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Ex:
Pais: linha reta, ascendentes
Irmãos: linha colateral
Avós: ascendentes
Visavós: ascendentes
Netos: descendentes
Filhos: ascendentes
Os parentes de (A) são afins de (Zélia) nos mesmo graus nas mesmas
linhas.
(Zélia) é afim, nos mesmos graus e nas mesmas linhas de, (C) em 2º
grau, (D) em 2º grau, (G) em 3º grau, (I) em 4º grau.
A relação que une (Z) e (X) não têm nenhuma relação jurídica familiar.
(X) em relação a (A) são afins em 2º grau, linha colateral.
(G) casou com (L), (L) é afim de todos menos de (X) e (Z).
Capacidade matrimonial
Dirimentes
Impedem o casamento
de uma pessoa com
Relativos
uma outra mas não cm
qualquer outra
Impedimentos
Absolutos
Impedintes
Relativos
Impedimento dirimente absoluto- não pode casar com ninguém
(artigo 1601º Código Civil):
O menor de 16 anos nunca pode casar, artigo 1601º alínea a)
Código Civil).
Interditos ou inabilitados por outra causa que não seja a anomalia
psíquica têm capacidade para casar apesar de não terem capacidade de
exercício. Só os malucos é que não podem casar (artigo 1601º alínea b) 2 ª
parte Código Civil).
A professora acha que esta norma é inconstitucional.
Não é interdito nem inabilitado, mas tem um problema mental
notório (artigo 1601º alínea b) 1ª parte Código Civil). O nosso legislador não
quer que alguém com uma deficiência mental case devido aos filhos uma vez
que a demência pode-se transmitir para estes.
Apesar da lei a professora acha que os inabilitados por anomalia
psíquica deviam poder casar. Apenas os interditos é que não.
O casamento religioso ou civil, que não tenha havido registo ou
por qualquer outra razão não pode haver casamento (artigo 1601º alínea c)
Código Civil). Este artigo temos de ler por vezes como “católico” e outras vezes
como “religioso”. Esta norma tem de ser conjugada com outra, artigo 1589º
Código Civil. Esta norma indica que se alguém já tiver casado civilmente, pode
ainda casar religiosamente/ catolicamente (dois contratos diferentes um à luz
do direito canónico (não é um contrato, é um sacramento) e outra à luz do
direito civil). Esta norma é considerada um impedimento inominado.
Artigo 1603º Código Civil- duas pessoas vão casar e o conservador não
vê que são pai/filho ou mais difícil ainda mãe/filho pois a paternidade ou
maternidade é omissa. A prova da maternidade ou paternidade para efeitos do
a), b) e c) do numero anterior é admitida no processo preliminar do casamento,
mas não produz qualquer outro efeito nem vale como começo de prova de
ação. Ou seja, (C) diz ao conservador “não deixe que (A) e (B) casem porque
são irmãos”. O legislador não deixa, mas isto fica “escondido”.
Ainda que não haja nenhum impedimento pode haver ainda um vicio da
vontade- artigo 1634º e seguintes Código Civil (teoria geral do direito civil). Há
faltas e vícios da vontade que determinam a nulidade do contrato e há ainda
casos em que o contrato nem sequer se formou (Ex: declaração não seria. Aqui
não se forma contrato, mas pode-se ter de indemnizar).
Na formação do vinculo de um contrato de casamento há um regime
parecido ao da parte geral dos contratos, mas atenção que não é igual, logo
não se trata de um vinculo com natureza contratual.
Nunca se o casamento
inexistente, logo tudo tem de ser
restituido
Ficcionam
putativo efeitos ao
casamento
Mas sim, se o casamento for
declarado nulo ou anulado
Caso prático 1:
Pedro e Maria, ambos menores com 16 anos (igual ou mais mas
menores), conheceram-se numas ferias de verão e começaram a namorar.
Meses depois descobrem que Maria está gravida e decidem fugir para casar,
numa paroquia do sul onde ninguém os conhece e assim, conseguem
convencer o pároco a celebrar o casamento. Acresce a isto que Maria e Pedro
são primos.
a. O que acontece a seguir a este casamento para que ele possa produzir
efeitos civis? Deve o casamento ser homulgado? Se não for, que vicio afeta?
Se for homulgado tem algum vicio, ou há outra consequência?
d. Imagine agora que a Maria só aceitou casar com Pedro porque achou
que estava grávida, mas na verdade não estava.
R: Maria só aceitou casar porque achava que estava grávida portanto este
casamento com falta de vicio da vontade só que este não se releva no
casamento.
No casamento só releva o erro no caso das qualidades essenciais do outro
conjugues, que seja desculpável e que sem ele não se teria realizado. Aqui,
neste caso o requisito das qualidades essenciais não está previsto.
Assim sendo, não é possível anular o casamento.
Regimes de bens:
Atípico
Se quiserem escolhem o regime de bens através do acordo pré-nupcial
e escolhendo um dos regimes de bens previsto na lei ou então criarem o
próprio regime que quiserem (Ex: à segunda feira é o regime de comunhão
de adquiridos, à terça é o regime de separação de bens, etc).
Típico
Comunhão de adquiridos
Comunhão geral de bens
Separação de bens
De forma:
Artigo 1710º Código Civil: as convenções podem ser celebradas perante
o funcionário do registo civil ou então pode ser celebrada por escritura pública
(neste caso é quando há mais liberdade). Quando se pretende inserir cláusulas
típicas face a um certo bem, é por escritura pública - regime atípico - quando se
insere cláusulas atípicas.
Estas convenções podem ser sempre revogadas até ao casamento,
depois deste isso já não pode acontecer.
Administração:
Para os bens comuns a regra é que qualquer um dos cônjuges tem a
administração ordinária. A administração extraordinária tem de ser exercida
pelos cônjuges em conjunto (ou com o consentimento do outro). O bom senso
dita que se eu estou a administrar uma coisa que não é só minha então tenho
de ter algum cuidado.
Relativamente aos bens próprios cada um dos cônjuges tem a
administração e extraordinária dos seus bens próprios.
O casal começa a adaptar-se à nova vida. E decidem que Inês vai deixar
a sua vida de cantora lírica que obrigava a muitas viagens. Em 2010 nascem
mais dois filhos.
Adelino morre e Inês herda a quota.
Prenuncie-se sobre as clausulas da convenção.
a) o filho é comum portanto podiam comunicar (faz-se uma interpretação
restritiva ao artigo 1699º nº2).
b) esta clausula está correta, então no âmbito da sua livre disponibilidade e
apesar de terem um filho isso não importa
c) podem se nesse momento houver filhos comuns
Os cônjuges podem contribuir para os encargos da vida deste modo.
O que Inês herdou do pai é bem comum do casal, o que herdou da mãe
é bem próprio.
Caso prático: Inês tinha em solteira um carro que acaba por ceder a
Jorge quando nascem os filhos. Jorge usa-o todos os dias para ir para o
trabalho. Um dia o carro avaria e o mecânico diz que não há nada a fazer então
Jorge vende-o a um sucateiro. Quid iuris.
R: Ela perde a administração ordinária, passa a caber a Jorge pois ele
tem o uso exclusivo. A administração extraordinária não é dele portanto ele não
podia vender e é nulo por venda de bens alheios ou segundo o Prof. Pereira
Coelho é meramente anulável (artigo 1682º nº3 alínea d) Código Civil). Só seria
venda de bens alheios se ele não tivesse a administração do carro.
Caso prático: Inês decide deixar que uma amiga viva temporariamente
num dos imoveis que herdou da mãe. O resto dos bens arrenda.
R: Faz um comodato com a amiga. Os outros ele não pode porque o
arrendamento é para o bem comum do casal, artigo 1682º-A.