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PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 1

2 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

Expediente

INSTITUTO ALIANÇA SEDUC – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO CEARÁ


DIRETOR EXECUTIVO GOVERNADOR
EMILTON MOREIRA ROSA CAMILO SOBREIRA DE SANTANA

DIRETORAS VICE-GOVERNADORA
ADENIL VIEIRA MARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO
ILMA OLIVEIRA
MÁRCIA CAMPOS SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
MARIAH OLIVEIRA ANTONIO IDILVAN DE LIMA ALENCAR

EQUIPE CEARÁ SECRETÁRIO ADJUNTO DA EDUCAÇÃO


COORDENAÇÃO REGIONAL ROGERS VASCONCELOS MENDES
EVELINE CORRÊA
SECRETÁRIA EXECUTIVA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO LOCAL RITA DE CÁSSIA TAVARES COLARES
FRANCISCO CHAGAS PONTES NETO
ASSESSORIA ESPECIAL DE GABINETE
COORDENAÇÃO GESTÃO ALDÍZIO ALVES VIEIRA FILHO
APARECIDA MARIA SILVEIRA CARVALHO PAULO MARCELO COELHO ARAÚJO DE NÓBREGA

COORDENADORES DE CAMPO COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA E DA


ANA VERUSKA DE MELO MONTENEGRO APRENDIZAGEM (CODEA)
CAROLINE PAIVA LIMA RODRIGUES MARIA DA CONCEIÇÃO ÁVILA DE MISQUITA VINÃS
ANTONIO RONDINELL COSTA MELO
ANTONIO SÉRGIO DE OLIVEIRA JUNIOR GESTÃO ESCOLAR
DANNUTA ALBUQUERQUE NOGUEIRA MARIA ELIZABETE DE ARAÚJO
ELAINE VASCONCELOS NUNES VIANA
FLAVIA INGRYD VIEIRA PENAFORTE CÉLULA DE FORMAÇÃO DO DOCENTE
IVANA MARIA DE MELO CARNEIRO FERNANDES HYLO LEAL PEREIRA
JOANA BRANDÃO DE MATOS
LORENA VASCONCELOS DA SILVEIRA PROTAGONISMO ESTUDANTIL
MAXMILLER LOIOLA LIMA MARIA JOSIMAR SARAIVA DO NASCIMENTO
OTAVIO MACHADO TEIXEIRA LIMA
RENÊ VIEIRA DINELLI GESTÃO PEDAGÓGICA
RODRIGO ADLER PRATA FREIRE IANE TERCEIRO NOBRE

DIVERSIDADE E INCLUSÃO EDUCACIONAL


NOHEMY REZENDE IBANEZ

FICHA TÉCNICA
COORDENAÇÃO GERAL DANNUTA ALBUQUERQUE NOGUEIRA
E REVISÃO ELAINE VASCONCELOS NUNES VIANA
EVELINE CORRÊA FLAVIA INGRYD VIEIRA PENAFORTE
PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO
FRANCISCO CHAGAS PONTES NETO IVANA CARNEIRO FERNANDES
DOS CONTEÚDOS DA PUBLICAÇÃO
ILMA OLIVEIRA JOANA BRANDÃO DE MATOS
LORENA VASCONCELOS DA SILVEIRA
EQUIPE DE PRODUÇÃO MAXMILLER LOIOLA LIMA
ANA VERUSKA DE MELO MONTENEGRO OTAVIO MACHADO TEIXEIRA LIMA
CAROLINE PAIVA LIMA RODRIGUES RENÊ VIEIRA DINELLI
ANTONIO RONDINELL COSTA MELO RODRIGO ADLER PRATA FREIRE
ANTONIO SÉRGIO DE OLIVEIRA JUNIOR
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PLANOS
DE AULA

Núcleo de Trabalho,
Pesquisa e Práticas Sociais

ª
SÉRIE
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(Sugestão de filme)
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42 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS
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PESQUISANDO A HISTÓRIA DA MINHA FAMÍLIA


AULA

14
OBJETIVOS ■■Introduzir a pesquisa e estimular
■■Estimular a curiosidade sobre a história pessoal de cada aluno e o conhecimento dos aspectos
relevantes de sua família.

TEMPO ATIVIDADE
ACOLHIDA
Atividade Encontros temáticos:
■■Colocar uma música ritmada e pedir que os alunos caminhem na sala ao ritmo da música, se cumprimentando.
■■Ao sinal, formam-se duplas e conversam sobra a palavra AMIZADE (2’).
20’ ■■Soltar o som e solicitar que os alunos continuem a caminhada. Ao sinal, formam-se trios e conversam sobre as palavras
LAÇOS AFETIVOS (3’).
■■Continuar a caminhada, ao sinal, formam-se quartetos e falam da palavra FAMÍLIA (4’).
■■Continuar a caminhada ao som da música, e por fim, formam-se quintetos e conversam sobre ARRANJOS FAMILIARES (5’).
■■Informar que cada grupo deve escolher um relator para apresentar o que o grupo entende por arranjos familiares.
■■Abrir o círculo e cada relator apresenta rapidamente o resultado do último grupo formado.

DESENVOLVIMENTO 1
■■ Ao final do exercício acima, explicar ao grupo que essa atividade foi um “aquecimento” para o tema de hoje, que tem a ver com PESQUISA.
■■Provocar a turma perguntando: O que vem à cabeça de vocês quando falo em pesquisa? Existem diferentes tipos de pesquisa?
20´ Quais os tipos que o grupo tem conhecimento? Quem já respondeu a alguma pesquisa? (trazer para a discussão exemplos como:
pesquisa eleitoral, pesquisa de opinião, pesquisa de satisfação, pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, etc.).
■■Aproveitar para explicar a diferença entre pesquisa e busca, ressaltando que é preciso conhecer o que está sendo produzido
sobre o tema, mas que não se deve copiar e colar.

DESENVOLVIMENTO 2
Atividade: Pesquisando minha Família (Introdução à pesquisa de campo):
■■Informar que esta aula será um marco, pois eles vão iniciar o seu primeiro exercício de pesquisa que será sobre o tema
Família. Como abordado nas aulas anteriores, cada um de nós tem um grupo de pessoas que considerar como sua família, e
50’ elas serão nosso objeto de pesquisa. (Caso seja necessário, fazer uma relação com a aula 12, onde foram abordadas as famílias
e aquelas pessoas que consideramos como Família) e esta será uma pesquisa de campo individual.
■■Leitura do Guia de investigação 1 - Eu e Minha Família (anexo), respondendo às questões de planejamento do Guia e
explicando a estrutura do trabalho
■■Alunos devem pensar nas formas de elaboração dos resultados, além do relatório.
■■Os resultados das pesquisas serão retomados na aula 17.

ENCERRAMENTO
■■Alunos em um grande círculo, solicitar 10 voluntários para formar um círculo menor, ao centro do grande círculo.
10’ ■■Solicitar que os 10 voluntários respondam: Quais minhas expectativas com essa pesquisa?
■■Solicitar que os alunos tragam na próxima aula as anotações decorrentes da pesquisa sobre suas famílias, para continuidade
da atividade.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Som e Música ■■Texto: Guia de Investigação 1 – Eu e minha família (anexo)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■É importante acompanhar no decorrer das seguintes aulas o desenvolvimento da pesquisa sobre família com os alunos, verificando se estão com
dúvidas ou dificuldades na realização.
■■Agendar com a turma a entrega da pesquisa para a aula 17 (verificar cronograma das aulas).
■■Reservar para a próxima aula o laboratório de informática/ computadores para auxiliar na elaboração da pesquisa sobre família.
46 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Eu e Minha Família
GUIA DE INVESTIGAÇÃO 1

Nome:

Endereço:

Nº: Bairro:

Escola:

Turma: Turno:

Vamos conhecer mais sobre nossas famílias? Convivemos todos os dias com as pessoas de nossa
família, celebramos a vida juntos, brincamos juntos, fazemos as refeições juntos e com elas compar-
tilhamos muitas alegrias e tristezas. Porém, às vezes não estamos atentos para entender um pouco
mais sobre nossa família, sua história, sua origem, suas influências e os porquês das trajetórias de
cada um e de todos.
Este Guia de Investigação 1 tem o objetivo de ajudar o primeiro exercício de pesquisa de campo
que vamos fazer. Vamos investigar nossas famílias! Que tal? Fácil, não? Abaixo há um roteiro que
pode ajudar, mas você pode também acrescentar outros aspectos se achar importante.
Antes de iniciar sua investigação selecione:

A - FONTES DE INFORMAÇÃO: B – TÉCNICAS A SEREM UTILIZADAS: C - FORMA DE APRESENTAÇÃO:


■■Pessoas (quais / grau de parentesco/ ■■Entrevista ■■Relatório de Pesquisa
idade/ sexo) ■■Questionário ■■Álbum
■■Fotos ■■Linha do tempo ■■Vídeo / Slides
■■Documentos ■■Pesquisa documental ■■Outro tipo de texto
■■Outras. Quais? ■■Outras. Quais? ■■Outras. Quais?

os. Depois de feita a pesquisa, produza o Relatório de Pesquisa, um texto escrito com os resultados.
m, Faça da melhor forma que desejar, acrescente desenhos, fotos e outras coisas, faça uma capa, enfim,
os imprima a sua marca e junte ao seu portfólio. Depois do texto pronto você pode elaborar outros
produtos (vídeo, slides, álbum, etc.) e até apresentar para a sua própria família. Que tal? Sucesso!!!
Seguem algumas orientações de como fazer sua pesquisa. Vamos lá?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 47

ANEXO

Roteiro
1. Como se constitui sua família? (Quantas pessoas, sexos, idades, graus de parentesco, etc.)
2. Descreva sua família. (Principais características/ Como são os vínculos entre as pessoas/
Quais são os principais valores e crenças, etc.)
3. Qual a origem de sua família? (Ascendentes/ local de origem/ trabalho/ dificuldades enfren-
tadas, etc.)
4. Quais são os provedores de sua família? (Grau de parentesco/ que tipo de trabalho fazem)
5. Com que os membros de sua família trabalham? Há alguma aptidão que passa de geração a
geração? Como e porque isso acontece?
6. Como é o estudo na sua família? (Grau de escolaridade dos membros da família/ alguma
pessoa de destaque/ influências direcionadas para o estudo/ dificuldades enfrentadas, etc.)
7. Na sua família tem pessoas engajadas em associações ou movimentos sociais da comunida-
de ou de igrejas? Descreva suas atividades. Quais suas motivações?
8. A religião é um aspecto importante de sua família? Como essa prática se manifesta?
9. Há pessoas que, mesmo não sendo de sua família, é como se fossem? Quem são e porque
têm esse vínculo?
10. Em sua família há um forte exemplo de resiliência/ superação? Descreva.
11. O que mais lhe orgulha na sua família?

ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO - EU E MINHA FAMÍLIA


1. Introdução
2. Desenvolvimento
> Como se constitui minha família
> Vínculos entre as pessoas
> Valores e crenças
> Origem de sua família
> Provedores
> O trabalho
> O estudo
> Engajamento e participação em movimentos sociais
> Religião
> Família ampliada
> um exemplo de resiliência
> Do que mais me orgulho
3. Conclusão
4. Referências bibliográficas
48 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

A ÁRVORE DOS MEUS AMIGOS


AULA
OBJETIVOS ■■Articular objetivos e interesses próprios ao do ■■Auxiliar os alunos a identificarem quem são

15
outro, praticando experiências de convivência as pessoas que surgem em suas vidas desde o
■■Tolerar e respeitar as diferenças individuais, nascimento, e como essas pessoas podem ser
formas de vida e crenças individuais reconhecidas como amigos
■■Estimular a confiança entre as pessoas no grupo ■■Estimular a leitura

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Relembrar, junto a voluntários, os principais tópicos da aula anterior. Falamos de teias de pessoas, de família, de apoio,
de grupo. Hoje, vamos abordar outro grupo importante para a gente. Quem tenta adivinhar?
■■Ainda sem falar o tema da aula, propor a seguinte atividade: convidar o grupo a ficar de pé e solicitar que façam duplas.
Após esse momento, pedir que se posicionem um de costas para o outro, mas devem encostar mesmo, ombro a ombro.
20’ ■■Em seguida, ao som de uma música alegre, pedir para que cada dupla se abaixe até o chão sem colocar as mãos no chão,
apenas apoiados nas costas um do outro. Alguns vão cair, outros vão conseguir, o que torna o trabalho bem divertido (fazer
uma demonstração com um aluno).
■■Após algumas tentativas, perguntar aos alunos o que acharam da atividade e o que conseguiram perceber.
■■Conduzir os alunos à reflexão quanto a confiança que podemos ter no amigo, o espírito de equipe, a valorização das
pessoas, bem como o quanto esses elementos são essenciais na convivência.
■■Comentar sobre a necessidade de apoiar e ser apoiado pelas pessoas na vida.

DESENVOLVIMENTO
■■Solicitar que os alunos se sentem em círculo, ao lado de sua dupla, para tentar identificar de que grupos se está a falar.
Após esse momento, entregar para cada dupla uma cópia do texto: “A árvore dos meus amigos” (anexo).
■■Em seguida, pedir para que cada aluno leia um parágrafo, como num círculo de leitura, onde um complementa o texto
que começou a ser lido pelo outro.
70’ ■■Perguntar ao final da leitura o que eles entenderam e acharam do texto para gerar um breve debate com a turma.
■■Pedir que cada dupla agora converse um pouco sobre quem são as pessoas que surgem em suas vidas desde o
nascimento e como essas pessoas podem ser reconhecidas como amigos. Sugestão: colocar a música “Amizade Sincera”
(Thiaguinho) e “Podes crer” – Cidade Negra para tocar durante a produção das árvores.
■■Entregar para cada aluno uma folha de papel A4 e solicitar que cada um desenhe sua árvore dos amigos.
■■Ao final, convidar o grupo a apresentar sua árvore dos amigos (não forçar nenhum aluno a apresentar)

ENCERRAMENTO
■■Encerrar fazendo as seguintes considerações:

10’ ■■É muito importante para qualquer pessoa, saber quem é e de onde vem. Sua casa, seus pais, sua família, tudo isso integra
o primeiro momento de conhecimento que se tem do mundo. O nosso primeiro contato em sociedade inicia na família,
mas se estende a outros lugares, inclusive a escola. Em nossa vida conhecemos muitas pessoas que podem se tornar nossos
amigos, tornando-se fundamentais.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Kit multimídia ■■Música “Amizade Sincera” (Thiaguinho) e “Podes crer” – Cidade Negra
■■Texto: A árvore dos meus amigos (anexo) ■■Papel A4, Lápis de cor e canetinhas

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor, perguntar à turma sobre a realização da Pesquisa sobre Família e lembrar do prazo de entrega.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 49

ANEXO

Árvore dos meus amigos7


Antoine de Saint Exupéry

“Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso
caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem. Outras apenas vemos en-
tre um passo e outro. A todas elas, chamamos de amigo.

Há muitos tipos de amigos. Talvez, cada folha da árvore caracterize um deles. As primeiras que nas-
cem do broto são: o amigo pai e a amiga mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão,
com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça, como nós.

Passamos, pois, a conhecer toda a família de folhas, que respeitamos e queremos bem.

Mas o destino nos apresenta outros amigos: amigo do peito; amigo do coração...
São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem. Sabem o que nos faz felizes...

Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração. Aí, passa a ser chamado de amigo namo-
rado... Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios...

Mas, também há aqueles amigos por um instante; talvez umas férias, um dia, uma hora... Esses costu-
mam colocar muitos sorrisos em nossa face durante o tempo que estamos por perto.

Falando em perto, não podemos esquecer os amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos
galhos, mas que, quando o vento sopra, sempre aparecem, atenciosos,
entre uma folha e outra.

O tempo passa e o verão se vai. Com a aproximação do outono, perdemos boa parte de nossas folhas.
Algumas nascem no outro verão. Outras permanecem por muitas estações. Mas, o que nos deixa
mais felizes é que as que caíram continuam por perto; continuam alimentando a nossa raiz com ale-
gria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.

Hoje, desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...

Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Há as que levam muito, mas não há as que não deixam nada”.

7 Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/homenagens/3402651 - Acesso em 18.02.17


50 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

EU, GERAÇÃO Z
AULA

16
OBJETIVOS ■■Apresentar ou ampliar com o grupo, o entendimento acerca das gerações
■■Refletir sobre o modo como os alunos de hoje se comportam e como isso impacta no mercado
consumidor

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Lançar a pergunta para a turma: “Vocês já ouviram falar sobre as Gerações?”
20’ ■■O que é Geração X? Geração Y? Geração Z?
■■Durante a tempestade de ideias, é importante acolher as mais diversas interpretações sobre o tema.
■■Após esse momento, exibir a mídia Geração Z.

DESENVOLVIMENTO 1
■■ Convidar os alunos para realizar a leitura do texto: “Semelhanças e Diferenças entre as Gerações X, Y e Z e Alpha” (anexo).
■■Após a leitura, lançar aos alunos algumas indagações:
30’ ■■Vocês conseguem identificar a qual geração pertencem?
■■Quantas e quais gerações convivem juntos na sua família?
■■Qual a principal diferença entre elas?
■■Vocês imaginam qual será impacto das características da sua geração no mercado de trabalho?”

DESENVOLVIMENTO 2
■■Com entusiasmo, dizer à turma que a geração Z é conhecida pela característica de se lançar a novos desafios com
facilidade e convida a todos para participarem do Desafio Game das Gerações.
■■Perguntar se os alunos gostam de desafio e dizer que trouxe uma lista de objetos/desenhos/musicas/brinquedos de
40’ diferentes épocas, e que eles deverão identificar quais são esses objetos (nome, função) e qual sua época.
■■Dividir a turma em 4 equipes
■■Organizar ordem de participação das equipes
■■Apresentar o PPT Desafio das Gerações, disponibilizando tempo para as equipes responderem. Em caso de erro, a
oportunidade passa para a outra equipe.

ENCERRAMENTO
10’ ■■Ao final, realizar o fechamento da aula destacando a importância de reconhecer as qualidades que cada geração possui e
o quanto cada geração pode aprender com a outra.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Kit multimídia
■■Texto: Semelhanças e Diferenças entre as Gerações X, Y e Z (anexo)
■■Mídia: Geração Z (https://www.youtube.com/watch?v=wM-
■■PPT Game das Gerações
qZHsnDeI&feature=youtu.be)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Ficar atento as variações de cronologia de cada geração, compreendendo que as gerações são oriundas de diferentes contextos históricos, culturais,
sociais e econômicos.
■■Atenção para que não reforçar nenhum tipo de estigma negativo a qualquer geração que for citada durante aula.
■■Mídia de Suporte ao Professor: https://www.youtube.com/watch?v=343MfNjiS88
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 51

ANEXO

Semelhanças e diferenças
entre as gerações X, Y, Z e Alpha8
Em relação à idade, a geração X é composta por adultos de 30 a 45 anos, a Y é formada por pessoas de
20 a 30 anos e a Z por crianças e adolescentes de até 18 anos. Em sua maioria, a Geração X nasceu após
acontecimentos como a chegada do homem à lua e viu surgir o videocassete e o computador pessoal.

A Geração Y, por sua vez, é mais inserida no mercado de consumo e representa a transição em massa
para a Era Digital. As gerações estão ficando cada vez mais próximas: antes, as gerações se carac-
terizavam por um período de cerca de 40, 50 anos – “a geração dos meus avós”, “dos meus pais”, “a
minha”. Hoje, se observarmos, esse tempo “encurtou” para cerca de 10 anos, tamanhas as diferenças
que acontecem de uma década a outra.

No entanto, à semelhança dos estudos anteriores, as gerações também guardam características das
precedentes. Semelhante à Y, a Geração Z também é inquieta, menos fiel às tradições e acostumada a
fazer tarefas múltiplas. A diferença, no entanto, é que a nova geração tem todas as características de
forma mais acentuada, pois se desenvolveu englobada com os avanços tecnológicos.

A geração Z aparece ao final dos anos 90. Ela está cada vez mais preocupada com a sustentabilidade
e disposta a não pagar por produtos e serviços que podem ser encontrados gratuitamente na inter-
net. A geração Z já nasce utilizando joystick, jogos virtuais, o controle remoto e o celular no berço,
enquanto a Y viu isso acontecer. Se a Y quer as coisas de forma rápida, a Z apresenta esta caracterís-
tica de forma mais aguda. Ela não conhece o mundo sem tecnologia: fazer downloads gratuitos de
músicas, filmes e livros são um hábito comum a esses consumidores, que não pagam por isso com a
mesma frequência que a geração X ou Y.

Assim é que, o conceito de gerações, antes muito utilizado pela área de recursos humanos, ganha im-
portância também no mercado. Mesmo não sendo possível rotular pessoas apenas de acordo com a sua
faixa etária, a definição pode facilitar o conhecimento e o desenvolvimento da estratégia das empresas.

O que mais compram são produtos relacionados à moda e à tecnologia, especialmente celular. Além
disso, apesar dos estudantes da geração Z ainda não estarem inseridos no mercado de consumo, eles
influenciam os pais na hora da compra, fazem pesquisa na internet e vão à loja física. Essas novas ge-
rações apresentam um pensamento mais rápido, pragmático, múltiplo, abstrato, familiarizado com o
virtual – avanços claros desde o início da Era Digital.

Então, estão preparados para a próxima geração?

8 Fonte: adaptado de Wordpress - Acesso em: 01.08.2013


52 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

APRESENTANDO MINHA FAMÍLIA


AULA

17
OBJETIVOS ■■Avaliar primeira experiência de pesquisa do NTPPS
■■Apresentar e valorizar as particularidades da sua família

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
20’ ■■Entregar, à medida que os alunos entram na sala, uma tarjeta contendo uma palavra (anexo)
■■Ao som de uma música alegre, os alunos devem andar pela sala procurando pelos colegas com palavras semelhantes.
■■Após formados os quartetos, questionar: “O que essas palavras têm a ver com o tema família”? Abrir para comentários.

DESENVOLVIMENTO
■■Solicitar que os alunos continuem na formação de quartetos.
■■Cada um deve apresentar os achados de sua Pesquisa sobre a família, destacando:
■■Membros e principais características (de sangue e de coração)
■■Origem (onde nasceram)
■■Uma surpresa ou achado que só ficou sabendo com a pesquisa
60’ ■■Uma história famosa na família
■■Um exemplo forte de resiliência/superação
■■O que mais gosta na sua família?
■■Após todos os membros dos quartetos apresentarem, eles devem escolher uma das histórias para ser apresentada para
o grande grupo.
■■Apresentação para a turma
■■Receber os Relatórios das pesquisas

ENCERRAMENTO
20’ ■■Alunos em círculo, questionar: “O que esta primeira experiência de pesquisa me ensinou”? Abrir para participação de
voluntários.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Tarjetas com palavras (anexo)
■■Música alegre

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Considerar a atividade de Pesquisa Eu e Minha Família como parte da nota de 1º bimestre.
■■Sugestão: a nota de 1º bimestre pode ser construída a partir da: participação nas atividades/aulas + entrega da Pesquisa Eu e Minha Família +
elaboração e organização do Portfólio.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 53

ANEXO

Atividade para formação de grupos


AMIZADE AMIZADE AMIZADE AMIZADE

CARINHO CARINHO CARINHO CARINHO

AMOR AMOR AMOR AMOR

SEMELHANÇAS SEMELHANÇAS SEMELHANÇAS SEMELHANÇAS

APRENDIZADO APRENDIZADO APRENDIZADO APRENDIZADO

PERDÃO PERDÃO PERDÃO PERDÃO

DIVERSÃO DIVERSÃO DIVERSÃO DIVERSÃO

DIFERENÇAS DIFERENÇAS DIFERENÇAS DIFERENÇAS

RESPEITO RESPEITO RESPEITO RESPEITO

PARTILHA PARTILHA PARTILHA PARTILHA

ATENÇÃO ATENÇÃO ATENÇÃO ATENÇÃO

DESAVENÇAS DESAVENÇAS DESAVENÇAS DESAVENÇAS


54 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

A ESTRADA DA MINHA VIDA


AULA

18
OBJETIVOS ■■Refletir com o aluno como ele tem conduzido sua vida, vislumbrando barreiras e empecilhos
existentes, bem como, soluções para transpor esses obstáculos e dificuldades.

TEMPO ATIVIDADE
ACOLHIDA
■■Explicar inicialmente ao grupo que, após o início desta jornada de autoconhecimento e fortalecimento do grupo, a turma
já se aproxima do final do bimestre.
■■Pedir que formem duplas e conversem: de tudo visto até agora, o que mais chamou minha atenção? Que aspecto em
minha personalidade sinto mais desenvolvido?
■■Após 5 minutos, cada dupla apresenta os resultados (Primeiro, um dos integrantes da dupla responde a pergunta 01.
15’ Depois, os colegas da dupla respondem a pergunta 02).
■■Explicar depois deste momento, que irão avançar em outra importante etapa deste caminho.
■■Perguntar então, o que cada um entende por caminho. O que é um caminho?
■■Anotar os resultados no quadro (estrada, percurso, trajetória, movimento de um lugar a outro...)
■■Em seguida, ao som da música “Estrada” - Cidade Negra e “Tocando em Frente” – Almir Sater, convidar os alunos
a um breve relaxamento. (olhos fechados, atentos à letra)
■■Nesse momento, escreve no quadro a frase: “Estrada eu Sou, Estrada eu vou....”

DESENVOLVIMENTO
Atividade Minha Estrada:
■■Entregar uma folha de papel para cada aluno, dispor para os alunos lápis, lápis de cor, canetas e canetinhas coloridas e
solicitar que desenhem uma estrada que possa ser relacionada à Estrada da Vida de cada um.
■■Solicitar que, aos poucos, eles comecem a “dar vida e movimento” à suas estradas, a partir dos questionamentos:
1. De onde vem e para onde vai sua estrada?
2. Que símbolos e sinais ela tem?
3. Existem bifurcações? Pontes? Túneis?
4. Tem pessoas nessa estrada? Quem são?
5. Tem cores? Flores? Árvores?
6. Tem obstáculos nessa estrada?
85’ 7. Gostaria de acrescentar algo mais a essa estrada?
8. Como você se sente nela?
■■Quando todos tiverem terminado, pedir para apresentarem suas estradas e descrevê-las para o grupo.
■■O aluno compartilha suas respostas com os demais e vai colando sua estrada no Mural “A Estrada de Minha Vida”,
previamente colado na sala.
■■Realizar o fechamento com indagações introspectivas como:
■■O que representam nossos pais, amigos e professores em nossa caminhada?
■■Nossos valores podem dificultar ou facilitar nossa caminhada?
■■Aonde termina nossa estrada?
■■Que sinalizações ou avisos, acrescentariam para facilitar seu caminho nessa estrada?
■■Como faria para superar os obstáculos?
■■Colocaria mais alguém ou algo em sua estrada?

ENCERRAMENTO
10’ ■■Retomar a frase escrita no início da atividade: “Estrada eu sou, estrada eu vou” e solicitar a voluntários que comentem
a atividade.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Música “Estrada” – Cidade Negra e “Tocando em Frente” – Almir Sater
■■Papel A4, lápis e canetas coloridas
■■Frase para o mural “A Estrada de Minha Vida”
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 55

CAMINHOS POSSÍVEIS: A CAMINHO DA REALIZAÇÃO PESSOAL


AULA

19
OBJETIVOS ■■Avaliar primeira experiência de pesquisa do NTPPS
■■Apresentar e valorizar as particularidades da sua família

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Antes do início da aula, pregar a imagem 1 (anexo) no quadro. Questionar: Que mensagem ela nos passa? Na aula
anterior, falávamos sobre a estrada da vida e suas diversas formas.... e quando chegamos em um determinado ponto da
nossa estrada, onde se apresentam muitos caminhos e não sabemos qual trilhar?
■■Vocês já se viram, certamente, em momentos onde decidir, escolher, pareceu quase impossível. O que fizeram?
15’
Atividade:
■■Solicitar que todos andem pela sala sem um rumo preciso. Para a direita, para a esquerda, fazendo curvas.... até que ele
fala: Parar! Congelar!
■■Pedir que formem duplas com as pessoas mais próximas.
■■Refletir: qual a sensação de andar sem um rumo certo? Há pontos positivos e negativos?

DESENVOLVIMENTO
■■Afixa a imagem 2 (anexo)
■■Pedir que todos fiquem atentos ao painel. Essas são anotações relativas a sonhos, desejos, buscas, de um aluno de
Ensino Médio, como eles... são tantos planos, tantas intenções... mas, se não se organizarem, dificilmente sairão o plano
da INTENÇÃO para o da AÇÃO.
■■Retomar com as duplas e discutir: o que é preciso fazer para sair do plano da intenção para o da ação?
85’ ■■Como a Escola, o NTPPS e as disciplinas eletivas do currículo – poderiam ajudar?

Atividade: Organizando meu caminho


■■Relembrar com a turma a atividade da Estrada realizada na aula anterior e indagar:
■■Onde estou hoje? Onde quero chegar?
■■Quais passos preciso dar para chegar onde eu desejo?
■■Distribuir o instrumental: Organizando meu caminho (anexo) e convidar a turma a fazer um primeiro
esboço de um passo-a-passo resumido do que eles precisam realizar para alcançar um objetivo/ sonho.

ENCERRAMENTO
10’ ■■Ao final, em círculo, pedir para aqueles que se sentirem à vontade compartilharem suas produções com o grupo.
■■Solicitar que os alunos anexem o instrumental ao Portfólio.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Imagens 01 e 02 (anexo)
■■Computador, data show
■■Instrumental: Organizando meu caminho (anexo)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Organizar material necessário com antecedência
■■Ao final da aula, recolher os portfólios
56 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
IMAGEM 1

IMAGEM 2

ME GARANTIR EM TOCAR UM APRENDER


CURSO DE INFORMÁTICA
MATEMÁTICA INSTRUMENTO OUTRO IDIOMA

ESCREVER BEM E
ME PREPARAR PARA O REALIZAR UMA AÇÃO
FALAR COM MAIS PASSAR DE ANO
MERCADO DE TRABALHO SOLIDÁRIA
DESENVOLTURA

CUIDAR FAZER UMA VIAGEM DOS


CASAR COMPRAR UM CELULAR
DA FAMÍLIA SONHOS
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 57

ANEXO

Instrumental:
Construindo Meu Caminho
Na estrada da minha vida, onde me encontro hoje?
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

Onde pretendo chegar?


____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

Quais Sonhos ou Projetos quero concretizar?

COMO O NTPPS E AS ELETIVAS QUE PASSOS PRECISO DAR PARA


SONHO OU PROJETO
PODEM CONTRIBUIR AVANÇAR COM MEU SONHO?

1:

2:

3:
58 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

LINHA DA VIDA
AULA

20
OBJETIVOS ■■Estimular os alunos a construir uma linha da vida, destacando fatos positivos e negativos
ocorridos nas suas trajetórias de vida.
■■Provocar uma reflexão sobre acontecimentos da vida e como eles influenciam na construção de
nossa identidade e no caminho que se escolhe percorrer.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula relembrando as últimas atividades realizadas, e explicar a importância de ir organizando -
mentalmente e emocionalmente – esses importantes caminhos de nossa Estrada da Vida.
■■Pedir para que todos se sentem no chão, formando um grande círculo. Diminuir a luz e colocar uma música
instrumental baixinho.
■■Orientar que todos fechem os olhos e concentrem-se na música.
15’ ■■Pedir que eles reflitam sobre suas vidas e provocar: “Você já parou para pensar que se tudo tivesse dado
certo, você não seria você?”
■■Após um breve momento, abrir para participação de voluntários e buscar refletir com a turma que todos nós
temos uma Linha de Vida pessoal e que ela é tecida a partir de acontecimentos que nos trazem alegria e boas
memórias, mas também de situações ruins e reviravoltas que nos fazem buscar novos caminhos, sendo esses
encontros e desencontros responsáveis por definir quem somos hoje.
■■Em seguida, informar aos alunos que hoje eles irão construir sua Linha da Vida.

DESENVOLVIMENTO
Atividade: Minha Linha da Vida
■■Explicar para a turma que a linha da vida é caracterizada, geralmente, pela organização cronológica de
determinados fatos ou acontecimentos. Hoje, cada um irá criar sua Linha da Vida, construindo-a a partir dos
principais acontecimentos de sua trajetória de vida, destacando os sentimentos e as emoções relacionados a eles.
■■Entregar para cada aluno uma folha de A4 e orientar que faça uma linha no meio da folha no sentido horizontal.

75’ Não é obrigatório que seja uma linha reta, mas é necessário que ela esteja de um lado a outro da folha.
■■Os alunos devem, nos dois lados da linha, fazer anotações, apontar acontecimentos marcantes, conquistas,
perdas, emoções e sentimentos que tiveram durante toda sua trajetória de vida. Indicar com setas para cima fatos
e sentimentos positivos e para baixo, fatos e sentimento tristes.
■■Dispor para os alunos lápis, lápis de cor, canetas, canetinhas, revistas, tesouras, colas para que eles possam criar
suas Linhas da Vida.
■■Ao final, pedir que cada aluno que coloque a linha da vida a sua frente e busque compreendê-la e relembrar
toda sua trajetória de vida.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 59

LINHA DA VIDA
AULA

20
OBJETIVOS ■■Estimular os alunos a construir uma linha da vida, destacando fatos positivos e negativos
ocorridos nas suas trajetórias de vida.
■■Provocar uma reflexão sobre acontecimentos da vida e como eles influenciam na construção de
nossa identidade e no caminho que se escolhe percorrer.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
Atividade: Não pertence mais a mim...
■■Em círculo, de pé, solicitar que os alunos pensem nos sentimentos, atitudes negativas/ruins que eles
identificaram durante a elaboração da Linha da Vida (raiva, medo, estagnação, ressentimento, culpa, etc.) e que
não querem mais na sua vida.
■■No centro do círculo, colocar uma lixeira ou saco de lixo

20’ ■■Explicar que cada aluno deve repetir a frase: “A partir de hoje, não pertence mais a mim...” e completar com
aquilo que escolheu não querer mais em suas vidas, gesticulando como se o jogasse no lixo. É importante
destacar que os alunos não precisam contar nenhuma história, mas falar sobre os sentimentos negativos que
querem excluir de suas vidas.
■■Após a contribuição de todos, fechar a atividade lembrando que ninguém pode decidir o que fica na sua
vida. Somente você tem o poder de fazer suas escolhas e construir sua Linha da Vida. Encerra com um
abraço coletivo.
■■Ao final da aula, solicitar que os alunos guardem suas linhas no portfólio.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Kit Multimídia
■■Papel ofício
■■Lápis, lápis de cor, canetas, canetinhas, revistas, tesouras, colas

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Garantir que todas as produções sejam anexadas ao portfólio e recolhê-los.
60 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Linha da Vida

____ _ _ _
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 61

SEQUÊNCIA DE AULAS
NÚCLEO DE TRABALHO PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS – NTPPS
2º BIMESTRE – 1ª SÉRIE

AULA TÍTULO CARGA HORÁRIA


1 FILME: LION - UMA JORNADA PARA CASA 2
2 DISCUSSÃO DO FILME 2
3 DIFERENÇA ENTRE SENSO COMUM E CIÊNCIA 2
4 O QUE É PESQUISAR? 2
5 ESCOLHAS SAUDÁVEIS / AS DIVERSAS SAÚDES 2
6 CONSTRUINDO RELAÇÕES AFETIVAS 2
7 SEXUALIDADE E AFETIVIDADE 2
8 O PODER DO GÊNERO 2
9 DIVERSIDADE NA ESCOLA 2
10 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS/ FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO 2
11 CONVERSANDO SOBRE DROGAS 2
12 A ESCOLA SAUDÁVEL 2
13 SAÚDE DO PLANETA: JORNADA ECOLÓGICA 2
14 PENSAR GLOBAL E AGIR LOCAL: CONSUMO CONSCIENTE 2
15 LEVANTAMENTO DE INTERESSES E CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPES DE PESQUISA 2
16 DELIMITAÇÃO DOS TEMAS DA PESQUISA 2
17 APRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA DO TRABALHO E PROBLEMATIZAÇÃO 2
ELABORAÇÃO DA PERGUNTA NORTEADORA, RELEVÂNCIA DO PROJETO, OBJETIVO,
18 2
REFERENCIAL TEÓRICO
19 QUEM SOU EU: MEU VERDADEIRO VALOR 2
20 AMABILIDADE: DESEJO TUDO DE BOM! 2
TOTAL 40
62 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

GUIA PARA O PROFESSOR


ITINERÁRIO DA PESQUISA NA 1ª SÉRIE

Onde estamos com a pesquisa?


■■ Compreensão do conceito de Pesquisa e a diferença entre o conhecimento do senso comum e
conhecimento científico
■■ Apresentação da Pesquisa – Etapas da Pesquisa na 1ª série, Passo a passo do Projeto de Pesquisa,
Etapas e Introdução do Projeto de Pesquisa
■■ Formação das equipes e definição do tema da pesquisa
■■ Escolha do Professor orientador
■■ Início da elaboração do Projeto de Pesquisa:
> Relevância do projeto
> Pergunta norteadora
> Objetivos
> Referencial teórico

QUEM PODE SER PROFESSOR ORIENTADOR?


Pode assumir o papel de Professor Orientador qualquer membro do grupo docente da escola, da secretaria, Professor de
Multimeios e também membro do Núcleo Gestor. O Professor Orientador vai atuar como parceiro do NTPPS, pois durante todo o
processo da Pesquisa é ele quem vai orientar/auxiliar/acompanhar o desenvolvimento do trabalho de pesquisa, fazendo correções
e pontuações. Importante uma comunicação sistemática com o professor de NTPPS.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 63

FILME: LION - UMA JORNADA PARA CASA


AULA

1
OBJETIVOS ■■Realizar o fechamento dos temas trabalhados no NTPPS durante o ano, foco no desenvolvimento
da identidade, família, resiliência

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Convidar a turma para assistir ao filme “Lion: uma Jornada para casa”. (Sugestão de filme)

Ficha técnica:
■■Nome: Lion - Uma jornada para casa
■■Nome Original: Lion
■■Cor filmagem: Colorida
■■Origem: Inglaterra
■■Ano de produção: 2016
5´ ■■Gênero: Drama
■■Duração: 129 min
■■Classificação: 12 anos
■■Direção: Garth Davis
■■Elenco: Dev Patel, Nicole Kidman, Rooney Mara, David Wenham

Sinopse:
■■Saroo é um menino indiano que se perde do irmão numa viagem, e não consegue pronunciar o nome de sua
pequena cidade. Colocado num orfanato, ele é adotado por um casal de australianos. Anos depois, graças à
tecnologia do Google Earth, ele começa uma jornada em busca de sua mãe biológica.

DESENVOLVIMENTO
90´
■■Exibir o filme “Lion: uma Jornada para casa”.

ENCERRAMENTO

■■Solicitar que os alunos façam anotações sobre o que observaram no filme para conversarem na próxima aula.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Datashow
■■Computador
■■Filme “Lion: Uma jornada para casa”

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Checar equipamento e filme com antecedência
■■Estudar o roteiro do filme para a próxima aula
64 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

DISCUSSÃO DO FILME
AULA

2
OBJETIVOS ■■Promover uma reflexão sobre a identidade pessoal e suas raízes
■■Possibilitar a reflexão sobre autoaceitação, autopercepção e abertura ao novo
■■Promover mais ampla compreensão dos diversos arranjos familiares

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
30´
■■Exibir a continuação do filme “Lion: uma jornada para casa”.

DESENVOLVIMENTO
■■Fixar na sala previamente, a imagem de um trem com seus vagões. Em cada vagão, colar, no verso, uma questão do
filme que deve ser discutida com o grupo.
■■Solicitar que os alunos se posicionem em círculo e entregar para um aluno uma bola de papel que deverá ser passada
de mão em mão ao som do áudio de uma locomotiva. Ao soar do apito do trem, o aluno que estiver com a bola deverá
se dirigir a um vagão e retirar uma questão e iniciar a discussão.
Perguntas:
1. Essa história fala de Identidade, de doação, de generosidade, de partilha, de amor.... Qual elemento mais
50´ chamou sua atenção no filme?
2. O quanto sua história é relevante para planejar um Projeto de curto, médio e longo prazo para sua vida?
3. Qual a importância para o personagem principal resgatar seu passado e de que forma isso impactava na sua
vida atual?
4. Em sua opinião, quais os pontos de gratidão que o personagem poderia destacar?
5. Na sua vida, quais os pontos positivos pelos quais você é grato, ou acredita que poderia ser?
6. Que temas trabalhados durante as aulas de NTPPS fazem relação com os aspectos abordados no filme?
7. Refletir com os alunos as seguintes abordagens: O filme demonstra uma estratégia para que o personagem
possa atingir seu objetivo de encontrar sua família biológica.
8. Como você consegue descrevê-la, que elementos consegue lembrar que foram importantes?
9. O que você faria para melhorá-los e como você monta suas estratégias para resolver seus problemas?

ENCERRAMENTO
■■Convidar voluntários para realizar a leitura do texto: A vida é uma viagem de trem (Anexo)
■■Após a leitura realizar uma analogia entre o texto e o filme, refletindo com os alunos:
20´ 10. Como nossos vagões estavam no início do ano?
11. Como se encontram hoje?
12. Quem são as pessoas que chegaram e desceram do nosso vagão?
13. Quem são aquelas pessoas que queremos levar por todo nosso caminho?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Filme ; Datashow, computador e caixa de som
■■Som de uma locomotiva (https://www.youtube.com/watch?v=l9d-lPnRkJI
■■Imagem do trem (01 cabine e 06 vagões)
■■Tarjetas com as perguntas
■■Bola de papel
■■Som da locomotiva (disponível no material de suporte)
■■Texto “A vida é uma viagem de trem” (http://jamilkauss24.blogspot.com.br/2009/10/vida-e-uma-viagem-de-trem.html)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 65

ANEXO

Vagões do Trem
IMPRIMIR 01 CABINE E 06 VAGÕES
66 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

A vida é uma viagem de trem


Dia desses, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. A nossa vida é como uma viagem
de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas
agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques.
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos que fa-
rão conosco a viagem até o fim: nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles
desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que,
durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós: nossos irmãos,
amigos e amores.
Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas.
E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando
desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes
do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem separado deles. Mas isso não nos impede de, com grande
dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos
sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa viagem é assim: cheia de atro-
pelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta.
Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com
todos, procurando o que cada um tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do
trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos
algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: quando eu descer
desse trem sentirei saudades? Sim. Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me
dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido.
Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção
de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram. E o que me deixará feliz é
saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.
Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pes-
soas. Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade…
Quem entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como
a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais
pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar.
Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar.
Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”.
Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam
lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.

Autor Desconhecido
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 67

DIFERENÇA ENTRE SENSO COMUM E CIÊNCIA


AULA

3
OBJETIVOS ■■Provocar nos alunos a reflexão e compreensão sobre o que é o senso comum, como se reproduz
historicamente e como se relaciona com a ciência.

TEMPO ATIVIDADE
ACOLHIDA
Atividade: Caça ao Tesouro
■■Explicar aos alunos que será realizada uma atividade que vai permitir a todos conhecerem um pouco mais, uns dos
outros: “Quem aqui, quando mais jovem, brincou de ‘caça ao tesouro’”? Hoje, nosso tesouro serão informações!
15´ ■■Entregar a cada aluno uma lista de descrições (Anexo) e solicitar que peguem um lápis ou caneta.
■■Explicar que: ao sinal, no tempo de 10 minutos, todos passam a procurar um colega que se encaixe no parâmetro das descrições
expressas em cada item e pede que o aluno que se identificou com a lista de descrições do colega, assine o nome ao lado.
■■Ao final do prazo de dez minutos, solicitar que os alunos formem um círculo e pedir para que cinco voluntários
compartilhem como foi à experiência de ir a busca de um colega que estivesse dentro dos itens da lista de descrições e
quais surpresas encontraram do o processo de preenchimento do instrumental: Caça ao Tesouro.

DESENVOLVIMENTO 1
■■Perguntar a turma: O que é senso comum?

30´ ■■Após a pergunta, solicitar a resposta para alguns voluntários e explicar que esse será o tema principal da aula.
Convidar a turma para realizar a leitura individual do texto: Senso Comum – falso ou verdadeiro? (Anexo)
■■Ao final da leitura, solicitar o preenchimento da atividade: Ditos populares, inicialmente, individual. Após 5
minutos, solicitar que os alunos formem duplas e busquem concluir a atividade.

DESENVOLVIMENTO 2
Atividade: Senso comum na prática!
■■Dividir a turma em 06 equipes e pedir para cada equipe criar uma situação relacionada ao senso comum,
relembrando com a turma os exemplos de senso comum que foram trazidos durante a leitura do texto. As equipes
terão 15 minutos para discussão.
50´ ■■Cada equipe deve eleger os seguintes responsáveis: um organizador do tempo (que irá acompanhar os trabalhos
e organizar a equipe para que realize a atividade dentro do tempo estimado); um redator (que irá anotar os pontos
discutidos e a síntese final da atividade); um orador (que fará a apresentação da produção da equipe); e um ouvidor
(que tomará nota das apresentações das outras equipes e, se necessário, poderá fazer pontuações e questionamentos).
■■Apresentações das equipes (20 minutos)
■■Discussão das apresentações, com contribuição dos ouvidores (15 minutos).

ENCERRAMENTO
■■Convidar todos a ficarem em círculo e solicitar que dez alunos se voluntariem para realizar a Atividade: A palavra
5´ voou. Alunos dizem uma palavra que signifique a avaliação do dia. Começar, dizendo uma palavra de avaliação e
em seguida prossegue: “A palavra voou, voou, caiu na boca de fulano...”
■■O aluno diz uma palavra sobre a avaliação do dia e prossegue, até o final do círculo de 10.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Lista das Descrições da atividade “Caça ao Tesouro” (Anexo)
■■Texto: Senso Comum – falso ou verdadeiro? (Anexo)
■■Atividade: Ditos populares (Anexo)
68 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Atividade: Caça ao tesouro


LISTA DE DESCRIÇÕES

DESCRIÇÃO ASSINATURA

Tenha a mesma cor de olhos que os seus. :

Viva com os avós.

Cujo primeiro nome tenha a mesma inicial que a sua.

Tenha um irmão, cujo irmão não é seu irmão.

Já tenha morado em outra cidade.

Use óculos.

Goste de dançar o mesmo que você.

Viva numa família com padrasto ou madrasta.

Tenha a mesma idade que a sua.

Seja do mesmo signo que o seu.

Tenha um animal de estimação.

Use aparelho nos dentes.

Tenha uma tatuagem ou piercing


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 69

ANEXO

Senso comum, falso ou verdadeiro?


Regina Brandão

Para se entender o que é pesquisar, devemos partir, em primeiro lugar, da compreensão de que o ho-
mem, em sua vida cotidiana, tem encontrado formas de apreender e explicar a realidade. Ele transmite
esses conhecimentos através da família, dos vizinhos, das comunidades e sociedades, ao longo dos anos.

“Nessa vida cotidiana, vamos construindo a realidade, vamos fazendo a História, uns com cons-
ciência, outros sem nem saber que estão fazendo a História. Mas a realidade e a vida não param e
nós somos os sujeitos. Na vida cotidiana, vamos nos familiarizando com as coisas que nos rodeiam,
aprendendo a manejar essas coisas para orientar a nossa vida... E, nesse momento do dia-a-dia, va-
mos formando ideias e representações sobre essas coisas, ou seja, vamos formado um pensamento a
partir do que vemos, do que sentimos, do que ouvimos dizer, do que é transmitido pela família, pelos
vizinhos, pela televisão. E esse pensamento formado na vida cotidiana é o SENSO COMUM.” 9

Para a maioria dos autores, o senso comum é um conhecimento empírico, difuso, fragmentado, ex-
perimentado, ao longo dos anos, na vida prática. É um conhecimento sem comprovação, é um modo
espontâneo de entender e de atuar na realidade.

FIQUE LIGADO!
Empírico, difuso e fragmentado... Você sabe o que isso significa? Escreva aqui.

9 Fonte: ESPLAR, O que é pesquisar (mimeog),Fortaleza - CE, s/d


70 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
SENSO COMUM, FALSO OU VERDADEIRO? (Continuação)

Por exemplo, as donas de casa sabem que o forno não pode ser aberto enquanto o bolo assa, senão
ele fica ‘solado’. Quando as formigas criam asas e o mandacaru bota flor, o homem do campo enxerga
sinais da natureza avisando um bom inverno. Outros exemplos são as inúmeras plantas medicinais que
servem de remédios para determinadas doenças e que foram descobertas pelo senso comum. Como
esses saberes foram apreendidos pelas pessoas? Eles foram passados de geração a geração, assimilados
e transformados ao longo do tempo.

EUREKA!
Assim, se o conhecimento é produto de uma prática que se
faz social e historicamente, todas as explicações para a vida,
para as regras de comportamento social, para o trabalho,
para os fenômenos da natureza, etc., passam a fazer parte das
explicações para tudo o que observamos e vivenciamos.

“Todos estes elementos são assimilados ou transformados de forma espontânea. Por isso, rara-
mente há questionamentos sobre outras possibilidades de explicações para a realidade. (...) São
inúmeros os exemplos presentes na vida social, construídos pelo ‘ouvi dizer’, que formam uma vi-
são de mundo fragmentada e assistemática. Mesmo assim, é uma forma usada pelo homem para
tentar resolver seus problemas da vida cotidiana. Isso tudo é denominado de senso comum ou
conhecimento espontâneo”. 10

Então, podemos concluir que:


“O senso” comum é o conhecimento acumulado pelos homens, de forma empírica, porque se baseia
apenas na experiência cotidiana, sem se preocupar com o rigor que a experiência científica exige e
sem questionar os problemas colocados justamente pelo cotidiano. Portanto, é também um saber
ingênuo uma vez que não possui uma postura crítica.” 11

Para o professor Rubem Alves, tanto a ciência quanto o senso comum são “expressões da mesma
necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. E
para aqueles que teriam a tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria
de lembrar que, por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se
assemelhasse à nossa ciência...” 12

10 Fonte: http://karlamoraessociologia.blogspot.com/2009/03/senso-comum-e-conhecimento-cientifico.html, acesso em 24/01/2012, às 10:00h


11 Fonte: idem
12 Fonte: ALVES, Rubem, Filosofia da Ciência, Ed. Brasiliense, 1981, p. 16.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 71

ANEXO
SENSO COMUM, FALSO OU VERDADEIRO? (Continuação)

O autor continua sua discussão sobre o senso comum, combatendo a compreensão que transparece
em vários autores de que se trata de um conhecimento inferior.
“Esta expressão não foi inventada pelas pessoas de senso comum. Creio que elas nunca se preocu-
param em se definir. Um negro, em sua pátria de origem, não se definiria como pessoa “de cor”. Evi-
dentemente. Esta expressão foi criada para os negros pelos brancos. Da mesma forma a expressão
“senso comum” foi criada por pessoas que se julgam acima do senso comum, como uma forma de
se diferenciarem das pessoas que, segundo seu critério, são intelectualmente inferiores. Quando um
cientista se refere ao senso comum, ele está, obviamente, pensando nas pessoas que não passaram
por um treinamento científico.” 13

De acordo com o texto do ESPLAR, é através do “Senso Comum da sociedade que vivemos que, ge-
ralmente, nós pensamos a nossa vida, julgamos os fatos e aceitamos o que nos rodeia como natural,
como normal... é aquela velha história que a gente ouve e repete: Isso sempre foi assim desde o início
do mundo... sou pobre porque Deus quer...é assim mesmo, não tem jeito... é isso mesmo... pobre nasceu
para sofrer... a gente tem que aceitar e se conformar... é preciso sofrer com resignação... a gente sofre
aqui pra ser feliz no outro mundo... é a vida! “
O mesmo documento afirma que:
“Assim, podemos ver que o senso comum é a forma de pensamento que se limita à aparência das
coisas, ao que sempre foi dito... ao que a gente enxerga à vista... ao que estamos acostumados a ver e
ouvir... logo, é uma forma de pensamento que reduz o mundo ao que aparece... O senso comum fica
na aparência das coisas. E aí é importante ter clareza de uma coisa: a realidade é muito mais rica do
que se pensa e não se reduz ao que a gente vê à primeira vista... isso é apenas a aparência”. 14

Então, podemos concluir que:

EUREKA!
Apesar de significar um conhecimento relevante, produzido
socialmente, transmitido por gerações, o senso comum
não tem comprovação científica, é um conhecimento
fragmentado que pode evoluir para um conhecimento
científico se for testado pela rigorosidade da ciência.

13 Fonte: ALVES, Rubens, opcit, p. 09.


14 Fonte: ESPLAR, op cit.
72 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
SENSO COMUM, FALSO OU VERDADEIRO? (Continuação)

Para entendermos melhor essa passagem do senso comum para a ciência devemos primeiro observar
que o conhecimento superficial da realidade pode ficar apenas na aparência e, o próprio senso comum
já nos ensinou que as aparências enganam.

FIQUE LIGADO!
Qual a diferença de aprender e apreender? O que aprendi hoje?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 73

ANEXO

Ditos Populares
DITO POPULAR CONHECIMENTO QUE TRANSMITE COMPORTAMENTO QUE INSPIRA
Quem não pode com o pote Antes de executarmos uma ação temos Responsabilidade/Cautela
não pega na rodilha que avaliar se somos capazes de fazê-la.
Mais vale um pássaro na mão
do que dois voando

Cavalo dado não se olha os dentes

Quem semeia vento colhe tempestade

Por falta de um grito pode-se


perder uma boiada
Diga-me com quem andas e
te direi quem és

Filho de peixe, peixinho é

Quem vê cara não vê coração

As aparências enganam

O seguro morreu de velho

Águas passadas não movem moinho

O apressado como cru


74 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

O QUE É PESQUISAR?
AULA

4
OBJETIVOS ■■Apresentar aos alunos o que é e para que serve a pesquisa
■■Incentivar uma compreensão de pesquisa lúdica e instigante sem deixar de ser
séria e profunda.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA

Atividade: Exercício da Mudança:


■■Solicitar que os alunos formem duplas, um de frente para o outro
■■Pedir que se olhem atentamente, percebendo as principais características e adornos do colega.
20´ ■■Orientar que virem de costas e mudem três coisas em si.
■■Pedir que virem e realizem o desafio: o companheiro tem que identificar o que mudou. Repete novamente,
mudando mais três coisas.
■■Finalizar a atividade promovendo a reflexão com o seguinte pensamento: É mais difícil mudar ou
perceber a mudança no outro? O mundo muda e não percebo. As coisas acontecem e a gente não percebe? Qual a
importância da observação para quem pesquisa? A observação é uma técnica de pesquisa?

DESENVOLVIMENTO
■■Perguntar aos alunos:
> O que é pesquisar?
> Que pesquisas vocês têm notícias que estão acontecendo?
70´ ■■A partir dessas duas perguntas, criar um ambiente para a retomada do tema.
■■Convidar a turma para realizar a leitura dialogada do texto “O que é pesquisar?”
■■Realizar individualmente a atividade: ”A pesquisa é ... A pesquisa não é.…”
■■Após o exercício, dividir a turma em duplas para que compartilhem as respostas.
■■Em seguida, solicitar que formam quartetos.
■■Por fim, cada quarteto apresenta suas conclusões à turma.

ENCERRAMENTO
10´
■■Convidar 10 voluntários para participar do Puxa-conversa sobre ciência.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Texto “O que é pesquisar? ” (Anexo)
■■Atividade: ”A pesquisa é ... A pesquisa não é.…” (Anexo)
■■Puxa-conversa sobre ciência (Anexo)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 75

ANEXO

Texto: O que é pesquisar?


Você acha que pesquisa é algo muito difícil e que só quem pode fazê-la é quem está em uma insti-
tuição acadêmica, como as universidades? Gilvan Müller diz que não. “Pesquisa não é algo elevado,
sublime, difícil, restrito às universidades (e mesmo lá, às pós-graduações), mas uma prática cotidiana:
uma forma de se relacionar com o conhecimento. Cumpre, portanto, estender essa forma de relacio-
namento com o conhecimento para todos os setores da sociedade, quebrando assim o monopólio
de certos grupos ao seu acesso privilegiado não ao conhecimento somente, mas, sobretudo, à forma
como se acessa/produz o conhecimento”. 15
Então, podemos pensar que todos nós somos capazes de ser pesquisadores?

EUREKA!
Alunos, professores, crianças, jovens, adultos, todos podemos
exercitar nossa capacidade de pesquisar desde que, com a
ajuda das ferramentas adequadas, saibamos fazer o esforço
específico que nos permita enxergar além da aparência, da
casca, e penetrar no miolo, na essência da realidade que se
quer desvelar. Nós acreditamos que professores e alunos
podem, sim, ser produtores de conhecimento.

Então, pesquisar é fazer ciência? De acordo com Pedro Demo, sociólogo brasileiro, um dos maiores
feitos científicos foi superar o argumento da autoridade. “Se é a terra é que gira em torno do sol ou é
o sol que gira em torno da terra, não é uma autoridade que decide. É a pesquisa”. 16 Assim, historica-
mente os cientistas tiveram que enfrentar diversas polêmicas com os poderes constituídos, com as
autoridades e especialmente com as crenças religiosas. Obviamente que, nessa polêmica a desvan-
tagem era do pesquisador. 17
Então, a pesquisa é uma ferramenta de produção do conhecimento científico e, como tal, requer um
esforço. E fazer esse esforço dá trabalho? Sim, dá trabalho, a investigação tem um caminho exigente.
É importante que o pesquisador estude algo em que tenha muito interesse, que faça parte de sua
história de vida, de seu talento, de suas habilidades, de sua afetividade, enfim, algo que considere
importante, em que tenha curiosidade e que seja prazeroso pesquisar.

15 Fonte: OLIVEIRA, Gilvan Müller, A pesquisa como princípio educativo: construção de um modelo de trabalho, Instituto de Investigação e Desenvolvimento
em Política Linguística, disponível no site http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=233. Acesso: 02.02.2012, as 8:00h
16 Fonte: DEMO, Pedro, PROFESSOR & PESQUISA (10)- Pesquisa: fundamento docente e discente http://pedrodemo.sites.uol.com.br/textos/profpesq10.html,
2009. Acesso: 02.02.2012, às 10:00h
17 Fonte: A esse respeito pesquisar a obra de Giordano Bruno, Galileu Galilei, Charles Darwim, entre outros.
76 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
TEXTO: O QUE É PESQUISAR? (Continuação)

O pesquisador precisa “primeiro, ter um conhecimento dos fenômenos que quer estudar. Um co-
nhecimento em nível do senso comum. Ninguém pode pesquisar o que desconhece totalmente. E
esse conhecimento pode vir da própria experiência, de contatos com outro que tem experiência, de
conversas, da leitura de jornais, de livros, de notícias do rádio, da TV. Esse conhecimento primeiro é a
matéria-prima a ser trabalhada, a ser estudada.” 18
Mas, não basta o interesse e o conhecimento prévio. Para pesquisar, é preciso se munir de instrumen-
tos que apoiem esse esforço de se ir além da aparência.
Assim, a primeira coisa a fazer é definir o tema e formular as questões que pretende desvendar, que
é o objeto de pesquisa.
A delimitação do campo de pesquisa “implica no exercício da curiosidade, sua capacidade crítica de
‘tomar distância’ do objeto, de observá-lo, de delimitá-lo, de cindi-lo, de ‘cercar’ o objeto ou fazer sua
aproximação metódica, sua capacidade de comparar, de perguntar.” 19
Então se já temos uma ideia do que é pesquisar, vamos iniciar o percurso da pesquisa? Antes, porém,
é importante relembrar que não devemos fazer nada sem planejar. A falta de planejamento pode
levar qualquer ação ao fracasso.
Pensemos em uma viagem: por menor que ela seja, se não planejamos, corremos sérios riscos de
muitas coisas darem errado. O período, o clima, as passagens, o dinheiro que iremos precisar, a hos-
pedagem, a língua, a bagagem, as distâncias, todos são aspectos importantes de uma viagem que
precisam ser pensados e planejados com antecedência.
A pesquisa, como uma viagem, também precisa ser planejada. E esse planejamento deverá resultar
no Projeto de Pesquisa.

18 Fonte: ESPLAR, op. Cit.


19 Fonte: FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia. São Paulo. Cortez. 1996, p.95
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 77

ANEXO

Atividade: ”A pesquisa é ...


A pesquisa não é.…”
FIQUE LIGADO!
A PESQUISA É... A PESQUISA NÃO É...
78 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Puxa conversa
■■”A persistência é o menor caminho do êxito. ” – Charles Chaplin
■■“Para pesquisar a verdade é preciso duvidar, quanto seja possível, de todas as coisas, uma vez na
vida. ” – Reneê Descartes
■■Brincar é condição fundamental para ser sério. – Arquimedes
■■Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e levantarei o mundo – Arquimedes
■■“Pesquisar é ver o que os outros viram e pensar o que nenhum outro pensou” – Albert Gyorgyi
■■A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. – Albert Einstein
■■O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. – Albert Einstein
■■A imaginação é mais importante que o conhecimento. – Albert Einstein
■■Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo,
ainda não adquiri a certeza absoluta. – Albert Einstein
■■Omundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por
causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer. – Albert Einstein
■■Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor. – Albert Einstein
■■Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. – Albert Einstein
■■Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio -
e eis que a verdade se me revela. – Albert Einstein
■■No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade. – Albert Einstein
■■Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela. – Albert Einstein
■■Aimaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a
imaginação abrange o mundo inteiro. – Albert Einstein
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 79

ESCOLHAS SAUDÁVEIS / AS DIVERSAS SAÚDES


AULA

5
OBJETIVOS ■■Desenvolver nos alunos uma reflexão crítica, em um processo gradativo e
crescente de compreensão de si mesmo e do mundo, a partir da reflexão sobre as
diversas saúdes que constituem um ser.
■■Levar o grupo a refletir sobre o que é ter saúde e como cada um escolhe seu
modelo de vida saudável.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar com uma provocação sobre Saúde com os jovens, de forma a construir o Conceito, que será ampliado ao
longo da aula.
15´
■■Anotar no quadro ou em uma cartolina as ideias centrais trazidas pelo Grupo. Para vocês, o que significa Saúde?
■■Distribuir o “termômetro”, que servirá para medir a temperatura do conhecimento de cada aluno a respeito do
assunto abordado e pedir que todos marquem o ANTES.

DESENVOLVIMENTO
■■Solicitar que alunos realizem a Leitura individual do texto: “As Diversas Saúdes”.
■■Orientar que os alunos discutam em duplas o que mais chamou atenção no texto e, por fim, em quartetos devem
responder as perguntas finais do texto.
Atividade: Mandala das Saúdes
■■ Atividade “Mandala da Saúde”: Disponibilizar um quadrante de papel madeira, cortado como
um “Globo”, para quatro equipes. Oferecer para as equipes: tintas, pincéis, tesouras, cola e revistas.
75´ Cada equipe deve fazer uma colagem no seu quadrante em resposta à pergunta:
■■ Quais os elementos que contribuem para a minha qualidade de vida? (Atenção: numerar
cada quadrante para garantir sua posição no globo).
■■Apresentação das produções.
■■Sistematizar a discussão chamando a atenção para os aspectos destacados em relação à saúde e qualidade de vida,
levantando a reflexão sobre a importância do equilíbrio das diversas saúdes para uma vida saudável.
■■Ao final, explicar que a aula de hoje introduziu a temática de saúde que será trabalhada nos próximos encontros e que
funcionará como ponto de partida para a escolha dos temas das pesquisas que serão desenvolvidas na 1ª série.
■■Destacar que no decorrer das aulas do 2º bimestre, serão trazidas diferentes temas para discussão que se encaixam
dentro dos dois grande macrocampos da pesquisa: Saúdes do Alunos e Saúdes da Escola.

ENCERRAMENTO
■■Convidar o grupo para retomar com o instrumental: TERMÔMETRO - MEDINDO A TEMPERATURA DO MEU
CONHECIMENTO.
10´ ■■Comunicar aos alunos, que agora chegou o momento de realizar a segunda etapa do preenchimento do instrumental.
■■Solicitar que alunos assinalem o DEPOIS (Xerox ou Pequeno cartão – Anexo)
■■Após o preenchimento, solicitar que dez voluntários apresentem no marcador de temperatura, como percebiam SAÚDE
antes e depois dessa aula.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Termômetro (Anexo)
■■Texto “As Diversas Saúdes” (anexo)
■■Quadrantes de Papel Madeira / Tintas, pincéis, tesouras, cola e revistas.
80 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Medindo a temperatura
do meu conhecimento
TERMÔMETRO

ANTES DEPOIS
ºC ºC
Tenho uma boa percepção Tenho uma boa percepção
sobre o Tema e me sinto 50 50 sobre o Tema e me sinto
seguro para abordá-lo seguro para abordá-lo
40 40
Tenho um bom conjunto Tenho um bom conjunto
de informações, mas 30 30 de informações, mas
gostaria de saber mais gostaria de saber mais
20 20

Tenho informações razoáveis Tenho informações razoáveis


10 10
sobre o assunto sobre o assunto

0 0

- 10 - 10
Tenho interesse em Tenho interesse em
conhecer melhor o assunto conhecer melhor o assunto
- 20 - 20

- 30 - 30

- 40 - 40

Desconheço o assunto - 50 - 50 Desconheço o assunto


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 81

ANEXO

As diversas saúdes
Eveline Corrêa

Em nosso próximo bloco de estudos, reflexões e pesquisas, vamos abordar o tema Saúde.
Mas você deve estar se perguntando “por que vamos falar de algo ligado às Ciências, por que não
vejo esse assunto em Biologia, ou Química? ” Você certamente verá aspectos relacionados à Saúde
em Biologia e em Química. Mas também, poderá estudar como a saúde evoluiu ao longo da História,
ou como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) se distribui geograficamente entre países de-
senvolvidos e subdesenvolvidos.
Você pode ainda escrever sobre saúde quando estuda português ou até associar determinados mo-
vimentos literários e filosóficos a estados de saúde – físicos e psicológicos: como descrever os autores
românticos, por exemplo? Isso tudo nos ajuda a entender por que a Saúde é um tema tão importante
e central e por que ela aparece, no início deste texto, no plural: “Saúdes”. Ela pode ser estudada e
compreendida em todas as áreas do conhecimento, de várias maneiras e sob diferentes olhares. No
nosso caso, estamos buscando nos conhecer melhor, e para isto, é preciso compreendermos como
nosso organismo, esse incrível sistema físico – emocional – mental e espiritual funciona e como ele
se relaciona com os outros sistemas ao seu redor.
Sabemos que a caminhada de um adolescente em direção à autonomia vai depender da sua capa-
cidade de agir por si próprio e de responder pelas consequências de seus atos. Assim, nas próximas
aulas, trabalharemos alguns temas que influenciam nosso bem-estar e nossa saúde geral e vamos
entender como nossos aspectos físico-emocional e mental se encontram e influenciam diretamente
nosso humor, nossa alegria, nossa confiança, nossa segurança em nós mesmos.
Veremos ainda como é importante ter informações e refletir sobre o papel da Saúde em nosso estado
geral. Conversaremos sobre afetividade, sexualidade, gênero, condutas seguras e de risco afetando
nossa vida. Antes, quando se falava em saúde, este conceito parecia simplesmente significar a ausên-
cia de doenças. Hoje, compreendemos que é algo bem maior e mais constante em nosso dia a dia, se
referindo à qualidade de vida. Saúde se relaciona ao bom funcionamento de um organismo como
um todo e é um dos direitos fundamentais do ser humano.
Assim, na perspectiva atual, a ideia de saúde se associa a vários fatores, tais como: paz, abrigo, alimen-
tação, renda, educação, recursos econômicos, ecossistema estável, recursos sustentáveis e justiça social.
Isso significa que, para além do corpo e da alimentação, a saúde também se refere às condições de
vida e a todo o espaço da existência. Saímos da perspectiva de saúde unicamente individual para
pensar em saúde coletiva e em saúde ambiental, pois elas se inter-relacionam o tempo inteiro e a
cada pessoa compete à responsabilidade pela escolha de um modo de vida saudável. Esses conceitos
são relativamente recentes e, apesar de já fazerem parte do discurso e das informações disponíveis
para a maioria das pessoas, ainda estão pouco presentes na prática. Na verdade, faltam pesquisas
mais atualizadas sobre as vivências da saúde, que possam nos fornecer dados sobre como as pessoas
estão ampliando o conceito de saúde para qualidade de vida.
82 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Vamos então, pensar em nossa


realidade e compartilhar com
os colegas:
FIQUE LIGADO!
■■Como você entende Saúde?
■■Você se sente responsável pelo estilo de vida que leva? Ele é saudável?
■■O que é importante para que sua qualidade de vida melhore?
■■Como a qualidade de vida se relaciona com o seu Projeto de Vida?

VOCÊ SABIA QUE


A cada unidade monetária (dólar, euro, real, etc.) dispendida em saneamento economiza-se cerca
de quatro a cinco unidades em sistemas de saúde (postos, hospitais, tratamentos, etc.) e cerca
de 80% das doenças mundiais são causadas por falta de água potável suficiente para atender as
populações necessitadas?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 83

CONSTRUINDO RELAÇÕES AFETIVAS


AULA

6
OBJETIVOS ■■Provocar no grupo uma reflexão acerca das relações que estabelecemos e como
isso afeta a nossa qualidade de vida
■■Iniciar uma reflexão sobre a importância de construir relacionamentos afetivos
saudáveis e como a forma de se relacionar evolui na medida em que amadurecemos.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula lembrando o conceito de “Saúdes” discutido na aula anterior e perguntar aos alunos se eles acreditam
que a vida fica mais feliz, quando se pode contar com alguém especial ao seu lado. Após as respostas, dizer que hoje
irão conhecer a história de um casal muito especial, Carl e Ellie Fredricksen.
■■Convidar a turma para assistir um trecho do filme Up - Altas Aventuras (disponível no material de suporte on-line).
■■Ao final da mídia, lançar algumas perguntas aos alunos:
1. Vocês conhecem alguma história parecida?
40´ 2. Quem já se apaixonou por um amigo? Na infância? Na adolescência?
3. A forma de se relacionar se modifica na medida em que amadurecemos?
4. Existe um modelo de relacionamento perfeito? Esse é um deles? Por que?
■■Encerrar promovendo uma reflexão sobre a necessidade do ser humano de se relacionar; e sobre como é importante
se cultivar relações afetivas saudáveis, lembrando, porém, que nem sempre elas são constituídas apenas de bons
momentos, mas que é importante ter alguém ao lado com quem se possa contar.
■■Reforçar a importância da compreensão de que também podemos contar com uma rede de relacionamentos
afetivos familiares e de amizade, mesmo quando estamos apaixonados.

DESENVOLVIMENTO
■■Dividir a turma de alunos em cinco grupos, e convidar os alunos para dramatizarem as situações afetivas citadas abaixo:
1. Grupo 1: Relação de amizade entre uma menina e um menino, contestada pelos colegas por não
acreditarem que é “somente” uma relação de amizade.
2. Grupo 2: Relacionamento de namoro que surgiu de uma relação de amizade.
3. Grupo 3: Relacionamento onde um casal de namorados apaixonados interage com seus familiares
e amigos regularmente, após o início da relação.
50´ 4. Grupo 4: Relacionamento onde um casal muito apaixonado, não sente a necessidade de interagir
com os seus familiares, amigos e demais pessoas.
5. Grupo 5: Relacionamento de um casal que se encontrava bastante apaixonado e de repente o
relacionamento acaba e a parceira engata outro namoro.
■■Após cada apresentação, ouvir do grupo as suas percepções sobre o que foi abordado e questionar acerca de outros
possíveis desdobramentos.
■■Ao final das dramatizações, realizar o fechamento da atividade pontuando que não existe um modelo de
relacionamento perfeito e que o mais importante de uma relação, é cultivar valores como: confiança, respeito e
lealdade, dentre outros.
84 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

CONSTRUINDO RELAÇÕES AFETIVAS


AULA

6
OBJETIVOS ■■Provocar no grupo uma reflexão acerca das relações que estabelecemos e como
isso afeta a nossa qualidade de vida
■■Iniciar uma reflexão sobre a importância de construir relacionamentos afetivos
saudáveis e como a forma de se relacionar evolui na medida em que amadurecemos.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Convidar os alunos para ficarem de pé em círculo e indagar: O que é o amor?
■■Após algumas devolutivas sobre a pergunta, contextualizar dizendo que em uma sala de aula, algumas crianças foram
10´ questionadas sobre “o que é o amor”.
■■Em seguida, distribuir as respostas entre os alunos. Alguns voluntários devem ler e comentar as respostas.
■■Finalizar a aula com a leitura das respostas, ouvir do grupo suas percepções sobre esta atividade. Dizer que as relações
são construídas através das pequenas demonstrações cotidianas de afeto.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Mídia: Construindo Relações: Up - Altas Aventuras (disponível no material de suporte on-line)
■■Projetor e Kit multimídia
■■Fitas de papel com as definições: Amor é Quando... (Anexo)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 85

ANEXO

Amor é quando...
Definições de amor
■■“Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que
isso fere seus sentimentos. ” Matheus, 6 anos.
■■“Quando minha avó pegou reumatismo ela não podia se debruçar pra pintar as unhas dos pés
desde então é meu avô que pinta pra ela mesmo ele tendo artrite. ” Rebeca, 8 anos.
■■“Amor é quando uma menina coloca perfume e o garoto põe loção de barba do pai e eles saem
juntos e se cheiram. ” Karl, 5 anos.
■■“Eusei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem
que sair para comprar outras. ” Lauren, 4 anos.
■■“Amoré como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo conhecendo-
se há muito tempo. ” Tommy, 6 anos.
■■“Quando alguém te ama a forma de falar seu nome é diferente. “ Billy, 4 anos.
■■“Amor,é quando você oferece suas batatinhas fritas sem esperar que a pessoa te ofereça as
batatinhas dela. “ Chrissy, 6 anos.
■■“Amoré o que está com a gente no Natal, quando você para de abrir os presentes e os escuta. ”
Bobby, 5 anos.
■■“Se
você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta. “
Nikka, 6 anos.
■■“Amor é quando você fala pra alguém alguma coisa ruim sobre você e acha que essa pessoa não
vai mais te amar por causa disso. Ai você descobre que ela continua te amando e até te ama mais
ainda. ” Samantha, 7 anos.
■■“Hádois tipos de amor, o nosso amor e o amor de Deus, mas o amor de Deus junta os dois. “
Jenny, 4 anos.
■■“Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que
o Justin Bieber. “ Chris, 8 anos.
■■“Duranteminha apresentação de piano vi meu pai na plateia me acenando e sorrindo e era a
única pessoa de quem eu não sentia medo. “ Cindy, 8 anos.
■■“Amor é você falar pro menino que camisa linda você ta usando e daí ele passa a usar a camisa
todo dia.” Noelle, 7 anos.
■■“Não deveríamos dizer eu te amo a não ser quando realmente o sentirmos. E se sentimos, então
deveríamos expressá-lo muitas vezes. As pessoas esquecem de dizer. “ Jessica, 8 anos.
■■“Amor é se abraçar, amor é se beijar, amor é dizer não. “ Patty, 8 anos.
■■“Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia
inteiro. “ Mary, 4 anos.
■■“Quando você tem amor por alguém seus olhos sobem e descem e pequenas estrelas saem de
você.“ Karen, 7 anos.
86 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

SEXUALIDADE E AFETIVIDADE
AULA

7
OBJETIVOS ■■Desenvolver nos alunos a capacidade de estabelecer as conexões entre estes dois
conceitos, de sexualidade e afetividade, e refletir com o grupo como eles impactam
nas primeiras experiências dos adolescentes.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Solicitar que os alunos formem um círculo, em pé.
■■Explicar que cada um deles vai receber um Questionário relacional: “Meu Disparate”. A tarefa é identificar
dentro do grupo, alguém que se encaixe em cada situação, evitando repetir nomes. Ao encontrar esse alguém, pedir-
40´ lhe que assine na linha ao lado e conversem sobre a situação.
■■Distribuir os questionários ao som da música “Zen” - Anitta, o grupo se movimenta ao mesmo tempo, procurando
obter as assinaturas.
■■Contextualizar com os alunos que o termo “Disparate”, remete a uma famosa brincadeira dos anos 90, onde eram
feitas perguntas, em um caderno, sobre a vida pessoal de seus amigos.
■■Ao final, abrir para comentários sobre o que mais chamou atenção do grupo, durante a atividade.

DESENVOLVIMENTO
Atividade: Correio Sentimental
■■Simular em sala de aula um programa de rádio e os alunos participam discutindo os dramas pessoais dos ouvintes e
aconselhando-os nas suas dúvidas sobre sexualidade/ afetividade (Anexo).
■■Dividir a turma em oito subgrupos. Entregar uma situação para cada grupo e solicitar que discutam, escrevam e
50´ respondam para o “Programa Correio Sentimental”.
■■Salientar que a turma deverá escolher o locutor geral do programa (funciona como um coordenador das
apresentações, encenando um programa de rádio). O locutor inicia o Programa (Anexo) e cada grupo deverá ler e
discutir estes relatos e preparar sua participação no “Programa de Rádio Correio Sentimental” para responder às
perguntas dos ouvintes.
■■Finalizar realizando uma breve reflexão, fazendo menção aos relatos que foram trabalhados durante a atividade.

ENCERRAMENTO
10´ ■■Apresentar para a turma a “Caixinha de dúvidas” e explicar que ali devem ser colocadas as dúvidas que a turma tem
sobre relacionamentos e sexualidade. As perguntas são individuais e não é necessário se identificar. As perguntas serão
recolhidas e discutidas futuramente com a turma.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Orientação e material detalhado para a atividade: “Correio Sentimental”
■■Questionário: “Meu disparate” (Anexo)
(Anexo)
■■Música “Zen” - Anitta
■■Caixinha das dúvidas

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


Atividade “Caixinha de dúvidas”:
■■É importante que o professor leia e faça uma seleção das perguntas e dúvidas que serão respondidas na aula 09 - Métodos contraceptivos/ fatores de
risco e proteção.
■■Buscar a ajuda do Professor de Biologia para realizar a atividade, caso não seja possível, o professor deve estudar sobre as perguntas previamente.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 87

ANEXO

Atividade - Meu disparate


1. Já terminou um namoro?

2. Mexeu no celular do namorado (a) escondido?

3. Já desfez alguma amizade?

4. Já se apaixonou?

5. Pediu alguém em namoro?

6. Já se declarou para alguém?

7. Já teve alguma relação de amizade ou namoro virtual?

8. Já “stalkeou” o(a) Crush/paquera?

9. Já procurou orientações sobre métodos contraceptivos?

10. Recusou um convite de algum(a) Crush/paquera?

11. Já se apaixonou e não foi correspondido?

12. Já bloqueou alguém nas Redes Sociais?


88 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Atividade - Correio sentimental


“Estamos sintonizados na Rádio Crush, ZYC 1206, no programa de maior audiência entre os adoles-
centes, o Correio Sentimental!!”
Esse é o espaço para você garoto e você garota dividirem suas dúvidas, suas perguntas, suas decep-
ções, seus sonhos e suas conquistas sentimentais. Estamos aqui para lhe ouvir e lhe A- CON-SE-LHAR!
Vamos agora ouvir nossa primeira ouvinte”:

Situação 1
Minha melhor amiga veio conversar comigo e me contou que o namorado queria transar e ela, de um
lado, tinha medo de ir com ele e, de outro, tinha medo de não ir e perdê-lo. Ela me pediu uma opinião,
mas estou também na dúvida: o que devo dizer para ela? (Priscila, 16 anos)

Situação 2
Caro Correio, a menina mais bonita e popular da minha escola quer ficar comigo, mas não me sinto
atraído por ela, por isso, meus amigos duvidam da minha masculinidade. Devo ficar com ela só por
esse motivo? O que devo fazer? (Marcelo, 15 anos)

Situação 3
Tenho 15 anos e sou “BV” (boca virgem) estou gostando de um menino e sei que ele também gosta
de mim. Combinamos de sair com alguns amigos e eu sei que ele vai pedir para ficar comigo, só que
tenho medo de fazer alguma coisa errada, ou sei lá... Vai rolar naturalmente? Eu vou saber como bei-
jar? (Kelly, 15 anos)

Situação 4
Caro Correio, acho que a primeira vez de um garoto não pode ser com a namorada. O ideal é que
seja com uma garota que já tenha experiência. Daí, quando o cara for com a namorada, já praticou
bastante e não vai acontecer de falhar. E, se for a primeira vez da namorada, então melhor ainda. Você
concorda? (Leo, 16 anos)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 89

ANEXO
ATIVIDADE - CORREIO SENTIMENTAL (Continuação)

Situação 5
Caro Correio, há uns três anos, conheci uma menina na escola e logo ela se tornou minha melhor
amiga. Ficamos inseparáveis fazendo tudo juntas. Mas sinto que algo mudou em mim, já faz alguns
meses. Um dia, depois de conversarmos sobre ficar e namorar, tive vontade de beijá-la e sei que ela
também teve. Estou fazendo algo muito errado? (Cecília, 17 anos)

Situação 6
Oiii Correio, estou com um problemão!! Sou virgem e meu namorado está me pressionando para
fazermos sexo logo, mas simplesmente não me sinto segura e pronta dar esse passo, ainda mais com
essa pressão toda. O que devo fazer? Sério! Gosto dele e não quero perdê-lo, mas não quero fazer
nada por obrigação. (Camila, 15 anos)

Situação 7
Caro Correio, sou virgem e todos os meus amigos já tiveram sua primeira vez. Estou sendo pressiona-
do a ter minha primeira relação sexual. Será que esse é o momento certo? (Henrique, 15 anos)

Situação 8
Caro Correio, acho que meu namorado não confia em mim. Ele não gosta que eu tenha amigos ho-
mens, reclama das minhas roupas e está sempre mexendo no meu celular e redes sociais, procuran-
do saber com quem converso. Ele quer que eu pare de falar até com meu primo. O que devo fazer?
(Juliana, 16 anos)
Cada grupo deverá ler e discutir estes relatos e preparar sua participação no “Programa de Rádio
Correio Sentimental” para responder às perguntas dos ouvintes.
90 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

O PODER DO GÊNERO
AULA

8
OBJETIVOS ■■Refletir sobre os papéis estereotipados vigentes em nossa cultura e os estigmas
que cercam os gêneros.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Convidar os alunos para conversar sobre as profissões e solicitar que a turma destaque quais profissões mais
admiram, e qual imagem eles têm desse profissional.
■■Entregar um papel para cada aluno e pedir que eles retratem os profissionais das seguintes áreas: engenharia,
medicina, astronauta, corpo de bombeiros.
30´ ■■Ao final dos desenhos, solicitar que voluntários apresentem suas produções.
■■Em seguida, exibir a mídia: “Crianças de escola primária revelam a realidade dos estereótipos de gênero”.
■■Abrir para discussão coletiva, questionando o porquê de relacionarmos determinadas profissões a um gênero.
■■Realizar uma reflexão, contextualizando o tema: explicar que já conversaram sobre relações e sobre afetividade e que é
importante refletir sobre algumas questões associadas ao gênero, como elas impactam em nossas relações afetivas e por
que uma melhor compreensão deste tema também pode afetar nossas “saúdes” e nossa qualidade de vida?

DESENVOLVIMENTO
Atividade: Estereótipos e a mídia
■■Dividir o grupo em equipes de três ou quatro pessoas.
■■Distribuir algumas revistas e solicitar que identifiquem propagandas que contenham imagens associadas ao
masculino e ao feminino. As equipes devem discutir sobre as seguintes questões:
1. Vocês acham que o fato de ser uma mulher ou um homem ligado aos devidos produtos e
ambientes facilita a venda e/ou o impacto da propaganda nos leitores? Por quê?
2. Vocês acham que essas mulheres e homens que aparecem na mídia representam a maioria dos
homens e mulheres que compõe a sociedade? Se não, quais são as diferenças?
3. Vocês se sentem representados nestas imagens?
50´ 4. Como as mulheres e os homens são retratados na mídia?
5. Que modelos de mulher e de homem vocês gostariam de ver na publicidade?
■■Iniciar Apresentações das equipes
■■Após apresentação das equipes, incentivar os alunos a analisarem o material tanto na forma (cores, os personagens,
padrões físicos, posturas, as cenas), quanto no conteúdo das imagens (os slogans ou textos).
■■Finalizar a atividade explicando que, a análise de materiais publicitários é uma boa maneira de se perceber o papel
da mídia na formação dos estereótipos. As mulheres que aparecem em peças publicitárias, por sua vez, são loiras,
magras, de olhos azuis, mas a maioria das mulheres brasileiras não é assim. Os homens, por sua vez são valorizados
pelos símbolos de poder financeiro, aparecendo sempre bem vestidos, trabalhando em grandes empresas, com
carros caríssimos, mas a realidade de muitos também não é essa. Apesar dos avanços, o preconceito e a discriminação
contra mulheres, negros/as e pessoas que tem uma orientação sexual ou uma identidade de gênero diferente da
heterossexual, permanecem.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 91

O PODER DO GÊNERO
AULA

8
OBJETIVOS ■■Refletir sobre os papéis estereotipados vigentes em nossa cultura e os estigmas
que cercam os gêneros.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
20´ ■■Retomar a pergunta do início: A atividade de hoje contribuiu para uma melhor compreensão de como esse tema pode
afetar nossas “saúdes” e nossa qualidade de vida?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Mídia “Crianças de escola primária revelam a realidade dos estereótipos de gênero” (https://www.youtube.com/watch?v=8YH5cTJu82M)
■■Folhas de papel A4, tesoura
■■Revistas
■■Kit Multimídia
■■Texto “Sexo e gênero” (Anexo)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Caso não consiga revistas para a realização da atividade, o professor deve buscar imagens de propagandas na internet.
■■A leitura do texto “Sexo e gênero” oferece um bom suporte de pesquisa sobre gênero para o Professor.
92 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Texto: Sexo e Gênero


SEXO
As diferenças entre menino e menina são biológicas. O sexo é biológico e se manifesta por deter-
minadas características (físicas, genéticas e hormonais) que diferenciam os homens das mulheres.
O sexo nos marca desde o nascimento. A primeira pergunta que se faz sobre o recém-nascido: É ho-
mem ou mulher? O sexo também determina o que as pessoas esperam de cada um de nós.

GÊNERO
O gênero não é biológico. Mas da mesma forma que o sexo, o gênero diferencia os homens das
mulheres. As características de gênero são aprendidas com o tempo (não são biológicas). Não se
nasce com elas, vamos adquirindo estas características durante nosso crescimento, especialmente
na infância.
Por exemplo: Normalmente, as mulheres são consideradas frágeis, sensíveis, intuitivas, delicadas.
Também se espera que as mulheres se dediquem mais à família, assumam as responsabilidades do
lar e principalmente se sacrifiquem pelos filhos.
Normalmente os homens são considerados: fortes, agressivos, decididos, mais racionais que as mulheres.
Também se espera que os homens sustentem a família e tomem as decisões em casa. Outro exemplo:
é comum as pessoas falarem que menino não chora.
Como você vê, gênero se define pelas características e papéis que diferenciam os homens das mulhe-
res. Cada sociedade, de acordo com uma época, define estas diferenças.
Hoje em dia essas características e papéis estão mudando muito, simplesmente porque o mundo
mudou, exigindo novos papéis e relações entre homens e mulheres.
Homens e mulheres enfrentam as mesmas dificuldades no dia-a-dia e tem sentimentos e necessida-
des iguais. Olhe o seu cotidiano: de um modo geral homens e mulheres trabalham fora de casa, os
filhos precisam tanto dos cuidados do pai quanto da mãe e as mulheres sentem tanto desejo quanto
os homens. Então por que manter essas expectativas tão desiguais se homens e mulheres devem ter
os mesmos direitos? Pense sobre isso!!!
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 93

O PODER DO GÊNERO
AULA

9
OBJETIVOS ■■Refletir sobre o conjunto de diferenças e valores compartilhados pelos seres
humanos na vida social
■■Construir com o grupo os conceitos de: pluralidade, multiplicidade e
heterogeneidade

TEMPO ATIVIDADE
ACOLHIDA
■■Convidar a turma a estar aberta e atenta a atividade do dia, chamando a todos para uma grande roda no centro da sala.

Atividade – Rótulos:
■■Solicitar que 13 pessoas da turma sejam voluntários e sair com eles da sala. Explicar para o grupo de voluntários que
cada um deverá colocar na testa uma tarjeta onde estará escrita uma frase (Anexo 19). Cada um poderá ler as frases
dos colegas, mas não a sua e também não podem comentar.
■■Em seguida, retornar com os voluntários para a sala, onde toda a turma estará posicionada em um grande círculo.
Convidar o grupo a caminhar pela sala, ao som de uma música, e pedir que os alunos, em silêncio, leiam as frases das
30´ tarjetas e percebam quais sentimentos os rótulos despertam. (Lembrar aos alunos, que eles não podem revelar o que
está escrito em seus rótulos para os voluntários)
■■Ao final da música, orientar que todos voltem ao círculo.
■■Iniciar a reflexão: perguntar aos voluntários se eles descobriram o que estava escrito em seu rótulo e como se
sentiram, a partir da reação dos colegas ao lerem as frases. E solicita que retirem e leiam seus rótulos para a turma.
■■Em seguida, perguntar aos demais alunos da turma quais percepções e sentimentos tiveram ao lerem os rótulos
dos colegas.
■■Finalizar com uma reflexão sobre os sentimentos despertados durante a atividade: foi difícil ou fácil realizá-la?
Como se sentiram com as reações? Algum deles se sentiu excluído ou rotulado? Em algum momento, você já se
surpreendeu rotulando alguém?

DESENVOLVIMENTO
Atividade: Campanha publicitária em respeito às diversidades
■■Dividir o grupo em 05 equipes, e entregar os envelopes com as temáticas:
1. Negros, Quilombolas e Indígenas.
2. Mulheres
3. GLBTT (Gays, Lésbicas, Simpatizantes, Travestis e Transexuais)
60´ 4. Diversidade Religiosa
5. Características físicas
■■Solicitar que cada equipe escolha o veículo de comunicação que será utilizado para a ação (jornal impresso, TV/Rádio,
Internet, Círculo de palestras, dentre outros)
■■Orientar para que cada equipe construa sua campanha publicitária pensando nos seguintes pontos: Título da ação,
objetivo da ação, público alvo.
■■Finalizar atividade com a realização das apresentações das equipes.

ENCERRAMENTO
10´ ■■Exibir a mídia com o Poema Bráulio Bessa sobre gênero (até 3´16)
■■Abrir para discussão e contribuição.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Tarjetas com as frases (Anexo 19)
■■Cartolina, Papel, Canetinhas, Lápis de Cor, tesouras, revistas.
■■Música “Sou como sou” (Link: https://www.youtube.com/
■■Mídia: Poema Bráulio Bessa (Link: https://www.youtube.com/
watch?v=i12aTXUYY0k)
watch?v=L01uwNLKm2c)
■■Envelopes com as temáticas para Campanha
94 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Atividade: Rótulos
SOU DEFICIENTE, ME AJUDE!

SOU MULHER, SOU FRÁGIL.

SOU HOMEM, NÃO POSSO CHORAR

SOU NEGRO, CUIDADO!

SOU GAY, SOU AFEMINADO

SOU LÉSBICA, ME VISTO COMO HOMEM

SOU LÉSBICA, ME VISTO COMO HOMEM

SOU LÉSBICA, ME VISTO COMO HOMEM

SOU NORDESTINO, SOU BURRO E POBRE

SOU RELIGIOSO, SÓ A MINHA RELIGIÃO SALVA!

SOU IDOSO, NÃO TENHO VIDA SEXUAL

SOU JOVEM, SOU IRRESPONSÁVEL

SOU TATUADO, SOU MALANDRO


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 95

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS/ FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO


AULA

10
OBJETIVOS ■■Promover a discussão sobre o uso dos métodos contraceptivos e outras formas de
prevenção para as DSTs /AIDS e gravidez indesejada.
■■Discutir com os alunos alguns dos principais fatores de vulnerabilidade na
adolescência.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
Atividade: “Discussão da caixinha de dúvidas”
■■Retomar a atividade da aula 07, sobre sexualidade e afetividade. Em uma roda de conversa, debater com os alunos
40´ as principais perguntas contidas na “Caixinha de dúvidas”.
■■Promover um ambiente propício para a explanação das perguntas, pedindo no início que os alunos façam uma
pequena reflexão sobre as últimas aulas e o quanto elas têm suscitado boas discussões no grupo. Relembrar que a
turma tem um “pacto” de respeito e sigilo quanto ao que se conversa e se elabora nas aulas.

DESENVOLVIMENTO
Atividade: E agora, o que fazer?
■■Dividir o grupo em seis equipes. Entregar uma tarjeta com um dos casos abaixo para cada equipe. Estabelecer um
tempo para que todas as equipes elaborem o desfecho do caso e preparem uma dramatização.
■■Caso 1: O que Jorge deve fazer?
■■Caso 2: Maria não sabe mostrar as suas opiniões. Ajudem-na a falar o que pensa.
50´ ■■Caso 3: O que fazer com meu namorado?
■■Caso 4: A carona do Juca.
■■Caso 5: O aniversário da Débora.
■■Caso 6: E agora eu não tenho camisinha. O que faço?
■■Realizar a Apresentação das dramatizações das seis equipes (3 minutos para cada equipe)
■■A partir das dramatizações, conduzir a reflexão sobre a vulnerabilidade dos adolescentes, a partir da pergunta: quais
são os fatores de risco que podem fragilizar os adolescentes?

ENCERRAMENTO
Atividade: Batata Quente
■■Solicitar que os alunos se organizem em círculo ao som de uma música animada. Informar aos alunos que uma bola de
papel circulará pelo grupo enquanto a música estiver tocando e quando a música parar, a pessoa que estiver com a batata
10´ quente pegará, dentro de um recipiente localizado no meio do círculo, uma situação para responder: “Se alguém falar...
Você responde...”
■■Continuar com a rodada de perguntas por algum tempo, possibilitando o maior número de participações possíveis.
Consultar a relação de perguntas no material anexo.
■■Finalizar refletindo com o grupo sobre as respostas dadas e o assunto debatido durante a aula.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■“A caixinha de dúvidas”
■■Tarjetas Atividade: E agora, o que fazer? (Anexo)
■■Anexo da atividade: Batata Quente (Anexo)
■■Texto: Métodos Contraceptivos (Anexo)
■■Bola de Papel ou Batata
96 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Atividade – E agora, o que fazer?


casos para dramatização
Caso 1: O que Jorge deve fazer?
Jorge, com um grupo de amigos de sua idade, sai à noite para uma festa de aniversário. Ele tem que
voltar à meia noite para casa, por ordem de seu pai. A festa vai ficando muito animada e, por volta
das onze e meia, Ticiana, a menina que ele está paquerando chega e começa a dar-lhe uns olhares e
a mandar-lhe mensagens através do Whatsapp, convidando-o para um momento a sós. O que Jorge
deve fazer?

Caso 2: Maria não sabe mostrar as suas opiniões. Ajudem-na a falar o que pensa! “Maria conheceu
recentemente uma turma no “point” que frequenta. Todos vão à noite para lá e ficam ouvindo mú-
sica, fumando e bebendo cerveja. Maria adora ouvir música e conversar, mas não gosta de cerveja
e nem de fumar. Paulo, que ela acha um gato, puxou conversa com ela sobre o prazer de beber e
fumar. Maria...
Caso 3: O que fazer com meu namorado?
Você está muito apaixonada, seu namorado é o máximo, a não ser nos momentos em que bebe, fica
chato, aborrecido, desagradável, agressivo. Ele diz que para quando quiser e que sabe o momento de
parar de beber, mas estes episódios estão ficando cada vez mais frequentes. Então você...

Caso 4: A carona do Juca


Você foi de carona com o Juca para uma festa. Na hora de ir embora, você observa que o Juca bebeu
demais, então você...

Caso 5: Aniversário da Débora


A festa estava bombando! Quando acabam de cantar os parabéns, Pedro verifica que está na hora de
ir embora. Seus amigos insistem para que ele fique e lhe convidam para dar uma esticada e fumar um
baseado, coisa que Pedro nunca experimentou. Então, o que Pedro deverá fazer?

Caso 6: E agora, eu não tenho camisinha. O que faço?


Anderson e Jéssica estão ficando há algum tempo, sempre que se encontram nas baladas. Um dia,
em uma festinha na casa de Mariana, ficaram mais uma vez e o clima esquentou bastante. No final
da festa, quando quase todos já tinham ido embora Mariana permitiu que ocupassem seu quarto.
Os dois ficaram muito empolgados, pois nunca tinham tido uma oportunidade dessa. Foi então que
Anderson se deu conta que não tinha camisinha. E agora, o que Anderson e Jéssica devem fazer?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 97

ANEXO

Negociando o uso do
preservativo - “batata quente”
Se alguém falar... Você responde...
1. As pessoas com AIDS deveriam ser isoladas?
2. Camisinha não é natural, me bloqueia.
3. Ah, você tem camisinha! Você tinha planos de me “ganhar”?
4. Uma criança portadora do vírus do HIV não deveria frequentar a escola.
5. Eu não sou homossexual e não uso drogas injetáveis, por isso não preciso me preocupar em usar
camisinha.
6. Existe perigo em receber sangue testado para a transfusão nos hospitais.
7. Não precisamos de camisinha, sou virgem.
8. Camisinha! Você está me ofendendo! Pensa que sou portador de doenças?
9. Existe perigo em utilizar o mesmo banheiro que uma pessoa com AIDS?
10. Se eu parar para colocar a camisinha perco o tesão.
11. Morro, mas não uso camisinha.
12. Tomo pílula, você não precisa usar camisinha.
13. Só uma vez sem camisinha, não faz mal. Já nos conhecemos há tanto tempo!
14. Só de olhar alguém é o bastante para eu saber se tem AIDS. Assim, por que me preocupar?
15. Usar camisinha para namorar é como chupar bombom sem tirar o papel.
98 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Texto: Métodos contraceptivos


As meninas estão tendo a primeira menstruação cada vez mais cedo. Isso significa que elas podem
ficar grávidas cada vez mais cedo. Pode parecer que isso afeta somente as garotas. Mas, quando elas
têm um filho, essa criança tem um pai.
Um filho não é um boneco que, quando a gente cansa de brincar, pode guardar e pegar de novo
quando tiver vontade. Um bebê tem necessidades como as suas: alimentação, saúde, segurança e
amor. É muito bom ter um filho, mas se ele vier num momento errado, pode não ser tão bom assim.
E tem mais: um filho é para sempre.
Por isso, é bom pensar em como evitar a gravidez, quando nem o corpo, nem a cabeça estão prepa-
rados para isso. Existem vários métodos contraceptivos (maneiras de evitar a gravidez):
■■ MÉTODOS HORMONAIS: Pílulas, injeções e implantes. De uma forma ou de outra, são hormô-
nios colocados no corpo para evitar que a mulher produza o óvulo, que unido ao espermato-
zoide, vai gerar o bebê.
■■ MÉTODOS NATURAIS: a tabelinha e o método de Billings. Fazendo algumas contas ou ob-
servando a secreção vaginal, pode-se saber os dias nos quais os óvulos estarão prontos para
receber os espermatozoides e gerar o bebê. É só não transar nesses dias. Outra prática usada é
a de parar antes de o menino ejacular (coito interrompido), que não é recomendada pelo difícil
controle e por existirem espermatozoides no pênis, mesmo antes da ejaculação.
■■ MÉTODOS DE BARREIRA: diafragma, geleia espermicida, esponja, óvulos e camisinha (mas-
culina ou feminina). São maneiras de impedir que o espermatozoide chegue até o óvulo.
■■ O DISPOSITIVO INTRAUTERINO - DIU: é uma pequena peça de plástico, recoberta por um
fino fio de cobre ou por hormônios, colocada dentro do útero pela vagina, para impedir a gra-
videz. O DIU deve ser colocado e retirado por um médico treinado. E antes deve-se fazer exame
ginecológico completo. É muito eficaz para evitar a gravidez, mas não previne as DST (Doenças
Sexualmente Transmissíveis).
O melhor é aquele escolhido por você junto com o seu parceiro (a), não esquecendo a importância
do acompanhamento de um profissional de saúde. Mas lembre-se: somente a camisinha pode, ao
mesmo tempo, evitar a gravidez e proteger a TODOS das doenças sexualmente transmissíveis, como
a AIDS, por exemplo.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 99

CONVERSANDO SOBRE DROGAS


AULA

11
OBJETIVOS ■■Conversar com o grupo sobre os desdobramentos na vida de cada um e das pessoas
próximas, quando há o envolvimento com drogas
■■Propor ao grupo uma reflexão mais ampla acerca dos riscos relacionados ao uso do crack

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
Atividade: Dar e Receber
■■Solicitar que os alunos reflitam individualmente sobre as questões seguintes:
> Em que situação você precisou de ajuda? Você pediu? Recebeu? Quem o ajudou?
> Se não pediu, por quê?
> E você, já ajudou alguém?
■■ Após o momento de reflexão individual, solicitar que os alunos se reúnam em equipes de quatro componentes,
durante dez minutos e conversem sobre:
30´ > Quem são as pessoas que podem me ajudar? O que eu espero receber?
> Que tipo de ajuda os adolescentes podem oferecer?
> Quem são os adultos em quem eu posso confiar?
> Que tipo de ajuda posso esperar de minha família?
> Que ajuda posso receber de outras pessoas em outras instituições?
> Como posso ajudar um amigo a enfrentar um problema?
■■Abrir momento de fala para a turma e após as contribuições e compartilhamento de experiências, propor um
desafio semanal para os alunos:
Em segredo, cada um escolhe alguém do grupo para cuidar durante a semana. No próximo encontro da
semana seguinte, todos comentam os cuidados que receberam e os cuidados que prestaram ou não.

DESENVOLVIMENTO
■■Convidar a turma a assistir a mídia “Família, filhos e drogas”

60´ ■■Solicitar que os alunos produzam individualmente um Texto Sentido com um desfecho. Os alunos compartilham em
pequenos grupos os textos produzidos individualmente, elaborando, em seguida, um desfecho do grupo. Apresentação
dos resultados dos grupos.
■■Realizar a leitura coletiva do texto: “Conversando sobre drogas”.

ENCERRAMENTO
10´ ■■Abrir momento de escuta coletiva convidando os alunos para escutar a Música “Natasha”, da Banda Capital Inicial.
■■Após a escuta, solicitar que cinco voluntários comentem sobre o que compreenderam sobre a letra da música.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Tarjetas Atividade: Dar e receber (Anexo)
■■Mídia “Família, filhos e drogas” (http://www.youtube.com/watch?v=JxVbALpxOeE&feature=related)
■■Kit multimídia
■■Texto “Conversando sobre drogas” (Anexo)
■■Música e Letra: “Natasha” - Capital Inicial (Anexo)
■■Caixa de som
100 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Conversando sobre drogas


“Nós descobrimos que liberdade nada tem a ver com experimentar todas as drogas,
vícios ou virtudes do mundo. Liberdade é poder escolher”
Aline Diedrich

O corpo é uma máquina fantástica! Você pode perceber isso quando assiste a um vídeo daqueles
antigos do Pelé, quando vê uma bailarina dançando, quando você mesmo faz uma jogada daquelas,
que decide o jogo.
Mas, como toda máquina, vai sofrendo desgastes na medida em que é usado. Uma das formas de usar mal
o corpo é colocando nele aditivos desnecessários. A droga é isso: um aditivo de que o corpo não precisa.
Existem drogas legais, isto é, aquelas que não são proibidas para maiores de 18 anos como o cigarro,
o álcool, os remédios para dormir e emagrecer. Existem as drogas ilegais como a maconha, a cocaína,
o crack, a heroína e tantas outras. Essas, independente de idade, costumam trazer problemas com a
polícia, juizados da infância e adolescência, traficantes e outros “micos” do mesmo tipo.
Mas todas têm algo em comum: dão, a quem usa, enquanto estão fazendo efeito, a falsa sensação de
força, poder e segurança. Mas, na verdade, vão acelerando o desgaste da “máquina”, de forma irreversível.

PESQUISAS
De acordo com pesquisa publicada em novembro de 2010, pela Confederação Nacional de Municí-
pios - CNM, 98% das cidades brasileiras estão enfrentando problemas com a circulação ou consumo
de crack e outras drogas.
A CNM, preocupada com a alarmante proliferação do uso de drogas no País, em especial o crack,
realizou um levantamento em 3.950 cidades - 71% do total dos Municípios - com o intuito de mapear
a existência e a intensidade desse problema, além de verificar como o Poder Público municipal está
organizado e qual a participação da união e dos Estados.
O resultado da pesquisa indica que aproximadamente 98% dos Municípios brasileiros já enfrentam
dificuldades relacionadas à existência do crack e outras drogas.
Os Municípios foram questionados a respeito da presença do crack e da existência e desenvolvimen-
to de políticas públicas voltadas à prevenção e ao enfrentamento do uso da droga.
Constatou-se ainda, que mais de 91% não possuem programa municipal de combate ao crack e al-
gum tipo de auxílio dos governos federal e estadual para desenvolver ações no âmbito da prevenção
e enfrentamento ao crack e outras drogas, promovendo tratamento adequado e a reinserção social
e profissional dos usuários de drogas.
A CNM aplicou um questionário diretamente aos Municípios para saber quais as ações que estão
sendo realizadas no âmbito do enfrentamento e do consumo de crack e outras drogas, quais as es-
truturas existentes, quais os recursos disponíveis e se o Programa do Governo Federal havia chegado
aos Municípios de alguma maneira.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 101

ANEXO
CONVERSANDO SOBRE DROGAS (Continuação)

O contato foi feito, preferencialmente, com os Secretários Municipais de Saúde, por conhecerem
melhor o problema em sua cidade. De acordo com o resultado da pesquisa, pode- se afirmar que a
presença do crack e de outras drogas deixou de ser um problema relacionado aos grandes centros
urbanos e se alastrou para quase a totalidade dos Municípios do País, a maioria dos gestores está
preocupada com o tema e, de alguma, forma atua no combate ao crack.
A amostragem da pesquisa é expressiva e retrata a situação em 71% dos Municípios brasileiros.

CRACK, NEM PENSAR!


E o que é e como afeta o nosso organismo, essa droga que se alastra sem controle pelas cidades
brasileiras?
O crack é a forma menos pura da cocaína e tem um poder infinitamente maior de gerar dependência,
pois a fumaça chega ao cérebro com velocidade e potência extremas. Ao prazer intenso e efêmero,
segue-se a urgência da repetição. Além de se tornarem alvo de doenças pulmonares e circulatórias
que podem levar à morte, os usuários se expõem à violência e a situações de perigo que também
podem matá-lo.

CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE


■■Intoxicação pelo metal: O usuário aquece a lata de refrigerante para inalar o crack. Além do va-
por da droga, ele aspira o alumínio, que se desprende com facilidade da lata aquecida. O metal se
espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões, rins e ossos.
■■Fome e sono: O organismo passa a funcionar em função da droga. O dependente químico quase
não come ou dorme. Ocorre um processo rápido de emagrecimento. Os casos de desnutrição são
comuns. A dependência também se reflete em ausência de hábitos básicos de higiene e cuidados
com a aparência.
■■Pulmões: A fumaça do crack gera lesão nos pulmões, levando a disfunções. Como já há um pro-
cesso de emagrecimento, os dependentes ficam vulneráveis a doenças como pneumonia e tuber-
culose. Também há evidências de que o crack causa problemas respiratórios agudos, incluindo tos-
se, falta de ar e dores fortes no peito.
■■Coração: A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que leva a aumento
da presença de adrenalina no organismo. A consequência é o aumento da frequência cardíaca e da
pressão arterial. Problemas cardiovasculares, como infarto, podem ocorrer.
■■Ossos e músculos: O uso crônico da droga pode levar à degeneração irreversível dos músculos
esqueléticos, chamada rabdomiólise.

■■Sistema Neurológico:
a) Oscilações de humor: o crack provoca lesões no cérebro, causando perda de função de
neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração, oscilações de humor,
baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos. O tratamento per-
mite reverter parte dos danos, mas às vezes o quadro é irreversível.
102 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
CONVERSANDO SOBRE DROGAS (Continuação)

b) Prejuízo cognitivo: pode ser grave e rápido. Há casos de pacientes com seis meses de de-
pendência que apresentavam QI equivalente a 100, dentro da média. Num teste refeito um
ano depois, o QI havia baixado para 80.
c) Doenças psiquiátricas: em razão da ação no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves
também podem ocorrer, com psicoses, paranoia, alucinações e delírios.

■■Sexo: O desejo sexual diminui. Os homens têm dificuldade para conseguir ereção. Há pesquisas
que associam o uso do crack à maior suscetibilidade a doenças sexualmente transmissíveis, em ra-
zão do comportamento promíscuo que os usuários adotam.
■■Morte: Pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares (derrame e infarto) e relacionadas
ao enfraquecimento do organismo (tuberculose). A causa mais comum de óbito é a exposição à
violência e a situações de perigo, por causa do envolvimento com traficantes, por exemplo.

AMOR PRÓPRIO AMOR PRÓPRIO AMOR PRÓPRIO AMOR PRÓPRIO


E aí, o que fazer? Como passar tranquilo, bem longe dos convites, das ofertas, da tentação de “curtir
uma onda”, achando que vai só uma vez e não vai te pegar? Como não sucumbir ao que parece o
caminho mais fácil, quando se estiver sem graça, sem rumo, sem achar sentido nas coisas?
Como estar alerta para não transformar uma brincadeira, uma participação nos programas da turma
de conhecidos, em um poço onde fica difícil encontrar o fim?
É isso: gostar de você mesmo! Parece bobagem, mas a gente precisa lembrar de dar sempre um “tra-
to” naquele cara que mora no espelho.
Ninguém precisa ser um super-herói para ter boas qualidades. Todo mundo tem. E é preciso valorizá-
-las e cuidar delas. Quanto aos defeitos, só olhe para eles se for transformá-los.
E, com certeza, eles serão sempre menores que suas qualidades.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 103

ANEXO

Natasha
Capital Inicial
Compositor: Dinho Ouro Preto

Dezessete anos e fugiu de casa Tem sete vidas


Às sete horas da manhã do dia errado Levou Mas ninguém sabe de nada Carteira falsa
na bolsa umas mentiras pra contar Deixou com idade adulterada O vento sopra enquan-
pra trás os pais e namorado to ela morde
Um passo sem pensar Desaparece antes que alguém acorde Um
passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar. Pelo caminho
garrafas e cigarros Um outro dia, um outro lugar. Cabelo verde,
tatuagem no pescoço.
Sem amanhã por diversão roubava carros Era
Ana Paula agora é Natasha Um rosto novo, um corpo feito pro pecado. A
vida é bela o paraíso um comprimido Qual-
Usa salto quinze e saia de borracha
quer balaco ilegal ou proibido

Um passo sem pensar


Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar.
Um outro dia, um outro lugar.
Refrão:
Refrão:
O mundo vai acabar E Ela só quer dançar O
O mundo vai acabar E ela só quer dançar mundo vai acabar
O mundo vai acabar
E Ela só quer dançar, dançar, dançar. O mun-
E ela só quer dançar, dançar, dançar. do vai acabar
Pneus de carros cantam
E Ela só quer dançar O mundo vai acabar
Thuru, Thuru, Thuru, Thururu
E Ela só quer dançar, dança, dançar. Pneus de
carros cantam
Thuru, Thuru, Thuru, Thururu
104 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

A ESCOLA SAUDÁVEL
AULA

12
OBJETIVOS ■■Conhecer o rendimento da escola
■■Desenvolver pesquisas com esse tema

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Na continuidade deste olhar sobre diferentes dimensões de Saúde, a proposta hoje é que o grupo pense sobre a
saúde da Escola. Convida então o grupo a participar da próxima atividade.
Atividade: O desejo mágico:
25´ ■■Solicitar que os alunos citem três características de uma escola saudável. Após as contribuições, conduzir a discussão
afirmando que o rendimento escolar positivo é um importante indicador de uma escola saudável.
■■Dar o comando para que os alunos formem duplas e lançar a seguinte a pergunta: “Se tivessem um desejo mágico e
pudessem mudar três coisas em relação a esta escola, o que mudariam?”. Durante as apresentações das duplas, anotar
os desejos no papel madeira/ cartolina, agrupando as respostas em comum.
■■ Finalizar afixando as respostas na sala, para servir de fonte de informações para possíveis pesquisas sobre o tema.

DESENVOLVIMENTO
■■Apresentar os indicadores de rendimento escolar da escola numa série histórica de quatro anos (impresso em uma
folha por equipe/Datashow ou cartaz)
■■Dividir a turma para realização de um trabalho de equipe, obedecendo a realização nas seguintes etapas:
■■ETAPA 1: Análise dos indicadores de rendimento escolar de sua escola.
60´ ■■ETAPA 2: Divisão do grupo em seis equipes, ficando duas equipes com um dos seguintes temas para
problematização: Abandono / Reprovação / Aprovação
■■ETAPA 3 : Apresentação das equipes - Problematização
■■ETAPA 4 : Reflexão final
■■Retomar as anotações registradas no quadro da atividade de ACOLHIDA e os indicadores de rendimento, e perguntar:
quais os maiores problemas da escola? Porque eles acontecem? O que fazer para que a escola fique mais saudável?

ENCERRAMENTO
15´ ■■Entregar para os alunos o instrumental: Frases a completar (Anexo) e solicitar que realizem o preenchimento de
forma individual.
■■Solicitar que cinco voluntários compartilhem o preenchimento do seu instrumental.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Tabela rendimento escolar de cada escola
■■Frases a completar com o tema (Anexo)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■É importante que o professor colete as informações dos indicadores com antecedência e se possível, solicitar a ajuda ao Núcleo Gestor na apresentação
e discussão dos dados.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 105

ANEXO

Atividade: Frases a completar


1. A escola é importante para os jovens porque...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
2. O que mais curto na minha escola é...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
3. O que não curto na minha escola é...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
4. A melhor lembrança que tenho da minha escola é...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
5. Aqui na escola fiz grandes amigos como por exemplo...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
6. Os alunos ficam reprovados porque...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
7. É importante ser aprovado para...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
8. Os alunos abandonam a escola porque...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
9. A matrícula no ensino médio é como um funil porque...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
10. O bullying na escola é...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
11. O bullying prejudica as pessoas porque...
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
106 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

SAÚDE DO PLANETA: JORNADA ECOLÓGICA


AULA

13
OBJETIVOS ■■Analisar os principais problemas ambientais da atualidade: causas, consequências e
soluções
■■Refletir sobre o uso dos recursos naturais do planeta e identificar os maiores problemas
ambientais decorrentes das formas de exploração

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Solicitar que os alunos formem um semicírculo com as cadeiras. Cada um recebe uma etiqueta: água, ar, fogo, fauna
e flora.
■■Explicar para o grupo que, quando disser “água”, todos que forem “água” deverão mudar de lugar; quando disser
“ar”, todos que forem “ar” deverão mudar de lugar e assim sucessivamente; quando falar “Planeta terra” todos deverão
10´ mudar de lugar.
■■Na primeira rodada, quando os integrantes mudarem de lugar, o professor deve ocupar uma cadeira, deixando um
aluno de fora, que deverá citar o próximo elemento para a nova troca de lugares. Durante a troca ele deve ocupar um
dos assentos, deixando sempre uma pessoa de fora.
■■Na última rodada, propositalmente, ficar de fora, deixando todos os alunos sentados, e assim dividindo a turma nas
equipes: água, ar, fogo, fauna e flora.

DESENVOLVIMENTO 1
Atividade: Saúde do Planeta
■■Realizar divisão das equipes, destinando para cada equipe uma situação de problema ambiental, obedecendo a
seguinte ordem:
1. Aquecimento global
2. Desmatamento e extinção de espécies,
3. Diminuição dos recursos hídricos
30´ 4. Consumo e resíduos sólidos.
■■Solicitar que cada equipe realize a leitura de um do trecho do texto “Saúde do Planeta” correspondente ao seu tema.
Em seguida, deve delegar as seguintes funções para seus integrantes:
1. Organizador do tempo (organizar a equipe para que realize a atividade dentro do tempo estimado)
2. Redator (que irá anotar os pontos discutidos e a síntese final da atividade);
3. Orador (que fará a apresentação da produção da equipe);
4. Ouvidor (que tomará nota das apresentações das outras equipes e, se necessário, poderá fazer
pontuações e questionamentos)
■■Solicitar que as equipes realizem as apresentações.

DESENVOLVIMENTO 2
Atividade: Jornada Ecológica
10´ ■■Apresentar a atividade “Jornada Ecológica” – baseada nos jogos de tabuleiros, que traz uma estrada impressa numa
folha ou pode ser desenhada no chão da sala com giz (Anexo), que será avançada a partir do lançamento de dados
e da discussão das perguntas (Anexo). A equipe vencedora poderá receber como prêmio bombons ou cartões de
congratulações por seu desempenho.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 107

SAÚDE DO PLANETA: JORNADA ECOLÓGICA


AULA

13
OBJETIVOS ■■Analisar os principais problemas ambientais da atualidade: causas, consequências e
soluções
■■Refletir sobre o uso dos recursos naturais do planeta e identificar os maiores problemas
ambientais decorrentes das formas de exploração

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Exibir a mídia: “Animação”
■■Convidar a turma a formar um círculo. Fazer o fechamento retomando os vários problemas urgentes que
30´ ameaçam o meio ambiente, como por exemplo: o aquecimento global, o desmatamento e a extinção das
espécies, a diminuição dos recursos hídricos, o consumo e os resíduos sólidos.
■■Lançar para o grupo proposta: “A partir de hoje eu me comprometo a... (ação relacionada à preservação do
meio ambiente”).

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Tarjetas com os elementos água, ar, fogo, fauna e flora
■■Texto “Saúde do Planeta” (Anexo 21)
■■Orientações da atividade Jornada ecológica (Anexo 22)
■■Tabuleiro “Jornada Ecológica”, peões para cada equipe e dado (Anexo 23)
■■Kit multimídia
■■Mídia: “Animação” (https://www.youtube.com/watch?v=AWdBg3sre9g).

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Exibir no quadro, o roteiro de orientações (Anexo) para que as equipes sem norteiem durante o planejamento de suas apresentações.
■■Se possível, convidar o professor de Biologia ou Geografia para participar da atividade da “Jornada Ecológica”, para fomentar as
discussões e debater as dúvidas.
■■Professor: confeccionar cartões ou providenciar brindes para a equipe vencedora.
108 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Roteiro de orientações
para trabalhar em equipe
1. Ler e discutir: o que é? Por que isso acontece? Quais as consequências?

2. Elaborar uma síntese do trecho, sugerindo soluções para o seu problema ambiental.

3. Planejamento do detalhamento final da apresentação

4. Apresentação
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 109

ANEXO

Saúde do planeta
Regina Brandão

“Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.”


Essa frase imortalizou o cientista francês Antoine Laurent de Lavoisier (1743 a 1794) em seus estudos e
descobertas científicas no século XVIII. A frase nos diz que a natureza não produz lixo, nela nada sobra,
nada fica velho ou imprestável. Tudo está em permanente transformação, o que forma o equilíbrio dos
ciclos da vida. Em outras palavras, a natureza é completamente sustentável. Por exemplo:
“...uma planta se alimenta de luz do sol, de água e de sais minerais que retira do solo. Quando perde
suas folhas, ou morre, o calor e a umidade fazem com que a planta se decomponha, formando o
húmus que enriquece o solo, onde nascem outras plantas. O homem também faz parte dos ciclos da
natureza. Ele precisa do ar, da água e quando se alimenta está aproveitando os sais minerais, a água
e a própria energia solar que está nas plantas e nos bichos. Muitos outros bichos comem plantas ou
comem outros bichos que comem outros bichos que comem plantas. A morte de um é a vida de outro.
A morte de uma planta que comemos nos dá vida. Assim, é preciso cuidado para não quebrar esses
ciclos. 20
Então, que cuidado é esse que todos devemos ter?
Hoje, não se pode pensar na natureza como algo puro, em si. Perceber a natureza significa compreendê-
-la, com todas as intervenções promovidas pelos homens e mulheres, pelas sociedades, pelas empre-
sas, pelas instituições e pelos governos dos países, ao longo dos anos.
A partir de meados do século XX, após a II Guerra Mundial, o crescimento econômico causou grande
impacto em quase todo o planeta. Impulsionado pelo avanço tecnológico, um dos vetores desse cres-
cimento foi, sem dúvida, a atividade industrial.
Indo mais fundo, é necessário distinguir o modo de lidar com a natureza a partir dos interesses que
orientam essas intervenções. Ou seja, os interesses econômicos têm sido responsáveis por uma série de
problemas ambientais que repercutem em todo o mundo.
Ao mesmo tempo, essas agressões vêm chamando a atenção de pessoas e instituições que, juntas,
compartilham as incertezas acerca do futuro do planeta. O que unia e une essas pessoas é uma preocu-
pação comum: qual será o futuro do planeta, se os modelos econômicos aplicados estão levando
à devastação de ecossistemas inteiros?
Aos poucos, grupos organizados perceberam que esses problemas ambientais eram capazes de com-
prometer diretamente a saúde e a qualidade de vida de todo o planeta. Assim, movimentos sociais
organizados, passaram a desenvolver ações de conscientização junto às populações e de pressão, junto
aos governos, para coibir, regular e frear as intervenções que degradam e destroem o meio ambiente,
colocando em risco a vida nos ecossistemas. Aos poucos as ONGs se fortaleceram e muitas delas passa-
ram a defender as causas ecológicas.

20 PROJETO SANEAR – componente educação ambiental, O lixo pode ser um tesouro: Um monte de novidade sobre um monte de lixo. Livro 2, Fortaleza – CE, 1993.
110 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
SAÚDE DO PLANETA (Continuação)

A partir de 1972, a ONU – Organização das Nações Unidas, como instituição supranacional, passou a
atuar nessa questão, realizando várias conferências mundiais que resultaram na assinatura de cartas,
acordos, planos de ação, protocolos, declarações, convenções, dentre os documentos produzidos e as-
sinados pelos países alunos.
Ao longo desses 40 anos, as conferências mundiais sobre o desenvolvimento sustentável, sem dúvida,
têm sido um espaço relevante para os avanços na luta pela preservação do meio ambiente, tendo ser-
vido para identificar os grandes problemas ambientais que afetam o planeta; promover grandes deba-
tes mundiais sobre o meio ambiente; elaborar propostas na forma de documentos; propor condutas a
serem tomadas por todos os países; mobilizar instituições, governos e pessoas para a defesa do meio
ambiente; identificar e responsabilizar os agentes promotores dos riscos e desastres ambientais, entre
outros.
Porém, são muitas as críticas formuladas às reuniões mundiais, como: o nível de suas discussões, os re-
sultados propostos e, principalmente, a concretização das ações. Em resumo, os interesses econômicos
ainda se sobrepõem às questões ambientais.
Na atualidade, são vários os problemas que ameaçam o meio ambiente. Alguns são apontados como
mais urgentes ou mais alarmantes, como o aquecimento global, o desmatamento e a extinção de espé-
cies, a diminuição dos recursos hídricos, o consumo e o lixo. 21

1. O AQUECIMENTO GLOBAL
O que é?
É o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da terra. É um fenômeno
causado pela retenção de calor pela atmosfera, acima do nível considerado normal.
Por que isso acontece?
Isso acontece por causa do alto nível de dióxido de carbono lançado no ambiente. As razões são a
queima de combustível fóssil (gasolina, carvão) e a emissão de gases e outros produtos químicos pro-
duzidos pelo homem, principalmente nos últimos 50 anos. O calor que se concentra como uma estufa
vem alterando as características da atmosfera. Daí o nome de “efeito estufa”.
Quais as consequências?
O aquecimento afeta o regime de chuvas e secas (plantações alagadas e florestas desertificadas); pro-
voca o movimento migratório de animais e seres humanos; causa a falta de comida; eleva o risco de
extinção de várias espécies animais e vegetais; acelera o derretimento das placas de gelo dos polos,
que por sua vez, causa a elevação do nível dos oceanos, podendo cobrir áreas litorâneas e ilhas inteiras.
As mudanças climáticas também são responsáveis por diversas catástrofes naturais como furacões e
grandes tempestades.

21 BUENO, Chis, Os maiores problemas ambientais da atualidade. Disponível: http://360graus.terra.com.br/ecologia/ default.asp?did=27173&action=news.


Acesso em 01/05/2012.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 111

ANEXO
SAÚDE DO PLANETA (Continuação)

Quais as soluções?
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

2. DESMATAMENTO E EXTINÇÃO DE ESPÉCIES


O que é?
O desmatamento é a derrubada de árvores e devastação de florestas. A extinção das espécies é o
desaparecimento de espécies vegetais e animais por falta de condições de sobrevivência.
Por que isso acontece?
Por causa da exploração comercial da madeira com os mais diversos fins, inclusive a produção de
celulose para papel ou para dar lugar a pastos de criação de gado. Não só o desmatamento, mas
também a mineração e a indústria poluente vêm afetando a sobrevivência de espécies animais e ve-
getais. Além disso, os animais também são vítimas da caça predatória para comercialização de peles
e carnes e do tráfico ilegal.
Quais as consequências?
A redução da cobertura vegetal acelera o processo de erosão da terra, aumentando as enchentes e
inundações. Também o solo é mais atingido pela ação do sol, provocando o seu ressecamento e até
a desertificação. O desmatamento é um dos maiores causadores do aquecimento global, pois é a ve-
getação que neutraliza as emissões de carbono. A extinção de espécies animais atinge toda a cadeia
alimentar. Em outras palavras, a extinção de uma espécie animal causa uma reação em cadeia na na-
tureza, afetando o ser humano com a diminuição de certas fontes de alimento ou com a proliferação
de pragas e doenças.
“Por exemplo, se a população de gaviões diminui ou desaparece, aumenta a população de cobras,
uma vez que esses são seus maiores predadores. Muitas cobras precisariam de mais alimentos e,
consequentemente, o número de sapos diminuiria e aumentaria a população de gafanhotos. Esses
gafanhotos precisariam de muito alimento e com isso poderiam atacar outras plantações, causando
perdas para o homem”
Quais as soluções?
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
112 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
SAÚDE DO PLANETA (Continuação)

3. DIMINUIÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS


O que é?
É a redução da água potável do planeta. Atualmente, a água que pode ser usada para beber, tomar
banho, preparar alimentos, é muito pouca e está diminuindo.
Por que isso acontece?
Por causa de vários fatores: a má gestão dos recursos hídricos; o aumento da demanda; a falta de chu-
vas; a ocupação e o uso desordenado do solo (impermeabilização); a poluição dos rios e das águas
subterrâneas; o desmatamento e a falta de proteção das nascentes, entre outros.
Quais as consequências?
A diminuição da água afeta diretamente todo o equilíbrio ecológico do planeta, podendo levar: à difi-
culdade de água potável; ao aumento de contaminação; à falta de alimentos, enfim, ao comprometi-
mento da saúde de todos os seres vivos do planeta.
Quais as soluções?
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

4. CONSUMO
O que é?
Consumo identificado não pela necessidade, mas como lazer, pelo simples ato de comprar, ou para se
sentir pertencente à sociedade.
Por que isso acontece?
A indução ao consumo faz parte do modelo econômico predominante, que visa o lucro acima de tudo,
gerando uma sociedade descartável que leva as pessoas a consumir cada vez mais. Para suprir a de-
manda crescente por produtos, é preciso produzir mais produtos.
Quais as consequências?
A consequência mais desastrosa é o limite ambiental, o fim dos recursos naturais. Para dar conta da
demanda por produtos as empresas consomem mais energia, mais combustível, mais madeira, mais
água, mais minérios, enfim, mais recursos naturais. E esses recursos são finitos, portanto ameaçados
de esgotamento quando sua exploração não é sustentável. “O consumismo também agrava a pobre-
za, aumentando a distância entre ricos e pobres. Países ricos e altamente industrializados geralmente
exploram os recursos naturais dos países mais pobres, que, no entanto, não enriquecem com isso (ao
contrário, ficam ainda mais pobres)”.
Quais as soluções?
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 113

ANEXO
SAÚDE DO PLANETA (Continuação)

5. RESÍDUOS SÓLIDOS
O que são?
São o lixo que todos os seres humanos descartam todos os dias. É um dos maiores problemas ambien-
tais atuais.
Por que isso acontece?
O lixo é um dos maiores problemas ambientais da atualidade, principalmente pela:
■■Quantidade diária produzida, nesse modelo econômico descartável e de consumo levado ao
extremo; pelo seu lançamento na natureza, em locais inadequados;
■■Saturação dos lixões e aterros sanitários, modelo de tratamento predominante dos grandes
centros urbanos;
■■Poluição e contaminação dos recursos hídricos e do solo;

■■Morte de várias espécies de animais em função da ingestão, principalmente do plástico.

Quais as consequências?
Quando lançado no destino adequado: gera a produção do chorume e gás metano (CH4), elementos
tóxicos, poluentes encontrados nos aterros e lixões. O primeiro contamina o solo e os recursos hídricos,
como o lençol freático e o segundo a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. Propicia a prolifera-
ção de insetos e roedores, vetores para a disseminação de várias doenças.
Quando lançado a céu aberto: sua tendência é obstruir os canais de drenagem, provocando enchen-
tes e inundações nas cidades. Nesse caso, inevitavelmente será lançado na bacia hidrográfica provocan-
do assoreamento e poluição dos rios e oceanos, ameaçando a vida aquática.
Se o destino for a queima: provocará a poluição da atmosfera.

Quais as soluções?
O que significa Reduzir, Reutilizar e Reciclar?
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
114 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
SAÚDE DO PLANETA (Continuação)

Então, como assegurar a sustentabilidade que o planeta necessita para garantir o futuro das pró-
ximas gerações de todos os ecossistemas? Essa é a pergunta que não quer calar.
Assim, nossas gerações estão diante do grande desafio de alcançar o progresso, o crescimento eco-
nômico e os avanços científicos e tecnológicos, garantindo, ao mesmo tempo, a preservação do meio
ambiente.
Ou seja, assegurar o desenvolvimento sem prejudicar a fauna, a flora e os recursos naturais disponíveis
em nosso planeta. Só assim estaremos promovendo o desenvolvimento sustentável que é de extre-
ma importância para a sociedade, na medida em que garante as condições ambientais favoráveis para
as futuras gerações.
Então, a preservação do meio ambiente é responsabilidade dos governos, das empresas, das organiza-
ções não governamentais, dos cidadãos, ou de todos ao mesmo tempo? Por que?
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

O que significa desenvolvimento sustentável?


_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

Vejamos algumas atividades cotidianas que fazem a diferença no cuidado que todos devemos ter com
o meio ambiente:

ATIVIDADES COTIDIANAS VOLUME MÉDIO DE ÁGUA GASTO

Lavar a calçada 249 litros

Varrer a calçada 0 litros

Tomar banho com o chuveiro ligado o tempo todo 132 litros

Tomar banho desligando o chuveiro 45 litros

Escovar os dentes com a torneira aberta 12 litros

Escovar os dentes com a torneira fechada 1 litro


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 115

ANEXO
SAÚDE DO PLANETA (Continuação)

VOCÊ SABIA?
■■Na China, quase toda a cobertura vegetal foi explorada. Estados Unidos e Rússia também
destruíram suas florestas com o passar do tempo.
■■O desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica
é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevivem à cobertura de 1500.
■■Nomundo todo, 150 mil quilômetros quadrados de floresta tropical são derrubados por ano,
sendo que no Brasil, este número gira em torno de 20 mil quilômetros quadrados.
■■Cientistasveiculados à ONU calculam que existam entre 10 e 100 milhões de espécies de seres
vivos no planeta, dos quais 25% estão ameaçados de extinção. Todo dia, no mundo inteiro,
desaparecem quase trezentas espécies animais e vegetais devido à destruição de seus habitats.
■■OBrasil possui a maior reserva de água doce do mundo, cerca de 12% de todas água doce do
planeta. Só que esta reserva também está ameaçada pelo planejamento e uso, pela poluição e
desperdício.
■■Cerca de 70% do planeta é coberto por água, porém apenas 2% da água do planeta é doce.
Desta pequena parcela, 90% estão no subsolo ou nos polos, em forma de gelo. Assim, a água
própria para o consumo humano é muito pouca, por contaminação e poluição.
■■NoBrasil, 50% das águas tratadas são desperdiçadas com lavagem de carro, calçadas, roupas,
banhos demorados, louças na qual é desperdiçada mais água que é necessário, além de
vazamentos entre outros maus hábitos.
■■O mundo está consumindo 40% além da capacidade de reposição da biosfera (energia,
alimentos, recursos naturais). Dados do PNUD – Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento.
■■85% de produção e de consumo no mundo estão localizados nos países industrializados que
tem apenas 19% da população. Os EUA têm 5% da população mundial e consomem 40% dos
recursos disponíveis. Se os seis bilhões de pessoas usufruíssem o mesmo padrão de vida dos
270 milhões de americanos, seriam necessários seis planetas. (ONU).
■■No Brasil se produz cerca de 240 toneladas de lixo por dia. Deste total, 76% são jogados a céu
aberto, ao longo de estradas e carregados para represas de abastecimento durante o período
de chuvas (IBGE).
■■No Brasil, cerca de 60% das latas de alumínio são recicladas.
116 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Atividade: Jornada ecológica


A Jornada Ecológica é baseada nos jogos de tabuleiros. Para a realização da atividade, é necessário
dividir a turma em 05 equipes.

Objetivo:
Trabalhar de maneira lúdica os conteúdos abordados sobre Saúde Ecológica e avaliar o aprendizado
dos alunos sobre o tema.

Material necessário:
■■ 1 Tabuleiro Impresso (modelo em Anexo) ou pode ser desenhada no chão da sala com giz)
■■ 1 Dado

■■ 5 Pinos (objeto que identificará cada equipe)

Regras:
1. A atividade será realizada em equipes. As mesmas que já foram previamente definidas. É necessá-
rio decidir a ordem de jogada (0 ou 1/ par ou ímpar);
2. A cada jogada, as equipes deverão responder às perguntas ou realizar as atividades propostas no
número da casa;
3. Caso a equipe não saiba a resposta ou responda incorretamente, ela deverá permanecer na mes-
ma casa.
4. A equipe que chegar primeiro ao final do tabuleiro (casa 34) ganha o jogo.

Ao final, o professor aborda com os alunos as questões que não foram contempladas no jogo,
para discussão.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 117

ANEXO

Casa com atividades/


situações fixas:
Nº DA CASA SITUAÇÃO GANHOS/ PERDAS

CASA 4 Oh oh! Você escova os dentes com a torneira aberta! Que pena. Volte 02 casas

Parabéns! Você é um consumir consciente, porque reduz


CASA 5 o consumo, reutiliza materiais e descarta seus resíduos Avance 01 casa
para reciclagem.

CASA 7 PERDE A VEZ

CASA 11 PERDE A VEZ

Você e sua família se preocupam com o meio ambiente e sempre


CASA 15 separam o lixo e buscam dar o destino correto para seus resíduos. Avance 03 casas
Parabéns!
Que feio! Você foi à praia no final de semana, e deixou as latinhas
CASA 16 Volte 02 casas
de refrigerante e embalagens de biscoito na areia. Que pena.
Você está sempre comprando coisas novas, mesmo sem
CASA 19 Volte 03 casas
necessidade, somente porque está na moda!

CASA 23 PERDE A VEZ

Parabéns! Você sempre dá preferência a compra produtos que


CASA 26 Avance 01 casa
oferecem embalagem em refil.

CASA 28 PERDE A VEZ

Sábado, você e seus amigos realizaram uma grande festa, regada


a muito refrigerante e batatinha frita. Porém, infelizmente,
CASA 31 Volte 02 casas
quando foram limpar os pratos, você despejou o óleo da
batatinha no ralo da pia.

Perguntas (uso para as casas sem atividades/situações fixas):

PERGUNTA GANHOS/ PERDAS

Comenta a frase: “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” Avance 01 casa

O que você entende por Ecossistema? Avance 02 casas

Cite uma consequência da intervenção do homem na natureza. Avance 01 casa


118 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
CASA COM ATIVIDADES/ SITUAÇÕES FIXAS: (Continuação)

PERGUNTA GANHOS/ PERDAS


Qual será o futuro do planeta caso não sejam adotadas medidas proteção ao
Avance 02 casas
meio ambiente?

O que é aquecimento global? Avance 02 casas

Elabore uma frase com as palavras: água, ar, fogo, fauna, flora e Planeta Terra. Avance 02 casa

Situação: Você está no carro e percebe que seu amigo acaba de jogar o papel de
Avance 01 casa
bombom pela janela. O que você faz?

Cante uma música que fale do meio ambiente. Avance 01 casa

Quais as principais consequências do desmatamento? Avance 02 casas

Qual atuação da ONU (Organização das Nações Unidas) na defesa das causas
Avance 03 casas
ecológicas?

Cite algumas das causas que ocasionam a redução da água potável no planeta. Avance 02 casas

Quais as consequências da extinção de animais? Avance 02 casas

O que são recursos finitos? Cite exemplos. Avance 02 casas

O que fazer com as pilhas que não funcionam mais? Avance 02 casas

O que são os 5 Rs (Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Recusar e Repensar)? Cite exemplos. Avance 02 casas

Qual a atitude mais adequada a ser tomada quando vemos pessoas descartando
Avance 01 casa
seus resíduos em terrenos baldios?

O que é desenvolvimento sustentável? Avance 01 casa

Quais as consequências do Desmatamento? Avance 02 casa

O que você entende por Efeito estufa? Avance 01 casa

Para uma correta coleta seletiva, os resíduos sólidos devem ser divididos em vários
Avance 02 casas
grupos para facilitar seu descarte adequado, quais são esses grupos?

Quais as consequências do descarte de resíduos sólidos a céu aberto? Avance 02 casas

Elabore uma frase com as seguintes palavras: Planeta – Desenvolvimento – Lixo Avance 02 casas

A preservação do meio ambiente é responsabilidade dos governos, das empresas,


Avance 01 casa
das ONGs, dos cidadãos ou de todos ao mesmo tempo. Por que?
Tabuleiro - Jornada ecológica ANEXO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11

21 20 19 18 17 16 15 14 13 12

22

23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

33
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

34
119
120 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

PENSAR GLOBAL E AGIR LOCAL: CONSUMO CONSCIENTE


AULA

14
OBJETIVOS ■■Incentivar os alunos a incorporar novas atitudes de preservação do meio ambiente na vida
cotidiana

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
15´ ■■Entregar uma folha de papel ofício para cada aluno e solicitar que peguem canetas e exibe a mídia: “Ilha de
Midway, Oceano Pacifico Norte”.
■■Orientar que voluntários expressem a emoção que foi sentida com a mídia. (texto-sentido)

DESENVOLVIMENTO
70´ ■■Realizar com os alunos, a atividade: O que o planeta recebe em troca dos recursos naturais. (Anexo)
■■Na sequência, convidá-los a responder o teste: “Você é Sustentável?” (Anexo 25)
■■Após a realização do teste, apresentar os resultados e abrir para discussão.

ENCERRAMENTO
15´ ■■Convidar os alunos para a leitura coletiva do texto: “12 princípios do consumo consciente” (Anexo). Ao final,
buscar identificar com a turma as atitudes de preservação do meio ambiente que já temos e as que não temos.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■ Mídia: “Ilha de Midway, Oceano Pacifico Norte” (https://www.youtube.com/watch?v=KvFjMtq61N0)
■■Cartaz com o desenho do planeta Terra, plaquinhas com os recursos naturais (petróleo, areia, minérios, madeira, água, energia)
■■Papel A4 com o nome dos produtos (gasolina, plástico, vidro, metal e papel)
■■Plaquinhas em branco, pincel e fita gomada
■■Teste: “Você é Sustentável? ” (Anexo )
■■Texto “12 princípios do consumo consciente” (Anexo )
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 121

ANEXO

Atividade – O que o planeta


recebe em troca dos
recursos naturais?
1. Apresentar um cartaz com um desenho do planeta Terra com várias plaquinhas com os recursos
naturais: PETRÓLEO; AREIA; MINÉRIOS; MADEIRA; ÁGUA; ENERGIA (as plaquinhas de água, energia e
petróleo devem ter mais de uma). Informa que este é o planeta Terra com todas as suas riquezas que
são seus recursos naturais. Nesse exercício vamos trabalhar apenas com alguns recursos.
2. Formar 5 equipes e entrega a cada uma folha de papel A4, escrito em cima o nome de um produto
muito necessário ao funcionamento do planeta hoje:
■■Gasolina

■■Plástico – embalagens, sacos e demais artefatos em plástico;


■■Vidro – garrafas e outros artefatos em vidro;

■■Metais transformados em alumínio/ aço/ etc – latas, panelas e outros artefatos em metal e

■■Papel, papelão – embalagens e produtos feitos de papel.

3. A equipe deve identificar quais os recursos naturais utilizados para a produção do seu produto, se
dirigir ao planeta e retirar.
4. Em seguida a equipe procede a uma discussão para identificar: (escrever na folha de papel)
■■Quais os objetos utilizados em nosso dia a dia que são feitos deste produto;
■■Quais os recursos utilizados na sua produção se são finitos ou renováveis;

■■De que forma estes produtos retornam para a natureza;

■■Quais problemas causados ao meio ambiente;

■■Quais as possíveis soluções para amenizar os impactos negativos causados ao meio ambiente.

5. Distribuir plaquinhas em branco (de preferência em tarjetas cor de rosa/ vermelha) e pincéis para as
equipes escreverem os materiais que são descartados na natureza.
6. Cada equipe faz sua apresentação, colando no planeta os materiais devolvidos à natureza e falando
sobre os problemas causados ao meio ambiente e quais as possíveis soluções.
7. Ao final, chamar a atenção para como o planeta estava no início da atividade e como ficou ao final.
Pede a voluntários que comentem.
122 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

MATERIAL DE SUPORTE PARA O PROFESSOR

RECURSOS MATERIAL
PROBLEMAS PARA O MEIO
PRODUTO NATURAIS DESCARTADO POSSÍVEIS SOLUÇÕES
AMBIENTE
UTILIZADOS NA NATUREZA

Poluição do ar /Buraco
na camada de ozônio /
Petróleo/ Substituição pelo
Gasolina CO2 Aquecimento global
água álcool ou biomassa
(efeito estufa) /
Esgotamento do recurso

Artefatos Resíduo Redução do uso,


Petróleo/
em sólido de reaproveitamento /
energia
plástico plástico Lixo a céu aberto / reciclagem
entupição do sistema de
drenagem nas cidades /
Enchentes / doenças /Lixo
Resíduos Redução do uso,
que demora muitos anos
Vidro Areia sólidos de reaproveitamento /
para serem decompostos
vidro reciclagem
pela natureza / morte de
animais / poluição dos
solos, rios, riachos,
Alumínio, lagoas e oceanos.
Resíduos Redução do uso,
aço e Minérios
sólidos de reaproveitamento /
outros (metais)
metal reciclagem
metais

Lixo contaminado /
poluição das águas, do
solo e dos alimentos
Madeira Resíduos
Papel / (oriunda do uso de Reciclagem de
/ água/ sólidos de
papelão produtos químicos tóxicos papel
energia papel
utilizados na separação e
clareamento da celulose)/
Desmatamento
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 123

MATERIAL DE SUPORTE PARA O PROFESSOR

Teste: Você é sustentável?


1. Sua latinha está vazia e não há lixo por per- 6. Sustentabilidade para você é:
to, então, você: a. Indiferente.
a. Deixa em qualquer lugar. b. Fundamental.
b. Torce para encontrar uma lixeira, mas se c. Solução.
não achar, deixa no chão.
c. Anda com a lata na mão até encontrar uma 7. Você economiza água ao lavar utensílios
lixeira, de preferência, de coleta seletiva. domésticos ou roupas?
a. Não, por enquanto ainda não faltou água
2. Você dá preferência a produtos que respei- na minha casa por desabastecimento.
tam o meio ambiente? b. Sim, mas acho que poderia fazer mais.
a. Não. Considera o impacto no meio ambien- c. Certamente. É uma questão de responsabi-
te uma questão dos fabricantes, não sua. lidade.
b. Acha importante, mas só compra se o fator
“preço” for favorável. 8. Em relação ao tempo, como você classifica-
c. Sim, na maioria das vezes. ria seu banho?
a. Isso tem a ver com preservação?
3. Para você, as previsões dos cientistas sobre b. Curto. Raramente demora mais do que de-
as consequências do aquecimento global são: veria.
a. Exageradas. c. Rápido, para economizar água e energia.
b. Alarmantes.
c. Muito bem colocadas. 9. Como você se desloca no seu dia-a-dia?
a. Da melhor maneira para você, não para o
4. Como você carrega suas compras, quando planeta.
vai ao supermercado? b. Transporte coletivo ou a pé, apenas se não
a. Usa as sacolas que o supermercado oferece. tiver outra opção.
b. Usa sacolas plásticas, mas se tiver de mo- c. Vai a pé, usa transporte coletivo, bicicletas
chila ou bolsa grande guarda alguns produtos ou opta por caronas.
nelas, por praticidade.
c. Leva sacolas retornáveis.
5. O lixo da sua casa é descartado:
a. Num único recipiente.
b. Com os resíduos devidamente separados,
mas nem sempre com o destino correto.
c. Separado entre orgânico e reciclável, sendo
este encaminhado a uma cooperativa.

RESULTADO
Maioria das Respostas A: Você é “Tranquilão”. Você ouviu falar sobre os problemas que as agressões à natureza podem trazer para você, mas não se
convenceu, não se preocupa e não adota práticas sustentáveis. Para você, isso é uma questão que a tecnologia irá resolver em breve ou tarefa para as
próximas gerações. Você não faz esforço para ter uma postura mais verde, não porque não sabe como fazê-lo, mas porque acha desnecessário e ineficaz.
Maioria das Respostas B: Você é Comprometido Você tem consciência da importância da sua contribuição para amenizar o impacto sobre o meio
ambiente e coloca em prática tudo que aprendeu sobre sustentabilidade. Adota práticas inteligentes para economizar recursos naturais e levar uma
vida sem excessos. Possivelmente, divulga essas ideias para familiares e amigos. Se ainda não faz isso, deveria. Sua atitude merece ser compartilhada.
Maioria das Respostas C: Você é Consciente Você tem conhecimento suficiente para questionar o uso de lâmpadas fluorescentes - que economizam
energia, mas apresentam dificuldades de reciclagem -, conhece as consequências do aquecimento global e está bem informado sobre sustentabilidade,
mas ainda peca ao incorporar as práticas no seu dia-a-dia. Informe-se e leia, sim, mas não deixe que a teoria substitua a prática.
124 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

MATERIAL DE SUPORTE PARA O PROFESSOR

Os 12 princípios do
consumo consciente
Instituto Akatu

1. Planeje suas compras- não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo
consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.
2. Avalie os impactos de seu consumo - leve em consideração o meio ambiente e a sociedade em
suas escolhas de consumo.
3. Consuma apenas o necessário - reflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos.
4. Reutilize produtos e embalagens - não compre outra vez o que você pode consertar, transformar
e reutilizar.
5. Separe seu lixo - recicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degrada-
ção ambiental e a geração de empregos.
6. Use crédito conscientemente - pense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e
esteja certo de que poderá pagar as prestações.
7. Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas - em suas escolhas de con-
sumo, não olhe apenas preço e qualidade. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade
para com os funcionários, a sociedade e o meio ambiente.
8. Não compre produtos piratas ou contrabandeados - compre sempre do comércio legalizado e,
dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violên-
cia.
9. Contribua para a melhoria de produtos e serviços - adote uma postura ativa. Envie às empresas
sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos/serviços.
10. Divulgue o consumo consciente - seja um militante da causa: sensibilize outros consumidores e
dissemine informações, valores e práticas do consumo consciente. Monte grupos para mobilizar seus
familiares, amigos e pessoas mais próximas.
11. Cobre dos políticos - exija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações que viabili-
zem e aprofundem a prática do consumo consciente.
12. Reflita sobre seus valores - avalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus
hábitos de consumo.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 125

LEVANTAMENTO DE INTERESSES E CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPES DE PESQUISA


AULA

15
OBJETIVOS ■■Ressaltar a importância da observação e da utilização dos cinco sentidos em novas
descobertas
■■Definir os grupos de pesquisa
■■Instigar a discussão de assuntos para definição dos temas de pesquisa

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
Atividade: Descobrindo Diferentes Elementos
■■Organizar a sala em círculo e solicitar quatro voluntários para participar da atividade. Quando estes voluntários
se apresentarem, cada voluntário escolherá um colega para auxiliá-lo. Cada voluntário será vendado e terá que
adivinhar o que lhe for apresentado.
Sugestões:
1. Kit 01 (Paladar): café solúvel, açúcar, limão, sal e achocolatado
2. Kit 02 (Olfato): flor, café, chá, cravo, canela, hortelã, manjericão e casca de laranja.
20´ 3. Kit 03 (Audição): caixa de fósforos, caixa com grãos, caixa com metais/ caixa com clipes e uma caixa com
bolinhas de gude.
4. Kit 04 (Tato): lixa, algodão, lupa e leque.
■■Após a realização da atividade, refletir inicialmente com os alunos voluntários sobre como foi passar por essa
experiência, lançando as seguintes indagações:
> Que sentido você utilizou, predominantemente?
> Foi fácil identificar os objetos?
> O que foi mais difícil?
■■Perguntar aos alunos que estavam como espectadores, quais os aspectos observaram em relação à atividade e finalizar
a atividade correlacionando os sentidos com as diferentes formas de se conhecer e ampliar sua visão de mundo.

DESENVOLVIMENTO 1
Atividade: Zoom
■■Entregar a cada aluno uma imagem virada para baixo e inicia as orientações:
> A imagem só pode ser virada ao seu comando
> Todos devem permanecer em silêncio
> Após virar a imagem, cada aluno deve observá-la, buscando compreendê-la
> É permitido levantar-se, olhar a imagem dos demais, porém, é proibido falar
■■Sinalizar o momento para que os alunos virem à imagem.
■■Após alguns minutos, permitir que o grupo se comunique (1 minuto)
■■Aguardar observando atentamente o comportamento de cada grupo para que possa trazer para análise, ao final da
atividade.
40´ ■■Ao final da atividade com a solução da sequência das imagens em ordem, abrir para debate com as seguintes
indagações:
> Foi possível desvendar o problema?
> Qual a sua solução?
> Como se deu o processo de comunicação?
> Houve liderança? Como ela se caracterizou?
■■Realizar reflexão com os alunos: O pesquisador tem a responsabilidade de saber lidar com as situações problemas,
e em alguns momentos deve fazer um “zoom in” (aproximar), se aproximando da questão, tentando ajudar em sua
resolução; e “zoom out” (distanciar) quando amplia as percepções para avaliar e acompanhar todo o conjunto.
■■Salientar que nesta atividade, o sentido da visão é mais explorado, reforçando a importância dos cinco sentidos
para ampliar a visão e compreensão do mundo.
■■Finalizar atividade com apresentação do PPT – Desvendando a atividade.
126 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

LEVANTAMENTO DE INTERESSES E CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPES DE PESQUISA


AULA

15
OBJETIVOS ■■Ressaltar a importância da observação e da utilização dos cinco sentidos em novas
descobertas
■■Definir os grupos de pesquisa
■■Instigar a discussão de assuntos para definição dos temas de pesquisa

TEMPO ATIVIDADE

DESENVOLVIMENTO 2
Atividade: Zoom
■■Orientar que os alunos formem equipes de seis integrantes, por questão de afinidade.
■■Depois das equipes formadas, lançar os temas listados abaixo, um por vez, e pedir para que discutam sobre eles
nas equipes. Para cada tema, as equipes devem discutir, por 5 minutos.
35´ 1. Resíduos sólidos (lixo) da escola
2. Água/ saneamento básico da escola
3. Alimentação na escola
4. Saúde dos alunos/ prevenção de doenças
5. Esporte e arte
6. Saúde comportamental (saúde da mente; evasão escolar; saúde na relação entre pessoas; bullying, etc.)

ENCERRAMENTO
5´ ■■Entregar para as equipes o instrumental: Escolha do Tema de Pesquisa – Prioridades de temas (Anexo) e
solicitar que listem, em ordem de prioridade, os três temas que mais despertaram o interesse da equipe.
■■Orientar que na próxima aula, cada equipe traga um caderno que será utilizado como o Diário de Bordo da Pesquisa.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Venda, pimenta, açúcar, limão, sal, achocolatado, farinha, milho, flor, café, caixa de fósforo, caixa com grãos, caixa com metais/ clips, caixa com bilas,
lixa, algodão, “geleca”, água
■■Imagens Atividade: Zoom (Checar no material de suporte)
■■PPT – Atividade Zoom
■■Instrumental: Escolha do tema de pesquisa – Prioridades de temas (Anexo).
■■Compreender o passo a passo da Pesquisa na 1ª série, conhecendo as atividades específicas de cada BIMESTRE. Caso seja necessário, sempre recorrer
ao GUIA PARA O PROFESSOR – ITINERÁRIO DA PESQUISA.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 127

ANEXO

Escolha do tema de pesquisa –


Prioridades dos temas
Equipe: Prioridades de interesse:
1º _____________________________________________
_______________________________________________
2º _____________________________________________
_______________________________________________
3º _____________________________________________
_______________________________________________

Equipe: Prioridades de interesse:


1º _____________________________________________
_______________________________________________
2º _____________________________________________
_______________________________________________
3º _____________________________________________
_______________________________________________

Equipe: Prioridades de interesse:


1º _____________________________________________
_______________________________________________
2º _____________________________________________
_______________________________________________
3º _____________________________________________
_______________________________________________

Equipe: Prioridades de interesse:


1º _____________________________________________
_______________________________________________
2º _____________________________________________
_______________________________________________
3º _____________________________________________
_______________________________________________
128 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

DELIMITAÇÃO DOS TEMAS DA PESQUISA


AULA

16
OBJETIVOS ■■Definir os temas da pesquisa
■■Elaborar Relevância do Projeto

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Retomar com os alunos a discussão sobre os temas e as prioridades de interesses iniciados na aula anterior. Solicitar
que os alunos se organizem nos grupos formados.
■■ Introduzir com a turma o conceito de Diário de Bordo como sendo um caderno no qual a equipe de pesquisa vai
registrando todas as etapas da elaboração do Projeto e da Pesquisa, incluindo:
15´ 1. Datas de encontros e atividades realizadas
2. Passo a passo e as observações realizadas
3. Descobertas, entrevistas e anotações
4. Registros realizados durante todo o processo
■■Orientar que a partir desse momento, as equipes estejam sempre com seus cadernos, fazendo registros de cada
etapa da pesquisa e reforçar a importância do Diário de Bordo como uma fonte de pesquisa.
■■Após observações, abrir um breve momento para possíveis dúvidas e questionamentos.

DESENVOLVIMENTO
Atividades: Escolha dos Temas – Visita de campo:
50´ ■■Afixar na parede, placas com os temas discutidos na aula anterior e solicitar que as equipes circulem na sala e se
aproximem do tema que mais lhe interessaram. Caso mais de uma equipe tenha interesse no mesmo tema, tentar
remanejá-las de acordo com a lista de prioridades.
■■Cada equipe receberá algumas questões norteadoras e tentará respondê-las (Anexo), visitando diversos espaços da
escola, podendo consultar: alunos, professores, núcleo gestor e funcionários.
■■Incluir em seus registros (Diário de Bordo) outras informações relevantes que foram identificadas durante realização
da visita de campo.
30´ ■■Após a visita aos espaços da escola, orientar:
1. Apresentação das informações coletadas.
2. Definição do tema específico que irão pesquisar.
3. Razão de interesse da equipe pelo tema (Relevância do tema)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 129

DELIMITAÇÃO DOS TEMAS DA PESQUISA


AULA

16
OBJETIVOS ■■Definir os temas da pesquisa
■■Elaborar Relevância do Projeto

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Finalizar as apresentações recolhendo os temas escolhidos pelas equipes para posteriormente realizar apresentação à
10´ equipe de professores candidatos a orientadores disponíveis na escola
■■Informar para a turma que as equipes terão conhecimento de seu professor orientador durante a realização das
próximas aulas a serem realizadas.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Cartolina/ tarjetas com as sugestões de temas para as pesquisas e macrocampos (Anexo)
■■Instrumental de Orientação (Anexo)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor deve recolher, ao final da aula, os temas das pesquisas para apresentação ao corpo decente. É importante que a
apresentação dos temas seja realizada junto com o Núcleo Gestor para fortalecer a proposta de que o Núcleo é da escola e que todos
devem fazer parte do processo.
■■Na apresentação dos temas, é importante que estejam todos os professores. Caso não seja possível, dispor os temas ainda sem
orientações na sala dos professores para conhecimento dos demais.
■■Ressaltar que a escolha da orientação deve se basear no interesse ou curiosidade pelo tema e que o papel de orientador será
desempenhado durante todo o ano: durante a construção do Projeto de Pesquisa, realização da pesquisa de campo, elaboração do Relatório
final e apresentação da pesquisa na feira.
■■Após a definição dos orientadores, preencher o instrumental da orientação (Anexo).
■■Compreender o passo a passo da Pesquisa na 1ª série, conhecendo as atividades específicas de cada BIMESTRE. Caso seja necessário,
sempre recorrer ao GUIA PARA O PROFESSOR – ITINERÁRIO DA PESQUISA.
130 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Escolha dos temas –


Visita de campo:
O professor afixa na parede, placas com os temas para pesquisa e pede que as equipes circulem na sala
e se aproximem do tema que mais lhe interessou. Caso mais de uma equipe tenha interesse no mesmo
tema, tentar remanejá-las de acordo com a lista de prioridades.
Cada equipe receberá algumas questões norteadoras e tentará respondê-las, visitando diversos espa-
ços da escola e consultando alunos, professores, Núcleo gestor e funcionários. As equipes devem incluir
em seus registros outras informações relevantes que elas identificarem.
■■Macrocampo Saúdes da Escola:

> Resíduos sólidos (lixo): que tipo de lixo é produzido na escola? Em que locais o lixo é descartado?
Existe coleta seletiva/ reciclagem/ reaproveitamento do lixo? Quem são e quantas são as pessoas
responsáveis pela limpeza e recolhimento do lixo na escola? Há um trabalho de conscientização
com alunos, professores e funcionários para manter a escola limpa? Qual é o destino final do lixo
da escola? Incluir outros dados relevantes.
> Água/ saneamento básico: qual é a origem da água utilizada na escola? Esta água é tratada?
Onde o esgoto da escola é lançado? Há tratamento de esgoto? Existe desperdício no consumo de
água na escola? Há algum trabalho de uso consciente da água? Incluir outros dados relevantes.
> Outros temas.
■■Macrocampo Saúdes do Aluno:

> Alimentação: Quantas refeições são produzidas/ fornecidas por dia na escola? A comida
disponibilizada é suficiente? Existe desperdício de alimentos? Qual fim é dado para as sobras e
restos de comida? Existe cuidado com o valor nutricional oferecida pela escola? Incluir outros da-
dos relevantes.
> Saúde dos alunos/ prevenção de doenças: entre os alunos da escola, houve algum surto de
doença recentemente? Normalmente, os alunos se previnem ou tentam remediar doenças?
Quando os alunos adoecem a quem eles recorrem? Há algum hospital, posto de saúde ou UPA
próximo à escola? Há algum trabalho de conscientização/ prevenção de doenças na escola? A
quais doenças os alunos estão mais vulneráveis? Incluir outros dados relevantes.
> Esporte e arte: quais esportes são praticados na escola? Os alunos têm interesse na prática de
outros esportes? Como o esporte é visto pelos alunos da escola? Quais são as atividades artísticas
realizadas na escola? Os alunos têm interesse em realizar outras atividades artísticas? Quais são os
impedimentos? Incluir outros dados relevantes.
> Saúde comportamental (evasão escolar; saúde na relação entre pessoas; bullying, etc.): como está
o índice de evasão escolar este ano? Como está o índice de reprovação escolar este ano? Quais os
principais motivos que levam os alunos a abandonarem a escola? É observada a prática de bullying
entre os alunos? Quais são as consequências deste comportamento? É observada a prática de pre-
conceito/ intolerância (racial, religiosa, sexual) entre os alunos? Incluir outros dados relevantes.
> Outros temas
Observação: é importante que o professor também fixe tarjetas em branco, para que os alunos pos-
sam sugerir temas além daqueles apresentados.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 131

ANEXO

Instrumental da orientação
de pesquisa
ESCOLA: _____________________________________________________________________________
TURMA:_____________________________________________________________________________

CONTATO PROFESSOR
TEMA DA PESQUISA MEMBROS DA EQUIPE PROFESSOR ORIENTADOR
ORIENTADOR
132 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

APRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA DO TRABALHO E PROBLEMATIZAÇÃO


AULA

17
OBJETIVOS ■■Apresentar a lógica do Projeto de Pesquisa.
■■Iniciar com o grupo, a elaboração dos projetos.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
Atividade: O Pichador Misterioso
■■Apresentar o caso: (Pichador Misterioso) em PPT (Datashow) e solicitar que as equipes do Projeto de Pesquisa,
solucionem o enigma no prazo de dez minutos. Ao final do tempo, solicitar que cada equipe apresente a solução
10´ encontrada.
■■Após apresentação das equipes, compartilhar a resposta do enigma com os alunos e discutir com a turma, o
significado das palavras:
1. Evidência
2. Projeto

DESENVOLVIMENTO 1
■■Apresentar para a turma o PPT: Etapas importantes na elaboração do Projeto de Pesquisa e solicitar que os
alunos acompanhem a sua explanação através Guia de Investigação 02 (Anexo).
45´ ■■Após a apresentação é importante apresentar e incentivar a participação dos alunos no Ceará Científico,
ação da SEDUC que propõe a exposição, na Etapa Estadual, de todos os projetos científicos e artístico-culturais
trabalhados sistematicamente no cotidiano Escolar. Explicar que os trabalhos do NTPPS deverão concorrer e que um
evento assim é de grande visibilidade e pode abrir portas dentro do processo científico.
■■Projetar para a turma o Roteiro do Projeto de Pesquisa (Anexo).

DESENVOLVIMENTO 2
Atividade: Café Latino para a Problematização (Pergunta Norteadora)
■■Solicitar que os alunos se organizem nas equipes constituídas para a realização do Projeto de Pesquisa.
■■Entregar uma folha de cartolina para cada equipe solicitando que cada equipe escreva na parte superior da folha de
cartolina, o tema de pesquisa que foi escolhido pelo grupo.
■■Solicitar que a partir do tema escolhido, os alunos elaborem o maior número possível de perguntas relacionadas ao
tema (Problematização) e escrevam as perguntas na folha de cartolina, abaixo do tema.
35´ ■■Organizar os cartazes com os temas e as perguntas de cada equipe, em mesas distintas espalhadas pela sala de aula.
■■ Dar o comando para que cada equipe se reúna na mesa onde se encontra o cartaz de outra equipe. Pedir que
contribuam, escrevendo mais perguntas na folha de cartolina que se encontra naquela mesa, onde cada equipe deve
permanecer por quatro minutos.
■■ O comando deve seguir, até que as equipes percorram todas as mesas e contribuam com os cartazes de todas as equipes.
■■ Ao final do ciclo de rodadas, cada equipe recebe o seu cartaz com as devidas contribuições para realizar uma breve análise.
■■Finalizar a atividade reforçando que a atividade tem o intuito de ajudar as equipes a definirem em consenso, a
problemática a ser pesquisada, constituindo assim a Pergunta Norteadora da Pesquisa.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 133

APRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA DO TRABALHO E PROBLEMATIZAÇÃO


AULA

17
OBJETIVOS ■■Apresentar a lógica do Projeto de Pesquisa.
■■Iniciar com o grupo, a elaboração dos projetos.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
10´ ■■Realizar o encerramento da aula solicitando que um representante de cada equipe avalie a produção do dia. Solicitar
que as equipes tragam, na próxima aula, seu Diário de Bordo (conforme orientação do PPT).

MATERIAL NECESSÁRIO
■■O Pichador Misterioso (Anexo)
■■Apresentação de slides sobre a pesquisa – PPT
■■Caderno do Aluno com o Guia de Investigação 02 (Anexo)
■■Projeto de Pesquisa (Anexo)
■■Computador e Projetor
■■Folhas de papel madeira ou Flip Chart e pinceis

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Atenção: na próxima aula será feita a devolutiva do professor orientador das equipes. Certificar-se de que todas as equipes já possuem um professor
orientador e seus respectivos contatos.
■■Reservar laboratório de informática para a próxima aula.
■■Buscar sempre trabalhar com os alunos a importância do uso do Diário de Bordo como ferramenta de registro do processo de construção do Projeto/
Pesquisa.
■■Estar atento ao passo a passo da pesquisa, compreendendo as atividades específicas de casa BIMESTRE.
134 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Atividade: O pichador misterioso

No museu da cidade havia uma obra prima chamada “O


Selo”. Era um quadro tão raro e valioso que somente era
exposto ao público de ano em ano.
Assim, ele ficava guardado em uma sala especial, onde
apenas poucos podiam entrar. Um dia ao entrar na sala, o
supervisor viu que o quadro tinha sido pichado. E o inspe-
tor Arruda foi chamado para investigar. Disse o supervisor:
- Quando vi essa verdadeira calamidade, não toquei em
nada, e na hora resolvemos chamar a polícia.
Depois de examinar o local, o Inspetor acha que o pró-
prio Supervisor é o Pichador. Por que ele acha?

Gabarito da Resposta do Enigma:


O Inspetor, após examinar o local, e após ouvir com
atenção o depoimento do supervisor, pensou consigo
mesmo: “Se ele disse que entrou na sala e viu o quadro
já pichado, e disse ainda que não tocou em mais nada,
então, o que faz aquela chave na fechadura do lado de
dentro da porta?”
E pensando assim, ele concluiu que o autor da pichação
estava no interior da sala, e claro, com a porta trancada
por dentro. O que significava que, como o supervisor
afirmava se fora ele quem entrara na sala, a chave deve-
ria estar do lado de fora, e não por dentro.
Conclusão lógica: Ele estava mentindo!
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 135

ANEXO

Guia de investigação 02 –
Etapas da elaboração do
projeto de pesquisa
“O que sabemos é uma gota e o que ignoramos é um oceano” – Isaac Newton
“A curiosidade é mais importante do que o conhecimento” – Albert Einstein

Como toda atividade, a pesquisa também precisa de um planejamento. Você já pensou se aquela curio-
sidade que sempre lhe inquietou poderia ser um problema de pesquisa? Você já parou pra pensar na
sua investigação? O Projeto de Pesquisa é o planejamento da pesquisa, portanto precisamos começar
por ele. Então, vamos aguçar nossa curiosidade e mergulhar nesse oceano?

PROJETO DE PESQUISA
1. TEMA GERAL: SAÚDES NA ESCOLA Delimita o espaço onde devem transitar todas as pesquisas do
Núcleo. Temos em nossa proposta a orientação de que os temas escolhidos devem estar contidos no
tema geral “Saúdes na Escola”.
2. MACROCAMPOS: Compreende-se como campos temáticos que estão dentro do tema geral por
inserirem-se no seu universo teórico-prático. Dentro do nosso tema geral Saúdes na Escola, teremos
dois grandes Macrocampos:
( ) Saúdes do Meio Ambiente ( ) Saúdes do Aluno
Cada grupo escolherá um dos dois Macrocampos e neste desenvolverá um tema de pesquisa.
3. TEMA DA PESQUISA: O tema da pesquisa é o assunto que será investigado. Exemplo: dentro do
macro campo Saúdes do Meio Ambiente, pode-se pesquisar os seguintes temas: Resíduos sólidos /
Água / saneamento. Dentro do macro campo Saúde do Aluno, podem ser pesquisados os seguintes
temas: prevenção e doenças mais comuns / sexualidade e afetividade / saúde comportamental (saúde
da mente; evasão escolar; saúde na relação entre pessoas; Bullying, etc.)
4. TÍTULO: Deve conter o máximo de informações possíveis sobre o assunto da pesquisa. Uma boa dica
é procurar situar no título, junto com o assunto: onde, quando e com quem a pesquisa se realiza.
136 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
GUIA DE INVESTIGAÇÃO 02 – ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
(Continuação)

5. AUTORES: Integrantes da equipe.


6. PROFESSOR ORIENTADOR: Professor irá atuar como consulto/ orientador, realizando o acompanha-
mento das atividades que estão sendo desenvolvidas pela equipe; orientação e sugestão de leitura e
autores que servirão como fonte de pesquisa sobre o tema; acompanhamento e correção da estrutura
escrita do Projeto/ Pesquisa. Apesar de a pesquisa situar-se em uma disciplina específica, os alunos
devem se conscientizar, desde o início, que ao pesquisarmos uma questão da realidade, inevitavelmen-
te esta demonstrará interfaces com várias áreas, pois na vida concreta um fenômeno não se compar-
timenta. Poderão desse modo, desde o início desenvolver um pensamento e atitude interdisciplinar,
conversando com vários professores e colegas, exercitando olhar a questão de diversos ângulos.
7. CONTEXTUALIZAÇÃO: Como uma síntese do projeto, a contextualização deve situar rapidamente
o tema no contexto (local e tempo) e explicitar a relevância do estudo. Para facilitar a escrita da contex-
tualização, a dica é começar por aspectos mais gerais sobre o assunto e ir afunilando aos mais específi-
cos, até chegar ao problema propriamente dito. A contextualização deve ser a última coisa a ser escrita,
pois depois do projeto feito fica mais fácil ter uma visão geral e fazer a síntese.
8. RELEVÂNCIA DO PROJETO (JUSTIFICATIVA) - POR QUE PESQUISAR ESSE PROBLEMA E NÃO OU-
TRO? Nossas motivações certamente estão fundamentadas em algum desejo ou curiosidade. Então...
■■Quais as razões e ou necessidades de conhecer mais nosso objeto de pesquisa?
■■Esse problema é importante? Deve ser investigado? Seu resultado será útil?

Nesse momento a dica é problematizar, levantar questões, fazer perguntas.


Além disso, para fundamentar a Relevância do Projeto é necessário trazer para nossa pesquisa as con-
clusões de estudos anteriormente feitos por outras pessoas sobre o tema. Para isso precisamos fazer a
Revisão da Literatura, ou Pesquisa Exploratória, com o objetivo de ficarmos por dentro do nosso tema
e problema de pesquisa.
Como fazemos isso? Em primeiro lugar devemos buscar os mais diversos estudos e trabalhos já realiza-
dos sobre o tema e selecionar os mais importantes. Precisamos ler tudo? Não, mas será bom ler e fazer
anotações dos mais importantes. Como são vários membros na equipe, podem se distribuir as obras
para leitura e anotações.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 137

ANEXO
GUIA DE INVESTIGAÇÃO 02 – ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
(Continuação)

9. PERGUNTA NORTEADORA (PROBLEMA): É o que quero investigar. O que tenho curiosidade e von-
tade de conhecer mais? Decidir o que pesquisar passa pela identificação de nossos interesses, curiosi-
dades e motivações. Para isso...
■■Épreciso primeiramente escolher o macrocampo e o tema da pesquisa;
■■Dentro desse tema devo chegar ao problema que pretendo responder com a pesquisa. Ou
seja, qual o problema específico que pretendo investigar?
■■Quando a pesquisa é de equipe, essa decisão requer uma afinidade de interesse entre todos
os alunos.

Como é uma indagação a respeito da realidade, o problema da pesquisa deve ser apresentado em
forma de pergunta.
10. OBJETIVO: O objetivo é o que se espera alcançar com a pesquisa e são divididos em:
a) Objetivo Geral
b) Objetivos específicos: (detalhamento das ações vinculadas ao objetivo geral). Até cinco obje-
tivos específicos.
Vale destacar que o objetivo:
■■Trata-se de um dos elementos mais importantes de uma pesquisa, pois explicita o que
pretendemos alcançar com essa investigação. A descrição do objetivo deve ser clara e pontual,
demarcando de maneira bem específica o que se pretende realizar no estudo.
■■Visa sempre o aprofundamento de nosso conhecimento sobre o objeto, ou seja, o problema
da pesquisa. Para definição do objetivo devemos usar sempre verbos no infinitivo, como:
pesquisar, compreender, revelar, mostrar, investigar, analisar, aprofundar, desvelar, descobrir,
estudar, refletir, e outros com significados semelhantes.
■■O objetivo pode desdobrar-se em mais de um, desde que todos busquem explorar mais
profundamente a mesma questão;
■■O objetivo deve constar não só no projeto de pesquisa, mas também no relatório final, de
modo que se possa comparar nos resultados se o objetivo proposto foi alcançado;
■■Posteriormente, com os resultados da pesquisa em mãos, ou seja, com um maior conhecimento
adquirido, a equipe pode se propor a desenvolver um projeto de intervenção na realidade
estudada. Essa intervenção busca sempre solucionar ou amenizar o problema pesquisado.
138 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
GUIA DE INVESTIGAÇÃO 02 – ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
(Continuação)

11. REFERENCIAL TEÓRICO: O Referencial Teórico precisa estar presente em qualquer pesquisa. No
projeto de pesquisa aparece de maneira mais sucinta e no relatório de pesquisa de maneira mais apro-
fundada. Trata-se de um item em que o pesquisador irá apresentar, em linhas gerais, os autores que
conseguiu identificar como mais relevantes à análise dos seus dados.
Será realizado o levantamento sobre as obras, documentos e pesquisas publicadas dentro do assunto
escolhido. Nesse momento o aluno irá selecionar dentre todas as fontes encontradas o que achou mais
importante aprofundar no seu estudo.
Orientamos aos nossos pesquisadores iniciantes que apresentem no mínimo três autores que tratam
do tema estudado. As fontes de pesquisa podem ser das mais diversas (sites, livros, revistas), mas a apre-
sentação do tema pelo autor escolhido precisa ser clara e consistente teoricamente.
12. METODOLOGIA: Toda pesquisa tem um caminho a ser percorrido, um método, uma metodologia
que irá nos levar às respostas de nossas perguntas.
■■Que caminhos tomar?
■■Como vou fazer a pesquisa?

■■Qual a sequência das atividades?

■■Que instrumentos ou técnicas usar?

A metodologia diz respeito aos caminhos que devemos percorrer na pesquisa que estamos desenvol-
vendo, expressando de que forma obteremos e organizaremos os dados coletados.
Devido ao compromisso do Núcleo de aproximar e comprometer ao máximo o aluno com a realidade
buscou-se orientar que todas as investigações do Núcleo possuam em sua metodologia uma pesquisa
de campo.
Após a fundamentação teórica realizada pela equipe através do Referencial Teórico, os pesquisadores
estarão preparados para a pesquisa de campo.
A Pesquisa de campo é a observação e coleta de dados de fenômenos da realidade. Após a coleta dos
dados é realizada a análise e interpretação destes a partir de uma fundamentação teórica consistente,
objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

13. CRONOGRAMA: Todo trabalho sistematizado, que tem um método, acontece dentro de um tempo.
Ainda na fase do projeto preciso dimensionar:
■■Quanto tempo preciso para realizar todas as fases da pesquisa?
■■Em que momento será realiza da cada atividade?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 139

ANEXO
GUIA DE INVESTIGAÇÃO 02 – ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
(Continuação)

SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA


ATIVIDADE
01 01 01 02 03 04 05 06
Elaboração do
Referencial Teórico
Organização das técnicas
metodológicas para
ida à campo
Coleta de dados no
campo
Organização e
sistematização dos dados
Análise e interpretação
das informações
Elaboração do Relatório
de Pesquisa com os
resultados encontrados
Apresentação dos
resultados da pesquisa
na Feira da escola
Planejamento e
realização da ação

14. BIBLIOGRAFIA (3 principais referências): Indica todas as fontes utilizadas na pesquisa, sejam li-
vros, sites, revistas, documentos. Tanto localiza autor, ano e local da obra que foi utilizada para ajudar
no embasamento teórico da pesquisa, como permite a quem conhece o estudo se aprofundar mais no
assunto através do conhecimento das obras que tratam do tema.
Todas as obras citadas, ou consultadas devem ser indicadas ao final, de acordo com as regras de referên-
cias bibliográficas definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
■■Como citar livro: MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo:
Cortez; UNESCO, 1999/2000.
■■Como citar site: LIMA, Claudia M da Rocha. Frevo. Disponível em: http://www.fundaj.gov.br/
docs/text/carnav2.html acesso em: 5 dez. 2011.
140 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
GUIA DE INVESTIGAÇÃO 02 – ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
(Continuação)

15. ANEXOS E APÊNDICES: Os Anexos, em geral, são materiais que serão utilizados na pesquisa. Então...
■■O que devo apresentar como Anexo?
■■É importante anexar uma via do questionário ou roteiro de entrevista que será utilizado?

Fique atento!! Para pesquisarmos conteúdos confiáveis, é interessante buscarmos, dentre as várias
possibilidades, artigos científicos. Para tanto, uma dica legal é utilizarmos o “Google Acadêmico”.
Veja no passo-a –passo a seguir como é fácil:
Passo 1: Entre no endereço www.google.com.br. Na parte superior da tela, do lado direito, você deve
clicar na opção “Aplicativos”.
Passo 2: Selecione a opção “Mais”
Passo 3: A seguir, clique na opção “Outros produtos da Google”
Passo 4: Clique agora em “Google Acadêmico”
Passo 5: Pronto! Agora basta você digitar o tema da sua pesquisa, que você encontrará uma série de
artigos científicos publicados sobre o seu tema.

ROTEIRO DE PROJETO DE PESQUISA


1. Tema Geral 9. Pergunta Norteadora (Problema)
2. Macrocampos 10. Objetivos: Gerais e específicos
3. Tema da Pesquisa 11. Referencial Teórico
4. Título 12. Metodologia
5. Autores 13. Cronograma
6. Professor orientador 14. Bibliografia
7. Contextualização 15. Anexos/ Apêndices
8. Relevância do Projeto (Justificativa)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 141

ELABORAÇÃO DA PERGUNTA NORTEADORA, RELEVÂNCIA DO PROJETO, OBJETIVO, REFERENCIAL TEÓRICO


AULA

18
OBJETIVOS ■■Dar continuidade à construção do Projeto de Pesquisa
■■Prover suporte para que as equipes definam a Pergunta Norteadora da Pesquisa e
Referencial Teórico

TEMPO ATIVIDADE
ACOLHIDA
■■Convidar a turma para participar de um desafio.
■■Informar que a turma vai realizar o preenchimento do instrumental: Caça-Palavras.
10´ ■■Organizar os alunos em trios e entregar um instrumental do Caça-Palavras para cada trio. Informar que o desafio
consiste na descoberta do maior número de palavras do Instrumental do Caça-Palavras durante o prazo de cinco minutos.
O trio vencedor será o trio que conseguir encontrar a maior quantidade de palavras durante o prazo estabelecido.
■■Finalizar o desafio explorando com os alunos, o significado das palavras trabalhadas durante o desafio.

DESENVOLVIMENTO 1
Atividade: Devolutiva do Professor Orientador
20´ ■■Retornar para as equipes a indicação e contato de quem será o professor orientador. Após a indicação do professor
escolhido como orientador pelas equipes, ressaltar com a turma a importância do papel do orientador de pesquisa e a
finalidade do suporte de orientação durante todo o processo.

DESENVOLVIMENTO 2
Atividade: Início da elaboração do Projeto de Pesquisa (Trabalho em Equipe):
■■Reunir as equipes de alunos constituídas em torno de uma mesa com um ou dois computadores, Diário de Bordo e os
resultados das aulas anteriores.
■■Para facilitar a escrita do Projeto de Pesquisa, solicitar que eles utilizem o instrumental “Modelo do Projeto de
Pesquisa” (anexo)
■■ Solicitar que todas as equipes, usando o computador, copiem o instrumental “Modelo de Projeto de Pesquisa” e comecem
60´ a preencher os itens que já têm algo produzido nas aulas anteriores: A Pergunta Norteadora (Aula 16 – Apresentação da
estrutura do trabalho e problematização); parte da Relevância do Projeto (Aula 15 – Pesquisa Saúdes na Escola II).
■■Discutir com as equipes qual o propósito da pesquisa, para que serve essa pesquisa, qual sua utilidade. Escrever no
Objetivo, que é a resposta à Pergunta Norteadora.
■■Iniciar com as equipes, um estudo exploratório para elaborar o Referencial Teórico. Procurar no Google Acadêmico ou
na Biblioteca da escola a problemática a ser pesquisada.
■■Selecionar os textos mais importantes e salvar em uma pasta de arquivos no computador.
■■Distribuir os textos entre os membros da equipe para que cada um elabore um resumo.

ENCERRAMENTO
10´
■■Solicitar que voluntários respondam: O que eu achava que era Pesquisa, e hoje o que eu acho que é?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Caça-Palavras de Pesquisa (Anexo) ■■Computadores
■■Estrutura do Projeto de pesquisa (Produção da Aula Anterior) ■■Diário de Bordo para anotações sobre a pesquisa

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Realizar cópia de segurança organizando os arquivos das produções realizadas por cada equipe durante a aula, nos dispositivos disponíveis:
pendrive, celulares, CDs e e-mails.
142 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Instrumental: Caça-palavras
Provavelmente você não descobrirá a pólvora, mas com certeza irá se divertir procurando as 26 palavras
relacionadas com PESQUISA.

Q E E S P Z C I M É T O D O Ã
U S A M J Ç Z N P R O J E T O
E S B O Ç O E V I D Ê N C I A
S Ê H A E B Y E N I G M A X M
T N I P T D E S C O B E R T A
I C P A A T P T E S T E W B T
O I Ó R P B P I S T A M R U V
N A T Ê A X T G K T P P Y S D
Á E E N R E L A T Ó R Í O C X
R Q S C E U D Ç G N O R M A S
I U E I S A Ç Ã O K V I E L A
O I D A D O T O M Â A C R Q B
C P O A I N D I C A D O R V N
T E N T R E V I S T A A O N T

Palavras: Descoberta / Enigma / Pista / Investigação / Questionário / Entrevista / Esboço / Essência/


Aparência /Etapa / Projeto / Relatório / Ação / Prova / Teste / Empírico / Indicador / Dado / Evidência /
ABNT / Normas / Erro / Método/ Equipe / Busca / Hipótese.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 143

ANEXO

NOME DA ESCOLA

TEMA
TÍTULO DA PESQUISA

MUNICIPIO – CEARÁ
ANO
NOME DA ESCOLA

EQUIPE: _______________________________
______________________________________
______________________________________
_____________________________________
144 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

TITULO DO PROJETO/ PESQUISA

Projeto de Pesquisa apresentado no Núcleo de Trabalho, Pesquisa e


Práticas Sociais – NTPPS, para o desenvolvimento do aluno pesquisador
na educação básica do Ensino Médio.

MUNICIPIO – CEARÁ
ANO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 145

ANEXO

SUMÁRIO

1. CONTEXTUALIZAÇÃO
2. RELEVANCIA DO TEMA E DO PROJETO
3. PERGUNTA NORTEADORA
4. OBJETIVOS
5. REFERENCIAL TEÓRICO
6. METODOLOGIA
7. CRONOGRAMA
8. BIBLIOGRAFIA
9. ANEXOS/ APÊNDICES
146 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

DESENVOLVIMENTO

CONTEXTUALIZAÇÃO: (O que é o tema?)


RELEVANCIA DO TEMA? PROJETO (Por que fazer?)
PERGUNTA NORTEADORA (Problema que pretende responder)
OBJETIVOS GERAIS (O que pretende alcançar?)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS (Ações?)
REFERENCIAL TEÓRICO (O que já foi escrito sobre o tema)
METODOLOGIA (Como fazer?)
CRONOGRAMA (Em quanto tempo fazer?)
BIBLIOGRAFIA (Fontes utilizadas)
ANEXOS E APÊNDICES (O que foi produzido pela equipe/ o que foi pesquisado e anexado ao trabalho)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 147

QUEM SOU EU: MEU VERDADEIRO VALOR


AULA

19
OBJETIVOS ■■Estimular a reflexão sobre quem somos

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
Atividade: A Caixa do Autoconhecimento
■■Preparar previamente a sala: organizando as cadeiras em círculo e fixar em três paredes distintas, as seguintes
frases: “A minha cara”, “Nada a ver comigo”, “Estou quase lá” (Anexo). Provocar a turma com as seguintes indagações:
1. Quem aqui gostaria de se conhecer um pouco mais?
2. O que é o autoconhecimento?
3. É importante se conhecer? Por quê?
■■Após as indagações, solicitar para que os alunos fiquem de pé e direcionem seu o olhar para as frases fixadas.
Durante esse momento, deve se explicitar para a turma o significado de cada frase.
■■Apresentar a Caixa do Autoconhecimento para a turma e informar que dentro da caixa existem imagens (Anexo),
que vão retratar situações que provoquem um exercício de autoconhecimento.
30´ ■■Após apresentação, abrir a caixa e apresentar a primeira imagem a turma, solicitando que os alunos se posicionem
próximo a frase que o melhor representa.
■■A cada imagem retirada da caixa, os alunos realizam uma nova reflexão e se reposicionam diante da frase que o
melhor representa.
■■Encerrar a atividade após todas as imagens serem apresentadas e realizar com a turma a seguinte reflexão:
1. Como se sentiram?
2. Aconteceu alguma descoberta durante o processo de escolha de onde se posicionar diante de alguma
imagem?
3. Como foi para você saber que outras pessoas têm a mesma opinião/posição que a sua?
4. Estamos acostumados a viver isolados em caixinhas, ou nos reconhecemos abertos para os diversos tipos
de conhecimentos e situações?
■■Finalizar a atividade com a exibição da Mídia: Somos Todos Iguais

DESENVOLVIMENTO
50´ ■■Distribuir o instrumental: Meu perfil (Anexo) e solicitar que os alunos preencham individualmente o instrumental.
Após o preenchimento, dividir a turma em duplas e cada integrante apresenta o instrumental preenchido pelo colega.
■■Solicitar que 15 voluntários apresentem o Instrumental: Meu Perfil

ENCERRAMENTO
■■Realizar a aula coletiva do texto: O Verdadeiro Valor (Anexo) e finalizar a aula com a seguinte reflexão: As pessoas podem
20´ ter posicionamentos parecidos ou distintos aos nossos, no entanto cada pessoa é única e deve ser valorizada e reconhecida
da maneira que é. É importante termos consciência do nosso valor e de quem realmente somos, pois nem sempre vamos
conseguir que o outro nos reconheça em nossa integralidade. Só quem pode dizer o seu verdadeiro valor é você mesmo!

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Mídia: Somos Todos Iguais (https://www.youtube.com/ ■■Instrumental: Meu perfil (Anexo)
watch?v=iNJwG7xZ494) ■■Texto: O verdadeiro valor (Anexo)
■■Frases: A minha cara, Nada a ver comigo e Estou quase lá (Anexo) ■■Caixa do Autoconhecimento e imagens (Anexo)
148 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

NADA A VER COMIGO

A MINHA CARA

ESTOU QUASE LÁ
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 149

ANEXO
150 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 151

ANEXO
152 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 153

ANEXO

Texto: O verdadeiro valor


Assis Almeida

Certa vez, um jovem foi procurar a ajuda de um sábio e lhe falou do quanto também se sentia desres-
peitado, pouco valorizado, sem vontade de fazer qualquer coisa. O jovem queixou-se das reclamações
que recebia dos amigos, de que ele era bobo, desajeitado, atrapalhado... e concluiu o rosário de lamen-
tações indagando em lágrimas:
- Sábio, o que fazer para mudar?
O Sábio, sem olhá-lo, respondeu:
- Sinto muito, meu jovem, mas nada posso fazer para ajudá-lo a não ser que você primeiro me ajude
a resolver o meu problema.
- Qual o seu problema, Sábio? – perguntou interessado o jovem, embora mais uma vez se sentisse
em segundo plano.
- Quero que você consiga o melhor preço possível pela venda desse anel. Preciso pagar uma dívida
hoje à tarde e, portanto, não posso deixar de ganhar pelo menos, uma moeda de ouro.
O jovem pegou a joia e com um fio de esperança de depois receber a ajuda do sábio, saiu à procura de
um comprador para o anel.
Foi ao mercado e conversou com inúmeras pessoas sem sucesso. Sempre que dizia o valor desejado ria,
falavam em moedas de prata, de cobre... Menos de ouro.
Desanimado, como o sol que se punha, depois de arder o dia inteiro, retornou o jovem para o sábio:
- Sábio, mais uma vez fracassei – balbuciou cabisbaixo
- Não conseguiu por quê?
- Se o preço não fosse tão alto. Alguns me ofereceram cobre, prata...
- Isso é importante, meu jovem. Precisamos saber o verdadeiro valor das coisas. Quem melhor po-
derá avaliar esta joia?
- O joalheiro, sábio.
- Então vá até lá e pergunte o quanto ele pagaria pelo anel, mas não o venda.
- Traga-o aqui!
O jovem agora meio intrigado saiu em disparada e foi ao joalheiro que prontamente o recebeu:
- Diga ao sábio, que se ele quiser vender agora, não posso pagar mais do que cinquenta e oito moe-
das de ouro.
- Cinquenta e oito? – admirou-se o rapaz.
- Sim. Certamente outros lhe pagarão mais, mas eu só disponho deste capital, agora.
154 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
TEXTO: O VERDADEIRO VALOR (Continuação)

O jovem não quis ouvir mais nada e saiu correndo ao encontro do sábio que o recebeu calmamente.
- Meu filho, você é como este anel: uma joia valiosa e única. Você tem que se dar o verdadeiro valor.
Se nós não somos joalheiros, se não sabemos de que material somos feitos, como vamos nos avaliar?
- Pior ainda, como exigir que os outros nos valorizem? Como você não sabia o valor do anel não po-
dia argumentar e se calava diante das mais estapafúrdias promessas de compra...
- Quer dizer, sábio, que nem eu reconheço meu valor?
- Isso mesmo! Você tem todos os recursos possíveis para vencer qualquer dificuldade.
Só precisa desbloqueá-los e fazer bom uso dele.
Ao terminar a história virei-me para o jovem da empresa e disse:
- Seus amigos não são o problema. O problema é o seu bloqueio. Descubra seus recursos apague
padrões negativos de comportamento e mude.
O jovem acabou admitindo, que às vezes é mais fácil colocar a culpa no outro do que reagir e entender
que a solução está conosco.

Fonte: Histórias que motivam – Parábolas e narrativas de transforma


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 155

ANEXO

“Meu perfil - Quem sou eu?”


Nome completo:_________________________________________
______________________________________________________
Apelido:______________________________________________
COLE AQUI SUA _______________________________________________________
FOTO PREDILETA Idade:_________________________________________________
______________________________________________________
Nasceu em:_____________________________________________
_______________________________________________________

Signo:_________________________________________ Qual seu truque infalível:___________________


_________________________________________ _________________________________________

Time do coração:__________________________ Complete: Acesso a internet para____________


_________________________________________ _________________________________________

Rede social predileta? _____________________


Uma banda:______________________________
_________________________________________
_________________________________________
Música: __________________________________
Vilão ou Mocinho:_________________________
_________________________________________
_________________________________________
Me orgulho de: ___________________________
Melhor amigo(a):__________________________ _________________________________________
_________________________________________
Leitura que mais gostou? __________________
Cor predileta:_____________________________ _________________________________________
_________________________________________
Eu amo: _________________________________
Para lazer, gosto: __________________________ _________________________________________
_________________________________________
Sou feliz por que __________________________
_________________________________________
Praia ou piscina: __________________________
_________________________________________
156 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

AMABILIDADE: DESEJO TUDO DE BOM!


AULA

20
OBJETIVOS ■■Refletir com os alunos sobre a importância de cultivar e desejar bons sentimentos

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula perguntando aos alunos: o que eles fazem quando duas pessoas estão brigando? E quando alguém
20´ está sofrendo bullying? Simplesmente assistem sem fazer nada? Gostam e ficam incentivando? Como eles reagem
diante desses fatos?
■■Após esse momento, convidar os alunos para assistir uma Mídia: “Ibn Ali Miller”

DESENVOLVIMENTO
■■Dividir a turma em cinco equipes e solicitar que façam a leitura do texto: “Pagar o mal com o bem” (Anexo 41).
■■Após a leitura, solicitar que pensem em ações que podem ser realizadas na escola com o objetivo de pagar o mal
com o bem.
■■Solicitar que apresentem essas ações realizando uma dramatização, seguindo os seguintes tópicos:
1. O que fazer?
60´ 2. Como fazer?
3. Quando fazer?
4. Público alvo?
5. Resultados esperados?
■■Apresentação das equipes
■■Convidar os alunos para realizar essas ações sempre que forem necessárias e que pensar no bem, fazer o bem, volta
diretamente para você e afeta todas as áreas de sua vida.

ENCERRAMENTO
Atividade: Garrafinha dos desejos bons
■■Preparar previamente uma garrafinha de plástico, de preferência transparente e colocar dentro as frases com bons
desejos (Anexo).
■■Solicitar que os alunos fiquem em círculo, de pé e apresentar a garrafinha dos desejos bons.

20´ ■■Colocar uma música alegre e perguntar quem gostaria de começar.


■■Orientar que o primeiro voluntário deve retirar a frase e ofertar o desejo a um colega. E esse colega, que foi o primeiro
escolhido, deve retirar uma nova frase e ofertar para outro colega, fazendo uma corrente.
■■É importante passar o comando, que aquele que já recebeu o desejo, não deve ser escolhido novamente, assim
oferecendo a oportunidade para que outro aluno seja escolhido.
■■Após a finalização do círculo com a contemplação de todos os alunos, solicitar que alguns voluntários expressem
seus sentimentos.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Mídia “Ibn Ali Miller” (https://www.youtube.com/watch?v=xFAgEm-d4wM)
■■Texto: Pagar o mal com o bem (Anexo 41)
■■Garrafinha “Tudo de bom” (Anexo 42)
■■Música “Vilarejo” - Marisa Monte (https://www.youtube.com/watch?v=WibtVWwW-EA&list=RDWibtVWwW-EA#t=14)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 157

ANEXO

Texto: Pagar o mal com o bem


Assis Almeida

O mestre um dia falava sobre o princípio do amor, da importância de se pagar o mal com o bem, sem-
pre! Fiquei pensando se na prática ele realmente agiria assim...
Até que numa certa manhã, escutei um homem arrogante gritando com o mestre que já era idoso e de
aparência fragilizada.
O homem o insultava com palavras torpes, ameaças...
Não conseguia ouvir a voz do mestre, apenas os gritos do tal homem.
Resolvi chegar perto e vi o mestre silencioso, com a expressão facial tranquila como se nem ali estivesse.
Finalmente vi o tal homem partir.
Cheguei mais perto do mestre e entre incrédulo e indignado, perguntei:
- Mestre, porque o senhor não disse nada?
- Dizer o quê, meu bom rapaz?
- Responder aos gritos daquele homem que tanto o ofendeu injustamente.
- Meu filho, se você resolve me oferecer um presente e eu não recebo, com quem o presente ficará?
- Comigo, mestre. Mas o que tem isso a ver com os insultos?
- Tem sim. Aquele homem trouxe-me de presente vários insultos que eu não recebi.
Assim, ele continuou com os insultos que trouxe.
O jovem sorriu, abraçou o mestre, que continuou:
- Meu filho, deixe sempre com os outros os presentes ruins, que só servem para acabar com nossa
tranquilidade. Sentimentos como inveja, raiva, rancor não devem habitar por nenhum instante nos-
so ser, o nosso coração.
158 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 159

ANEXO

Garrafinha dos desejos bons


FRASES

Grandes realizações e muito sucesso.

Que seus sonhos virem realidade.

Muitos motivos para sorrir.

Um mundo de felicidades.

Paz e tranquilidade.

Que as coisas boas se multipliquem.

Momentos muito especiais.

Saúde de montão.

Muito dinheiro no bolso.

Muita sorte e boas vibrações.

Segunda com bom humor

Dias de muita paz

Sucesso em todas as áreas de sua vida

Felicidade e amor

Muitas possibilidades e inúmeros caminhos

Um amor pra vida toda

Sucesso profissional

Toda positividade

Noites bem dormidas

Mais sorrisos e abraços


160 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
GARRAFINHA DOS DESEJOS BONS (Continuação)

FRASES

Amigos verdadeiros

Um abrigo na tempestade

Que seja capaz de perdoar

Que a esperança seja sempre presente

Sonhos virando realidade

Fé na vida

Que se ame e se respeite

Um por do sol lindo

Sorrisos e amores

Uma família que te ame

Amigos que te respeitem

Um bom filme com uma boa companhia

Um futuro brilhante

Amor próprio

Coragem e força

Vida longa

Domínio nas emoções

Abertura a novas experiências

Escolhas saudáveis

Acreditar em si mesmo

Certeza de dias melhores


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 161

SEQUÊNCIA DE AULAS
NÚCLEO DE TRABALHO PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS – NTPPS
3º BIMESTRE – 1ª SÉRIE

AULA TÍTULO CARGA HORÁRIA


1 DE VOLTA AO PASSADO COM OS PÉS NO PRESENTE 2
2 ELABORAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO PROJETO E METODOLOGIA 2
3 ELABORAÇÃO DA JUSTIFICATIVA E METODOLOGIA 2
4 ELABORAÇÃO DO LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 2
5 O QUE É COMUNICAÇÃO? 2
6 TRABALHO EM EQUIPE 2
7 ELABORAÇÃO DO CRONOGRAMA 2
8 CONCLUSÃO E PLANEJAMENTO DAS APRESENTAÇÕES DOS PROJETOS 2
9 APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS DE PESQUISA (BANCA) – AULA MÓVEL 2
10 NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS 2
11 BULLYING... ESTOU FORA! 2
12 COMO FAZER UM QUESTIONÁRIO 2
13 VAMOS A CAMPO! APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS 2
14 TABULAÇÃO DOS RESULTADOS 2
15 COMUNICAÇÃO E MÍDIA 2
16 REDES SOCIAIS 2
17 NÃO ESTOU SOZINHO 2
18 QUEM SOU E QUEM POSSO SER 2
19 CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS 2
20 SEMPRE HÁ O QUE SE AGRADECER! 2
TOTAL 40
162 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

GUIA PARA O PROFESSOR


ITINERÁRIO DA PESQUISA NA 1ª SÉRIE

Onde estamos com a pesquisa?


■■ Elaboração do Relatório Final da Pesquisa
■■ Confecção dos Banners
■■ Apresentação da Pesquisa no formato de Feira
■■ Elaboração do Plano de ação
■■ Realização e apresentação das ações
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 163

DE VOLTA AO PASSADO COM OS PÉS NO PRESENTE


AULA

1
OBJETIVOS ■■Refletir sobre a importância de nos conectarmos com lembranças positivas e significativas e de
cultivarmos ambientes saudáveis

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar dando boas-vindas para os alunos, dizer que é muito bom revê-los, que nesse bimestre/semestre terão aulas
ainda melhores, que ajudarão em seu crescimento pessoal e intelectual. Perguntar:
15’ > Como vocês estão? Como vocês chegaram hoje emocionalmente?
> O que vocês acham de fazermos um Quadro das Emoções?
> Em seguida, entregar para cada aluno o Quadro das Emoções ANTES e DEPOIS (anexo).
> Orientar que cada um observe como está no momento e circule a emoção que mais o representa no
quadro ANTES.

DESENVOLVIMENTO
■■Colocar uma música suave e pedir para que todos, sentados, fechem os olhos. Dizer que agora eles farão uma viagem
no tempo. Solicitar que recordem momentos vivenciados nas aulas de NTPPS.
■■À medida que forem relembrando, pedir para movimentarem o corpo conforme o desabrochar dos seus sentimentos e
das emoções, movendo cabeça, tronco, pernas e braços, ao som da música. Quando a música chegar ao fim, solicitar que
65’ abram os olhos.
■■Em seguida, solicitar que, em pequenos grupos, relatem o que sentiram ao relembrarem esses momentos. E perguntar:
“Conseguiram realizar movimentos com o corpo de acordo com o desabrochar dos seus sentimentos?”
■■Após esse momento de contato com lembranças e emoções pedir que cada grupo compartilhe as experiências mais
marcantes. Ressaltar com os alunos que não é necessário contar os mínimos detalhes e sim citar a experiência.

ENCERRAMENTO
■■Após todos compartilharem suas experiências, retomar com os alunos o Quadro das Emoções ANTES e DEPOIS. Dizer
que irão circular agora o quadro DEPOIS. Pedir para que cada um observe como está após a atividade e circule a emoção
20’ que mais o representa no quadro DEPOIS.
■■Em seguida, pedir que os alunos façam uma comparação em relação a como chegaram e como vão sair. Alguns podem
compartilhar suas percepções.
■■Concluir a aula dizendo que uma estratégia para lidarmos com emoções negativas seria nos conectarmos com
lembranças positivas e manter na mente a esperança de dias melhores e mais significativos.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Cópias do Instrumental - Quadro das Emoções (anexo)
■■Música Suave
164 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Quadro das emoções


ANTES

ALEGRE ENTUSIASMADO CONFIANTE

TRISTE MEDROSO ENVERGONHADO

PREOCUPADO RAIVOSO ESTRESSADO

DEPOIS

ALEGRE ENTUSIASMADO CONFIANTE

TRISTE MEDROSO ENVERGONHADO

PREOCUPADO RAIVOSO ESTRESSADO


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 165

ELABORAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO PROJETO E METODOLOGIA


AULA

2
OBJETIVOS ■■Disponibilizar espaço e tempo para orientar a continuidade da elaboração do Projeto de Pesquisa

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
15´ ■■Iniciar a aula dando boas vindas aos alunos e dizer que irão iniciar a aula hoje com um desafio: em equipe, eles
devem solucionar a atividade “A Data da Cena” (anexo).

DESENVOLVIMENTO
■■Em seguida, dar continuidade à elaboração do Projeto de Pesquisa pelas equipes:
■■Relevância do Projeto (Justificativa): Trabalho em equipe – alunos buscam nas leituras realizadas,
argumentos que complementem as motivações pessoais escritas pela equipe, visando fundamentar: a relevância
para a comunidade escolar, interesse da equipe e viabilidade da pesquisa. Responsabilizam um ou dois membros
da equipe para ler o texto e fazer uma redação final em casa, de maneira que justifique a realização da pesquisa da
75´ problemática escolhida.
■■Impacto da Pesquisa/Projeto: Analisar e pontuar os maiores impactos tanto nos pesquisadores quanto no
ambiente de investigação (Comunidade)
■■Metodologia: Leitura em equipe do Guia de Investigação 3 – Métodos e Técnicas de Pesquisa (anexo).
Professor e alunos definem as técnicas mais adequadas à pesquisa da equipe.
■■Importante sondar com as equipes como está sendo a elaboração dos vídeos-resumo dos projetos e reiterar
que é de suma importância que se dê visibilidade às pesquisas. Lembrar que a elaboração dos vídeos será feita
extraclasse e que podem ser escolhidos representantes para esta atividade.

ENCERRAMENTO
10´
■■Avaliação: “Que sentimentos tenho, com relação ao nosso Projeto de Pesquisa”? Abre espaço para voluntários.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Atividade “A Data da Cena” (anexo)
■■Guia de Investigação 3 (anexo)
■■Computadores

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor, durante as aulas de elaboração dos Projetos de Pesquisa é importante:
> Fazer o acompanhamento das orientações e estimular o protagonismo das equipes na articulação com o professor orientador e na produção
do Projeto de pesquisa.
> Incentivar o uso do caderno de campo.
> Disponibilizar os planos de aula do NTPPS para os professores orientadores, como ferramenta de acompanhamento do que está sendo
produzido durante as aulas de NTPPS, como também, oferecer um material de suporte para a construção do trabalho (Guias de Orientação).
166 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Atividade: A data da cena


Essa é uma cidadezinha do interior. Observando atentamente, pode-se saber qual a hora, o dia e o mês
da cena. Descubra (dica: a Barbearia está fechada).

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR:


O relógio indica a hora da cena... mas poderia ser 8:10 ou 20:10h. Como a barbearia está fechada, pelo
seu horário de funcionamento vê-se que são 20h 10min.
O título do filme começa com o CA... Teríamos então três possibilidades. Só que duas delas são filmes
passados no domingo e na segunda-feira e esses não poderiam ser, já que o bazar está aberto e não
abre aos domingos e segundas. Só nos sobra a possibilidade de ser ”O caso da Mala preta”. Logo, esta-
mos em uma quinta-feira dia 24 e às 20h e 10 min... resta descobrir o mês ...o que é o mais interessante!!!!
O homem do bazar informa que no dia 4 do mês seguinte irá fechar a loja, para comemorar seu aniver-
sário. É claro que esse dia 4 não deve ser um domingo ou uma segunda-feira, pois nesses dias o bazar
já está fechado. Como a cena passa em um dia 24 e é uma quinta-feira (pelo filme), só sobra a opção de
ser o mês de fevereiro (28 dias), pois se fosse um mês de 30 dias ou de 31, o dia 4 do mês seguinte cairia
em um domingo ou em uma segunda-feira...verifique.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 167

ANEXO
ATIVIDADE: A DATA DA CENA (Continuação)

GUIA DE INVESTIGAÇÃO 03 - MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA


Para realizar uma pesquisa é preciso promover um confronto entre os dados, as evidências, as informa-
ções coletadas sobre determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele.
Trata-se de construir uma porção do saber. Esse conhecimento é não só fruto da curiosidade, da inquie-
tação, da inteligência e da atividade investigativa do pesquisador, mas também da continuação do que
foi elaborado e sistematizado pelos que já trabalharam o assunto anteriormente.
Este texto tem a finalidade de contribuir com a elaboração de uma pesquisa. Acreditamos que com ele
os alunos possam aprender a elaborar um projeto de pesquisa, planejar as ações subsequentes, realizar
as pesquisas propriamente ditas, organizar o material coletado, analisar as informações e por fim escre-
ver seus projetos.

1. CLASSIFICANDO AS PESQUISAS
Quando pretendemos classificar alguma coisa, sempre corremos o risco de não perceber as conexões
que existem entre as diferentes categorias. Por vezes, encontramos combinados em uma mesma pes-
quisa, formas, abordagens e procedimentos diferentes. Mesmo assim, a classificação abaixo pode aju-
dar a delimitar sua pesquisa. As pesquisas podem ser classificadas:
1.1. Quanto à natureza – pode ser um trabalho científico original ou um simples resumo de
assuntos.
1.2. Quanto aos objetivos – pode ser uma pesquisa exploratória, uma pesquisa descritiva ou
uma pesquisa explicativa.
1.3. Quanto ao objeto (Pergunta Norteadora) – pode ser uma pesquisa bibliográfica, uma
pesquisa de laboratório ou uma pesquisa de campo.
1.4. Quanto aos procedimentos – pode ser uma pesquisa de campo ou uma pesquisa apenas
de levantamento teórico.
1.5. Quanto à forma de abordagem – pode ser pesquisa quantitativa ou pesquisa qualitativa
168 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
ATIVIDADE: A DATA DA CENA (Continuação)

2. COMPREENDENDO OS TIPOS DE PESQUISA


Existem vários tipos de Pesquisa. A definição do tipo que melhor se aplica à nossa pesquisa depende
do que se pretende descobrir.
2.1. O que é pesquisa qualitativa? A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significa-
dos são básicos no processo de pesquisa qualitativa. O ambiente natural é a fonte direta para
coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. Não requer uso de métodos e técnicas
estatísticas.
2.2. O que é pesquisa quantitativa? Considera que a realidade pode ser quantificável, o que
significa traduzir opiniões e informações em números, para classificá-las e analisá-las. Requer o
uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, desvio padrão...). Ex: Pesquisa
eleitoral.
2.3. O que é pesquisa bibliográfica? É a pesquisa elaborada a partir de material já publicado,
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponi-
bilizado na Internet. Toda pesquisa deve conter uma parte como pesquisa bibliográfica. É uma
forma de explorar o tema com base em fontes relevantes.
1.4. O que é pesquisa documental? É a pesquisa realizada a partir de materiais que não rece-
beram tratamento analítico, levantando dados oriundos de documentos, como por exemplo:
estudo sobre a situação da mulher casada do século XIX, com coleta de informações e análise de
certidões de casamento desse período. Outro exemplo é um estudo sobre a escravidão a partir
da análise das “Cartas de Alforria”.
2.5. O que é estudo de caso? Envolve o estudo de uma situação ou de uma ou mais pessoas, ou
comunidades ou organizações, a partir de aspectos que se deseja aprofundar, permitindo assim,
a construção de aprendizados e conhecimentos que possam ser utilizados, posteriormente, em
situações similares. Ex. Em pesquisa sobre habitação popular, escolher um conjunto habitacional
como caso para estudo, a partir de critérios definidos pela pesquisa, como: data de construção,
número de habitações, localização, sistema construtivo, etc.
2.6. O que é uma enquete? É uma coleta de opiniões ou testemunhos breves acerca de uma
pessoa ou coisa, geralmente com respostas sim ou não. Os resultados, na maioria das vezes, são
divulgados por veículos de comunicação de massa (jornal, revista, TV, rede social, internet, etc.).
Para concluir: uma pesquisa pode ser caracterizada como sendo de um só tipo ou pode ter uma
combinação de vários tipos diferentes. As pesquisas qualitativas podem ser combinadas a quan-
titativa em alguns aspectos. Toda pesquisa tem uma parte que é bibliográfica, pois é necessário
procurar conhecer as fontes de estudos anteriores sobre o mesmo tema. Em resumo, o pesqui-
sador deve definir o caminho metodológico de sua pesquisa, deixando claro todos os passos.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 169

ANEXO
ATIVIDADE: A DATA DA CENA (Continuação)

3. CONHECENDO ALGUMAS TÉCNICAS DE PESQUISA:


As técnicas de pesquisa funcionam como ferramentas que nos fazem partir da aparência e che-
gar à essência do que queremos investigar. A seguir, relacionamos algumas dessas técnicas que
podem se adequar ao seu projeto de pesquisa.
3.1. Observação: É uma técnica de coleta de dados, que não consiste em apenas ver ou ouvir,
mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar. É uma técnica básica de
investigação científica, utilizada na pesquisa de campo como abordagem qualitativa.
3.2. Questionários: Trata de um instrumento para recolher informação de forma estruturada. É
uma técnica de investigação composta por questões apresentadas por escrito a pessoas. As per-
guntas podem ser diretamente aplicadas pelo pesquisador ou, autoaplicadas pelos responden-
tes ou pesquisandos. As perguntas podem ser realizadas de forma aberta, como por exemplo,
“Dê a sua opinião sobre a família”, ou, com perguntas fechadas, que já trazem as alternativas para
as pessoas responderem, assinalando.
A escolha do tipo de questionário a ser feito, com perguntas abertas ou fechadas, dependerá do
tipo de conhecimento que se quer levantar: para um conhecimento mais restrito e pontual, uti-
lizam-se perguntas fechadas, já para um conceito abrangente e genérico, é mais adequado um
questionário aberto. O questionário pode ser misto, incluindo questões fechadas com solicitação
de explicações ou justificativas abertas (Ex: Justifique sua resposta; por quê?). Certamente você já
respondeu a questionários abertos, fechados e mistos.
O quadro abaixo apresenta as vantagens e desvantagens dos dois tipos de questionário, para
facilitar a sua escolha.

QUESTIONÁRIO VANTAGENS DESVANTAGENS


■■Perguntas permitem maior liberdade de ■■Perguntas permitem maior liberdade de
resposta ao pesquisando, que pode expressar resposta ao pesquisando, que pode expressar
suas opiniões de acordo com seu estilo pessoal, suas opiniões de acordo com seu estilo pessoal,
ABERTO
utilizando suas próprias palavras; utilizando suas próprias palavras;
■■Maior aprofundamento dos aspectos ■■Maior aprofundamento dos aspectos
qualitativos. qualitativos.
■■Pode ser utilizado para um grande número ■■Pode ser utilizado para um grande número
FECHADO de pessoas; de pessoas;
■■Fácil de tabular e de analisar. ■■Fácil de tabular e de analisar.

Após aplicação dos questionários, as respostas obtidas são classificadas e ordenadas para pos-
terior análise pelos pesquisadores, que devem comparar com os objetivos da pesquisa e do pró-
prio questionário.
3.3. Entrevista: É uma técnica de investigação social que pode ser utilizada para qualquer tipo
de assunto. É a mais flexível de todas as técnicas, também usada para aprofundar pontos levan-
tados por outras técnicas de coleta. O bom entrevistador deve reunir duas qualidades: saber
observar e saber buscar algo preciso.
170 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
ATIVIDADE: A DATA DA CENA (Continuação)

4. TIPOS DE ENTREVISTA:
a - Estruturada ou padronizada: É uma técnica usada para coleta de dados. Deve ser planejada
com cuidado e sistematizada. O pesquisador elabora antecipadamente as perguntas e as apre-
senta uma a uma ao entrevistado. O ambiente deve ser propício para a realização da entrevista,
inclusive para gravar as respostas, se for essa a opção do pesquisador. Geralmente é orientada
por um questionário aberto. É importante zelar pela impessoalidade do pesquisador, que deve
evitar ao máximo a interferência do seu jeito de ser no desenvolvimento da entrevista.
b - Não estruturada ou Aberta: Acontece em um diálogo entre duas pessoas, em que uma delas
vai passar informações para a outra, envolvendo uma conversa que deve fluir informalmente. O
entrevistador precisa estar atento ao seu foco, ao seu objetivo com a realização da entrevista.
c - Semiestruturada: Na entrevista semiestruturadas, o investigador tem uma lista de questões
ou tópicos para serem preenchidos ou respondidos, como um guia. A entrevista tem relativa fle-
xibilidade. As questões não precisam seguir a ordem prevista no guia e poderão ser formuladas
novas questões no decorrer da entrevista. As principais vantagens das entrevistas semiestrutu-
rados são as seguintes:
■■ Permite a possibilidade de acesso a informação além do que se listou;
■■ Esclarece e aprofunda aspectos a serem pesquisados;

■■ Gera novos pontos de vista, orientações, levantando hipóteses para o


aprofundamento da investigação; e
■■ Define novas estratégias e outros instrumentos.

4.1. História de vida: Abordagem qualitativa que serve para captar o que acontece na in-
tersecção entre o individual e o social. Permite que elementos do presente interajam com
elementos do passado. É um olhar retrospectivo na vida tornando possível uma visão mais
aprofundada do momento passado, com impactos na produção de novos significados para o
presente e para o futuro.
Alguns autores colocam a história de vida no quadro amplo da história oral que também inclui
depoimentos, entrevistas, biografias, autobiografias. Considera que toda história de vida en-
cerra um conjunto de depoimentos, memórias e histórias e, embora tenha sido o pesquisador
a escolher o tema, a formular as questões ou a esboçar um roteiro temático, é o narrador que
decide o que narrar
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 171

ANEXO
ATIVIDADE: A DATA DA CENA (Continuação)

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://sosmonografia.blogspot.com.br/2011/12/tipos-de-pesquisa-cientifica.html acesso em
15/05/2012.
DEBUS, M. Manual de excelência em la investigación mediante grupos focales. In: ESPERIDIÃO, Eliza-
beth. Reflexões sobre a utilização do grupo focal como técnica de pesquisa. São Paulo: Fundação Edi-
tora de UNESP, 2004.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.: Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo. Ed. Atlas, 1985.
PAULILO, M. A. S.: A pesquisa qualitativa e a história de vida. Serviço Social pela PUC-SP. 2007. Disponível
em: http://www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_pesquisa.htm
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.: Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo. Ed. Atlas, 1985.
OLIVEIRA, Djalma. P.R, Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 15. ed. São Paulo:
Atlas, 2005.
MINAYO, Maria Cecília de, O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde, in: http://www.
qir.com.br/?p=2906. Acesso em 08/10/12.
172 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ELABORAÇÃO DA JUSTIFICATIVA E METODOLOGIA


AULA

3
OBJETIVOS ■■Orientar os grupos na continuidade da elaboração dos Projetos de Pesquisa

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar falando sobre o momento especial que as equipes estão vivenciando: momento de elaboração de seus
projetos de pesquisa. Falar da necessidade de focar nos projetos e de arregaçar as mangas para a sua conclusão.
■■Provocar: o que é necessário para uma equipe avançar com seus projetos? Aguardar contribuições e anotar
palavras-chave trazidas.
20´ ■■E continuar: é necessário ter iniciativa, na definição dos passos a serem dados? O que significa “ter iniciativa”?
■■Distribuir números (repetidos 3 vezes, ex: 1,1,1; 2,2,2...) entre os alunos e pedir que procurem ao som de uma
música alegre, seus colegas de números iguais.
■■Convidar os trios para a leitura do texto “Iniciativa e Acabativa” (anexo). Pedir para que os trios comentem o que
é iniciativa e o que é acabativa e a importância de cada uma dessas ações.
■■Fechar a atividade, chamando a atenção para a necessidade de concluirmos o que iniciamos, relacionando e
exemplificando o texto e a discussão, com a continuidade e conclusão dos projetos de pesquisa.

DESENVOLVIMENTO
■■Colocar novamente a música e pedir que os alunos se reúnam nas equipes da pesquisa.

Trabalho nas equipes das pesquisas:


■■Sugerir que as equipes façam uma revisão da escrita da Relevância do Projeto (Justificativa) a partir das leituras e
75´
dos resumos feitos pelos integrantes da equipe. Passar por cada equipe, verificando se a escrita está satisfatória, se está
respondendo à pergunta “POR QUE vamos pesquisar esse problema?”
■■Em seguida, acompanhar cada equipe em uma olhada geral no projeto: Título, Tema, Pergunta Norteadora, Relevância,
Objetivo, Referencial Teórico e Metodologia (tipo, método e técnicas), observando se há coerência entre as partes do projeto.
■■Buscar estimular as equipes a dar continuidade à elaboração do Projeto de Pesquisa: conclusão da Metodologia.

ENCERRAMENTO

■■Ao final, orientar a conclusão dos projetos e a preparação das apresentações dos projetos para a semana seguinte.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Texto: Iniciativa e Acabativa (anexo)
■■Música
■■Sequência dos números
■■Guias de Investigação 2 e 3 (material do 2º bimestre)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor: reservar o laboratório de informática/computadores para a próxima aula.
■■É importante realizar o acompanhamento em sala de aula da construção dos projetos de pesquisa e verificar com as equipes como está sendo a
orientação. Parar em cada equipe, pedir que defendam seus argumentos e expliquem a linha de raciocínio. Isso também ajuda os alunos a organizarem
sua elaboração interna acerca do Tema escolhido/proposto.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 173

ANEXO

Iniciativa com acabativa 22


Como atingir suas resoluções para o ano novo
Por Robert Wong

Meu amigo Stephen Kanitz costumava dizer que o brasileiro geralmente tem muita iniciativa, mas fal-
ta-lhe mais acabativa. Achei esse comentário interessante e pertinente, ainda mais quando todos nós
estamos fazendo as nossas resoluções para o ano novo. As promessas são inúmeras e algumas até bem-
-intencionadas: dedicar mais tempo à família, entrar em forma, fazer aquele curso de pós-graduação,
dar uma turbinada na carreira e por aí vai.
Por que muitas dessas iniciativas não têm sua correspondente acabativa? A meu ver, o problema é du-
plo, pois muitas das iniciativas não se concretizam e outras nem chegam a começar. Por que isso acon-
tece? Por que tantas frustrações? A questão reside numa premissa básica, qual seja a questão da falta
do autoconhecimento. Algumas dessas resoluções são tomadas no calor da emoção, no oportunismo
do momento ou em reação a um estímulo ou ideia de outra pessoa e que adotamos como nosso. Para
começar, é fundamental que uma lista de resoluções do ano novo contemple três ou no máximo cinco
metas que estejam pautadas e alinhadas com a nossa própria missão de vida.
No caso das resoluções para o ano que inicia, sugiro uma estratégia que garanta êxito da empreitada,
ou seja, que levará você à acabativa. Essa estratégia pode ser condensada em uma sigla simples que eu
denominei de I.D.A.S.:
I - É para INTENÇÃO, a manifestação do desejo, intento ou vontade de realizar ou fazer algo. D - correspon-
de à DECISÃO, a resolução e determinação em levar firmemente seu projeto ou objetivo à frente. Com
prazo determinado. A - é para a AÇÃO, o ato de realizar, fazer acontecer para transformar o seu sonho em
realidade. S - significa SUSTENTAÇÃO, a manutenção do compromisso consigo mesmo, com persistência
e força de vontade de prosseguir, apesar das dificuldades e eventuais fracassos no caminho.
Uma constatação importante provém do fato de que a Intenção ou inspiração é uma fagulha que brota
na alma. Já a Decisão de levar a ideia adiante, com um planejamento devido e análise dos recursos ne-
cessários, é um exercício da mente. Por sua vez, a Ação é tarefa essencialmente do corpo. E finalmente
a Sustentação, que é o que mantém o projeto vivo até o sucesso final, é a combinação desses três ele-
mentos, ou seja, o alinhamento da trilogia Corpo-Mente-Alma. Quando essa sintonia ocorre, o universo
efetivamente conspira a seu favor.
Começando com uma Intenção, tome uma Decisão firme de dar início à Ação correspondente e, por
fim, Sustente-a até alcançar a meta almejada. Desta forma, você terá a Iniciativa com a Acabativa. Por-
tanto, faça boas I.D.A.S. para ter bons RETORNOS!

22 Fonte: https://blogsuacarreira.wordpress.com/page/56/?app-download=blackberry. Acesso em: 09/06/2017.


174 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ELABORAÇÃO DO LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO


AULA

4
OBJETIVOS ■■Aprofundar a pesquisa bibliográfica com o grupo

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula provocando o grupo a refletir: vocês acreditam em tudo o que leem nas Redes Sociais? Toda
informação postada, às vezes viralizada, tem credibilidade? Como identificamos o que é confiável ou não?
■■Ressaltar a importância da consulta às fontes, como forma de identificar se uma informação é consistente e
confiável. E questionar: em uma pesquisa, como isso é feito? Aguardar contribuições.
■■Lembrar que, para que uma pesquisa tenha credibilidade, é importante que além do trabalho em campo, ela
20´ também tenha um embasamento teórico que sustente as ideias e hipóteses trazidas no estudo, também denominada
de Pesquisa Bibliográfica.
■■Lançar a pergunta: Para que serve a pesquisa bibliográfica?
■■E conduzir o debate para os seguintes aspectos = a pesquisa bibliográfica serve para:
1. Trazer para sua pesquisa fontes de estudos anteriores sobre o seu tema;
2. Ter como suporte a referência de autores que já trataram do assunto;
3. Partir de estudos já aprovados cientificamente.

DESENVOLVIMENTO
■■Solicitar que os alunos se reúnam nas equipes de Pesquisa
■■Estimular a leitura do Texto Guia de investigação 04: Citações Bibliográficas (anexo).
■■Trabalho de equipe: Elaborar a bibliografia da pesquisa. Identificar três (3) fontes relevantes sobre o tema.
70´ ■■Sugestão: apresentar para as equipes o site Menthor, que auxilia na elaboração da Bibliografia de acordo com as
regras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
■■Importante: Orientar as equipes para que distribuam entre seus membros os textos identificados como fontes
bibliográficas para as pesquisas. Os responsáveis pelas leituras devem elaborar os resumos e definir trechos importantes
para citações.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 175

ELABORAÇÃO DO LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO


AULA

4
OBJETIVOS ■■Aprofundar a pesquisa bibliográfica com o grupo

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Atividade do Repolho: Solicitar que os alunos formem o círculo e apresentar uma bola papel simbolizando um
repolho. Explicar que, ao som de uma música animada, os alunos deverão passar o repolho de mão em mão até a
música parar. Quem estiver segurando o “repolho” quando a música parar, deve retirar a folha mais externa do repolho e
10´ responder à pergunta escrita nela. A atividade continua até que a última folha seja lida.
Perguntas:
> Qual a importância do referencial bibliográfico para uma pesquisa?
> Qual tema trabalhado nas aulas de NTPPS você mais gostou?
> Sugira uma leitura interessante para a turma.
> Como selecionar fontes bibliográficas confiáveis?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Laboratórios de informática/ Computadores/ Internet
■■Texto Guia de investigação 04: Citações Bibliográficas (anexo)
■■Música alegre
■■Repolho
■■Site Menthor: http://menthor.co/

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor: se possível, estabelecer parceria com o professor de Multimeios e/ ou de Informática para auxiliar as equipes nas pesquisas de fontes
bibliográficas em livros, revistas, publicações e em sites.
176 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Guia de investigação 04:


Citações bibliográficas 23
Em uma bibliografia, a identificação das obras ou fonte de pesquisas deve ser de forma única, não
deixando dúvidas quanto a origem das informações. Existem normas rigorosas que devem ser segui-
das, mas neste nível, nos preocuparemos apenas com a existência das informações.
Exemplos de citações bibliográficas:
a) Artigo de revista:
AUTOR DO ARTIGO, Título do artigo. Título da Revista. Local da Publicação. Número do volume. Nú-
mero do fascículo, página inicial – final, mês e ano.
Modelo: DOS SANTOS, Sheila Daniela Medeiros. A natureza do vínculo na vida humana. Revista de
Ciências Humanas. Florianópolis. V 43. F 1, p 181 – 199 abril de 2009.
b) Atlas:
SCOFFHAM, Stephen. Atlas Geográfico Mundial. 1ª Ed. São Paulo: Editora Fundamento Educacional,
2007. 144 p.

c) Dicionários:
AMORA, Soarris. Minidicionário da língua portuguesa. 18° Ed. São Paulo: Saraiva2008

d) Livros:
COSTA, Sérgio Francisco. Método Científico: Os caminhos da investigação. São Paulo: Harbar, 2001

e) Capítulo de Livros:
CAZES, Henrique. IV: EDITORA 34. Choro de quintal ao municipal. Rio de Janeiro, 1998, p 100- 120

f) Enciclopédias:
Enciclopédia pedagógica universitária. Brasília, DF: INEP, 2006.

g) Página da internet:
Indicar: - o autor (se estiver identificado); - o título da página (se estiver explicita); - O endereço; - A
data de acesso (se fez alterações no artigo, com base numa página da internet, indique a data do
último acesso) Modelo: Gates, B. &Ballmer, S.(1998). Homepage do defensor do código Aberto http://
www.opensource.org/halloween/halloween 1.p AP Acessado (ou Visitado) em 5 de abril de 2008.

h) Publicações Periódicas (on-line):

23 Fonte: COLÉGIO ESPAÇO ABERTO, As artes e a ciência como marcas da expressão humana – Produção do Conhecimento, Fortaleza, 2010.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 177

O QUE É COMUNICAÇÃO?
AULA

5
OBJETIVOS ■■Refletir com o grupo sobre a importância da comunicação e de como ela se relaciona com
o que estamos vivenciando no NTPPS
■■Estimular os alunos a identificarem diferentes formas de comunicação
■■Iniciar uma reflexão sobre a escuta – saber ouvir

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar falando que hoje vivenciarão atividades que se relacionam com um tema muito importante para nossa
interação com os outros, com a escola, com o mundo do trabalho. Pedir que fiquem atentos, para descobrir que tema
é esse.... (não explicitar inicialmente o que será trabalhado).
Atividade: Os elementos básicos da comunicação com figuras geométricas
■■Dividir a turma meio a meio. Inicialmente, metade da turma permanece na sala e os outros saem da sala durante
alguns instantes. Entregar para cada aluno que permaneceu na sala, uma folha com uma figura geométrica.
■■Em seguida, solicitar que os alunos formem duas filas de cadeiras, uma de costas para a outra. Em uma fila
sentarão os alunos que permaneceram na sala, já a outra fila será formada pelos alunos que saíram da sala. Os que
permaneceram na sala tentarão descrever a figura geométrica para o colega que está nas suas costas, e este deverá
desenhá-la em uma folha de papel, sem olhar para a imagem do colega em nenhum momento.
40’ ■■Os alunos terão 05 minutos, em seguida as duplas trocam de posição. A turma que estava na sala inicialmente
agora vai esperar fora, enquanto os alunos que ficaram na sala neste segundo momento, receberão uma nova
figura geométrica.
■■Neste momento, as duas filas de cadeiras devem ficar uma de frente para a outra, com uma distância em que
os alunos não consigam enxergar o que o outro está desenhando. Os alunos que permaneceram na sala deverão
descrever a figura através de mímica, não podendo falar e nem movimentar os lábios. Somente gestos. Ao final de
05 minutos, pedir apara que os alunos chequem os desenhos com a figura geométrica e em seguida, iniciar o debate
perguntando: qual situação foi mais difícil? Por que? O que ajudou e o que dificultou a atividade?
■■Em seguida, abrir a discussão de como foi comunicar-se com o colega sem olhar para ele (no primeiro momento) e
sem poder falar (no segundo). Perguntar aos alunos quais as principais dificuldades encontradas durante a vivência.
■■Finalizar a atividade, perguntando quem adivinha o tema principal da aula de hoje, e comentar a importância de
uma comunicação clara, objetiva e concisa, ressaltando que, nem sempre a forma que entendemos, representa a
informação que o emissor buscou passar.
178 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

O QUE É COMUNICAÇÃO?
AULA

5
OBJETIVOS ■■Refletir com o grupo sobre a importância da comunicação e de como ela se relaciona com
o que estamos vivenciando no NTPPS
■■Estimular os alunos a identificarem diferentes formas de comunicação
■■Iniciar uma reflexão sobre a escuta – saber ouvir

TEMPO ATIVIDADE
DESENVOLVIMENTO
■■Exibir a mídia: “Processo de comunicação”
■■Após a exibição da mídia, refletir com os alunos os seguintes aspectos:
> Qual a diferença entre informar e comunicar?
> Quais são os elementos da comunicação? (Emissor, mensagem, receptor, código, canal, ruídos, feedback)
> Qual é o significado de cada um deles?
> Se algum deles falhar, o que pode acontecer com o processo de comunicação?
Pontos para reflexão com a turma:
■■Lembre-se que a comunicação começa em si, mas é processada na mente de outra pessoa (importante exercer a
20’ empatia e refletir como você interpretaria aquela mensagem se estivesse no lugar do outro)
■■Defina o objetivo da comunicação (para que estou enviando esta mensagem?)
■■Antes de comunicar, clarifique as suas próprias ideias (a ideia que quero passar está clara na mensagem?)
■■Seja, objetivo, claro e conciso (evitar dar voltas para dizer o que pretende)
■■Coloque-se no lugar da outra pessoa (empatia)
■■Não interrompa os outros (ao interromper você pode quebrar o raciocínio da outra pessoa e prejudicar a comunicação)
■■Respeite os outros (essencial em todos os aspectos da vida)
■■Faça perguntas (para evitar dúvidas e para se certificar que compreendeu a mensagem)
■■Faça anotações (para lembrar informações importantes, posteriormente)
■■Preste atenção nas mensagens não verbais (as que você envia e as que você recebe. O corpo comunica, muitas vezes
não intencionalmente).

ENCERRAMENTO
■■Lançar o seguinte tema para o grupo: “A carteira de motorista deve ser autorizada para jovens a partir de 16 anos”
e perguntar a opinião deles. Em seguida dividir o grupo em três equipes: a equipe 1 defenderá este ponto de vista, a
equipe 2 será contra e a equipe 3 ficará na observação. Dar de 5’ a 10’ para as equipes prepararem as argumentações e
em seguida inicia o debate, mediado pela equipe 3 (observação). Depois de 10’, inverter os papéis, a equipe que estava
defendendo o ponto de vista passa a ser contra e a equipe que era contra, passa a defender (sem tempo para planejar
argumentação). Depois de alguns minutos de debate, pedir para a equipe responsável pela observação para fazer suas
40’ considerações gerais sobre os dois momentos: qual equipe foi mais convincente, em qual momento e por quê?
Questionar:
1. A princípio, foi fácil defender o ponto de vista da equipe?
2. Quais as principais dificuldades identificadas?
3. Em que momento você se sentiu mais confiante?
4. Suas argumentações convenceram a equipe da observação?
5. Finalizar a aula destacando a importância de dominarmos o assunto para termos mais segurança e melhores
argumentos em uma apresentação.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Modelos de Figuras Geométricas (anexo)
■■Data show/ computador/ caixa de som para exibição da mídia
■■Mídia: Processos de Comunicação (Link: https://www.youtube.com/watch?v=_C3AmzKpJbQ)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 179

ANEXO

TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. LOCAL (cidade): Editora, volume, número, mês ano. Disponível em: <en-
dereço>. Acesso em data. Modelo: CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, Brasília, v26. n3,1997. Disponível
em: HTTP://www.ibict.br/cionline/. Acesso em 19 de maio de 1998.

Anexos: Os anexos servem para dar suporte à sua pesquisa, comprovando hipótese, fatos ou análi-
ses e realizando conclusões. Os textos e fotos retirados da internet e outras fontes deverão constar
nos anexos.
180 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 181

ANEXO
182 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 183

ANEXO
184 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

TRABALHO EM EQUIPE
AULA

6
OBJETIVOS ■■Provocar no grupo uma reflexão sobre as vantagens do trabalho em equipe
■■Criar oportunidades para que as equipes vivenciem trabalhos em grupo

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula com a atividade “Os balões”: convidar a turma para formar um círculo e entregar um balão para cada
aluno, com uma tirinha de papel dentro (com uma palavra para o final da atividade).
■■Ao som de uma música, os alunos devem encher o balão e jogá-lo para cima, sem deixa-lo cair no chão. Dizer que a
missão do grupo é não deixar nenhum balão cair no chão.
■■Aos poucos pedir para alguns alunos deixarem seu balão no ar e sentarem, os demais continuam no jogo, sem
deixar que os balões dos colegas caiam no chão.
■■Quando perceber que quem ficou no jogo não está dando conta de segurar todos os balões, pedir para que os
alunos que sentaram, voltem para o jogo e ajudem a segurar os balões novamente. Em seguida, questionar:
> Qual foi o sentimento de quem permaneceu no jogo, enquanto outros sentavam?
> O que sentiram os que foram convidados a sentar durante a atividade?
> Trabalhar em equipe é fácil? Por que? (Trabalhar em equipe não é uma tarefa fácil, afinal são diversos
pontos de vista, que precisam chegar a um consenso, o que muitas vezes pode gerar conflitos, daí a
importância de um líder para coordenar as atividades, delegar funções e mediar as discussões. Além disso,
20´ em uma equipe há integrantes com os mais diversos perfis, há os que não contribuem, mas querem colher os
louros, mas também há aqueles que centralizam tudo em si por não confiarem nos colegas. Então por que é
importante desenvolver esta habilidade de trabalhar em equipe? Por conta de suas inúmeras vantagens.)
> Quais são as vantagens de trabalhar em equipe? (Ao mesmo tempo em que é desafiador reunir diversos
pontos de vista diferentes, é muito enriquecedor. São inúmeras fortalezas reunidas em busca do mesmo
objetivo; a dificuldade de um, é o talento do outro e com essa complementaridade, o resultado final do
trabalho tem mais qualidade).
■■Depois dessas colocações, pedir aos alunos que estourem os balões, leiam para o grupo a palavra que está no seu
papel e façam um comentário sobre o seu significado para o grupo.
■■Dicas de palavras: amizade, solidariedade, entusiasmo, respeito, confiança, cooperação, apoio, aprendizado,
ensinamento, humildade, compartilhamento, tolerância, paciência, diálogo, alegria, troca, criticidade, motivação,
aceitação, participação, contribuição, encorajamento, planejamento, complementaridade, empatia, sintonia,
sinergia, engajamento, comprometimento, prontidão, liderança...
■■Observação: as palavras podem se repetir de acordo com o número de alunos.
■■Ao final, indagar: o que todas essas palavras têm em comum? (São elementos essenciais para se desenvolver um
trabalho em equipe com qualidade).
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 185

TRABALHO EM EQUIPE
AULA

6
OBJETIVOS ■■Provocar no grupo uma reflexão sobre as vantagens do trabalho em equipe
■■Criar oportunidades para que as equipes vivenciem trabalhos em grupo

TEMPO ATIVIDADE

DESENVOLVIMENTO
Atividade: Desafios e estratégias:
■■Dividir o grupo em 06 equipes. Cada equipe deve listar os 6 maiores desafios que estão identificando na realização
das pesquisas (dar 10’ para esta primeira etapa). Em seguida, solicitar que as equipes pensem nas estratégias para
superar os desafios que elas listaram (10’).
■■Dizer para o grupo que iniciarão as apresentações, mas elas acontecerão de forma diferente: a equipe 1 deve
apresentar um dos desafios que identificou, mas a equipe 2 é que deverá citar uma estratégia para solucioná-lo. A
equipe 1 deve complementar a estratégia com o que ela havia pensado e em seguida o restante do grupo faz suas
contribuições. Na sequência, a equipe 2 apresenta um desafio e a 3 deve apresentar uma estratégia... e assim por
diante, até a 6ª equipe apresentar um desafio e a equipe 1 buscar uma estratégia para solucioná-lo.
70’ ■■Observação 1: definir a quantidade de desafios e estratégias de acordo com o número de equipes, que pode ser
mais ou menos que 6, dependendo do número de alunos.
■■Observação 2: depois dessa primeira rodada de apresentação de desafios e estratégias, se sobrar tempo, fazer
uma segunda rodada ou pedir para as equipes apresentarem algum outro desafio importante que elas identificaram
e que não saíram nas apresentações.
■■Ao final fazer uma reflexão acerca da atividade, pontuando as vantagens do trabalho em equipe:
> Seus componentes têm habilidades, conhecimentos e aptidões variadas e, com isso, sempre existe no grupo
alguém que pode suprir a dificuldade de um colega numa determinada tarefa.
> Obstáculos que aparentemente seriam insuperáveis pelo indivíduo isoladamente são facilmente vencidos
com a ajuda de todos.
> Os desafios encarados por um, muitas vezes são encarados por muitos e se todos pensarem juntos na
solução, ela será encontrada com mais facilidade.

ENCERRAMENTO
■■Exibir a mídia: “Continue a Nadar”- Procurando Nemo.

10’ ■■Ao final da exibição, questionar o grupo:


> Em quais momentos da mídia, foi possível observar as características do trabalho em equipe, discutidas nas
atividades anteriores?
> Que outras competências vocês conseguiram observar na mídia?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Balões com uma tirinha de papel (com uma palavra relacionada à trabalho em equipe)
■■Sugestão de música: Chantaje (Shakira)
■■Lápis e Papel
■■Data show/ computador/ som para a exibição da mídia
■■Mídia: “Continue a Nadar”- Procurando Nemo Link: https://www.youtube.com/watch?v=yEJ5kdqeGPk&t=1s
186 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ELABORAÇÃO DO CRONOGRAMA
AULA

7
OBJETIVOS ■■Disponibilizar espaço e tempo para que os alunos possam planejar a execução da pesquisa

TEMPO ATIVIDADE
ACOLHIDA
■■Iniciar a aula projetando uma imagem (anexa) e pedir que o grupo comente, livremente, que mensagem ela
transmite. Refletir que muitas vezes as pessoas vivenciam situações onde não sabem exatamente que caminho tomar.
Lançar a pergunta: “Quem de vocês já se encontrou nessa situação? E como conseguiu sair dela?”
■■Realizar a atividade Encontrando o Caminho: orientar para que todos os alunos fiquem em círculo (todos
olhando para o centro do círculo) de mãos dadas. Informar que o objetivo desta atividade é formar um círculo
invertido (todos olhando para fora), sem soltar as mãos. Antes de iniciar a atividade, fazer uma demonstração do
objetivo da vivência, ficando todos de costas e de mãos dadas, sem sair do lugar.
■■Feita a demonstração, todos retornam à posição inicial (olhando para o centro do círculo de mãos dadas). Lançar o
desafio, que é inverter o círculo sem soltar as mãos.
15´ ■■O grupo buscará encontrar o caminho para chegar ao objetivo.
■■A forma de solucionar este desafio é: dois alunos, que estejam de mãos dadas, devem levantá-las para que todo o
restante do círculo passe por baixo delas, formando um novo círculo invertido, sem que precisem soltar as mãos.
■■Ao final fazer a reflexão:
> O objetivo foi alcançado?
> Quais as dificuldades encontradas e como foram superadas?
> Houve iniciativas e tentativas?
> Houve planejamento?
> Surgiram lideranças?
> Quais as razões do sucesso / insucesso do alcance do objetivo?
■■Em seguida refletir sobre as lições tiradas da vivência. Direcionar a reflexão para o caminho da pesquisa que
deve ser traçado.

DESENVOLVIMENTO
Trabalho de equipe:
■■Reunidos em equipe, com o projeto de pesquisa em mãos, os alunos irão planejar as atividades de execução da
pesquisa utilizando o Instrumental Cronograma de Atividades (anexo).
75´ ■■Elaborar cronograma da pesquisa, distribuindo as atividades entre os integrantes, marcando as datas e identificando
os responsáveis. Incluir as seguintes atividades: Elaboração do referencial teórico, organização das técnicas
metodológicas para ida a campo (elaboração de questionários), coleta de dados no campo (realização de entrevistas),
organização e sistematização dos dados (tabulação), análise e interpretação das informações, elaboração do relatório
de pesquisa com os resultados encontrados, planejamento e realização da ação.
■■Obs.: Preencher o Mapa de Pesquisa da turma (anexo) e, ao final, apresentar para a turma sua estruturação.

ENCERRAMENTO
10´ ■■Organizar os alunos em círculo e solicitar que um representante de cada equipe explane sobre as seguintes questões: “como
está o planejamento do trabalho?/ estão satisfeitos?/ vai dar para realizá-lo dentro do prazo?/ quais ajustes serão necessários?”

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Imagem (anexo)
■■Mapa de Pesquisa (anexo)
■■Instrumental Cronograma de Atividades (anexo) – uma cópia para a
■■Computadores/ Laboratório de Informática
equipe e outra para o professor
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 187

ANEXO
188 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Instrumental cronograma
de atividades
SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA
ATIVIDADE
01 01 01 02 03 04 05 06
Elaboração do
Referencial teórico
Organização das técnicas
metodológicas para
ida a campo
Coleta de dados
Organização e
sistematização de dados
Análise e interpretação
das informações
Elaboração do Relatório
de Pesquisa com os
resultados encontrados
Apresentação
dos resultados da
Pesquisa na escola
Planejamento e
realização da ação
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 189

ANEXO

Mapa de pesquisa por turma


Escola/ Município: ____________________________________________________________________
Professor:_____________________________________________________Turma:_________________

LÍDER DA PROF.
EQUIPE MEMBROS EQUIPE/ FONE: TEMA/ TÍTULO: ORIENTADORES/
DISCIPLINA

8
190 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

CONCLUSÃO E PLANEJAMENTO DAS APRESENTAÇÕES DOS PROJETOS


AULA

8
OBJETIVOS ■■Disponibilizar tempo e instrumentos para os alunos concluírem os Projetos de Pesquisa e
planejarem a apresentação dos Projetos na escola.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula convidando os alunos para participar de um novo DESAFIO! Entregar uma cópia da atividade:
Exercício de lógica “Quebra-cabeça” (anexo) para cada aluno e orientar que eles terão o tempo de 60
segundos para respondê-lo.
■■Ao final desse tempo, perguntar quem conseguiu completar o exercício. Informar que eles terão mais 01
minuto para solucionar o desafio, porém agora em trios. Quando o tempo esgotar, questionar novamente: quem
concluiu a atividade?
■■Caso alguma equipe ainda não tenha concluído o desafio, orientar que os trios se unam, formando dois grandes
grupos e disponibilizar um novo tempo até que finalizem a atividade.
■■Ao final do desafio, discutir com os alunos:
> Todos conseguiram concluir a atividade?
30´ > Será que sozinhos seria possível concluir a atividade no mesmo tempo?
> Em algum momento, vocês pensaram em desistir?
> Quais foram as principais dificuldades identificadas?
> Como as dificuldades foram solucionadas? (buscar destacar a importância do trabalho em equipe,
fazendo link com as discussões da aula 06)
■■Aprofundar a discussão a partir da pergunta: vocês costumam levar suas atividades até o final? Ou vocês
começam e se desinteressam no meio? Pensem um pouco: que atividades vocês geralmente concluem? E
quais estão “na prateleira”, esperando para serem concluídas? Perguntar se lembram do texto “Iniciativa x
Acabativa”, lido há algumas aulas. Do que ele tratava?
■■Convidar o grupo para a próxima atividade: Realização do Teste “Iniciativa x Acabativa” (anexo) – em
duplas. Um aluno aplica o teste em outro colega. Ao final, ler os resultados e fazer a reflexão alertando sobre a
importância de se finalizar as atividades e projetos iniciados.

DESENVOLVIMENTO
■■A partir da reflexão acima, estimular o grupo a concluir as próximas atividades.
■■Trabalho em equipe - Conclusão dos Projetos de Pesquisa: finalização dos projetos e da elaboração da
apresentação dos Projetos (ver modelo no material de suporte – PPT), distribuição da apresentação entre os
60’ membros da equipe, organização do espaço e dos materiais (mesa, data show, pendrive, som, projeto impresso
para banca, caderno de campo, etc.).
■■Planejamento do evento de apresentação dos Projetos de Pesquisa: propor a realização do evento de
apresentação dos projetos na sala de aula, com uma banca de professores convidados para apreciação e avaliação
dos projetos. Os professores devem avaliar os projetos de pesquisa usando o Formulário de Avaliação dos Projetos
de Pesquisa (anexo).
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 191

CONCLUSÃO E PLANEJAMENTO DAS APRESENTAÇÕES DOS PROJETOS


AULA

8
OBJETIVOS ■■Disponibilizar tempo e instrumentos para os alunos concluírem os Projetos de Pesquisa e
planejarem a apresentação dos Projetos na escola.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Todos de pé, em círculo, de mãos dadas, destacar a competência que todos estão demonstrando na elaboração dos

10´ projetos de pesquisa. Ressaltar a capacidade, o potencial e a contribuição de cada um no trabalho em equipe. Falar da
importância do momento de apresentação dos projetos para os alunos e para a escola. Pedir para que cada equipe pense
uma palavra de incentivo, um grito de paz, ou faça um gesto de força, coragem, apoio e reconhecimento da capacidade
de todos. Ao final, as equipes devem se dirigir ao centro do círculo e apresentar.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Desafio: Exercício de lógica “Quebra-cabeça” (anexo)
■■Testes: Iniciativa X Acabativa (Um formulário para cada dupla – as respostas devem ser anotadas no caderno) (anexo)
■■Formulário de Avaliação dos Projetos de Pesquisa (anexo)
■■Computadores/ laboratório de informática
■■Guias de investigação
■■Projetos de Pesquisa das equipes
■■Modelo de apresentação dos Projetos (material de suporte)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor, é importante que você salve uma cópia das apresentações de cada equipe.
■■Convidar com antecedência os representantes dos professores da escola, do Núcleo Gestor, da CREDE/SEFOR, da SEDUC e do IA para formação da
Banca avaliadora.
■■Antes da apresentação dos Projetos é fundamental que seja feita uma sensibilização dos membros da banca com relação aos trabalhos e ao processo
de avaliação. Destacar que é a primeira experiência dos alunos com pesquisa, por isso, é importante prudência e leveza na avaliação, buscando destacar
os pontos positivos do trabalho.
■■Estimular as equipes na escolha do aluno redator que fará as anotações necessárias, durante a apresentação do Projeto.
■■Avaliar com Núcleo Gestor a possibilidade de contemplar a nota das apresentações do Projeto de Pesquisa como nota do bimestre.
192 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Exercício de lógico
“Quebra-cabeça”:
No quebra-cabeça abaixo, em cada quadrado está representado uma palavra ou uma expressão de
forma criativa. Por exemplo, no primeiro quadrado, a palavras orçamento em cima de um triângulo
significa “orçamento equilibrado”. Quais seriam as outras?

Gabarito:

Orçamento equilibrado Arriscado Aplauso de pé Lendo entre linha Você acima de tudo
Estar por cima da situação Ideia brilhante Meio período Cheque cruzado Bola dividida
Pelo contrário Jornalista Vida por um fio Multiplique Deixar de lado
Andar na linha As favas Raiz quadrada Casal dividido Coração partido
Por fora Tiro no escuro Perfurado Sinfonia inacabada Em aberto
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 193

ANEXO

Teste: Iniciativa X Acabativa


1. Quando seu quarto está desarrumado, 5. Quando você participa de uma equipe para
você... fazer algo de seu interesse, você...
a. Arruma o quarto, concluindo o trabalho em a. Responsabiliza-se pelo desempenho do
pouco tempo. trabalho e participa do começo ao fim.
b. Começa a arrumar, porém passa dias e dias b. Participa do trabalho, mas pode abandonar
arrumando, e não termina nunca. no meio do caminho.
c. Não liga pra arrumar o quarto, convivendo c. Só participa se for cobrado pelos compa-
com tudo desarrumado. nheiros.
2. Quando você começa um caderno novo, 6. Quando um amigo lhe empresta um livro,
você... recomendando que é bom e que você vai gos-
a. Começa organizado e vai organizado até tar, você...
o fim. a. Começa e termina em pouco tempo.
b. Começa organizado e desorganiza rapida- b. Começa, vai lendo, sem se comprometer de
mente. ir até o fim.
c. Não se propõe a organizar o caderno e usa c. Nem inicia a leitura.
de qualquer jeito.
7. Quando você se propõe a assistir um seria-
3. Quando você pensa no futuro... do (no cinema ou na TV), você...
a. Adota uma meta e procura cumprir no tem- a. Começa e termina o seriado inteiro.
po previsto. b. Começa, mas nunca termina.
b. Adota uma meta, mas logo esquece. c. Quando dá, assiste um capítulo.
c. Não adota meta e deixa a vida lhe levar.
4. Quando alguém lhe apresenta uma ideia
acerca de algo que você gostaria de realizar,
você...
a. Arregaça as mangas e busca pôr em prática
a ideia do outro (sozinho ou com o outro).
b. Você se encanta, fica admirado, mas não se
atreve a pôr em prática.
c. Você não se encanta.

RESULTADO
Maioria “A”: Parabéns! No geral você é uma pessoa que tem boas ideias e busca sempre colocá-las em prática. Para você, finalizar atividades é tão
importante quanto inicia-las. Demonstra força de vontade para alcançar seus objetivos, apesar de possíveis desafios que possam surgir no caminho.
Intenção, decisão e ação estão caminhando de mãos dadas para o sucesso!
Maioria “B”: Você está quase lá! Embora tenha a boa intenção quando se trata de iniciar novos projetos, não apresenta a mesma dedicação em
finalizá-los. Você demonstra ter boas ideias, é criativo, mas é importante pôr a mão na massa. Falta um pouco mais de ação para transformar suas
intenções e decisões em realidade.
Maioria “C”: Você é capaz! Está na hora de arregaçar as mangas e iniciar sua caminhada em busca de seus objetivos. Às vezes dar o primeiro passo
é um pouco difícil, mas quando algumas ações se tornam hábito, passamos a realizá-las com mais naturalidade e empenho. O autoconhecimento
é o primeiro passo para identificar seus reais interesses e alcançar o sucesso.
194 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Formulário de avaliação dos


projetos de pesquisa:
Escola:_______________________________________________________ Turma:_________________
Professor:_____________________________________________________ Data:_________________

EQUIPE
TÍTULO DA PESQUISA
ITEM AVALIAÇÃO

Relevância do tema

Coerência entre as partes do Projeto

Clareza da metodologia

Organização do cronograma da Pesquisa

Qualidade da apresentação –
Domínio da equipe

Observações:

Nota do Projeto

Notas: Escala de 0 a 10
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 195

APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS DE PESQUISA (BANCA) – AULA MÓVEL


AULA

9
OBJETIVOS ■■Dar suporte às apresentações e avaliar, com a banca, os Projetos de Pesquisa (Rito de
Passagem)
■■Coordenar as apresentações das pesquisas para os demais alunos e professores da escola

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
20´
■■Abertura do evento pelo Núcleo Gestor, Professores do Núcleo e Professores Orientadores das pesquisas e alunos.

DESENVOLVIMENTO
■■A apresentação dos projetos deve ser definida pelos professores juntamente com o Núcleo Gestor da escola.
■■Sugestão: realizar as apresentações em sala de aula para os alunos da turma e uma banca de professores/gestores
convidados para avaliar e contribuir com os projetos. Cada equipe deve preparar sua apresentação. Para compor a banca
podem ser convidados professores da escola, Núcleo Gestor, técnicos da CREDE/SEFOR, da SEDUC e do IA.
■■Avaliação dos Projetos: a avaliação dos projetos de pesquisa deve ser feita pelos participantes da banca, com o

70´ apoio do Formulário de Avaliação dos Projetos de Pesquisa (anexo).


■■Nota dos projetos: A nota deve ser a média das notas dadas pelos membros da banca.
■■Sugestão: os professores do NTPPS podem entrar em acordo com o Núcleo Gestor e os demais professores para que
a nota do projeto seja também considerada uma parcial nas notas de todas as disciplinas.
■■Dica para a banca: assistir todas as apresentações e fazer suas considerações para cada equipe apenas no final.
■■Dica para as equipes: eleger um membro da equipe para registrar no Diário de Bordotodas as observações e
sugestões da banca.
■■Importante: as sugestões da banca devem ser incorporadas ao trabalho.

ENCERRAMENTO
10´
■■O encerramento das apresentações fica a critério da escola.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Cópia do Projetos de Pesquisa/ Pendrive com as apresentações das equipes
■■Formulário de Avaliação dos Projetos (anexo)
■■Computador/ Datashow

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Ao final das apresentações é importante que seja feita a devolutiva das avaliações para as equipes, para que elas façam as modificações necessárias.
196 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Formulário de avaliação dos


projetos de pesquisa:
(Esse formulário deve ser entregue a cada professor durante a apresentação da banca)

Escola:_______________________________________________________ Turma:_________________
Professor:_____________________________________________________ Data:_________________

EQUIPE
TÍTULO DA PESQUISA
ITEM AVALIAÇÃO

Relevância do tema

Coerência entre as partes do Projeto

Clareza da metodologia

Organização do cronograma da Pesquisa

Qualidade da apresentação –
Domínio da equipe

Observações:

Nota do Projeto

Notas: Escala de 0 a 10
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 197

NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
AULA

10
OBJETIVOS ■■Discutir a importância da negociação de conflitos

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula com a palavra “CONFLITO” escrita no quadro. Perguntar à turma: O que significa “conflito”? O que
vem à cabeça de vocês quando escutam a palavra “conflito”? Fazer uma lista com as respostas dos alunos.
20´ ■■Por que, neste momento em que vocês apresentaram os Projetos, é importante uma reflexão sobre a existência -
ou não - de situações de conflito?
■■Definir conflito: ato ou efeito de divergir sobre determinada opinião ou situação que não necessariamente resulta
em embate (enfrentamento). Pedir exemplos.

DESENVOLVIMENTO
■■A partir dos exemplos dados pelos alunos, questionar se eles se sentem preparados para administrar uma relação
conflituosa. É complicado? Por que?
■■Convidar os alunos para a realização da atividade “O julgamento do Cebolinha - Júri Simulado”. Projetar a
imagem (Checar material de suporte) e ler para a turma o seguinte trecho: “Gorducha, dentuça, balofa, além de
baixinha, cabelo de banana e tantos outros apelidos e ofensas... É dessa forma que a Mônica é tratada pelo seu amigo
Cebolinha. Depois de tantos anos, Mônica decide colocar o Cebolinha na justiça por praticar bullying”.
■■Em seguida, dividir a turma que terá como missão resolver o caso, a divisão acontecerá da seguinte maneira:

60´ 1. 01 (um) Juiz: Dirige e coordena o andamento do júri.


2. 06 (seis) Advogados de acusação: Formulam as acusações contra o réu.
3. 06 (seis) Advogados de defesa: Defendem o réu e respondem às acusações formuladas pelo advogado
de acusação.
4. 06 (seis) Testemunhas, três contra e três a favor: Falam a favor ou contra o réu, de acordo com o que
tiver sido combinado, pondo em evidência as contradições e enfatizando os argumentos fundamentais.
5. 07 (sete) participantes do Corpo de Jurados: Ouve todo o processo e a seguir vota: Culpado ou
inocente, definindo a pena. A quantidade do corpo de jurados deve ser constituída por número ímpar.
6. Público: Dividido em dois grupos da defesa e da acusação, ajudam seus advogados a prepararem os
argumentos para acusação ou defesa. Durante o júri, acompanham em silêncio.
198 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
AULA

10
OBJETIVOS ■■Discutir a importância da negociação de conflitos

TEMPO ATIVIDADE

DESENVOLVIMENTO (CONTINUAÇÃO)
Orientações:
> Solicitar que os jovens divididos em dois grandes grupos pensem como vai ser resolvido o estudo do caso
proposto.
> Definir qual metade atuará como acusação e qual atuará como defesa.
> Definir quem será o juiz e o corpo de jurados.
> Os grupos, a partir de então, vão definir 1 advogado e assistentes. Estimula-se que preparem o ambiente
para a simulação do júri.
> As equipes vão estudar e aprofundar o tema a ser discutido.
Finalização:
> Estimular o grupo a encontrar um desfecho, não necessariamente a decisão de que haja alguém condenado
ou absolvido.
■■Reflexão sobre os diferentes pontos de vista, a respeito da visão do outro mesmo que ela seja contra a nossa.
■■Trazer a vivência para o contexto da escola.

ENCERRAMENTO
20´ ■■Após a realização do Julgamento do Cebolinha, solicitar aos alunos que identifiquem quais habilidades
puderam ser desenvolvidas através da atividade. Ressaltar o desenvolvimento da comunicação, argumentação,
abertura ao novo e empatia.

MATERIAL NECESSÁRIO

■■Imagem (Checar no material de suporte)


■■Tarjetas com os personagens para o Júri simulado (anexo)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 199

ANEXO

Atividade: Julgamento
do Cebolinha
Tarjetas com personagens do Júri Simulado:

ADVOGADO DE ACUSAÇÃO ADVOGADO DE DEFESA TESTEMUNHA A FAVOR DO RÉU JURADO

ADVOGADO DE ACUSAÇÃO ADVOGADO DE DEFESA TESTEMUNHA A FAVOR DO RÉU JURADO

ADVOGADO DE ACUSAÇÃO ADVOGADO DE DEFESA TESTEMUNHA A FAVOR DO RÉU JURADO

ADVOGADO DE ACUSAÇÃO ADVOGADO DE DEFESA TESTEMUNHA CONTRA O RÉU JURADO

ADVOGADO DE ACUSAÇÃO ADVOGADO DE DEFESA TESTEMUNHA CONTRA O RÉU JURADO

ADVOGADO DE ACUSAÇÃO ADVOGADO DE DEFESA TESTEMUNHA CONTRA O RÉU JURADO

JUIZ JURADO
200 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

BULLYING... ESTOU FORA!


AULA

11
OBJETIVOS ■■Refletir com os alunos sobre a importância de praticar a paz e a harmonia na Escola
■■Refletir com os alunos sobre a importância de nutrir bons sentimentos em relação ao outro
■■Trabalhar o tema BULLYING

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Projetar a imagem (anexa) levando os seguintes questionamentos para a turma:
> Que mensagem essa imagem reflete para vocês?
> Já presenciaram esse tipo de comportamento no ambiente escolar?
> Você já foi vítima desse tipo de situação?
> Você já teve esse tipo de comportamento?
30’ > Que consequências essas atitudes podem provocar?
> Qual a denominação para esse tipo de comportamento?
■■Perguntar aos alunos: Vocês conhecem a palavra Bullying? Em seguida, convidar os alunos para assistirem uma
mídia: “Que papo é esse: Bullying”.
■■Após a exibição da mídia perguntar aos alunos:
> O que vocês acharam?
> É possível superar a tristeza que o Bullying gera?
> Quais os aprendizados?

DESENVOLVIMENTO 1
■■Em seguida, promover uma leitura coletiva do texto “Bullying!” (anexo) Após a leitura perguntar o que eles acharam

20’ do texto.
■■Observação: o texto em questão deve ser lido para que todos consigam entender o que significa o Bullying. Porém,
não será necessário um aprofundamento sobre o tema.
■■O foco será o desenvolvimento de bons sentimentos nos relacionamentos interpessoais.

DESENVOLVIMENTO 2
■■Perguntar aos alunos:
■■Vocês já pensaram em cultivar emoções positivas, sobretudo no combate ao bullying?
■■Vocês sabiam que o bem estar entre as pessoas pode ser aprendido?
■■Em seguida, entregar para cada aluno o Desafio “Diga não ao Bullying” (anexo). Trata-se de uma palavra cruzada sobre
os sentimentos que nos ajudam a combater o Bullying.
Orientação para o professor sobre as etapas do desafio:
20’ > O desafio deve ser colocado sobre a mesa do aluno com a folha virada para baixo;
> Quando todos os alunos já estiverem com o desafio sobre a mesa, dizer que eles terão 2 minutos para preencher
a palavra cruzada;
> Após os dois minutos perguntar quem já concluiu a tarefa;
> Em seguida, dizer que eles podem fazer duplas ou trios, para finalizar a tarefa.
■■Reflexões sobre o DESAFIO:
> Esse desafio foi fácil ou difícil?
> É fácil conviver com as diferenças?
■■Concluir refletindo: conviver não é uma tarefa fácil, mas é possível sim nutrir sentimentos bons, escolher ser bacana,
amigo e um defensor da paz e da harmonia coletiva. A escolha é individual. Escolha ser melhor a cada dia!
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 201

BULLYING... ESTOU FORA!


AULA

11
OBJETIVOS ■■Refletir com os alunos sobre a importância de praticar a paz e a harmonia na Escola
■■Refletir com os alunos sobre a importância de nutrir bons sentimentos em relação ao outro
■■Trabalhar o tema BULLYING

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Previamente, preparar um leque (ou saquinho) com perguntas baseadas no texto sobre o que é o bullying (anexo).
Alunos em círculo e ao som de uma música, solicitar que passem o leque entre si. Quando a música parar, o aluno que
estiver com o leque faz o primeiro questionamento e escolhe um colega para responder à pergunta. Continuar com a
atividade até que todas as perguntas sejam respondidas.
■■Sugestões de perguntas:

30’ > O que é Bullying?


> O que não é Bullying?
> O Bullying é um fenômeno recente?
> O que leva o autor do Bullying ao praticá-lo?
> O espectador também participa do Bullying?
> Como identificar o alvo do Bullying?
> Quais são as consequências para o aluno que é alvo de Bullying?
> O que é pior: o Bullying com agressão física ou o Bullying com agressão moral?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Imagem “Círculo de ódio” (Checar no material de suporte)
■■Mídia: “Que papo é esse: Bullying” – Link: https://m.youtube.com/watch?v=KKShIZAYF4I
■■Texto: Bullying (anexo)
■■Desafio: Diga não ao Bullying (anexo)
■■Leque (ou saquinho) com perguntas sobre Bullying

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Aprofundar a leitura sobre Bullying para condução da aula. Seguem perguntas e respostas sobre o Bullying para facilitar a condução da aula (anexo).
202 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANOTAÇÕES
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 203

ANEXO

Texto: Bullying 24
Bullying são todas as formas de atitudes agressivas e repetitivas de ridicularizar o outro. É uma pala-
vra inglesa que ainda não tem tradução para o português, mas significa valentão, fortão. Eis algumas
ações que traduzem o bullying: agredir, amedrontar, bater, chutar, divulgar apelidos, excluir do gru-
po, humilhar, roubar ou quebrar pertences.
A prática do bullying é uma forma de abuso psicológico, físico e social. É um problema mundial que
está ganhando campo, sobretudo nas escolas. Depressão, ansiedade, estresse, dores não especifica-
das, perda da autoestima, problemas de relacionamento, abuso de drogas, e até suicídio, são efeitos
do bullying sobre as vítimas.
Quando o bullying é praticado no ambiente escolar e não há intervenção, todos os alunos são afeta-
dos negativamente. Dependendo das características individuais e de suas relações com o meio em
que vivem, as vítimas poderão também a vir praticar o bullying.

BULLYING, ESTA BRINCADEIRA NÃO TEM A MENOR GRAÇA!

24 Fonte: https://pt.slideshare.net/walzanuncio/bullying-5ano – Acesso em: 29/06/2017 as 10:00.


204 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Desafio diga não ao bullying: 25

25 Fonte: https://br.pinterest.com/explore/atividades-de-bullying/ - Acesso: 25/06/17 – 9:17


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 205

GUIA PARA O PROFESSOR


MATERIAL DE SUPORTE PARA O PROFESSOR

Perguntas e respostas
sobre bullying 26
1. O que é Bullying? Confira a definição
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de
maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem
na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português,
é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. “É uma das formas de
violência que mais cresce no mundo”, afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying:
Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz(224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Se-
gundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universida-
des, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido
inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. Além de um possível isolamento ou
queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difama-
tórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma
que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado
emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

2. O que não é bullying?


Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor
também não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre
pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a
agressão é classificada como bullying. Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professo-
ra da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como
bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir
o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo
com relação à ofensa. ‘’Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivan-
do a ação do autor’’, explica a especialista.

3. O bullying é um fenômeno recente?


Não. O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan
Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 1970. Ao estudar as tendências
suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum
tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a combater.
A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as
reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando pro-
porções maiores. “O fato de ter consequências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade
proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema”, aponta Guilherme Schelb,
procurador da República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil (164 págs., Thesaurus
Editora tel. (61) 3344-3738).
26 Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/336/bullying-escola. Acesso 25/06/17 as 08:00
206 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

GUIA PARA O PROFESSOR


MATERIAL DE SUPORTE PARA O PROFESSOR

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING (Continuação)

4. O que leva o autor do bullying a praticá-lo?


Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo
leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa
que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo
para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou an-
tecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
Sozinha, a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se de-
monstram os primeiros sinais de um praticante de bullying. “A tendência é que ele seja assim por toda a
vida, a menos que seja tratado”, diz.

5. O espectador também participa do bullying?


Sim. É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas
alertam para esse terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito. O espectador típico
é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores. Quando rece-
be uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de
ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido.
Também são considerados espectadores os que atuam como plateia ativa ou como torcida, refor-
çando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas.
Geralmente, estão acostumados com a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar.
‘’O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque acha que pode sofrer também no futuro.
Se for pela internet, por exemplo, ele apenas repassa a informação. Mas isso o torna um coautor’’, expli-
ca a pesquisadora Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência
nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868).

6. Como identificar o alvo do bullying?


O alvo costuma ser uma criança ou um jovem com baixa autoestima e retraído tanto na escola
quanto no lar. ‘’Por essas características, dificilmente consegue reagir’’, afirma o pediatra Lauro Mon-
teiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência
(Abrapia). Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência
é que a provocação cesse.
Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar particularidades fí-
sicas. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. “Também pode ocorrer
com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas”, exemplifica
Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil
(164 págs., Thesaurus Editora tel. (61) 3344-3738).
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 207

GUIA PARA O PROFESSOR


MATERIAL DE SUPORTE PARA O PROFESSOR

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING (Continuação)

7. Quais são as consequências para o aluno que é alvo de bullying?


O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha
de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e
apresentar baixo rendimento. Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção
à Infância e Adolescência (Abrapia) revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram
sobre o problema, nem mesmo com os colegas.
As vítimas chegam a concordar com a agressão, de acordo com Luciene Tognetta, doutora em Psico-
logia Escolar e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas (Uni-
camp). O discurso deles segue no seguinte sentido: “Se sou gorda, por que vou dizer o contrário? “Aque-
les que conseguem reagir podem alternar momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que
não são covardes ou quando percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher
outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.

8. O que é pior: o bullying com agressão física ou o bullying com agressão moral?
Ambas as agressões são graves e causam danos ao alvo do bullying. Por ter consequências ime-
diatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xinga-
mento ou uma fofoca. “A dificuldade que a escola encontra é justamente porque o professor também
vê uma blusa rasgada ou um material furtado como algo concreto. Não percebe que uma exclusão, por
exemplo, é tão dolorida quanto ou até mais’’, explica Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional
e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os jovens
também podem repetir esse mesmo raciocínio e a escola deve permanecer alerta aos comportamentos
moralmente abusivos.

9. Existe diferença entre o bullying praticado por meninos e por meninas?


De modo geral, sim. As ações dos meninos são mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de
identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem. Já no universo feminino o problema se apresenta de
forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão.
“As garotas raramente dizem por que fazem isso. Quem sofre não sabe o motivo e se sente culpada”,
explica a pesquisadora norte-americana Rachel Simmons, especialista em bullying feminino. Ela conta
que as meninas agem dessa maneira porque a expectativa da sociedade é de que sejam boazinhas,
dóceis e sempre passivas. Para demonstrar qualquer sentimento contrário, elas utilizam meios mais
discretos, mas não menos prejudiciais. “É preciso reconhecer que as garotas também sentem raiva. A
agressividade é natural no ser humano, mas elas são forçadas a encontrar outros meios - além dos físi-
cos - para se expressar”, diz Rachel.
208 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING (Continuação)

10. O que fazer em sala de aula quando se identifica um caso de bullying?


Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. “Se algo ocorre e o professor se
omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo caminho
errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo”, diz Aramis Lopes Neto, presidente
do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pe-
diatria. O professor pode identificar os atores do bullying: autores, espectadores e alvos. Claro que exis-
tem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o limiar entre uma
piada aceitável e uma agressão. “Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no
lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?”, orienta o
pediatra Lauro Monteiro Filho.
Veja os conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar
(132 págs., Ed. Artmed, tel: 0800 703 3444):- Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às
diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos,
como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito;- Desenvolver em
sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos;- Quando um aluno reclamar de algo
ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola.

11. Qual o papel do professor em conflitos fora da sala de aula?


O professor é um exemplo fundamental de pessoa que não resolve conflitos com a violência. Não
adianta, porém, pensar que o bullying só é problema dos educadores quando ocorre do portão para
dentro. É papel da escola construir uma comunidade na qual todas as relações são respeitosas. ‘’Deve-
se conscientizar os pais e os alunos sobre os efeitos das agressões fora do ambiente escolar, como na
internet, por exemplo’’, explica Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação ‘’As relações interpessoais na escola e a constru-
ção da autonomia moral’’, da Universidade de Franca (Unifran).’’A intervenção da escola também precisa
chegar ao espectador, o agente que aplaude a ação do autor é fundamental para a ocorrência da agres-
são’’, complementa a especialista.

12. O professor também é alvo de bullying?


Conceitualmente, não, pois, para ser considerada bullying, é necessário que a violência ocorra
entre pares, como colegas de classe ou de trabalho. O professor pode, então, sofrer outros tipos de
agressão, como injúria, difamação ou até agressão física, por parte de um ou mais alunos.
Mesmo não sendo entendida como bullying, trata-se de uma situação que exige a reflexão sobre o con-
vívio entre membros da comunidade escolar. Quando as agressões ocorrem, o problema está na escola
como um todo. Em uma reunião com os educadores, pode-se descobrir se a violência está acontecendo
com outras pessoas da equipe para intervir e restabelecer as noções de respeito.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 209

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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING (Continuação)

Se for uma questão pontual, com um professor apenas, é necessário refletir sobre a relação entre o do-
cente e o aluno ou a classe. ‘’O jovem que faz esse tipo de coisa normalmente quer expor uma relação
com o professor que não está bem. Existem comunidades na internet, por exemplo, que homenageiam
os docentes. Então, se o aluno se sente respeitado pelo professor, qual o motivo de agredi-lo?’’, ques-
tiona Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora
do curso de pós-graduação “As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral”, da
Universidade de Franca (Unifran).
O professor é uma autoridade na sala de aula, mas essa autoridade só é legitimada com o reconheci-
mento dos alunos em uma relação de respeito mútua. ‘’O jovem está em processo de formação e o edu-
cador é o adulto do conflito e precisa reagir com dignidade’’, afirma Telma Vinha, doutora em Psicologia
Educacional e professora da Faculdade de Educação da Unicamp.

13. O que fazer para evitar o bullying?


A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sugere as se-
guintes atitudes para um ambiente saudável na escola:- Conversar com os alunos e escutar atentamen-
te reclamações ou sugestões;- Estimular os alunos a informar os casos;- Reconhecer e valorizar as ati-
tudes da garotada no combate ao problema;- Criar com os alunos regras de disciplina para a classe em
coerência com o regimento escolar;- Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros
casos;- Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying. Todo
ambiente escolar pode apresentar esse problema. “A escola que afirma não ter bullying ou não sabe
o que é ou está negando sua existência”, diz o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação
Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). O primeiro passo é admitir
que a escola é um local passível de bullying. É necessário também informar professores e alunos sobre
o que é o problema e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática.
“A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos
e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente
de diminuir a violência entre alunos e na sociedade”, afirma o pediatra.

14. Como agir com os alunos envolvidos em um caso de bullying?


O foco deve se voltar para a recuperação de valores essenciais, como o respeito pelo que o alvo
sentiu ao sofrer a violência. A escola não pode legitimar a atuação do autor da agressão nem humilhá-
-lo ou puni-lo com medidas não relacionadas ao mal causado, como proibi-lo de frequentar o intervalo.
Já o alvo precisa ter a autoestima fortalecida e sentir que está em um lugar seguro para falar sobre o
ocorrido. “Às vezes, quando o aluno resolve conversar, não recebe a atenção necessária, pois a escola
não acha o problema grave e deixa passar”, alerta Aramis Lopes, presidente do Departamento Científico
de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.
210 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING (Continuação)

Ainda é preciso conscientizar o espectador do bullying, que endossa a ação do autor. ‘’Trazer para a aula
situações hipotéticas, como realizar atividades com trocas de papéis, são ações que ajudam a conscien-
tizar toda a turma. A exibição de filmes que retratam o bullying, como ‘’As melhores coisas do mundo’’
(Brasil, 2010), da cineasta Laís Bodanzky, também ajudam no trabalho. A partir do momento em que a
escola fala com quem assiste à violência, ele para de aplaudir e o autor perde sua fama’’, explica Adriana
Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de
pós-graduação ‘’As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral’’, da Universida-
de de Franca (Unifran).

15. Como lidar com o bullying contra alunos com deficiência?


Conversar abertamente sobre a deficiência é uma ação que deve ser cotidiana na escola. O bullying
contra esse público costuma ser estimulado pela falta de conhecimento sobre as deficiências, sejam
elas físicas ou intelectuais, e, em boa parte, pelo preconceito trazido de casa.
De acordo com a psicóloga Sônia Casarin, diretora do S.O.S. Down - Serviço de Orientação sobre Sín-
drome de Down, em São Paulo, é normal os alunos reagirem negativamente diante de uma situação
desconhecida. Cabe ao educador estabelecer limites para essas reações e buscar erradicá-las não pela
imposição, mas por meio da conscientização e do esclarecimento.
Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situa-
ção polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno
e vitimar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. A violência começa em tirar do aluno
com deficiência o direito de ser um participante do processo de aprendizagem. É tarefa dos educadores
oferecer um ambiente propício para que todos, especialmente os que têm deficiência, se desenvolvam.
Com respeito e harmonia.

16. Como deve ser uma conversa com os pais dos alunos envolvidos no bullying?
É preciso mediar a conversa e evitar o tom de acusação de ambos os lados. Esse tipo de abordagem
não mostra como o outro se sente ao sofrer bullying. Deve ser sinalizado aos pais que alguns comen-
tários simples, que julgam inofensivos e divertidos, são carregados de ideias preconceituosas. ‘’O ideal
é que a questão da reparação da violência passe por um acordo conjunto entre os envolvidos, no qual
todos consigam enxergar em que ponto o alvo foi agredido para, assim, restaurar a relação de respeito’’
explica Telma Vinha, professora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Muitas vezes, a escola trata de forma inadequada os
casos relatados por pais e alunos, responsabilizando a família pelo problema. É papel dos educadores
sempre dialogar com os pais sobre os conflitos - seja o filho alvo ou autor do bullying, pois ambos pre-
cisam de ajuda e apoio psicológico.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 211

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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING (Continuação)

17. O que fazer em casos extremos de bullying?


A primeira ação deve ser mostrar aos envolvidos que a escola não tolera determinado tipo de
conduta e por quê. Nesse encontro, deve-se abordar a questão da tolerância ao diferente e do respeito
por todos, inclusive com os pais dos alunos envolvidos.
Mais agressões ou ações impulsivas entre os envolvidos podem ser evitadas com espaços para diálogo.
Uma conversa individual com cada um funciona como um desabafo e é função do educador mostrar
que ninguém está desamparado. ‘’Os alunos e os pais têm a sensação de impotência e a escola não
pode deixá-los abandonados. É mais fácil responsabilizar a família, mas isso não contribui para a resolu-
ção de um conflito’’, diz Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A especialista também aponta que a conversa em conjunto, com todos os envolvidos, não pode ser
feita em tom de acusação. ‘’Deve-se pensar em maneiras de mostrar como o alvo do bullying se sente
com a agressão e chegar a um acordo em conjunto. E, depois de alguns dias, vale perguntar novamente
como está a relação entre os envolvidos’’, explica Telma.
É também essencial que o trabalho de conscientização seja feito também com os espectadores do
bullying, aqueles que endossam a agressão e os que a assistem passivamente. Sem que a plateia enten-
da quão nociva a violência pode ser, ela se repetirá em outras ocasiões.

18. Bullying na Educação Infantil. É possível?


Sim, se houver a intenção de ferir ou humilhar o colega repetidas vezes. Entre as crianças menores, é
comum que as brigas estejam relacionadas às disputas de território, de posse ou de atenção - o que não
caracteriza o bullying. No entanto, por exemplo, se uma criança apresentar alguma particularidade, como
não conseguir segurar o xixi, e os colegas a segregarem por isso ou darem apelidos para ofendê-la constan-
temente, trata-se de um caso de bullying. “Estudos na Psicologia afirmam que, por volta dos dois anos de
idade, há uma primeira tomada de consciência de ‘quem eu sou’, separada de outros objetos, como a mãe.
E perto dos três anos, as crianças começam a se identificar como um indivíduo diferente do outro, sendo
possível que uma criança seja alvo ou vítima de bullying. Essa conduta, porém, será mais frequente num
momento em que houver uma maior relação entre pares, mais cotidiana’’, explica Adriana Ramos, pesqui-
sadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação As
relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral”, da Universidade de Franca (Unifran).

19. Quais são as especificidades para lidar com o bullying na Educação Infantil?
Para evitar o bullying, é preciso que a escola valide os princípios de respeito desde cedo. É comum
que as crianças menores briguem com o argumento de não gostar uma das outras, mas o educador
precisa apontar que todos devem ser respeitados, independentemente de se dar bem ou não com uma
pessoa, para que essa ideia não persista durante o desenvolvimento da criança.
212 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING (Continuação)

20. O que é bullying virtual ou cyberbullying?


É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras cir-
culando por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma ex-
tensão do que os alunos dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas
não estão cara a cara. Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das
ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores. “O autor, assim como o alvo, tem dificuldade de
sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar novos”, explica Luciene Tognetta, doutora em
Psicologia Escolar e pesquisadora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educa-
ção da Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp).
Esse tormento que é a agressão pela internet faz com que a criança e o adolescente humilhados não se
sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Marcelo Coutinho, especialista no tema e
professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que esses alunos não percebem as armadilhas dos re-
lacionamentos digitais. “Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos
como para comprar, aprender ou combinar um passeio.”

21. Como lidar com o cyberbullying?


O cyberbullying precisa receber o mesmo cuidado preventivo do bullying e a dimensão dos seus
efeitos deve sempre ser abordada para evitar a agressão na internet. Trabalhar com a ideia de que
nem sempre se consegue apagar aquilo que foi para a rede dá à turma a noção de como as piadas ou as
provocações não são inofensivas. ‘’O que chamam de brincadeira pode destruir a vida do outro. É tam-
bém responsabilidade da escola abrir espaço para discutir o fenômeno’’, afirma Telma Vinha, doutora
em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Cam-
pinas (Unicamp).Caso o bullying ocorra, é preciso deixar evidente para crianças e adolescentes que eles
podem confiar nos adultos que os cercam para contar sobre os casos sem medo de represálias, como a
proibição de redes sociais ou celulares, uma vez que terão a certeza de que vão encontrar ajuda. ‘’Mas,
muitas vezes, as crianças não recorrem aos adultos porque acham que o problema só vai piorar com a
intervenção punitiva’’, explica a especialista.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 213

COMO FAZER UM QUESTIONÁRIO


AULA

12
OBJETIVOS ■■Aprofundar o domínio do uso do questionário como técnica de pesquisa

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula questionando: você tem medo? Esse é um sentimento comum a todos os seres? O que lhe causa
medo? Convidar os alunos a participar da atividade: Vença o Medo.
■■Previamente, fazer um cartaz da tabela (anexo) com a seguinte pergunta, e opções de resposta: “De que você tem
mais medo”?
a) de barata e) de assumir compromissos
b) de altura f) de tomar decisões
20’ c) de levar um carão g) outro qual? _____
d) de falar em público h) medo de nada

■■Escolher três alunos para coordenar a atividade, esses devem registrar as respostas dos colegas no cartaz com
palitinhos. Depois que todos tiverem respondido, os alunos coordenadores devem somar as quantidades, registrar na
tabela e desafiar quem pode responder a coluna de percentual (100% = número de alunos presentes).
■■Retomar: “O que esta atividade pode nos dizer”? Explicar que o medo é inerente aos seres humanos e animais, e
que é importante distinguir o medo como fator aliado à sobrevivência do medo que inibe e paralisa as ações. Ao final,
perguntar: “Temos medo de pesquisar”?

DESENVOLVIMENTO
■■Troca de experiências - Perguntar se as equipes já elaboraram e aplicaram seus questionários. A partir das respostas,
organizar uma troca de experiências: quem já fez ensina a quem ainda não fez, respondendo às seguintes perguntas:
1. Quantos questionários serão aplicados?
2. Qual o perfil dos respondentes?
70’ 3. O questionário será fechado (múltipla escolha) ou aberto (respostas subjetivas)?
■■Leitura do Guia de Investigação 05 (anexo) e elaboração do questionário por meio do exercício. Ler os dois
exemplos para todos e as equipes se concentrarão, cada uma, na sua pesquisa.
■■Reunião de planejamento da execução da pesquisa: Planejar a partir do cronograma, as atividades que serão
feitas fora da sala de aula. Informar aos alunos que a próxima aula será o momento no qual eles irão a campo, aplicar
os questionários e/ou realizar as entrevistas. Desta forma, é importante que as equipes finalizem seus instrumentais de
campo e definam quais membros participarão da coleta de dados, e quem serão/ número de respondentes.

ENCERRAMENTO
10’ ■■Convidar os alunos para assistir a mídia “Vença seus medos”. Após a mídia, solicitar que alguns alunos comentem
correlacionando a mídia ao processo de elaboração da pesquisa.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Cartaz com a tabela: Vença o medo (anexo)
■■Guia de Investigação 05 (anexo)
■■Mídia “Vença seus medos” (link: https://www.youtube.com/watch?v=nXbLFMngwfg)
214 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Vença o medo - Modelo do cartaz


DE QUE VOCÊ TEM MAIS MEDO?
ITENS RESPOSTAS QUANTIDADE ABSOLUTO RELATIVO (%)
A DE BARATA
B DE ALTURA
C DE LEVAR CARÃO
D DE FALAR EM PÚBLICO
E DE ASSUMIR COMPROMISSOS
F DE TOMAR DECISÕES
G DE OUTRA COISA (QUAL?)
H DE NADA
TOTAL 100%
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 215

ANEXO

Guia de investigação 05 –
Aplicação de questionários
O questionário pode ser uma excelente técnica, dependendo do tema de sua pesquisa. A primeira
coisa que temos que fazer é definir quem são os respondentes da pesquisa. Ou seja, quem é a fonte
que tem as respostas do meu problema de pesquisa.
216 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Exercício em equipe
1. Para que queremos aplicar questionários em nossa pesquisa?
2. O que queremos saber?
3. Quem e quantos serão os respondentes?

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS (SE HOUVER): EX.: MENINAS QUE ENGRAVIDARAM


Tempo e espaço (definir faixa de tempo e espaço da escola) Ex.: nos anos de 2011 e 2012

Categoria: alunos / professores / funcionários / gestores /


Alunas da escola
pessoas da família (quantificar)

Número total de mulheres, alunas da escola que engravidaram


Sexo: quantos homens e quantas mulheres
em 2011 e 2012 = ___meninas

Idade: criar faixas de idade e dizer quantos respondentes por faixa Com idade de até 17 anos

Escolaridade: criar faixas de escolaridade e dizer quantos


Qualquer escolaridade
respondentes por faixa

Número total de questionários: quem vai aplicar e quando ____


Aplicação: período de 3 dias, de___ a ___.
questionários. Todos os membros da equipe.

4. Em equipe – exercitar a elaboração do questionário da referida pesquisa.


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 217

VAMOS A CAMPO! APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS


AULA

13
OBJETIVOS ■■Possibilitar tempo e condições favoráveis para aplicação dos questionários e/ou realização
das entrevistas.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar retomando a importância de potencializar uma das competências socioemocionais – a autogestão –
neste momento de realização de entrevistas.
■■Convidar o grupo para uma atividade de concentração. Explicar que será reproduzida uma mídia e nela serão
apresentados dois grupos: um com pessoas de blusa branca e outro com pessoas de blusa preta. O desafio é
10´ contar quantas vezes o grupo de blusa branca toca a bola.
■■Apresentar a mídia: Foco atencional.
■■Pausar a mídia em “0:23” e perguntar: quem conseguiu contar e qual a resposta correta? Após as respostas,
perguntar se alguém percebeu algo de diferente na mídia, como um Gorila. Aguardar respostas e dar
continuidade à mídia.
■■Discutir um pouco sobre a natural tendência da mente humana a não perceber o que não está no raio de sua
atenção e refletir sobre a importância de focar em algo relevante e não ser distraído por outras demandas.

DESENVOLVIMENTO
■■Em seguida, orientar as equipes sobre as atividades da aula: aquelas equipes que já tiverem elaborados seus
questionários/ entrevistas podem ir à campo, para coleta de dados. As equipes que já tiverem aplicados seus
80´ questionários podem utilizar a aula para fazer a tabulação dos resultados e dar continuidade à elaboração da pesquisa.
■■Destacar a importância do cuidado e respeito com os respondentes no momento da entrevista, uma vez
que o assunto acordado pode ser de difícil abordagem, bem como o respeito ao sigilo quanto à identidade dos
respondentes, caso seja solicitado.

ENCERRAMENTO
10´ ■■Reunir as equipes na sala e orientar que os dados coletados em campo sejam trazidos na próxima aula para realização
da tabulação.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Mídia: Foco atencional (link: https://www.youtube.com/watch?v=55BURpAzDu8)
■■Mapa de Pesquisa - para acompanhamento dos temas das Pesquisas da turma
■■Laboratório de informática/ Computador

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor, é importante alinhar com o Núcleo Gestor as atividades desta aula, uma vez que os alunos estarão fora de sala, em contato com outros
colegas e comunidade escolar.
218 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

TABULAÇÃO DOS RESULTADOS


AULA

14
OBJETIVOS ■■Acompanhar a execução das pesquisas
■■Apoiar os alunos na atividade de tabulação de questionários.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Provocar a turma: “quem aqui gosta de desafios? Trouxe hoje um desafio bem legal, vamos ver quem consegue
15´ resolver em 10 minutos”!
■■Exercício de lógica (anexo): entregar uma cópia do problema para cada equipe. Ao final de 10 minutos, socializar
as respostas e, depois de mais 5 minutos, buscar resolver as questões com a ajuda de todos. Resposta: C.

DESENVOLVIMENTO
■■Exercício de tabulação: (anexo)
> Dividir os alunos nas equipes da pesquisa. Cada equipe aplicará uma enquete com todos os alunos da sala
(inclusive com seus membros). A lista com os temas deve ser apresentada às equipes para a escolha.
> Após a aplicação da enquete, cada equipe se reúne para tabular os dados.
80’ > Depois de tabulados, chamar a atenção para o modelo da tabela ao pé da folha da enquete, informando qual
número corresponde a 100% (total de alunos presentes no dia);
> Ensinar os alunos a fazerem a tabela com os números absolutos e relativos, percentuais de respostas do sim e do
não (ver se é necessário/possível conseguir o apoio do professor de matemática para essa aula);
> Ao final, cada equipe apresenta os resultados para o grupo.
■■Reunião em equipe para acompanhamento da execução da pesquisa: momento para que as equipes
possam dar continuidade ao desenvolvimento da pesquisa.

ENCERRAMENTO

■■Solicitar que os alunos se organizem em círculo e completem a frase: “a tabulação de pesquisa serve para...” (10 alunos).

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Exercício de lógica (anexo)
■■Exercício de tabulação “Enquetes” (anexo)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 219

ANEXO

Exercício de Lógica 27
A figura mostra a localização dos apartamentos de um edifício de três pavimentos que tem apenas
alguns deles ocupados:
Sabe-se que:
■■Maria não tem vizinhos no seu andar, e seu apartamento localiza-se o mais a leste possível;
■■Taís mora no mesmo andar de Renato, e dois apartamentos a separam do dele;

■■Renato mora em um apartamento no segundo andar exatamente abaixo do de Maria;

■■Paulo e Guilherme moram no andar mais baixo, não são vizinhos e não moram abaixo de um
apartamento ocupado.
■■No segundo andar estão ocupados apenas dois apartamentos.

11 12 13 14 15

N
6 7 8 9 11 O L

S
1 2 3 4 5

Se Guilherme mora a sudoeste de Tais, o apartamento de Paulo pode ser:


a) 1 ou 3
b) 1 ou 4
c) 3 ou 4
d) 3 ou 5
e) 4 ou 5

27 Fonte: Fundação Carlos Chagas – Analista Judiciário – TRT (2004)


http://calculemais.com.br/exercicios_matematica/exercicios_de_matematica.php?id=25&d=raciocinio_logico
220 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Sugestões de perguntas
para as Enquetes:
■■Em sua opinião, a gravidez na adolescência acontece por falta de orientação?
■■Você é a favor das cotas nas universidades públicas?
■■Em sua opinião, as redes sociais devem ser reguladas para assegurar a privacidade dos
internautas?
■■Em sua opinião, os jovens devem se envolver na política?
■■Você é favorável à adoção de crianças por casais do mesmo sexo?
■■Você é favorável ao uso de células-tronco de embriões em pesquisas?
■■Você é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo?
■■Você é a favor do uso da “pílula do dia seguinte”?
■■Em sua opinião, o Brasil é um país racista?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 221

ANEXO

Atividade: Enquetes
PERGUNTA: PERGUNTA:
ALUNOS SIM NÃO ALUNOS SIM NÃO
1. 1.
2. 2.
3. 3.
4. 4.
5. 5.
6. 6.
7. 7.
8. 8.
9. 9.
10. 10.

PERGUNTA: PERGUNTA:
ALUNOS SIM NÃO ALUNOS SIM NÃO
1. 1.
2. 2.
3. 3.
4. 4.
5. 5.
6. 6.
7. 7.
8. 8.
9. 9.
10. 10.

TOTAL DE ALUNOS SIM NÃO


ABS. % ABS. % ABS. %

100

Fonte: Pesquisa direta realizada pelos alunos em __/__/____.

OBS: as respostas de cada equipe devem ser registradas nas 04 tabelas acima. Elas estão divididas desta forma
para facilitar o trabalho da equipe, possibilitando que os membros se dividam para aplicar as perguntas com os
colegas (ficando uma tabela para cada membro ou para uma dupla). Importante garantir que a mesma pessoa
não responda a pergunta mais de uma vez.
222 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

COMUNICAÇÃO E MÍDIA
AULA
OBJETIVOS

15
■■Apresentar a mídia como formadora de opinião
■■Discutir as mensagens que os diferentes meios de comunicação transmitem
■■Realizar com o grupo a análise de programas e mídias que utilizam as redes sociais
■■Analisar criticamente com os alunos as reportagens, representando-as através da
linguagem corporal

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Informar que a proposta para hoje é dar continuidade às reflexões sobre comunicação, ampliando o escopo das
mídias que são acessadas no dia a dia.
Atividade: Analisando as Mídias de comunicação
20´ > Previamente, confeccionar tarjetas com o nome de redes sociais e programas de TV, tais como: Facebook,
Twitter, Novelas, Reality Shows, Programas Policiais.
> Espalhar as tarjetas no chão da sala e solicitar que os alunos circulem observando as tarjetas. Ao sinal, cada
aluno deverá se encaminhar para aquela tarjeta onde está escrito o tipo de mídia que, em sua opinião, traz mais
informações.
> Formam-se equipes, que deverão identificar e apresentar os pontos negativos e positivos da mídia escolhida.

DESENVOLVIMENTO
■■Distribuir para os alunos o texto: “O que é mídia?” (anexo) e orientar a leitura coletiva, realizando uma breve
reflexão com os alunos sobre os conceitos apresentados.
■■Em seguida, indagar à turma: “o que vocês entendem por jornal vivo”? Anotar ideias centrais no quadro e convidar os
alunos para vivenciar um “Jornal Vivo”.
Atividade Jornal Vivo:
70’ > Selecionar previamente cinco reportagens atuais. Dividir a sala em cinco equipes e entregar uma reportagem
para cada uma.
> As equipes deverão apresentar a reportagem para a turma através de uma peça muda, não podendo emitir
nenhum som.
> As demais equipes deverão adivinhar do que trata a reportagem.
■■Refletir com a turma:
> Vocês conseguem identificar quais competências foram trabalhadas nessa atividade?
> Por que é importante trabalhar comunicação neste momento?
> Como o desenvolvimento dessas competências podem impactar na apresentação da pesquisa?

ENCERRAMENTO
■■Exibir a imagem (anexa) e perguntar: “Quantas meninas existem na imagem”? Após 30 segundos de análise, retirar a

10´ imagem e perguntar: “Vocês estão certos quanto ao número de meninas na imagem”?
■■Ao final, dizer que na foto existem apenas duas meninas. Realizar a reflexão sobre a importância de se estar atento
sobre a veracidade das informações que recebemos dos diferentes canais de comunicação, ressaltando que o nosso olhar,
deve ir além da imagem que enxergamos.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Tarjetas com as mídias sociais
■■Texto: “O que é mídia?” (anexo)
■■Cinco reportagens atuais (sugestão no material de suporte)
■■Imagem “Além da imagem” (anexo)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 223

ANEXO

O que é a Mídia? 28
Mídia consiste no conjunto dos diversos meios de comunicação, com a finalidade de transmitir
informações e conteúdos variados.
O universo midiático abrange uma série de diferentes plataformas que agem como meios para dis-
seminar as informações, como os jornais, revistas, a televisão, o rádio e a internet, por exemplo.
A mídia está intrinsecamente relacionada com o jornalismo, mas também com outras especialidades
da comunicação social, como a publicidade. A propaganda também se apropria dos meios midiáti-
cos para atingir os seus objetivos, visto que a mídia atinge e exerce uma enorme influência na vida
dos indivíduos na contemporaneidade.
Na língua portuguesa, o termo “mídia” se originou a partir do inglês media, a versão simplificada de
mass media, que consiste justamente na expressão utilizada para se referir aos meios de comunicação
em massa. Porém, principalmente após o advento da internet, a mídia passa a ser mais heterogênea,
pautando assuntos que não são de interesse exclusivo das grandes empresas de comunicação liga-
das ao governo, por exemplo.
Na língua portuguesa, o termo “mídia” se originou a partir do inglês media, a versão simplificada de
mass media, que consiste justamente na expressão utilizada para se referir aos meios de comunicação
em massa.
Atualmente, os comunicólogos dividem os tipos de mídia em duas principais categoriais: analógico
e digital / eletrônico.

Tipos de mídia
A principal diferença entre ambos os modelos é a possibilidade do feedback através da mídia digital,
presente principalmente na internet e smartTV’s, por exemplo.
Na mídia analógica (ou também conhecida como “mídia tradicional”), o processo de comunicação é
unilateral, ficando o receptor incapacitado de responder ou interagir com a informação ou conteúdo
que recebe.

Mídias sociais
A mídia digital se desenvolveu com o advento da internet, facilitando a troca de informações entre os
produtores midiáticos e os receptores, além de possibilitar algo inédito e revolucionário na comuni-
cação: a interação instantânea entre ambas as partes. As redes sociais (também conhecidas por mí-
dias sociais), como o Facebook, Twitter, Instagram e blogs, por exemplo, são, atualmente, os principais
meios de comunicação digital existentes.

28 Fonte: https://www.significados.com.br/midia/ - Acesso em 29.06.2017 as 13:28


224 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Imagem: “Além da Imagem”


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 225

REDES SOCIAIS
AULA

16
OBJETIVOS ■■Provocar o grupo a refletir sobre a pertinência ou não, de seus comportamentos e reações
nas redes sociais

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar comentando que a proposta hoje é parar um pouco para refletir sobre outras formas de se comunicar e
acessar diversos públicos.
■■Provocar: como podemos nos comunicar com outros grupos, outras comunidades, além da abordagem pessoal,
presencial?
30´ ■■Após voluntários citarem as Redes Sociais, perguntar: “Vocês alguma vez já pararam para se perguntar: “Como as
Redes influenciam, aproximam, afastam, expõem as pessoas? É sobre isso que queremos conversar nessa aula de
hoje”.
■■Convidar a turma a assistir a Mídia: “Are You Living an Insta Lie? Social Media Vs. Reality (Você está vivendo
uma vida de mentiras no Instagram? Mídia sociais versus realidade)
■■Após a exibição da mídia, promover uma reflexão com o grupo sobre as aparências exibidas nas redes sociais, o
estímulo ao consumo e o culto ao corpo e à vida perfeita.

DESENVOLVIMENTO
■■Solicitar que cada aluno responda ao questionário: “Você e as redes sociais” (anexo). Após a resolução dos
50´ questionários, dividir os alunos em 06 equipes para compartilhamento das respostas.
■■Ao final, cada equipe define um representante para trazer uma reflexão sobre os pontos que mais chamaram atenção
e os comportamentos adotados nas redes.

ENCERRAMENTO
20´ ■■Escrever no quadro a frase “Quem dá importância demais para a aparência, acaba descuidando da própria essência”.
(Suely Buriasco)
■■Solicitar que, a partir da frase, os alunos façam uma analogia com o que foi visto na aula de hoje.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Mídia: “Are You Living an Insta Lie? Social Media Vs. Reality (Você está vivendo uma vida de mentiras no Instagram? Mídia sociais versus realidade)
Link: https://www.youtube.com/watch?v=0EFHbruKEmw
■■Questionários: Você e as redes sociais (anexo)
226 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Questionário: Você e
as redes sociais
VOCÊ E AS REDES SOCIAIS CURTE NÃO
CURTE
Você exibe fotos ou vídeos seus, de biquíni ou de sunga com visualização aberta em seu Instagram,
1
Snapchat ou demais redes Sociais?
2 Você posta fotos suas em festas que frequenta?
3 Você mantém fotos de ex-namorados (as) em seu perfil de redes socais?
4 Você publica fotos de irmãos, sobrinhos, filhos ou outras crianças da família na Internet?
5 Você marca pessoas nas fotos sem antes pedir autorização?
Você compartilha vídeos ou fotos suas ou de outras pessoas, (nudes) em situações intimas ou
6
vexatórias através do whatsapp ou de outros canais de comunicação, ainda que não conste o rosto?
7 Você atualiza seu status de relacionamento em redes sociais?
8 Você envia recados públicos de amor?
9 Você usa a rede para brigar ou soltar indiretas?
10 Você manda solicitações de jogos e testes para seus amigos?
11 Você põe uma mensagem de luto no mural de uma pessoa que acaba de morrer?
12 Você entra na conversa pública de seus amigos sem ter sido convidado?
13 Você adiciona amigos a grupos de discussão sem antes perguntar se eles querem participar?
14 Você aceita como amigos pessoas com quem não tem intimidade ou desconhece?
15 Você expõe opiniões políticas, ideológicas e religiosas em redes sociais?
16 Você participa de grupos polêmicos ou preconceituosos na internet?
17 Você expõe seus problemas emocionais nas redes sociais?
18 Você divulga mensagens religiosas?
19 Você costuma mostrar o tempo todo como sua vida é legal e como são bacanas as coisas que você faz?
20 Você se queixa de empresas e serviços nas redes sociais, usando-os como uma espécie de Procon?
21 Você compartilha imagens e vídeos engraçadinhos que todo mundo está enviando?
22 Você informa sua rotina nas redes sociais?
23 Você informa o endereço onde reside ou compartilha a sua localização no momento?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 227

ANEXO
QUESTIONÁRIO: VOCÊ E AS REDES SOCIAIS (Continuação)

VOCÊ E AS REDES SOCIAIS COMENTÁRIOS


Você põe fotos suas de biquíni ou sunga no mural? Você Escolha direito. Pense que as imagens que você postar podem
1
posta nudes? aparecer na tela de várias pessoas
Muitas vezes as aparências enganam. Cuidado com fotos em
2 Você posta fotos suas em festas que frequenta? ambientes descontraídos que podem ser exploradas em outros
contextos.
Melhor não! A(o) ex pode não gostar e a(o) atual pode ficar
3 Você mantém fotos de ex-namorados (as) em seu mural?
chateada(o), gerando um mal-estar entre todos.
Você publica fotos de irmãos, sobrinhos, filhos ou outras crianças Lembre-se que crianças tem direito a privacidade. Elas podem
4
da família na Internet? reclamar no futuro. E existem abusadores e pedófilos.
Tremenda invasão de privacidade. As pessoas têm o direito de
5 Você marca pessoas nas fotos sem antes pedir autorização?
escolher fotos em que serão vistas.
Você publica fotos de quem ainda não conhece, ainda que Parece inofensivo, mas as pessoas podem ser reconhecidas e
6
sem rosto? ridicularizadas. E se fosse você?
Quando começa, é bonitinho; quando termina, dói. Se for
7 Você atualiza seu status de relacionamentos?
inevitável divulgar combine com a outra parte.
Você acha fofo, mas, para quem olha de fora, pode parecer
8 Você envia recados públicos de amor?
ridículo. Lembre que existem as mensagens fechadas.
É deselegante. Melhor acertar as contas em mensagens privadas.
9 Você usa a rede para brigar ou soltar indiretas?
Esse tipo de barraco queima seu filme.
Uma das coisas mais chatas da Internet é receber esse tipo de
10 Você manda solicitações de jogos e testes para seus amigos?
“solicitação”. Não chateie quem não joga.
Você põe uma mensagem de luto no mural de uma pessoa que Há certa morbidez nisso. Existem outras formas de manifestar seu
11
acaba de morrer? pesar. Escreva em seu próprio mural por exemplo.
Você entra na conversa pública de seus amigos sem ter sido Depende da proximidade dos amigos e do teor da conversa. Nada
12
convidado? mais chato que estranhos agindo como íntimos.
Você adiciona amigos a grupos de discussão sem antes perguntar Não faça isso. Quando dezenas de e-mails não solicitados
13
se eles querem participar? começam a chegar, você passa a ser detestado.
Você tem direito de escolher quem vai ler suas atualizações. Ponha
14 Você aceita como amigos pessoas com quem não tem intimidade?
o colega num grupo de acesso restrito.
A Internet é “o” veículo de debates, mas o que você publica fica
15 Você expõe opiniões políticas e ideológicas nas redes sociais?
gravado e pode ser usado contra você.
Você participa de grupos polêmicos ou preconceituosos na Se a Internet fosse um bairro, você estaria no quarteirão barra
16
Internet? pesada. Pense se quer ficar nessa companhia.
228 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
QUESTIONÁRIO: VOCÊ E AS REDES SOCIAIS (Continuação)

VOCÊ E AS REDES SOCIAIS COMENTÁRIOS


Cuidado, isso pode passar uma imagem pública de instabilidade.
17 Você expõe seus problemas emocionais nas redes sociais?
Melhor falar em particular com os amigos.
Quem não compartilha sua fé pode se sentir incomodado. Melhor
18 Você divulga mensagens religiosas?
dialogar com outras pessoas religiosas.
Você costuma mostrar o tempo todo como sua vida é legal e como Em vez de atrair pessoas que deve ser seu objetivo, isso faz com
19
são bacanas as coisas que você faz? que você pareça bobo, e elas se afastam.
Você se queixa de empresas e serviços nas redes sociais, usando- Às vezes isso funciona, mas cuidado para não virar aquela pessoa
20
os como uma espécie de Procon? que só reclama na Internet e ninguém se importa.
Você compartilha imagens e vídeos engraçadinhos que todo A questão aqui é quantidade. Um vídeo fofo será apreciado. Dez
21
mundo está enviando? vídeos fazem de você uma pessoa sem noção.
Quem não deve satisfação a ninguém quer mesmo um monte de
22 Você informa sua rotina nas redes sociais?
gente seguindo os seus passos?
Melhor não fazer isso. Você já viu aqueles filmes de terror em que
23 Você informa o endereço da sua casa ou de onde você está?
o psicopata fica rondando a casa da vítima?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 229

NÃO ESTOU SOZINHO (APRENDIZAGEM COOPERATIVA)


AULA

17
OBJETIVOS ■■Estimular e desenvolver habilidades sociais
■■Encorajar os alunos a contribuírem com a aprendizagem dos outros
■■Criar uma relação cooperativa entre alunos e professores

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Perguntar se refletiram sobre a atividade da aula anterior e como se percebem agora, em suas comunicações pelas
Redes Sociais. Algo mudou?
■■Convidar os alunos a participarem do Papapá. Dividir o grupo em 3 equipes. As equipes deverão:
1. Equipe 1: bater uma palma e falar “Pa”, simultaneamente
2. Equipe 2: bater duas palmas e falar “Papa”, simultaneamente
3. Equipe 3: bater três palmas e falar “Papapa”, simultaneamente
■■Fazer uma vez com o grupo para testar se entenderam
■■Depois informar que a sequência será: Pa (1), Papapa(3), Papa(2), Papapa(3), Papa(2), Pa(1)

15’ ■■Fazer com eles da seguinte forma:


1. Sem ajudar
2. Dizer que vai ajudar e atrapalhá-los (vc atrapalha apontando a equipe errada propositalmente, como um
maestro, isso vai induzi-los ao erro!)
3. Ajudá-los na realização da tarefa, orientando, conduzindo, apontando, até acertarem a sequência.
■■Reflexão:
1. O objetivo traçado foi alcançado?
2. Se alguma das equipes não realizasse sua atividade corretamente o objetivo seria alcançado?
3. E se apenas um membro das equipes não cumprisse realizasse sua atividade corretamente, o objetivo geral
seria alcançado?
4. Fazer um resgate das dificuldades e vantagens de se trabalhar em equipe, vistos em aulas anteriores.

DESENVOLVIMENTO
■■Apresentação dialogada do PPT – Aprendizagem Cooperativa.
■■Ao final, questionar:
> Foi possível compreender a diferença entre trabalhar de forma cooperativa e colaborativa?
> Quais são o 5 elementos básicos da Aprendizagem Cooperativa.
> Normalmente, quando trabalhamos em equipe, trabalhamos de forma cooperativa ou colaborativa?
■■Lançar dois desafios para a turma:
> Enigma com palavras - anexo
85’ > Desafio do palito – anexo
■■Informar que eles terão um tempo para solucioná-los individualmente. Depois de 5 minutos, formar equipes com 4
componentes e pede para que juntos eles busquem solucionar os desafios propostos.
Reflexão:
> Foi fácil solucionar os desafios individualmente? E em grupo?
> Como ocorreu a discussão no grupo?
> Surgiram soluções diferentes para os desafios lançados?
> O que estas atividades nos ensinam?
> Qual é a sensação de contribuir com a aprendizagem do colega? E a sensação de aprender com o colega?
> Nesta atividade, trabalhamos de forma colaborativa ou cooperativa? Por que?
230 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

NÃO ESTOU SOZINHO (APRENDIZAGEM COOPERATIVA)


AULA

17
OBJETIVOS ■■Estimular e desenvolver habilidades sociais
■■Encorajar os alunos a contribuírem com a aprendizagem dos outros
■■Criar uma relação cooperativa entre alunos e professores

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
10’ ■■Em círculo, fazer uma reflexão com o grupo: o que eu imaginava que era aprendizagem cooperativa e o que eu aprendi?
É possível levar este método para outros trabalhos?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Enigma com palavras e desafio do palito (anexo) impressos (um para cada aluno)
■■Computador/ data show/ PPT Aprendizagem Cooperativa

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Estudar material sobre Aprendizagem Cooperativa previamente.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 231

QUEM SOU E QUEM POSSO SER


AULA

18
OBJETIVOS ■■Refletir com os alunos sobre suas atitudes, sobre quem são e quem querem ser.
■■Refletir sobre a importância que cada pessoa tem em suas vidas.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■ACOLHIDA
50’ ■■Iniciar a aula exibindo as imagens (anexo). Após alguns instantes, perguntar aos alunos: “O que vocês veem nas
imagens”? “Que mensagem elas passam”? “Existe diferença entre a imagem real e a imagem projetada”? “Será que a
imagem projetada é sempre positiva”? Abrir para comentários.

DESENVOLVIMENTO
■■Convidar os alunos a realizar uma autorreflexão sobre a sua personalidade.
■■Entregar para cada aluno o instrumental “Construindo minha personalidade” (anexo). Os alunos devem preencher o
instrumental, definindo “o seu verdadeiro Eu”, o “seu Eu Social” e o “seu Eu Ideal”.
■■Ao finalizar, solicitar que cada aluno faça uma apresentação de si para a turma, no tempo de 60 segundos.

30’ ■■Encerrar a atividade provocando uma reflexão com os alunos (anexo). Solicitar que completem individualmente o
quadro: “REFLETINDO...”
> O meu “Eu Verdadeiro” está muito distante do meu “Eu Ideal”?
> Esse meu “Eu Ideal” é realmente um desejo meu, ou uma projeção das minhas expectativas e daquilo que
admiro no outro?
> O meu “Eu Social” se aproxima do meu “Eu Verdadeiro”?
> O que podemos fazer para aproximar o meu “Eu Verdadeiro” do meu “Eu Ideal”?

ENCERRAMENTO
■■Convidar o grupo para ficar de pé em círculo. Pedir que fiquem de mãos dadas e colocar uma música. Solicitar que os

10´ alunos se movimentem de um lado para o outro, todos em sincronia.


■■Quando todos estivem na mesma energia positiva, pede que soltem as mãos e comecem a se abraçar dizendo palavras
de carinho e afeto uns aos outros.
■■Solicitar que os alunos arquivem a atividade em seus portfólios.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Imagens (anexo)
■■Instrumental “Construindo minha personalidade” (anexo)
■■Instrumental “Refletindo...” (anexo)
■■Música
232 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Enigma com Palavras


Você consegue reorganizar esses quadrados e formar três palavras de nove letras?

NAR OTO ETA

CIO BOR MON

FRA NIA BOL

Desafio do Palito:
Como fazer com que, movendo apenas 01 palito, a igualdade fique correta?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 233

ANEXO

Imagens:
234 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Instrumental “Construindo
minha personalidade” 29
Eu verdadeiro Eu social Eu ideal

É a sua carteira de identidade: sexo, Quem você pensa que é aos olhos dos Quem você gostaria de se tornar?
idade, características, gostos, vontades, outros.
manias, defeitos, valores, etc.

DEFINA O SEU EU VERDADEIRO: Apresente-se de forma objetiva e sincera quem você é, incluindo
características, gostos, vontades, manias, defeitos, valores, objetos que gosta e etc.
Eu sou... ___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

29 Fonte adaptada do Caderno de exercícios para se desvencilhar de tudo que é inútil. Editora Vozes. Petrópolis - 2015.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 235

ANEXO
INSTRUMENTAL “CONSTRUINDO MINHA PERSONALIDADE” (Continuação)

DEFINA O SEU EU SOCIAL: Como acha que é visto pelos outros.


Sou visto pelos outros... _______________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

DEFINA O SEU EU IDEAL: Quem vc gostaria de se tornar? Destacar características físicas, psicológi-
cas, gostos, sonhos de consumo, profissão... para se aproximar do seu “Eu Ideal”.
Eu gostaria de ser... __________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
236 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Refletindo…
O meu “Eu Verdadeiro” está muito distante do meu “Eu Ideal”? Esse meu “Eu Ideal” é realmente um desejo meu, ou uma
projeção das expectativas e daquilo que admiro no outro?

O meu “Eu Social” se aproxima do meu “Eu Verdadeiro”? O que fazer para aproximar o meu “Eu Verdadeiro”
do meu “Eu Ideal”?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 237

CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS


AULA

19
OBJETIVOS ■■Promover o bem estar entre os alunos, familiares e professores.
■■Estimular a empatia e a tolerância nos relacionamentos.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Convidar os alunos a ficarem de pé em círculo. Entregar para cada aluno uma frase (anexo) e solicitar que a
completem de acordo com seus pensamentos e sentimentos. Após o preenchimento, solicitar que alguns voluntários
20’ compartilhem as suas respostas.
■■Refletir com os alunos sobre os temas trabalhados até então: Bullying, negociação de conflitos, comunicação,
diversidade, uso consciente das redes sociais.
■■Perguntar: “Esses temas nos ajudaram a construir relacionamentos mais saudáveis com nossos colegas e
familiares”? “Essas aulas favoreceram um conhecimento melhor do outro e de si”? Abrir para comentários.

DESENVOLVIMENTO
■■Solicitar que voltem para suas cadeiras e propor a leitura coletiva do texto: “O Círculo da Tolerância” (anexo). Após
esse momento perguntar:
> O que acharam do texto?
> Que posturas devemos adotar para rompermos com o ciclo da intolerância?
■■Em seguida, distribuir imagens distintas (anexas) entre os alunos e dividir a turma em 05 equipes: coração, nuvem,
sol, sorriso e lua.
■■Entregar para cada equipe uma cópia de uma situação relacional bem-sucedida (anexo). Com base nesta situação
recebida, cada integrante da equipe deve compartilhar uma experiência semelhante vivenciada por ele, identificando
40’ quais habilidades foram desenvolvidas. Os demais integrantes devem ouvir atentamente o relato da situação. Após esse
momento, eles devem escolher apenas uma história por equipe para compartilhar no grupão.
■■Ao final das apresentações das equipes, provocar: “Será que vale a pena cultivar relacionamentos saudáveis? Será que,
para se ter bons relacionamentos, é necessário se colocar no lugar do outro”?
■■Em seguida exibir a mídia: Cuidar do outro!
■■Novamente, provocar:
> Será que não está na hora de cuidarmos uns dos outros?
> Será que não está na hora de promovermos uma cultura voltada para a paz e para os bons relacionamentos?
> O que vocês acham disso tudo?
> Que relação podemos fazer entre a mensagem da mídia e a construção do nosso Projeto de Vida?
238 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS


AULA

19
OBJETIVOS ■■Promover o bem estar entre os alunos, familiares e professores.
■■Estimular a empatia e a tolerância nos relacionamentos.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Indagar: diante de tudo que vivenciamos nessa aula, que tal fazermos um TRATADO? Vocês sabem o que significa a
palavra TRATADO? A palavra TRATADO de acordo com o dicionário Aurélio significa: Contrato internacional referente a
comércio ou a Paz. De acordo com o dicionário informal significa: Aquilo que foi combinado.
■■Colocar no centro da sala uma folha de papel madeira, canetinhas e pedir para que os alunos pensem em alguma
40’ mensagem, sentimento ou um desenho que promova a paz e gere relacionamentos saudáveis.
■■Em seguida, convidar um a um para escreverem na folha a sua mensagem com a sua assinatura, se comprometendo
em promover a cultura da paz.
■■E concluir a aula dizendo: “Quando eu sinto empatia pelo outro, quando eu cuido do outro, é a mim que
isso faz bem”!
■■Observação: Colar na parede esse Tratado da Paz. Sempre que for necessário, lembrar a turma do acordo que fizeram.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Cópias das frases para completar (anexo)
■■Cópias do Texto: O Círculo da tolerância (anexo)
■■Figuras para divisão dos grupos (anexo)
■■Cópias do exemplo de situação relacional bem-sucedido (anexo)
■■Folha de papel madeira/ canetinhas
■■Mídia: Cuidar do outro (https://youtu.be/ncTa9-mPdBE)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 239

ANEXO

Sinto-me feliz quando…

Sinto-me triste quando…

Percebo que minha família fica feliz quando…

Sinto que minha família fica triste quando eu…

Sinto que meu professor fica feliz quando eu faço…

Sinto que meu professor fica triste quando eu …

Quando eu realizo minhas tarefas da escola meus pais ficam…

Quando eu desrespeito minha família, ela toma atitude de….

Quando eu desrespeito meus professores, eles tomam atitude de….

Meu professor me alegra quando…

Quando o meu professor me elogia eu sinto….

Quando o meu professor sorri eu sinto…

O jeito que mais aprendo com o meu professor é por meio de…

Com o meu professor eu aprendo…

Eu consigo me colocar no lugar dos meus amigos quando …

Eu consigo me olhar como sou quando…

Eu consigo me colocar no lugar da minha família quando..

Eu consigo me colocar no lugar do meu professor quando..


240 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
(Continuação)

Eu consigo me colocar no lugar da natureza quando …

Eu consigo me colocar no lugar dos animais quando....

Eu confio em mim porque….

Eu confio nos meus colegas porque….

Eu confio na minha família porque….

Eu confio no meu professor porque….

Eu admiro a mim porque…

Eu admiro meus colegas porque…

Eu admiro um familiar meu porque…

Eu gosto dos meus colegas porque…

Eu gosto da minha família porque…

Eu peço perdão à minha família quando…

Eu peço perdão aos meus amigos quando…

Eu peço perdão aos meus professores quando…

Eu peço perdão a natureza quando…


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 241

ANEXO

O círculo da tolerância 30

Um famoso senhor com poder de decisão, gritou com um diretor da sua empresa, porque estava
com ódio naquele momento.
O diretor, chegando em casa, gritou com sua esposa, acusando-a de que estava gastando demais,
porque havia um bom e farto almoço à mesa.
Sua esposa gritou com a empregada que quebrou um prato.
A empregada chutou o cachorrinho no qual tropeçara.
O cachorrinho saiu correndo, e mordeu uma senhora que ia passando pela rua, porque estava atra-
palhando sua saída pelo portão.
Essa senhora foi à farmácia para tomar vacina e fazer um curativo, e gritou com o farmacêutico, por-
que a vacina doeu ao ser-lhe aplicada.
O farmacêutico, chegando à casa, gritou com sua mãe, porque o jantar não estava do seu agrado.
Sua mãe, tolerante, um manancial de amor e perdão, afagou-lhe seus cabelos e beijou-o na testa,
dizendo-lhe:
-”Filho querido, prometo-lhe que amanhã farei os seus doces favoritos.
Você trabalha muito, está cansado e precisa de uma boa noite de sono.
Vou trocar os lençóis da sua cama por outros bem limpinhos e cheirosos para que você descanse
em paz.
Amanhã você vai sentir-se melhor.”
E abençoou-o, retirando-se e deixando-o sozinho com os seus pensamentos.
Naquele momento, rompeu-se o círculo do ódio, porque esbarrou-se com a tolerância, a doçura, o
perdão e o amor.
Faça você o mesmo.

30 Link: http://metaforas.com.br/o-círculo-da-tolerancia - Acesso 25/06/17- as 19:00


242 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 243

ANEXO

Exemplo de um momento relacional bem-sucedido: Embora eu estivesse com medo, telefonei


para uma amiga com quem eu estava em conflito para pedir uma explicação a respeito da nossa
briga. Durante nossa conversa, escutei o que ela tinha para me dizer e me expressei com toda a sin-
ceridade. Ao escutar a versão dela, dei boas gargalhadas (ri do meu comportamento e da situação,
que, no fim das contas, era ridícula!). Após esse esclarecimento, fizemos as pazes e ficamos ainda mais
amigas uma da outra!
Minhas competências: coragem para me expressar, audácia, confiança, capacidade para resolver
uma dificuldade, cuidado atencioso com o relacionamento, saber escutar o outro, humor, humildade,
agir em função dos meus objetivos, respeito próprio...
244 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

SEMPRE HÁ O QUE SE AGRADECER!


AULA

20
OBJETIVOS ■■Refletir sobre a importância de ressignificar situações adversas de nossas vidas

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula, solicitando que os alunos andem pela sala e observem as imagens (anexo), que foram previamente
coladas. Provocar: “O que elas têm em comum”? “Sobre o que elas falam”? Abrir para comentários.
■■Após o primeiro debate, escrever no quadro a palavra RESSIGNIFICAR. Provocar a turma:

30´ > Vocês já ouviram essa palavra?


> Conhecem o seu significado?
> Podemos fazer uma relação entre a palavra ressignificação e essas imagens? Como?
■■Após a contribuição dos alunos, dizer que ressignificar é a habilidade de atribuir novos significados a
acontecimentos, a partir de uma mudança de visão de mundo. “Será que todos nós temos essa habilidade? Vamos
descobrir”?

DESENVOLVIMENTO
Atividade: “O jogo do Contente”
■■Perguntar: “Vocês já ouviram falar do Jogo do Contente? ” O objetivo do jogo é encontrar, em tudo que nos acontece,
algo para ficar contente, não importa quanto ruim e injusto isso possa parecer. Para ilustrar, convidar um aluno para ler
o trecho do livro “Pollyana” (anexo).
■■Após a leitura entregar o instrumental “Jogo do Contente” (anexo) e solicitar que, individualmente, cada aluno reflita
sobre momentos de adversidades que viveram e o que puderam ressignificar de positivo dessas experiências.
50´ ■■Após a reflexão, solicitar que os alunos formem duplas e compartilhem a frase: “Apesar das dificuldades, sou contente
por...”, destacando alguns acontecimentos de suas vidas, reconhecendo a importância de sempre buscar ver o lado
positivo em suas experiências.
■■Após a atividade, perguntar: “Qual a importância dessa habilidade para o desenvolvimento do nosso Projeto de Vida”?
“Como ela pode auxiliar nessa construção”?
■■Finalizar lembrando que: “em algum momento de nossas vidas poderemos passar por situações difíceis, mas que
sempre temos a opção de RESSIGNIFICAR esses acontecimentos e buscar dar novos sentidos a eles”. Ao final, lembrar
que “Cabe a cada um de nós perceber o lado positivo da vida. O poder está em nossa mente e coração”!

ENCERRAMENTO
■■Exibir a mídia: “Ouvir e ressignificar”
20´ ■■Após a exibição, abrir espaço para que voluntários possam falar sobre suas percepções.
■■Reforçar a importância do processo de escuta e compartilhamento sentimentos, que pode ser realizada não somente
por um psicólogo, mas por alguém em quem confiamos e podemos contar.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Imagens (anexo)
■■Texto: Trecho do livro Pollyana e Instrumental “Jogo do Contente” (anexo)
■■Mídia “Ouvir e ressignificar” (Link https://www.youtube.com/watch?v=-M3iJ7ef5iE)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 245

ANEXO

Frases e imagens – Ressignificação


246 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
FRASES E IMAGENS – RESSIGNIFICAÇÃO (Continuação)

“Se a vida te der um

limão, faça um suco


e tome em jejum.
É detox!”
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 247

ANEXO

Trecho de Pollyanna 31

por Eleanor H. Porter

– Pobrezinha! Deve estar com fome, também. Receio que tenha que comer apenas pão e leite comigo
na cozinha. Sua tia ficou zangada de não ter aparecido para o jantar.
– Mas eu não podia. Estava lá em cima.
– Sim, mas ela não sabia disso – observou Ana, com vontade de rir. – Sinto muito pelo pão e leite.
– Ah, eu não ligo. Estou contente.
– Contente? Por que?
– Porque gosto de pão e leite, e porque vamos comer juntas. Eu não vejo nenhum problema em não
ficar contente com isto.
– Você parece não ter dificuldade para ficar contente com tudo que acontece – respondeu Ana, recor-
dando as tentativas de Pollyanna para ficar contente com o quartinho do sótão.
Pollyanna sorriu docemente.
– Pois o jogo é assim mesmo, não sabe?
– Jogo? Que jogo?
– Sim, o “jogo do contente”.
– Sobre o que você está falando, menina?
– É do jogo. Papai me ensinou, e é lindo – disse Pollyanna. – Nós o jogamos desde que eu era peque-
na. Eu ensinei para as minhas vizinhas e algumas delas também o jogavam.
– Mas o que é? Eu não entendo muito de jogos. Pollyanna riu de novo, porém com um suspiro. Seu
rosto parecia tristonho.
– Começamos a jogá-lo quando recebemos umas muletas na coleta de doações.

31 Fonte Adaptada do Livro “Pollyana” - Disponível em: http://ler-ler-e-escrever.blogspot.com.br/2012/07/pollyanna-o-jogo-do-contente.html - Acesso 07/02/2017 as 18:20.
248 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
TRECHO DE POLLYANNA 31 (Continuação)

– Muletas?
– Sim, muletas. Eu queria uma boneca e papai escreveu pedindo uma. Mas, quando chegaram as
doações, não havia nenhuma boneca, e sim umas muletas para criança. Uma senhora as enviou pen-
sando que poderiam ser úteis para alguém. E foi assim que começamos.
– Mas não estou vendo nenhum jogo nisso – declarou Ana, quase irritada.
– O jogo é exatamente encontrar, em tudo, alguma coisa para ficar contente, não importa o quê –
respondeu Pollyanna com ar sério. – E começamos com as muletas.
– Eu não vejo nada para ficar contente. Receber um par de muletas quando queria uma boneca!
Pollyanna bateu palmas.
– É isso – gritou ela – eu também não percebi logo e papai teve que me explicar.
– Pois então me explique – retrucou Ana, impaciente.
– Pois o jogo consiste em ficar contente porque não precisamos delas! – exclamou Pollyanna,
triunfante. – Veja como é fácil quando se sabe.
– Que coisa estranha! – exclamou Ana, olhando Pollyanna com ar receoso.
– Estranho nada! É lindo! – continuou Pollyanna entusiasmada. – Desde então, nós jogamos sempre.
E quanto pior o que acontece, mais divertido fica para resolvê-lo. Mas geralmente não leva muito
tempo. E, muitas vezes, já penso nas coisas boas quase sem pensar. Me habituei a jogar o jogo.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 249

ANEXO

Jogo do Contente:
SITUAÇÃO ADVERSA RESSIGNIFICANDO

Passei pela situação... Mas, sou contente por...

Passei pela situação... Mas, sou contente por...


250 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

SEQUÊNCIA DE AULAS
NÚCLEO DE TRABALHO PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS – NTPPS
4º BIMESTRE – 1ª SÉRIE

AULA TÍTULO CARGA HORÁRIA


1 COMO FAZER UM RELATÓRIO DE PESQUISA 2
2 PESQUISA A TODO VAPOR! 2
3 PREPARAÇÃO PARA A O EVENTO DE APRESENTAÇÃO DAS PESQUISAS – FEIRA 2
4 APRESENTAÇÃO PRÉVIA DOS RESULTADOS DA PESQUISA 2
5 ÉTICA, MORAL E VALORES 2
6 VALOR E ATITUDES: MEU REFLEXO NA SOCIEDADE 2
7 FEIRA DE APRESENTAÇÃO DAS PESQUISAS (AULA MÓVEL) 2
8 PLANO DE AÇÃO E PREPARAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DAS AÇÕES 2
9 MEU GRANDE AMOR 2
10 DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA À AIDS – 1º DE DEZEMBRO 2
11 SIM, EU SOU ASSIM! 2
12 COMO LIDO COM A RAIVA 2
13 FRACASSAR É PRECISO 2
14 APRESENTAÇÃO E PREPARAÇÃO DAS AÇÕES 2
15 REALIZAÇÃO DAS AÇÕES NA ESCOLA (AULA MÓVEL) 2
16 O QUE VEM DE MIM? 2
17 MINHA VIDA, MEU COMPROMISSO 2
18 PASSADO, PRESENTE E FUTURO 2
19 O FUTURO QUE DESEJO PARA MIM: O QUE ESTOU PROJETANDO E PLANTANDO? 2
20 RITO FINAL: A VISTA ALÉM DA JANELA – VEM VOAR, SER QUEM VOCÊ QUISER SER! 2
TOTAL 40
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 251

GUIA PARA O PROFESSOR


ITINERÁRIO DA PESQUISA NA 1ª SÉRIE

Onde estamos com a pesquisa?


■■ Elaboração do Relatório Final da Pesquisa
■■ Confecção dos Banners
■■ Apresentação da Pesquisa no formato Feira
■■ Elaboração do Plano de ação
■■ Realização da ação
252 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

COMO FAZER UM RELATÓRIO DE PESQUISA


AULA

1
OBJETIVOS ■■Apresentar ao grupo a estrutura de um relatório de pesquisa, de forma a que eles tenham
domínio e familiaridade com essa estrutura.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula lembrando aos alunos que no bimestre anterior foi trabalhada a comunicação e a sua importância em
nosso cotidiano. E perguntar:
> É importante se comunicar e escrever bem?
> Que diferencial isso pode trazer, em nossa vida escolar e profissional?
> Como você acha que está seu português”?
20´ ■■Entregar aos alunos o “Desafio de Português” (anexo) e pedir que resolvam. Ao final do tempo (10 minutos)
exibir o gabarito. Cada um irá dizer quantas acertou. Vence quem acertar mais questões.
> Qual o sentimento de perceber que acertou todas as questões, ou a maior parte?
> Qual o sentimento ao perceber que ainda há muito a avançar?
> Esse exercício os desafia a estarem mais atentos ao português?
■■Lembrar que um bom domínio da língua Portuguesa é de extrema importância para a correta redação do Relatório
de Pesquisa.

DESENVOLVIMENTO
■■Orientar que os alunos se reúnam nas equipes das pesquisas e solicitar a leitura coletiva do texto: Como fazer um
relatório de pesquisa (anexo)
■■Trabalho em equipe: Elaboração da estrutura do Relatório de Pesquisa, contendo:
1. Capa
2. Folha de rosto
3. Agradecimentos
4. Sumário
70´ 5. Introdução
6. Desenvolvimento (divisão em tópicos)
7. Conclusão
8. Bibliografia
Observações:
■■A introdução deve conter contextualização da pesquisa realizada, relevância, metodologia, objetivos.
■■A conclusão deve conter os aprendizados, as indicações de novas pesquisas dentro do tema e as propostas de ação
para serem encaminhadas ao Núcleo Gestor da escola.
■■Elaborar as páginas iniciais (e mais o que for possível)
■■Reunião das equipes em sala de aula para planejamento / acompanhamento à execução das pesquisas.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 253

COMO FAZER UM RELATÓRIO DE PESQUISA


AULA

1
OBJETIVOS ■■Apresentar ao grupo a estrutura de um relatório de pesquisa, de forma a que eles tenham
domínio e familiaridade com essa estrutura.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
10´ ■■Orientar às equipes que façam entre os membros, a divisão das atividades a serem realizadas para conclusão do
Relatório da Pesquisa, bem como a organização das informações principais da pesquisa, para elaboração do banner.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Desafio de Português (anexo)
■■Laboratório de informática/ Computadores
■■Texto: Como fazer um relatório de pesquisa

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR

■■Professor, solicitar a participação do professor de LEI na próxima aula para auxiliar as equipes na elaboração dos banners.
254 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Teste: Iniciativa X Acabativa


1. DESAFIO DE PORTUGUÊS .
Você domina o Português? Vamos conferir? Abaixo você tem um quadro com palavras. O desafio é
completar as frases corretamente. Lembrando que elas não se repetem, ok?
Preparado? Ação!

Ao invés de – Mas – Mais – Em vez de – Mais – Mau – Mal – Por isso –


Porque – Porquê – Por quê – Por que

a. Carlos optou por fazer somente a introdução do trabalho ______________ da conclusão.


b. Nossa equipe trabalhou muito bem! Estamos __________ satisfeitos com nosso trabalho.
c. Estudei muito para essa prova. Não quero me dar ___________.
d. A apresentação das pesquisas foi um sucesso. Compareceram __________ pessoas que o es-
perado.
e. João entrou à esquerda __________ da direita.
f. Davi está feliz ___________ recebeu uma boa noticia.
g. Tamires não entendeu o ____________ de tanta alegria.
h. Mariana vinha à aula hoje, _____________ teve um pequeno imprevisto.
i. Paula não está bem hoje, parece de __________ humor.
j. Ela se esforçou muito, ___________ merece uma nota 10.
k. Eu não sei _____________, mas ela decidiu viajar só amanhã.
l. Gostaria de saber ___________ você não veio à aula ontem.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 255

ANEXO
TESTE: INICIATIVA X ACABATIVA (Continuação)

2. MATERIAL DE SUPORTE PARA O PROFESSOR


RECORDANDO O PORTUGUÊS 32

EM VEZ a) AO INVÉS DE = ao contrário de: “Ele entrou à direita ao invés da esquerda. ’“Subiu ao invés de descer”.
DE ou AO b) EM VEZ DE = em lugar de: “Foi ao clube em vez de ir à praia”. “Apertou o botão vermelho em vez do azul”
INVÉS DE?
OBSERVAÇÃO: Como AO INVÉS DE só pode ser usado quando há a ideia de “oposição”, sugiro que se use sempre EM VEZ DE.
EM VEZ DE pode ser usado sempre que existe a ideia de “substituição, troca”, mesmo se for de “oposição”. Há quem aceite o
uso indistinto das duas formas.
MAIS ou a) MAIS = opõe-se a MENOS: “Hoje estou mais satisfeito”. (=poderia estar menos satisfeito) “Compareceram mais
MAS ou pessoas que o esperado”. (= poderiam ser menos pessoas)
MÁS? b) MAS = porém, contudo, todavia, entretanto: “Estudou mas foi reprovado”. (= porém) “Não foram convidados, mas
vieram à festa”. (= entretanto)
c) MÁS = plural do adjetivo MÁ; opõe-se a BOAS: “Não eram más ideias”. (=eram boas ideias) “Estavam com más
intenções”. (=não tinham boas intenções)
MAL ou a) MAU é um adjetivo e se opõe a BOM: “Ele é um mau profissional” (x bom profissional); “Ele está de mau humor.” (x
MAU? bom humor); “Ele é um mau caráter.” (x bom caráter);“Tem medo do lobo mau.” (x lobo bom);
b) MAL pode ser:
1. advérbio (=opõe-se a BEM):“Ele está trabalhando mal.” (x trabalhando bem);“Ele foi mal treinado.” (x bem
treinado);“Ele está sempre mal-humorado.” (x bem-humorado);“A criança se comportou muito mal.” (x se
comportou muito bem);
2. conjunção (=logo que, assim que, quando):“Mal você chegou, todos se levantaram.” (=Assim que você
chegou);“Mal saiu de casa, foi assaltado.” (=Logo que saiu de casa);
3. substantivo (=doença, defeito, problema):“Ele está com um mal incurável.” (=doença);“O seu mal é não ouvir
os mais velhos.” (=defeito).
Na dúvida, use o velho “macete”: MAL x BEM; MAU x BOM.
4ª) “PORISSO” não existe. Use sempre POR ISSO: “Ele trabalha muito, por isso merece uns dias de folga”.
PORISSO
ou POR
ISSO?
5ª) a) PORQUE é conjunção causal ou explicativa: “Ele viajou porque foi chamado para assinar contrato”. “Ele não foi
PORQUE, porque estava doente”; “Abra a janela porque o calor está insuportável”; “Ele deve estar em casa porque a luz está acesa”.
POR QUE, b) PORQUÊ é a forma substantivada (=antecedida de artigo “o” ou “um”): “Quero saber o porquê da sua decisão”; “A
PORQUÊ professora quer um porquê para tudo isso”.
ou POR c) POR QUÊ = só no fim de frase: “Parou por quê”? “Ele não viajou por quê”? “Se ele mentiu, eu queria saber por quê”;
QUÊ? “Eu não sei por quê, mas a verdade é que eles se separaram”
d) POR QUE 1. Em frases interrogativas diretas ou indiretas: “Por que você não foi”? (=pergunta direta), “Gostaria de saber
por que você não foi” (=pergunta indireta)

32 Fonte adaptada: Recordar e aprender: o uso dos “porquês”, mau ou mal, mais ou mas e outras dúvidas Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-por-
tugues/post/recordar-e-aprender-uso-dos-porques-mau-ou-mal-mais-ou-mas-e-outras-duvidas.html - acesso em 18/08/17 as 16:15.
256 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
TESTE: INICIATIVA X ACABATIVA (Continuação)

3. COMO FAZER UM RELATÓRIO DE PESQUISA 33


1. Capa:
A capa do trabalho deve conter elementos essenciais é identificação do trabalho: a) Nome da insti-
tuição com a logomarca; b) unidade de ensino, série e turno; c) Título do trabalho; d) Nome completo
dos alunos; e) Cidade, mês e ano; f ) Ilustrações (opcional).
2. Folha de Rosto:
A folha de rosto deve repetir os dados existentes na capa mais o nome do professor- orientador; são
os dados de identificação do trabalho. Nesta página, não se deve utilizar qualquer tipo de ilustração.
3. Agradecimento(s):
Página opcional após a folha de rosto. É o espaço que a equipe agradece ou dedica o trabalho realizado.
4. Sumário:
É a apresentação dos capítulos e subcapítulos (seções e subdivisões) do trabalho, indicando a página
em que cada parte se inicia. Deve ser feito na ordem em que os mesmos aparecem no interior do
trabalho tendo o cuidado de não omitir nenhum deles. O primeiro item do sumário deve ser a in-
trodução, seguido do desenvolvimento que precisa ser detalhado com título e subtítulos. Esse título
precisa corresponder fielmente ao corpo do trabalho, inclusive quanto à numeração. A conclusão e
as referências bibliográficas devem vir no final do trabalho. O sumário ajuda bastante a vislumbrar,
organizar e redigir seu trabalho, por isso esboce-o assim que tiver uma ideia global do mesmo.
5. Introdução:
A introdução ao tema proposto deve conter uma apresentação clara, leve e breve, apresentando uma
visão geral do que o leitor irá encontrar em seu trabalho. Para organizar o pensamento sobre as dife-
rentes partes do trabalho, a introdução precisa ser feita, em primeiro lugar, como se fosse um convite,
despertando a curiosidade para o desenvolvimento do trabalho.
6.Desenvolvimento:
O desenvolvimento é a parte principal do trabalho e, por isso, é chamado de corpo do trabalho. Tudo
o que foi lido e pesquisado sobre o tema em estudo, a interpretação, a análise realizada pela equipe
deve ser exposta nesta parte do trabalho. Os alunos podem utilizar a liberdade de expressar o que
for necessário para que sejam entendidos mais facilmente. Portanto, podem ser utilizados textos,
gráficos, esquemas, tabelas, ilustrações etc., estratégias que possibilitem uma melhor compreensão
das ideias.
Essa parte do trabalho deve ser dividida em capítulos, dependendo do aprofundamento do assunto,
e consequentemente, por subcapítulos para dar mais clareza de conteúdo ao leitor, sempre respei-
tando a ordem dos temas. Evidentemente que os títulos dos capítulos poderão ser alterados no de-
correr do trabalho.
Logo depois de redigir inteiramente o desenvolvimento, é importante que seja feita uma revisão
cuidadosa e que a equipe melhore o que parece ser necessário.
Depois de feito o desenvolvimento, a equipe deve rever os títulos dos capítulos e corrigir o sumário.

33 Fonte: COLÉGIO ESPAÇO ABERTO, As artes e a ciência como marcas da expressão humana – Produção do Conhecimento, Fortaleza, 2010.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 257

ANEXO
TESTE: INICIATIVA X ACABATIVA (Continuação)

7. Conclusão:
A conclusão é a parte final do trabalho na qual ocorre o fechamento das ideias proposta no corpo do
trabalho, isto é, um balanço completo do caminho percorrido. Assim ela deve estar coerente com o
desenvolvimento do trabalho e não deve ser contraditória com a introdução e o desenvolvimento.
Nesta parte, a equipe deve relatar sobre o que aprendeu com a pesquisa, fazendo uma síntese de
suas próprias ideias e da experiência da realização do trabalho, indicando possíveis desdobramentos
do mesmo.
8. Bibliografia:
A bibliografia, além de ser referência cientifica, deve corresponder fidedignamente aos autores cita-
dos no corpo do trabalho e vice-versa. Não podem aparecer livros que, apesar de lidos, não foram
aproveitados na elaboração do trabalho. O mesmo ocorre com a relação a “autores fantasma” que, às
vezes, aparece no corpo do trabalho, mas não são referenciados na bibliografia final.
Importante observar as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, para citar as
referências orientadoras do trabalho. No caso de livros, citar autor, título da obra, local, editora e ano
de publicação. No caso de pesquisa em site, informar o endereço eletrônico, data e horário de acesso.
258 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

PESQUISA A TODO VAPOR!


AULA

2
OBJETIVOS ■■Apresentar ao grupo a estrutura de um banner, de forma a que eles tenham domínio e
familiaridade com essa estrutura
■■Disponibilizar tempo e ferramentas para conclusão dos Relatórios de Pesquisa e banner

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Previamente, organizar a sala em círculo e colocar 10 situações escritas em letras grandes, no centro. Ex.: fazer
suspiro; confeccionar origamis, andar de bicicleta, encher pneu de carro, consertar celular, dar nó em gravata, fazer
bolos, pregar botão, dar nó em punho de rede, tocar violão.
■■Pedir que circulem e que busquem formar grupos com a mesma quantidade de integrantes, em torno de uma
atividade que lhe chama a atenção. Dividir o grupo em equipes, a partir da escolha da mesma situação e propor
o seguinte desafio: eles precisarão organizar a orientação de como realizar a atividade escolhida, para uma
apresentação pública. Para isso, eles receberão o “Guia de Orientação da atividade” (anexo).
■■Distribuir as folhas em branco e orientar o preenchimento, equipe a equipe.
30´ ■■Após as apresentações de cada grupo, explicar que uma das formas de comunicação utilizadas para apresentação
de trabalhos é o uso de banners, uma vez que eles facilitam a exposição das principais informações como temas,
gráficos e conclusões. Destacar que esse exercício introdutório os ajudará a realizar o próximo desafio.
■■A proposta é que a apresentação das pesquisas do NTPPS seja feita no formato de Feira, e que por isso, as equipes
deverão confeccionar banners com o resumo de seus trabalhos.
■■Perguntar:
> Alguém já esteve em uma Feira de Trabalhos Escolares?
> Como os trabalhos eram apresentados?
■■Reforçar que na Feira das Apresentações de Pesquisas do NTPPS, eles são expostos no formato de banners. Mãos à
obra, então!

DESENVOLVIMENTO
■■Orientar que os alunos se reorganizem nas equipes da pesquisa.
■■Entregar agora para cada equipe um modelo de banner (anexo) que irá nortear a elaboração dos trabalhos e o
texto “Regras para redação dos relatórios de pesquisa - ao redigir o relatório de pesquisa o aluno deve...”
60´ (anexo)
■■Orientar as equipes que finalizem os Relatórios de Pesquisas e Banners até a próxima aula, para que seja possível a
realização da aula de ensaio das apresentações, com a finalidade de ajustar os últimos detalhes para a feira.
■■Observação: A equipe deve se organizar quanto aos prazos, divisão de tarefas e pedir ajuda aos orientadores nos
pontos em que tiverem mais dificuldade.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 259

PESQUISA A TODO VAPOR!


AULA

2
OBJETIVOS ■■Apresentar ao grupo a estrutura de um banner, de forma a que eles tenham domínio e
familiaridade com essa estrutura
■■Disponibilizar tempo e ferramentas para conclusão dos Relatórios de Pesquisa e banner

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
10´ ■■Apresentar duas imagens anexas para os alunos em círculo e questionar: “qual imagem vocês escolhem para relacionar
com o momento que finalização das Pesquisas que estamos vivendo”?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Tarjetas com situações
■■Guia de orientação da atividade
■■Modelo de banner
■■Folhas em branco, papel madeira/cartolina, pinceis
■■Imagens

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor, a apresentação em forma de banner é uma sugestão. Caso não seja possível confeccionar os banners no formato original (de lona) é possível
realizá-lo de forma alternativa, com papel madeira, cartolina, etc. (modelos disponíveis na nuvem). O fundamental dessa ação é que as equipes tenham
a oportunidade de apresentar suas pesquisas para a comunidade escolar.
■■Caso as turmas façam opção pelo banner alternativo, solicitar material necessário para confecção: papel madeira, cartolina, tesouras, colas.
■■Organizar com a turma uma aula para o ensaio das apresentações das Pesquisas para que seja possível fazer os últimos ajustes nas falas e conteúdo
que serão abordados.
260 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

1. GUIA DE ORIENTAÇÃO DO TRABALHO REALIZADO

NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS


Nome da Atividade:
Autores:
Título da Atividade:

INTRODUÇÃO
(Explicar porque essa atividade foi escolhida pelo grupo e sua relevância para a comunidade ou um grupo específico de pessoas)

OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS METODOLOGIA

RESULTADOS

PARCEIRAS

BIBLIOGRAFIA
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 261

ANEXO

2. GUIA DE INVESTIGAÇÃO: Modelo de banner para apresentação dos resultados das pesquisas

NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS


Nome do Evento:
Escola:
Autores:
Professores do Núcleo:
Professor orientador:
Título da Pesquisa:
INTRODUÇÃO (CONTEXTUALIZAÇÃO)

OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS METODOLOGIA

BIBLIOGRAFIA

PARCEIROS
262 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

3. REGRAS PARA REDAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE PESQUISA - AO REDIGIR O RELATÓRIO DE PES-


QUISA O ALUNO DEVE: 34
a) Ser claro, preciso, direto, objetivo e conciso, utilizando frases curtas e evitando ordens inversas
desnecessárias;
b) Construir períodos com, no máximo, duas ou três linhas, bem como parágrafos com cinco linhas
cheias, em média e no máximo oito;
c) Redigir com simplicidade como condição essencial do texto;
d) Adotar, como norma, a ordem direta, por ser aquela que conduz mais facilmente o leitor à essência
do texto, dispensando detalhes irrelevantes e indo diretamente ao que interessa, sem rodeios;
e) Não começar períodos ou parágrafos seguidos pela mesma palavra, nem usar repetidamente a mes-
ma estrutura de frase;
f) Evitar longas descrições, devendo relatar os fatos com o menor número possível de palavras;
g) usar termos coloquiais ou de gíria apenas em casos muito especiais, para não transmitir ao leitor a
ideia de vulgaridade;
h) O trabalho deverá ser apresentado em folha de papel branco, formato A4, digitado na cor preta, fonte
Arial, 12, com exceção das ilustrações;
i) As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm e inferior de 2 cm.
j) Todo texto deve ser digitado com espaço de 1,5 linha. As notas, legendas e demais citações devem
ser digitadas em espaço simples;
k) Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto deverão ser contadas sequencialmente, mas não
numeradas. A numeração deverá ser partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos;
l) Siglas – quando aparecem pela primeira vez no texto, a forma completa precede a sigla, colocada
entre parêntesis. Ex. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
m) Ilustrações – Devem ser identificadas na parte inferior, precedida da palavra designativa (desenho,
esquema, fotografia, gráfico, organograma, planta, quadro, etc.);
n) Em nenhuma das partes do trabalho poderá acontecer impressão ou cópia da internet, de livros,
de revistas ou similares. O trabalho deve ser elaborado numa linguagem que demonstre produção de
pesquisa, leitura e interpretação dos alunos;
o) O trabalho deve ser escrito de forma impessoal. Se usar a primeira pessoa que seja do plural (nós);
p) Evitar expressões tipo “acho” ou “achamos”. Quando não tiver certeza de uma informação ter o cuida-
do de dizer que o “estudo dá indício de ...”; ou “aponta, indica ou sinaliza para ...”;
q) Nas conclusões indicar futuros estudos do tema que possam aprofundar a pesquisa. Indicar também
possíveis ações que a pesquisa motiva no sentido de intervir na realidade estudada.

34 Fonte: COLÉGIO ESPAÇO ABERTO, As artes e a ciência como marcas da expressão humana – Produção do Conhecimento, Fortaleza, 2010.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 263

ANEXO

4. IMAGENS
264 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

PREPARAÇÃO PARA A O EVENTO DE APRESENTAÇÃO DAS PESQUISAS -FEIRA


AULA

3
OBJETIVOS ■■Preparar os alunos para realizarem apresentações orais
■■Disponibilizar a aula para organização final dos materiais para apresentação da pesquisa e
escrita do relatório final

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar provocando os alunos para mais um novo desafio: “desta vez vamos decifrar algumas imagens e defender
nossa interpretação tentando convencer o grupo”.
■■Projetar em seguida no Datashow as diferentes “imagens duplas e confusas”. (material de suporte)
■■Alunos sentados, em círculo, solicitar voluntários para se posicionarem na frente da turma, para descrever a

20´ imagem que estão enxergando. Após a descrição do 1º voluntário, perguntar quem está enxergando outra coisa na
mesma imagem. Chamar esse aluno para ir à frente, apresentar sua interpretação. Chamar dois alunos por imagem,
um de cada vez, e projetar várias imagens, até que um grupo razoável de alunos tenha se arriscado a fazer uma defesa
oral de sua interpretação.
■■Ao final, perguntar aos alunos: como se sentiram, indo sozinhos à frente da turma, defender oralmente uma ideia?
Fechar a atividade afirmando que na pesquisa temos que desenvolver muitas competências e uma delas, é nossa
capacidade de fazer apresentações orais e argumentar sobre nossos pontos de vista.

DESENVOLVIMENTO
■■Explicar que o evento de apresentação dos resultados das pesquisas é um rito de passagem para os alunos. A partir
daquele dia, eles serão reconhecidos pela escola como alunos-pesquisadores.
70´ ■■Trabalho em equipe: preparação final dos meios de comunicação que serão utilizados na feira: Relatório Final da
Pesquisa, Diário de Bordo e Banner.
■■Orientar as equipes que se organizem para realizar o ensaio das Apresentações na próxima aula, destacando que este
será um momento importante para a Feira, pois neste ensaio serão feitos os devidos ajustes para apresentação final.
Destacar que na próxima aula, todas as equipes deverão apresentar conforme o dia da Feira.

ENCERRAMENTO
10´ ■■Exibir a mídia “Fazer a diferença” e questionar: “que relação podemos fazer dessa mídia com o momento de
finalização das Pesquisas que estamos vivendo”?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Banner, Relatório Final e Caderno de Campo
■■Imagens confusas (material de suporte)
■■Mídia “Fazer a diferença” (https://youtu.be/l9IytiqxcM4)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 265

ANEXO

Dicas para apresentação oral


das pesquisas 35
a) uma boa apresentação começa com a introdução, em que o aluno delimita o que será tratado,
legitima as razões de suas escolhas e mobiliza a atenção e curiosidade dos ouvintes;
b) Para que a apresentação seja eficiente, o aluno precisa se sentir um especialista sobre o assunto
que vai expor e ser claro ao apresentar suas ideias;
c) Ao planejar o que será dito, o aluno deve tentar antecipar algumas reações dos ouvintes, prevendo
o que fará mais sucesso ou será de difícil assimilação e, por isso, necessita de apoio escrito, como
números, informações gerais que devem estar registrados nos cartazes ou slides;
d) Provocar os colegas em busca de uma reação, questionar se todos estão entendendo ou colocar
uma questão convidando para um debate, são maneiras interessantes de interagir com os ouvintes;
e) A língua oral está organizada em gêneros (entrevistas, debates, seminários e depoimentos). Den-
tro do contexto da pesquisa, o processo que se instaura entre os dois lados - os alunos expositores
e a plateia - está relacionado com as práticas sociais de uso da língua, especialmente com a tomada
da palavra em público. Por meio de tais práticas, efetivam-se as competências: social, comunicativa,
linguística, resultantes dos saberes, das habilidades, das capacidades e das experiências dos falantes.

35 Fonte: COLÉGIO ESPAÇO ABERTO, As artes e a ciência como marcas da expressão humana – Produção do Conhecimento, Fortaleza, 2010.
266 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

APRESENTAÇÃO PRÉVIA DOS RESULTADOS DA PESQUISA


AULA

4
OBJETIVOS ■■Preparar os alunos para realizarem apresentações orais
■■Disponibilizar a aula para uma apresentação prévia dos relatórios de pesquisa, para
discussão interna da turma

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar destacando que esse momento de ensaio é muito importante para realizar os ajustes necessários nas
20´ apresentações, para um bom desempenho durante a feira.
■■Solicitar que representantes das equipes sorteiem a ordem de apresentação. Cada equipe terá 10 minutos para
realizar a prévia da apresentação. Destacar que as considerações serão realizadas ao final de todas as apresentações.

DESENVOLVIMENTO
60´
■■Apresentação das equipes.

ENCERRAMENTO
10´ ■■Alunos em círculo, fazer um agradecimento e parabenizar os alunos pelas apresentações e realizar uma devolutiva
sobre os principais pontos a melhorar nas equipes. Lembrar que é necessário que as alterações sejam realizadas em
tempo hábil para apresentação na Feira.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Banner, Relatório Final e Diário de Bordo
■■Computador
■■Data show
■■Caixa de som

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Assegurar que todos os trabalhos estão salvos e impressos pelas equipes.
■■Salvar todos os trabalhos em cópia de segurança (pendrive, celular, e-mails, CD ou DVD).
■■Certificar-se da organização do evento: local, cadeiras, mesas, impressões das pesquisas, som, Datashow.
■■Conferir com o Núcleo Gestor a programação do evento: horários, abertura, participação dos alunos de outras turmas e demais professores da escola,
professores que irão avaliar as pesquisas, convidados (da SEDUC, da CREDE / SEFOR e Instituto Aliança)
■■Combinar com os alunos para chegarem meia hora mais cedo.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 267

ÉTICA, MORAL E VALORES


AULA

5
OBJETIVOS ■■Refletir com o grupo o que cada um compreende por comportamentos e condutas
pautados pela Ética

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula lembrando que, já próximo à finalização do ano e de todo este trabalho de preparação de pesquisas e
apresentação de resultados, há um “valor” intrínseco que estamos desenvolvendo e que, nestas próximas aulas, será
mais bem trabalhado e explicitado.
■■ Perguntar: vocês já ouviram falar em Ética? O que é Ética na opinião de vocês”? Anotar no quadro as contribuições
20´ do grupo e, em seguida, apresentar o quadro “Errado X Certo” (anexa).
■■Indagar: o que essas frases nos dizem? Será que muitas vezes agimos de forma “errada” tendo como justificativa o
fato de outras pessoas agirem assim também? Até que ponto isto fere nossos princípios e valores? Será que as vezes
deixamos de fazer o que consideramos “certo” porque é mais prático fazer o “errado”?
■■Apresentar a mídia “Maratona Espanha 2012 - por Mário Sérgio Cortella”.
■■Por fim, pedir que os alunos façam comparação entre a mídia e as discussões iniciais.

DESENVOLVIMENTO
■■Solicitar que os alunos leiam o texto “Tentando Entender o que é Ética” (anexo). Em seguida, solicitar que discutam
60´ em duplas as ideias centrais.
■■Depois, pedir para que formem quartetos para ampliar a discussão e compartilhar com o grupo o que foi discutido.
■■Exercício: Os degraus da Sinceridade (anexo)

ENCERRAMENTO
10´ ■■Formar um círculo com todo o grupo e pedir que fechem os olhos e reflitam sobre “Quais os princípios éticos mais
fortes em mim”?
■■Depois de alguns minutos pedir que voluntários compartilhem com o grupo, em poucas palavras.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Quadro “Errado x Certo” (anexo).
■■Mídia “Maratona Espanha 2012 - por Mário Sérgio Cortella” (Link: https://www.youtube.com/watch?v=NIlC8VSPk-A)
■■Texto: “Tentando Entender o que é Ética” (anexo).
■■Papel A4
■■Computador/ data show
268 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

1. IMAGEM

O ERRADO é ERRADO
MESMO QUE TODO MUNDO ESTEJA FAZENDO

O CERTO é CERTO
MESMO QUE NINGUÉM ESTEJA FAZENDO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 269

ANEXO

2. TENTANDO ENTENDER O QUE É ÉTICA... 36

Difícil não é fazer o que é certo, é descobrir o que é certo fazer.”


Robert Henry Srour

Afinal, o que é ser ético? Até que ponto a gente acha que está agindo de maneira ética? E quando não
estamos? Como saber?
Um professor e filósofo brasileiro chamado Mario Sérgio Cortella, em um de seus mais recentes livros,
faz essa provocação:

“Existe alguém sem ética, posso falar que alguém não tem ética?
Ou eu devo dizer que aquilo é antiético?
Aquele que frauda o imposto, aquele que pratica corrupção,
aquele que para o carro em fila dupla praticou um ato não ético ou antiético?
Posso eu dizer que alguém não tem ética? Não. Por quê? Porque, se você tem princípios e valores
para decidir, avaliar e julgar, então você está submetido ao campo da ética”

Ainda segundo esse autor, não existe “falta de ética”, pois, o que, provavelmente queremos dizer é:
“isto é antiético”, ou seja é contrário a uma ética que esse grupo compartilha e aceita.

“Posso dizer que um bandido tem ética? Posso. Ele tem princípios e valores para decidir, avaliar,
julgar. O que eu posso dizer é que a ética que ele tem é contrária à minha e à sua.
Existe algum tipo de ser humano que eu posso dizer que é aético? Sim, aquele que não puder decidir,
avaliar, julgar. Por exemplo, o Imposto de Renda tem uma legislação que permite que seja seu de-
pendente quem for incapaz: o menor até determinada idade, uma pessoa com muita idade, pessoas
com algum tipo de deficiência”.

Mas, o que seria “Ética”, então? A ética está presente em todas as raças. Ela é um conjunto de regras,
princípios ou maneira de pensar e expressar daquele determinado grupo.

36 Fonte: texto elaborado a partir das ideias centrais do filósofo Mario Cortella, no livro “Qual é a tua Obra?, sintetizadas, no site: purareflexao.blogspot.com.br/2011/07/os-
-antieticos-e-os-aeticos-mario-sergio.html (acesso em 12/10/2012); e de fragmento da palestra para gestores das escolas profissionais , de Wanda Engel, no simpósio sobre
Educação Profissional no Ceará, ocorrido em Junho de 2012.
270 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

2. TENTANDO ENTENDER O QUE É ÉTICA... 36 (Continuação)

Por que a ética é necessária e importante?


A ética tem sido o principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade. É im-
possível pensar em ética se a gente não pensar em convivência. Sem ética, ou seja, sem a refe-
rência a princípios humanitários fundamentais comuns a todos os povos, nações, religiões etc., a
humanidade já teria se despedaçado até à autodestruição.

Segundo o professor Cortella, “a ética é o conjunto dos princípios e valores de alguém. Portanto,
é situada no campo teórico e filosófico. A moral é a prática, é o exercício das suas condutas. Eu
tenho uma conduta no dia-a-dia, chama-se conduta moral. A ética são os princípios que orientam a
minha conduta.

Do ponto de vista teórico, ética e moral não são a mesma coisa. Estão conexas. Eu posso dizer que
algo é imoral, mas não posso dizer que é aético. É imoral quando colide com determinados princípios
que uma sociedade tem. Existem morais particulares, mas a ética é sempre de um grupo, sempre de
uma estrutura maior, porque não existe razão para você ter princípios de conduta e valores se você
vive só”!

Segundo Wanda Engel, membro do Conselho de Instituto Unibanco, Ética poderia ser resumi-
da em 3 palavras:
CORTESIA – significando tratar o outro como gostaria de ser tratado
EMPATIA – refletindo a capacidade de alguém em se colocar no lugar do outro
SOLIDARIEDADE – representando minha capacidade de fazer algo pelo outro.

PARA REFLETIR
Em nosso dia-a-dia, como a ética se expressa em minhas condutas?
Alguns fundamentos morais são praticamente “civilizatórios”, são básicos. É fácil falar em condutas
inaceitáveis, como matar, roubar, destruir o patrimônio de outra pessoa...
Mas, quando nos colocamos frente a situações como baixar músicas na internet, entrar no cinema
com carteira falsificada? Que mal esses atos provocam em alguém? O que eles causam em mim e na
sociedade da qual eu participo da construção?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 271

ANEXO

2. DEGRAUS DA SINCERIDADE

1. Solicitar que o grupo fique em círculo, sentados, em posição confortável. Colocar uma música
tranquila e pede que cada aluno feche os olhos e “mergulhe” agora, fazendo contato com suas carac-
terísticas: como se percebe, como é percebido pelos outros. Cada um deve pensar agora nos princí-
pios que orientam seu comportamento, suas condutas.
2. Enquanto vai encaminhando atividade, colocar folhas em branco na mesa à frente dos alunos.
3. Ao abrir os olhos e se depararem com a folha, pedir aos alunos que dobrem o papel para frente
e para trás (como um leque), tendo cada dobra mais ou menos 02 cm. Marcar fortemente a dobra e
mostrar como faz.
4. Em seguida pedir que coloquem seu nome no degrau do meio (centro da folha).
5. Explicar que serão ditas várias palavras e que, após uma pequena reflexão, elas deverão ser escri-
tas, com toda a sua sinceridade, nos degraus acima ou abaixo de seu nome. Acima, caso reconheça
que alcançou o atributo, e abaixo caso considere que ainda precisa avançar para alcançar.

Palavras:
■■ Responsabilidade ■■ Cuidado com o meio ambiente
■■ Solidariedade ■■ Cumprimento de tarefas nos prazos
■■ Franqueza ■■ Amor
■■ Escuta aos mais velhos ■■ Fé
■■ Justiça ■■ Empatia
■■ Determinação ■■ Paciência
■■ Organização ■■ Sabe lidar com frustrações
■■ Honestidade em sentimentos e ações ■■ Persistência
■■ Amizade ■■ Compromisso social (altruísmo)
■■ Respeito à diversidade ■■ Autoconfiança
■■ Foco ■■ Cuidado com relacionamentos

6. Forma duplas ou trios para compartilhar os resultados, fazendo a reflexão: como estou frente a
estes valores/comportamentos? Como me sinto, se recuei, se avancei, se estou “estacionado”?
7. Por fim, solicitar 5 alunos para falar sobre a atividade.
272 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

VALORES E ATITUDES: MEU REFLEXO NA SOCIEDADE


AULA

6
OBJETIVOS ■■Dar continuidade à reflexão sobre Ética, com exemplos práticos, do cotidiano do grupo

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Questionar a turma:
> “Vocês sabem o que são valores”?
20’ > Quais são os valores mais fortes em vocês?
■■Solicitar que os alunos formem dupla e façam a Leitura do texto: “Uma pescaria inesquecível” (anexo).
■■Ao final, pedir que cada dupla comente: que valores foram despertados a partir da leitura do texto? Por quê?

DESENVOLVIMENTO
■■Convidar os alunos a participar da Vivência “Concordo – Discordo”
■■Espalhar cartelas com frases (anexo) no chão ou sobre uma mesa
■■Separar o grupo em duplas. Orientar que cada dupla, antes de pegar sua cartela, escolha quem vai concordar e quem
vai discordar do texto escrito na cartela. As duplas escolhem a cartela e iniciam a discussão.
■■Na discussão, um dos dois coloca todos os prós, e o outro, todos os contras, ou seja, um concorda com o que está
60’ escrito na cartela e o outro discorda.
■■O tempo de discussão das duplas será de cinco minutos - discussão, persuasão, aceitação, réplicas e tréplicas.
■■Ao final, abrir para comentários tais como:
> Quais os sentimentos ou dificuldades de concordar ou discordar?
> Quais os princípios que nos fizeram concordar ou discordar?
> Quando é conosco, a situação pode ser “relativa”?
> Nossas opiniões foram baseadas em preconceitos?

ENCERRAMENTO
20’ ■■Alunos dispostos em círculo, jogar um objeto para algum aluno, dizendo:
“Somos diferentes em___________________, mas somos iguais em _____________________”.
Pedir que o aluno complete as frases e passe objeto para outro colega, de forma a que todos respondam.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Texto “Uma pescaria inesquecível” (anexo)
■■Situações atividade “Concordo e Discordo” (anexo)
■■Papel A4, lápis de cor
■■Objeto
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 273

ANEXO

1. FRASES: CONCORDO – DISCORDO

■■ Achado não é roubado, quem perdeu foi relaxado


■■ Quem come do meu pão, experimenta meu cinturão

■■ Não estava conseguindo produzir meu texto, o jeito foi copiar e colar da internet

■■ Existem situações em que é melhor mentir a criar uma briga entre amigos ou familiares....

■■ Não sabia nada da matéria que caiu na prova, o jeito foi colar...

■■ Estava com muita pressa, não podia perder uma consulta, por isso, me passei por grávida e
furei a fila para pagar minha conta de água.
■■ Tenho vários DVDs “pirata” de ótima qualidade. Se quiser, te empresto.

■■ Como estava fora da escola, consegui uma carteira de estudante falsificada, afinal, preciso de
uma para me deslocar de ônibus pela cidade.
■■ Não faço coleta seletiva de lixo, porque quase ninguém faz.

■■ Não tive como me preparar para uma prova importante, mas consegui com um amigo de meu
pai um atestado médico. Assim, terei direito a segunda chamada!
■■ Minha casa não tem TV a Cabo, mas todo mundo na minha rua fez um “gato”, puxou um fio irre-
gularmente, para ter acesso. Afinal, está muito caro e nós também queremos ver outros canais.
■■ O professor de Informática da Escola acessou o Facebook do meu colega quando ele foi ao
banheiro para ver com quem ele conversava. Quando meu colega reclamou, o professor falou
que tinha o direito, pois só estava cuidando do bem-estar dele.
■■ Eu e meus amigos resolvemos participar das manifestações. Fizemos cartazes e faixas, mas uma
parte do nosso grupo resolveu aderir ao vandalismo, depredando o patrimônio público e privado
■■ Sempre jogo lixo no chão para ajudar os garis a nunca ficarem desempregados

■■ Minha escola acabou de receber carteiras novas. Já estou louco para deixar minha marca

■■ Enquanto minha mãe fazia compras no supermercado comi um pacote de biscoito e escondi o
pacote para não pagar. Ainda bem que ninguém viu!
■■ Peguei um livro emprestado com um amigo, mas acho que ele se esqueceu de me pedir de
volta. Que bom! Ganhei um livro!
■■ Comi um picolé dentro do ônibus e não queria ficar segurando a embalagem suja, por isso,
joguei pela janela
■■ Todo dia levo meu cachorro para passear, porque prefiro que ele faça cocô na rua do que na
minha casa, pois tenho muito nojo de limpá-lo.
■■ Eu vi meu amigo levar o mouse do laboratório de informática, mas resolvi ficar calado. Afinal,
cada cabeça uma sentença!

Observações: Acrescentar outras cartelas, com situações vivenciadas na sala de aula ou na escola.
274 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

2. UMA PESCARIA INESQUECÍVEL 37

Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família,
numa ilha que ficava em meio a um lago.
A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pe-
gar apenas peixes cuja captura estava liberada.
O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na
água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago.
Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com
admiração, enquanto o garoto, habilmente e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água.
Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. O garoto olhou para
o peixe, tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente. Em seguida, o pai olhou para o peixe
e depois para o menino, dizendo:
— Você tem de devolvê-lo, filho!
— Mas, papai...reclamou o menino.
— Vai aparecer outro, insistiu o pai.
— Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou no-
vamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a
decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.
O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu.
Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aque-
le. Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé con-
tinua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela
noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética. Agir cor-
retamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente
quando ninguém está nos observando. Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, apren-
deu-se a devolver o peixe à água.

37 Fonte: http://www.sitedopastor.com.br/uma-pescaria-inesquecivel/ - acesso em 04/09/2017.


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 275

FEIRA DE APRESENTAÇÃO DAS PESQUISAS (AULA MÓVEL)


AULA

7
OBJETIVOS ■■Compartilhar a apresentação dos resultados finais das pesquisas
■■Avaliar o desempenho dos alunos

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
30´ ■■Posicionar as turmas e as equipes com seus materiais: fixar os banners; dispor mesa, cadeiras, cópias dos relatórios e
Diário de Bordo, com páginas finais para que os visitantes deixem suas mensagens.

DESENVOLVIMENTO
180´ ■■Abertura – organizar com o Núcleo Gestor a solenidade de abertura. O Evento (Feira) será idealizado e definido por
cada escola.

ENCERRAMENTO
20´ ■■Todas as equipes devem recolher seus materiais para deixar tudo organizado. Fazer um encerramento formal com a
fala dos gestores e dos professores da escola. Os professores do NTPPS cumprimentam os alunos parabenizando-os pela
capacidade demonstrada em todo o processo.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Banners, cópias dos relatórios, Diário de Bordo
■■Computador, som, mesas, cadeiras, dentre outros que as equipes julgarem necessários.

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Os professores do Núcleo devem:
> Visitar o stand de cada equipe.
> Colaborar na engenharia de participação dos demais alunos da escola.
> Estar atentos à participação dos demais professores da escola, inclusive os orientadores das pesquisas.
> Receber e acomodar os convidados da comunidade, SEDUC, CREDE /SEFOR e Instituto Aliança.
> Estar atentos à presença do núcleo gestor.
> Ajudar às equipes em suas dificuldades.
276 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Formulário de avaliação
das pesquisas:
(Esse formulário deve ficar com cada professor/avaliador durante as apresentações)

Escola:_______________________________________________________ Turma:_________________
Professor:_____________________________________________________ Data:_________________

EQUIPE
TÍTULO DA PESQUISA
ITEM AVALIAÇÃO

Relevância do tema

Adequação da metodologia utilizada

Resultados da Pesquisa

Qualidade da apresentação (domínio da


equipe)

Relatório Escrito

Uso do caderno de campo

Observações:

Nota do Projeto

Notas: Escala de 0 a 10
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 277

PLANO DE AÇÃO E PREPARAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DAS AÇÕES


AULA

8
OBJETIVOS ■■Reconhecer o trabalho, o esforço e o crescimento das equipes, na apresentação de suas
pesquisas
■■Orientar as equipes acerca da elaboração do Plano de Ação
■■Motivá-los e incentivá-los à realização de uma ação cidadã

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
20´ ■■Reconhecer o trabalho, o esforço e o crescimento das equipes, na apresentação de suas pesquisas
■■Orientar as equipes acerca da elaboração do Plano de Ação
■■Motivá-los e incentivá-los à realização de uma ação cidadã

DESENVOLVIMENTO
■■Chamar a atenção para os resultados encontrados e as ações que as equipes pensaram em realizar na escola como
uma consequência da pesquisa.
■■Falar que as ações têm caráter solidário e altruísta, uma vez que defendem alguma causa em favor de todos da

70´ comunidade escolar. E isso é cidadania.


■■Apresentar o Passo-a-passo do Plano de Ação
■■Entregar o Roteiro do plano a ser preenchido pelas equipes.
■■Em equipes, os alunos elaboram seu Plano de Ação (anexo).
■■ATENÇÃO: Nesta apresentação, deve ficar claro qual foi a ação escolhida por cada equipe, assim como o motivo da
escolha.

ENCERRAMENTO
10´ ■■Exibir a mídia “Time de um pé calçado” (consta no material de suporte) e abrir para voluntários compartilharem os
sentimentos despertados pela mídia.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Apresenta o Passo-a-passo do Plano de Ação
■■Roteiro do Plano de Ação (anexo)
■■Mídia “Time de um pé calçado” (material de suporte)
278 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Plano de ação
1. AÇÃO /TÍTULO (O QUE FAZER?)

2. CAUSA (AÇÃO EM FAVOR DE QUAL CAUSA)

3. PARCEIRO (COM QUEM?)

4. JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?)

5. OBJETIVO (PARA QUE?)

6. PÚBLICO-ALVO (A QUEM SE DESTINA?)


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 279

ANEXO
PLANO DE AÇÃO (Continuação)

8. CRONOGRAMA (QUANDO? / QUEM?)


7. ATIVIDADES (DETALHAMENTO DO QUE SERÁ REALIZADO)
DATA RESPONSÁVEIS
7.1

7.2

7.3

7.4

9. LOCAL (ONDE?)

10. RECURSOS NECESSÁRIOS (QUANTO?)


HUMANOS:

MATERIAIS:

FINANCEIROS:

11. AVALIAÇÃO (COMO SERÁ FEITA A AVALIAÇÃO)

12. EQUIPE (ALUNOS):

13. TURMA:
14. PROFESSOR:
280 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

MEU GRANDE AMOR


AULA

9
OBJETIVOS ■■Possibilitar aos alunos o fortalecimento de suas competências socioemocionais, em
especial a autoestima e a autopercepção
■■Fortalecer com os alunos a capacidade de se valorizar e o autocuidado

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar destacando que retomarão, por um período, o fortalecimento de suas competências socioemocionais. Falar
que na aula de hoje, especialmente, buscarão fortalecer a autoestima e a autopercepção. Pedir que ajudem a lembrar
o que esses conceitos significam.
20´ ■■Lançar as seguintes perguntas:
> Vocês acreditam em um grande amor?
> É possível encontrar um grande amor?
> Você está pronto(a) para conhecer o seu grande amor?
> Que características teria o seu grande amor?

DESENVOLVIMENTO
Atividade: Conhecendo o meu grande amor
> Preparar uma caixa com vários corações de papel (anexo). Solicitar que os alunos escrevam nos corações
qualidades e características que buscam do seu grande amor.
> Pergunta: “Quem realmente gostaria de conhecer o seu grande amor”? Vou apresentá-los a vocês.
45´ > Convidar os alunos para assistir a mídia “Meu grande amor”
> Perguntar: Vocês reconhecem as características projetadas no grande amor, em vocês mesmos”?
> Você acreditam que esse seja mesmo o grande amor de cada um?

■■Após alguns segundos de autopercepção, refletir: As pessoas buscam encontrar a felicidade no outro, na carreira,
no dinheiro ou em algum sonho, mas a felicidade começa primeiro dentro da gente. Quando descobrimos isso
encontramos a felicidade. Vamos viver esse amor próprio?
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 281

MEU GRANDE AMOR


AULA

9
OBJETIVOS ■■Possibilitar aos alunos o fortalecimento de suas competências socioemocionais, em
especial a autoestima e a autopercepção
■■Fortalecer com os alunos a capacidade de se valorizar e o autocuidado

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Apresentar da mídia “o ponto” -
■■Refletir com a turma:
> O que eu costumo achar de mim?
> O que acham de mim? O que eu acho que os outros acham de mim?
> Qual a diferença entre o que percebo de mim e o que acho que os outros percebem de mim?
> Quem eu realmente sou?
35´ ■■Solicitar que os alunos façam uma reflexão individual, com o desafio de compartilhar uma síntese em grupo em, no
máximo, um minuto.
■■Em seguida promover a reflexão em relação ao olhar do outro. Dizer que o olhar do outro nos faz sujeito e nos liberta,
mas também pode nos aprisionar em uma ideia deturpada de nós mesmos. Sendo assim, cabe a nós buscarmos dentre
tantos olhares aos quais são oferecidos todos os dias, aqueles que possam nos trazer algo genuinamente positivo. E acima
de tudo, entender que o nosso olhar sobre nós mesmos precisa ser exercitado, pois assim saberemos distinguir quando o
olhar do outro está nos libertando ou nos aprisionando.
■■“O seu olhar me olha… O seu olhar melhora o meu…” – Arnaldo Antunes

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Corações
■■Mídia “Meu grande amor” (Vídeo adaptado link: https://www.youtube.com/watch?v=lZmK7gCVPPE – acesso em 06.10.2017 as 14:50)
■■Mídia “o ponto” - http://www.youtube.com/watch?v=6LJBbDCd8lU acesso em 10.10.2017

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor, solicitar a participação do professor de BIOLOGIA na próxima aula para auxiliar os alunos sobre o tema AIDS.
282 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 283

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA À AIDS – 1º DE DEZEMBRO


AULA

10
OBJETIVOS ■■Identificar o ciclo de transmissão de DSTs
■■Refletir sobre a vivência sexual responsável

TEMPO ATIVIDADE
ACOLHIDA
■■Distribuir uma fita vermelha referente à mobilização acerca da AIDS. Quando todos os alunos tiverem recebido a
fita, perguntar: “Vocês sabem o que essa fita significa”?
■■Após as contribuições, informar que hoje será uma aula diferente, sobre a infecção de um vírus que provoca uma
doença muito conhecida, chamada AIDS.
■■Perguntar aos alunos: Alguém sabe o que significa essa sigla?

20’ Atividade: Caixa do esclarecimento - AIDS, o que quero saber?


■■Entregar para cada aluno um pedaço de papel (ou tarjeta) e pedir que escrevam dúvidas que tenham em relação à
contaminação pelo vírus HIV e/ou sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
■■Lembrar que os alunos não precisam se identificar.
■■Disponibilizar na sala uma caixa personalizada, em que os alunos possam colocar suas dúvidas.
■■Ao final, cada um deve depositar suas dúvidas na “Caixa do esclarecimento”.
■■Quando todos concluírem, abrir a caixa e ler as dúvidas em voz alta sem esclarecer as questões, apenas agrupando
sobre o que é dúvida do vírus e o que é dúvida da doença em um painel na sala.

DESENVOLVIMENTO 1
■■Após a construção do painel de dúvidas, convidar a turma para assistir à apresentação do PPT Dia Mundial de
Combate à Aids que tem o objetivo de esclarecer e informar mais sobre o assunto.
30’ ■■Buscar, ao longo da apresentação, sempre relacionar determinada exposição com a dúvida apresentada na
introdução da aula.
■■Ao final da apresentação, perguntar aos alunos: todas as dúvidas foram respondidas? Caso contrário, buscar
solucionar ou convidar a turma a fazer uma pesquisa posterior em busca das respostas.

DESENVOLVIMENTO 2
Atividade: Ciclo de Transmissão
■■Distribuir uma ficha com imagem (anexo) para cada aluno aleatoriamente, sendo:
■■Triângulo verde: 01 aluno
■■Círculo vermelho: metade restante da turma
■■Estrela azul: outra metade da turma
■■Solicitar que os alunos caminhem pela sala ao som de uma música.
■■Na primeira pausa da música, os alunos formam duplas e devem copiar a imagem da ficha do colega (“Eu sou”) no
campo “1º contato”.
■■Colocar a música novamente.
45’ ■■Na segunda pausa da música, formam-se novas duplas. Os alunos devem copiar no campo “2º contato” a imagem do seu
colega (“Eu sou”) mais a imagem que ele registrou no seu “1º contato”. Colocar a música novamente...
■■Na terceira pausa da música, formam-se novas duplas. Os alunos devem copiar no campo “3º contato” a imagem do seu
colega (“Eu sou”) mais as imagens que ele registrou nos seus “1º e 2º contatos”. Colocar a música novamente...
■■Na quarta pausa da música, formam-se novas duplas. Os alunos devem copiar no campo “4º contato” a imagem do seu
colega (“Eu sou”) mais as imagens que ele registrou nos seus “1º, 2º e 3º contatos”. Colocar a música novamente...
■■Ao final das rodadas, solicitar que os alunos formem um grande círculo. Com as fichas em mãos falar: “Vamos imaginar
que esses símbolos representam”:
■■Triângulo = portador do HIV
■■Círculo = fez uso de preservativo
■■Estrela = não fez uso de preservativo
284 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA À AIDS – 1º DE DEZEMBRO


AULA

10
OBJETIVOS ■■Identificar o ciclo de transmissão de DSTs
■■Refletir sobre a vivência sexual responsável

TEMPO ATIVIDADE
DESENVOLVIMENTO 2 (CONTINUAÇÃO)
■■Questionar: “Se essa situação hipotética fosse real, quem teria a maior probabilidade de ter contraído o vírus HIV”? Por
que? Abrir para discussão com o grupo.
■■Após alguns instantes, promover uma reflexão sobre: autocuidado, vivência sexual responsável, comportamento de risco
e ciclo de transmissão:
1. Quem fez uso do preservativo, entrou em contato com a situação de risco, mas estava protegido. Quem não usou,
correu risco.
2. Algumas pessoas não usaram preservativo e não tiveram contato direto com o portador do HIV, mas estão
em uma situação de risco em relação à AIDS e tiveram sorte.
3. Cada contato simboliza um novo relacionamento. Quando copiamos os desenhos do colega, são os
relacionamentos anteriores que acompanham os novos relacionamentos.
4. Você não pode contar com a sorte, pois como na atividade, um único portador do HIV colocou “x” pessoas em
risco, por não estar protegido.

ENCERRAMENTO
5’ ■■Finalizar lembrando a todos que cada um é responsável pela sua vida e do seu parceiro sexual, e que hoje a forma mais
segura de prevenir a infecção por HIV e outras DSTs é através do uso do preservativo (masculino e feminino).

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Fitas vermelhas / Tarjetas / Caixa personalizada
■■Fichas (01 triângulo verde + 20 círculos vermelho + 19 estrelas azuis)
■■Cartaz com as palavras: HIV e AIDS
■■Caixa de som, músicas
■■PPT Dia Mundial de Combate à Aids

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor, este plano de aula se dedica a trabalhar com os alunos um tema de saúde pública importantíssimo, principalmente pela recente
epidemia juvenil, relacionada à infecção pelo vírus HIV e incidência dos casos de Aids.
Por que é importante ter um Dia Mundial de Luta contra a Aids?
■■A Aids, até o momento, é uma doença que não possui cura, portanto, é necessária uma proteção eficiente contra ela. Ao criar um Dia Mundial de
Combate à Aids, o objetivo é chamar a atenção sobre esse problema, desde sua prevenção até seu tratamento, e acabar com o preconceito.
■■É importante mostrar para a população que não se contrai Aids com um simples aperto de mão ou abraço em um paciente. É importante mostrar
também que uma pessoa com o vírus pode relacionar-se e trabalhar normalmente. Além disso, deve-se mostrar que hoje a Aids não é uma sentença
de morte e que é possível, sim, viver bem com a doença. Porém, também devemos nos preocupar com sua transmissão, uma vez que é uma doença
sem cura e que pode afetar a qualidade de vida de uma pessoa.
■■O dia 1º de dezembro serve, portanto, como um alerta sobre a Aids e como uma forma de repensarmos nossas atitudes com os portadores da
doença. Não se trata de um dia exclusivo para informações de saúde, é um dia que também nos remete à compaixão e à solidariedade.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 285

ANEXO

Fichas para atividade


“Ciclo de Transmissão”:
REGISTRE SEUS CONTATOS
EU SOU 1º Contato

2º Contato

3º Contato

4º Contato

REGISTRE SEUS CONTATOS


EU SOU 1º Contato

2º Contato

3º Contato

4º Contato

REGISTRE SEUS CONTATOS


EU SOU 1º Contato

2º Contato

3º Contato

4º Contato
286 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

SIM, EU SOU ASSIM!


AULA

11
OBJETIVOS ■■Discutir com os alunos os padrões impostos pela mídia

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Retomar lembrando a atividade de encerramento de uma aula que tiveram recentemente, lembrando do desafio
de apresentarem a síntese em 01 minuto.
■■Solicitar voluntários para a 1ª atividade de hoje. Explicar que cada um deverá fazer uma breve apresentação de si
para a turma (pontos fortes e pontos a melhorar, gosto musical, preferencias de comida, lugares que gosta de sair,
filmes, livros, etc.). Disponibilizar 2 minutos para os voluntários se prepararem.
20´ ■■Em seguida, explicar que as apresentações deverão acontecer no tempo de 30 segundos.
■■Após as apresentações, refletir com os voluntários sobre a atividade: o tempo foi suficiente? Foi fácil falar de si?
Faltou falar algo? Você realmente se conhece?
■■Ao final, questionar: Vocês sabiam que um dia tem 1.440 minutos? Desse total, quantos minutos você passa
prestando atenção em si mesmo? Abrir para voluntários.
> O que você acha da sua resposta, ela é satisfatória ou preocupante?
> Tenha sempre em mente essa pergunta!

DESENVOLVIMENTO
■■Dividir a sala em seis grupos de aproximadamente seis alunos. Após a divisão, espalhar pelo chão da sala, jornais e
revistas com anúncios comerciais e solicitar que busquem construir a pessoa ideal. Em seguida, solicitar que os grupos
formem painéis e na sequência apresentem, com uma reflexão sobre os impactos dessas informações e imagens na
60´ vida cotidiana.
■■Na sequência, exibir a mídia: Anorexia
■■Após a exibição, perguntar para a turma:
> Quais são os valores que os meios de comunicação normalmente têm transmitido, com relação a padrões ideais?
> Como isso me afeta – nesta idade, e dentro do meu grupo de amigos?
> Será que realmente existe um padrão ideal?

ENCERRAMENTO
20´ ■■Pedir 10 voluntários para compartilhar uma frase que caracterize os temas discutidos na aula de hoje.
■■ Concluir comentando as frases trazidas e refletir sobre a importância de valorizar cada ser humano como único e
exercitar a capacidade de se cuidar, de se olhar e de ter como referência a sua própria vida.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Jornais, Revistas
■■Cartolinas, Cola e Tesouras
■■Mídia: Anorexia (Link: https://www.youtube.com/watch?v=h_VCZdtgWu4

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Professor, esse momento é importante para ouvir as ideias que os alunos trouxeram e perceber se conseguem realizar uma conexão com autoestima
e padrões estéticos.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 287

COMO EU LIDO COM A RAIVA


AULA

12
OBJETIVOS ■■Refletir com os alunos sobre as emoções e estabelecer estratégias de como lidar com a raiva

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar colocando algumas imagens (anexo) no chão da sala de aula e perguntar aos alunos: o que essas imagens
transmitem? Que emoção vocês percebem nas imagens?
20 ■■Dizer que nesta aula irão trabalhar uma emoção muito conhecida por todos: a Raiva
■■E perguntar para a turma:
> Como você age quando está com raiva?
> Você é raivoso?

DESENVOLVIMENTO
Teste “Você é raivoso”?
■■Dividir os alunos em duplas
■■Entregar para cada dupla o Teste “Você é raivoso”? (anexo)
■■Quando todos já estiverem com os resultados, pedir para que façam uma comparação dos dois resultados e que
a dupla converse um pouco sobre estratégias que podem utilizar para lidar melhor com essa emoção, que é tão
65’ necessária, mas que pode nos prejudicar se não soubermos lidar com ela.
■■Entregar para os alunos pequenas tarjetas para que as duplas coloquem estratégias para se controlar diante da raiva.
Na medida em que forem terminando, devem pregar as tarjetas no quadro.
■■Promover um debate sobre as estratégias colocadas no quadro:
> Será que todas essas estratégias trazem resultados positivos?
> Existem estratégias que trazem mais desvantagens do que vantagens a longo prazo?
> A cada afirmativa de sim, ir riscando as estratégias que trazem mais desvantagens do que vantagens.

ENCERRAMENTO
15’ ■■Promover a seguinte reflexão: Não existe um jeito correto de expressar a raiva. Cada ser humano é único. Não
podemos sair por aí explodindo, detonando nos outros e nem podemos implodir nossas emoções. Podemos sim
aprender a falar sobre o que sentimos sem ter medo de nos expressar!

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Imagens
■■Teste “Você é raivoso”?
288 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

1. IMAGENS
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 289

ANEXO

1. IMAGENS (Continuação)
290 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

1. IMAGENS (Continuação)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 291

ANEXO

2. TESTE: VOCÊ É RAIVOSO?

Primeiro escreva o seu nome nas linhas pontilhadas de cada pergunta da 1ª parte do teste. Em segui-
da peça para a sua dupla para responder às perguntas da 1ª parte.
Resposta A – Totalmente verdadeiro
Resposta B – Parcialmente verdadeiro
Resposta C – Parcialmente falso
Resposta D – Totalmente Falso

1ª parte – A sua dupla deve responder essas perguntas sobre você.


( )A ( )B ( )C ( )D 1. ________ levanta rápido o tom da voz quando se irrita
( )A ( )B ( )C ( )D 3. ________ gosta de ter a última palavra
( )A ( )B ( )C ( )D 4. ________ diz palavras duras/ofensas se está nervoso (a)
( )A ( )B ( )C ( )D 5. ________ se irrita por qualquer coisinha
( )A ( )B ( )C ( )D 6. ________ não suporta esperar
( )A ( )B ( )C ( )D 7. ________ parece estar sempre tenso (a)
( )A ( )B ( )C ( )D 8. ________ às vezes me dá medo
( )A ( )B ( )C ( )D 9. ________ deveria ver as coisas com mais calma
( )A ( )B ( )C ( )D 10. ________ rebate imediatamente: bateu, levou

2ª parte – Você deve responder essas perguntas sobre você mesmo. Não marque as respostas com
base em como você gostaria de ser, mas sim, como você reage na realidade
( )A ( )B ( )C ( )D 1. Eu sou do tipo que tem pavio curto
( )A ( )B ( )C ( )D 2 Eu levanto rápido o tom de voz em caso de irritação
( )A ( )B ( )C ( )D 3. Eu gosto de ter a última palavra
( )A ( )B ( )C ( )D 4. Eu digo palavras duras/ofensas quando estou nervoso (a)
( )A ( )B ( )C ( )D 5. Eu me irrito por qualquer coisinha
( )A ( )B ( )C ( )D 6. Eu não suporto esperar
( )A ( )B ( )C ( )D 7. Eu pareço está sempre tenso (a)
( )A ( )B ( )C ( )D 8. Eu às vezes deixo os outros com medo
( )A ( )B ( )C ( )D 9. Eu realmente deveria ver as coisas com mais calma
( )A ( )B ( )C ( )D 10. Eu rebato imediatamente: bateu, levou.
292 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

2. TESTE: VOCÊ É RAIVOSO? (Continuação)

Contagem:
■■Resposta A= 4 pontos
■■Resposta B= 3 pontos

■■Resposta C= 2 pontos

■■Resposta D= 1 ponto

Resultado 1ª parte = ________________


Resultado 2ª parte = ______________
Resultado final: Soma a 1ª parte + 2ª parte e divide por dois = ______ + ______ = _____
2

Resultados:
■■30 ou mais pontos – Cuidado! Parece que a raiva é sua fiel companheira. Mas quais são as
consequências disso para os outros e para você mesmo(a)? Está na hora de refletir sobre a
questão. E começar a desenvolver outras formas de lidar com as dificuldades e problemas do
dia a dia. Que tal começar contando até dez antes de explodir?
■■Entre 10 e 29 pontos – Você não é especialmente nervoso(a). Porém, um total que ultrapasse
20 já indica uma tendência à raiva. Porém, você tem condições para agir diferente em
momentos de estresse. Pensar antes de agir é uma boa saída.
■■9 ou menos pontos – Parece que você lida bem com a raiva que bom! Porém é importante
que você fique atento para que outras pessoas não se aproveite desse seu jeito de ser e queira
pisar em você.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 293

FRACASSAR É PRECISO
AULA

13
OBJETIVOS ■■Trabalhar com o grupo a tolerância ao fracasso, destacando a importância do erro na
construção daquilo que realmente se quer perseguir e alcançar na vida

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula com a palavra FRACASSO escrita em uma tarjeta em letras grandes.
■■Perguntar ao grupo: qual a primeira emoção que vem, quando você vê essa palavra?
20´ ■■Vocês conseguem lembrar mais rapidamente, situações de fracasso vividas ou de sucesso? O que um termo tem a
ver com o outro?
■■Explicar que o tema da aula hoje é o “Fracasso”, e como ele impacta nas resoluções e nos avanços que fazemos em
nossas caminhadas.

DESENVOLVIMENTO
■■Soltar a música “Rebelde Sem Causa” (Ultraje a Rigor) e pedir que formem quartetos com frases comuns
(anexo). Pedir que, sentados nos pequenos grupos, conversem sobre o tema de sua frase, buscando ilustrar o conteúdo.
■■Após todos comentarem e compartilharem experiências ou percepções acerca do tema do grupo, distribuir o
texto anexo “Fracassar é Preciso” para leitura coletiva. Em seguida solicitar que os alunos se dividam nas
seguintes atividades:
1. Aluno 01 – será o relator das discussões do grupo;
60´ 2. Aluno 02 – comentará que lições foram ou poderiam ter sido aprendidas com as situações compartilhadas;
3. Aluno 03 – buscará anotar comentários comuns de outros grupos que se apresentarem;
4. Aluno 04 – fará comentários finais, juntamente com o aluno 3, sobre a leitura do texto “Fracassar é preciso”
(anexo) associando os comentários iniciais com as reflexões decorrentes da leitura compartilhada do texto.
■■Concluir esse momento comentando um pouco sobre o Navegador Amyr Klink. Perguntar quem já havia ouvido falar
nele e trazer alguns de seus feitos. Destacar que ele é uma pessoa reconhecida nacionalmente por seus sucessos, no
entanto, ele destaca a importância do fracasso em sua vida, para aperfeiçoar e fortalecer os objetivos e metas pessoais
que ele havia colocado para si mesmo.

ENCERRAMENTO
■■Reapresentar novamente a palavra FRACASSO e perguntar: algo mudou, agora quando vocês olham para essa palavra?
10´ ■■ Pedir 5 voluntários para esse comentário final.
■■Finalizar com a seguinte frase de Amyr Klink: “Um homem precisa viajar por sua conta, não por meio de histórias,
imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés para entender o que é seu, para um dia plantar as suas
próprias árvores e dar-lhes valor”.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■“Rebelde Sem Causa” – Ultraje a Rigor (Link: https://www.youtube.com/watch?v=EU7VBMc_4oc)
■■Texto “Fracassar é preciso” (anexo)

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Material de suporte para o Professor sobre Amyr Klink (http://www.amyrklink.com.br/)
294 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Palavras ou frases:
Namoro não deu certo

Estudei bastante mas não consegui me sair bem na prova

Fiz uma dieta e perdi algum peso e hoje já recuperei em dobro

Tento me relacionar bem com alguém da Escola, mas não sou correspondido

Comecei um negócio e não foi adiante

Equipe de pesquisa teve dificuldades na distribuição e realização de tarefas

Tentei aprender a tocar um instrumento e não consegui

Programei uma viagem que não aconteceu


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 295

ANEXO

Fracassar é preciso 38
Fazer, errar, aprender. Tentar de novo. A cobrança por resultados ainda é forte, mas a experiência de quem
colocou seu projeto na rua e viu a ideia naufragar ganha força e desafia os conceitos de sucesso e fracasso.
Aos 61 anos, o navegador Amyr Klink tem uma coleção de façanhas impressionantes para se orgulhar:
fez cerca de 40 expedições à Antártida, deu a volta ao mundo mais de uma vez e foi o único a cruzar o
Atlântico Sul sozinho, a remo. Seria natural que ele se entusiasmasse ao contar sobre elas, mas, surpreen-
dentemente, é sobre os fracassos que acha mais relevante falar: “Pouca gente me pergunta sobre o que
deu errado e fica essa impressão equivocada da minha trajetória, como se fosse feita apenas de sucessos.
Pelo contrário, falhei muito e os erros foram fundamentais para os acertos que vieram”, afirma.
No livro Não há tempo a perder (ed. Foz/Tordesilhas), que escreveu para suprir a necessidade de falar sobre
o tema, chamam a atenção as experiências que ele considera verdadeiramente malsucedidas. Não são
naufrágios, rotas erradas, nem deslizes retumbantes, mas os projetos que nunca saíram do papel. “Lem-
bro até hoje de uma travessia entre Santos e Paraty que planejei com a turma do remo e, por total falta
de comprometimento e organização, não chegou a acontecer. Naufrágio para mim é não partir, não ser
capaz de colocar o barco no mar”, diz.
A valorização do realizar, tão evidente nos relatos de Klink, tem tudo a ver com a forma mais receptiva de
lidar com o erro – justo nós, que somos tão pouco tolerantes com o fracasso...
Ana Julia Ghirello, fundadora da AbeLLha, uma incubadora ações de impacto social, confirma a necessidade
de se fracassar também: “MBA nenhum me ensinaria o que aprendi com os projetos que não deram certo”.
Em uma de suas empreitadas, desenvolveu o Fuii.me, plataforma digital que promovia a troca de dicas de
viagens entre pessoas de estilos parecidos. “Acreditava tanto na ideia que nem me preocupei em estudar
o mercado ou lançar um protótipo. Contratei colaboradores, investi no design e não deu certo, nem meus
amigos acessavam. Encerrei seis meses depois do lançamento”, conta. Ana Julia fala sobre os fracassos com
o mesmo carinho que demonstra ter por sucessos estrondosos de sua trajetória, caso do bomnegocio.com
(atual OLX), que ajudou a fundar em 2011 e, no último ano, movimentou R$ 81,9 bilhões. “Me recuso a olhar
para os projetos que não deram certo com tristeza, pois sei que MBA nenhum me ensinaria o que aprendi
com eles”, diz. Para Mattos, o que falta à maioria não é esforço nem persistência, mas justamente essa capa-
cidade de crescer com o fracasso. “Errar é diferente de aprender com o erro”, resume.
Se fracassar é algo tão natural e importante para o aprendizado, por que será que a maioria de nós tem
tanta dificuldade em lidar com essas situações? A resposta pode estar na educação. “É cada vez mais co-
mum encontrar pais que confundem cuidado com onipresença e superprotegem as crianças, impedindo
que experimentem, errem e resolvam seus problemas sozinhas”, afirma a psicanalista Vera Iaconelli.
“O resultado é essa geração impaciente, que quer imediatamente conquistar o que deseja e não entende
que o caminho é lento e tortuoso.” O mito da vida perfeita, tão difundido nas redes sociais, ajuda a aumen-
tar a sensação de fracasso. “O ideal básico da contemporaneidade, que é a felicidade, faz parecer possível
encontrar satisfação em todas as áreas: dos relacionamentos ao trabalho. É uma fantasia, claro, mas acre-
ditamos nela como se fosse verdade e ainda contribuímos para que outras pessoas acreditem, quando
escondemos nossas limitações e deixamos de falar sobre o que não deu certo”, afirma Vera.
Klink conclui: “Sucesso é poder construir uma história autenticamente minha, não um patrimônio. Já o
fracasso, é um pedacinho do caminho”.

38 Adaptado de reportagem “Fracassar é Preciso”, publicada na Revista Gol Linhas Aéreas. Edição de Setembro, 2017 – Texto de Júlia Furrer.
296 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

APRESENTAÇÃO E PREPARAÇÃO DAS AÇÕES


AULA

14
OBJETIVOS ■■Planejar e organizar com as equipes, a realização das Ações

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula lembrando que temos no NTPPS um espaço privilegiado para tentar, errar/ acertar, falhar/ superar...
sempre com o respeito e a empatia do grupo. A aula de hoje buscará fortalecer algumas competências que ajudarão o
grupo a fazer um bom trabalho, quando de suas apresentações sobre seus Planos de Ação:
Atividade: Como me comunico
■■Convidar 10 voluntários e pedir que se organizem em duplas. Cada dupla irá receber um cartão que contém uma
situação que abordem a comunicação verbal e não verbal. Cada dupla terá 02 minutos para organizar e 02 minutos
para realizar a apresentação.
30´ 1. Situação 01: Cena de uma situação de paquera, porém, sem comunicação verbal.
2. Situação 02: Pedir informação a um estrangeiro que não fala o seu idioma.
3. Situação 03: Em uma consulta médica, não compreender os termos técnicos utilizados pelo profissional.
4. Situação 04: Sua avó pediu ajuda para mexer no Whatsapp, mas mesmo explicando, ela não compreende.
5. Situação 05: Surpresa! No dia da prova, o professor optou por fazer uma prova oral. E agora?
■■Orientar os demais alunos que procurem descobrir o que acontece em cada situação. Ao final, provocar: “O nosso
corpo também fala”?
■■Lembrar que quando nos comunicamos, além da mensagem verbal que passamos, nosso corpo também comunica,
mostrando como estamos nos sentindo naquele momento e a postura que adotamos em determinadas situações.
Por isso, é importante estar atento a como nos apresentamos ao outro para não passarmos uma mensagem verbal
diferente daquilo que nosso corpo está apresentando.

DESENVOLVIMENTO
■■Apresentação dos planos de ação. Cada equipe terá 2 minutos para ler o seu plano de ação.
60´ ■■Em equipe: preparação das ações (separar material, confeccionar cartazes, folders, entre outros).
■■Planejamento das equipes para execução das ações (o cronograma de execução das ações deverá ser previamente
acordado com a gestão da escola).

ENCERRAMENTO
■■Reflexão final: enfatizar com o grupo que o querer algo não é o suficiente para consegui-lo, o planejamento é
10´ fundamental.
■■Pedir que todos formem um círculo, de mãos dadas e mentalizem coisas boas e energias positivas para a
execução das ações.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Situações atividade: Como me comunico
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 297

REALIZAÇÃO DAS AÇÕES NA ESCOLA (AULA MÓVEL)


AULA

15
OBJETIVOS ■■Realizar na escola as ações resultantes das pesquisas

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA E DESENVOLVIMENTO
90´ ■■Esta aula fica reservada para a realização das ações na escola, de acordo com o planejamento realizado na aula
anterior.

ENCERRAMENTO
10´
■■Se for possível, em círculo, cada equipe fala o que foi mais importante na ação realizada.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■De acordo com o Planejamento

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Comunicar ao Núcleo Gestor a realização das ações.
298 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

O QUE VEM DE MIM?


AULA

16
OBJETIVOS ■■Refletir com os alunos sobre os aspectos que os deixam felizes e tristes.
■■Refletir sobre a capacidade que cada um tem de cuidar de si mesmo.

TEMPO ATIVIDADE
ACOLHIDA
■■Iniciar lembrando que estão chegando ao final do ano e que seria muito importante realizarem uma avaliação
como forma de se conhecerem ainda mais.
■■Perguntar aos alunos como eles se comportam perante o mundo externo. “Vocês são mais voltados para dentro
ou para fora”?
■■Em seguida, entregar o instrumental “O que vem de mim” (anexo) e solicitar que pensem o que desperta
30’ alegria e o que os deixam de baixo astral.
> O que vem de mim que me deixa alegre (esforço pessoal, competências);
> O que vem de fora que me deixa alegre (as outras pessoas, sorte, oportunidades, etc.);
> O que vem de fora que me deixa triste?
> O que vem de dentro que me deixa triste?
■■Após todos responderem pedir para que alguns alunos socializem suas respostas. E promover a seguinte reflexão: Vocês
são mais afetados com o que vem de fora ou com o que vem de dentro de vocês? Que tal descobrirmos isso juntos?

DESENVOLVIMENTO
■■Em seguida, convidar a turma para responder um Teste: Agir ou Reagir (anexo)
■■Após todos responderem o teste, promover uma reflexão: “Como nos sentimos após o resultado do teste”?
■■Em seguida, dizer que uma estratégia para melhorar o controle interno pessoal, para se tornar mais resiliente seria
cuidar melhor de si mesmo. Se admirar, se gostar, se respeitar, são atitudes de alguém que se cuida.
50’ ■■E perguntar: qual foi a última vez que você se elogiou? E na última semana?
■■Reforçar a ideia de que é necessário pensar positivamente sobre si mesmo. Ter pensamentos bons sobre si melhora
consideravelmente a nossa resiliência e autoestima.
■■Ressaltar com os alunos que o resultado deste breve exercício é situacional, ou seja, ele espelha o momento presente
de quem o responde. Esta é a boa notícia: se você está com baixa resiliência hoje, pode trabalhar seu comportamento
para alterar este quadro. Em outras palavras, tudo depende de sua atitude.

ENCERRAMENTO
■■Solicitar que os alunos escrevam em uma folha, pode ser a do próprio caderno, uma afirmação positiva a respeito de
si mesmos.
■■Após escreverem, informar que todos vão ler em voz alta e pedir que prestem atenção ao que vai acontecer dentro de si
quando estiverem lendo a afirmação.
20’ ■■Dizer que vai fazer um sinal e todos devem ler juntos e em voz alta a sua afirmação, se preocupando apenas com a sua
voz e com a sua afirmação.
■■Solicitar que os alunos socializem o que sentiram ao ouvirem algo positivo sobre si mesmos.
■■Concluir dizendo que aceitar elogios pode ser difícil para algumas pessoas, no entanto, vivemos secretamente na
expectativa de receber elogios. Se a sua voz interior falar de um jeito mais positivo sobre si mesmo duas coisas podem
acontecer: você se baseará menos na opinião dos outros e será capaz de aceitar mais facilmente os elogios que lhe serão
feitos. Portanto, gaste mais minutinhos elogiando a si mesmo!

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Instrumental “O que vem de mim”
■■Teste Agir ou Reagir
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 299

ANEXO

Instrumental:
O que vem de mim?
O que vem de mim que me deixa alegre? O que vem de fora que me deixa alegre?

O que vem de fora que me deixa triste? O que vem de dentro que me deixa triste?
300 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Teste Agir ou Reagir: 39


Cada questão vem composta por duas opções (A ou B ). Você deve ler a questão e escolher a opção
que esteja mais próxima da sua forma de pensar e/ou agir.
Para cada questão e opção, existe uma pontuação, que será contabilizada ao final do preenchimento
do teste.

A B RESPOSTA PONTUAÇÃO
Fazer muito dinheiro está ligado a escolher os As promoções são obtidas com muito
1
caminhos certos. trabalho duro e persistência
Percebi que existe uma conexão direta entre Muitas vezes as reações das pessoas
2
quanto me esforço e o resultado que tenho parecem confusas
O número de divórcios indica que mais pessoas
Casamento é em grande parte um
3 não estão se empenhando em fazerem seus
negócio de risco
casamentos funcionarem
É tolice pensar que alguém pode mudar de fato Quando estou certo, posso convencer os
4
as atitudes básicas de outra pessoa outros
Ser promovido é realmente uma questão de ter Em nossa sociedade, o sucesso de uma
5
mais sorte do que outra pessoa pessoa depende de sua habilidade
Se alguém sabe como lidar com pessoas, é fácil Exerço pouca influência na maneira como
6
lidera-las outras pessoas se comportam
Os objetivos que conquisto são resultados de
Às vezes, acho que tenho pouco a fazer
7 meus próprios esforços; sorte não tem nada
com a situação apresentada
com isso
É apenas um pensamento esperançoso
Pessoas como eu podem mudar o curso do
8 acreditar que alguém pode influenciar
mundo dos negócios se nos fizermos ouvir
prontamente o que acontece no mercado
Grande parcela do que me acontece é
9 Sou senhor do meu destino
provavelmente uma questão do acaso
Dar-se bem com pessoas é uma habilidade que É quase impossível descobrir como
10
deve ser exercitada agradar certas pessoas

Observar na tabela seguinte, a pontuação referente a cada opção escolhida.


Depois faça a somatória e veja o resultado do teste.

39 Teste adaptado: Agir ou reagir, disponível em:


http://www.somostodosum.com.br/clube/artigos/autoconhecimento/agir-ou-reagir-45179.html - acesso em 04/08/2017 as 16:10.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 301

ANEXO
TESTE AGIR OU REAGIR: 39 (Continuação)

Para o professor - Calculando os resultados:


Orientar os alunos para confrontarem suas respostas com a tabela abaixo, anotando “0” ou “1” de acordo
com a opção feita. Evidentemente, o somatório dos pontos deverá ser um número entre 0 e 10.

QUESTÃO ALTERNATIVA A ALTERNATIVA B


1 0 1
2 1 0
3 1 0
4 0 1
5 0 1
6 1 0
7 1 0
8 1 0
9 0 1
10 1 0
302 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
TESTE AGIR OU REAGIR: 39 (Continuação)

De posse da pontuação final, cada aluno deve conferir no quadro a seguir como pode ser classificado seu
centro de controle, se interno ou externo.

PONTUAÇÃO CLASSIFICAÇÃO LÓCUS DE CONTROLE


8 – 10 Interno alto
Pessoas internas (alta resiliência)
6–7 Interno moderado
5 Intermediário Equilíbrio
3–4 Externo moderado
Pessoas externas (baixa resiliência)
0–2 Externo alto
Interpretando o resultado:
Pessoas com centro de controle externo, ou seja, aquelas com pontuação entre 0 e 4 pontos, são pes-
soas muito influenciadas pelo mundo exterior. Para elas, o destino depende do que acontece à sua volta.
Normalmente este grupo pensa da seguinte forma: o aluno não se dar bem nas avaliações porque o
professor não ensinou direito a matéria, suas qualidades não são reconhecidas pelos outros, os seus rela-
cionamentos não dão certo porque as pessoas são difíceis e não se entregam, os trabalhos entregues não
são lidos, e somente através de indicação de terceiros é possível obter uma oportunidade para demons-
trar talento e capacidade.
No polo oposto, estão as pessoas com centro de controle interno. Quem atingiu de 6 a 10 pontos en-
quadra-se neste grupo. São pessoas que realmente enxergam-se como donas de seu próprio futuro. Os
fracassos são sua responsabilidade, decorrentes de ações inadequadas que invariavelmente levaram ao
aprendizado. O sucesso, por sua vez, é fruto de trabalho, ousadia, criatividade, perseverança, enfim, todo
um conjunto de atitudes vencedoras.
Normalmente este grupo pensa da seguinte forma: busca reconhecer e ressaltar seus aspectos positi-
vos. Consegue relacionar suas vontades com as atividades que deseja realizar, procura se relacionar bem
com as pessoas e usa sua rede de contatos para aproveitar boas oportunidades. Cuida de seu marketing
pessoal e, especialmente, adota uma postura proativa, ciente de que sua adversidade é passageira e que
o futuro será reflexo de suas escolhas e atitudes e não do julgamento de terceiros.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 303

MINHA VIDA, MEU COMPROMISSO


AULA

17
OBJETIVOS ■■Discutir com o grupo a importância de assumir a responsabilidade de suas próprias
escolhas
■■ Refletir sobre o impacto das emoções e habilidades no cotidiano.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Pedir um voluntário para resumir os aprendizados e vivências das últimas aulas. “O que ficou de mais marcante para vocês”?
■■Refletir com o grupo acerca da importância do trabalho que estão fazendo – que não é somente da investigação
e construção de um novo conhecimento, mas também, o exercício de várias atitudes que contribuirão para sua
formação, como pessoas, como cidadãos, como futuros profissionais.
■■Explicar que o desenvolvimento da autogestão, do foco, da responsabilidade, envolve também uma questão, que é
central no amadurecimento e crescimento das pessoas: a consciência sobre suas escolhas.
■■Provocar: “vocês percebem que fazem escolhas, o tempo inteiro? Até mesmo quando não se posicionam, isso é uma
escolha? Como nossas escolhas interferem e impactam na construção dos caminhos que desenham nossas vidas”?
30´ ■■Pedir ao grupo que pense um pouco sobre como definem suas escolhas e o quanto se responsabilizam sobre elas...
■■Convidar, então, a turma para assistir a mídia: A Vida Bate Forte! (Exibição do trecho do filme sem finalidade comercial)
■■Após exibição da mídia, promover uma reflexão coletiva abordando as seguintes indagações:
> Quando as coisas não saem da forma que planejou, você costumar culpar os outros pelo seu fracasso?
> Até que ponto a opinião alheia interfere em suas escolhas?
> Você sabe o seu verdadeiro valor, ou o seu valor depende de como o outro te enxerga?
■■Encerrar o momento de reflexão coletiva, dizendo que as pessoas que gostam verdadeiramente de nós, nos aceitam
da forma que somos. Você não é agressor, você não é perdedor, você não é covarde. Você é bem melhor do que
pensa que é. No entanto, na construção dos caminhos que levam a um presente tranquilo, divertido e harmonioso,
é importante que estejamos conscientes das influências externas e internas à nós, para que sejamos capazes de
aprender e crescer, com nossos acertos e com nossos erros.

DESENVOLVIMENTO
■■Na sequência, entregar o instrumental: “A Escada das Emoções e habilidades” (Anexo ) e solicitar que cada aluno
preencha o seu instrumental individualmente, ao som de uma música ambiente.
50’ ■■Após o preenchimento do instrumental, solicitar que alguns voluntários apresentem a sua “Escada das Emoções”.
■■Concluir a atividade realizando a seguinte reflexão com os alunos: “O Contato com você mesmo é sagrado e
transformador; tire um tempo para ficar consigo mesmo, faça frequentemente um balanço sobre as suas emoções, peça
ajuda se for necessário, mas, acima de tudo, lembre-se que o essencial da sua existência é você mesmo”.
304 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

MINHA VIDA, MEU COMPROMISSO


AULA

17
OBJETIVOS ■■Discutir com o grupo a importância de assumir a responsabilidade de suas próprias
escolhas
■■Refletir sobre o impacto das emoções e habilidades no cotidiano.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Entregar para cada aluno, o instrumental: “Meu Compromisso” (anexo ) e solicitar que preencham e assinem o seu
20’ compromisso consigo mesmo.
■■Ao final, exibir a imagem da escada (anexo ), e perguntar: “como vocês se sentiram ao firmarem o compromisso de se
responsabilizarem pela evolução do seu crescimento pessoal”?

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Mídia: A Vida Bate Forte (Link:https://www.youtube.com/watch?v=r-sdYXK0tgc)
■■Instrumental: Escada das Emoções
■■Instrumental: Meu Compromisso
■■Projetor para exibição
■■Imagem

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


■■Providenciar a impressão dos instrumentais com antecedência.
■■Preparar com antecedência, para a próxima aula, o desenho de um tronco de uma árvore (feito de papel madeira ou cartolina) com suas partes: raiz,
galhos, folhas (verdes e amarelas – 10 a 15cm), flores e frutos.
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 305

ANEXO

Atividade: Escada das emoções


Caro aluno, quando passamos por dificuldades, normalmente nos fixamos nos sentimentos ruins e
nas barreiras que nos impedem de seguir em frente. Às vezes, somos feridos e outras vezes ferimos
alguém. Algumas emoções são grandes aliadas e nos ajudam no processo de superação de dificulda-
des e na valorização da nossa vida. Que tal olharmos em direção as emoções e habilidades que nos
ajudam nos momentos difíceis? Segue uma lista de emoções e habilidades que podem nos ajudar
nesse processo. De acordo com o grau de intensidade, enumere as emoções de 1 a 12. Marque 1 para
o menor grau de necessidade e marque 12 para a emoção ou habilidade mais necessária em seu pro-
cesso de autovalorização, de modo a que todas as emoções e habilidades sejam pontuadas.

EMOÇÕES E HABILIDADES NUMERAÇÃO 1 A 12


PERDÃO

ESPERANÇA

DISCIPLINA

AMOR PRÓPRIO

DESAPEGO

GRATIDÃO

COMPREENSÃO

CORAGEM

DETERMINAÇÃO

FOCO

RESPONSABILIDADE

EMPATIA
306 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO
ATIVIDADE: ESCADA DAS EMOÇÕES (Continuação)

Preencha o espaço em branco na escada, de acordo com a numeração das respectivas emoções e
habilidades.

12

11

10

1
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 307

ANEXO

MEU COMPROMISSO

Eu, _____________________________________________________________ decido que de


hoje em diante, serei responsável por minhas escolhas valorizando e respeitando quem sou. Me
comprometo a buscar apoio quando: ______________________________________________
____________________________________________________,com as pessoas que realmente
me amam e me respeitam.

Eu me responsabilizo a ser menos: ______________________________________ e a ser mais:


______________________________________________________________________________

_______________________________________________
Assinatura do Aluno
308 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

Imagem – Escada:

Não perca tempo mentalizando o tamanho da escada,


suba o primeiro degrau e saberá que é capaz.
M. L. Pontes
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 309

PASSADO, PRESENTE E FUTURO


AULA

18
OBJETIVOS ■■Refletir com a turma sobre influência das vivências do passado em quem você se torna
hoje e no que deseja para o futuro

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
Atividade dos Objetos:
■■Iniciar a aula convidando a turma para participar uma atividade diferente! Com os alunos em círculo, perguntar
quem deseja participar. Aqueles que se interessarem devem escolher um objeto pessoal (caderno, caneta, sapato,
estojo, bolsa, etc.) e deixá-lo no centro da sala. Em seguida, dentro de uma caixa, misturar bem os objetos formando
uma montanha com eles. Informar que quando for dado o comando, cada aluno deve procurar seu objeto e pegá-lo
novamente.
■■Quando for dado o “Ok”, os alunos procuram seus objetos e voltam para os seus lugares (1 minuto). Neste momento

30´ deve haver um certo tumulto, todos procurando o objeto ao mesmo tempo no centro da sala, sem planejamento
e organização. Depois de um tempo, mesmo que muitos não tenham localizado ainda seus objetos, pedir para
que parem e voltem aos seus lugares. Informar que eles terão uma segunda chance para procurar seus objetos,
mas que agora terão um tempo para se planejarem antes de partirem para a ação. Dar um tempo de 5 minutos,
aproximadamente, para se planejarem.
■■Reflexão:
> O que percebemos de diferença entre o primeiro e o segundo momento?
> Será que muitas vezes, em nossas vidas, agimos de forma não planejada?
> Quais são os riscos dessas ações?
> E quais são as vantagens de nos planejarmos para atingirmos os objetivos que traçamos?

DESENVOLVIMENTO
Atividade - Vivência da árvore:
■■Preparar com antecedência uma árvore regional (ex.: cajueiro, mangueira, laranjeira, ateira, etc.) com suas partes:
raiz, galhos, folhas (verdes e amarelas), flores e frutos.
■■Colar o caule (de papel madeira) em uma parede da sala, em local bem visível, e entregar para os alunos papeis
recortados em forma de raízes, folhas verdes e amarelas, flores e frutos.
60´ ■■Pedir para que escrevam:
> Raízes: quem somos hoje (nossos valores e personalidade) e o que trazemos de nossas experiências de vida.
> Folhas amarelas: aquilo que precisamos superar/ desapegar.
> Folhas verdes: aquilo que desejamos levar sempre conosco.
> Flores: aquilo que você deseja que floresça. Algo que já iniciou e deseja finalizar.
> Frutos: aquilo que você deseja colher no futuro.
■■Depois que todos concluírem, colar suas peças na árvore e comentá-las para o grupo.
310 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

PASSADO, PRESENTE E FUTURO


AULA

18
OBJETIVOS ■■Refletir com a turma sobre influência das vivências do passado em quem você se torna
hoje e no que deseja para o futuro

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Alunos em círculo, provocar: Será que já nascemos da forma que somos hoje? De que forma nossas experiências de vida
influenciam na formação da nossa personalidade? As escolhas que fazemos hoje influenciam em que seremos no futuro?
10´ O que precisamos fazer para termos o futuro que desejamos?
■■Que relação podemos fazer dessa atividade com a que vivenciamos anteriormente? (Para chegarmos onde desejamos,
precisamos nos planejar, porque até mesmo quando nos esquivamos de uma escolha, estamos fazendo uma, e nossas
escolhas e atitudes é que definem os frutos que colheremos no futuro).

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Caule (Papel madeira)
■■Partes da árvore (papel): raiz, galhos, folhas (verdes e amarelas), flores e frutos
■■Fita gomada, canetinhas, lápis de cor
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 311

O FUTURO QUE DESEJO PARA MIM: O QUE ESTOU PROJETANDO E PLANTANDO?


AULA

19
OBJETIVOS ■■Promover uma reflexão profunda em relação aos nossos projetos de vida e o que estamos
plantando em nossas próprias vidas.

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Iniciar a aula lendo uma breve história de um fazendeiro e pedir para que os alunos prestem bastante atenção sobre
a postura do fazendeiro. Se concordam ou não com ele.
■■Ler a 1ª parte da história (anexo) e perguntar aos alunos:

20´ > O que vocês acharam da atitude do fazendeiro em dar as sementes provenientes da sua colheita para os
vizinhos?
> O que vocês fariam no lugar do fazendeiro? Pensem e sejam os mais sinceros possíveis nesse momento.
■■Após os alunos socializarem suas respostas, ler a 2ª parte da história. Promover a reflexão:
> Vocês sabiam que TUDO que eu dou aos outros eu estou dando a mim mesmo?
> Vocês já ouviram falar na Lei do retorno?

DESENVOLVIMENTO 1
■■Promover a leitura coletiva do texto “A lei do retorno” (anexo)
■■Após a leitura, iniciar uma reflexão sobre o que cada um está projetando para a sua vida.
> “Será que as nossas atitudes hoje, no presente, gerarão uma colheita futura”?
> Vocês já praticaram algo desagradável para outras pessoas? Como se sentiram?
> Já praticaram ações negativas a si mesmos? Como por exemplo, não estudando para a prova ou estudando em
cima da hora?
> Como vocês se sentiram recebendo algo bom?
> Como vocês se sentiram praticando algo bom para você e para outras pessoas?
■■Concluir esse momento dizendo que às vezes, recebemos coisas boas de pessoas que já entenderam que o melhor é
praticar o BEM. Muitas vezes nem merecemos. Outras vezes, até fazemos o BEM, mas ainda não recebemos o melhor. O
fato é que no tempo certo esse BEM ou esse MAL retorna. Tudo é uma questão de tempo!

DESENVOLVIMENTO 2
■■Em seguida, perguntar para os alunos que futuro é esse que vocês desejam?
■■Que futuro é esse que vocês estão plantando? Vocês desejam um futuro de sucesso? E o que seria SUCESSO para vocês?
■■Convidar os alunos a assistirem a mídia “O Sucesso é hoje”!
■■Após a exibição da mídia, perguntar: “Que competências eu preciso ainda desenvolver para obter SUCESSO nas
minhas ações”?
■■Concluir dizendo que o SUCESSO se constrói através de pequenas ações diárias.
312 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

O FUTURO QUE DESEJO PARA MIM: O QUE ESTOU PROJETANDO E PLANTANDO?


AULA

19
OBJETIVOS ■■Promover uma reflexão profunda em relação aos nossos projetos de vida e o que estamos
plantando em nossas próprias vidas.

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Perguntar para os alunos se eles desejam fazer uma boa ação
■■Convidá-los a pensar em pessoas que tenham trazido coisas boas para a sua vida. Em seguida, orienta-los a escolher,
30´ nesse momento, apenas uma pessoa.
■■Que tal escrevermos uma CARTA de agradecimento, dizendo o quanto essa pessoa nos faz bem?!
■■Em seguida, dizer que devemos entregar a CARTA para a pessoa que nos faz bem!
■■E concluir a aula com a frase: O PLANTIO É OPCIONAL, MAS A COLHEITA É INEVITÁVEL! O QUE PLANTAMOS
HOJE CERTAMENTE COLHEREMOS AMANHÃ.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■História do fazendeiro – Partes 1 e 2 (anexo)
■■Texto: A lei do retorno (anexo)
■■Mídia “O sucesso é hoje” (https://youtu.be/WeWrozNPzDI)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 313

ANEXO

História do fazendeiro:
1ª PARTE DA HISTÓRIA 2ª PARTE DA HISTÓRIA
Era uma vez um fazendeiro que tinha os mais belos O fazendeiro então respondeu: “eu não acho! Muito
campos de milho de sua região. Anualmente, na festa pelo contrário! Sabe, nas nossas colinas, há muito vento,
do vilarejo, ele participava do concurso das mais belas então, por causa da polinização cruzada, eu corro o risco
colheitas e, todo ano, ele ganhava os primeiros prêmios. de deteriorar a qualidade do meu milho por causa da
dos meus vizinhos”.
Assim que voltava para casa depois da festa, ele ia a
casa dos vizinhos para lhes dar sementes provenientes
de suas colheitas.
Portanto, tudo o que eu dou aos outros eu
Mas um dia um amigo lhe disse: “Mas, se você estou dando a mim mesmo.
continuar dando as suas melhores sementes aos
vizinhos, você vai acabar se expondo e fazendo com que
um dia eles ganhem os primeiros prêmios no seu lugar.
Você não acha que se isso seria uma pena”?

O QUE VOCÊS ACHAM DA ATITUDE DO


FAZENDEIRO? CONCORDAM?
314 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANEXO

A lei do retorno! 40
A lei do retorno é infalível! – Pode demorar, mas sempre receberemos na medida exata do que
oferecemos. Nada mais, nada menos do que isso.

Não raro, costumamos achar que vimos sendo tratados injustamente ou de forma desagradável pelas
pessoas que nos rodeiam. É como se estivéssemos recebendo muito menos do que verdadeiramente
queremos ou pensamos que merecemos. Assim, passamos a colocar a culpa do que nos ocorre tão so-
mente nas pessoas e no mundo lá fora, o que nos impede de nos enxergarmos como sujeitos de nossas
histórias, uma vez que, nessa ótica, seríamos meros joguetes nas mãos dos outros.
E, assim, vamos passando os dias lamentando as supostas injustiças que nos vão sendo impostas, re-
cheando nossas amarguras com os tratamentos que julgamos descabidos por parte das pessoas que
convivem conosco, sentindo-nos mal amados, mal interpretados, mal vistos e desvalorizados. Afinal,
ninguém parece nos entender ou perceber os potenciais que possuímos, como se estivéssemos sendo
subutilizados em todos os setores de nossas vidas.
Por essa razão é que jamais poderemos fugir ao enfrentamento de nós mesmos, analisando racional-
mente o que estamos oferecendo, como estamos nos comportando, enxergando a nós mesmos, na
forma como estamos tratando as pessoas, nas palavras que usamos, no tom de voz que colocamos, no
olhar que dirigimos ao mundo lá fora. Muitas vezes, apenas estamos recebendo de volta exatamente o
que oferecemos, nada mais nem menos do que isso.
Caso consigamos perceber a forma como as pessoas vêm nos enxergando, o que o mundo vem rece-
bendo de nós, muito provavelmente entenderemos várias coisas que nos acontecem, tendo a cons-
ciência de que o que nos chega não é injusto e sim retorno de mesma medida. Muitas vezes, estaremos
ofertando é nada, tratando mal as pessoas, ignorando-as e menosprezando-as, fechando-nos aos en-
contros, a tudo o que está fora de nós. Como é que poderão enxergar algo que não demonstramos?
Como é que nos enxergarão, caso nos fechemos aqui dentro?
Embora exista quem não consiga fazer outra coisa que não azucrinar a vida de quem quer que seja,
muitas pessoas com quem conviveremos estarão abertas a receber o nosso melhor e a fazer bom uso
de tudo o que oferecemos, valorizando-nos e tratando-nos com o devido respeito. É preciso, portanto,
que nos permitamos o compartilhamento transparente de nossas verdades, para que elas nos tragam o
retorno afetivo que nos enriquecerá a vida onde e com quem estivermos. Porque merecemos, sempre,
o que oferecemos.

40 Fonte: https://osegredo.com.br/2017/03/lei-do-retorno-e-infalivel/ - Acesso 27/08/17 as 10:00.


PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 315

RITO FINAL
AULA A VISTA ALÉM DA JANELA – VEM VOAR, SER QUEM VOCÊ QUISER SER!

20
OBJETIVOS ■■Sensibilizar os alunos sobre a importância de sonhar e acreditar nos seus sonhos

TEMPO ATIVIDADE

ACOLHIDA
■■Preparar um lugar mais apropriado para ministrar essa última aula. De preferência um lugar onde todos possam
ficar sentados em círculo no chão.
■■Colocar a música “Na Janela do teu Quarto” – Frejat ou a música Esquadros – Saulo Fernandes e pedir
para que todos fechem os olhos. Em seguida, dizer que essa será a última aula no NTPPS este ano.
■■Citar algumas aulas que tiveram ao longo do ano, para que os alunos comecem a se conectar com as boas lembranças
dessas aulas. Em seguida, perguntar sobre a aula JANELAS PARA O MUNDO, que eles tiveram no início do ano.
> Lembram da janela que foi colocada para se olhar o mundo, durante esse ano que já passou”?
> Como foi a sua janela? Que cores ela tinha?
> Que expectativas vocês tinham ao se aproximarem da janela?
30’ > Vocês lembram que depois que vocês coloriram as janelas, vocês escreveram o que espero, ao olhar o futuro
pela minha janela?
> Vocês lembram o que vocês escreveram?
ATENÇÃO: No momento que todos estiverem de olhos fechados relembrando a aula, colocar no chão as janelas que
foram confeccionadas pelos alunos no começo do ano. Quando todas as janelas tiverem sido colocadas no chão, pedir
que os alunos peguem suas janelas e voltem para o círculo e permaneçam sentados.
■■Solicitar que leiam em voz baixa e provocar reflexões sobre o que escreveram em suas janelas: o que espero, ao
olhar o futuro pela minha janela?
> Que futuro foi esse? Será que ele se concretizou?
> Será que mudaram no percurso?
> Descortinaram novos cenários e se ampliaram os horizontes?
■■Cada aluno pode falar um pouco sobre essas reflexões acima citadas.

DESENVOLVIMENTO
■■Na sequência, distribuir para cada aluno um modelo de mochila e solicitar que todos personalizem a sua. Após esse
momento, perguntar: o que espero, ao olhar o futuro pela minha janela?
> Como vocês terminam esse ano?
50’ > Quais os principais aprendizados?
> Que competências, características e momentos que levam desse ano?
> O que vocês levam dentro dessa mochila para o ano seguinte?
■■Em seguida, solicitar que escrevam na mochila o que eles vão levar desse ano que passou? Após esse momento, dizer
o que vai levar na sua mochila para o próximo ano.
316 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

RITO FINAL
AULA A VISTA ALÉM DA JANELA – VEM VOAR, SER QUEM VOCÊ QUISER SER!

20
OBJETIVOS ■■Sensibilizar os alunos sobre a importância de sonhar e acreditar nos seus sonhos

TEMPO ATIVIDADE

ENCERRAMENTO
■■Após esse momento de escuta, perguntar se os alunos já ouviram falar do Peter Pan? Vocês saberiam me dizer como ele
conseguia voar?
■■Em seguida, exibir uma mídia “Abertura Peter Pan” e pedir que prestem atenção na letra da música.
■■Após a mídia, escrever no quadro a letra da música: “PRA SONHAR É PRECISO VOAR, DAS FRONTEIRAS PASSAR, SE
AVENTURAR....VEM VOAR, SER QUEM VOCÊ QUISER, SEM SE ARREPENDER...VEM VOAR”!
■■São vários aspectos que poderiam ser abordados em relação a esse personagem. Mas agora iremos focar na capacidade
de voar do Peter Pan.
■■Em seguida, promover uma reflexão sobre a letra, com as seguintes perguntas:
> Para voar é preciso sonhar?
20’ > Basta apenas sonhar? É preciso acreditar no sonho?
> É preciso acreditar em si?
> Quem você quer ser?
■■Vocês lembram como chegaram e como estão agora? Tantas coisas vocês conseguiram avançar, tantos desafios vocês
conseguiram vencer.
■■Agora, ao som da música vem voar, nós vamos imaginar como iremos chegar na 2º série, com toda essa bagagem de
conhecimentos que vocês têm hoje. Com todos os amigos que fizeram, os problemas que superaram. Enfim, se imaginem
agora voando até a 2º série, mais empoderados, com mais alegria, autoestima, energia e com a certeza de que podem ser
quem vocês quiserem ser.
■■Em seguida, dizer que é muito importante ter a capacidade de sonhar. E que muitas vezes alguns sonhos não se
realizam porque não ousamos sonhar. E também porque desistimos de continuar tentando.

MATERIAL NECESSÁRIO
■■Música “Na Janela do teu Quarto” – Frejat (https://www.youtube.com/watch?v=5UNLWnb2SI0)
■■Música Esquadros – Saulo Fernandes (https://www.youtube.com/watch?v=bUJC1RAcd9E)
■■Imagens de mochilas
■■Mídia “Abertura Peter Pan” (https://www.youtube.com/watch?v=Kh6deN4xwII)
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 317

ANEXO
318 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS
PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS 319

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320 PLANOS DE AULA - 1ª SÉRIE - NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS

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