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Rita Soares dos Santos, arguido no processo de contraordenação à margem referenciado, vem, nos termos e
para os efeitos do disposto no artigo 175.º, n.º 2, do Código da Estrada, apresentar a sua defesa escrita, o que
faz nos termos e com os fundamentos seguintes:
1.º
O arguido vem acusado de no dia …/…/… [data], às …h…m [hora], na [identificação da estrada], conduzir o
veículo ligeiro de passageiros com a matrícula …-…-… [n.º de matrícula], à velocidade de … km/h [velocidade
registada], correspondente à velocidade registada de … km/h [velocidade registada com o valor de erro
subtraído], deduzido o valor de erro máximo admissível, sendo a velocidade máxima permitida no local de …
km/h [velocidade máxima permitida].
2.º
A alegada velocidade foi apurada através do radar … [identificação do radar], aprovado pela ANSR em …/…/…
[data da aprovação].
3. º
O arguido é um condutor cuidadoso e diligente, que, no âmbito da sua vida pessoal e atividade profissional,
percorre centenas de quilómetros por ano, cumprindo escrupulosamente as regras de condução do Código da
Estrada.
4. º
Conhece muito bem o local da alegada infração, por onde passa habitualmente, e tem plena consciência de
não ter causado, com o seu comportamento, qualquer perigo para terceiros.
5. º
Relativamente à descrição sumária dos factos constante no auto de notícia, a mesma não discrimina … [prova
não mencionada],
6.º
Elemento de prova esse que é imprescindível, conforme prevê o n.º 4 do artigo 170º. do Código da Estrada.
Sem prescindir,
7. º
Caso se venha a verificar a existência do elemento probatório referido, sempre se deverá atender à formulação
conclusiva, vaga e genérica daquela descrição sumária dos factos constante do auto de notícia, a qual não
permite ao arguido o efetivo exercício do direito de defesa consagrado constitucionalmente.
9. º
É que aquela descrição não enquadra as circunstâncias em que foi cometida a alegada infração, em concreto,
se aquele comportamento causou perigo para terceiros, quais as condições climatéricas naquela data e hora ou
qual o volume de tráfego.
10. º
Todas estas circunstâncias são elemento fundamental na descrição do auto de notícia não só para a justa
defesa do arguido, mas também para a determinação da medida da sanção a aplicar, à luz do n º 1 do artigo
139º do Código da Estrada, encontrando-se tal acusação, por isso mesmo, ferida de nulidade.
11. º
Caso o meio de prova exista e tenha sido obtido de forma legal, o arguido, então, aceitará a contraordenação
de que vem acusado.
12. º
Quando notificado do auto de notícia, efetuou de imediato o pagamento voluntário da coima (cfr. doc. 1).
17. º
O arguido é primário, não tendo sido condenado, nos últimos cinco anos, pela prática de qualquer crime
rodoviário ou por qualquer contraordenação grave ou muito grave.
18. º
Assim, face às circunstâncias acima alegadas, deve concluir-se que o pagamento da coima, a censura do facto e
a ameaça da sanção realizam de forma adequada e suficiente a finalidade da punição.
Pelo exposto,
19. º
Vem requerer a consulta à prova presumivelmente obtida através do aparelho … [identificação do aparelho].
Mais,
a) A inexistência dos meios de prova obtidos pelo aparelho de controlo e subsequente nulidade do auto
noticia;
b) A nulidade do auto de notícia por falta de elementos determinantes na descrição sumária dos factos.
Requerer que, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 141º, do Código da Estrada, e atentos às
circunstâncias da prática da infração, lhe seja aplicada a suspensão da execução da sanção acessória de inibição
de conduzir, não condicionada ao cumprimento de outros deveres legalmente previstos.
Testemunhas:
– … [nome], … [morada].
– … [nome], … [morada].
– … [nome], … [morada].
O Arguido