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Anatomia Funcional do

Punho e Mão
Dra. Marcela Penna
MS = móvel com a fção de posicionar a mão no espaço

Mão = função preensora e sensitiva

Estabilidade + mobilidade  infinitos movimentos


desde grosseiros até complexos e finos
Articulações do Punho

F-E
AD + ABD

Médio-
cárpica F-E + AD
+ABD +
circundação
P-S

R-U Rádio-
cárpica
Inclinações

Inclinação
volar: 11°

Inclinação
ulnar: 22°

Comprimento
radial: 9mm
Ossos da mão
Arquitetura esquelética
Unidade Fixa: fileira distal do
carpo fortemente unidos aos
2º e 3º MTC

Unidos pelas superfícies


articulares e reforçadas pelos
ligamentos, formando o arco
transverso proximal da
mão (x)
Arquitetura esquelética

Unidade Móvel: Arcos


dispostos tanto no sentido
transversal como longitudinal

Arco transverso distal


(1ºMTC, 4º e 5ºMTC
mobilidade de 15 a 30º) – (y)

Arco longitudinal – carpo -


MTC fixo (3º MTC) – (z)
Movimentos Digitais

Posição Funcional:
músculos extrínsecos e
intrínsecos em repouso

Flexão dorsal 30°, leve


inclinação ulnar e flexão
dos dedos. Polegar à
frente com art. MF e IF
discretamente fletidas
Articulações Digitais
Articulações Digitais

MTCF: sinovial, condilar (a)

Flexo-extensão: (90°) - circundação


Ligamentos Colaterais
Articulações Digitais
IFP: sinovial em dobradiça (a)

Flexo-extensão: 0 - 110°

Placa volar impede a hiperextensão


Articulações Digitais

IFD: sinovial, dobradiça (a)

Flexo-extensão: 0 - 70°

Placa volar menos contensora = permite grau de


hiperextensão = papel impt pois permite maior
contato polpa-polpa, principalmente na pinça por
oposição palmar
Polegar

Maior mobilidade

Mais curto

Origina-se proximalmente

Projeta-se anteriormente no
plano da palma para se opor
aos outros dedos
Movimentos
IF polegar (c)
Menor importância. Troclear

Flexo-extensão: 90°

Forte estabilidade lateral – estruturas capsuloligamentares

Metacarpofalângica (b)
Placa volar = aumenta a superfície articular

Condilar: F-E e AD- ABD

Pela flexibilidade de seu sistema capsuloligamentar (LCR


/ LCU) permite a rotação da base da FP sobre a cbça do
MTC
Trapézio-metacarpiana

Art. mais importante do polegar

Art. em “sela”

Grande flexibilidade

Antepulsão-retropulsão

Adução-abdução

Rotação
Oponência do polegar

Antepulsão + Adução
+Pronação
Ligamentos do carpo
Extrínsecos:

Radiocarpais:
• Colateral radial
• Radiocarpais volares (3)
• Radiocarpal dorsal
• Complexo ulno carpal (4)

Carpometacárpicos

Intrínsecos:
Radiocarpais
• Colateral radial (1)
• Radioescafocapitato (2,3)
• Radiossemilunar (4*)
• Radioescafossemilunar (5)
• Radiossemilunar piramidal (6)
• Fibrocartilagem triangular (13)
• Ulnossemilunar piramidal
• Colateral ulnar (11)
Espaço de
Poirier
Ligamentos Intrínsecos

Escafossemilunar (A)

Semiluno-piramidal (B)
Musculatura intrínseca da mão
São chamados assim pois têm sua origem e inserção
nos limites da mão

Tenares (radial)

Hipotenares (ulnar)
Dividem-se em 3 grupos:
Centrais (interósseos
e lumbricais)
REGIÃO TENAR

a- abdutor curto (M) b - oponente do polegar (M)


b- cabeça superficial do flexor curto (M)
c- cabeça profunda do flexor curto (U)
d- cabeça obliqua do adutor (U)
e- cabeça transversa do adutor (U)
REGIÃO HIPOTENAR

a- oponente do mínimo (U)


b- flexor do mínimo (U)
c- abdutor do mínimo (U)
CENTRAIS - interósseos

1,2,3,4 – interósseos dorsais


d – interósseos dorsais (4) vista do dorso da mão
p – interósseos palmares (3) a- EUC
b- ERLC c- ERCC
INTERÓSSEOS
Espaços intermetacarpianos

Dorsais: 4 - ABDUÇÃO

Palmares: 3 - ADUÇÃO

Estendem as FM e FD quando as MF estão


fletidas

Inervados pelo n. ulnar


CENTRAIS - lumbricais

• 1 e 2 lumbrical (fusiformes) originam-se da borda radial dos


tendões FP do indicador e médio (M)
• 3 e 4 lumbrical (bipenados) e originam-se da borda adjacente
dos FP entre os quais se localizam (U)
LUMBRICAIS
• Flexão MF e Extensão das FM e FD

• Inervados pelo n. mediano (1 e 2) e ulnar (3 e 4)


Musculatura extrínseca da mão

São chamados assim pois têm sua origem no


antebraço e inserção nos limites da mão

Musculatura flexora e extensora dos dedos


Músculos Extrínsecos Extensores

Epicôndilo lateral do úmero

Mais importante: Extensor Comum dos Dedos –


massa única, divide-se ao nível do retináculo
dos extensores em 4 tendões

4° túnel osteofibroso
ZONA DOS EXTENSORES - Eaton
RETINÁCULO DOS EXTENSORES
Conexões / Junturas intertendíneas: proximal a
MF, estabilizadoras durante a flexão
1º TÚNEL EXTENSOR

Variação anatômica do 1° túnel extensor: ABLP (a,a1,a2,a3),


ECP (b) e ELP (c)
TABAQUEIRA ANATÔMICA

septo

ABLP
acessório

Limites: entre o ELP medialmente e os tendões do ECP e ABLP


lateralmente
Assoalho: pólo proximal do escafóide e trapézio
Conteúdo:artéria radial
Anatomia digital - extensor
a) Tendão extensor terminal

b) Bandeletas laterais

c) Tendão extensor central

d) Ligamento triangular

g) Lumbrical

h) Interósseo

i) Banda sagital (capuz extensor)

j) Tendão extensor extrínseco


Anatomia digital - extensor
DEDO EM MARTELO

Lesão do tendão extensor terminal


DEDO EM COLO DE CISNE (swan neck)
DEDO EM BOTOEIRA (boutonniere)

Lesão do tendão
extensor central
Músculos Extrínsecos Flexores

Epicôndilo medial do úmero

FS, FP DOS DEDOS E FLP

Flexor profundo: 4 tendões unidos, indicador é


independente (permite a IFD de se movimentar
independente)

Os FP do médio, anular e mínimo são unidos por


conexões tendinosas proximalmente e pelos
lumbricais distalmente

Flexor superficial: 4 tendões independentes


Anatomia digital - flexor
Quiasma de Camper
Polias Flexoras
ZONA DOS FLEXORES - VERDAN

TERRA DE
NINGUÉM
Ligamentos digitais
Músculos do Punho

EXTENSORES FLEXORES

• ERCC - 3º MTC • FRC - 2º e 3º MTC

ERLC - 2º MTC • FUC - 5º MTC

EUC - 5º MTC • Palmar longo – face


volar do antebraço
COMPARTIMENTOS DO ANTEBRAÇO
Compartimento ANTERIOR
Superficial:

Pronador redondo

FRC

Palmar longo

FUC
Médio:

• FSD

Profundo:

FPD

FLP

Pronador quadrado
Compartimento POSTERIOR:
Superficial:

Braquiorradial
ERLC
ERCC
ECD
EPM
EUC
Profundo:

Supinador
EPI
ALP
ECP
ELP
Revestimento cutâneo

Pele palmar: dura e espessa para suportar seu


uso constante e proteger as estruturas profundas.
Tem pouca mobilidade, riqueza de glândulas
sudoríparas, porém sem glândulas sebáceas

Pele dorsal: fina, elástica e bastante móvel.


Unhas: suporte para as pontas digitais
Pregas

(a) Prega IFD


(b) Prega IFP
(c) Prega MTCF
(d) Prega palmar distal
(e) Prega palmar média
(f) Prega palmar proximal
(g) Prega volar do punho
Linhas Superficiais

Identificam estruturas nobres


profundamente
(b) Linha cardinal
(c) ramo motor tenar do n.
mediano
(e) divisão do n. ulnar
(f) colo do 5º MTC
(g) tubérculo do trapézio
(h) tubérculo do escafóide
(i) Linha de Kaplan
Linhas dorsais
1. Estilóide radial
2. Tubérculo de Lister
3. ELP
4. EPI
5. ERLC
6. ERCC
9. EPMin
10. Cabeça da ulna
Circulação

Circulação arterial: volar

Drenagem venosa: dorsal (2 veias: 1 artéria)

Drenagem linfática: dorsal


Sistema arterial

Arco arterial palmar superficial: ramo principal


da artéria ulnar com o secundário da artéria
radial

Arco arterial palmar profundo: ramo principal


da artéria radial com o secundário da artéria
ulnar
Arco arterial palmar superficial Arco arterial palmar profundo
Sistema venoso
Sistema dorsal

Veias dorsais, arco venoso (base


do dedo - a), veias comissurais
(vale metacarpiano - b)
INERVAÇÃO – Plexo Braquial
INERVAÇÃO
SENSITIVA
Inervação motora - ULNAR

FUC

FP D4, D5

Hipotenares

Interósseos

2 Lumbricais ulnares

Adutor do polegar

Cabeça profunda flexor curto do polegar


MEDIANO

Pronador redondo

FRC

Flexores superficiais dos


dedos

Musc. Tenar (ACP, a


cabeça superficial do FCP e
OP ) – ramo motor tenar

1 e 2 lumbricais
N. Interósseo anterior (NIA)

FP D2, D3

FLP

Pronador quadrado
RADIAL - NIP
 BR
 ERLC
 ERCC
 Supinador
 ECD
 EPMin
 EUC NIP
 ELP
 ECP
Na mão apenas de
 AbLP caráter sensitivo pelo
 EPInd n. sensitivo radial!!!
Anastomoses nervosas

Martin-Gruber: nervo ulnar + nervo mediano ou


NIA ao nível do antebraço

Cannieu-Riché: nervo ulnar + nervo mediano


(ramo motor tenar) ao nível da palma da mão

Berritini: ramos sensitivos do nervo mediano +


sensitivo do nervo ulnar
Estruturas nervosas
TÚNEL DO CARPO

34 - 25
Na extremidade distal do
retináculo flexor, o nervo
mediano emite o ramo motor
recorrente para inervar o
ACP, a cabeça superficial do
FCP e OP e depois se divide
em nervos digitais
Estruturas nervosas
CANAL DE GUYON
O ramo cutâneo palmar do nervo ulnar é geralmente ulnar
do dedo anular e o ramo cutâneo palmar do nervo
mediano é radial em relação ao tendão do palmar longo
INSPEÇÃO
INSPEÇÃO
PALPAÇÃO – PARTES MOLES
PALPAÇÃO – PARTES ÓSSEAS
PALPAÇÃO – PARTES ÓSSEAS
MOVIMENTAÇÃO PASSIVA
MOVIMENTAÇÃO PASSIVA
TESTES ESPECIAIS
Avaliar Flexores Superficiais
TESTES ESPECIAIS
Avaliar Flexores Profundos
TESTES ESPECIAIS
Avaliar Extensão de polegar
TESTES ESPECIAIS
•Teste de Bunnell- Littler- para avaliar os
músculos intrínsecos da mão. Manter a MF em
extensão e tentar fletir a articulação IFP.

A flexão desta articulação


indica ausência de hipertonia
dos músculos intrínsecos e
mede o tonus desta
musculatura (MF e IFP devem
estar livres)
TESTES ESPECIAIS
• Teste dos ligamentos retinaculares: mede o
tonus dos ligamentos retinaculares.

Mantém-se a IFP em extensão


e realiza-se a flexão
da IFD. A resistência ao
movimento é proporcionada
pelos ligamentos retinaculares
oblíquos.
TESTES ESPECIAIS
• Teste de Watson: testar a instabilidade do
escafóide. Realiza-se um DU no punho e,
concomitantemente pressiona-se o pólo distal ou a
tuberosidade do escafóide. A seguir, o punho é
lentamente desviado radialmente, enquanto a
pressão no polo distal é mantida, tentando impedir
a sua flexão palmar. Quando o escafóide está
instável o polo proximal subluxa dorsalmente e a
manobra torna-se dolorosa
TESTES ESPECIAIS
• Teste de Allen: testar a patência das artérias
radial e ulnar no punho
TESTES ESPECIAIS
• Teste de Phalen: flexão dos punhos causa uma
diminuição do túnel do carpo e compressão do
nervo mediano = parestesia
TESTES ESPECIAIS
• Teste de Durkan: Flexão de aprox 10° do punho
com compressão ao nível do túnel do carpo = dor /
choque
TESTES ESPECIAIS
• Teste de Tinel: Percussão suave na região volar
do punho. Sensação desagradável de choque
irradiado distalmente (hiperestesia).
TESTES ESPECIAIS
• Teste para diagn. da tenossinovite de DE
QUERVAIN: Testes “passivos”
EICHOFF FINKELSTEIN

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