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Senhor Presidente
Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
1.º
O arguido vem acusado de no dia …/…/… [data], às …h…m [hora], na [identificação da
estrada], conduzir o veículo ligeiro de passageiros com a matrícula …-…-… [n.º de
matrícula], à velocidade de … km/h [velocidade registada], correspondente à
velocidade registada de … km/h [velocidade registada com o valor de erro
subtraído], deduzido o valor de erro máximo admissível, sendo a velocidade máxima
permitida no local de … km/h [velocidade máxima permitida].
2.º
A alegada velocidade foi apurada através do radar … [identificação do radar],
aprovado pela ANSR em …/…/… [data da aprovação].
3. º
O arguido é um condutor cuidadoso e diligente, que, no âmbito da sua vida pessoal e
atividade profissional, percorre centenas de quilómetros por ano, cumprindo
escrupulosamente as regras de condução do Código da Estrada.
4. º
Conhece muito bem o local da alegada infração, por onde passa habitualmente, e tem
plena consciência de não ter causado, com o seu comportamento, qualquer perigo para
terceiros.
5. º
Relativamente à descrição sumária dos factos constante no auto de notícia, a mesma
não discrimina … [prova não mencionada],
6.º
Elemento de prova esse que é imprescindível, conforme prevê o n.º 4 do artigo 170º.
do Código da Estrada.
Sem prescindir,
7. º
Caso se venha a verificar a existência do elemento probatório referido, sempre se
deverá atender à formulação conclusiva, vaga e genérica daquela descrição sumária
dos factos constante do auto de notícia, a qual não permite ao arguido o efetivo
exercício do direito de defesa consagrado constitucionalmente.
9. º
É que aquela descrição não enquadra as circunstâncias em que foi cometida a alegada
infração, em concreto, se aquele comportamento causou perigo para terceiros, quais
as condições climatéricas naquela data e hora ou qual o volume de tráfego.
10. º
Todas estas circunstâncias são elemento fundamental na descrição do auto de notícia
não só para a justa defesa do arguido, mas também para a determinação da medida da
sanção a aplicar, à luz do n º 1 do artigo 139º do Código da Estrada, encontrando-
se tal acusação, por isso mesmo, ferida de nulidade.
Ainda sem prescindir,
11. º
Caso o meio de prova exista e tenha sido obtido de forma legal, o arguido, então,
aceitará a contraordenação de que vem acusado.
12. º
Quando notificado do auto de notícia, efetuou de imediato o pagamento voluntário da
coima (cfr. doc. 1).
17. º
O arguido é primário, não tendo sido condenado, nos últimos cinco anos, pela
prática de qualquer crime rodoviário ou por qualquer contraordenação grave ou muito
grave.
18. º
Assim, face às circunstâncias acima alegadas, deve concluir-se que o pagamento da
coima, a censura do facto e a ameaça da sanção realizam de forma adequada e
suficiente a finalidade da punição.
Pelo exposto,
19. º
Vem requerer a consulta à prova presumivelmente obtida através do aparelho …
[identificação do aparelho].
Mais,
Requerer que, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 141º, do Código da
Estrada, e atentos às circunstâncias da prática da infração, lhe seja aplicada a
suspensão da execução da sanção acessória de inibição de conduzir, não condicionada
ao cumprimento de outros deveres legalmente previstos.
Testemunhas:
– … [nome], … [morada].
– … [nome], … [morada].
– … [nome], … [morada].
O Arguido,