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Sumário

1) NERVOS
PERIFÉRICOS
2) PLEXO BRAQUIAL
CASO CLÍNICO

 Paciente, 26 anos, com histórico de trauma, alega


queixa de dor para movimentação do braço. No Exame
Neurológico, apresenta atrofia do Bíceps, com
dificuldade para flexão do antebraço sobre o braço e
perda do reflexo Bicipital. Ainda apresentou
hipoestesia na face lateral do antebraço. A partir disso,
a lesão de qual nervo espinhal corrobora com esse
quadro? Quais raízes constituem esse nervo?
CONCEITOS
 Motoneurônios alfa ( 2° Neurônio Motor/ Neurônio
Motor Inferior) = Corno anterior da medula , inerva
fibras musculares. Formam as raízes anteriores
(motoras).

 Aferências sensitivas, conduzidas pelos neurônios dos


gânglios espinhais, entram na medula pelas raízes
dorsais (sensitivas).

 União das raízes anteriores e posteriores dar origem


aos nervos espinhais.
 Nervos espinhais = Fazem conexão com Medula
Espinhal e inervam tronco, membros e algumas partes
da cabeça.

 31 pares = 8 pares de nervos cervicais, 12 torácicos, 5


lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.

 1° nervo cervical (C1) sai acima da vértebra C1;


 8° nervo cervical (C8) sai abaixo da vértebra C7.
 Nas vértebras cervicais = os nervos espinhais saem
acima da sua vértebra correspondente:
Ex: Nervo espinhal C5 sai acima da vértebra C5 ou seja,
sai entre C4 e C5.

 Nervo espinhal C8 sai entre as vértebras C7 e T1.

 A partir de T1, os nervos espinhais saem abaixo da


vértebra correspondente.
Ex: Nervo espinhal de L5 sai abaixo da vértebra L5, ou
seja, entre L5 e S1.
 Na RM anterior, qual raiz nervosa está sofrendo
compressão pela hérnia discal?

Resposta: Raiz de L5.


Dermátomo
 É o território cutâneo inervado por fibras de uma
única raíz dorsal.

 Recebe o nome da raiz que o inerva como dermátomos


C3, T5, L4.

 Herpes Zoster acomete as raízes dorsais, levando


surgir dores e vesículas em uma área cutânea que
corresponde ao dermátomo da raiz envolvida.
PLEXO BRAQUIAL (C5-T1)
 Formado pela anastomose dos ramos anteriores
(ventrais) das raízes cervicais de C5,C6,C7,C8 e a
primeira torácica T1.

 Tem 3 troncos primários =

1) Tronco Superior: União das raízes de C5 e C6.


2) Tronco Médio: Continuação da raiz de C7.
3) Tronco Inferior: União de C8 e T1.
 Ramos dos troncos primários unem-se para formas
troncos secundários/cordões/fascículos:

1) Lateral: União dos ramos anteriores dos troncos


primários superior e médio.
2) Medial: Continuação do ramo anterior do tronco
primário inferior.
3) Posterior: União dos ramos posteriores dos três
troncos primários.
 Troncos secundários/cordões dão origem aos ramos
terminais do plexo braquial:

1) Cordão Medial: Raiz Medial do MEDIANO e


ULNAR.
2) Cordão Lateral: Raiz lateral do MEDIANO e
MUSCULOCUTÂNEO.
3) Cordão Posterior: Nervos AXILAR e RADIAL.
NERVO AXILAR (C5-C6)

 Inerva Músculo Deltóide = Abdução do ombro.

 Inervação sensitiva na face lateral superior do braço.

 Lesiona em fraturas do úmero e nas luxações do


ombro = Músculo Deltóide atrófico, dificuldade de
abduzir o ombro e alteração sensitiva na face
lateral superior do braço.
NERVO MUSCULOCUTÂNEO (C5-C6)

 Inerva Músculos Bíceps e Braquial.

 Inervação sensitiva da face lateral do antebraço.

 Testar Bíceps = 1) Flexionar antebraço supinado


contra resistência oferecida pelo examinador. 2)
Reflexo Bicipital.

 Lesão = Atrofia do Bíceps, dificuldade para flexão do


antebraço sobre o braço e perda do reflexo bicipital.
Déficit sensitivo na face lateral do antebraço.
NERVO RADIAL (C5-T1)
 Deixa Axila e segue trajeto detrás do úmero.
 Inerva Tríceps = Extensor do antebraço e Reflexo
Tricipital.
 Ao passar pelo terço distal do úmero, penetra
compartimento anterior do braço, inervando :
1) Braquial (Inervado também pelo Musculocutâneo) =
Flexão do Cotovelo.
2) Braquiorradial = Flexão do antebraço , Reflexo
Estilorradial.
3) Extensor longo radial do carpo = Extensor radial
da mão.
 Junto ao epicôndilo, divide em:

1) Ramo terminal superficial que origina :


a) Nervos digitais dorsais = Inervam pele da face posterior da
mão e dos primeiros 4 dedos;

2) Ramo terminal profundo:


a) Supinador = Supinação do antebraço;
b) Extensor curto radial do carpo = Extensão radial da mão;
c) Extensor dos dedos = Extensão das articulações
Metacarpofalangianas;
d) Extensor do dedo mínimo;
e) Extensor ulnar do carpo;
f) Abdutor longo do polegar;
g) Extensor longo e curto do polegar;
h) Extensor do indicador.
 Ramos sensitivos:
Inerva pele da face posterior do braço, antebraço, mão e
primeiros 4 dedos.

Lesão:
- Paralisia da extensão do antebraço, mão e dedos.
- Flexão do antebraço fraca. Não consegue supinação do
antebraço.
- Fraca abdução do polegar.
- Abolição/Hipoativos reflexos Tricipital (C7) e Estilorradial
(C5-C6).
- Déficit sensitivo na face posterior do braço, antebraço,
metade lateral do dorso da mão e face dorsal dos primeiros
4 dedos.
NERVO MEDIANO (C5-T1)
 Inerva:
1) Pronador redondo = Pronador do antebraço;
2) Flexor Radial do carpo = Flete lateralmente a mão;
3) Palmar longo = Flete o punho;
4) Flexor superficial dos dedos;
5) Flexor longo dos dedos.

 Território Sensitivo = Parte Lateral da palma da mão,


face palmar dos 3 primeiros dedos, metade do quarto
dedo e face dorsal da falange distal desses dedos.
 Lesão =
a) Déficit da Pronação do antebraço, flexão radial
da mão, abdução palmar, oposição do polegar.

b) Atrofia dos músculos da eminência tênar.

c) Déficit sensitivo (hipoestesia/anestesia) e


parestesias no território sensitivo;
NERVO ULNAR (C7-T1)
 Nervos Ulnar e Mediano = inervam músculos flexores do punho e dos dedos +
inervação sensitiva da face palmar da mão e dos dedos.

 Após passar pelo cotovelo, inerva:


1) Músculo flexor ulnar do carpo;
2) Músculo flexor profundo dos dedos III e IV.
 Inerva os seguintes músculos dos dedos:
1) Abdutor do dedo mínimo;
2) Oponente do dedo mínimo;
3) Flexor do dedo mínimo;
4) Lumbricais III e IV = flexão da 1° falange e extensão dos dedos anular e
mínimo;
5) Interósseos (adutores e abdutores dos dedos);
6) Adutor do polegar;
7) Flexor breve do polegar.
 Território Sensitivo = Borda ulnar da mão, do dedo
mínimo e da metade medial do dedo anular.
 Lesão:
1) Mão em garra;
2) Dedos anular e mínimo com 1° falange em extensão e
demais em flexão;
3) Atrofia da eminência hipotenar;
4) Adução do dedo mínimo;
5) Paresia ou Paralisia da flexão da mão, flexão dos dedos
anular e mínimo, da adução e abdução dos dedos, da
adução do polegar e de flexão/abdução/oposição do dedo
mínimo;
6) Déficit sensitivo na metade medial da mão, no dedo
mínimo e metade interna do dedo anular.
RAÍZES

 Músculos e territórios sensitivos radiculares têm


inervação plurirradicular = lesão de uma única raiz
leva apenas a moderado déficit motor (paresia) e
sensitivo (hipoestesia).
C5
 Paresia dos músculos Deltóide (abdução do ombro) e
Bíceps (flexão do antebraço).

 Diminuição dos reflexos Bicipital (C5-C6) e


Estilorradial (C5-C6).

 Hipoestesia na face lateral do braço.


C6
 Paresia dos músculos Extensor Radial do Carpo e
Bíceps.

 Reflexos Estilorradial e Bicipital (C5-C6)


hipoativos.

 Hipoestesia da face lateral do antebraço e mão, do


polegar, do indicador e da metade do dedo médio.
C7
 Paresia dos músculos Tríceps, Flexor Radial do
Carpo e Extensores comuns dos dedos, próprio do
indicador e do dedo mínimo.

 Reflexo Tricipital diminuído.

 Hipoestesia no dedo médio.


C8

 Paresia dos músculos Flexores dos dedos (flexores


superficial e profundo dos dedos; lumbricais).

 Hipoestesia na borda medial do antebraço, mãos e


dedos anular e mínimo.
T1

 Paresia dos músculos interósseos dorsais (abdução


dos dedos) e palmares (adução dos dedos).

 Hipoestesia na borda medial do braço.


CASO CLÍNICO

 Paciente, 26 anos, com histórico de trauma, alega


queixa de dor para movimentação do braço. No Exame
Neurológico, apresenta atrofia do Bíceps, com
dificuldade para flexão do antebraço sobre o braço e
perda do reflexo Bicipital. Ainda apresentou
hipoestesia na face lateral do antebraço. A partir disso,
a lesão de qual nervo espinhal corrobora com esse
quadro? Quais raízes constituem esse nervo?
RESPOSTA ?

 Nervo Musculocutâneo, constituído pelas raízes


de C5, C6.

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