Teoria do conhecimento II – PAE 2021.

2 - Rodrigo Carqueja

Aula 02.02.2022

Karl Popper – A Lógica da Pesquisa Científica

Gastón Bachelard – O Novo Espírito Cientifico e A Epistemologia

Michael Foucault – As Palavras e as coisas / Arqueologia do Saber

Alexandre Koire – Do Mundo Fechado ao Universo Infinito (Próxima Aula)

Teeteto de Platão

Discurso sobre o método – Quarto discurso Descarte - Racionalismo

Sessões do Hume – Ciência e Geometria - Empirismo

Prefácio segunda edição Kant Critica da Razão Pura - A Ciência no seu tempo – Criticismo

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Correntes como pares de opostos:

Dogmatismo x Ceticismo

Dogmatismo: Doxa, opinião – Posição direta a teses verdadeiras já constituídas – Dogmatismo

gnosiológico (Relação fiel entre sujeito e objeto) e o dogmatismo ingênuo (não questiona suas
bases – senso comum)

Ceticismo: questionamento das bases e teses já instituídas – coloca como central na relação
sujeito e objeto o subjetivismo.

Criticismo Kantiano: crítica ao Dogmatismo e Ceticismo.

Racionalismo x Empirismo

Racionalismo: faculdade pensante superior as emoções e sensações (Racionalismo psicológico)

critério de conhecimento (racionalismo epistemológico), a realidade como racional
(racionalismo metafísico).

Empirismo: Aristóteles, Epicuristas, céticos (antigos) / Berkley, Locke, Hume (Empirismo inglês
moderno).

Idealismo x Realismo (Próxima Aula).

Anotações Texto de Alexandre Koiré – Do Mundo do Mais ou Menos ao Universo da Precisão

A questão da origem do mecanicismo – A necessária sucessão e acúmulo de conhecimentos

para ter base suficiente para a difusão tecnológica, industrial e moderna – Na Grécia não
existia uma física – Foi necessário o processo de matematização/geometrização do real (algo
inédito).
Na antiguidade (Aristóteles e Platão) existia uma abismo entre a exatidão matemática e a
imprecisão e mutabilidade da realidade física cotidiana – A matematização se iniciou na
astronomia e sua consequente necessidade de unidade de medição dos movimentos celestes

Sucessão de ideias: noção do movimento dos corpos celestes ligada a noção de tempo – A
exatidão do movimento celeste transposta para a realidade física terrena – Surgimento da
Ciência Moderna.

Descartes e sua oposição a Bacon: defende a possibilidade da teoria a ação, transformar a

teoria em real concreto (física->tecnologia) – Transformação da teoria em prática.

**Pg 67 O que seria a conversão da episteme na techne?

Transformação das máquinas ligada a difusão do cálculo matemático/numérico – Confirmação

da necessidade do acúmulo de conhecimentos (além disso vou além: o papel central do
socialmente necessário na difusão das técnicas e da produção de máquinas e novas
invenções).

O surgimento da física está ligada a ampliação do cálculo matemático? Vida moderna

impregnada de matemática em oposição a antiguidade e idade média.

Uma analise do que faltava aos homens da Ciência nos períodos anteriores ao moderno? A
falta dos materiais, falta de unidade de medidas, difusão do cálculo, mentalidade característica
da época com ausência de ideias centrais, falta da necessidade social de busca da medição
exata das coisas.

O homem moderno foi capaz de conceber teoricamente as invenções científicas e aplica-las na

realidade - Exemplo desta transformação: passagem alquimia->química.

Concepção de utensílios x Concepção de um instrumento científico: exemplo das lentes para a

visão que se transformam em instrumento óptico (finalidades diferentes: uma prática e outra
teórica) – Tal transformação é possibilitada pela mudança na mentalidade comum: de um
universo impreciso para um universo de precisão. - Antes a mentalidade geral não via
necessidade de uma medição com tamanha precisão.

Exemplo da Medição do tempo e o impacto que causa no cotidiano das pessoas (menção a
necessidade social emergente de controle do trabalho e da produção) – De uma vida pautada
pelo tempo vivido (ciclos naturais) para uma vida pautada do tempo medido/controlado. – De
início uma precisão e um controle aproximado e com o tempo para um precisão cada vez mais
marcada – Tal processo marcado com a vitória da vida urbana, ou seja, industrial/capitalista.
(Exemplo de homens que não sabiam a sua idade)

Divisão trabalho teórico e prático: o papel da invenção sempre coube aos sábios/filósofos, pois
buscavam na teoria a aplicabilidade científica, ou sejam, teorizam instrumentos. Já o
construtor prático busca seu fim no seu valor de uso, ou seja, criam utensílios. As realizações
são do homem prático, mas a ideia concebida vem dos homens da Ciência. (Divisão do
trabalho?). A necessidade da medição exata surge da teoria Científica e não de uma exigência
prática da população em geral. (Mas a ciência esta a serviço de quem?)

Necessidade de navegação surge de interesses materiais – Daí a necessidade de coordenação

geográfica – Exigência Social que leva os homens de ciência a buscar teorizar sobre para aplicar
dentro deste contexto social.
Crítica ao empirismo positivista com a defesa do papel central da teorização nos avanços
científicos – Saberes de todo destituídos de valores práticos/de uso com papel central nas
teorias cientificas que desencadeiam uma seria de revoluções no pensamento e na prática
cotidiana – Primeiro a dedução teórica e após a experimentação prática – Supremacia da
teoria sobre a prática.

Nascimento do pensamento tecnológico – Transformação do pensamento e da realidade

técnica.

Aula 09.02.2022

Idealismo x Realismo

Paralelismo mente e corpo. Como resolver?

Leibniz: Harmonia pré-estabelecida.

Spinoza: Monismo – Substância. (Antonio Damazio – Neurocientista)

Descartes: Glândula Pineal liga mente e corpo.

Querela dos Universais: debate sobre a existência ou não dos Universais.

Realistas: Universais existem.

Nominalista: Universais são meros nomes.

Conceitualismo: Os Universais são existências mentais.

Neste debate o Platão é um realista. Exemplo da complexidade de categorizar os pensadores,

pois no geral Platão é um pensador que se posiciona como um idealista.

Idealismo Alemão/Filosofias da consciência: A consciência abarca toda a realidade. Consciência

de si e para si. Eu como objeto da consciência, diferente de todos os outros objetos.

Realismo Gnosiológico: Fatos tal como são – O real como existente em si, independe da
subjetividade. O dado (objeto) e não o posto (sujeito).

Análise do texto do Koiré:

Objetivo: Diferenciar o pensamento moderno e contemporâneo do pensamento antigo. Fazer

a passagem da antiguidade para a modernidade. (Do mais ou menos ao universo da Precisão).
Revolução científica.

Faz não só uma análise no campo das ideias, mas também uma análise histórica da sucessão e
desenvolvimento das técnicas.

Sucessão de conhecimentos base, acúmulo de saber que proporciona novas invenções. Nesta
Sucessão a técnica se transforma em tecnologia. Porquê não antes? O aleatório, as
determinações sociais, a base que o conhecimento da física proporciona. A ausência de uma
física/dinâmica manteve a antiguidade em uma era pré tecnológica. Era somente uma era da
técnica.
Aula 23.02.2022

História da técnica

Modo de Existência dos objetos técnicos (livro) – A individuação à luz das noções de forma e
de informação.

Michel serves – hominescencia, o começo de uma outra humanidade?

Técnica e civilização

História das ideias

Figuras e ideias da filosofia da renascença

Genesis da modernidade – 34

História da razão – Chatelet.

- Técnica como aspecto negativo da cultura? Proposta de ver a técnica sem esse aspecto
negativo

Inversão moderna: maior valorização da razão e da atividade prática, não só da intelectual.

Conversão Episteme – techne.

Possibilidade da teoria penetrar a ação (Descartes). Daí já se possui a base para teórica para
uma física.