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Etiologia
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Sem menosprezar a contribuição de umas e outras correntes, Cartwrigt
e Shaw, em 1978, salientam a importância fundamental de uma interinfluência
de todos esses factores – sociais, económicos, psicológicos, fisiológicos. É um
modelo multifactorial de extrema utilidade na abordagem dos Problemas
Ligados ao Álcool.
Epidemiologia
Diagnóstico do Alcoolismo
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No que se refere aos sinais e sintomas indicativos de alcoolismo, são de
salientar: ansiedade, irritabilidade, excitabilidade, esquecimento, confusão,
hálito alcoólico, aparência desleixada, icterícia e tremores.
O exame físico, pode também fornecer sinais sugestivos de alcoolismo,
tais como: aranhas vasculares, extra-sistolia, hipertensão arterial,
hepatomegália e esplenomegália, ascite, atrofias musculares, hiporreflexia,
escoriações, contusões, traumatismos repetidos, tremor crónico e sudorese.
Para um correcto diagnóstico será importante ainda realizar alguns
exames laboratoriais, que podem estar alterados, como: as provas da função
hepática, os lípidos, o ácido úrico e o volume corpuscular médio.
Podem existir também factores sociais indicativos de alcoolismo como
problemas no trabalho (absentismo, desemprego, baixa produtividade) e na
vida conjugal (ciúmes, agressão).
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Ao nível do metabolismo, a diabetes mellitus pode ocorrer devido a lesão
pancreática grave. A tendência para a hipoglicémia é igualmente perigosa.
Por último, decorrente da depressão do sistema imunitário, existe risco
acrescido de tuberculose, pneumonia e meningite.
Repercussões Sociais
Prevenção do Alcoolismo
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promovam a saúde do Homem. A escola é o local de eleição para a prevenção
do Alcoolismo, feita através de programas de educação para a saúde. Desde a
escola primária à universidade, deve dar-se informação e fazer-se ensinos
neste campo, de forma a que, conhecedores do risco que o álcool representa
para o Homem, possam constituir-se hábitos que não sejam incompatíveis com
a Saúde;
Prevenção Secundária – medidas de intervenção precoce no diagnóstico e
tratamento imediato dos indivíduos já atingidos;
Prevenção Terciária – medidas terapêuticas que limitem as sequelas da
doença; medidas relativas à reintegração social do Alcoólico Tratado, à sua
readaptação à sociedade e implicação desta no seu processo de
reajustamento.
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saúde, não são mais que manifestações episódicas ou habituais de um
consumidor excessivo de álcool/alcoólico crónico que deve ser depois
orientado para tratamento da doença alcoólica.
4 – Tratamentos psicológicos
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No tratamento psicológico as psicoterapias são fundamentais. Estas
podem assentar as suas bases numa inspiração mais psicanalítica, cognitivo-
comportamentais, familiares, corporais ou de relaxamento, ou podem situar-se
mais fortemente no âmbito das psicoterapias de grupo. Nenhuma é por si só
eficaz, contudo são indispensáveis ao tratamento do alcoólico crónico.
As psicoterapias de grupo são tomadas em relevo muitas vezes pela sua
dinâmica, nomeadamente nas projecções recíprocas e nos fenómenos de
espelho. Deste modo, o grupo no tratamento do alcoólico permite um processo
terapêutico de relações, através do qual os seus elementos se auto-
consciencializam dos problemas comuns, de necessidades e de capacidades
potenciais.
Prevenção da recaída
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O Delirium Tremens é uma psicose causada pelo alcoolismo, ou seja, é
uma forma mais intensa e complicada de abstinência.
Os doentes moderadamente dependentes de álcool desenvolvem
frequentemente uma fase de pré – delirium tremens, também denominado
“delírio alcoólico sub-agudo”. É caracterizado pelo seguinte quadro clínico:
tremores distais, perturbações do equilíbrio, instabilidade psicomotora,
perturbações do humor (irritabilidade e angústia), alterações do estado geral
(sudorese e palidez) e alterações digestivas (náuseas, anorexia e sede
intensa). Estes doentes encontram-se orientados e não apresentam
alucinações.
Habitualmente todas estas manifestações de pré delirium têm tendência
a evoluir rapidamente para um quadro clínico de Delirium Tremens.
O Delirium Tremens (DT) constitui uma emergência médica que acarreta
morbilidade e mortalidade significativas. Cerca de 5% de todos os indivíduos
alcoólicos hospitalizados têm DT, e normalmente estes episódios surgem cerca
de 2 a 10 dias depois de o doente deixar de consumir bebidas alcoólicas.
A maior parte dos casos de DT inicia-se na casa dos 30 ou 40 anos,
após 5 a 15 anos de consumo alcoólico excessivo.
Doentes com estado geral debilitado, desnutrição, doença física e/ou
depressão são mais susceptíveis a desenvolver DT.
Uma pessoa com DT pode apresentar alterações a nível físico e
psicológico. Em relação a transtornos físicos o indivíduo pode manifestar
pupilas dilatadas, rubor facial, taquicardia, sudorese intensa, hipertermia sem
foco infeccioso, diarreia e vómitos, desidratação, polipneia superficial, tremores
generalizados acentuados e instabilidade da marcha.
Relativamente a transtornos psicológicos, o doente pode manifestar,
labilidade emocional, desconfiança, medo, insónias, desorientação alopsíquica,
períodos de hiperexcitabilidade intercalados com períodos de letargia,
alucinações visuais (zoopsias) e tácteis, delírios e crises convulsivas.
As crises convulsivas alcoólicas podem aparecer nas primeiras 24 horas
após a cessação de bebidas alcoólicas, são usualmente tónico-clónicas
generalizadas desde o início, seguindo um período de confusão. Estas
precedem sempre uma agitação grave: alucinações e delírios.
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Como consequência das alucinações, é comum o desenvolvimento de
delírios, na maioria dos casos de caris persecutório, que geralmente leva o
doente a ficar agitado e por vezes agressivo. Os doentes delirantes são um
perigo para si mesmos e para outrem, tendo em vista a imprevisibilidade do
seu comportamento, mostrando-se agressivos ou até com conduta suicida.
Os doentes com DT devem ser mantidos num ambiente calmo,
com alguma luminosidade e o mínimo de interferências possível, evitando
ilusões e possível agitação e estado confusional.
Os doentes com DT não devem ser contidos fisicamente, já que podem
debater-se contra a restrição dos movimentos até à exaustão. Nos casos de
intensa agitação e agressividade os doentes podem ser mantidos em
isolamento.
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Bibliografia
Alexandra Dinis
Alfredo Pina
Edgar Pires
Hugo Santos
Ricardo Pinto
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Suzi Costa
Vera Ferreira
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