigênio em excesso (a vazão
gás–vapor d’água descrita no Exemplo 16.4. de oxigênio é igual a x vezes a vazão teórica). O
oxigênio é introduzido à mesma pressão e tempe-
16.103 Derive a equação de van’t Hoff mostrada no ratura do butano. A combustão ocorre a pressão
Problema 16.51 utilizando as Equações 16.12 e constante e os gases saem a 3400 K. Admitindo
16.15. Observe que para cada um dos compo- equilíbrio químico entre os produtos na mistura
nentes da mistura, d(g– /T) a P0 constante pode gasosa, que inclui CO, qual é o valor de x?
16.113 É possível produzir vários combustíveis a partir 16.116 Motores de combustão interna e centrais termo-
de rejeitos orgânicos (veja o Problema 16.57). elétricas podem apresentar temperaturas de pico
Estude o assunto e faça uma relação dos produ- de combustão bastante altas, possibilitando, desse
tos que podem ser obtidos. Identifique em que modo, a produção de NO. A concentração de NO
condições eles são obtidos em concentrações na condição de temperatura máxima é congelada
desejáveis. durante o processo de expansão no cilindro e, as-
16.114 Os hidretos mencionados no Problema 16.66 sim, a concentração de NO nos gases de exaustão
podem armazenar grandes quantidades de hi- é muito maior que a de equilíbrio naquela tempe-
drogênio, mas calor deve ser fornecido quando ratura. Estude a relação entre a concentração de
o hidrogênio é liberado. Procure na literatura equilíbrio de NO formado durante a combustão
informações sobre as quantidades de calor re- adiabática de CH4 com ar (à temperatura T0) em
queridas nesse processo. diferentes proporções de alimentação.
16.115 Os hidretos mencionados no Problema 16.66 16.117 A adição de excesso de ar, ou injeção de vapor
podem ser utilizados como bombas químicas de d’água, é normalmente utilizada para diminuir
calor, pois as reações de absorção e remoção de a temperatura máxima das chamas e assim li-
hidrogênio ocorrem em temperaturas bastante mitando a formação de óxidos de nitrogênio.
diferentes. Para alguns hidretos, essas tempe- Estude a adição de vapor d’água na câmara
raturas são baixas o suficiente para utilização de combustão de gás natural utilizada no ciclo
em bombas de calor, refrigeradores e sistemas Cheng (veja o Problema 13.140). Admita que o
de ar condicionado. Procure na literatura por vapor seja injetado à montante da chama. Como
essas possíveis aplicações e apresente algumas isso afeta a temperatura máxima da chama e a
de suas condições operacionais. concentração de NO?
17
Escoamento
Compressível
Estado de estagnação
ic a
p
isoentrópica
tró
1,3956
en
iso
1,1146
na
ag
e Pressão real = P
st
2 de
V sã
o
es
2 Pr
Estado real
Figura 17.1
Diagrama entalpia–entropia ilustrando a definição do estado de
estagnação.
∑ Fy = ∑ m& s ( Vs )y − ∑ m& e ( Ve )y (17.9)
∑ Fx = m& ⎡⎣( Vs )x − ( Ve )x ⎤⎦ (17.11)
Exemplo 17.2
Um homem está empurrando um carrinho de mão Entretanto, para esse observador existe uma va-
(Figura 17.3), sobre um piso plano, no qual cai riação da quantidade de movimento no interior do
1 kg/s de areia. O homem está andando com velo- volume de controle, ou seja
cidade de 1 m/s e a areia tem uma velocidade de
10 m/s ao cair no interior do carrinho. Determine
a força que o homem precisa exercer no carrinho
(
d mVx )v.c.
∑ Fx = dt
= (1 m/s) × (1 kg/s) = 1 N
de mão e a reação do solo sobre o carrinho devida
à queda da areia.
Consideremos, a seguir, a direção vertical (y).
Análise e Solução:
Considere uma superfície de controle em torno do
carrinho. Utilizando a Equação 17.4, referente à di- (
d mVy ) v.c. & s Vs
reção x, temos:
∑ Fy = dt
+∑m ( )y −∑ m& e ( Ve )y
(
d mVx )v.c. & s Vs Para os dois observadores, o fixo e o móvel, o pri-
∑ Fx = dt
+∑m ( )x −∑ m& e ( Ve )x
meiro termo desaparece, porque Vy da massa no
volume de controle é zero. Entretanto, para a mas-
sa que cruza a superfície de controle, Vy = 10 m/s e
Analisemos esse problema do ponto de vista de um
m· = – 1 kg/s. Assim,
observador solidário ao carrinho. Para esse obser-
vador, Vx do material no carrinho é constante e
Fy = (10 m/s) × (– 1 kg/s) = – 10 N
igual a zero. Portanto,
O sinal negativo indica que o sentido da força é
(
d mVx )v.c. oposto ao sentido de Vy.
=0
dt
Entretanto, para esse observador, a areia que cru- Areia: Vy = 10 m/s
za a superfície de controle apresenta um compo- m· = 1 kg/s
nente de velocidade x igual a –1 m/s, e o fluxo de
massa que deixa o volume de controle, m·, é igual a Vx = 1 m/s
–1 kg/s. Assim,
Fx = (1 kg/s) × (1 m/s) = 1 N
Fx
Se considerarmos o ponto de vista de um observa-
dor estacionado na superfície da terra, concluímos
que Vx da areia é zero. Portanto,
–Fy
∑ Fy = ⎡⎣( Pe − P0 ) Ae ⎤⎦ y + ⎡⎣( Ps − P0 ) As ⎤⎦ y + Ry (17.14) Uma equação semelhante poderia ser escrita para
a direção z. Essas equações são muito úteis pois per-
mitem determinar as forças que estão envolvidas num
Note que é necessário empregar, em todos os cál- processo que está sendo analisado num volume de
culos, o sinal adequado para cada pressão e força. controle.
Exemplo 17.3
Um motor a jato está sendo testado numa bancada entra no compressor a 95 kPa e 100 m/s. A pressão
de ensaio (Figura 17.5). A área da seção de ali- atmosférica é 100 kPa. A área da seção de descarga
mentação do compressor é igual a 0,2 m 2 e o ar do motor é igual a 0,1 m 2 e os produtos de combus-
tão deixam essa seção à pressão de 125 kPa e com Análise e Solução:
velocidade de 450 m/s. A relação ar–combustível é Vamos admitir que as forças e velocidades sejam
50 kg ar/kg combustível, e o combustível entra no positivas quando apontam para a direita. Utilizan-
motor a baixa velocidade. A vazão de ar que entra do a Equação 17.16
no motor é de 20 kg/s. Determine o empuxo R x so-
bre o motor. Rx + ⎡⎣ Pe − P0 Ae ⎤⎦ + ⎡⎣ Ps − P0 As ⎤⎦
( ) ( )
x x
Combustível 0,4 kg/s
= m ( & e Ve
& s Vs − m )x
Ae = 0,2 m2 As = 0,1 m2
Ve = 100 m/s Vs = 450 m/s
Ps = 125 kPa
Rx + [(95 − 100) × 0,2] − [(125 − 100) × 0,1]
Pe = 95 kPa
m· s = 20,4 kg/s
20,4 × 450 − 20 × 100
m· e = 20 kg/s =
1000
Rx = 10,68 kN
Rx
Figura 17.5 Observe que a quantidade de movimento do com-
Esboço para o Exemplo 17.3. bustível que entra no motor foi desprezada.
17.4 ESCOAMENTO ou
Ae Vs
UNIDIMENSIONAL, = (17.17)
As Ve
ADIABÁTICO E EM REGIME
PERMANENTE DE UM FLUIDO A primeira lei da termodinâmica para esse pro-
INCOMPRESSÍVEL NUM BOCAL cesso é
Vs2 − Ve2
(
v Ps − Pe + ) 2
(
+ Zs − Ze g = 0 ) (17.21)
Te
Ts
Pe Ps
Ve Essa é a equação de Bernoulli (que foi deduzida na
Vs
Seção 9.3, Equação 9.17). Para o escoamento adiabáti-
co, reversível, unidimensional e em regime permanen-
te de um fluido incompressível num bocal, a equação
Figura 17.6 de Bernoulli representa uma combinação da primeira
Esquema de um bocal. com a segunda lei da termodinâmica.
Exemplo 17.4
Água entra no difusor de uma bomba com veloci- A seguir, consideraremos uma superfície de con-
dade de 30 m/s, pressão de 350 kPa e temperatura trole em torno do difusor real. Para esse processo,
de 25 °C. O fluido deixa o difusor com velocidade a variação de entalpia pode ser determinada pela
de 7 m/s e pressão de 600 kPa. Determine a pres- primeira lei, Equação 17.18,
são na seção de saída de um difusor reversível que V 2 − Vs2 (30)2 − (7)2
é alimentado com água nas condições de entrada hs − he = e = = 0,4255 kJ/kg
2 2 × 1000
fornecidas e que apresenta a velocidade de saída
indicada acima. Determine o aumento da entalpia,
A variação da energia interna pode ser determina-
energia interna e entropia para o difusor real.
da a partir da definição de entalpia.
Análise e Solução: h s – h e = (u s – u e) + (Psvs – Pe ve)
Inicialmente, consideremos uma superfície de con-
trole em torno do bocal reversível, com as condi- Assim, para um fluido incompressível,
ções de entrada e a velocidade de saída dadas. A u s – u e = h s – h e – v(Ps – Pe)
equação de Bernoulli, Equação 17.21, é uma com- = 0,4255 – 0,001003(600 – 350) = 0,17475 kJ/kg
binação da primeira com a segunda lei da termodi-
A variação de entropia pode ser calculada, aproxi-
nâmica para esse processo.
madamente, a partir da relação
Como não há variação de energia potencial, essa
equação fica reduzida a Tds = du + Pdv
V 2 − Ve2
v ⎡⎣ Ps iso − Pe ⎤⎦ + s
( ) =0 admitindo que a temperatura seja constante (o que
2 é aproximadamente correto nesse caso) e notando
que, para um fluido incompressível, dv = 0. Com
em que (Ps) iso representa a pressão de saída para essas hipóteses,
o escoamento no difusor reversível. Das tabelas us − ue 0,17475
de propriedades termodinâmicas da água, v = ss − se = = = 0,000586 kJ/kg K
0,001003 m3 /kg. T 298,2
(30)2 − (7)2
Ps, iso − Pe = = 424 kPa Note que ocorreu um aumento de entropia. Isso é
0,001003 × 2 × 1000 verdadeiro, pois o processo é adiabático e irrever-
Ps, iso − 774 kPa sível.
(a)
Propriedades do gás após Propriedades do gás antes
a passagem da onda da passagem da onda
P + dP P
dV c
ρ + dρ ρ
h + dh h
Frente da onda
(b)
P + dP P
ρ + dρ c – dV c ρ
h + dh h
Superfície de controle
Figura 17.7
Diagrama ilustrativo da velocidade do som. (a ) Observador imóvel; (b ) Observador
caminhando com a frente de onda.
⎛ ∂P ⎞ 2 kP
⎜⎝ ∂ρ ⎟⎠ = c (17.25) c2 = (17.27)
s ρ
Podemos também deduzir essa equação a partir Como para um gás ideal,
da equação de conservação da quantidade de movi-
mento. Para o volume de controle da Figura 17.7b, essa P
equação apresenta a forma: = RT
ρ
& − dV − c) = ρ Ac(c − dV − c)
PA − ( P + dP)A = m(c
essa equação também pode ser reescrita na forma
dP = ρcdV (17.26)
c2 = kRT (17.28)
Combinando essa equação com a Equação 17.23,
obtemos a Equação 17.25, ou seja,
⎛ ∂P ⎞ 2
⎜⎝ ∂ρ ⎟⎠ = c
s
Exemplo 17.5
Primeira lei
Questões Conceituais
dh + V dV = 0 (17.30)
a. A temperatura de estagnação é sempre maior
que a do escoamento livre? Por quê?
Relação de propriedades:
b. Examinando a Equação 17.25, classifique por
ordem de magnitude a velocidade do som para
um sólido, um líquido e um gás. dP
Tds = dh − =0 (17.31)
c. A velocidade do som em um gás ideal depende ρ
da pressão? E em um gás real?
Equação da continuidade:
dA ⎛ dρ dV ⎞ dρ ⎛ dP ⎞ 1
= ⎜− − ⎟ =− ⎜⎝ ⎟⎠ + dP
A ⎝ ρ V ⎠ ρ dP ρV 2
P P + dP −dP ⎛ dρ 1 ⎞ dP ⎛ 1 1 ⎞
V V + dV − 2⎟ = − + 2⎟
T T + dT = ⎜⎝ ⎜
ρ ρ + dρ ρ dP V ⎠ ρ ⎝ (dP/dρ ) V ⎠
Figura 17.8 dP V2
Escoamento adiabático, reversível, unidimensional e em regime = c2 =
permanente num bocal. dρ M2
k/(k−1)
P* ⎛ 2 ⎞
=⎜ ⎟ (17.38)
P0 ⎝ k + 1 ⎠
M<1 P Aumenta M>1 P Aumenta
Subsônico A Aumenta Supersônico A Diminui ρ* ⎛ 2 ⎞
1/(k−1)
=⎜ ⎟ (17.39)
ρ0 ⎝ k + 1 ⎠
(b)
tica, temperatura crítica e massa específica crítica. Já A relação das áreas, A/A*, pode ser obtida pela
as relações dadas pelas Equações 17.37, 17.38 e 17.39 divisão da Equação 17.42 pela Equação 17.41.
são chamadas de relação crítica de temperatura, de
pressão e de massa específica. A Tabela 17. 1 fornece 1 ⎡⎛ 2 ⎞ ⎛
(k+1)/2(k−1)
A k −1 2⎞ ⎤
essas relações para vários valores de k. = ⎢⎜ ⎟ ⎜1 + M ⎟⎥ (17.43)
A* M ⎣⎝ k + 1 ⎠ ⎝ 2 ⎠⎦
Tabela 17.1
Relações críticas de pressão, de massa específica e de temperatura A relação A/A* é a relação entre a área do ponto
para escoamentos isoentrópicos de gases ideais em que o número de Mach é M e a área da garganta, e
os valores de A/A*, em função do número de Mach, são
k = 1,1 k = 1,2 k = 1,3 k = 1,4 k = 1,67 dados na Tabela A.12 do Apêndice. A Figura 17. 10 mos-
P*/P0 0,5847 0,5644 0,5457 0,5283 0,4867 tra a variação de A/A* com o número de Mach. Note
r*/ r0 0,6139 0,6209 0,6276 0,6340 0,6497 que ela está de acordo com nossas conclusões prévias
T*/T0 0,9524 0,9091 0,8696 0,8333 0,7491 de um bocal subsônico ser convergente e um bocal su-
persônico ser divergente.
A última observação a ser feita acerca do escoa-
17.7 DESCARGA1 DE UM GÁS IDEAL mento isoentrópico de um gás ideal num bocal envolve
o efeito da variação da pressão à jusante da seção de
NUM BOCAL ISOENTRÓPICO saída do bocal sobre a descarga.
Vamos considerar agora a descarga por unidade Considere, inicialmente, um bocal convergente
de área 2 , m· /A, num bocal. Utilizando a equação da como o mostrado na Figura 17. 11. A figura também
continuidade, mostra a relação de pressões P/P0 ao longo do com-
primento do bocal. As condições à montante são as de
estagnação, que são admitidas constantes. A pressão
&
m PV kT0
= ρV = no plano de saída do bocal é designada PS e a pressão à
A RT kT0
PV k T0 1 A
= A*
kRT R T T0
4
PM k k −1
= 1+ M2 (17.40) 3
T0 R 2 k = 1,4
2
Combinando essa equação com as Equações 17.35
e 17.40, a descarga por unidade de área pode ser ex- 1
pressa em termos da pressão de estagnação, tempe-
ratura de estagnação, número de Mach e propriedade
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 M
dos gases.
Figura 17.10
&
m P0 k M Relação de áreas em função do número de Mach para um bocal
= × (k+1)/2(k−1)
(17.41) com escoamento adiabático e reversível.
A T0 R ⎛ k −1 2⎞
⎜⎝ 1 + M ⎟
⎠
2
V≈0
Na garganta, M = 1 e, portanto, a descarga por P0 PS PB
unidade da área na garganta, m· /A*, pode ser encontra- T0
da utilizando a Equação 17.41 para M = 1. Assim,
&
m P0 k M
= × (17.42) Válvula
∗ (k+1)/ 2(k−1) a
A T0 R ⎛ k + 1⎞ P b
––
⎜⎝ ⎟ P0 c
2 ⎠ d
__
1
Descarga e vazão mássica do escoamento através de um bocal ou Figura 17.11
difusor serão utilizados de forma indistinta neste capítulo (N. T.). Relação de pressão em função da pressão à jusante num bocal
2
Descarga por unidade de área é fluxo mássico (N. T.). convergente.
PS
m· ––
d c P0
b V≈0
1,0 a P0 PS PB
T0
b
d c Garganta
1,0 a
b
a c
P PB P
1,0 ––B 1,0 –– ––
P0 P0 P0
Figura 17.12 d
Descarga e pressão de saída em função da pressão à jusante para e
um bocal convergente.
Figura 17.13
Relação de pressão em função da pressão à jusante para um bocal
jusante é PB. Analisaremos como se comportam a des- convergente-divergente (escoamento reversível).
carga e a pressão de saída, PS /P0, quando a pressão à
jusante PB é diminuída. Esses valores estão indicados
na Figura 17.12. escoamento. Quando PB é reduzida até a pressão indi-
Quando PB /P0 = 1 certamente não existirá escoa- cada pelo ponto b, de forma que PB /P0 seja menor que
mento e PS /P0 = 1 como indicado pelo ponto a. Dei- 1, mas consideravelmente maior que a relação crítica
xemos que a pressão à jusante, PB, seja abaixada até de pressão, a velocidade aumenta na seção convergen-
o valor indicado pelo ponto b, de tal forma que PB /P0 te e M < 1 na garganta. Portanto, a parte divergente
seja maior que a relação de pressão crítica. A descarga atua como um difusor subsônico no qual a pressão au-
terá certo valor e PS = PB. O número de Mach na saída menta e a velocidade diminui. O ponto c indica a pres-
será menor do que 1. Deixemos que a pressão à jusan- são à jusante na qual M = 1 na garganta, mas a parte
te se reduza até a pressão crítica indicada pelo ponto divergente atua como um difusor subsônico (com M =
c. O número de Mach na saída agora é unitário e PS é 1 na entrada) no qual a pressão aumenta e a velocida-
igual a PB. Quando PB cai abaixo da pressão crítica, de diminui. O ponto d indica outra pressão à jusante
indicada pelo ponto d, não haverá portanto aumento que permite o escoamento isoentrópico e, nesse caso,
na descarga, e PS permanece constante, com um valor a parte divergente atua como um bocal supersônico,
igual ao da pressão crítica, e o número de Mach na com a diminuição de pressão e aumento da velocidade.
saída é unitário. A queda de pressão de PS a PB ocorre Entre as pressões à jusante indicadas pelos pontos c e
externamente ao bocal. Nessas condições, diz-se que d, uma solução isoentrópica não é possível e ocorrerão
o bocal está blocado, o que significa que, para as con- as ondas de choque. Esse assunto será discutido na
dições de estagnação dadas, está passando pelo bocal próxima seção. Quando a pressão à jusante é reduzida
a maior descarga possível. abaixo daquela designada pelo ponto d, a pressão no
Considere, a seguir, um bocal convergente-diver- plano de saída, PS, permanece constante e a queda de
gente com uma configuração similar (Figura 17.13). O pressão de PS a PB ocorre externamente ao bocal. Isso
ponto a indica a condição em que PB = P0 e não existe é indicado pelo ponto e.
Exemplo 17.6
A seção de saída de um bocal convergente apresenta Reduzindo a pressão à jusante, a descarga não au-
área igual a 500 mm2. Ar entra no bocal a 1000 kPa mentará. Para uma pressão à jusante de 528 kPa,
(pressão de estagnação) e a 360 K (temperatura T*
de estagnação). Determine a descarga para pres- = 0,8333 T* = 300 K
T0
sões à jusante de 800 kPa, 528 kPa e 300 kPa. Ad-
mita que o escoamento seja isoentrópico.
Na saída
V = c = kRT
Análise e Solução:
Vamos admitir que o k do ar seja igual a 1,4 e utili- = 1,4 × 0,287 × 300 × 1000 = 347,2 m/s
zaremos a Tabela A.12. A relação crítica de pressão P* 528
P*/P0 é 0,528. Assim, para uma pressão à jusante ρ* = = = 6,1324 kg/m 3
RT * 0,287 × 300
de 528 kPa, M = 1 na saída do bocal e o bocal está
blocado. & = ρ AV
m
No exemplo anterior, não existe uma solução (es- ondas de choque oblíquas externamente ao bocal. O
coamento) isoentrópica se a pressão à jusante estiver problema do choque normal será considerado na pró-
entre 936 kPa e 93,9 kPa. Se a pressão à jusante esti- xima seção.
ver nessa faixa, ocorrerá o choque normal no bocal ou
0y
mento:
P
2
b
y
A(Px – Py) = m· (Vy – Vx) (17.46) Vx2 a
––
2
Vamos utilizar esse exemplo para concluir a nos- difusor subsônico. Quando a pressão à jusante é ele-
sa discussão sobre o escoamento num bocal conver- vada de h para c, o choque se move mais a montante
gente–divergente. Por conveniência, a Figura 17.13 é e desaparece na garganta do bocal onde a pressão à
repetida aqui, na Figura 17.17, com a adição dos pontos jusante corresponde a c. Isso é razoável porque não
f, g e h. Considere o ponto d. Já havíamos observado existem velocidades supersônicas quando a pressão à
que, com essa pressão à jusante, a pressão no plano de jusante corresponde a c e, portanto, não é possível a
saída, PS, é igual à pressão à jusante PB e é mantido o ocorrência de ondas de choque.
escoamento isoentrópico no bocal. Façamos com que
a pressão à jusante seja elevada até a do ponto f. A
pressão PS, no plano de saída, não é influenciada por
esse aumento na pressão à jusante, e o aumento na
pressão de PS para PB ocorre fora do bocal. Façamos
PS PB
com que a pressão à jusante seja elevada até aquela
indicada pelo ponto g, que é o suficiente para provocar
a permanência de um choque normal no plano de saída
do bocal. A pressão no plano de saída PS (à jusante do a
1.0
choque) é igual à pressão à jusante, PB, e M < 1, na sa- b
c
ída do bocal. Esse é o caso do Exemplo 17.8. Façamos P h
––
agora com que a pressão à jusante possa ser elevada P0 g
f
até a correspondente ao ponto h. Quando a pressão d
à jusante é elevada de g para h, o choque normal se e
move para o interior do bocal do modo indicado. Como
Figura 17.17
M < 1 à jusante do choque normal, a porção divergente Relação de pressão em função da pressão à jusante para um bocal
do bocal, que está à jusante do choque, atua como um convergente–divergente (escoamento reversível).
Exemplo 17.9
Py Ty ( )
TS = 0,9771 T0 S = 0,9771(360) = 351,7 K
= 2,7202 = 0,9105
P0y T0y Ao considerarmos o choque normal, ignoramos a
influência da viscosidade e da condutibilidade tér-
Da hipótese do problema, mica sobre o processo. Isso, com certeza, não é uma
hipótese realista. Além disso, a espessura da onda
AS de choque real é finita. Entretanto, os resultados
= 2,0 que podem ser obtidos a partir do desenvolvimento
Ax*
aqui efetuado fornecem uma boa visão qualitativa
do choque normal e também apresentam uma con-
Como o escoamento de y a E é isoentrópico, cordância razoável com os dados experimentais.
17.9 COEFICIENTES DO BOCAL E DO estado que teria sido atingido, na saída do bocal, se o
escoamento fosse adiabático, reversível e com a mesma
DIFUSOR pressão de saída. Portanto, em função desses estados,
Consideramos, até este ponto, somente o escoamento a eficiência do bocal é
isoentrópico e os choques normais. Conforme indica-
do no Capítulo 9, o escoamento isoentrópico num bo- h0e − hs, real
ηB =
cal fornece um padrão em relação ao qual podemos h0e − hs, iso
comparar o comportamento do escoamento num bocal
real. Os três parâmetros importantes utilizados para
comparar o escoamento real com o escoamento ideal As eficiências dos bocais variam, em geral, de 90
são: a eficiência do bocal, o coeficiente de velocidade e a 99%. Os bocais grandes normalmente apresentam
o coeficiente de descarga. Esses parâmetros são defi-
nidos do seguinte modo: h
A eficiência do bocal, hB, é definida por h0e
eficiências mais elevadas do que os bocais pequenos Se admitirmos que o fluido se comporte como um
e os bocais com eixos retos possuem eficiência mais gás ideal com calor específico constante, essa equação
elevada que os bocais com eixos curvos. As irreversi- fica reduzida a
bilidades que provocam o desvio do escoamento isoen-
trópico são principalmente provocadas pelos efeitos (T3 − T1 ) T
de atrito e são, em grande parte, restritas à camada T3 − T1 T1
1
limite. A taxa de variação da área da seção transver- ηD = =
sal ao longo do eixo do bocal (isto é, o contorno do T02 − T1 V12
bocal) é um parâmetro importante no projeto de um 2C p
0
bocal eficiente, particularmente na seção divergente.
Considerações detalhadas desse assunto estão além kR c12
Cp = T1 =
dos objetivos deste texto e o leitor deve consultar as 0
k −1 kR
referências usuais sobre o assunto. (k−1)/ k
T3 ⎛P ⎞
V12 = M12 c12 = ⎜ 02 ⎟
O coeficiente de velocidade CV é definido por T1 ⎝ P1 ⎠
(
v P2 − P1 + ) ⎢1 − ⎥=0 Superfície de controle
2 ⎢ ⎜⎝ A1 ⎟⎠ ⎥
⎣ ⎦
V2 =
( )
2v P1 − P2
(17.60)
⎡1 − A /A ⎤
2
⎣ ( 2 1) ⎦
__
3
Fluid Meters, Their Theory and Application, ASME, 1959. Flow Figura 17.22
Measurement, ASME, 1959. Análise de um bocal como dispositivo para a medição de vazão.
ΔT k − 1 ΔP k − 1 ΔP 2 V2
1− =1− − L h+ = h0
Te k Pe 2k 2 Pe2 2
Se DP/Pe é pequeno, esta se reduz a: Se, além disso, admitirmos que o escoamento seja
incompressível, a primeira lei fica reduzida a (porque
Tds = dh – vdP)
ΔT k − 1 ΔP
=
Te k Pe
V2
2
= h0 − h = v P0 − P( )
Substituindo na equação da primeira lei,
ou
Vs2 − Ve2 k −1 Te
= C p0 ΔP
2 k Pe
V = 2v P0 − P( ) (17.61)
Para um gás ideal,
Se considerarmos o escoamento compressível de
kR Te um gás ideal que apresenta calor específico constante,
C p0 = e ve = R
k −1 Pe a velocidade pode ser determinada pela relação
P0
Pressão estática
P
P0 – Patm
Pressão de estagnação
P – Patm P0 – P
V
Figura 17.23
Representação esquemática de
um tubo de Pitot.
V2 ⎛T ⎞ Reordenando, obtemos
2
(
= h0 − h = C p0 T0 − T = C p0T ⎜ 0 − 1⎟
⎝T ⎠
)
2
P0 − P 1⎛ V⎞
⎡⎛ ⎞ (k−1)/k ⎤ = 1 − (17.66)
⎜ ⎟
= C p0T ⎢⎜ P0 ⎟ − 1⎥ (17.62) ρ0 V 2 /2 4 ⎝ c0 ⎠
⎢⎣⎝ P ⎠ ⎥⎦
Para o escoamento incompreensível, a equação
correspondente é
É interessante conhecer o erro introduzido no
cálculo da velocidade de um escoamento de gás ideal P0 − P
com os dados obtidos com um tubo de Pitot admitin- =1
do que o escoamento seja incompressível. Para isso, P0 V 2 /2
partiremos da Equação 17.35 e a reordenaremos do
seguinte modo: Portanto, o segundo termo do lado direito da
Equação 17.66 representa o erro provocado pela hipó-
k/(k−1)
P0 ⎛ k −1 2⎞
k/(k−1)
⎡ ⎛ k − 1⎞ ⎛ V 2 ⎞ ⎤ tese de escoamento incompressível. A Tabela 17.2 re-
= ⎜1 + M ⎟ = ⎢1 + ⎜ ⎟⎜ ⎟⎥ (17.63) laciona esses erros de dois modos: os erros na pressão
P ⎝ 2 ⎠ ⎢⎣ ⎝ 2 ⎠ ⎝ c2 ⎠ ⎥⎦ em função da velocidade e os erros na velocidade em
Mas, função da pressão.
V2 Tabela 17.2
+ C p0T = C p0T0
2
V/c 0 Velocidade Erro na pressão Erro na
V2 kRc2 kRc02 aproximada à para uma dada velocidade
+ =
2 (k − 1)kR (k − 1)kR temperatura velocidade, % para uma dada
ambiente (25 °C), pressão, %
2c 2
2c02 m/s
1+ = onde c0 = kRT0
(k − 1)V 2 (k − 1)V 2 0,0 0 0 0
c2 k − 1 ⎡⎛ 2 ⎞ ⎛ c02 ⎞ ⎤ c02 k − 1 0,1 35 0,25 –0,13
= ⎢⎜ ⎟⎜ ⎟ − 1⎥ = − 0,2 70 1,0 –0,5
V2 2 ⎢⎣⎝ k − 1 ⎠ ⎝ V 2 ⎠ ⎥⎦ V 2 2 0,3 105 2,25 –1,2
0,4 140 4,0 –2,1
ou 0,5 175 6,25 –3,3
c2 c02 k −1
2
= 2
− (17.64)
V V 2 Questões Conceituais
Substituindo na Equação 17.63 e reordenando g. Considere a Figura 17.17 (casos a–h). Em quais
k/(k−1)
casos há e em quais não há geração de entro-
P ⎡ 2⎤
pia?
⎢ k −1⎛ V ⎞ ⎥
= 1− ⎜ ⎟ (17.65) h. Como variam a temperatura e a pressão de es-
P0 ⎢⎣ 2 ⎝ c0 ⎠ ⎥⎦
tagnação no escoamento através de um bocal
adiabático com eficiência inferior a 100%?
Desenvolvendo essa equação pelo teorema do bi- i. A Tabela A.13 tem uma coluna P0y /P0x. Por que
nômio, e incluindo os termos até (V/c0)4, obtemos não existe uma para T0y /T0x?
j. Qual é a máxima velocidade (máximo número
2 4 de Mach) que um escoamento pode apresentar
P k⎛ V ⎞ k⎛ V ⎞
=1− ⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ e ainda ser tratado como incompressível, com
P0 2 ⎝ c0 ⎠ 8 ⎝ c0 ⎠ erro máximo de 2%?
resumo
O presente capítulo apresentou uma breve introdução quantidade de movimento foi aplicada a um volume de
ao assunto de escoamento compressível, com ênfase controle que engloba o escoamento e, a partir dela, foi
nas aplicações de escoamento através de bocais e di- possível identificar os termos das forças que atuam so-
fusores. A abordagem tomou como ponto de partida bre o escoamento. Em especial, foi possível identificar
o estado de estagnação isoentrópico. A equação da o empuxo que atua em uma turbina a jato, decorrente
da aceleração do escoamento (elevação da quantidade rer na seção divergente do bocal, na seção de saída,
de movimento) na seção de saída. ou até mesmo fora do bocal, é possível determinar a
O escoamento através de um bocal foi primeiro solução do escoamento para qualquer valor de pressão
considerado como incompressível, como já abordado de descarga, conforme mostrado na Figura 17.17.
no Capítulo 9, o que levou à obtenção da Equação de Nas duas últimas seções do capítulo foram abor-
Bernoulli. Depois foi apresentado o conceito de velo- dadas questões mais práticas sobre o escoamento
cidade do som, que é a velocidade com que uma onda através de bocais e difusores. Nelas foram introduzi-
de pressão isoentrópica atravessa um fluido. A veloci- dos certos coeficientes de escoamento que, por serem
dade do som, c, é uma propriedade termodinâmica e, constantes em uma ampla faixa de condições de es-
para um gás ideal, pode ser expressa como uma fun- coamento, são de grande utilidade. Bocais e orifícios
ção de outras propriedades. Para o escoamento com- são dispositivos frequentemente utilizados para medir
pressível em um bocal, foi identificada a importância vazão de fluidos e é importante saber quando tratar o
do número de Mach, que determina a natureza do es- escoamento como compressível.
coamento. Para um número de Mach menor que um, o Após estudar o material deste capítulo você deve
escoamento é subsônico e, no escoamento através de ser capaz de:
um bocal convergente a velocidade aumenta no senti-
do do escoamento. Por outro lado, quando o número • Determinar as propriedades de estagnação de um
de Mach é maior que um, o escoamento é supersôni- dado escoamento.
co (ou hipersônico) e é preciso um bocal divergente • Aplicar a equação da quantidade de movimento a
para aumentar a velocidade. Comentários análogos um volume de controle genérico.
podem ser feitos para um difusor. Se a razão de pres- • Entender as simplificações feitas para considerar um
são no escoamento através de um bocal for muito ele- escoamento incompressível e suas consequências.
vada, pode ocorrer M = 1 na garganta (menor área do • Entender o que é a velocidade do som e como calcu-
dispositivo) e, nessa seção, as propriedades do fluido lá-la para um gás ideal.
são as críticas (T*, P* e r*). Foi discutido em deta- • Entender a importância do número de Mach e quais
lhes como a vazão mássica do escoamento através de são as decorrências quando seu valor é conhecido.
um bocal convergente ou convergente–divergente • Saber as relações entre as propriedades do escoa-
depende da pressão de descarga. Vários tipos de es- mento – pressão, temperatura e densidade – para
coamento adiabático reversível (isto é, isoentrópico) escoamento isoentrópico e como elas variam com o
podem se desenvolver, por exemplo: a) completamen- número de Mach do escoamento.
te subsônico; b) sônico apenas na garganta e depois • Entender a dependência entre a área de escoamento
subsônico; c) sônico na garganta e depois supersôni- e o número de Mach.
co no trecho divergente. A descarga do escoamento • Determinar a vazão mássica do escoamento (des-
é máxima quando o bocal está blocado, situação em carga) isoentrópico através de um bocal.
que M = 1 na garganta. Nestas condições, diminuir a • Saber o que é escoamento blocado e sob que condi-
pressão de descarga não aumenta a vazão mássica do ções ele ocorre.
escoamento. • Saber o que é um choque normal e quando ele ocorre.
Quando a pressão de descarga é tal que não é pos- • Relacionar as propriedades à montante e à jusante
sível obter um escoamento isoentrópico, o que ocorre do choque.
é o surgimento de um choque normal em algum ponto • Relacionar as propriedades do choque com as condi-
do escoamento. Através do choque normal são satisfei- ções de entrada e saída do bocal.
tas as equações de conservação–continuidade, energia • Compreender a importância das propriedades de
(linha de Fanno) e quantidade de movimento (linha estagnação e quando elas variam.
de Rayleigh). Caminhando no sentido do escoamen- • Utilizar a eficiência do bocal, ou algum coeficiente
to, ao se cruzar o choque passa-se da condição super- de escoamento, na solução do escoamento.
sônica de escoamento para a subsônica, há queda da • Entender como bocais e orifícios podem ser utiliza-
pressão de estagnação e aumento da entropia. Se for dos como dispositivos de medição de vazão de es-
admitida a possibilidade de que o choque possa ocor- coamentos.
Equação de Bernoulli: (
v Ps − Pe + ) 12 ( Vs2 − Ve2 ) + ( Zs − Ze ) g = 0
Velocidade do som de um gás ideal: c = kRT
Número de Mach: M = V /c
dA dP
Relação área–pressão: = (1 − M 2 )
A ρV 2
Tabela A.12
Funções de escoamento compressível para escoamento isoentrópico unidimensional (gás ideal com calor específico e massa molecular
constantes; k = 1,4).
M M* A/A* P/P0 r / r0 T/T0
0,0 0,00000 1,00000 1,00000 1,00000
0,1 0,10944 5,82183 0,99303 0,99502 0,99800
0,2 0,21822 2,96352 0,97250 0,98028 0,99206
0,3 0,32572 2,03506 0,93947 0,95638 0,98232
0,4 0,43133 1,59014 0,89561 0,92427 0,96899
0,5 0,53452 1,33984 0,84302 0,88517 0,95238
0,6 0,63481 1,18820 0,78400 0,84045 0,93284
0,7 0,73179 1,09437 0,72093 0,79158 0,91075
0,8 0,82514 1,03823 0,65602 0,73999 0,88652
0,9 0,91460 1,00886 0,59126 0,68704 0,86059
1,0 1,0000 1,00000 0,52828 0,63394 0,83333
1,1 1,0812 1,00793 0,46835 0,58170 0,80515
1,2 1,1583 1,03044 0,41238 0,53114 0,77640
1,3 1,2311 1,06630 0,36091 0,48290 0,74738
1,4 1,2999 1,11493 0,31424 0,43742 0,71839
1,5 1,3646 1,17617 0,27240 0,39498 0,68966
1,6 1,4254 1,25023 0,23527 0,35573 0,66138
1,7 1,4825 1,33761 0.20259 0,31969 0,63371
1,8 1,5360 1,43898 0,17404 0,28682 0,60680
1,9 1,5861 1,55526 0,14924 0,25699 0,58072
2,0 1,6330 1,68750 0,12780 0,23005 0,55556
2,1 1,6769 1,83694 0,10925 0,20580 0,53135
2,2 1.7179 2,00497 0,93422E-01 0,18405 0,50813
2,3 1,7563 2,19313 0,79973E-01 0,16458 0,48591
2,4 1,7922 2,40310 0,68399E-01 0,14720 0,46468
2,5 1,8257 2,63672 0,58528E-01 0,13169 0,44444
2,6 1,8571 2,89598 0,50115E-01 0,11787 0,42517
2,7 1,8865 3,18301 0,42950E-01 0,10557 0,40683
2,8 1,9140 3,50012 0,36848E-01 0,94626E-01 0,38941
2,9 1,9398 3,84977 0,31651E-01 0,84889E-01 0,37286
3,0 1,9640 4,23457 0,27224E-01 0,76226E-01 0,35714
3,5 2,0642 6,78962 0,13111E-01 0,45233E-01 0,28986
4,0 2,1381 10,7188 0,65861E-02 0,27662E-01 0,23810
4,5 2,1936 16,5622 0,34553E-02 0,17449E-01 0,19802
5,0 2,2361 25,0000 0,18900E-02 0,11340E-01 0,16667
6,0 2,2953 53,1798 0,63336E-03 0,51936E-02 0,12195
7,0 2,3333 104,143 0,24156E-03 0,26088E-02 0,09259
8,0 2,3591 190,109 0,10243E-03 0,14135E-02 0,07246
9,0 2,3772 327,198 0,47386E-04 0,81504E-03 0,05814
10,0 2,3905 535,938 0,23563E-04 0,49482E-03 0,04762
2,4495 0,0 0,0 0,0
Tabela A.13
Funções de choque normal para escoamento compressível unidimensional (gás ideal com calor específico e massa molecular constan-
tes; k = 1,4).
Mx My Py /Px ry / rx Ty /Px P0y /P0x P0y /Px
1,00 1,00000 1,0000 1,0000 1,0000 1,00000 1,8929
1,05 0,95313 1,1196 1,0840 1,0328 0,99985 2,0083
1,10 0,91177 1,2450 1,1691 1,0649 0,99893 2,1328
1,15 0,87502 1,3763 1,2550 1,0966 0,99669 2,2661
1,20 0,84217 1,5133 1,3416 1,1280 0,99280 2,4075
1,25 0,81264 1,6563 1,4286 1,1594 0,98706 2,5568
1,30 0,78596 1,8050 1,5157 1,1909 0,97937 2,7136
1,35 0,76175 1,9596 1,6028 1,2226 0,96974 2,8778
1,40 0,73971 2,1200 1,6897 1,2547 0,95819 3,0492
1,45 0,71956 2,2863 1,7761 1,2872 0,94484 3,2278
1,50 0,70109 2,4583 1,8621 1,3202 0,92979 3,4133
1,55 0,68410 2,6362 1,9472 1,3538 0,91319 3,6057
1,60 0,66844 2,8200 2,0317 1,3880 0,89520 3,8050
1,65 0,65396 3,0096 2,1152 1,4228 0,87599 4,0110
1,70 0,64054 3,2050 2,1977 1,4583 0,85572 4,2238
1,75 0,62809 3,4063 2,2791 1,4946 0,83457 4,4433
1,80 0,61650 3,6133 2,3592 1,5316 0,81268 4,6695
1,85 0,60570 3,8263 2,4381 1,5693 0,79023 4,9023
1,90 0,59562 4,0450 2,5157 1,6079 0,76736 5,1418
1,95 0,58618 4,2696 2,5919 1,6473 0,74420 5,3878
2,00 0,57735 4,5000 2,6667 1,6875 0,72087 5,6404
2,05 0,56906 4,7362 2,7400 1,7285 0,69751 5,8996
2,10 0,56128 4,9783 2,8119 1,7705 0,67420 6,1654
2,15 0,55395 5,2263 2,8823 1,8132 0,54105 6,4377
2,20 0,54706 5,4800 2,9512 1,8569 0,62814 6,7165
2,25 0,54055 5,7396 3,0186 1,9014 0,60553 7,0018
2,30 0,53441 6,0050 3,0845 1,9468 0,58329 7,2937
2,35 0,52861 6,2762 3,1490 1,9931 0,56148 7,5920
2,40 0,52312 6,5533 3,2119 2,0403 0,54014 7,8969
2,45 0,51792 6,8363 3,2733 2,0885 0,51931 8,2083
2,50 0,51299 7,1250 3,3333 2,1375 0,49901 8,5261
2,55 0,50831 7,4196 3,3919 2,1875 0,47928 8,8505
2,60 0,50387 7,7200 3,4490 2,2383 0,46012 9,1813
2,70 0,49563 8,3383 3,5590 2,3429 0,42359 9,8624
2,80 0,48817 8,9800 3,6636 2,4512 0,38946 10,569
2,90 0,48138 9,6450 3,7629 2,5632 0,35773 11,302
3,00 0,47519 10,333 3,8571 2,6790 0,32834 12,061
4,00 0,43496 18,500 4,5714 4,0469 0,13876 21,068
5,00 0,41523 29,000 5,0000 5,8000 0,06172 32,653
10,00 0,38758 116,5 5,7143 20,387 0,00304 129,22
problemas conceituais
17.1 Qual temperatura um termômetro ou um ter- 17.7 É possível abaixar suficientemente a pressão na
mopar medem? É necessário que você corrija a seção de descarga para produzir um escoamen-
leitura deles? to isoentrópico supersônico?
17.2 O empuxo de uma turbina é determinado a par- 17.8 Há algum benefício na utilização de um bocal
tir da equação da quantidade de movimento que opere com choque normal em seu interior?
aplicada ao volume de controle global. Qual é a 17.9 Pode haver choque normal à montante da gar-
força real aplicada? ganta de um bocal?
17.3 A maioria dos compressores tem um pequeno 17.10` No Exemplo 17.7, em que a velocidade na seção
difusor na saída, de forma a reduzir a velocida- de descarga é elevada, a temperatura nessa se-
de do gás junto às pás móveis, elevando assim a ção é 183 K. Esse fluxo pode ser utilizado para
pressão no fluxo de saída. O que isso provoca na resfriar uma sala?
pressão de estagnação? 17.11 Propõe-se o uso de um bocal convergente–di-
17.4 Um difusor é um bocal divergente utilizado para vergente para obtenção de um escoamento su-
diminuir a velocidade do escoamento. Existe persônico na seção de descarga. Qual é o prin-
um valor limite para o número de Mach no caso cipal requisito que esse bocal deve satisfazer?
em que se deseja que o difusor cumpra essa fi- 17.12 Para aumentar a vazão em um bocal com choque,
nalidade? o escoamento pode ser aquecido/resfriado ou
17.5 Faça um gráfico esquemático da variação de V, comprimido/expandido à montante ou à jusante
T, P, r, e M para um escoamento subsônico em do bocal. Avalie como cada uma dessas oito alter-
um bocal convergente com M= 1 na seção de nativas pode contribuir favorável ou desfavoravel-
saída. mente para a elevação da vazão pretendida.
17.6 Faça um gráfico esquemático da variação de V, 17.13 Admita que um bocal convergente-divergente
T, P, r, e M para um escoamento sônico M = 1 opere na condição h da Figura 17.17. Que tipo
em um bocal divergente com m = 2 na seção de de bocal com escoamento reversível pode ter a
saída. mesma pressão de descarga4?
fora da janela numa direção tal que o “vento” rio d’água que alimenta as turbinas. A pressão
atinge a palma de sua mão frontalmente. Ad- na seção de entrada do bocal é igual a 80% da
mita que a temperatura e a pressão no ambien- pressão hidrostática provocada por essa colu-
te onde está sendo realizado esse experimento na (20% foram perdidos por atrito) e a água
sejam iguais a 25 °C e 101,3 kPa. Considerando entra no bocal a 15°C. Sabendo que a água sai
que a área frontal da mão do motorista é igual a do bocal à pressão atmosférica normal e que o
0,01 m 2, determine a força que atua na mão do escoamento no bocal é reversível e adiabático,
motorista. Qual é a temperatura do ar na super- determine a velocidade e a energia cinética por
fície da mão do motorista? kg de água na seção de descarga do bocal.
17.23 Um escoamento de ar apresenta temperatura e 17.29 Um canhão d’água dispara um jato horizontal
pressão ao longe iguais a 20 °C e 100 kPa. Um de 1 kg/s com velocidade de 100 m/s. O canhão
manômetro indica que a pressão de estagnação é alimentado com água bombeada de um tan-
desse escoamento é igual a 108 kPa. Nestas con- que. No tanque, a pressão é de 100 kPa e a tem-
dições, determine a velocidade do escoamento. peratura da água é igual a 15 °C. Desprezando
as possíveis variações de energia potencial, de-
termine a área da seção transversal do canhão
Quantidade de Movimento e Forças
d’água, a pressão na seção de descarga da bom-
17.24 Uma vazão de 10 kg/s de água a 20 oC e 200 kPa ba e a força necessária para manter o canhão
entra numa curva de 90o de um tubo de 40 mm imobilizado.
de diâmetro, conforme mostrado na Figura
17.30 A Figura P17.30 mostra um arranjo para bom-
P17.24. Na seção de saída dessa curva, o escoa-
bear água de um lago e descarregá-la através
mento encontra-se a 20 oC e 190 kPa. Despreze
de um bocal. A pressão na descarga da bomba
o efeito gravitacional e determine as forças de
é 700 kPa e a temperatura é 20 °C. O bocal está
ancoragem Fx e Fy.
localizado 10 m acima da bomba. Admitindo
1 que a pressão atmosférica seja igual a 100 kPa
e que o escoamento seja reversível, determine
a velocidade da água na seção de descarga do
y bocal.
10 m
Figura P17.24
17.25 Uma turbina aeronáutica é alimentada com um
escoamento de ar que apresenta velocidade Psaída
igual a 150 m/s. O ar, ao longe, está a 5 °C e Tsaída
75 kPa e a turbina descarrega os produtos de
combustão a 450 m/s, 75 kPa e 600 K. Determi-
ne a vazão mássica de ar e o empuxo dessa tur-
bina. Despreze a vazão mássica de combustível
nesses cálculos.
17.26 Qual força deve ser aplicada em uma pistola de
água para que o escoamento de 0,1 kg/s de água Figura P17.30
saia a 20 m/s? Qual deve ser a pressão aplicada 17.31 Um reservatório armazena 1 m3 de água a 20 °C
na câmara da pistola? e 100 kPa. A altura da superfície livre da água
17.27 Na decolagem de um avião, sua turbina a jato no reservatório em relação ao nível do chão
recebe ar a 20 oC e 100 kPa, a uma velocida- é 5 m. Uma torneira, posicionada no plano do
de de 35 m/s. O diâmetro da seção de entrada chão e que é alimentada com água do reserva-
da turbina é 1,5 m e o da seção de saída é 0,4. tório, é aberta e a água passa a escoar do re-
Despreze a vazão de combustível e determine o servatório para o ambiente. Considerando que o
empuxo líquido da turbina. canal de escoamento na torneira pode ser mo-
17.28 Um bocal de uma turbina hidráulica está loca- delado como um furo com diâmetro igual a 15
lizado a 175 m da superfície livre do reservató- mm e que as perdas no escoamento de água nos
tubos são muitos pequenas, determine o tempo 17.41 A menor seção transversal de escoamento num
necessário para esvaziar o reservatório. bocal convergente apresenta área igual a 0,1 m 2
e o bocal é alimentado com um escoamento de
ar a 175 kPa e 1000 K. Sabendo que a velocidade
Escoamento Adiabático Unidimensional e Velocidade
do escoamento na seção de alimentação do bo-
do Som
cal é 100 m/s, determine a pressão na seção de
17.32 Determine a velocidade do som no ar a 0 °C e
descarga do bocal que proporciona vazão má-
a 30 °C. Admita que a pressão no ar seja igual
a 100 kPa. Calcule, nas mesmas condições, as xima no dispositivo. Calcule, nessa condição, a
velocidades do som no dióxido de carbono e no vazão de ar no bocal.
argônio. 17.42 Um bocal convergente–divergente apresenta gar-
17.33 Obtenha uma expressão para a força de anco- ganta com área da seção transversal igual a
ragem R x em um escoamento incompressível 100 mm 2 e área da seção de descarga igual a 175
como o da Figura 17.6. Mostre que ela pode ser mm 2. O bocal é alimentado com hélio à pres-
escrita como são total de 1 MPa e temperatura de estagna-
ção igual a 375 K. Qual é a pressão à jusante do
Ve − Vs bocal para que o escoamento seja subsônico em
Rx =
Ve + Vs
( Pe Ae + Ps As ) todo o bocal e com M = 1 na garganta?
17.43 Até que pressão deve ser expandido o vapor
17.34 Estime a velocidade do som no vapor d’água a d´água do Problema 17.40 para que se obtenha
6 MPa e 400 °C com a Equação 17.25 e a tabela M = 1? Admita calor específico constante.
de vapor. Utilize os valores relativos aos esta-
17.44 Um avião voa a 1000 km/h numa altitude de 6 km,
dos em que a entropia é igual àquela do estado
onde o ar atmosférico encontra-se a –12 o C e
fornecido e as pressões são iguais a 5 e 7 MPa
40 kPa. Na seção de saída do difusor da turbina,
para avaliar os termos da Equação 17.25. Cal-
o ar escoa a 100 m/s. Admita que o escoamento
cule também a velocidade do som no vapor, no
seja adiabático e determine a pressão e a tem-
mesmo estado, admitindo que este se comporte
peratura do ar na seção de saída. Determine
como um gás ideal.
também a relação Ae /As (razão entre as áreas da
17.35 Use o programa CATT3 para resolver o proble- seção de entrada e de saída do difusor).
ma anterior.
17.45 Ar escoa em um bocal convergente-divergente
17.36 O som gerado por um relâmpago é escutado 5 cuja seção de descarga tem área igual a 1,59 ve-
segundos após sua identificação visual. Admi- zes a área da garganta, que é de 0,005 m 2. O es-
tindo que a temperatura do ambiente seja 20 °C, tado de estagnação na seção de entrada é 1 MPa e
determine a distância entre o observador e o 600 K. Determine a pressão de descarga para a
ponto onde foi gerado o som do relâmpago. qual o escoamento é subsônico em todo o bocal,
17.37 Determine a velocidade do som no dióxido de com M = 1 na garganta. Qual é a vazão mássica
carbono a 2500 kPa, 60 oC usando tabelas e, de- do escoamento?
pois, o programa CATT3. Compare os resulta- 17.46 Um bocal, alimentado com ar, é projetado consi-
dos com os da Equação 17.28. derando que o escoamento é adiabático e rever-
17.38 Um avião voa a 900 km/h a uma altitude de 12 km, sível e com o número de Mach na seção de saída
onde o ar atmosférico encontra-se a –40 oC e igual 2,6. A pressão e temperatura de estagna-
45 kPa. Determine o número de Mach e a tem- ção são iguais a 2 MPa e 150 °C. A descarga é de
peratura de estagnação no nariz do avião. 5 kg/s e k pode ser admitido constante e igual
17.39 A velocidade do som na água líquida a 25 oC é a 1,4. Determine a temperatura, a pressão e as
cerca de 1500 m/s. Determine a pressão de es- áreas das seções transversais de saída e da gar-
tagnação e a temperatura para um escoamento ganta do bocal.
com M = 0,1, a 25 oC e 100 kPa. É possível obter 17.47 Ar a 600 kPa, 600 K e M - 0,2 escoa em um bocal
valores elevados de Mach para um escoamento convergenteñdivergente com M = 1 na garganta.
com água líquida? Admita que o escoamento seja reversível e que
a área da seção de saída seja o dobro da área da
Escoamento Reversível em Bocais garganta. Determine a pressão e a temperatura
17.40 Vapor d´água a 15 m/s, 1800 kPa, 300 oC expan- de descarga que garantem um escoamento sub-
de num bocal convergente até uma pressão de sônico na seção de descarga.
1600 kPa. Determine a velocidade de descarga 17.48 Ar a 150 kPa e 290 K expande para a atmosfera,
e a relação As /Ae. a 100 kPa, através de um bocal convergente do-
tado de uma seção de descarga de 0,01 m 2. Ad- 17.57 Considere novamente o Problema 17.51. Depois
mita que o bocal seja ideal e determine o erro de algum tempo após o início do processo, o es-
percentual da vazão mássica calculada com a coamento torna-se subsônico. Quais são a mas-
hipótese de escoamento incompressível. sa de ar contida no tanque e a vazão mássica de
17.49 Determine a pressão e a temperatura na se- descarga no instante em que isso ocorre?
ção de descarga para que o escoamento do 17.58 Um bocal convergente fica blocado5 quando a
Problema 17.47 seja supersônico na seção de condição de estagnação na entrada é de 400 kPa
descarga. e 400 K. Para aumentar a vazão mássica, um
17.50 Ar é expandido num bocal. A condição de es- compressor isoentrópico é colocado à montante
tagnação na entrada é de 2 MPa e 600 K e a do bocal e eleva a pressão de estagnação para
pressão de descarga é de 1,9 MPa. Se a área da 500 kPa. O que acontece com a vazão?
seção de descarga é de 0,003 m 2, determine a 17.59 Um tanque de 1 m3, não isolado termicamente,
vazão mássica do escoamento. contém ar a 1 MPa, 560 K. Um pequeno bocal
17.51 Um tanque de 1 m3, isolado termicamente, contém convergente faz a descarga desse ar para a at-
ar a 1 MPa, 560 K. Um pequeno bocal conver- mosfera a 100 kPa. A seção de saída do bocal
gente faz a descarga desse ar para a atmosfera, tem área de 2 × 10 –5 m². Pede-se:
que se encontra a 100 kPa. A seção de saída do a) determine a vazão de descarga inicial do
bocal tem área de 2 × 10 –5 m². Pede-se: tanque;
a) determine a vazão de descarga inicial do b) determine a vazão de descarga do tanque
tanque; quando a massa no tanque for metade da
b) determine a vazão de descarga do tanque massa inicial.
quando a massa no tanque é metade da mas- 17.60 Considere novamente o problema anterior. De-
pois de algum tempo, após o início do processo,
sa inicial.
o escoamento torna-se subsônico. Quais são a
17.52 Um bocal convergente-divergente apresenta
massa de ar contida no tanque e a vazão mássi-
garganta com diâmetro de 0,05 m e seção de
ca de descarga no instante em que isso ocorre.
descarga com diâmetro igual a 0,1 m. A pressão
e a temperatura de estagnação na seção de ali-
mentação do bocal são iguais a 500 kPa e 500 K. Choque Normal
Determine a pressão na seção de descarga do 17.61 Gases de combustão (admita ar) com pressão
bocal que propicia a máxima vazão no equipa- total de 125 kPa e temperatura total de 650 oC
mento e o valor dessa vazão máxima para escoa- entram no bocal convergente de uma turbina a
mentos com os seguintes gases: ar, hidrogênio e jato. A pressão atmosférica é de 45 kPa e o es-
dióxido de carbono. coamento é adiabático, com vazão mássica de
17.53 Ar é expandido num bocal de 2 MPa e 600 K até 25 kg/s. Determine a área da seção de saída do
a pressão estática de 0,2 MPa. A vazão mássica bocal.
de ar no bocal é igual a 5 kg/s. Admitindo que o 17.62 Refaça o problema anterior para uma mistura
escoamento seja adiabático e reversível, deter- com k = 1,3 e massa molecular de 31.
mine as áreas da garganta e da seção de saída 17.63 Em que número de Mach ocorrerá o choque
do bocal. normal no bocal do Problema 17.52 se a pressão
17.54 Ar escoa por um bocal convergente-divergente à jusante for igual à média entre os valores cor-
cuja área da seção de descarga é o dobro da respondentes aos pontos c e d da Figura 17.17?
área da garganta, que é de 0,005 m 2. O estado Considere que o fluido que escoa no bocal seja
de estagnação na entrada é de 1 MPa e 600 K. ar atmosférico.
Determine a pressão de descarga que promove 17.64 Considere o bocal do Problema 17.53. Deter-
um escoamento reversível e supersônico na se- mine qual é a pressão à jusante que provoca o
ção de descarga, com M = 1 na garganta. Qual é choque normal no plano de saída do bocal. Qual
a vazão mássica? será a descarga nessas condições?
17.55 Repita o problema anterior, agora para uma 17.65 À montante de um choque normal, a condição
condição em que o escoamento é subsônico na do ar é de pressão total de 500 kPa, tempera-
seção de descarga. tura de estagnação de 500 K e Mx = 1,2. De-
17.56 Hélio a 500 kPa, 500 K e 100 m/s é introduzido
__
em um bocal convergenteñdivergente. Determi- 5
Um bocal está blocado quando M=1 na seção de menor diâmetro.
ne a pressão e a temperatura na garganta para Nessas condições, a vazão mássica de descarga é máxima para a
escoamento reversível com M = 1 na garganta. condição de estagnação fixada na entrada do bocal (N.T.).
17.91 É necessário medir a vazão num experimento 17.92 O pós-queimador (“afterburner”) de um motor
que pode consumir de 0,05 a 0,10 quilograma de a jato é montado entre a turbina e o bocal de
ar por segundo. Projete um bocal convergente aceleração dos gases de combustão (bocal de
(ou dois que serão utilizados em paralelo) ade- descarga). Estude o efeito da variação de tem-
quado para essa faixa e que possa ser montado peratura, na seção de entrada do bocal de acele-
à montante de um ventilador que descarrega o ração dos gases, sobre a velocidade dos gases na
ar a 110 kPa (o ar é consumido, no experimen- seção de saída desse bocal. Admita que a pres-
to, nessa pressão). Qual será a variável medida são na seção de entrada do bocal seja fixa (com
e qual é a precisão que pode ser obtida com o ou sem pós-queimador). Esses bocais operam
arranjo projetado? com escoamento subsônico ou supersônico?
A
Apêndice
Propriedades Gerais
Tabela A.1
Fatores de Conversão
Área (A)
1 mm2 = 1,0 × 10 −6 m2 1 ft 2 = 144 in2
1 m2 = 10,7669 ft 2 1 ft 2 = 0,092903 m2
Capacidade térmica (Cp , Cv , C), entropia específica (s)
1 kJ/(kg × K) = 0,238846 Btu/(lbm × R) 1 Btu/(lbm × R) = 4,1868 kJ/(kg × K)
Coeficiente de transferência de calor (h)
1 W/(m2 × K) = 0,17611 Btu/(h × ft 2 × R) 1 Btu/(h × ft 2 × R) = 5,67826 W/(m2 × K)
Comprimento (L)
1 mm = 0,001 m = 0,1 cm 1 in = 0,0254 m
1 m = 3,28084 ft = 39,370 in 1 ft = 12 in
Condutividade térmica (k)
1 W/(m × K) = 0,577789 Btu/(h × ft × R) 1 Btu/(h × ft × R) = 1,730735 W/(m × K)
Constante universal dos gases
– –
R = N0k = 8,31451 kJ/kmol × K R = 1.98589 Btu/lbmol × R
= 1,98589 kcal/kmol × K = 1545,36 lbg × ft/lbmol × R
= 82,0578 atm × L/kmol × K = 0,73024 atm × ft 3 /lbmol × R
= 10,7317 (lbg/in2 ) × ft 3 /lbmol × R
Energia (E, U)
1 J = 1 N × m = 0,737562 lbf × ft 1 lbf × ft = 1,355818 J = 1,28507 × 10 −3 Btu
1 cal (Int.) = 4,1868 J 1 Btu (Int.) = 1,055056 kJ = 778,1693 lbf × ft
Energia cinética específica (1 / 2V 2 )
1 m2s2 = 0,001 kJ/kg 1 ft 2 /s2 = 3,9941 × 10 –5 Btu/lbm
1 kJ/kg = 1000 m2 /s2 1 Btu/lbm = 25037 ft 2 /s2
Energia potencial específica (Zg)
1 m × gstd = 9,80665 × 10 –3 kJ/kg 1 ft × gstd = 1,0 lbf/lbm
= 4,21607 × 10 –3 Btu/lbm = 0,001285 Btu/lbm
= 0,002989 kJ/kg
Energia específica (e, u)
1 kJ/kg = 0,42992 Btu/lbm 1 Btu/lbm = 2,326 kJ/kg
Tabela A.1
Fatores de Conversão (continuação)
Fluxo de calor (por unidade de área)
1 W/m2 = 0,316998 Btu/(h × ft 2 ) 1 Btu/(h × ft 2 ) = 3,15459 W/m2
Força (F)
1 N = 0,224809 lbf 1 lbf = 4,448222 N
1 kgf = 9,80665 N
Gravidade
g = 9,80665 m/s² g = 32,17405 ft/s²
Massa (m)
1 kg = 2,204623 lbm 1 lbm = 0,453592 kg
Massa específica ( r)
1 kg/m3 = 0,06242797 lbm/ft 3 1 lbm/ft 3 = 16,01846 kg/m3
Momento (Torque, T)
1 N × m = 0,737562 lbm × ft 1 lbm × ft/s = 1,355818 N × m
· ·
Potência (Q , W )
1 W = 1 J/s = 0,737562 lbf × ft/s 1 lbf × ft/s = 1,355818 W = 4,62624 Btu/h
1 kW = 3412,14 Btu/h 1 Btu/s = 1,055056 kW
1 hp (métrico) = 0,735499 kW 1 hp (britânico) = 0,7457 kW
1 tonelada de refrigeração = 3,51685 kW 1 tonelada de refrigeração = 12 000 Btu/h
Pressão (P)
1 Pa = 1 N/m2 1 lbf × (pol) 2 = 1 lbf × in2 = 6,894757 kPa
1 bar = 1,0 × 105 Pa = 100 kPa 1 atm = 14,69594 lbf × in2
1 atm = 101,325 kPa 1 torr = 1 mm Hg [0 °C]
Quantidade de movimento (mV)
1 kg × m/s = 7,23294 lbm × ft/s 1 lbf × ft = 0,138256 kg × m/s
= 0,224809 lbf × s
Temperatura (T)
1 K = 1 °C 1 R = (5/9) K
TC = TK − 273,15 TF = TR − 459,67
TK = TR/1,8 TR = 1,8 TK
Velocidade (V)
1 m/s = 3,6 km/h 1 ft/s = 0,681818 mi/h
= 3,28084 ft/s = 0,3048 m/s
= 2,23694 mi/h = 1,09728 km/h
1 km/h = 0,27778 m/s 1 mi/h = 1,46667 ft/s
= 0,91134 ft/s = 0,44704 m/s
= 0,62137 mi/h = 1,609344 km/h
Volume (V )
1 m3 = 35,3147 ft 3 1 ft 3 = 2,831685 × 10 −2 m3
1 litro = 0,001 m3 /kg 1 galão (US) = 3,785412 × 10 −3 m3
1 galão (britânico) = 4,546090 × 10 −3 m3
Volume específico (v)
1 cm3 /g = 0,001 m3 /kg 1 m3 /kg = 16,01846 ft 3 /lbm
1 ft 3 /lbm = 0,062428 m3 /kg
Tabela A.2
Constantes críticas
Peso Temperatura Pressão Volume
Substância Fórmula
molecular K MPa m 3 /kg
Amônia NH3 17,031 405,5 11,35 0,00426
Argônio Ar 39,948 150,8 4,87 0,00188
Bromo Br 2 159,808 588 10,30 0,000796
Dióxido de carbono CO2 44,01 304,1 7,38 0,00212
Monóxido de carbono CO 28,01 132,9 3,50 0,00333
Cloro Cl2 70,906 416,9 7,98 0,00175
Flúor F2 37,997 144,3 5,22 0,00174
Hélio He 4,003 5,19 0,227 0,0143
Hidrogênio (normal) H2 2,016 33,2 1,30 0,0323
Criptônio Kr 83,80 209,4 5,50 0,00109
Neônio Ne 20,183 44,4 2,76 0,00206
Óxido nítrico NO 30,006 180 6,48 0,00192
Nitrogênio N2 28,013 126,2 3,39 0,0032
Dióxido de nitrogênio NO2 46,006 431 10,1 0,00365
Óxido nitroso N2O 44,013 309,6 7,24 0,00221
Oxigênio O2 31,999 154,6 5,04 0,00229
Dióxido de enxofre SO2 64,063 430,8 7,88 0,00191
Água H2O 18,015 647,3 22,12 0,00317
Xenônio Xe 131,30 289,7 5,84 0,000902
Acetileno C 2H2 26,038 308,3 6,14 0,00433
Benzeno C 6H6 78,114 562,2 4,89 0,00332
n-Butano C 4 H10 58,124 425,2 3,80 0,00439
Difluorcloroetanoa (142b) CH3CCLF2 100,495 410,3 4,25 0,00230
Difluorclorometano (22) CHCLF2 86,469 369,3 4,97 0,00191
Diclorofluoretanoa (141) CH3CCL 2F 116,95 481,5 4,54 0,00215
Diclorotrifluoretanoa (123) CHCL 2CF 3 152,93 456,9 3,67 0,00182
Difluoretanoa (152a) CHF 2CH3 66,05 386,4 4,52 0,00272
Difluormetanoa (32) CF 2H2 52,024 351,3 5,78 0,00236
Etano C 2H6 30,070 305,4 4,88 0,00493
Álcool etílico (etanol) C 2H5 OH 46,069 513,9 6,14 0,00363
Etileno C 2H4 28,054 282,4 5,04 0,00465
n-Heptano C 7H16 100,205 540,3 2,74 0,00431
n-Hexano C 6H14 86,178 507,5 3,01 0,00429
Metano CH4 16,043 190,4 4,60 0,00615
Álcool metílico (metanol) CH3OH 32,042 512,6 8,09 0,00368
n-Octano C 8H18 114,232 568,8 2,49 0,00431
Pentafluoretano (125) CHF2CF 3 120,022 339,2 3,62 0,00176
n-Pentano C 5H16 72,151 469,7 3,37 0,00421
Propano C 3H8 44,094 369,8 4,25 0,00454
Propeno C 3H6 42,081 364,9 4,60 0,00430
Refrigerante misto R-410A 72,585 344,5 4,90 0,00218
Tetrafluoretano (134a) CF3CH2F 102,03 374,2 4,06 0,00197
Tabela A.5
Propriedades de vários gases ideais a 25 °C e 100 kPa*
Gás Fórmula Peso R ρ Cp0 Cv0 k = Cp /Cv
química molecular kJ/kg K (kg/m³) kJ/kg K kJ/kg K
Acetileno C 2H2 26,038 0,3193 1,05 1,699 1,380 1,231
Água (vapor) H2O 18,015 0,4615 0,0231 1,872 1,410 1,327
Ar 28,97 0,287 1,169 1,004 0,717 1,400
Amônia NH3 17,031 0,4882 0,694 2,130 1,642 1,297
Argônio Ar 39,948 0,2081 1,613 0,520 0,312 1,667
Butano C 4 H10 58,124 0,1430 2,407 1,716 1,573 1,091
Dióxido de Carbono CO2 44,01 0,1889 1,775 0,842 0,653 1,289
Monóxido de Carbono CO 28,01 0,2968 1,13 1,041 0,744 1,400
Etano C 2H6 30,07 0,2765 1,222 1,766 1,490 1,186
Etanol C 2H5 OH 46,069 0,1805 1,883 1,427 1,246 1,145
Etileno C 2H4 28,054 0,2964 1,138 1,548 1,252 1,237
Hélio He 4,003 2,0771 0,1615 5,193 3,116 1,667
Hidrogênio H2 2,016 4,1243 0,0813 14,209 10,085 1,409
Metano CH 4 16,043 0,5183 0,648 2,254 1,736 1,299
Metanol CH3OH 32,042 0,2595 1,31 1,405 1,146 1,227
Neônio Ne 20,183 0,4120 0,814 1,03 0,618 1,667
Nitrogênio N2 28,013 0,2968 1,13 1,042 0,745 1,400
Óxido nítrico NO 30,006 0,2771 1,21 0,993 0,716 1,387
Óxido nitroso N2O 44,013 0,1889 1,775 0,879 0,690 1,274
n-Octano C 8H18 114,23 0,0727 0,092 1,7113 1,638 1,044
Oxigênio O2 31,999 0,2598 1,292 0,9216 0,662 1,393
Propano C 3H8 44,094 0,1886 1,808 1,679 1,490 1,126
R-12 CCl2F2 120,914 0,06876 4,98 0,616 0,547 1,126
R-22 CHClF 2 86,469 0,09616 3,54 0,658 0,562 1,171
R-32 CF 2H2 52,024 0,1598 2,125 0,822 0,662 1,242
R-125 CHF 2CF 3 120,022 0,06927 4,918 0,791 0,722 1,097
R-134a CF 3CH2F 102,03 0,08149 4,20 0,852 0,771 1,106
Dióxido de enxofre SO2 64,059 0,1298 2,618 0,624 0,494 1,263
Trióxido de enxofre SO 3 80,053 0,10386 3,272 0,635 0,531 1,196
* ou na pressão de saturação se esta for menor que 100 kPa
Tabela A.6
Calor específico a pressão constante de vários gases ideais em função da temperatura
Tabela A.7
Propriedades termodinâmicas do ar (gás ideal; pressão de referência para a entropia é 0,1 MPa ou 1 bar)
T [K] u kJ/kg h kJ/kg sT0 kJ/kg × K Pr vr
200 142,77 200,17 6,46260 0,2703 493,47
220 157,07 220,22 6,55812 0,3770 389,15
240 171,38 240,27 6,64535 0,5109 313,27
260 185,70 260,32 6,72562 0,6757 256,58
280 200,02 280,39 6,79998 0,8756 213,26
290 207,02 290,43 6,83521 0,9899 195,36
298,15 213,04 298,62 6,86305 1,0907 182,29
300 214,36 300,47 6,86926 1,1146 179,49
320 228,73 320,58 6,93413 1,3972 152,73
340 243,11 340,70 6,99515 1,7281 131,20
360 257,53 360,86 7,05276 2,1123 113,65
380 271,99 381,06 7,10735 2,5548 99,188
400 286,49 401,30 7,15926 3,0612 87,137
420 301,04 421,59 7,20875 3,6373 77,003
440 315,64 441,94 7,25607 4,2897 68,409
460 330,31 462,34 7,30142 5,0233 61,066
480 345,04 482,81 7,34499 5,8466 54,748
500 359,84 503,36 7,38692 6,7663 49,278
520 374,73 523,98 7,42736 7,7900 44,514
540 389,69 544,69 7,46642 8,9257 40,344
560 404,74 565,47 7,50422 10,182 36,676
580 419,87 586,35 7,54084 11,568 33,436
600 435,10 607,32 7,57638 13,092 30,561
620 450,42 628,38 7,61090 14,766 28,001
640 465,83 649,53 7,64448 16,598 25,713
660 481,34 670,78 7,67717 18,600 23,662
680 496,94 692,12 7,70903 20,784 21,818
700 512,64 713,56 7,74010 23,160 20,155
720 528,44 735,10 7,77044 25,742 18,652
740 544,33 756,73 7,80008 28,542 17,289
760 560,32 778,46 7,82905 31,573 16,052
780 576,40 800,28 7,85740 34,851 14,925
800 592,58 822,20 7,88514 38,388 13,897
850 633,42 877,40 7,95207 48,468 11,695
900 674,82 933,15 8,01581 60,520 9,9170
950 716,76 989,44 8,07667 74,815 8,4677
1000 759,19 1046,22 8,13493 91,651 7,2760
1050 802,10 1103,48 8,19081 111,35 6,2885
Tabela A.7
Propriedades termodinâmicas do ar (continuação)
T [K] u kJ/kg h kJ/kg sT0 kJ/kg × K Pr vr
1100 845,45 1161,18 8,24449 134,25 5,4641
1150 881,21 1219,30 8,29616 160,73 4,7714
1200 933,37 1277,81 8,34596 191,17 4,1859
1250 977,89 1336,68 8,39402 226,02 3,6880
1300 1022,75 1395,89 8,44046 265,72 3,2626
1350 1067,94 1455,43 8,48539 310,74 2,8971
1400 1113,43 1515,27 8,52891 361,62 2,5817
1450 1159,20 1575,40 8,57111 418,89 2,3083
1500 1205,25 1635,80 8,61208 483,16 2,0703
1550 1251,55 1696,47 8,65185 554,96 1,8625
1600 1298,08 1757,33 8,69051 634,97 1,6804
1650 1344,83 1818,44 8,72811 723,86 1,52007
1700 1391,80 1879,76 8,76472 822,33 1,37858
1750 1438,97 1941,28 8,80039 931,14 1,25330
1800 1486,33 2002,99 8,83516 1051,05 1,14204
1850 1533,87 2064,88 8,86908 1182,9 1,04294
1900 1581,59 2126,95 8,90219 1327,5 0,95445
1950 1629,47 2189,19 8,93452 1485,8 0,87521
2000 1677,52 2251,58 8,96611 1658,6 0,80410
2050 1725,71 2314,13 8,99699 1847,1 0,74012
2100 1774,06 2376,82 9,02721 2052,1 0,68242
2150 1822,54 2439,66 9,05678 2274,8 0,63027
2200 1871,16 2502,63 9,08573 2516,2 0,58305
2250 1919,91 2565,73 9,11409 2777,5 0,54020
2300 1968,79 2628,96 9,14189 3059,9 0,50124
2350 2017,79 2692,31 9,16913 3364,6 0,46576
2400 2066,91 2755,78 9,19586 3693,0 0,43338
2450 2116,14 2819,37 9,22208 4046,2 0,40378
2500 2165,48 2883,06 9,24781 4425,8 0,37669
2550 2214,93 2946,86 9,27308 4833,0 0,35185
2600 2264,48 3010,76 9,29790 5269,5 0,32903
2650 2314,13 3074,77 9,32228 5736,7 0,30805
2700 2363,88 3138,87 9,34625 6236,2 0,28872
2750 2413,73 3203,06 9,36980 6769,7 0,27089
2800 2463,66 3267,35 9,39297 7338,7 0,25443
2850 2513,69 3331,73 9,41576 7945,1 0,23921
2900 2563,80 3396,19 9,43818 8590,7 0,22511
2950 2613,99 3460,73 9,46025 9277,2 0,21205
3000 2664,27 3525,36 9,48198 10007,0 0,19992
Tabela A.8
Propriedades de várias substâncias (gases ideais, entropias a O,1 × MPa) base mássica
Nitrogênio, Diatômico (N2) Oxigênio, Diatômico (02)
R = 0,2968 kJ/kg × K M = 28,013 kg/kmol R = 0,2598 kJ/kg × K M = 31,999 kg/kmol
T (K) u (kJ/kg) h (kJ/kg) S T0 (kJ/kg × K) u (kJ/kg) h (kJ/kg) S T0 (kJ/kg × K)
200 148,39 207,75 6,4250 129,84 181,81 6,0466
250 185,50 259,70 6,6568 162,41 227,37 6,2499
300 222,63 311,67 6,8463 195,20 273,15 6,4168
350 259,80 363,68 7,0067 228,37 319,31 6,5590
400 297,09 415,81 7,1459 262,10 366,03 6,6838
450 334,57 468,13 7,2692 296,52 413,45 6,7954
500 372,35 520,75 7,3800 331,72 461,63 6,8969
550 410,52 573,76 7,4811 367,70 510,61 6,9903
600 449,16 627,24 7,5741 404,46 560,36 7,0768
650 488,34 681,26 7,6606 441,97 610,86 7,1577
700 528,09 735,86 7,7415 480,18 662,06 7,2336
750 568,45 791,05 7,8176 519,02 713,90 7,3051
800 609,41 846,85 7,8897 558,46 766,33 7,3728
850 650,98 903,26 7,9581 598,44 819,30 7,4370
900 693,13 960,25 8,0232 638,90 872,75 7,4981
950 735,85 1017,81 8,0855 679,80 926,65 7,5564
1000 779,11 1075,91 8,1451 721,11 980,95 7,6121
1100 867,14 1193,62 8,2572 804,80 1090,62 7,7166
1200 957,00 1313,16 8,3612 889,72 1201,53 7,8131
1300 1048,46 1434,31 8,4582 975,72 1313,51 7,9027
1400 1141,35 1556,87 8,5490 1062,67 1426,44 7,9864
1500 1235,50 1680,70 8,6345 1150,48 1540,23 8,0649
1600 1330,72 1805,60 8,7151 1239,10 1654,83 8,1389
1700 1426,89 1931,45 8,7914 1328,49 1770,21 8,2088
1800 1523,90 2058,15 8,8638 1418,63 1886,33 8,2752
1900 1621,66 2185,58 8,9327 1509,50 2003,19 8,3384
2000 1720,07 2313,68 8,9984 1601,10 2120,77 8,3987
2100 1819,08 2442,36 9,0612 1693,41 2239,07 8,4564
2200 1918,62 2571,58 9,1213 1786,44 2358,08 8,5117
2300 2018,63 2701,28 9,1789 1880,17 2477,79 8,5650
2400 2119,08 2831,41 9,2343 1974,60 2598,20 8,6162
2500 2219,93 2961,93 9,2876 2069,71 2719,30 8,6656
2600 2321,13 3092,81 9,3389 2165,50 2841,07 8,7134
2700 2422,66 3224,03 9,3884 2261,94 2963,49 8,7596
2800 2524,50 3355,54 9,4363 2359,01 3086,55 8,8044
2900 2626,62 3487,34 9,4825 2546,70 3210,22 8,8478
3000 2729,00 3619,41 9,5273 2554,97 3334,48 8,8899
Tabela A.10
Entalpia de formação e entropia absoluta de várias substâncias a 25ºC e 100 kPa
–
Substância Fórmula M Estado h f0 s– f0
kJ/kmol kJ/kmol K
Acetileno C 2H2 26,038 gás +226 731 200,958
Água H2O 18,015 gás −241 826 188,834
Água H2O 18,015 líquido −285 830 69,950
Amônia NH3 17,031 gás −45 720 192,572
Benzeno C 6H6 78,114 gás +82 980 269,562
Butano C 4 H10 58,124 gás −126 200 306,647
Carbono (grafita) C 12,011 sólido 0 5,740
Dióxido de carbono CO2 44,010 gás −393 522 213,795
Dióxido de enxofre SO2 64,059 gás −296 842 248,212
Enxofre S 32,06 sólido 0 32,056
Etano C 2H6 30,070 gás −84 740 229,597
Etanol C 2H5 OH 46,069 gás −235 000 282,444
Etanol C 2H5 OH 46,069 líquido −277 380 160,554
Eteno C 2H4 28,054 gás +52 467 219,330
Heptano C 7H16 100,205 gás −187 900 427,805
Hexano C 6H14 86,178 gás −167 300 387,979
Metano CH4 16,043 gás −74 873 186,251
Metanol CH3OH 32,042 gás −201 300 239,709
Metanol CH3OH 32,042 líquido −239 220 126,809
Monóxido de carbono CO 28,011 gás −110 527 197,653
Nitrometano CH3NO2 61,04 líquido −113 100 171,80
n-Octano C 8H18 114,232 gás −208 600 466,514
n-Octano C 8H18 114,232 líquido −250 105 360,575
Óxido de Nitrogênio N2O 44,013 gás +82 050 219,957
Ozônio O3 47,998 gás +142 674 238,932
Pentano C 5H12 72,151 gás −146 500 348,945
Peróxido de hidrogênio H2O2 34,015 gás −136 106 232,991
Propano C 3H8 44,094 gás −103 900 269,917
Propeno C 3H6 42,081 gás +20 430 267,066
Trióxido de enxofre SO3 80,058 gás −395 765 256,769
T-T-Diesel C14,4 H24,9 198,06 líquido −174 000 525,90
Para a reação vAA + vBB vCC + vDD, a constante de equilíbrio K é definida por:
Temp K H 2 2H O 2 2O N 2 2N 2H 2 O 2H 2 + O 2 2H 2 O H 2 + 2OH 2CO 2 2CO + O 2 N 2 +O 2 2NO N 2 + 2O 2 2NO 2
298 –164,003 –186,963 –367,528 –184,420 –212,075 –207,529 –69,868 –41,355
500 –92,830 –105,623 –213,405 –105,385 –120,331 –115,234 –40,449 –30,725
1000 –39,810 –45,146 –99,146 –46,321 –51,951 –47,052 –18,709 –23,039
1200 –30,878 –35,003 –80,025 –36,363 –40,467 –35,736 –15,082 –21,752
1400 –24,467 –27,741 –66,345 –29,222 –32,244 –27,679 –12,491 –20,826
1600 –19,638 –22,282 –56,069 –23,849 –26,067 –21,656 –10,547 –20,126
1800 –15,868 –18,028 –48,066 –19,658 –21,258 –16,987 –9,035 –19,577
2000 –12,841 –14,619 –41,655 –16,299 –17,406 –13,266 –7,825 –19,136
2200 –10,356 –11,826 –36,404 –13,546 –14,253 –10,232 –6,836 –18,773
2400 –8,280 –9,495 –32,023 –11,249 –11,625 –7,715 –6,012 –18,470
2600 –6,519 –7,520 –28,313 –9,303 –9,402 –5,594 –5,316 –18,214
2800 –5,005 –5,826 –25,129 –7,633 –7,496 –3,781 –4,720 –17,994
3000 –3,690 –4,356 –22,367 –6,184 –5,845 –2,217 –4,205 –17,805
3200 –2,538 –3,069 –19,947 –4,916 –4,401 –0,853 –3,755 –17,640
3400 –1,519 –1,932 –17,810 –3,795 –3,128 0,346 –3,359 –17,496
3600 –0,611 –0,922 –15,909 –2,799 –1,996 1,408 –3,008 –17,369
3800 0,201 –0,017 –14,205 –1,906 –0,984 2,355 –2,694 –17,257
4000 0,934 0,798 –12,671 –1,101 –0,074 3,204 –2,413 –17,157
4500 2,483 2,520 –9,423 0,602 1,847 4,985 –1,824 –16,953
Apêndice A – Propriedades Gerais
Fonte: Consistente com JANAF Thermochemical Tables, 3 edição, Thermal Group, Dow Chemical U.S.A., Mid., MI, 1985.
06.04.09 10:29:16
572 Fundamentos da Termodinâmica
Tabela A.12
Funções de escoamento compressível para escoamento isoentrópico unidimensional (gás ideal com calor específico e massa molecular
constantes; k = 1,4).
M M* A/A* P/P0 r / r0 T/T0
0,0 0,00000 1,00000 1,00000 1,00000
0,1 0,10944 5,82183 0,99303 0,99502 0,99800
0,2 0,21822 2,96352 0,97250 0,98028 0,99206
0,3 0,32572 2,03506 0,93947 0,95638 0,98232
0,4 0,43133 1,59014 0,89561 0,92427 0,96899
0,5 0,53452 1,33984 0,84302 0,88517 0,95238
0,6 0,63481 1,18820 0,78400 0,84045 0,93284
0,7 0,73179 1,09437 0,72093 0,79158 0,91075
0,8 0,82514 1,03823 0,65602 0,73999 0,88652
0,9 0,91460 1,00886 0,59126 0,68704 0,86059
1,0 1,0000 1,00000 0,52828 0,63394 0,83333
1,1 1,0812 1,00793 0,46835 0,58170 0,80515
1,2 1,1583 1,03044 0,41238 0,53114 0,77640
1,3 1,2311 1,06630 0,36091 0,48290 0,74738
1,4 1,2999 1,11493 0,31424 0,43742 0,71839
1,5 1,3646 1,17617 0,27240 0,39498 0,68966
1,6 1,4254 1,25023 0,23527 0,35573 0,66138
1,7 1,4825 1,33761 0.20259 0,31969 0,63371
1,8 1,5360 1,43898 0,17404 0,28682 0,60680
1,9 1,5861 1,55526 0,14924 0,25699 0,58072
2,0 1,6330 1,68750 0,12780 0,23005 0,55556
2,1 1,6769 1,83694 0,10925 0,20580 0,53135
2,2 1.7179 2,00497 0,93422E-01 0,18405 0,50813
2,3 1,7563 2,19313 0,79973E-01 0,16458 0,48591
2,4 1,7922 2,40310 0,68399E-01 0,14720 0,46468
2,5 1,8257 2,63672 0,58528E-01 0,13169 0,44444
2,6 1,8571 2,89598 0,50115E-01 0,11787 0,42517
2,7 1,8865 3,18301 0,42950E-01 0,10557 0,40683
2,8 1,9140 3,50012 0,36848E-01 0,94626E-01 0,38941
2,9 1,9398 3,84977 0,31651E-01 0,84889E-01 0,37286
3,0 1,9640 4,23457 0,27224E-01 0,76226E-01 0,35714
3,5 2,0642 6,78962 0,13111E-01 0,45233E-01 0,28986
4,0 2,1381 10,7188 0,65861E-02 0,27662E-01 0,23810
4,5 2,1936 16,5622 0,34553E-02 0,17449E-01 0,19802
5,0 2,2361 25,0000 0,18900E-02 0,11340E-01 0,16667
6,0 2,2953 53,1798 0,63336E-03 0,51936E-02 0,12195
7,0 2,3333 104,143 0,24156E-03 0,26088E-02 0,09259
8,0 2,3591 190,109 0,10243E-03 0,14135E-02 0,07246
9,0 2,3772 327,198 0,47386E-04 0,81504E-03 0,05814
10,0 2,3905 535,938 0,23563E-04 0,49482E-03 0,04762
2,4495 0,0 0,0 0,0
Tabela A.13
Funções de choque normal para escoamento compressível unidimensional (gás ideal com calor específico e massa molecular constan-
tes; k = 1,4).
Mx My Py /Px ry / rx Ty /Px P0y /P0x P0y /Px
1,00 1,00000 1,0000 1,0000 1,0000 1,00000 1,8929
1,05 0,95313 1,1196 1,0840 1,0328 0,99985 2,0083
1,10 0,91177 1,2450 1,1691 1,0649 0,99893 2,1328
1,15 0,87502 1,3763 1,2550 1,0966 0,99669 2,2661
1,20 0,84217 1,5133 1,3416 1,1280 0,99280 2,4075
1,25 0,81264 1,6563 1,4286 1,1594 0,98706 2,5568
1,30 0,78596 1,8050 1,5157 1,1909 0,97937 2,7136
1,35 0,76175 1,9596 1,6028 1,2226 0,96974 2,8778
1,40 0,73971 2,1200 1,6897 1,2547 0,95819 3,0492
1,45 0,71956 2,2863 1,7761 1,2872 0,94484 3,2278
1,50 0,70109 2,4583 1,8621 1,3202 0,92979 3,4133
1,55 0,68410 2,6362 1,9472 1,3538 0,91319 3,6057
1,60 0,66844 2,8200 2,0317 1,3880 0,89520 3,8050
1,65 0,65396 3,0096 2,1152 1,4228 0,87599 4,0110
1,70 0,64054 3,2050 2,1977 1,4583 0,85572 4,2238
1,75 0,62809 3,4063 2,2791 1,4946 0,83457 4,4433
1,80 0,61650 3,6133 2,3592 1,5316 0,81268 4,6695
1,85 0,60570 3,8263 2,4381 1,5693 0,79023 4,9023
1,90 0,59562 4,0450 2,5157 1,6079 0,76736 5,1418
1,95 0,58618 4,2696 2,5919 1,6473 0,74420 5,3878
2,00 0,57735 4,5000 2,6667 1,6875 0,72087 5,6404
2,05 0,56906 4,7362 2,7400 1,7285 0,69751 5,8996
2,10 0,56128 4,9783 2,8119 1,7705 0,67420 6,1654
2,15 0,55395 5,2263 2,8823 1,8132 0,54105 6,4377
2,20 0,54706 5,4800 2,9512 1,8569 0,62814 6,7165
2,25 0,54055 5,7396 3,0186 1,9014 0,60553 7,0018
2,30 0,53441 6,0050 3,0845 1,9468 0,58329 7,2937
2,35 0,52861 6,2762 3,1490 1,9931 0,56148 7,5920
2,40 0,52312 6,5533 3,2119 2,0403 0,54014 7,8969
2,45 0,51792 6,8363 3,2733 2,0885 0,51931 8,2083
2,50 0,51299 7,1250 3,3333 2,1375 0,49901 8,5261
2,55 0,50831 7,4196 3,3919 2,1875 0,47928 8,8505
2,60 0,50387 7,7200 3,4490 2,2383 0,46012 9,1813
2,70 0,49563 8,3383 3,5590 2,3429 0,42359 9,8624
2,80 0,48817 8,9800 3,6636 2,4512 0,38946 10,569
2,90 0,48138 9,6450 3,7629 2,5632 0,35773 11,302
3,00 0,47519 10,333 3,8571 2,6790 0,32834 12,061
4,00 0,43496 18,500 4,5714 4,0469 0,13876 21,068
5,00 0,41523 29,000 5,0000 5,8000 0,06172 32,653
10,00 0,38758 116,5 5,7143 20,387 0,00304 129,22
B
Apêndice
Tabelas Termodinâmicas
Tabela B.1.2
Água saturada: tabela em função da pressão
Volume específico Energia interna Entalpia Entropia
(m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
Temp. Pressão Líquido Vapor Líquido Vapor Líquido Vapor Líquido Vapor
Evap. Evap. Evap.
ºC kPa sat. sat. sat. sat. sat. sat. sat. sat.
T P vl vv ul ulv uv hl hlv hv sl slv sv
0,6113 0,01 0,001000 206,132 0 2375,3 2375,3 0,00 2501,30 2501,30 0,0000 9,1562 9,1562
1 6,98 0,001000 129,20802 29,29 2355,69 2384,98 29,29 2484,89 2514,18 0,1059 8,8697 8,9756
1,5 13,03 0,001001 87,98013 54,70 2338,63 2393,32 54,70 2470,59 2525,30 0,1956 8,6322 8,8278
2 17,50 0,001001 67,00385 73,47 2326,02 2399,48 73,47 2460,02 2533,49 0,2607 8,4629 8,7236
2,5 21,08 0,001002 54,25385 88,47 2315,93 2404,40 88,47 2451,56 2540,03 0,3120 8,3311 8,6431
3 24,08 0,001003 45,66502 101,03 2307,48 2408,51 101,03 2444,47 2545,50 0,3545 8,2231 8,5775
4 28,96 0,001004 34,80015 121,44 2293,73 2415,17 121,44 2432,93 2554,37 0,4226 8,0520 8,4746
5 32,88 0,001005 28,19251 137,79 2282,70 2420,49 137,79 2423,66 2561,45 0,4763 7,9187 8,3950
7,5 40,29 0,001008 19,23775 168,76 2261,74 2430,50 168,77 2406,02 2574,79 0,5763 7,6751 8,2514
10 45,81 0,001010 14,67355 191,79 2246,10 2437,89 191,81 2392,82 2584,63 0,6492 7,5010 8,1501
15 53,97 0,001014 10,02218 225,90 2222,83 2448,73 225,91 2373,14 2599,06 0,7548 7,2536 8,0084
20 60,06 0,001017 7,64937 251,35 2205,36 2456,71 251,38 2358,33 2609,70 0,8319 7,0766 7,9085
25 64,97 0,001020 6,20424 271,88 2191,21 2463,08 271,90 2346,29 2618,19 0,8930 6,9383 7,8313
30 69,10 0,001022 5,22918 289,18 2179,22 2468,40 289,21 2336,07 2625,28 0,9439 6,8247 7,7686
40 75,87 0,001026 3,99345 317,51 2159,49 2477,00 317,55 2319,19 2636,74 1,0258 6,6441 7,6700
50 81,33 0,001030 3,24034 340,42 2143,43 2483,85 340,47 2305,40 2645,87 1,0910 6,5029 7,5939
75 91,77 0,001037 2,21711 394,29 2112,39 2496,67 384,36 2278,59 2662,96 1,2129 6,2434 7,4563
100 99,62 0,001043 1,69400 417,33 2088,72 2506,06 417,44 2258,02 2675,46 1,3025 6,0568 7,3593
125 105,99 0,001048 1,37490 444,16 2069,32 2513,48 444,30 2241,05 2685,35 1,3739 5,9104 7,2843
150 111,37 0,001053 1,15933 466,92 2052,72 2519,64 467,08 2226,46 2693,54 1,4335 5,7897 7,2232
175 116,06 0,001057 1,00363 486,78 2038,12 2524,90 486,97 2213,57 2700,53 1,4848 5,6868 7,1717
200 120,23 0,001061 0,88573 504,47 2025,02 2529,49 504,68 2201,96 2706,63 1,5300 5,5970 7,1271
225 124,00 0,001064 0,79325 520,45 2013,10 2533,56 520,69 2191,35 2712,04 1,5705 5,5173 7,0878
250 127,43 0,001067 0,71871 535,08 2002,14 2537,21 535,34 2181,55 2716,89 1,6072 5,4455 7,0526
275 130,60 0,001070 0,65731 548,57 1991,95 2540,53 548,87 2172,42 2721,29 1,6407 5,3801 7,0208
300 133,55 0,001073 0,60582 561,13 1982,43 2543,55 561,45 2163,85 2725,30 1,6717 5,3201 6,9918
325 136,30 0,001076 0,56201 572,88 1973,46 2546,34 573,23 2155,76 2728,99 1,7005 5,2646 6,9651
350 138,88 0,001079 0,52425 583,93 1964,98 2548,92 584,31 2148,10 2732,40 1,7274 5,2130 6,9404
375 141,32 0,001081 0,49137 594,38 1956,93 2551,31 594,79 2140,79 2735,58 1,7527 5,1647 6,9174
400 143,63 0,001084 0,46246 604,29 1949,26 2553,55 604,73 2133,81 2738,53 1,7766 5,1193 6,8958
450 147,93 0,001088 0,41398 622,75 1934,87 2557,62 623,24 2120,67 2743,91 1,8206 5,0359 6,8565
500 151,86 0,001093 0,37489 639,66 1921,57 2561,23 640,21 2108,47 2748,67 1,8606 4,9606 6,8212
550 155,48 0,001097 0,34268 655,30 1909,17 2564,47 655,91 2097,04 2752,94 1,8972 4,8920 6,7892
600 158,85 0,001101 0,31567 669,88 1897,52 2567,40 670,54 2086,26 2756,80 1,9311 4,8289 6,7600
650 162,01 0,001104 0,29268 683,55 1886,51 2570,06 684,26 2076,04 2760,30 1,9627 4,7704 6,7330
700 164,97 0,001108 0,27286 696,43 1876,07 2572,49 697,20 2066,30 2763,50 1,9922 4,7158 6,7080
750 167,77 0,001111 0,25560 708,62 1866,11 2574,73 709,45 2056,89 2766,43 2,0199 4,6647 6,6846
800 170,43 0,001115 0,24043 720,20 1856,58 2576,79 721,10 2048,04 2769,13 2,0461 4,6166 6,6627
Tabela B.1.3
Vapor d'água superaquecido
v u h s v u h s v u h s
T
(m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
P = 10 kPa (45,81) P = 50 kPa (81,33) P = 100 kPa (99,62)
Sat. 14,67355 2437,89 2584,63 8,1501 3,24034 2483,85 2645,87 7,5939 1,69400 2506,06 2675,46 7,3593
50 14,86920 2443,87 2592,56 8,1749 - - - - - - - -
100 17,19561 2515,50 2687,46 8,4479 3,41833 2511,61 2682,52 7,6947 - - - -
150 19,51251 2587,86 2782,99 8,6881 3,88937 2585,61 2780,08 7,9400 1,93636 2582,75 2776,38 7,6133
200 21,82507 2661,27 2879,52 8,9037 4,35595 2659,85 2877,64 8,1579 2,17226 2658,05 2875,27 7,8342
250 24,13559 2735,95 2977,31 9,1002 4,82045 2734,97 2975,99 8,3555 2,40604 2733,73 2974,33 8,0332
300 26,44508 2812,06 3076,51 9,2812 5,28391 2811,33 3075,52 8,5372 2,63876 2810,41 3074,28 8,2157
400 31,06252 2968,89 3279,51 9,6076 6,20929 2968,43 3278,89 8,8641 3,10263 2967,85 3278,11 8,5434
500 35,67896 3132,26 3489,05 9,8977 7,13364 3131,94 3488,62 9,1545 3,56547 3131,54 3488,09 8,8341
600 40,29488 3302,45 3705,40 10,1608 8,05748 3302,22 3705,10 9,4177 4,02781 3301,94 3704,72 9,0975
700 44,91052 3479,63 3928,73 10,4028 8,98104 3479,45 3928,51 9,6599 4,48986 3479,24 3928,23 9,3398
800 49,52599 3663,84 4159,10 10,6281 9,90444 3663,70 4158,92 9,8852 4,95174 3663,53 4158,71 9,5652
900 54,14137 3855,03 4396,44 10,8395 10,82773 3854,91 4396,30 10,0967 5,41353 3854,77 4396,12 9,7767
1000 58,75669 4053,01 4640,58 11,0392 11,75097 4052,91 4640,46 10,2964 5,87526 4052,78 4640,31 9,9764
1100 63,37198 4257,47 4891,19 11,2287 12,67418 4257,37 4891,08 10,4858 6,33696 4257,25 4890,95 10,1658
1200 67,98724 4467,91 5147,78 11,4090 13,59737 4467,82 5147,69 10,6662 6,79863 4467,70 5147,56 10,3462
1300 72,60250 4683,68 5409,70 14,5810 14,52054 4683,58 5409,61 10,8382 7,26030 4683,47 5409,49 10,5182
P = 200 kPa (120,23) P = 300 kPa (133,55) P = 400 kPa (143,63)
Sat. 0,88573 2529,49 2706,63 7,1271 0,60582 2543,55 2725,30 6,9918 0,46246 2553,55 2738,53 6,8958
150 0,95964 2576,87 2768,80 7,2795 0,63388 2570,79 2760,95 7,0778 0,47084 2564,48 2752,82 6,9299
200 1,08034 2654,39 2870,46 7,5066 0,71629 2650,65 2865,54 7,3115 0,53422 2646,83 2860,51 7,1706
250 1,19880 2731,22 2970,98 7,7085 0,79636 2728,69 2967,59 7,5165 0,59512 2726,11 2964,16 7,3788
300 1,31616 2808,55 3071,79 7,8926 0,87529 2806,69 3069,28 7,7022 0,65484 2804,81 3066,75 7,5661
400 1,54930 2966,69 3276,55 8,2217 1,03151 2965,53 3274,98 8,0329 0,77262 2964,36 3273,41 7,8984
500 1,78139 3130,75 3487,03 8,5132 1,18669 3129,95 3485,96 8,3250 0,88934 3129,15 3484,89 8,1912
600 2,01297 3301,36 3703,96 8,7769 1,34136 3300,79 3703,20 8,5892 1,00555 3300,22 3702,44 8,4557
700 2,24426 3478,81 3927,66 9,0194 1,49573 3478,38 3927,10 8,8319 1,12147 3477,95 3926,53 8,6987
800 2,47539 3663,19 4158,27 9,2450 1,64994 3662,85 4157,83 9,0575 1,23722 3662,51 4157,40 8,9244
900 2,70643 3854,49 4395,77 9,4565 1,80406 3854,20 4395,42 9,2691 1,35288 3853,91 4395,06 9,1361
1000 2,93740 4052,53 4640,01 9,6563 1,95812 4052,27 4639,71 9,4689 1,46847 4052,02 4639,41 9,3360
1100 3,16834 4257,01 4890,68 9,8458 2,11214 4256,77 4890,41 9,6585 1,58404 4256,53 4890,15 9,5255
1200 3,39927 4467,46 5147,32 10,0262 2,26614 4467,23 5147,07 9,8389 1,69958 4466,99 5146,83 9,7059
1300 3,63018 4683,23 5409,26 10,1982 2,42013 4682,99 5409,03 10,0109 1,81511 4682,75 5408,80 9,8780
P = 500 kPa (151,86) P = 600 kPa (158,85) P = 800 kPa (170,43)
Sat. 0,37489 2561,23 2748,67 6,8212 0,31567 2567,40 2756,80 6,7600 0,24043 2576,79 2769,13 6,6627
200 0,42492 2642,91 2855,37 7,0592 0,35202 2638,91 2850,12 6,9665 0,26080 2630,61 2839,25 6,8158
250 0,47436 2723,50 2960,68 7,2708 0,39383 2720,86 2957,16 7,1816 0,29314 2715,46 2949,97 7,0384
300 0,52256 2802,91 3064,20 7,4598 0,43437 2801,00 3061,63 7,3723 0,32411 2797,14 3056,43 7,2327
350 0,57012 2882,59 3167,65 7,6328 0,47424 2881,12 3165,66 7,5463 0,35439 2878,16 3161,68 7,4088
400 0,61728 2963,19 3271,83 7,7937 0,51372 2962,02 3270,25 7,7078 0,38426 2959,66 3267,07 7,5715
500 0,71093 3128,35 3483,82 8,0872 0,59199 3127,55 3482,75 8,0020 0,44331 3125,95 3480,60 7,8672
600 0,80406 3299,64 3701,67 8,3521 0,66974 3299,07 3700,91 8,2673 0,50184 3297,91 3699,38 8,1332
700 0,89691 3477,52 3925,97 8,5952 0,74720 3477,08 3925,41 8,5107 0,56007 3476,22 3924,27 8,3770
800 0,98959 3662,17 4156,96 8,8211 0,82450 3661,83 4156,52 8,7367 0,61813 3661,14 4155,65 8,6033
900 1,08217 3853,63 4394,71 9,0329 0,90169 3853,34 4394,36 8,9485 0,67610 3852,77 4393,65 8,8153
1000 1,17469 4051,76 4639,11 9,2328 0,97883 4051,51 4638,81 9,1484 0,73401 4051,00 4638,20 9,0153
1100 1,26718 4256,29 4889,88 9,4224 1,05594 4256,05 4889,61 9,3381 0,79188 4255,57 4889,08 9,2049
1200 1,35964 4466,76 5146,58 9,6028 1,13302 4466,52 5146,34 9,5185 0,84974 4466,05 5145,85 9,3854
1300 1,45210 4682,52 5408,57 9,7749 1,21009 4682,28 5408,34 9,6906 0,90758 4681,81 5407,87 9,5575
Tabela B.1.4
Água líquida comprimida
T v u h s v u h s v u h s
°C (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
P = 500 kPa (151,86) P = 2000 kPa (212,42) P = 5000 kPa (263,99)
Sat, 0,001093 639,66 640,21 1,8606 0,001177 906,42 908,77 2,4473 0,001286 1147,78 1154,21 2,9201
0 - - - - - - - - 0,000998 0,03 5,02 0,0001
0,01 0,000999 0,01 0,51 0,0000 0,000999 0,03 2,03 0,0001 - - -
20 0,001002 83,91 84,41 0,2965 0,001001 83,82 85,82 0,2962 0,001000 83,64 88,64 0,2955
40 0,001008 167,47 167,98 0,5722 0,001007 167,29 169,30 0,5716 0,001006 166,93 171,95 0,5705
60 0,001017 251,00 251,51 0,8308 0,001016 250,73 252,77 0,8300 0,001015 250,21 255,28 0,8284
80 0,001029 334,73 335,24 1,0749 0,001028 334,38 336,44 1,0739 0,001027 333,69 338,83 1,0719
100 0,001043 418,80 419,32 1,3065 0,001043 418,36 420,45 1,3053 0,001041 417,50 422,71 1,3030
120 0,001060 503,37 503,90 1,5273 0,001059 502,84 504,96 1,5259 0,001058 501,79 507,07 1,5232
140 0,001080 588,66 589,20 1,7389 0,001079 588,02 590,18 1,7373 0,001077 586,74 592,13 1,7342
160 - - - - 0,001101 674,14 676,34 1,9410 0,001099 672,61 678,10 1,9374
180 - - - - 0,001127 761,46 763,71 2,1382 0,001124 759,62 765,24 2,1341
200 - - - - 0,001156 850,30 852,61 2,3301 0,001153 848,08 853,85 2,3254
220 - - - - - - - - 0,001187 938,43 944,36 2,5128
240 - - - - - - - - 0,001226 1031,34 1037,47 2,6978
260 - - - - - - - - 0,001275 1127,92 1134,30 2,8829
P = 10 000 kPa (311,06) P = 15 000 kPa (342,24) P = 20 000 kPa (365,81)
Sat. 0,001452 1393,00 1407,53 3,3595 0,001658 1585,58 1610,45 3,6847 0,002035 1785,47 1826,18 4,0137
0 0,000995 0,10 10,05 0,0003 0,000993 0,15 15,04 0,0004 0,000990 0,20 20,00 0,0004
20 0,000997 83,35 93,32 0,2945 0,000995 83,05 97,97 0,2934 0,000993 82,75 102,61 0,2922
40 0,001003 166,33 176,36 0,5685 0,001001 165,73 180,75 0,5665 0,000999 165,15 185,14 0,5646
60 0,001013 249,34 259,47 0,8258 0,001011 248,49 263,65 0,8231 0,001008 247,66 267,82 0,8205
80 0,001025 332,56 342,81 1,0687 0,001022 331,46 346,79 1,0655 0,001020 330,38 350,78 1,0623
100 0,001039 416,09 426,48 1,2992 0,001036 414,72 430,26 1,2954 0,001034 413,37 434,04 1,2917
120 0,001055 500,07 510,61 1,5188 0,001052 498,39 514,17 1,5144 0,001050 496,75 517,74 1,5101
140 0,001074 584,67 595,40 1,7291 0,001071 582,64 598,70 1,7241 0,001068 580,67 602,03 1,7192
160 0,001195 670,11 681,07 1,9316 0,001092 667,69 684,07 1,9259 0,001089 665,34 687,11 1,9203
180 0,001120 756,63 767,83 2,1274 0,001116 753,74 770,48 2,1209 0,001112 750,94 773,18 2,1146
200 0,001148 844,49 855,97 2,3178 0,001143 841,04 858,18 2,3103 0,001139 837,70 860,47 2,3031
220 0,001181 934,07 945,88 2,5038 0,001175 929,89 947,52 2,4952 0,001169 925,89 949,27 2,4869
240 0,001219 1025,94 1038,13 2,6872 0,001211 1020,82 1038,99 2,6770 0,001205 1015,94 1040,04 2,6673
260 0,001265 1121,03 1133,68 2,8698 0,001255 1114,59 1133,41 2,8575 0,001246 1108,53 1133,45 2,8459
280 0,001322 1220,90 1234,11 3,0547 0,001308 1212,47 1232,09 3,0392 0,001297 1204,69 1230,62 3,0248
300 0,001397 1328,34 1342,31 3,2468 0,001377 1316,58 1337,23 3,2259 0,001360 1306,10 1333,29 3,2071
320 - - - - 0,001472 1431,05 1453,13 3,4246 0,001444 1415,66 1444,53 3,3978
340 - - - - 0,001631 1567,42 1591,88 3,6545 0,001568 1539,64 1571,01 3,6074
360 - - - - - - - - 0,001823 1702,78 1739,23 3,8770
Tabela B.1.5
Saturação sólido – vapor
Volume específico Energia interna Entalpia Entropia
(m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
Temp. Pressão Sólido Evap. Vapor Sólido Subl. Vapor Sólido Subl. Vapor Sólido Subl. Vapor
T p sat.1 sat. sat. sat. sat. sat. sat. sat.
°C kPa vs × 10 3 vig vv us usv vv hs hsv hv ss ssv sv
0,01 0,6113 0,0010908 206,152 206,153 –333,40 2708,7 2375,3 –333,40 2834,7 2501,3 –1,2210 10,3772 9,1562
0 0,6108 0,0010908 206,314 206,315 –333,42 2708,7 2375,3 –333,42 2834,8 2501,3 –1,2211 10,3776 9,1565
–2 0,5177 0,0010905 241,662 241,663 –337,61 2710,2 2372,5 –337,61 2835,3 2497,6 –1,2369 10,4562 9,2193
–4 0,4376 0,0010901 283,798 283,799 –341,78 2711,5 2369,8 –341,78 2835,7 2494,0 –1,2526 10,5358 9,2832
–6 0,3689 0,0010898 334,138 334,139 –345,91 2712,9 2367,0 –345,91 2836,2 2490,3 –1,2683 10,6165 9,3482
–8 0,3102 0,0010894 394,413 394,414 –350,02 2714,2 2364,2 –350,02 2836,6 2486,6 –1,2839 10,6982 9,4143
–10 0,2601 0,0010891 466,756 466,757 –354,09 2715,5 2361,4 –354,09 2837,0 2482,9 –1,2995 10,7809 9,4815
–12 0,2176 0,0010888 553,802 553,803 –358,14 2716,8 2358,7 –358,14 2837,3 2479,2 –1,3150 10,8648 9,5498
–14 0,1815 0,0010884 658,824 658,824 –362,16 2718,0 2355,9 –362,16 2837,6 2475,5 –1,3306 10,9498 9,6192
–16 0,1510 0,0010881 785,906 785,907 –366,14 2719,2 2353,1 –366,14 2837,9 2471,8 –1,3461 11,0359 9,6898
–18 0,1252 0,0010878 940,182 940,183 –370,10 2720,4 2350,3 –370,10 2838,2 2468,1 –1,3617 11,1233 9,7616
–20 0,10355 0,0010874 1128,112 1128,113 –374,03 2721,6 2347,5 –374,03 2838,4 2464,3 –1,3772 11,2120 9,8348
–22 0,08535 0,0010871 1357,863 1357,864 –377,93 2722,7 2344,7 –377,93 2838,6 2460,6 –1,3928 11,3020 9,9093
–24 0,07012 0,0010868 1639,752 1639,753 –381,80 2723,7 2342,0 –381,80 2838,7 2456,9 –1,4083 11,3935 9,9852
–26 0,05741 0,0010864 1986,775 1986,776 –385,64 2724,8 2339,2 –385,64 2838,9 2453,2 –1,4239 11,4864 10,0625
–28 0,04684 0,0010861 2415,200 2415,201 –389,45 2725,8 2336,4 –389,45 2839,0 2449,5 –1,4394 11,5808 10,1413
–30 0,03810 0,0010858 2945,227 2945,228 –393,23 2726,8 2333,6 –393,23 2839,0 2445,8 –1,4550 11,6765 10,2215
–32 0,03090 0,0010854 3601,822 3601,823 –396,98 2727,8 2330,8 –396,98 2839,1 2442,1 –1,4705 11,7733 10,3028
–34 0,02499 0,0010851 4416,252 4416,253 –400,71 2728,7 2328,0 –400,71 2839,1 2438,4 –1,4860 11,8713 10,3853
–36 0,02016 0,0010848 5430,115 5430,116 –404,40 2729,6 2325,2 –404,40 2839,1 2434,7 –1,5014 11,9704 10,4690
–38 0,01618 0,0010844 6707,021 6707,022 –408,06 2730,5 2322,4 –408,06 2839,0 2431,0 –1,5168 12,0714 10,5546
–40 0,01286 0,0010841 8366,395 8366,396 –411,70 2731,3 2319,6 –411,70 2838,9 2427,2 –1,5321 12,1768 10,6447
N.T.: Os valores tabelados de vs estão multiplicados por 1000. Por exemplo, a –6 ºC: vs × 10 3 = 1,0898. Portanto, vs = 0,0010898 m³/kg.
Tabela B.2.2
Amônia superaquecida
T v u h s v u h s v u h s
°C (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
50 kPa (–46,53 °C) 100 kPa (–33,60 °C) 150 kPa (–25,22 °C)
Sat. 2,1752 1269,6 1378,3 6,0839 1,1381 1284,9 1398,7 5,8401 0,7787 1294,1 1410,9 5,6983
–30 2,3448 1296,2 1413,4 6,2333 1,1573 1291,0 1406,7 5,8734 - - - -
–20 2,4463 1312,3 1434,6 6,3187 1,2101 1307,8 1428,8 5,9626 0,7977 1303,3 1422,9 5,7465
–10 2,5471 1328,4 1455,7 6,4006 1,2621 1324,6 1450,8 6,0477 0,8336 1320,7 1445,7 5,8349
0 2,6474 1344,5 1476,9 6,4795 1,3136 1341,3 1472,6 6,1291 0,8689 1337,9 1468,3 5,9189
10 2,7472 1360,7 1498,1 6,5556 1,3647 1357,9 1494,4 6,2073 0,9037 1355,0 1490,6 5,9992
20 2,8466 1377,0 1519,3 6,6293 1,4153 1374,5 1516,1 6,2826 0,9382 1372,0 1512,8 6,0761
30 2,9458 1393,3 1540,6 6,7008 1,4657 1391,2 1537,7 6,3553 0,9723 1389,0 1534,9 6,1502
40 3,0447 1409,8 1562,0 6,7703 1,5158 1407,9 1559,5 6,4258 1,0062 1406,0 1556,9 6,2217
50 3,1435 1426,3 1583,5 6,8379 1,5658 1424,7 1581,2 6,4943 1,0398 1423,0 1578,9 6,2910
60 3,2421 1443,0 1605,1 6,9038 1,6156 1441,5 1603,1 6,5609 1,0734 1440,0 1601,0 6,3583
70 3,3406 1459,9 1626,9 6,9682 1,6653 1458,5 1625,1 6,6258 1,1068 1457,2 1623,2 6,4238
80 3,4390 1476,9 1648,8 7,0312 1,7148 1475,6 1647,1 6,6892 1,1401 1474,4 1645,4 6,4877
100 3,6355 1511,4 1693,2 7,1533 1,8137 1510,3 1691,7 6,8120 1,2065 1509,3 1690,2 6,6112
120 3,8318 1546,6 1738,2 7,2708 1,9124 1545,7 1736,9 6,9300 1,2726 1544,8 1735,6 6,7297
140 4,0280 1582,5 1783,9 7,3842 2,0109 1581,7 1782,8 7,0439 1,3386 1580,9 1781,7 6,8439
160 4,2240 1619,2 1830,4 7,4941 2,1093 1618,5 1829,4 7,1540 1,4044 1617,8 1828,4 6,9544
180 4,4199 1656,7 1877,7 7,6008 2,2075 1656,0 1876,8 7,2609 1,4701 1655,4 1875,9 7,0615
200 4,6157 1694,9 1925,7 7,7045 2,3057 1694,3 1924,9 7,3648 1,5357 1693,7 1924,1 7,1656
220 - - - - - - - - 1,6013 1732,9 1973,1 7,2670
200 kPa (–18,86°C) 300 kPa (–9,24°C) 400 kPa (–1,89°C)
Sat. 0,5946 1300,6 1419,6 5,5979 0,40607 1309,9 1431,7 5,4565 0,30942 1316,4 1440,2 5,3559
–10 0,6193 1316,7 1440,6 5,6791 - - - - - - - -
0 0,6465 1334,5 1463,8 5,7659 0,42382 1327,5 1454,7 5,5420 0,31227 1320,2 1445,1 5,3741
10 0,6732 1352,1 1486,8 5,8484 0,44251 1346,1 1478,9 5,6290 0,32701 1339,9 1470,7 5,4663
20 0,6995 1369,5 1509,4 5,9270 0,46077 1364,4 1502,6 5,7113 0,34129 1359,1 1495,6 5,5525
30 0,7255 1386,8 1531,9 6,0025 0,47870 1382,3 1526,0 5,7896 0,35520 1377,7 1519,8 5,6338
40 0,7513 1404,0 1554,3 6,0751 0,49636 1400,1 1549,0 5,8645 0,36884 1396,1 1543,6 5,7111
50 0,7769 1421,3 1576,6 6,1453 0,51382 1417,8 1571,9 5,9365 0,38226 1414,2 1567,1 5,7850
60 0,8023 1438,5 1598,9 6,2133 0,53111 1435,4 1594,7 6,0060 0,39550 1432,2 1590,4 5,8560
70 0,8275 1455,8 1621,3 6,2794 0,54827 1453,0 1617,5 6,0732 0,40860 1450,1 1613,6 5,9244
80 0,8527 1473,1 1643,7 6,3437 0,56532 1470,6 1640,2 6,1385 0,42160 1468,0 1636,7 5,9907
100 0,9028 1508,2 1688,8 6,4679 0,59916 1506,1 1685,8 6,2642 0,44732 1503,9 1682,8 6,1179
120 0,9527 1543,8 1734,4 6,5869 0,63276 1542,0 1731,8 6,3842 0,47279 1540,1 1729,2 6,2390
140 1,0024 1580,1 1780,6 6,7015 0,66618 1578,5 1778,3 6,4996 0,49808 1576,8 1776,0 6,3552
160 1,0519 1617,0 1827,4 6,8123 0,69946 1615,6 1825,4 6,6109 0,52323 1614,1 1823,4 6,4671
180 1,1014 1654,7 1875,0 6,9196 0,73263 1653,4 1873,2 6,7188 0,54827 1652,1 1871,4 6,5755
200 1,1507 1693,2 1923,3 7,0239 0,76572 1692,0 1921,7 6,8235 0,57321 1690,8 1920,1 6,6806
220 1,2000 1732,4 1972,4 7,1255 0,79872 1731,3 1970,9 6,9254 0,59809 1730,3 1969,5 6,7828
240 - - - - 0,83167 1771,4 2020,9 7,0247 0,62289 1770,5 2019,6 6,8825
260 - - - - 0,86455 1812,2 2071,6 7,1217 0,64764 1811,4 2070,5 6,9797
Tabela B.3.2
Dióxido de carbono superaquecido
T v u h s v u h s
°C (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
400 kPa (NA) 800 kPa (–46,00 °C)
Sat. - - - - 0,04783 282,69 320,95 1,4145
–40 0,10499 292,46 334,46 1,5947 0,04966 287,05 326,78 1,4398
–20 0,11538 305,30 351,46 1,6646 0,05546 301,13 345,49 1,5168
0 0,12552 318,31 368,51 1,7295 0,06094 314,92 363,67 1,5859
20 0,13551 331,57 385,77 1,7904 0,06623 328,73 381,72 1,6497
40 0,14538 345,14 403,29 1,8482 0,07140 342,70 399,82 1,7094
60 0,15518 359,03 421,10 1,9033 0,07648 356,90 418,09 1,7660
80 0,16491 373,25 439,21 1,9561 0,08150 371,37 436,57 1,8199
100 0,17460 387,80 457,64 2,0069 0,08647 386,11 455,29 1,8714
120 0,18425 402,67 476,37 2,0558 0,09141 401,15 474,27 1,9210
140 0,19388 417,86 495,41 2,1030 0,09631 416,47 493,52 1,9687
160 0,20348 433,35 514,74 2,1487 0,10119 432,07 513,03 2,0148
180 0,21307 449,13 534,36 2,1930 0,10606 447,95 532,80 2,0594
200 0,22264 465,20 554,26 2,2359 0,11090 464,11 552,83 2,1027
220 0,23219 481,55 574,42 2,2777 0,11573 480,52 573,11 2,1447
240 0,24173 498,16 594,85 2,3183 0,12056 497,20 593,64 2,1855
260 0,25127 515,02 615,53 2,3578 0,12537 514,12 614,41 2,2252
1000 kPa (–40,12°C) 1400 kPa (–30,58°C)
Sat. 0,03845 283,94 322,39 1,3835 0,02750 285,37 323,87 1,3352
–20 0,04342 298,89 342,31 1,4655 0,02957 294,04 335,44 1,3819
0 0,04799 313,15 361,14 1,5371 0,03315 309,42 355,83 1,4595
20 0,05236 327,27 379,63 1,6025 0,03648 324,23 375,30 1,5283
40 0,05660 341,46 398,05 1,6633 0,03966 338,90 394,42 1,5914
60 0,06074 355,82 416,56 1,7206 0,04274 353,62 413,45 1,6503
80 0,06482 370,42 435,23 1,7750 0,04575 368,48 432,52 1,7059
100 0,06885 385,26 454,11 1,8270 0,04870 383,54 451,72 1,7588
120 0,07284 400,38 473,22 1,8768 0,05161 398,83 471,09 1,8093
140 0,07680 415,77 492,57 1,9249 0,05450 414,36 490,66 1,8579
160 0,08074 431,43 512,17 1,9712 0,05736 430,14 510,44 1,9046
180 0,08465 447,36 532,02 2,0160 0,06020 446,17 530,45 1,9498
200 0,08856 463,56 552,11 2,0594 0,06302 462,45 550,68 1,9935
220 0,09244 480,01 572,46 2,1015 0,06583 478,98 571,14 2,0358
240 0,09632 496,72 593,04 2,1424 0,06863 495,76 591,83 2,0770
260 0,10019 513,67 613,86 2,1822 0,07141 512,77 612,74 2,1169
280 0,10405 530,86 634,90 2,2209 0,07419 530,01 633,88 2,1558
Tabela B.4.2
R-410A superaquecido
T v u h s v u h s
°C (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
50 kPa (–64,34 °C) 100 kPa (–51,65 °C)
Sat. 0,46484 226,90 250,15 1,2070 0,24247 232,70 256,94 1,1621
–60 0,47585 229,60 253,40 1,2225 - - - -
–40 0,52508 241,94 268,20 1,2888 0,25778 240,40 266,18 1,2027
–20 0,57295 254,51 283,16 1,3504 0,28289 253,44 281,73 1,2667
0 0,62016 267,52 298,53 1,4088 0,30723 266,72 297,44 1,3265
20 0,66698 281,05 314,40 1,4649 0,33116 280,42 313,54 1,3833
40 0,71355 295,15 330,83 1,5191 0,35483 294,64 330,12 1,4380
60 0,75995 309,84 347,83 1,5717 0,37833 309,40 347,24 1,4910
80 0,80623 325,11 365,43 1,6230 0,40171 324,75 364,92 1,5425
100 0,85243 340,99 383,61 1,6731 0,42500 340,67 383,17 1,5928
120 0,89857 357,46 402,38 1,7221 0,44822 357,17 401,99 1,6419
140 0,94465 374,50 421,74 1,7701 0,47140 374,25 421,39 1,6901
160 0,99070 392,12 441,65 1,8171 0,49453 391,89 441,34 1,7372
180 1,03671 410,28 462,12 1,8633 0,51764 410,07 461,84 1,7835
200 1,08270 428,98 483,11 1,9087 0,54072 428,79 482,86 1,8289
220 1,12867 448,19 504,63 1,9532 0,56378 448,02 504,40 1,8734
240 1,17462 467,90 526,63 1,9969 0,58682 467,74 526,42 1,9172
150 kPa (–43,35°C) 200 kPa (–37,01°C)
Sat. 0,16540 236,36 261,17 1,1368 0,12591 239,09 264,27 1,1192
–40 0,16851 238,72 263,99 1,1489
–20 0,18613 252,34 280,26 1,2159 0,13771 251,18 278,72 1,1783
0 0,20289 265,90 296,33 1,2770 0,15070 265,06 295,20 1,2410
20 0,21921 279,78 312,66 1,3347 0,16322 279,13 311,78 1,2995
40 0,23525 294,12 329,40 1,3899 0,17545 293,59 328,68 1,3553
60 0,25112 308,97 346,64 1,4433 0,18750 308,53 346,03 1,4090
80 0,26686 324,37 364,40 1,4950 0,19943 324,00 363,89 1,4610
100 0,28251 340,35 382,72 1,5455 0,21127 340,02 382,28 1,5117
120 0,29810 356,89 401,60 1,5948 0,22305 356,60 401,21 1,5611
140 0,31364 374,00 421,04 1,6430 0,23477 373,74 420,70 1,6094
160 0,32915 391,66 441,03 1,6902 0,24645 391,43 440,72 1,6568
180 0,34462 409,87 461,56 1,7366 0,25810 409,66 461,28 1,7032
200 0,36006 428,60 482,61 1,7820 0,26973 428,41 482,35 1,7487
220 0,37548 447,84 504,16 1,8266 0,28134 447,67 503,93 1,7933
240 0,39089 467,58 526,21 1,8705 0,29293 467,41 526,00 1,8372
260 0,40628 487,78 548,73 1,9135 0,30450 487,63 548,53 1,8803
Tabela B.5.2
R-134a superaquecido
Temp. v u h s v u h s v u h s
ºC (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
50 kPa (–40,67 °C) 100 kPa (–26,54 °C) 150 kPa (–17,29 °C)
Sat. 0,36889 354,61 373,06 1,7629 0,19257 362,73 381,98 1,7456 0,13139 368,06 387,77 1,7372
–20 0,40507 368,57 388,82 1,8279 0,19860 367,36 387,22 1,7665
–10 0,42222 375,53 396,64 1,8582 0,20765 374,51 395,27 1,7978 0,13602 373,44 393,84 1,7606
0 0,43921 382,63 404,59 1,8878 0,21652 381,76 403,41 1,8281 0,14222 380,85 402,19 1,7917
10 0,45608 389,90 412,70 1,9170 0,22527 389,14 411,67 1,8578 0,14828 388,36 410,60 1,8220
20 0,47287 397,32 420,96 1,9456 0,23392 396,66 420,05 1,8869 0,15424 395,98 419,11 1,8515
30 0,48958 404,90 429,38 1,9739 0,24250 404,31 428,56 1,9155 0,16011 403,71 427,73 1,8804
40 0,50623 412,64 437,96 2,0017 0,25101 412,12 437,22 1,9436 0,16592 411,59 436,47 1,9088
50 0,52284 420,55 446,70 2,0292 0,25948 420,08 446,03 1,9712 0,17168 419,60 445,35 1,9367
60 0,53941 428,63 455,60 2,0563 0,26791 428,20 454,99 1,9985 0,17740 427,76 454,37 1,9642
70 0,55595 436,86 464,66 2,0831 0,27631 436,47 464,10 2,0255 0,18308 436,06 463,53 1,9913
80 0,57247 445,26 473,88 2,1096 0,28468 444,89 473,36 2,0521 0,18874 444,52 472,83 2,0180
90 0,58896 453,82 483,26 2,1358 0,29302 453,47 482,78 2,0784 0,19437 453,13 482,28 2,0444
100 0,60544 462,53 492,81 2,1617 0,30135 462,21 492,35 2,1044 0,19999 461,89 491,89 2,0705
110 0,62190 471,41 502,50 2,1874 0,30967 471,11 502,07 2,1301 0,20559 470,80 501,64 2,0963
120 0,63835 480,44 512,36 2,2128 0,31797 480,16 511,95 2,1555 0,21117 479,87 511,54 2,1218
130 0,65479 489,63 522,37 2,2379 0,32626 489,36 521,98 2,1807 0,21675 489,08 521,60 2,1471
140 0,22231 498,45 531,80 2,1720
200 kPa (–10,22°C) 300 kPa (0,56°C) 400 kPa (8,84°C)
Sat. 0,10002 372,15 392,15 1,7320 0,06787 378,33 398,69 1,7259 0,05136 383,02 403,56 1,7223
–10 0,10013 372,31 392,34 1,7328 - - - - - - - -
0 0,10501 379,91 400,91 1,7647 - - - - - - - -
10 0,10974 387,55 409,50 1,7956 0,07111 385,84 407,17 1,7564 0,05168 383,98 404,65 1,7261
20 0,11436 395,27 418,15 1,8256 0,07441 393,80 416,12 1,7874 0,05436 392,22 413,97 1,7584
30 0,11889 403,10 426,87 1,8549 0,07762 401,81 425,10 1,8175 0,05693 400,45 423,22 1,7895
40 0,12335 411,04 435,71 1,8836 0,08075 409,90 434,12 1,8468 0,05940 408,70 432,46 1,8195
50 0,12776 419,11 444,66 1,9117 0,08382 418,09 443,23 1,8755 0,06181 417,03 441,75 1,8487
60 0,13213 427,31 453,74 1,9394 0,08684 426,39 452,44 1,9035 0,06417 425,44 451,10 1,8772
70 0,13646 435,65 462,95 1,9666 0,08982 434,82 461,76 1,9311 0,06648 433,95 460,55 1,9051
80 0,14076 444,14 472,30 1,9935 0,09277 443,37 471,21 1,9582 0,06877 442,58 470,09 1,9325
90 0,14504 452,78 481,79 2,0200 0,09570 452,07 480,78 1,9850 0,07102 451,34 479,75 1,9595
100 0,14930 461,56 491,42 2,0461 0,09861 460,90 490,48 2,0113 0,07325 460,22 489,52 1,9860
110 0,15355 470,50 501,21 2,0720 0,10150 469,87 500,32 2,0373 0,07547 469,24 499,43 2,0122
120 0,15777 479,58 511,13 2,0976 0,10437 478,99 510,30 2,0631 0,07767 478,40 509,46 2,0381
130 0,16199 488,81 521,21 2,1229 0,10723 488,26 520,43 2,0885 0,07985 487,69 519,63 2,0636
140 0,16620 498,19 531,43 2,1479 0,11008 497,66 530,69 2,1136 0,08202 497,13 529,94 2,0889
150 - - - - 0,11292 507,22 541,09 2,1385 0,08418 506,71 540,38 2,1139
160 - - - - 0,11575 516,91 551,64 2,1631 0,08634 516,43 550,97 2,1386
Tabela B.6.2
Nitrogênio superaquecido
Temp. v u h s v u h s v u h s
ºC (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
100 kPa (77,24 K) 200 kPa (83,62 K) 400 kPa (91,22 k)
Sat. 0,21903 54,70 76,61 5,4059 0,11520 58,01 81,05 5,2673 0,05992 61,13 85,10 5,1268
100 0,29103 72,84 101,94 5,6944 0,14252 71,73 100,24 5,4775 0,06806 69,30 96,52 5,2466
120 0,35208 87,94 123,15 5,8878 0,17397 87,14 121,93 5,6753 0,08486 85,48 119,42 5,4556
140 0,41253 102,95 144,20 6,0501 0,20476 102,33 143,28 5,8399 0,10085 101,06 141,40 5,6250
160 0,47263 117,91 165,17 6,1901 0,23519 117,40 164,44 5,9812 0,11647 116,38 162,96 5,7690
180 0,53254 132,83 186,09 6,3132 0,26542 132,41 185,49 6,1052 0,13186 131,55 184,30 5,8947
200 0,59231 147,74 206,97 6,4232 0,29551 147,37 206,48 6,2157 0,14712 146,64 205,49 6,0063
220 0,65199 162,63 227,83 6,5227 0,32552 162,31 227,41 6,3155 0,16228 161,68 226,59 6,1069
240 0,71161 177,51 248,67 6,6133 0,35546 177,23 248,32 6,4064 0,17738 176,67 247,62 6,1984
260 0,77118 192,39 269,51 6,6967 0,38535 192,14 269,21 6,4900 0,19243 191,64 268,61 6,2824
280 0,83072 207,26 290,33 6,7739 0,41520 207,04 290,08 6,5674 0,20745 206,58 289,56 6,3600
300 0,89023 222,14 311,16 6,8457 0,44503 221,93 310,94 6,6393 0,22244 221,52 310,50 6,4322
350 1,03891 259,35 363,24 7,0063 0,51952 259,18 363,09 6,8001 0,25982 258,85 362,78 6,5934
400 1,18752 296,66 415,41 7,1456 0,59392 296,52 415,31 6,9396 0,29712 296,25 415,10 6,7331
450 1,33607 334,16 467,77 7,2690 0,66827 334,04 467,70 7,0630 0,33437 333,81 467,56 6,8567
500 1,48458 371,95 520,41 7,3799 0,74258 371,85 520,37 7,1740 0,37159 371,65 520,28 6,9678
600 1,78154 448,79 626,94 7,5741 0,89114 448,71 626,94 7,3682 0,44595 448,55 626,93 7,1622
700 2,07845 527,74 735,58 7,7415 1,03965 527,68 735,61 7,5357 0,52025 527,55 735,65 7,3298
800 2,37532 609,07 846,60 7,8897 1,18812 609,02 846,64 7,6839 0,59453 608,92 846,73 7,4781
900 2,67217 692,79 960,01 8,0232 1,33657 692,75 960,07 7,8175 0,66878 692,67 960,19 7,6117
1000 2,96900 778,78 1075,68 8,1451 1,48501 778,74 1075,75 7,9393 0,74302 778,68 1075,89 7,7335
600 kPa (96,37 K) 800 kPa (100,38 K) 1000 kPa (103,73 K)
Sat. 0,04046 62,57 86,85 5,0411 0,03038 63,21 87,52 4,9768 0,02416 63,35 87,51 4,9237
100 0,04299 66,41 92,20 5,0957 - - - - - - - -
120 0,05510 83,73 116,79 5,3204 0,04017 81,88 114,02 5,2191 0,03117 79,91 111,08 5,1357
140 0,06620 99,75 139,47 5,4953 0,04886 98,41 137,50 5,4002 0,03845 97,02 135,47 5,3239
160 0,07689 115,34 161,47 5,6422 0,05710 114,28 159,95 5,5501 0,04522 113,20 158,42 5,4772
180 0,08734 130,69 183,10 5,7696 0,06509 129,82 181,89 5,6793 0,05173 128,94 180,67 5,6082
200 0,09766 145,91 204,50 5,8823 0,07293 145,17 203,51 5,7933 0,05809 144,43 202,52 5,7234
220 0,10788 161,04 225,76 5,9837 0,08067 160,40 224,94 5,8954 0,06436 159,76 224,11 5,8263
240 0,11803 176,11 246,92 6,0757 0,08835 175,54 246,23 5,9880 0,07055 174,98 245,53 5,9194
260 0,12813 191,13 268,01 6,1601 0,09599 190,63 267,42 6,0728 0,07670 190,13 266,83 6,0047
280 0,13820 206,13 289,05 6,2381 0,10358 205,68 288,54 6,1511 0,08281 205,23 288,04 6,0833
300 0,14824 221,11 310,06 6,3105 0,11115 220,70 309,62 6,2238 0,08889 220,29 309,18 6,1562
350 0,17326 258,52 362,48 6,4722 0,12998 258,19 362,17 6,3858 0,10401 257,86 361,87 6,3187
400 0,19819 295,97 414,89 6,6121 0,14873 295,69 414,68 6,5260 0,11905 295,42 414,47 6,4591
450 0,22308 333,57 467,42 6,7359 - - - - - - - -
500 0,24792 371,45 520,20 6,8471 0,18609 371,25 520,12 6,7613 0,14899 371,04 520,04 6,6947
600 0,29755 448,40 626,93 7,0416 0,22335 448,24 626,93 6,9560 0,17883 448,09 626,92 6,8895
700 0,34712 527,43 735,70 7,2093 0,26056 527,31 735,76 7,1237 0,20862 527,19 735,81 7,0573
800 0,39666 608,82 846,82 7,3576 0,29773 608,73 846,91 7,2721 0,23837 608,63 847,00 7,2057
900 0,44618 692,59 960,30 7,4912 0,33488 692,52 960,42 7,4058 0,26810 692,44 960,54 7,3394
1000 0,49568 778,61 1076,02 7,6131 0,37202 778,55 1076,16 7,5277 0,29782 778,49 1076,30 7,4614
Tabela B.7.2
Metano superaquecido
Temp. v u h s v u h s v u h s
ºC (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K) (m 3 /kg) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg K)
100 kPa (111,50 K) 200 kPa (120,61 K) 400 kPa (131,42 k)
Sat. 0,55665 167,90 223,56 9,5084 0,29422 179,30 238,14 9,2918 0,15427 191,01 252,72 9,0754
125 0,63126 190,21 253,33 9,7606 0,30695 186,80 248,19 9,3736 - - - -
150 0,76586 230,18 306,77 10,1504 0,37700 227,91 303,31 9,7759 0,18233 223,16 296,09 9,3843
175 0,89840 269,72 359,56 10,4759 0,44486 268,05 357,02 10,1071 0,21799 264,61 351,81 9,7280
200 1,02994 309,20 412,19 10,7570 0,51165 307,88 410,21 10,3912 0,25246 305,19 406,18 10,0185
225 1,16092 348,90 464,99 11,0058 0,57786 347,81 463,38 10,6417 0,28631 345,61 460,13 10,2726
250 1,29154 389,12 518,27 11,2303 0,64370 388,19 516,93 10,8674 0,31978 386,32 514,23 10,5007
275 1,42193 430,17 572,36 11,4365 0,70931 429,36 571,22 11,0743 0,35301 427,74 568,94 10,7092
300 1,55215 472,36 627,58 11,6286 0,77475 471,65 626,60 11,2670 0,38606 470,23 624,65 10,9031
325 1,68225 516,00 684,23 11,8100 0,84008 515,37 683,38 11,4488 0,41899 514,10 681,69 11,0857
350 1,81226 561,34 742,57 11,9829 0,90530 560,77 741,83 11,6220 0,45183 559,63 740,36 11,2595
375 1,94220 608,58 802,80 12,1491 0,97046 608,07 802,16 11,7885 0,48460 607,03 800,87 11,4265
400 2,07209 657,89 865,10 12,3099 1,03557 657,41 864,53 11,9495 0,51731 656,47 863,39 11,5879
425 2,20193 709,36 929,55 12,4661 1,10062 708,92 929,05 12,1059 0,54997 708,05 928,04 11,7446
450 - - - - - - - - 0,58260 761,85 994,89 11,8974
475 - - - - - - - - 0,61520 817,89 1063,97 12,0468
500 - - - - - - - - 0,64778 876,18 1135,29 12,1931
525 - - - - - - - - 0,68033 936,67 1208,81 12,3366
600 kPa (138,72 K) 800 kPa (144,40 K) 1000 kPa (149,13 K)
Sat. 0,10496 197,54 260,51 8,9458 0,07941 201,70 265,23 8,8505 0,06367 204,45 268,12 8,7735
150 0,11717 218,08 288,38 9,1390 0,08434 212,53 280,00 8,9509 0,06434 206,28 270,62 8,7902
175 0,14227 261,03 346,39 9,4970 0,10433 257,30 340,76 9,3260 0,08149 253,38 334,87 9,1871
200 0,16603 302,44 402,06 9,7944 0,12278 299,62 397,85 9,6310 0,09681 296,73 393,53 9,5006
225 0,18911 343,37 456,84 10,0525 0,14050 341,10 453,50 9,8932 0,11132 338,79 450,11 9,7672
250 0,21180 384,44 511,52 10,2830 0,15781 382,53 508,78 10,1262 0,12541 380,61 506,01 10,0028
275 0,23424 426,11 566,66 10,4931 0,17485 424,47 564,35 10,3381 0,13922 422,82 562,04 10,2164
300 0,25650 468,80 622,69 10,6882 0,19172 467,36 620,73 10,5343 0,15285 465,91 618,76 10,4138
325 0,27863 512,82 680,00 10,8716 0,20845 511,55 678,31 10,7186 0,16635 510,26 676,61 10,5990
350 0,30067 558,48 738,88 11,0461 0,22510 557,33 737,41 10,8938 0,17976 556,18 735,94 10,7748
375 0,32264 605,99 799,57 11,2136 0,24167 604,95 798,28 11,0617 0,19309 603,91 797,00 10,9433
400 0,34456 655,52 862,25 11,3754 0,25818 654,57 861,12 11,2239 0,20636 653,62 859,98 11,1059
425 0,36643 707,18 927,04 11,5324 0,27465 706,31 926,03 11,3813 0,21959 705,44 925,03 11,2636
450 0,38826 761,05 994,00 11,6855 0,29109 760,24 993,11 11,5346 0,23279 759,44 992,23 11,4172
475 0,41006 817,15 1063,18 11,8351 0,30749 816,40 1062,40 11,6845 0,24595 815,66 1061,61 11,5672
500 0,43184 875,48 1134,59 11,9816 0,32387 874,79 1133,89 11,8311 0,25909 874,10 1133,19 11,7141
525 0,45360 936,03 1208,18 12,1252 0,34023 935,38 1207,56 11,9749 0,27221 934,73 1206,95 11,8580
550 - - - - 0,35657 998,14 1283,45 12,1161 0,28531 997,53 1282,84 11,9992
C
Apêndice
Calor Expecífico
de Gás Ideal
Na Seção 2.6 vimos que as substâncias podem armazenar energia de três modos. As
energias de translação e intramolecular estão associadas individualmente às molé-
culas. O modelo de gás ideal não leva em consideração o terceiro tipo de energia, a
energia potencial intermolecular, e, por isso, não pode ser utilizado para o estudo do
comportamento das substâncias reais. Este apêndice apresenta uma análise do com-
portamento das energias de translação e intramolecular dos gases ideais. Observe
que esses termos contribuem para a energia interna e, obviamente, também para a
entalpia. Para facilitar a apresentação, vamos agrupar os gases ideais de acordo com
as contribuições da energia intramolecular.
5
C P0 = C P0t + C P0r + C P0v + C P0e = R + R + fv (T ) + fe (T )
2
Em que a contribuição vibracional é dada por
3a−5
⎡ 2⎤ θi
i=1 ⎣
x
(
fv (T ) = R ∑ ⎢ xi2 e i / e i − 1 ⎥
x
⎦
) xi =
T
3a−6
⎡ 2⎤ θi Exemplo C.3
i=1 ⎣
(
fv (T ) = R ∑ ⎢ xi2 e i / e i − 1 ⎥
x x
⎦
) xi =
T CH4, 3a − 6 = 9 modos de vibração com θi = 4196 K,
2207 K (dois modos), 1879K (três modos), 4343 K
Novamente, as contribuições eletrônicas, fe (T), (três modos)
normalmente são pequenas a menos que a temperatu- A T = 300 K
ra seja muito alta. V P0 = 1,2958 + 0,7774 + 0,15627 + (0)
= 2,2259 kJ/(kg × K)
Exemplo C.1 A T = 1000
N2, 3a − 5 = 1 modo de vibração, com θi = 3392 K CP0 = 1,2958 + 0,7774 + 2,4022 + (0)
A T = 300 K = 4,4754 kJ/(kg × K)
CP0 = 0,742 + 0,2968 + 0,0005 + (0) (um aumento de 101,1% com relação a 300 K).
= 1,0393 kJ/(kg × K)
A T = 1000 K
CP0 = 0,742 + 0,2968 + 0,123 + (0)
=1,1618 kJ/(kg × K)
(um aumento de 11,8% com relação a 300 K)
D
Apêndice
Equações de Estado
Grande parte das equações de estado explícitas na pressão pode ser escrita na forma
de uma expressão com dois parâmetros. Nesses casos, a equação de estado é dita
cúbica e tem a equação de gás ideal como um seu caso particular. A forma geral da
equação cúbica é:
RT a
P= −
v−b v + cbv + db2
2
com
RTc R2Tc2
b = b0 e a = a0
Pc Pc
Tabela D.1
Equações de estado
Modelo c d b0 a0
Gás ideal 0 0 0 0
Van der Waals 0 0 1/8 27/64
Redlich–Kwong 1 0 0,08664 0,42748 (Tr ) –1/2
Soave 1 0 0,08664 0,42748 [1 + f (1 − (Tr )1/2] 2
Peng–Robinson 2 –1 0,0778 0,45724 [1 + f (1 − (Tr )1/2] 2
Tabela D.2
Equação de estado de Lee–Kesler
A equação generalizada de estado de Lee–Kesler é:
P v′ B C D c ⎛ γ ⎞ ⎛ γ ⎞
Z = r r = 1 + + 2 + 5 + 3 4 2 ⎜ β + 2 ⎟ exp ⎜ − 2 ⎟
Tr vr′ vr′ vr′ Tr vr′ ⎝ vr′ ⎠ ⎝ vr′ ⎠
b2 b3 b4
B = b1 − − −
Tr Tr2 Tr3
c2 c3
C = c1 − +
Tr Tr3
d2
D = d1 +
Tr
Em que:
Tr Pr v
Tr = Pr = vr′ =
Tc Pc RTc Pc
Tabela D.3
Fatores de compressibilidade na saturação líquido–vapor (fluido simple s de Lee-Kesler)
Tr 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,85 0,90 0,95 1
Pr sat 2,7E−4 4,6E−3 0,028 0,099 0,252 0,373 0,532 0,737 1
Zf 6,5E−5 9,5E−4 0,0052 0,017 0,042 0,062 0,090 0,132 0,29
Zv 0,999 0,988 0,957 0,897 0,807 0,747 0,673 0,569 0,29
Tabela D.4
Fatores acêntricos de algumas substâncias
Substância w Substância w
Água H2O 0,344 Hélio He −0,365
Amônia NH3 0,25 Metano CH4 0,011
Argônio Ar 0,001 Neônio Ne −0,029
Bromo Br 2 0,108 Nitrogênio N2 0,039
n-Butano C 4 H10 0,199 R-32 0,277
Etano C 2H6 0,099 R-125 0,305
1,3
0,6
Fluido simples
0,8 0,7
1,2
1,0
Zc = 0,2901
0,9
1,1
1,3
Tr 5,0
1
1,1
2,0
Gás
0,9 sa t u 1,5
r ad
o
Fator de compressibilidade, Z
0,8
1,
1,23
0,7
1,1
0,6
0,5
1,05
0,4
0,3
0,6
0,7
0,8
0,85
0,9
0,95
1,0
0,2
0,1
o
Líqui do saturad
0
0,01 0,1 1 10
Pressão reduzida, Pr
Figura D.1
Fator de compressibilidade para o fluido de Lee–Kesler simples.
5,5
0,5
Tr
0,6
5 Líqu
ido
satu
rad 0,7
o
4,5 0,8
0,85
0,9
4
0,95
1,0
Desvio de entalpia, (h* – h)/RTc
3,5
1,05
3
0,85
0,95
0,6
0,7
0,8
0,9
2,5
1,1
1,5
1,2
1,3
1
5
1,
0,5
2,0
rado
Gás satu
0
0,01 0,1 1 10
Pressão reduzida, Pr
Figura D.2
Desvio de entalpia para o fluido de Lee–Kesler simples.
Tr
Líq
6
uid
os
atu
rad
o
0,5
5
0,6
Desvio de entropia, (s* – s)/R
0,7
4
0,8
0,8
5
0,9
0,9
5
3
1,0
5
0,6
0,7
0,8
0,85
0,9
0,95
1,0
2
1,1
1
1,2
1,3
2,0
Gás saturado
5,0
0
0,01 0,1 1 10
Pressão reduzida, Pr
Figura D.3
Desvio de entropia para o fluido de Lee–Kesler simples.
E
Apêndice
Figuras
Figura E.1
Diagrama temperatura-entropia da água.
Keenan, Keyes, Hill e Moore. Steam Tables (International Edition - Metric Units). Copyrigth ©1969, John Wiley & Sons, Inc.
Figura E.2
Diagrama pressão–entalpia da amônia.
Figura E.3
Diagrama pressão–entalpia do oxigênio.
Figura E.4
Carta psicrométrica.
F
Apêndice
Tabelas de Unidades
Inglesas
Tabela F.1
Constantes Críticas (Sistema Inglês)
Peso Temperatura Pressão Volume espec.
Substância Fórmula
molecular (R) (lbf/in 2 (ft 3 lbm)
Ammonia NH3 17,031 729,9 1646 0,0682
Argon Ar 39,948 271,4 706 0,0300
Bromine Br 2 159,808 1058,4 1494 0,0127
Carbon dioxide CO2 44,010 547,4 1070 0,0342
Carbon monoxide CO 28,010 239,2 508 0,0533
Chlorine Cl2 70,906 750,4 1157 0,0280
Fluorine F2 37,997 259,7 757 0,0279
Helium He 4,003 9,34 32,9 0,2300
Hydrogen H2 2,016 59,76 188,6 0,5170
Krypton Kr 83,800 376,9 798 0,0174
Neon Ne 20,183 79,92 400 0,0330
Nitric oxide NO 30,006 324,0 940 0,0308
Nitrogen N2 28,013 227,2 492 0,0514
Nitrogen dioxide NO2 46,006 775,8 1465 0,0584
Nitrous oxide N2O 44,013 557,3 1050 0,0354
Oxygen O2 31,999 278,3 731 0,0367
Sulfur dioxide SO2 64,063 775,4 1143 0,0306
Water H2O 18,015 1165,1 3208 0,0508
Xenon Xe 131,300 521,5 847 0,0144
Acetylene C 2H2 26,038 554,9 891 0,0693
Benzene C 6H6 78,114 1012,0 709 0,0531
n-Butane C 4 H10 58,124 765,4 551 0,0703
Chlorodifluoroethane (142b) CH3CClF2 100,495 738 616 0,0368
Chlorodifluoromethane (22) CHClF2 86,469 664,7 721 0,0307
Dichlorodifluoroethane (141) CH3CCl2F 116,950 866,7 658 0,0345
Dichlorotrifluoroethane (123) CHCl2CF 3 152,930 822,4 532 0,0291
Difluoroethane (152a) CHF 2CH3 66,050 695,5 656 0,0435
Difluoromethane (32) CH2F2 52,024 632,3 838 0,0378
Ethane C 2H6 30,070 549,7 708 0,0790
Ethyl alcohol C 2H5 OH 46,069 925,0 891 0,0581
Ethylene C 2H4 28,054 508,3 731 0,0744
n-Heptane C 7H16 100,205 972,5 397 0,0691
n-Hexane C 6H14 86,178 913,5 437 0,0688
Methane CH 4 16,043 342,7 667 0,0990
Methyl alcohol CH3OH 32,042 922,7 1173 0,0590
n-Octane C 8H18 114,232 1023,8 361 0,0690
Pentafluoroethane (125) CHF 2CF 3 120,022 610,6 525 0,0282
n-Pentane C 5H12 72,151 845,5 489 0,0675
Propane C 3H8 44,094 665,6 616 0,0964
Propene C 3H8 42,081 656,8 667 0,0689
Refrigerant mixture R-410a 72,585 620,1 711 0,0349
Tetrafluoroethane (134a) CF 3CH2F 102,030 673,6 589 0,0311
Tabela F.4
Propriedades de Vários Gases Ideais a 77 F, 1 atm* (Sistema Inglês)
Tabela F.5
Propriedades de Gás Ideal do Ar (Sistema Inglês), Entropia Padrão a 1 atm = 101,325 kPa = 14,696 psi
u h s 0T T u h s 0T
T (R)
(Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R) (R) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R)
400 68,212 95,634 1,56788 1950 357,243 490,928 1,96404
440 75,047 105,212 1,59071 2000 367,642 504,755 1,97104
480 81,887 114,794 1,61155 2050 378,096 518,636 1,97790
520 88,733 124,383 1,63074 2100 388,602 532,570 1,98461
536,67 91,589 128,381 1,63831 2150 399,158 546,554 1,99119
540 92,160 129,180 1,63979 2200 409,764 560,588 1,99765
560 95,589 133,980 1,64852 2300 431,114 588,793 2,01018
600 102,457 143,590 1,66510 2400 452,640 617,175 2,02226
640 109,340 153,216 1,68063 2500 474,330 645,721 2,03391
680 116,242 162,860 1,69524 2600 496,175 674,421 2,04517
720 123,167 172,528 1,70906 2700 518,165 703,267 2,05606
760 130,118 182,221 1,72216 2800 540,286 732,244 2,06659
800 137,099 191,944 1,73463 2900 562,532 761,345 2,07681
840 144,114 201,701 1,74653 3000 584,895 790,564 2,08671
880 151,165 211,494 1,75791 3100 607,369 819,894 2,09633
920 158,255 221,327 1,76884 3200 629,948 849,328 2,10567
960 165,388 231,202 1,77935 3300 652,625 878,861 2,11476
1000 172,564 241,121 1,78947 3400 675,396 908,488 2,12361
1040 179,787 251,086 1,79924 3500 698,257 938,204 2,13222
1080 187,058 261,099 1,80868 3600 721,203 968,005 2,14062
1120 194,378 271,161 1,81783 3700 744,230 997,888 2,14880
1160 201,748 281,273 1,82670 3800 767,334 1027,848 2,15679
1200 209,168 291,436 1,83532 3900 790,513 1057,882 2,16459
1240 216,640 301,650 1,84369 4000 813,763 1087,988 2,17221
1280 224,163 311,915 1,85184 4100 837,081 1118,162 2,17967
1320 231,737 322,231 1,85977 4200 860,466 1148,402 2,18695
1360 239,362 332,598 1,86751 4300 883,913 1178,705 2,19408
1400 247,037 343,016 1,87506 4400 907,422 1209,069 2,20106
1440 254,762 353,483 1,88243 4500 930,989 1239,492 2,20790
1480 262,537 364,000 1,88964 4600 954,613 1269,972 2,21460
1520 270,359 374,565 1,89668 4700 978,292 1300,506 2,22117
1560 278,230 385,177 1,90357 4800 1002,023 1331,093 2,22761
1600 286,146 395,837 1,91032 4900 1025,806 1361,732 2,23392
1650 296,106 409,224 1,91856 5000 1049,638 1392,419 2,24012
1700 306,136 422,681 1,92659 5100 1073,518 1423,155 2,24621
1750 316,232 436,205 1,93444 5200 1097,444 1453,936 2,25219
1800 326,393 449,794 1,94209 5300 1121,414 1484,762 2,25806
1850 336,616 463,445 1,94957 5400 1145,428 1515,632 2,26383
1900 346,901 477,158 1,95689
Tabela F.6
Propriedades de Gás Ideal de Várias Substâncias (Sistema Inglês), Entropias a 1 atm
Nitrogênio Diatômico (N 2 ) Nitrogênio Monatômico (N)
– –
h f,0 537 = 0 Btu/lbmol h f,0 537 = 203 216 Btu/lbmol
M = 28,013 lbm/lbmol M = 14,007 lbm/lbmol
– –0 – –0
T h– h 537 s– 0T h– h 537 s– 0T
R Btu/lbmol Btu/lbmol R Btu/lbmol Btu/lbmol R
0 –3727 0 –2664 0
200 –2341 38,877 –1671 31,689
400 –950 43,695 –679 35,130
537 0 45,739 0 36,589
600 441 46,515 314 37,143
800 1837 48,524 1307 38,571
1000 3251 50,100 2300 39,679
1200 4693 51,414 3293 40,584
1400 6169 52,552 4286 41,349
1600 7681 53,561 5279 42,012
1800 9227 54,472 6272 42,597
2000 10804 55,302 7265 43,120
2200 12407 56,066 8258 43,593
2400 14034 56,774 9251 44,025
2600 15681 57,433 10244 44,423
2800 17345 58,049 11237 44,791
3000 19025 58,629 12230 45,133
3200 20717 59,175 13223 45,454
3400 22421 59,691 14216 45,755
3600 24135 60,181 15209 46,038
3800 25857 60,647 16202 46,307
4000 27587 61,090 17195 46,562
4200 29324 61,514 18189 46,804
4400 31068 61,920 19183 47,035
4600 32817 62,308 20178 47,256
4800 34571 62,682 21174 47,468
5000 36330 63,041 22171 47,672
5500 40745 63,882 24670 48,148
6000 45182 64,654 27186 48,586
6500 49638 65,368 29724 48,992
7000 54109 66,030 32294 49,373
7500 58595 66,649 34903 49,733
8000 63093 67,230 37559 50,076
8500 67603 67,777 40270 50,405
9000 72125 68,294 43040 50,721
9500 96658 68,784 45875 51,028
10000 81203 69,250 48777 51,325
Tabela F.7.2
Vapor de Água Superaquecido
Temp. v u h s v u h s
(F) (ft 3 /lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R) (ft 3 /lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R)
1 psia (101,70 F) 5 psia (162,20 F)
Sat. 333,58 1044,02 1105,75 1,9779 73,531 1062,99 1131,03 1,8441
200 392,51 1077,49 1150,12 2,0507 78,147 1076,25 1148,55 1,8715
240 416,42 1091,22 1168,28 2,0775 83,001 1090,25 1167,05 1,8987
280 440,32 1105,02 1186,50 2,1028 87,831 1104,27 1185,53 1,9244
320 464,19 1118,92 1204,82 2,1269 92,645 1118,32 1204,04 1,9487
360 488,05 1132,92 1223,23 2,1499 97,447 1132,42 1222,59 1,9719
400 511,91 1147,02 1241,75 2,1720 102,24 1146,61 1241,21 1,9941
440 535,76 1161,23 1260,37 2,1932 107,03 1160,89 1259,92 2,0154
500 571,53 1182,77 1288,53 2,2235 114,21 1182,50 1288,17 2,0458
600 631,13 1219,30 1336,09 2,2706 126,15 1219,10 1335,82 2,0930
700 690,72 1256,65 1384,47 2,3142 138,08 1256,50 1384,26 2,1367
800 750,30 1294,86 1433,70 2,3549 150,01 1294,73 1433,53 2,1774
900 809,88 1333,94 1483,81 2,3932 161,94 1333,84 1483,68 2,2157
1000 869,45 1373,93 1534,82 2,4294 173,86 1373,85 1534,71 2,2520
1100 929,03 1414,83 1586,75 2,4638 185,78 1414,77 1586,66 2,2864
1200 988,60 1456,67 1639,61 2,4967 197,70 1456,61 1639,53 2,3192
1300 1048,17 1499,43 1693,40 2,5281 209,62 1499,38 1693,33 2,3507
1400 1107,74 1543,13 1748,12 2,5584 221,53 1543,09 1748,06 2,3809
10 psia (193,19 F) 14,696 psia (211,99 F)
Sat. 38,424 1072,21 1143,32 1,7877 26,803 1077,60 1150,49 1,7567
200 38,848 1074,67 1146,56 1,7927 - - - -
240 41,320 1089,03 1165,50 1,8205 27,999 1087,87 1164,02 1,7764
280 43,768 1103,31 1184,31 1,8467 29,687 1102,40 1183,14 1,8030
320 46,200 1117,56 1203,05 1,8713 31,359 1116,83 1202,11 1,8280
360 48,620 1131,81 1221,78 1,8948 33,018 1131,22 1221,01 1,8516
400 51,032 1146,10 1240,53 1,9171 34,668 1145,62 1239,90 1,8741
440 53,438 1160,46 1259,34 1,9385 36,313 1160,05 1258,80 1,8956
500 57,039 1182,16 1287,71 1,9690 38,772 1181,83 1287,27 1,9262
600 63,027 1218,85 1335,48 2,0164 42,857 1218,61 1335,16 1,9737
700 69,006 1256,30 1384,00 2,0601 46,932 1256,12 1383,75 2,0175
800 74,978 1294,58 1433,32 2,1009 51,001 1294,43 1433,13 2,0584
900 80,946 1333,72 1483,51 2,1392 55,066 1333,60 1483,35 2,0967
1000 86,912 1373,74 1534,57 2,1755 59,128 1373,65 1534,44 2,1330
1100 92,875 1414,68 1586,54 2,2099 63,188 1414,60 1586,44 2,1674
1200 98,837 1456,53 1639,43 2,2428 67,247 1456,47 1639,34 2,2003
1300 104,798 1499,32 1693,25 2,2743 71,304 1499,26 1693,17 2,2318
1400 110,759 1543,03 1747,99 2,3045 75,361 1542,98 1747,92 2,2620
1500 116,718 1587,67 1803,66 2,3337 79,417 1587,63 1803,60 2,2912
1600 122,678 1633,24 1860,25 2,3618 83,473 1633,20 1860,20 2,3194
Tabela F.7.3
Água, Líquido Comprimido
Temp. v u h s v u h s
(F) (ft 3 /lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R) (ft 3 /lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R)
500 psia (467,12 F) 1000 psia (544,74 F)
Sat. 0,01975 447,69 449,51 0,6490 0,02159 538,37 542,36 0,74318
32 0,01599 0,00 1,48 0,0000 0,01597 0,02 2,98 0,0000
50 0,01599 18,02 19,50 0,0360 0,01599 17,98 20,94 0,0359
75 0,0160 42,98 44,46 0,0838 0,0160 42,87 45,83 0,0836
100 0,0161 67,87 69,36 0,1293 0,0161 67,70 70,67 0,1290
125 0,0162 92,75 94,24 0,1728 0,0162 92,52 95,51 0,1724
150 0,0163 117,66 119,17 0,2146 0,0163 117,37 120,39 0,2141
175 0,0165 142,62 144,14 0,2547 0,0164 142,28 145,32 0,2542
200 0,0166 167,64 168,18 0,2934 0,0166 167,25 170,32 0,2928
225 0,0168 192,76 194,31 0,3308 0,0168 192,30 195,40 0,3301
250 0,0170 217,99 219,56 0,3670 0,0169 217,46 220,60 0,3663
275 0,0172 243,36 244,95 0,4022 0,0171 242,77 245,94 0,4014
300 0,0174 268,91 270,52 0,4364 0,0174 268,24 271,45 0,4355
325 0,0177 294,68 296,32 0,4698 0,0176 293,91 297,17 0,4688
350 0,0180 320,70 322,36 0,5025 0,0179 319,83 323,14 0,5014
375 0,0183 347,01 348,70 0,5345 0,0182 346,02 349,39 0,5333
400 0,0186 373,68 375,40 0,5660 0,0185 372,55 375,98 0,5647
425 0,0190 400,77 402,52 0,5971 0,0189 399,47 402,97 0,5957
450 0,0194 428,39 430,19 0,6280 0,0193 426,89 430,47 0,6263
2000 psia (635,99 F) 8000 psia
Sat. 0,02565 662,38 671,87 0,8622 - - - -
50 0,01592 17,91 23,80 0,0357 0,01563 17,38 40,52 0,0342
75 0,0160 42,66 48,57 0,0832 0,0157 41,42 64,65 0,0804
100 0,0160 67,36 73,30 0,1284 0,01577 65,49 88,83 0,1246
125 0,0161 92,07 98,04 0,1716 0,01586 89,62 113,10 0,1670
150 0,0162 116,82 122,84 0,2132 0,01597 113,81 137,45 0,2078
175 0,0164 141,62 147,68 0,2531 0,01610 138,04 161,87 0,2471
200 0,0165 166,48 172,60 0,2916 0,01623 162,31 186,34 0,2849
225 0,0167 191,42 197,59 0,3288 0,01639 186,61 210,87 0,3214
250 0,0169 216,45 222,69 0,3648 0,01655 210,97 235,47 0,3567
275 0,0171 241,61 247,93 0,3998 0,01675 235,39 260,16 0,3909
300 0,0173 266,92 273,33 0,4337 0,01693 259,91 284,97 0,4241
325 0,0176 292,42 298,92 0,4669 0,01714 284,53 309,91 0,4564
350 0,0178 318,14 324,74 0,4993 0,01737 309,29 335,01 0,4878
400 0,0184 370,38 377,20 0,5621 0,01788 359,26 385,73 0,5486
450 0,0192 424,03 431,13 0,6231 0,01848 409,94 437,30 0,6069
500 0,0201 479,84 487,29 0,6832 0,01918 461,56 489,95 0,6633
600 0,0233 605,37 613,99 0,8086 0,02106 569,36 600,53 0,7728
Tabela F.7.4
Saturação Sólido–Vapor, Água (Sistema Inglês)
Volume Específico, ft 3 /lbm Energia Interna, Btu/lbm
Temp. (F) Press. Sólido Sat. Vapor Sat. Sólido Sat. Evap. Vapor Sat.
(lbf/in 2 ) vi vg × 10 –3 ui uig ug
32,02 0,08866 0,017473 3,302 –143,34 1164,5 1021,2
32 0,08859 0,01747 3,305 –143,35 1164,5 1021,2
30 0,08083 0,01747 3,607 –144,35 1164,9 1020,5
25 0,06406 0,01746 4,505 –146,84 1165,7 1018,9
20 0,05051 0,01745 5,655 –149,31 1166,5 1017,2
15 0,03963 0,01745 7,133 –151,75 1167,3 1015,6
10 0,03093 0,01744 9,043 –154,16 1168,1 1013,9
5 0,02402 0,01743 11,522 –156,56 1168,8 1012,2
0 0,01855 0,01742 14,761 –158,93 1169,5 1010,6
–5 0,01424 0,01742 19,019 –161,27 1170,2 1008,9
–10 0,01086 0,01741 24,657 –163,59 1170,8 1007,3
–15 0,00823 0,01740 32,169 –165,89 1171,5 1005,6
–20 0,00620 0,01740 42,238 –168,16 1172,1 1003,9
–25 0,00464 0,01739 55,782 –170,40 1172,7 1002,3
–30 0,00346 0,01738 74,046 –172,63 1173,2 1000,6
–35 0,00256 0,01737 98,890 –174,82 1173,8 998,9
–40 0,00187 0,01737 134,017 –177,00 1174,3 997,3
Enthalpia, Btu/lbm Entropia, Btu/lbm R
Temp. (F) Press. Sólido Sat. Evap. Vapor Sat. Líquido Sat. Evap. Vapor Sat.
(lbf/in 2 ) hi hig hg si sig sg
32,02 0,08866 –143,34 1218,7 1075,4 –0,2916 2,4786 2,1869
32 0,08859 –143,35 1218,7 1075,4 –0,2917 2,4787 2,1870
30 0,08083 –144,35 1218,8 1074,5 –0,2938 2,4891 2,1953
25 0,06406 –146,84 1219,1 1072,3 –0,2990 2,5154 2,2164
20 0,05051 –149,31 1219,4 1070,1 –0,3042 2,5422 2,2380
15 0,03963 –151,75 1219,6 1067,9 –0,3093 2,5695 2,2601
10 0,03093 –154,16 1219,8 1065,7 –0,3145 2,5973 2,2827
5 0,02402 –156,56 1220,0 1063,5 –0,3197 2,6256 2,3059
0 0,01855 –158,93 1220,2 1061,2 –0,3248 2,6544 2,3296
–5 0,01424 –161,27 1220,3 1059,0 –0,3300 2,6839 2,3539
–10 0,01086 –163,59 1220,4 1056,8 –0,3351 2,7140 2,3788
–15 0,00823 –165,89 1220,5 1054,6 –0,3403 2,7447 2,4044
–20 0,00620 –168,16 1220,5 1052,4 –0,3455 2,7761 2,4307
–25 0,00464 –170,40 1220,6 1050,2 –0,3506 2,8081 2,4575
–30 0,00346 –172,63 1220,6 1048,0 –0,3557 2,8406 2,4849
–35 0,00256 –174,82 1220,6 1045,7 –0,3608 2,8737 2,5129
–40 0,00187 –177,00 1220,5 1043,5 –0,3659 2,9084 2,5425
Tabela 8.2
Vapor de Amônia Superaquecido
Temp. v h s v h s v h s
F ft 3 /lbm Btu/lbm Btu/lbm R ft 3 /lbm Btu/lbm Btu/lbm R ft 3 /lbm Btu/lbm Btu/lbm R
5 psia (–63,09 F) 10 psia (–41,33 F) 15 psia (–27,27 F)
Sat. 49,32002 588,05 1,4846 25,80648 596,58 1,4261 17,66533 601,75 1,3921
–40 52,3487 599,56 1,5128 25,8962 597,27 1,4277 - - -
–20 54,9506 609,53 1,5360 27,2401 607,60 1,4518 17,9999 605,63 1,4010
0 57,5366 619,51 1,5582 28,5674 617,88 1,4746 18,9086 616,22 1,4245
20 60,1099 629,50 1,5795 29,8814 628,12 1,4964 19,8036 626,72 1,4469
40 62,6732 639,52 1,5999 31,1852 638,34 1,5173 20,6880 637,15 1,4682
60 65,2288 649,57 1,6197 32,4809 648,56 1,5374 21,5641 647,54 1,4886
80 67,7782 659,67 1,6387 33,7703 658,80 1,5567 22,4338 657,91 1,5082
100 70,3228 669,84 1,6572 35,0549 669,07 1,5754 23,2985 668,29 1,5271
120 72,8637 680,06 1,6752 36,3356 679,38 1,5935 24,1593 678,70 1,5453
140 75,4015 690,36 1,6926 37,6133 689,75 1,6111 25,0170 689,14 1,5630
160 77,9370 700,74 1,7097 38,8886 700,19 1,6282 25,8723 699,64 1,5803
180 80,4706 711,20 1,7263 40,1620 710,70 1,6449 26,7256 710,21 1,5970
200 83,0026 721,75 1,7425 41,4338 721,30 1,6612 27,5774 720,84 1,6134
220 85,5334 732,39 1,7584 42,7043 731,98 1,6771 28,4278 731,56 1,6294
240 88,0631 743,13 1,7740 43,9737 742,74 1,6928 29,2772 742,36 1,6451
260 90,5918 753,96 1,7892 45,2422 753,61 1,7081 30,1256 753,24 1,6604
280 93,1199 764,90 1,8042 46,5100 764,56 1,7231 30,9733 764,23 1,6755
>20 psia (–16,63 F) 25 psia (–7,95 F) 30 psia (–0,57 F)
Sat. 13,49628 605,47 1,3680 10,95013 608,37 1,3494 9,22850 610,74 1,3342
0 14,0774 614,54 1,3881 11,1771 612,82 1,3592 9,2423 611,06 1,3349
20 14,7635 625,30 1,4111 11,7383 623,86 1,3827 9,7206 622,39 1,3591
40 15,4385 635,94 1,4328 12,2881 634,72 1,4049 10,1872 633,49 1,3817
60 16,1051 646,51 1,4535 12,8291 645,46 1,4260 10,6447 644,41 1,4032
80 16,7651 657,02 1,4734 13,3634 656,12 1,4461 11,0954 655,21 1,4236
100 17,4200 667,51 1,4925 13,8926 666,73 1,4654 11,5407 665,93 1,4431
120 18,0709 678,01 1,5109 14,4176 677,32 1,4840 11,9820 676,62 1,4618
140 18,7187 688,53 1,5287 14,9395 687,91 1,5020 12,4200 687,29 1,4799
160 19,3640 699,09 1,5461 15,4589 698,54 1,5194 12,8554 697,98 1,4975
180 20,0073 709,71 1,5629 15,9763 709,20 1,5363 13,2888 708,70 1,5145
200 20,6491 720,39 1,5794 16,4920 719,93 1,5528 13,7206 719,47 1,5311
220 21,2895 731,14 1,5954 17,0065 730,72 1,5689 14,1511 730,29 1,5472
240 21,9288 741,97 1,6111 17,5198 741,58 1,5847 14,5804 741,19 1,5630
260 22,5673 752,88 1,6265 18,0322 752,52 1,6001 15,0088 752,16 1,5785
280 23,2049 763,89 1,6416 18,5439 763,55 1,6152 15,4365 763,21 1,5936
300 23,8419 774,99 1,6564 19,0548 774,67 1,6301 15,8634 774,36 1,6085
320 24,4783 786,18 1,6709 19,5652 785,89 1,6446 16,2898 785,59 1,6231
Tabela F.9.2
Vapor de R-410A Superaquecido
Temp. v u h s v u h s
(F) (ft 3 /lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R) (ft 3 /lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R)
5 psia (–94,86 F) 10 psia (–73,61 F)
Sat. 10,5483 96,32 106,08 0,2943 5,5087 98,67 108,87 0,2833
–80 11,0228 98,45 108,65 0,3012 - - - -
–60 11,6486 101,31 112,09 0,3100 5,7350 100,75 111,37 0,2896
–40 12,2654 104,21 115,56 0,3185 6,0583 103,77 114,98 0,2985
–20 12,8764 107,16 119,07 0,3266 6,3746 106,80 118,60 0,3069
0 13,4834 110,17 122,64 0,3346 6,6864 109,87 122,24 0,3150
20 14,0874 113,24 126,27 0,3423 6,9950 112,98 125,93 0,3228
40 14,6893 116,39 129,98 0,3499 7,3014 116,16 129,67 0,3305
60 15,2895 119,61 133,75 0,3573 7,6060 119,41 133,49 0,3379
80 15,8884 122,90 137,60 0,3646 7,9093 122,73 137,37 0,3453
100 16,4863 126,28 141,53 0,3717 8,2115 126,12 141,32 0,3525
120 17,0832 129,73 145,54 0,3787 8,5128 129,59 145,34 0,3595
140 17,6795 133,26 149,62 0,3857 8,8134 133,14 149,44 0,3665
160 18,2752 136,88 153,78 0,3925 9,1135 136,76 153,62 0,3733
180 18,8704 140,57 158,03 0,3992 9,4130 140,46 157,88 0,3801
200 19,4653 144,34 162,35 0,4059 9,7121 144,24 162,21 0,3868
220 20,0597 148,19 166,75 0,4125 10,0109 148,10 166,62 0,3934
15 psia (–59,77 F) 20 psia (–49,24 F)
Sat. 3,7630 100,17 110,61 0,2771 2,8688 101,28 111,90 0,2728
–40 3,9875 103,31 114,37 0,2862 2,9506 102,81 113,73 0,2772
–20 4,2063 106,43 118,10 0,2949 3,1214 106,04 117,59 0,2862
0 4,4201 109,56 121,83 0,3032 3,2865 109,24 121,41 0,2946
20 4,6305 112,72 125,58 0,3112 3,4479 112,46 125,22 0,3027
40 4,8385 115,94 129,37 0,3189 3,6068 115,71 129,06 0,3106
60 5,0447 119,21 133,22 0,3265 3,7638 119,01 132,94 0,3182
80 5,2495 122,55 137,13 0,3339 3,9194 122,38 136,88 0,3257
100 5,4531 125,97 141,10 0,3411 4,0739 125,81 140,88 0,3329
120 5,6559 129,45 145,15 0,3482 4,2274 129,31 144,95 0,3401
140 5,8580 133,01 149,27 0,3552 4,3803 132,88 149,09 0,3471
160 6,0595 136,64 153,46 0,3621 4,5325 136,52 153,30 0,3540
180 6,2605 140,35 157,73 0,3688 4,6842 140,25 157,58 0,3608
200 6,4611 144,14 162,08 0,3755 4,8355 144,04 161,94 0,3675
220 6,6613 148,01 166,50 0,3821 4,9865 147,91 166,37 0,3741
240 6,8613 151,95 170,99 0,3887 5,1372 151,86 170,88 0,3807
260 7,0609 155,97 175,57 0,3951 5,2876 155,89 175,46 0,3871
Tabela F.10.2
Vapor de R-134a Superaquecido
Temp. v u h s v u h s
(F) (ft 3 /lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R) (ft 3 /lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm) (Btu/lbm R)
5 psia (–53,51 F) 15 psia (–14,44 F)
Sat. 8,3676 150,78 158,53 0,4236 2,9885 156,13 164,42 0,4168
–20 9,1149 156,03 164,47 0,4377 - - - -
0 9,5533 159,27 168,11 0,4458 3,1033 158,58 167,19 0,4229
20 9,9881 162,58 171,83 0,4537 3,2586 162,01 171,06 0,4311
40 10,4202 165,99 175,63 0,4615 3,4109 165,51 174,97 0,4391
60 10,8502 169,48 179,52 0,4691 3,5610 169,07 178,95 0,4469
80 11,2786 173,06 183,50 0,4766 3,7093 172,70 183,00 0,4545
100 11,7059 176,73 187,56 0,4840 3,8563 176,41 187,12 0,4620
120 12,1322 180,49 191,71 0,4913 4,0024 180,20 191,31 0,4694
140 12,5578 184,33 195,95 0,4985 4,1476 184,08 195,59 0,4767
160 12,9828 188,27 200,28 0,5056 4,2922 188,03 199,95 0,4838
180 13,4073 192,29 204,69 0,5126 4,4364 192,07 204,39 0,4909
200 13,8314 196,39 209,19 0,5195 4,5801 196,19 208,91 0,4978
220 14,2551 200,58 213,77 0,5263 4,7234 200,40 213,51 0,5047
240 14,6786 204,86 218,44 0,5331 4,8665 204,68 218,19 0,5115
260 15,1019 209,21 223,19 0,5398 5,0093 209,05 222,96 0,5182
280 15,5250 213,65 228,02 0,5464 5,1519 213,50 227,80 0,5248
300 15,9478 218,17 232,93 0,5530 5,2943 218,03 232,72 0,5314
320 16,3706 222,78 237,92 0,5595 5,4365 222,64 237,73 0,5379
30 psia (15,15 F) 40 psia (28,83 F)
Sat. 1,5517 160,21 168,82 0,4136 1,1787 162,08 170,81 0,4125
20 1,5725 161,09 169,82 0,4157 - - - -
40 1,6559 164,73 173,93 0,4240 1,2157 164,18 173,18 0,4173
60 1,7367 168,41 178,05 0,4321 1,2796 167,95 177,42 0,4256
80 1,8155 172,14 182,21 0,4400 1,3413 171,74 181,67 0,4336
100 1,8929 175,92 186,43 0,4477 1,4015 175,57 185,95 0,4414
120 1,9691 179,77 190,70 0,4552 1,4604 179,46 190,27 0,4490
140 2,0445 183,68 195,03 0,4625 1,5184 183,41 194,65 0,4565
160 2,1192 187,68 199,44 0,4697 1,5757 187,43 199,09 0,4637
180 2,1933 191,74 203,92 0,4769 1,6324 191,52 203,60 0,4709
200 2,2670 195,89 208,48 0,4839 1,6886 195,69 208,18 0,4780
220 2,3403 200,12 213,11 0,4908 1,7444 199,93 212,84 0,4849
240 2,4133 204,42 217,82 0,4976 1,7999 204,24 217,57 0,4918
260 2,4860 208,80 222,61 0,5044 1,8552 208,64 222,37 0,4985
280 2,5585 213,27 227,47 0,5110 1,9102 213,11 227,25 0,5052
300 2,6309 217,81 232,41 0,5176 1,9650 217,66 232,20 0,5118
320 2,7030 222,42 237,43 0,5241 2,0196 222,28 237,23 0,5184
340 2,7750 227,12 242,53 0,5306 2,0741 226,99 242,34 0,5248
360 2,8469 231,89 247,70 0,5370 2,1285 231,76 247,52 0,5312
Tabela F.11
Entalpia de Formação e Entropia Absoluta de Várias Substâncias a 77 F, 1 atm
–
M h f0 s– 0T
Substância Fórmula Fase
lbm/lbmol Btu/lbmol Btu/lbmol R
Acetylene C 2H2 26,038 gas +97 477 47,972
Ammonia NH3 17,031 gas –19 656 45,969
Benzene C 6H6 78,114 gas +35 675 64,358
Carbon dioxide CO2 44,010 gas –169 184 51,038
Carbon (graphite) C 12,011 solid 0 1,371
Carbon monoxide CO 28,011 gas –47 518 47,182
Ethanol C 2H5 OH 46,069 gas –101 032 67,434
Ethanol C 2H5 OH 46,069 liq –119 252 38,321
Ethane C 2H6 30,070 gas –36 432 54,812
Ethene C 2H4 28,054 gas +22 557 52,360
Heptane C 7H16 100,205 gas –80 782 102,153
Hexane C 6H14 86,178 gas –71 926 92,641
Hydrogen peroxide H2O2 34,015 gas –58 515 55,623
Methane CH4 16,043 gas –32 190 44,459
Methanol CH3OH 32,042 gas –86 543 57,227
Methanol CH3OH 32,042 liq –102 846 30,261
n-Butane C 4 H10 58,124 gas –54 256 73,215
Nitrogen oxide N2O 44,013 gas +35 275 52,510
Nitromethane CH3NO2 61,04 liq –48 624 41,034
n-Octane C 8H18 114,232 gas –89 682 111,399
n-Octane C 8H18 114,232 liq –107 526 86,122
Ozone O3 47,998 gas +61 339 57,042
Pentane C 5H12 72,151 gas –62 984 83,318
Propane C 3H8 44,094 gas –44 669 64,442
Propene C 3H6 42,081 gas +8 783 63,761
Sulfur S 32,06 solid 0 7,656
Sulfur dioxide SO2 64,059 gas –127 619 59,258
Sulfur trioxide SO3 80,058 gas –170 148 61,302
T-T-Diesel C14,4 H24,9 198,06 liq –74 807 125,609
Water H2O 18,015 gas –103 966 45,076
Water H2O 18,015 liq –122 885 16,707