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PRISMA DE SENAQUERIBE

Touro alado de Khorsabad - Escultura Assíria

Os assírios, semitas, rudes, nômades, pastores e caçadores, foram vassalos dos


babilônios por muito tempo. As lutas contra os indo-europeus favoreceram a sua
ascensão. Formaram um pequeno reino com sede em Assur transferida, mais
tarde, para Nínive. A belicosidade do povo, a arides do solo e a explosão
demográfica contribuíram para as conquistas assírias e a formação de um
poderoso império no Oriente, conduzida por um líder militar ávido por conquistar e
anexar outras nações, tinha como paradigma o pensamento: "A guerra é a origem
de todas as coisas e de todas ela é soberana".
Rei Assírio

Senaqueribe sucedeu a seu pai Sargão II no reino da Assíria, e já no quarto ano do


seu reinado quis subjugar de forma mais completa e definitiva a Palestina e fez
isso com 46 cidades, enquanto que um dos seus principais oficiais, Rabsaqué, foi
tentar a rendição de Jerusalém. Contra o conselho de Isaías, o rei Ezequias vinha
tentando se prevenir tentando uma aliança com o Egito, onde reinava Tiraca.
Prisma Taylor originário de Nínive, capital Assíria (no atual Iraque)
no Período Neo-assírio; Durante o Reinado de Senaqueribe, 689 A.C.
Construída em Barro assado; Medindo 38.0 cm x 14.0 cm
Comprado em Bagdá, 1919

Nos seis lados inscritos deste prisma de barro, o Rei Senaqueribe registrou oito
campanhas militares empreendidas contra vários povos que recusaram submeter-
se à dominação assíria. Em todas as instâncias, ele reivindica ter sido vitorioso.
Como parte da terceira campanha, ele invadiu Jerusalém e impôs um pesado
tributo a Hezequias, Rei Judá.

O exército assírio tinha passado sobre a Síria e Israel como um rolo compressor, e
depois atacou Judá, conquistou todas as suas cidades fortificadas e cercou
Jerusalém. Senaqueribe, o rei assírio, escreveu em suas próprias crônicas que
tinha fechado Ezequias (rei de Judá) como um pássaro numa gaiola. A conquista
assíria de Jerusalém, capital de Judá, parecia inevitável. Contudo, uma vez que o
monarca assírio precisava lutar em outras frentes de batalha, ele preferiu
simplesmente intimidar os israelitas para que se rendessem. Ele enviou Rabsaqué,
seu principal oficial, a Jerusalém para começar uma campanha de propaganda
destinada a persuadir os homens de Judá a desistir sem lutar.

Confrontando a narrativa no prisma, a Biblia narra diferentemente o episódio, três


capítulos registram o discurso de Rabsaqué: 2 Reis 18; 2 Crônicas 32 e Isaías 36.

Descobertas arqueológicas confirma a narrativa


bíblica.

Ao longo dos anos, muito criticismo tem sido levantado quanto à confiabilidade
histórica da Bíblia.

Estes criticismos são usualmente baseados na falta de evidência de fontes


externas confirmando o registro bíblico.

E sendo a Bíblia um livro religioso, muitos eruditos tomam a posição de que ela é
parcial e não é confiável a menos que haja evidência externa confirmando-a.

Em outras palavras, a Bíblia é culpada até que ela seja provada inocente, e a falta
de evidências externas colocam o registro bíblico em dúvida.

Este padrão é extremamente diferente do aplicado a outros documentos antigos,


mesmo que muitos deles, se não a maioria, contém um elemento religioso.

Eles são considerados acurados a menos que a evidência demonstre o contrário.

Embora não seja possível verificar cada incidente descrito na Bíblia, as


descobertas arqueológicas feitas desde a metade do século XVIII têm demonstrado
a confiabilidade e plausibilidade da narrativa bíblica. Alguns exemplos:

A descoberta do arquivo de Ebla no norte da Síria nos anos 70 tem mostrado que
os escritos bíblicos concernentes aos Patriarcas são de todo viáveis.

Documentos escritos em tabletes de argila de cerca de 2300 A.C. mostram que os


nomes pessoais e de lugares mencionados nos registros históricos sobre os
Patriarcas são genuínos.

O nome "Canaã" estava em uso em Ebla - um nome que críticos já afirmaram não
ser utilizado naquela época e, portanto, incorretamente empregado nos primeiros
capítulos da Bíblia.

A palavra "tehom" ("o abismo") usada em Gênesis 1:2 era considerada como uma
palavra recente, demonstrando que a história da criação foram escrita bem mais
tarde do que o afirmado tradicionalmente. "Tehom", entretanto, era parte do
vocabulário usado em Ebla, cerca de 800 anos antes de Moisés.

Costumes antigos, refletidos nas histórias dos Patriarcas, também foram descritos
em tabletes de argila encontrados em Nuzi e Mari.o Os Hititas eram considerados
como uma lenda bíblica até que sua capital e registros foram encontrados em
Bogazkoy, Turquia.

Muitos pensavam que as referências à grande riqueza de Salomão eram


grandemente exageradas. Registros recuperados mostram que a riqueza na
antiguidade estava concentrada como o rei e que a prosperidade de Salomão é
inteiramente possível.

Também já foi afirmado que nenhum rei assírio chamado Sargon, como registrado
em Isaías 20:1, existiu porque não havia nenhuma referência a este nome em
outros registros.

O palácio de Sargon foi então descoberto em Khorsabad, Iraque.

O evento mencionado em Isaías 20 estava inclusive registrado nos muros do


palácio. Ainda mais, fragmentos de um obelisco comemorativo da vitória foram
encontrados na própria cidade de Asdode.o

Outro rei cuja existência estava em dúvida era Belsazar, rei da Babilônia, nomeado
em Daniel 5. O último rei da Babilônia havia sido Nabonidus conforme a história
registrada. Tabletes foram encontrados mais tarde mostrando que Belsazar era
filho de Nabonidus e co-regente da Babilônia.

Assim, ele podia oferecer a Daniel "o terceiro lugar no reino" (Daniel. 5:16) se ele
lesse a escrita na parede.

Aqui nós vemos a natureza de "testemunha ocular" do registro bíblico


frequentemente confirmada pelas descobertas arqueológicas.

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