O Malhete

Informativo Maçônico, Político

Informativo Maçônico, Político e
e Cultural
Cultural
Linhares - ES, Março de 2022 - Ano XIV - Nº 155 - E-mail: omalhete@gmail.com
Ano XIV- Número 155 - Março de 2022
Indice
Conservadorismo x Maçonaria ....................04

Maçonaria e algumas razões para filosofar ..07

Delitos, Penas e Justiça................................10

Os Desafios de Integração Americana.........14

Winston Churchill um Homem do Destino .....18

Os Três Porquinhos .....................................22

Vamos cuidar mais uns dos outros?............. 25

O Irmão Kerensky ........................................26

Fatos & Flasches .........................................29

Hector Dias Montenegro
Jose Ronaldo Viega Alves
Kennyo Smail
Marco Antonio Peres
Marco Rocchi As opiniões dos autores envolvem
Valdir Massucatti apenas este último e não configuram
necessariamente a orientação de
pensamente da revista O Malhete.

Clique nos banners abaixo para ser redirecionado

2
 PORTO
GAIA
dorms.
1sú1te12 vagas

» <!_
1 1 \ 1 1 \ \ (' \ \ li \ 1( ) l 1» \ l l 1» \

Av Prof Bernaámo Querido, 603 - ltagua 1 Ubatuba

(1:) 9 9751-03:5 / (1:) 9 9650-5051 / (1:) 36:9-3055
www.construtorataubate.com.br
-1 fÃusÃi-É A
&J~GAIA
PORTO

3
CONSERVADORISMO x MAÇONARIA
C om certeza você já ouviu falar que “homens
fortes criam tempos fáceis e esses tempos
fáceis geram homens fracos; então os
homens fracos criam tempos difíceis; e esses tem-
pos difíceis geram homens fortes”. Essa crença
popular coaduna com o entendimento de que
alguns fatos históricos se repetem, tendo o tempo
um comportamento de espiral, com alternações
de polarização, ou seja, um ciclo, tão virtuoso
quanto vicioso.
Na política isso é identificado com a alternância
de governos de espectro progressista e conserva-
dor. O Brasil é um bom exemplo claro disso. Após
um período conservador (Monarquia), veio um
período de décadas de relativo progressismo (Pri-
meira República). Então surge outro período con-
servador (Era Vargas), seguindo do retorno ao
progressismo (República Populista). Daí, mais
uma vez, o conservadorismo retorna (Ditadura
4
Militar) até a volta dos progressistas ao poder. E
agora, iniciou-se mais uma onda conservadora,
em 2019.
Esse fenômeno não está restrito ao Brasil. É
mundial. Como exemplo, tomemos a América do
Sul. Na década de 70, enquanto havia Ditadura
Militar no Brasil, o mesmo ocorria na Argentina, na
Bolívia, no Chile e no Uruguai. Outros dados, mais
recentes, são de que em 2011, Brasil, Paraguai,
Argentina e Peru tinham governos progressistas;
enquanto que em 2018 os mesmos países passa-
ram a ter governos conservadores.
E quanto a Maçonaria? Seus postulados não
deixam dúvidas ao declarar a Maçonaria como
progressista, o que sobrevive em muitas das cons-
tituições das potências maçônicas e em suas apre-
sentações em websites oficiais. Ela sempre atuou
nesse sentido, seja no exterior como no Brasil,
onde defendeu a independência, lutou pela aboli-
ção da escravatura e envolveu-se com a criação
da República. Não por acaso, nossa bandeira
 Incêndio em Loja Maçônica em Vancouver, Canadá
ostenta a expressão “Ordem e Progresso”, de
origem positivista, que fazia parte do vasto campo
progressista.
Outra inegável evidência da essência progres-
sista da Maçonaria é que ela foi perseguida nos
períodos de conservadorismo mais radical. No
Brasil, fechada duas vezes na Monarquia (1818 e
1822), voltou a ser fechada no Estado Novo da
Era Vargas (1937). Nesse período da década de
30, com a onda conservadora que assolou meio
mundo, foi fechada por Franco, na Espanha; por
Mussolini, na Itália; por Salazar, em Portugal; e
por Hitler, na Alemanha, que perseguiria maçons
em outros países, durante a II Guerra Mundial.
Que sejamos claros: Progressismo é a favor de
grandes inovações, transformações e reformas.
Princípios como Igualdade de todos perante a lei,
garantia de Liberdades fundamentais, Democra-
cia, Equidade, Justiça Social e Laicismo são con-
quistas progressistas dos séculos XIX e XX. O
Conservadorismo é contrário a essas mudanças,
defendendo a retomada de um modelo político-
social anterior ao gerado pós-Iluminismo, que
propôs ao homem a emancipação da tutela da
Igreja e do Estado autoritário por meio da razão, e
ocasionou na separação Igreja-Estado e no surgi-
mento do Ensino Laico e da Liberdade Religiosa,
dentre outras benesses.
A grande mensagem do Iluminismo sobre polí-
tica era de que o povo não precisa de um messias,
5
um salvador da pátria, um herói, para dizer-lhes o
que é certo e governa-los. O Chefe de Estado
deve ser enxergado como um servidor público, ou
seja, que está ali para servir o povo. Por essa
razão, não precisa ser amado e defendido como
se fosse seu melhor amigo ou um membro de sua
família, pois qualquer coisa boa que ele faça não é
mais do que sua obrigação em servir. Por outro
lado, ele deve ser sempre fiscalizado e cobrado.
Quer ser idolatrado? Vire artista pop ou jogador de
futebol. Política é serviço público. Mas o Brasil
não teve um movimento iluminista de fato e boa
parte da população ainda não aprendeu essa
lição.
A Maçonaria sempre defendeu a total separa-
ção entre Igreja e Estado (Religião e Política), o
Ensino Laico, as Liberdades e a Igualdade. Desde
suas primeiras publicações, na primeira metade
do século XVIII, a Maçonaria considera que você
ter uma religião diferente ou mesmo não crer em
Deus não pode ser um crime ou impedi-lo de rece-
ber uma educação formal. Não podemos nos
esquecer da chamada “Questão Religiosa” no
Brasil, conflito entre Igreja Católica e Maçonaria
na década de 70 do século XIX, exatamente pela
Maçonaria defender essas bandeiras progressis-
tas contra o conservadorismo dos sacerdotes
ultramontanistas da época. Lembremos também
que muitas das primeiras escolas laicas do Brasil
foram de iniciativa maçônica.
 O lema “Deus, Pátria, Família”, tão repetido na
atual onda conservadora brasileira, era o lema
dos Integralistas, grupo fascista que surgiu na
década de 30 e foi bastante atuante no período
mais conservador da Era Vargas. Esse grupo,
liderado intelectualmente pelo antimaçom e antis-
semita Gustavo Barroso (uma espécie de Olavo
de Carvalho com diplomas), era contra a Maçona-
ria. Barroso chegou a escrever livros atacando a
Maçonaria, como “História Secreta do Brasil” e
“Judaísmo, Maçonaria e Comunismo”.
O retorno do Conservadorismo ocasiona nisso,
na proliferação de ideias integralistas, fascistas e
nazistas. E essa proliferação começa a ficar evi-
dente com a defesa de um terreno favorável ao
nazismo em um famoso podcast, apoiada por
uma discreta saudação nazista em outro progra-
ma. Há pesquisas que indicam que os grupos neo-
nazistas cresceram quase 300% no Brasil nos
últimos três anos e especialistas temem que o uso
da violência seja alavancado por esses grupos.
E qual é a próxima vítima? Provavelmente a
Maçonaria. É o que já está acontecendo nos EUA
e em outros países. Em março do ano passado,
Gustavo Barroso
um edifício maçônico foi incendiado por um con-
servador, em Vancouver, Canadá. Em janeiro Caso isso aconteça, esperamos que nossas lide-
deste ano, a sede da Grande Loja da Irlanda ranças tenham postura diferente dos líderes
sofreu um incêndio criminoso. O mesmo ocorreu maçônicos brasileiros no Estado Novo, que opta-
em um prédio maçônico de Ohio no início deste ram àquela época por trair os irmãos e os princípi-
mês, seguido de uma publicação antimaçônica os maçônicos, prostituindo a Maçonaria em troca
em redes sociais que sugeria novos incêndios, de migalhas.
feitas por um famoso pastor evangélico norte- Por fim, quanto a você ser conservador e ser
americano. Somente nesta semana, a porta de maçom, não há problema algum nisso. Assim
vidro da fachada da Grande Loja de Illinois foi ape- como há pardo nazista, preto de alma branca,
drejada duas vezes. E lojas daquela jurisdição prostituta apaixonada e pobre contra o SUS,
têm relatado outros casos de vandalismo. todos encontram de alguma forma uma lógica em
Você acha que isso é muito distante da realida- seus raciocínios, de modo a não sofrerem uma
de brasileira? Não víamos inflação há trinta anos dissonância cognitiva. Conservadores sempre
e olha ela de volta… Só é necessário que um con- foram e ainda são bem vindos na Maçonaria que,
servador desorientado atire a primeira pedra, enquanto progressista, é tolerante (ao contrário
para experimentarmos esse pesadelo no Brasil. do conservadorismo).

6
 MAÇONARIA E ALGUMAS
RAZÕES PARA FILOSOFAR
“A Filosofia é para nós algo indispensável. Nossa Augusta Ordem é uma instituição em
que o filosofar é tarefa que requer, que reclama todo nosso interesse e todo nosso esforço.
Em cada um dos símbolos, detrás de cada um dos passos de nossos rituais e sobre o costa-
do de cada etapa da História Maçônica, temos sempre algum vestígio ou alguma indica-
ção ou algum princípio de caráter filosófico.” (Battal, 1990, pág. 27)

Aristóteles
COMENTÁRIOS INICIAIS
Rudimentos do filosofar
O verbo filosofar, utilizado no título deste trabalho,
não teve ou não tem a pretensão de remeter àquela
do pensador clássico dedicou a maior parte do seu
tempo concentrado em encontrar respostas para anti-
gas questões de ordem metafísica que acompanham
a humanidade desde os seus primórdios. Mas, um
filosofar voltado mais para o uso do raciocínio, das
interpretações, das discussões em torno de assuntos
importantes, buscando com isso dilucidar e entender
um pouquinho melhor o mundo que nos rodeia.
Vejamos uma explicação bem sucinta, uma noção
de como acontece e se desenvolve o processo que
vai culminar na atitude filosófica.
Aristóteles, um dos grandes filósofos da Grécia
antiga, disse que o que leva os homens à pesquisa
filosófica é o espanto, ou dito de outra forma: a filoso-
fia nasce do espanto. O sentido dado para a palavra
espanto nesse contexto é o de “admiração”.
O filósofo se toma pelo espanto, pela admiração,
quando se depara com algo novo, e cheio de curiosi-
dade então começa um processo de interrogações de
todo tipo. Este sentimento de espanto e admiração
funciona como o “start” para que essas interrogações
surjam, e isso por sua vez, vai caracterizar a atitude
filosófica.

7
 Claro que a coisa não poderia ser tão simples
assim, estamos no terreno da filosofia: a experiência
filosófica vai mesmo se constituir com três passos, o
primeiro e o segundo, já foram definidos anteriormen-
te, sendo o espanto (admiração) e o questionamento,
os quais podem ser sintetizados por conta da dúvida,
e podemos acrescentar ainda aqui, que a dúvida tam-
bém é tida como princípio da filosofia, pois, ela faz
pensar. A dúvida de natureza filosófica.
O terceiro passo é o da busca pelas respostas.

O Maçom e a Filosofia
O nosso propósito aqui é bem modesto: chamar a
atenção dos Irmãos para a importância dos filósofos e
da Filosofia, esta última como disse o Prof. Battal, lá
no começo, “indispensável” para nós Maçons. Pode-
mos afirmar, sem medo de errar, que a Maçonaria
está impregnada do pensamento dos filósofos, dos
seus métodos pedagógicos, das doutrinas das esco-
las filosóficas, da Filosofia como um todo.
A partir do momento em que fomos iniciados na
Maçonaria, momento em que recebemos a Luz, o
novo se apresentou também à nossa frente, e interro-
gações e dúvidas nos assaltaram também, dentro de
um processo que começou lá na Câmara de Reflexão
ou Prova da Terra. Depois de cumpridas todas as eta-
pas, todas as provas, depois de purificado pelos qua-
tro elementos e realizar o juramento estamos aptos a
receber a Luz, a Luz maçônica, a qual tende a possuir
vários significados: “verdade, conhecimento, ciência,
saber, instrução e prática de todas as virtudes.” (Gi-
rardi, 2008, pág. 299)
A partir daí voltamos a questão já abordada anteri-
ormente: o novo, já que o Aprendiz terá tudo a apren-
der, só que, agora de um outro ângulo.
O processo iniciático é longo, e isso é somente o
começo. Os grandes iniciados se distinguem, alguém
já disse, pela penetração de espírito e capacidade de
compreensão. Nem todo o mundo chegará a este
patamar. Essa caminhada vai exigir muito do iniciado
em termos de estudo, de reflexão e de atitudes filosó-
ficas, entre outras coisas. E quanto mais longe for-
mos, quanto mais Graus consigamos atingir em
nossa caminhada maçônica, se a cada começo,
ainda estivermos plenamente conscientes de que
somos e seremos eternamente Aprendizes é porque,
certamente merecemos estar ali.
O Maçom não precisa ser um filósofo em potencial
e nem consumir pilhas de livros de filosofia, mas, o
Maçom que aspira entender em sua plenitude os pro-
pósitos da Maçonaria, seus ensinamentos baseados
nos símbolos e nas suas interpretações filosóficas,
entender um pouco mais do “como funciona” o mundo
ao seu redor e também para poder atuar nele com
base nesses ensinamentos, vai precisar da Filosofia,
cujo acesso é feito através de uma perguntinha bási-
ca que vai servir de estopim para o filosofar: Por quê?
Aliás, a perguntinha não está tão distante da
Jostein Gaarder, o autor do Livro “O Mundo de Sofia”
essência do pensamento de Jostein Gaarder, quando
disse que: “O melhor meio de se aproximar da Filo-
sofia é fazer perguntas filosóficas”. E com o passar
do tempo, a gente aprende a elaborar perguntas bem
melhores.
Jostein Gaarder, para quem não sabe ainda, é o
autor do Livro “O Mundo de Sofia”, um livro que é um
dos melhores convites feitos à Filosofia, o qual reco-
mendo para quem pretende ser iniciado na Filosofia.
A título de reforço do que foi dito até aqui, comple-
mentamos as palavras iniciais do Prof. Battal, logo
após o título deste trabalho, transcrevendo também a
seguinte passagem:
“É por isso que, alcançada a iniciação, não se pode
ser um maçom autêntico sem entrar no estudo da
Filosofia e suas projeções sobre nossos fins, nossos
objetivos, nossos anseios, nossos símbolos, nossos
rituais e nossa História.” (Battal, 1990, pág. 27)
O filosofar é algo que se coaduna perfeitamente
com “livres-pensadores” expressão que já foi muito
associada aos Maçons. Nossa condição de Maçons
especulativos, nos associa, no mínimo, a de busca-
dores da verdade, e isso por si só já denota o quanto
pode ser importante a Filosofia para a Maçonaria
Especulativa.
MAIS SOBRE A FILOSOFIA
Se conseguimos entender que a Filosofia compre-
ende uma atitude especulativa, onde a reflexão sobre
a vida, o ser humano, as coisas, as ideias, as situa-
ções, os comportamentos, os valores, e que dentre
uma gama de outros tantos assuntos importantes
existe uma área específica chamada Ética, já valeria

8
o esforço em conhecer e estudar mais sobre Filosofia,
ou no mínimo, ler sobre Filosofia. Convenhamos, na
subdivisão da Filosofia, a área denominada Ética,
essa deveria ser a área mais estudada da Filosofia, já
que em nosso país, assistimos a todo instante regras
e normas básicas da Ética que deveriam vigorar “ae-
ternum”, sendo esquecidas propositadamente ou
subvertidas em sua natureza. E na Maçonaria deveria
ser a mais prestigiada, já que a Maçonaria propugna
também pela moral, pela obediência às leis e pelos
bons costumes. O tema carece de discussões mais
amplas no mundo maçônico, pois, ainda que se ela-
borem muitos trabalhos versando sobre ética, o que é
detectável por ocasião de trabalhos que visam a pas-
sagem do Grau, a ideia que fica é que sem uma dis-
cussão pós sua apresentação, ou sem a participação
de Irmãos para seja enaltecer, comentar ou criticar a
peça de arquitetura fica a impressão de que o seu
conteúdo entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
O filosofar é algo que se coaduna perfeitamente
com “livres-pensadores” expressão que já foi muito
associada aos Maçons. Somos agora Maçons espe-
culativos, o que no mínimo, pode ser associado àque-
les que estão buscando a verdade, e isso por si só já
remete ao quanto pode ser importante a Filosofia
para a Maçonaria Especulativa.
Ao exercermos a crítica, ao tomarmos uma atitude,
seja essa com o propósito de dizer não aos preconce-
itos, aos julgamentos rápidos e superficiais, à algu-
mas das crenças do nosso dia a dia, às injustiças soci-
ais, ou quando queremos nos livrar das contradições,
da ambiguidade, e refletimos sobre isso tudo, assumi-
mos uma atitude filosófica ou a do exercício filosófico.
Uma característica basilar da filosofia é um dizer não
aos pré-conceitos, aos pré-juízos, para avaliá-los do
ponto de vista da razão, da racionalidade.
A palavra razão, aqui definida com alguns dos seus
significados afetos à Filosofia quer dizer: “Faculdade
Humana da linguagem e do pensamento voltada para
a apreensão cognitiva da realidade”, além de “Facul-
dade de conhecer o real, por oposição ao que é apa-
rente ou acidental”.
E claro, sabemos que ela poder ser traduzida sim-
plesmente por bom senso.
Uso do raciocínio, faculdade através da qual o
homem está apto a compreender, conhecer e a julgar,
mas, será que sempre ouvimos a voz da razão, será
que nesse mundo moderno, com uma poluição sono-
ra cada vez maior e em todos os sentidos, não esta-
mos ficando praticamente surdos?
Ou é porque sendo humanos, demasiadamente
humanos, que a razão pode nem sempre vencer as
paixões?
E nós Maçons que aqui viemos com o propósito
indiscutível de combater os vícios e as paixões e
levantar templos à virtude, mas, que transitamos em
dois mundos, o profano e o maçônico, será que con-
seguimos ouvir a razão sempre em primeiro?
9
Jaime Barylko
São perguntas filosóficas, pensemos nas respos-
tas. Pensar é filosofar. O que é mesmo o filosofar?
Afora o interpretar da nossa realidade, há o imenso
desejo de saber, afinal, em grego, está explícito que a
palavra “filosofia” quer dizer “amor à sabedoria”.
(Chauí, 2013, pág. 28)
Sócrates, outro dos grandes filósofos gregos teria
dito: “Todas as pessoas podem entender as verdades
filosóficas, bastando para isso, usar sua razão.”
COMENTÁRIOS FINAIS:
Ainda assim, quem sabe posso tentar catequizar
um pouco mais, deixando na sequência uma espécie
de conselho de um filósofo e educador argentino (que
recomendo também) chamado Jaime Barylko, o qual
transcrevo (fazendo questão de preservar a língua
original) e com a expectativa de que suas palavras
possam gerar muita reflexão entre os Irmãos:
“El que bebe agua no piensa en el agua. Piensa en
el agua quien tiene sed, y no ve más que desierto.
Amigo lector conoce cuál es su sed? Seguramente
algún motivo lo hará dudar, entrar en crisis. Aprove-
che la circunstancia desfavorable y piense. Es revita-
lizante. No es necessário ser filósofo, en el pensami-
ento se encontrará a usted mismo. Y eso no es poco.”
(Barylko, 2009, pág.29)
NE: (*) O autor, Irmão José Ronaldo Viega
Alves é Membro da Loja Saldanha Marinho «A Fra-
terna» Oriente de S. do Livramento-RS
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
BARYLKO, Jaime. “LA FILOSOFÍA Una Invitación
a Pensar” – Ediciones B – 1ª Edición – 2009 - Buenos
Aires - Argentina
BATTAL, Moisés Mussa. “Lições de Filosofia Geral
e Maçônica” – Transcrição de Merary Castillo Vene-
gas – Editora A Gazeta Maçônica – 1990
CHAUÍ, Marilena. “Iniciação à Filosofia” – Editora
Ática – 1ª Impressão – 2013
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite
Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Edito-
ra Ltda. - 2ª Edição - 2008
 Por

DELITOS, PENAS E JUSTIÇA

Há delitos de pequena monta?
Delitos: qualquer ato que constitua uma infração
às leis estabelecidas; ato considerado punível pelas
leis que regem uma sociedade; crime, infração.
Penas: sanções aplicadas como punição ou
como reparação por uma ação julgada repreensível;
castigo, condenação, penitência.
A principal função que se espera do Poder Judi-
ciário é que defenda os direitos de cada cidadão,
promovendo a justiça e resolvendo os prováveis
conflitos que possam surgir na sociedade, através da
investigação, apuração, julgamento e punição.
Os legisladores estão afrouxando (Tornado frou-
xo; relaxado, desapertado, folgado, solto) as penas e
aumentando os direitos dos cidadãos. Exemplo é
nossa Constituição de 1988 e os julgamentos poste-
riori.
Crime: transgressão imputável da lei penal por
dolo ou culpa, ação ou omissão; delito. Conforme o
conceito analítico, ação típica e antijurídica, culpável
e punível.
No rol dos crimes hediondos estão: o homicídio,
quando praticado em atividade típica de grupo de
extermínio, homicídio qualificado, latrocínio, extor-
são qualificada por morte, extorsão mediante
sequestro e na forma qualificada, estupro, estupro
de vulnerável, epidemia com resultado morte e falsi-
ficação de medicamentos.
Não é de hoje que se tenta flexibilizar o MARCO
de um parâmetro (padrão, regra, princípio por inter-
médio do qual se estabelece uma relação ou compa-
ração entre termos). Os personagens do romance, assim como suas
caracterizações e personalidades, bem como em
Crime e Castigo outras obras de Fiódor Dostoiévski, inspiraram pen-
É um romance do escritor Fiódor Dostoiévski, samentos filosóficos, sociológicos e psicológicos da
publicado na revista literária “O Mensageiro Russo” segunda metade do século XIX.
durante doze edições mensais ao longo do ano de Os traços autobiográficos particularmente evi-
1866. Posteriormente, foi publicado em volume úni- dentes, como a adoração pela mãe, o vício do jogo e
co. É o segundo romance de Dostoiéviski, escrito a fidelidade psicológica da narrativa acompanhada
após seu exílio de dez anos na Sibéria. pelos traços estilísticos do autor, colocaram esta
O romance se baseia em uma visão sobre religião obra entre as maiores da história da literatura univer-
e existencialismo com um foco predominante na sal.
ideia de atingir salvação por meio do sofrimento, ao
que o autor envolve algumas questões acerca do Enredo do Romance:
socialismo e niilismo (redução ao nada; aniquilamen- O personagem principal, apesar de ser um ex-
to; não existência, ponto de vista que considera que estudante de Direito, é um homem extremamente
as crenças e os valores tradicionais são infunda- pobre e que vive angustiado pela sombra de fazer
dos e que não há qualquer sentido ou utilidade na algo importante. Ele divide os indivíduos em ordinári-
existência). os e extraordinários, numa tentativa de explicar a
quebra das regras em prol do avanço humano.

10
 Seguindo esse preceito, o personagem planeja e
concretiza, em meio a uma luta com sua consciência
e a morte de uma agiota.
Antes de fugir da cena do crime, porém, Raskólni-
kov, também comete, a contragosto, levado apenas
pela situação de surpresa, o assassinato de Lizavie-
ta, irmã da velha agiota, pois ela havia aparecido no
local inopinadamente. Raskólnikov rouba algumas
joias, mas não chega a usufruir desse ganho e, sen-
tindo-se arrependido, enterra-as sob uma pedra.
Após tal fato e seus desfechos, o romance relata
de maneira detalhista os dramas psicológicos sofri-
dos pelo autor do homicídio.
Diversas histórias se desenvolvem de maneira
paralela à principal, entre elas, um romance da irmã
do personagem Raskólnikov e as relações do prota-
gonista com Sônia, filha de um funcionário público a
quem ele doou dinheiro.
Apesar de investigar Raskólnikov, a polícia termi-
na por prender um inocente que se intitulou culpado
devido à pressão que sofria. Entretanto, o persona-
gem por fim confessa o crime que cometera. A confis-
são deveu-se, principalmente, à enorme influência
de Sônia que, antes disso, compartilha com Raskól-
nikov a descrição da ressurreição de Lázaro, contida
no Novo Testamento.
No decorrer da história, Raskólnikov conta à
Sônia sobre o crime que cometeu, e sua irmã fica
sabendo por uma terceira pessoa o que ele havia
feito. Visto o fato, o tamanho do crime que ele come-
tera e as pessoas que sabiam e desconfiavam do
ocorrido, mais parecia que não eram as pessoas que
o importunavam, mas a sua consciência que sufoca-
va, esfacelava seu íntimo. Mostras de que ele não
fazia parte do grupo dos extraordinários, indivíduos
nos quais ele considerava capazes de cometer qua-
isquer crimes, ou infringir regras sem culpa alguma.
Por fim, Raskólnikov é preso!
Porém, devido à sua confissão, arrependimento e
falta de antecedentes criminais, sua pena acaba por
ser reduzida a oito anos em uma cadeia na Sibéria.
Este romance de 1866 d.C. nos faz lembrar das
primeiras Leis com provas documentais existente,
do ano de 1754 a.C. Uma diferença de mais de 3600
anos.
Hamurabi foi o sexto Rei babilônico, já no século
XVIII a.C.. Era filho de Sim-Mubalite e assumiu o
poder quando era jovem.
Começou a exercer suas funções reais, em uma
cidade babilônica, uma das concorrentes pelo poder
na Mesopotâmia, mas por ser um imperador habili-
doso, ele começou a fazer suas campanhas no norte
e sul da Mesopotâmia. No sul, Hamurabi derrotou a
Rim-Sim I (rei de1758 a.C.–1699 a.C.) de Larsa e
tomou sua cidade. Em 1 764 a.C., Hamurabi lidou
com uma coalizão da Assíria, Esnuna e Elão, que
eram as principais potências a leste do rio Tigre, cuja
11
Representação de Hammurabi - Wikimedia Commons
posição ameaçava bloquear seu acesso às áreas de
produção de metal do Irã. No sul, o rei babilônico
tomou a Mari derrotando Zinrilim (rei de. 1775–1761
a.C.), último rei daquele reino.
Logo a seguir Hamurabi teve que dirigir seus exér-
citos para o leste pela terceira vez (1757–1755 a.C.).
A destruição final de Esnuna durante esta campanha
provavelmente provou ser uma vitória de Pirro, por-
que removeu uma zona-tampão entre a Babilônia e
os povos do leste. Durante seus últimos dois anos,
Hamurabi teve que se concentrar na construção de
fortificações de defesa. Naquele momento já estava
doente morreu por volta de 1 750 a.C., deixando o
reino para o seu filho, Samsiluna.
Em 1 754 a.C., Hamurabi ordenou erigir um enor-
me obelisco feito de basalto com 282 artigos, que
ficou conhecido como o Código de Hamurabi. A maio-
ria das provisões do código referem-se às três clas-
ses sociais:
Awelum – lit. “filho do homem” - significava a
classe mais alta, ou seja, de homens livres, que era
merecedora de maiores compensações por injúria,
mas que por outro lado arcava com as multas mais
pesadas por ofensas;
Mushkenum – “cidadão livre” - estágio inferior,
mas de menor status e obrigações mais leves;
Wardum – lit. “escravo marcado” - escravo que, no
entanto, podia ter propriedade.
O código, além disso, referia-se também ao
comércio, à família, ao trabalho e à propriedade.
Quanto às leis criminais, que vigorava a lei de talião,
a pena de morte era largamente aplicada, seja na
fogueira, na forca, seja por afogamento ou empala-
ção.
Atualmente, a pedra contendo as leis do “Código
de Hamurabi” encontra-se no Museu do Louvre,
em Paris. Em 1901, uma expedição francesa lidera-
da por Jacques de Morgan encontrou-a na cidade de
Susa, atual território do Irã. A escrita do código foi
traduzida pelo abade Jean Vicent Scheil.
Seus 282 artigos terminam com o Epílogo:
"As justas leis que Hamurabi, o sábio rei, estabe-
leceu e (com as quais) deu base estável ao governo
... Eu sou o governador guardião ... Em meu seio
trago o povo das terras de Sumer e Acad; ... em
minha sabedoria eu os refreio, para que o forte não
oprima o fraco e para que seja feita justiça à viúva e
ao órfão ... Que cada homem oprimido compareça
diante de mim, como rei que sou da justiça. Deixai-o
ler a inscrição do meu monumento. Deixai-o atentar
nas minhas ponderadas palavras. E possa o meu
monumento iluminá-lo quanto à causa que traz, e
possa ele compreender o seu caso. Possa ele folgar
o coração (exclamando) "Hamurabi é na verdade
como um pai para o seu povo; ... estabeleceu a pros-
peridade para sempre e deu um governo puro a terra.
Quando Anu e Enlil (os deuses de Uruk e Nippur)
deram-me a governar as terras de Sumer e Acad, e
confiaram a mim este cetro, eu abri o canal. Hammu-
rabi-nukhush-nish (Hamurabi-a-abundância-do-
povo) que traz água copiosa para as terras de Sumer
e Acad. Suas margens de ambos os lados eu as
transformei em campos de cultura; amontoei montes
de grãos, provi todas as terras de água que não falha
... O povo disperso se reuniu; dei-lhe pastagens em
abundância e o estabeleci em pacíficas moradias".
Como registrei no início deste artigo muitos ten-
tam flexibilizar o MARCO de um parâmetro; vejam
notícia do fim do ano passado, 2021.
No estado da Califórnia – USA se cria a polêmica
sobre “shoplifting” – furto em inglês.
A Califórnia, nos EUA, teve boa intenção, quando Código de Hamurabi
aprovou, recentemente, uma lei que rebaixou o sho-
plifting (furto de mercadorias em lojas) da classifica- Mas há quem ache que é preciso, para desesti-
ção de crime para a de contravenção penal. Shoplif- mular a prática, regulamentar a atuação das prove-
ting passou a ser um delito de pequena monta. Um doras de Internet, porque o maior incentivo seria a
problema é o de que a "monta" não é pequena. Seu facilidade para se vender os produtos furtados onli-
limite máximo é de US$ 950 (R$ 5.357) — um valor ne. A lei deveria exigir que as provedoras colhessem
que permite a um ladrão furtar não uma ou duas gali- alguns dados dos vendedores que movimentam um
nhas para comer, mas cerca de 250. E vendê-las volume maior de mercadorias em sites tais como o
pela Internet. Craigslist, para facilitar a identificação.
A boa intenção era remediar crises como as da Outro problema é o de que a lei criou desincenti-
sobrecarga da Justiça, a excessiva população prisio- vos para a polícia investigar e prender os infratores e
nal e as pressões sobre o orçamento do estado. Mas para os promotores processá-los. A lei define shoplif-
o efeito colateral do remédio foi considerável: ele ting como o ato de entrar em um estabelecimento
criou um incentivo para o shoplifting, que, na verda- comercial, em horário comercial, com a intenção de
de, se traduziu em saques de lojas por gangues, que cometer um delito. É certamente difícil para o promo-
alarmaram São Francisco e outras cidades do esta- tor provar a intenção prévia do infrator.
do. Da mesma forma, há pouca vontade dos promoto-
Tais saques foram definidos como ações do crime res de processar alguém por tal contravenção penal.
organizado pela National Retail Federation (NRF). Se o fizer — e tiver sucesso apesar de tudo — estará
Não podem ser classificados como shoplifting, que é buscando uma pena de seis meses de cadeia e/ou
a ação normalmente isolada de um indivíduo, que multa máxima de US$ 1 mil. E a polícia não pode aju-
tenta subtrair furtivamente mercadoria de uma loja. dar muito nas investigações e na obtenção de pro-
As gangues têm agido abertamente, sem tentar ao vas, a não ser que a pessoa confesse. Então prefere
menos disfarçar suas ações. "deixar isso pra lá".
A lei recebeu muitos elogios e muitas críticas, na Teoricamente, esse foi mais um incentivo às gan-
comunidade jurídica e nas entidades representativas gues para saquear lojas em São Francisco e outras
dos varejistas e dos próprios comerciantes. Mais cidades da Califórnia. E as gangues encontraram
críticas, por sinal. Há quem peça uma nova reversão mais uma facilidade: os empregados das lojas foram
da medida legislativa, para endurecer a lei e conter o instruídos a não resistir à ação das gangues por uma
incentivo ao crime. questão de segurança pessoal, depois que um

12
empregado da Rite Aid foi morto, ao tentar impedir a
ação de dois ladrões. E as lojas não se dispõem a
gastar mais do que já gastam com segurança. Pre-
ferem fechar as portas. E a comunidade perde servi-
ços e empregos.

Buraco mais embaixo: A nova lei da Califórnia

pode ter incentivado o shoplifting, como ocorreu em
outros estados que relaxaram, de alguma forma, a
classificação penal do delito. Mas não é, de forma
alguma, responsável pela praga de furtos de merca-
dorias de lojas que infesta os Estados Unidos há
anos.
A National Association for Shoplifting Prevention
calcula que o furto de mercadorias em lojas tem um
custo para os varejistas, nos EUA, de cerca de US$
45 bilhões por ano — dos quais US$ 33,21 bilhões
são repassados aos contribuintes.
No Brasil temos outra situação, e que é muito
O Relatório da NFR de 2020, que se concentra
pior, se comparado com os EUA, pois nossa polí-
no custo do crime organizado, indica que os vare-
cia é despreparada, não têm equipamentos de
jistas arcaram, no ano, com uma perda média de
base estrutural ou é desinteressada em investigar
US$ 719.548 por US$ 1 bilhão em vendas, em
todo e qualquer tipo de crime ou contravenção
comparação com US$ 703.320 em 2019 e com
penal.
US$ 453.900 em 2015 – isto é, vem crescendo
Ademais, nossos promotores não têm poder
consistentemente nos últimos anos.
de polícia e não dispõe de meios para investiga-
O crime está em alta na Califórnia (e nos EUA,
ção como tem lá, e com isso são obrigados a tra-
em geral), de qualquer forma. O número de homi-
balhar apenas com o material que estão nos pro-
cídios aumentou 31% no ano passado, tornando
cessos. Em razão disso, as decisões são toma-
2020 o ano "mais letal" desde 2007, segundo a
das sem as devidas provas cientificas ou falta
Hoover Institution. Em 2020, ocorreram 2.202
total destas.
homicídios, 523 a mais do que em 2019. Homicí-
Podemos ter cidadãos julgados inocentes ou
dios em Los Angeles subiram 40% e em São Fran-
culpados sem a devida base legal ou indicação
cisco 35%.
real.
A situação pode piorar, porque o governo da
Como é citado por membros do sistema judi-
Califórnia planeja libertar 63 mil prisioneiros, da
ciário brasileiro, pior de tudo, é que há vícios dos
população carcerária de 115 mil — para aliviar o
envolvidos, onde advogados cuja atuação se limi-
orçamento. O custo de cada prisioneiro para o
ta em fazer "acertos" com policiais (civis e milita-
estado é de US$ 81 mil ano — multiplicado por
res), delegados, peritos e, nos casos mais graves,
115 mil prisioneiros é igual a US$ 9,315 bilhões
até com juízes e promotores, deixando de praticar
por ano.
seu juramento.
Os defensores do "downgrade" do shoplifting
O sistema operacional de JUSTIÇA, que dá
para contravenção penal acham que a polícia e
base à decisão, precisa ser melhorado em muito
os promotores irão aproveitar melhor seus recur-
no Brasil, hoje este sistema é muito caro, e pior,
sos se concentrarem seus esforços no combate a
deixa falhas em todo o processo de investigação,
"crimes de maior impacto", como homicídio,
além de longo prazo, deixa culpados soltos ou
assalto, abuso infantil, fraudes tributárias, distri-
inocentes presos!
buidores do mercado negro, etc. E apenas criar
Com correções teríamos a certeza que
desincentivos apropriados ao cometimento de
nenhum cidadão seria inocentado indevidamente
delitos de menor potencial ofensivo.
ou culpado erroneamente, ou ainda, incentivado
(Fonte: Consultor Jurídico)
a afirmar que “furtaram”, mas foi por fome.
Nota: será que esta Lei não beneficiou os
advogados que não terão a obrigação de
O autor, Irmão Marco Antonio Peres é mem-
defender o cidadão por um valor pequeno e,
bro da ARLS Estrela de Rio Claro, Oriente de
com isso não terão que cumprir seus juramen-
Rio Claro - SP
tos?

13
OS DESAFIOS DE INTEGRAÇÃO
AMERICANA

dens, maldades e outras coisas notáveis que

são fruto de uma identidade mestiça, mosaica,

F alar sobre a América e suas circunstânci- híbrida e de um complexo sincretismo cultural

as é como falar sobre nossa casa e nossa que foi construído na interação de homens euro-
família, seja porque viajamos por essas peus, negros e índios no tempo e com a chega-
terras ou porque temos sua história complexa da de imigrantes nos anos posteriores ao pro-
em nossa memória. Há muitas décadas, um cesso de independência americana. “Las Amé-
grupo de Homens dos mais diversos conheci- ricas” fazia parte do projeto histórico de um
mentos humanos; entre eles maçons, educado- grupo de jovens aristocratas americanos que,
res e políticos, instituiu em 1931 o Dia das Amé- fortalecidos pelos ensinamentos libertários do
ricas como uma celebração anual que acontece movimento revolucionário iluminista anglo-
no dia 14 de abril em todas as repúblicas ameri- francês e pelos princípios da Maçonaria, sonha-
canas, como símbolo de sua união voluntária vam com uma América independente do domí-
em uma comunidade continental. nio espanhol europeu.
A América, "as Américas", é um mosaico hete- Assim, O'higgins, San Martin e Bolívar -entre
rogêneo de culturas, nações, circunstâncias outros-, são os arquitetos de uma das empre-
históricas, profecias autorrealizáveis, desor- sas mais temerárias que o homem americano

14
realizou. O que veio depois do processo de Inde-
pendência da América é outra coisa, confuso, caó-
tico e paradoxal, pois até hoje a classe política e
econômica continua a mitificar e culpar os espa-
nhóis (com seus séculos de conquista e coloniza-
ção) por mais pecados do que cometidos, iludindo
assim os governos dos países americanos e os
grupos poderosos de suas responsabilidades
históricas no período 1824-2011, entre eles, o
crime de ter sido incapaz de proporcionar ordem,
segurança, bem-estar e desenvolvimento aos
habitantes da América por décadas.
O que se traduz em um problema para a atual
integração continental. Assim, as principais ques-
tões levantadas por este ensaio são: Como é cons-
truída a integração americana hoje? Quais são os
principais fatores que impedem uma integração
adequada dos países americanos? Hoje os habi-
tantes da América vivem a tensão psicológica de
saber que estamos nos integrando todos os dias a
um mundo globalizado e tecnologias virtuais,
onde as identidades são diluídas ou interrompi-
das; onde participamos de uma cultura internacio-
nal que oferece seus valores e antivalores; onde o
modelo econômico atual tem sido um predador
dos recursos naturais.
Além disso, nossa educação oferece enormes
desigualdades, muito decisivas para o desenvol-
vimento dos países. Da mesma forma, estamos
diante de uma revalorização dos Direitos Huma-
nos e da feliz constatação de que restam poucos
governos ditatoriais e que a democracia, com
todas as suas imperfeições, é o modelo de vida
15
política mais apaixonadamente buscado pelas
comunidades organizadas do continente ameri-
cano e seus representantes, políticos. A América
vive o grande desafio da integração humana,
econômica, política e cultural, necessária para
estabelecer sua identidade continental diante de
elementos desestruturantes como o ciberespaço,
a exclusão dos grandes tratados comerciais inter-
continentais, a influência de organizações supra-
nacionais (União Européia, Transnacionais Trade
Companies), a promoção da guerra e do tráfico de
drogas.
Uma verdadeira integração entre as nações da
América Latina não pode ser alcançada sem um
profundo conhecimento do outro, de sua cultura e
de sua visão de mundo. Romper os preconceitos
entre as nações, compreender nossa história e
aproximar nossas culturas, conhecer-nos, enfim,
é um caminho inalienável para a integração.
Finalmente, entre os muitos paradoxos do mundo
de hoje está a pergunta repetida de alguns habi-
tantes da América: Por que integrar? Na verdade,
a verdadeira questão é por que não integrar?
Quando estamos unidos pela história, pela lingua-
gem e, sobretudo, por um futuro mais pleno, se o
enfrentarmos juntos.
 QUALIDADE

3M
Tapete
Sanitizante
Pedilúvio
O Tapete Sanitário também conhecido como Tapete Sanitlzante ou
Pedilúvio, consiste em um Tapete Profissional onde se possa sanitizar e
desinfetar os solados dos calçados em uma solução sanitizante para
eliminação de eventuais vírus, bactérias ou agentes contaminantes.
 bonatti
contabilidade e consultoria
• Gestão Legal
• Gestão Fiscal
• Gestão de Recursos Humanos
• Gestão Contábil
(19) 3806 3015 (19) 3549 3015
contato@bonatticonsultoria .com .br
www.bonatticonsulloria.com.br
Sua empresa em boas mãos!
·-
bm+lf1
• Serviços de Consultoria
• Suporte a Profissionais Liberais
• Imposto de Renda de Pessoas Fisicas
• Perlcías Judiciais e Extrajudiciais
Avenida Brasília, 577 - Nova Mogi
Mogi Mirim SP - Cep:13800 280
 WINSTON CHURCHILL:
UM HOMEM DO DESTINO
C
omo maçons, somos homens que lutam
sempre para ser melhores. Nosso desejo
de fazer parte e contribuir para algo maior
do que nós nos define. Nosso esforço contínuo
para tornar nossas comunidades e o mundo ao
nosso redor um lugar melhor tem inspirado
homens por gerações.
Os maçons são conhecidos há muito tempo
por serem grandes líderes. Inúmeros chefes de
estado, empresários e diplomatas se juntaram às
nossas fileiras ao longo dos séculos, guiados
pelos três princípios da Maçonaria: amor fraterno,
alívio e verdade. Entre esses homens, poucos
tiveram tanto impacto na história mundial quanto
o inimitável Winston Spencer Churchill.
Embora seja mais conhecido como o primeiro-
ministro da Inglaterra durante a Segunda Guerra
Mundial, Churchill era muitas coisas na verdade.
Ele era um soldado, um artista, um escritor prolífi-
18
co, um estadista – e sim – um maçom. O irmão
Churchill foi firme e corajoso quando seu país e
todo o mundo ocidental mais precisavam. Sua
liderança inabalável durante as crises mais signi-
ficativas que o mundo já conheceu continua
sendo uma inspiração para as pessoas ao redor
do mundo hoje.
Vida pregressa
Sir Winston Leonard Spencer Churchill nasceu
em 30 de novembro de 1874, em Oxfordshire,
Inglaterra, na casa ancestral de sua família, o
Palácio de Blenheim. Descendentes diretos dos
Duques de Marlborough, sua família residia entre
os mais altos níveis da aristocracia britânica. O
pai de Winston, Lord Randolph Henry Spencer
Churchill, era membro conservador do Parlamen-
to por Woodstock e sua mãe, Jennie, era filha do
empresário americano Leonard Jerome.
O jovem Winston estudou na Harrow School,
onde demonstrou aptidão para inglês e história.
Depois de completar seus estudos, ele se matri-
culou na Royal Military Academy Sandhurst antes
de ingressar no exército como segundo tenente
no regimento de cavalaria do 4º Queen's Own
Hussars em 1895.
Churchill passou os seis anos seguintes cru-
zando o globo, primeiro viajando para Cuba para
relatar as batalhas espanholas contra guerrilhei-
ros cubanos. Após uma breve estada em Nova
York, ele foi colocado na Índia, onde serviu como
soldado e jornalista durante a Revolta Pathan na
Fronteira Noroeste. No final de 1897, ele escre-
veu seu primeiro livro, The Story of the Malakand
Field Force. Sua paixão pela escrita floresceu, e
quando ele foi transferido em 1898 para o Sudão
para servir na campanha do General Kitchener no
Sudão como 21º Lanceiros, ele também traba-
lhou como jornalista para o The Morning Post.
Aos 25 anos, Winston viu o mundo como um
soldado, tornou-se um autor publicado e comple-
tou passagens como jornalista. Em 1899, ele dei-
xou o exército e se esforçou para lançar sua car- Winston e Clementine, sua esposa em 1908
reira política. Ele conseguiu e no ano seguinte foi
eleito membro conservador do Parlamento da personalidade notável na Câmara dos Comuns.
Grã-Bretanha para Oldham. Em 1904, ele cruzou o plenário e se juntou ao Par-
tido Liberal por sua oposição ao Projeto de Lei de
Carreira Maçônica Estrangeiros dos Conservadores, que pretendia
A Maçonaria era popular entre a classe alta da conter a migração judaica para a Inglaterra. Na
Inglaterra no início do século 20. De fato, em década seguinte, ele ocupou cargos de desta-
1901, quando Churchill foi iniciado na fraternida- que, incluindo o de Presidente da Junta Comerci-
de, o príncipe Eduardo VII, então príncipe de al, Secretário do Interior, e foi nomeado Primeiro
Gales que mais tarde se tornaria o rei Eduardo Lorde do Almirantado em 1911.
VII, havia recentemente se tornado Grão-Mestre Foi também nessa época que ele se casou
da Grande Loja Unida da Inglaterra. com Clementine Hozier em setembro de 1908.
Churchill, que descende de uma linhagem de Diana, sua primeira filha, nasceu em julho de
maçons, foi iniciado na Loja Studholme Nº 1591 1909; o segundo, Randolph, em maio de 1911.
(conhecida hoje como United Studholme Alliance Sarah, o terceiro, em outubro de 1914, e o quarto,
Lodge) em 24 de maio de 1901. Dois meses depo- Marigold, em novembro. Em setembro de 1922,
is, ele completou seu grau de Companheiro e foi nasceu a última filha dos Churchill, Mary. Os Chur-
exaltado como Mestre Maçom. no ano seguinte, chills compraram sua casa, Chartwell, naquele
em 5 de março de 1902. mesmo mês e viveriam lá pelo resto de suas
Naquela época de sua vida, Churchill estava vidas.
começando sua ascensão pela máquina política
da Inglaterra. Sua ambição e devoção ao governo Primeira Guerra Mundial
o impediram de ter um papel importante nas ativi- Durante seu tempo no Almirantado, Churchill
dades da irmandade. No entanto, a conduta e reconheceu na Alemanha uma ameaça crescen-
liderança do irmão Churchill nos anos vindouros te. Nos anos que antecederam a Primeira Guerra
refletiam a promessa maçônica de viver uma vida Mundial, concentrou-se principalmente na cons-
de integridade. trução e preparação da marinha britânica. Depois
que a guerra começou oficialmente em 1915,
Família e Política e Primeira Guerra Mundial Winston renunciou ao cargo para se juntar ao
Recém-eleito para o Parlamento, seu jeito auto- exército e servir na França antes de retornar ao
confiante e charme rapidamente o tornaram uma Parlamento um ano depois. À medida que a guer-

19
ra continuava, ele foi nomeado Ministro de Muni-
ções. Ele liderou o desenvolvimento e a produção
do tanque, que acabaria por ter um impacto signi-
ficativo na guerra.
Após o fim da guerra, Churchill atuou como
Secretário de Guerra e Ar e depois como Secretá-
rio de Estado para as Colônias antes de deixar o
governo por algum tempo enquanto se concen-
trava em pintar e escrever suas memórias.

Segunda Guerra Mundial

Nos anos que antecederam a Segunda Guerra
Mundial, Churchill estava bem ciente da ameaça
de Hitler. No entanto, as advertências ao governo
britânico, incluindo o primeiro-ministro Neville
Chamberlain, foram ignoradas. Em setembro de
1938, depois que a Inglaterra entrou no Acordo de
Munique com Hitler, Churchill se referiu ao acordo
como "uma derrota total e absoluta". Um ano
depois, a Grã-Bretanha declarou guerra à Alema-
nha e Chamberlain fez de Churchill mais uma vez
o Primeiro Lorde do Almirantado.
Em última análise, Chamberlain renunciaria
devido à sua saúde debilitada e, agora o líder de
fato de seu partido, Churchill assumiu o cargo de Avental Maçônico do Irmão Churchill
primeiro-ministro e formou um governo de todos
os partidos. As décadas de experiência militar e dezenas de honras, incluindo um Prêmio Nobel
governamental o prepararam para esse momen- da Paz e 37 ordens, condecorações e medalhas.
to. Churchill adotou uma abordagem agressiva Apesar de tudo, Clementine e Winston permane-
contra os nazistas, recusando-se a negociar com ceram casados por 57 anos.
eles e inspirando o povo britânico com discursos Embora tenha renunciado à sua loja em 1912,
emocionantes durante a Batalha pela Grã- Churchill manteve sua participação na Ordem.
Bretanha. Hoje, o avental maçônico de Churchill está em
À medida que a guerra continuava e crescia, exibição pública no Museu da Maçonaria na Gran-
os Estados Unidos e outros aliados foram atraí- de Loja Unida da Inglaterra. Ele continua sendo
dos para a luta. Em 1944, os Aliados persevera- um herói internacional e símbolo de orgulho para
ram e derrubaram o regime nazista. Churchill todos os maçons que se esforçam para defender
desempenhou um papel fundamental na lideran- os valores de nossa grande fraternidade.
ça dos Aliados à vitória e se consolidou na história
como um líder incansável durante o maior conflito Fonte: https://scottishritenmj.org
da história mundial.

Depois da guerra
Fiel à forma, Winston continuou seu serviço à
Inglaterra nos anos seguintes à guerra. Apesar de
perder a reeleição como primeiro-ministro em
1945, ele foi reeleito em 1951 antes de se apo-
sentar em 1955, quando sua saúde diminuiu.
Irmão Churchill faleceu em 1965. Por decreto
real, ele recebeu um funeral de Estado na Cate-
dral de St. Paul e foi enterrado no jazigo de sua
família perto de Woodstock.
Sua vida e realizações notáveis lhe renderam

20
 GRANDE ORIENTE DO BRASIL
LANÇA CONCURSO DE PRODUÇÃO LITERÁRIA

.'----------
•••
•••• 1, •
.•
•• ·.
_l[l('
-
,.,,_
É o GOB junto de você no a n o do bicentenário!
H ' 1 ., l lt ' f 1

Esse Concurso irá pennitir a troca de expe.-
riências literárlas e culturais, fomentando
a difusão e registros do patrimônio cultu-
ral da maçonaria.
As Inscrições e o Decreto 2035, de 17 de
Janeiro de 2022, estão disponíveis através
do link
https://www.gob.org. br/concurso-
naçional-de-producao-literaria-200-anos-
do-aob{ .
As Inscrições estarão liberadas de
20/0112022 à 30/04/2022 e a 1ª avaliação e
seleção dos trabalhos serão no perfodo de
01/05 a 30/07/2022.
Leiam o Decreto no link disponibilizado
aqui na chamada e saibam oomo partici-
par desta importante oportunidade de
fomentar a produção literária no ano do
Bioentenãrio do Grande Oriente do Brasil.
Esse é o GOB junto de você no ano do
Bicentenário!
Secretaria Geral de Educação e Cultura
doGOB
Secretaria Geral de Entidades Parama-
çônlcas do GOB
Secretaria Geral de Comunicação e
Informática do GOB

21
OS TRÊS PORQUINHOS
A
s primeiras referências bibliográficas na
história de "Os Três Porquinhos" datam do
século XVIII, mas a autoria tem sido atribuí-
da a uma versão livre compilada pelo escritor aus-
traliano Joseph Jacobs (1854-1916). Temos que
esperar que Walt Disney, quando retomou essa
história transformando-a em um filme de fama
internacional, tenha seu sucesso. Em 1933, a his-
tória de "Os Três Porquinhos" foi apresentada
pela primeira vez nos cinemas. Sete anos depois,
em 1940, o mesmo Walt Disney que muitos dizem
ser maçom outros apenas membro da Ordem De
Molay (para maçônica), também colocou nas mes-
mas salas outra história de outro maçom, Carlo
Collodi, o famoso "Pinóquio". ", uma história que
na verdade era um romance com conteúdo iniciá-
tico. "Pinóquio", conhecido por ter uma mensa-
gem esotérica muito importante para a Maçona-
ria, logo se tornou um clássico para as crianças. A
história dos três porquinhos conta-nos as aventu-
22
ras de três irmãos que lutam para sobreviver à
fome devoradora de um lobo mau, construindo
casas para viver e tentando afastar-se dos maus
sentimentos daquele lobo. Os três porquinhos
simbolizam a evolução e progresso do ser huma-
no, desde a infância, até a idade adulta e a velhi-
ce, ou seja, desde o estado de imaturidade, até a
condição de maturidade total tanto no aspecto
emocional quanto no aspecto de caráter; a moral
da história é que o homem deve aprender ao
longo de sua vida a administrar os conflitos com
inteligência e sabedoria.
Os três porquinhos representam também
os três graus da Maçonaria Simbólica: o Apren-
diz, o Companheiro e o Mestre Maçom; o lobo
mau representa uma sociedade cheia de vícios e
fome de se tornar parte de um sistema de consu-
mo. A história começa com os três porquinhos que
querem brincar e se divertir ao máximo; na verda-
de, eles tentam reduzir o tempo gasto na constru-
ção de suas casas para ter mais tempo livre. Duas
forças estão representadas, por um lado o traba-
lho e por outro o ócio, a luta contínua que o
homem enfrenta todos os dias para conseguir as
coisas com mais facilidade e sem muito esforço, o
livre arbítrio que pode nos levar ao lado mais sim-
ples, mas talvez sucumbir àqueles vícios pelos
quais a alma luta em seu longo caminho de supe-
ração.
O primeiro porco constrói sua casa com palha e
feno; o trabalho rápido e fácil permite que ele saia
para brincar e se divertir sem perceber o mal que
está escondido representado pelo lobo. Este por-
quinho representa os primeiros anos do ser huma-
no em que a inocência da infância poderia levar a
fazer as coisas com muita leveza; a inexperiência
pode precipitar o ser humano em um caminho
cheio de armadilhas e inconvenientes.
O segundo porco constrói uma casa de madei-
ra, um pouco mais sólida, mas ainda fraca em sua
estrutura; ele não presta atenção à segurança,
dando importância à aparência porque a casa
parece sólida do lado de fora. Ele também acredi-
ta que com um trabalho menos exigente pode ter
mais tempo livre para se divertir e brincar. A idade
adulta do ser humano nos faz andar com mais
cautela, tomar decisões, mas sempre por inexpe-
riência, podemos sucumbir à superficialidade de
nossas ações. Pode-se viver dando maior impor-
tância às aparências, mas por dentro ainda é
fraco na formação moral e espiritual. É importante
ressaltar que esta época do ser humano é assola-
da por dúvidas e muitas decisões acabam muitas
vezes por acabar com o caminho espiritual, fazen-
do o homem cair nas garras do vício e dos praze-
res mundanos que a vida nos oferece. O terceiro
porco chamado "construtor" constrói sua casa
com tijolos e concreto, materiais sólidos e impe-
netráveis; passa a maior parte do tempo traba-
lhando e se dedicando pouco ao lazer e entreteni-
mento como os dois primeiros porquinhos. Diante
23
do desprezo dos dois primeiros, repreende-os
que seu dever é trabalhar e que o trabalho lhes
dará solidez e segurança. O aspecto moral aqui é
um forte lembrete de que, por mais jovem e inex-
periente que seja o ser humano, é sempre neces-
sário trabalhar no caminho espiritual que não tem
relação com idade ou tempo, mas sim com a força
de vontade que é a decisão da mudança. Os por-
quinhos passam o tempo dançando e cantando
distraidamente na mata e cada um deles tem um
instrumento musical.
O primeiro porco tem uma flauta, instrumento
representativo dos primeiros estágios da aprendi-
zagem humana; este instrumento elementar é um
dos primeiros a serem construídos por seres
humanos. O segundo porco toca violino, instru-
mento feito pelo engenho humano, produto de
sua evolução no mundo das artes e da livre
expressão da alma. O terceiro porco toca piano,
instrumento extremamente sofisticado que repre-
senta o produto da evolução artística e o domínio
das harmonias e da expressão corporal.
Nesse momento o lobo mau entra em cena e
faz os porcos aterrorizados fugirem e cada um
deles se refugiar em sua respectiva casa. O pri-
meiro porquinho escondido em sua casa de palha
é facilmente derrotado pelo poderoso sopro do
lobo; o ser humano que não tem base moral e
ética é facilmente vítima da falta de valores de
uma sociedade corrupta; o porco consegue esca-
par e se refugiar na casa do segundo porco. Isso
simboliza o fato de que o ser humano ainda tem
virtudes dentro de si e não é facilmente influencia-
do por esse mundo profano cheio de dificuldades
e maldades; no entanto, quando ele esconde a
única coisa que ele fará é prolongar sua agonia e
potencialmente ainda sujeito a cair nas garras do
vício, representado pela casa de madeira que
sugere que se não fortalecermos nossa alma e
nossa consciência, podemos sucumbir.
O lobo se disfarça de cordeiro e tenta enganar
os porquinhos. Aquele lobo em pele de cordeiro é
o melhor exemplo das más intenções de algumas
pessoas que estão mascaradas e podem nos
levar a sucumbir novamente à tentação.
Finalmente, quando a casa de madeira tam-
bém é destruída, os porcos fogem e se refugiam
na casa do porco "construtor" que os recebe e os
tranquiliza para não temerem nada porque a soli-
dez daquela casa não cede a nada nem a nin-
guém; sua estrutura é muito sólida e segura. O ser
humano em seu constante aprendizado na cons-
trução do templo interior, deve sentir-se seguro
em todos os momentos, sem medo de ceder aos
vícios e tentações. A solidez moral que o constru-
tor deve alcançar permanece ao longo do tempo, Finalmente, Walt Disney colocou uma mensa-
como a casa construída com esses valores; a refe- gem oculta naquela construção de tijolos que
rência ao ser humano é clara, pois pessoas feitas nada mais são do que as pedras com as quais
de palha serão facilmente derrubadas mesmo construímos o templo dedicado à virtude e ao ensi-
com um leve golpe; os de madeira demoram um no da boa moral. Na parede há duas pinturas, uma
pouco mais, mas caem de qualquer jeito; enquan- que diz "Mãe" com a imagem de uma Porca ama-
to as pessoas feitas de concreto, ou seja, de valo- mentando seus filhotes, aludindo à Loja Mãe onde
res, nunca podem ser destruídas. os Irmãos reunidos recebem alimento espiritual;
O final da história é caracterizado pela insistên- na segunda pintura há uma palavra "Pai", em
cia do lobo que, incapaz de entrar soprando na forma de avental de maçom. Dois símbolos claros
estrutura sólida, tenta entrar na lareira mas o fogo, que representam a base do trabalho do pedreiro e
ou a verdadeira Luz, nunca pode ser extinguido que são também a referência para a busca de
pela escuridão da ignorância representada pela a seres de boa moral com sólidos preceitos morais
cor preta daquele lobo mau. O verdadeiro constru- baseados na unidade e no trabalho.
tor de seu templo interior e que conseguiu continu- ____________________________________
ar no caminho da luz, dificilmente sucumbirá ao Fonte: Revista Athanor
profano.

24
VAMOS CUIDAR MAIS
UNS DOS OUTROS?
Queridos Irmãos!!!
Em meio à insegurança provocada pela pande-
mia do novo Coronavírus, há uma percepção que
parece unânime na mente das pessoas. O mundo
necessita de mais cuidado, precisamos cuidar
mais do outro e ter mais empatia pela vida huma-
na.
Cuidar é verbo, mas também é ação. Por isso,
precisamos exercitar e colocar em prática, no
âmbito pessoal ou profissional, a preocupação
com o outro, cultivar os bons relacionamentos.
Para cuidarmos dos outros, entretanto, preci-
samos cuidar primeiro de nós mesmos, ou seja,
investirmos no autocuidado. Precisamos estar
bem, para fazer o bem. Precisamos buscar equilí-
brio espiritual, emocional e físico. Precisamos
estar bem nessas dimensões para podermos aju-
dar uns aos outros.
Diante desse contexto e sensíveis ao momento
pelo qual estamos atravessando, pensamos um
programa de gestão para a Grande Loja Maçôni-
ca do Estado do Espírito Santo que tem como foco
o fortalecimento do homem Maçom.
Esse cuidado inclui capacitação, ajuda ao
Maçom idoso, hospitalaria e assistência regionali-
zada e programa com foco na cultura preventiva
no cuidado da saúde, entre outras ações.
Também pretendemos trabalhar eventos regio-
nalizados com o objetivo de estabelecer uma rede
de relacionamento de negócios entre os Irmãos.
Nada adianta termos belos e confortáveis Tem-
plos, se nosso maior e mais importante alicerce
de nossas colunas não estiver bem, ou seja, os
Irmãos. Por essa razão, planejamos nossa pro-
posta de governança da nossa Grande Loja foca-
da no Homem Maçom e sua família.
Para que tudo isso aconteça, é preciso que,
nós Irmãos, caminhemos unidos em prol de um
futuro seguro, de muitas realizações para a nossa
Grande Loja e suas Lojas Jurisdicionadas.
Saudações Fraternais!!!
Valdir Massucatti.
Past Grão-Mestre Adjunto da Muito Respeitá-
vel Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito
Santo.
25
 O IRMÃO KERENSKY
Iniciado na Maçonaria em 1912 esteve entre os protagonistas em fevereiro de 1917 da primeira
Revolução Russa. O grande confronto com Lenin custou-lhe o exílio primeiro na França e depois
nos Estados Unidos. Por Marco Rocchi

Aleksandr Kerensky

em Simbirsk (hoje Ulyanovsk), embora com 11

anos de diferença (Lenin, mais velho, nasceu em

A
leksandr Kerensky é um dos protagonistas
indiscutíveis da primeira Revolução Russa,
a de fevereiro de 1917, após a qual tam-
bém se tornará chefe do governo provisório. Em
seu papel, ele terá que lidar primeiro com a tentati-
va de golpe reacionária do general Kornilov, e
depois com a Revolução Bolchevique de Outubro,
com a qual o poder passará para as mãos de
Lenin. Várias coisas o uniram a Lenin, por uma
estranha reviravolta do destino: ambos nasceram
1870); seus pais haviam sido colegas, ambos pro-
fessores da mesma escola; além disso, tanto
Kerensky quanto Lenin se formaram em direito
pela Universidade de São Petersburgo. A história
se encarregará de colocá-los um na frente do
outro em um confronto que não prevê a possibili-
dade de empate.
A família de Kerensky pertencia à pequena bur-
guesia: seu pai era professor, posteriormente pro-
movido ao cargo de inspetor escolar. Em 1887,

26
aos seis anos de idade, Kerensky adoeceu com
tuberculose, e o afastamento forçado de seus
pares forja seu caráter de forma indelével, tornan-
do-o menos propenso a socializar. Dois anos depo-
is, por motivos de trabalho, a família mudou-se
para Tashkent, no Turkestan. Depois de se formar
em 1904, Kerensky decide não seguir o exemplo
do pai e, em vez de ingressar nas fileiras dos ofici-
ais imperiais, decide oferecer seus serviços a uma
organização privada dedicada à assistência jurídi-
ca aos necessitados. Sua posição política já está
definida, forjada sobretudo nas obras de Tolstoi,
que começou a ler ainda criança.
Mas a verdadeira reviravolta ocorreu em 1905,
depois do "Domingo Sangrento" com o qual o regi-
me massacrou uma procissão de manifestantes
pacíficos que foram fazer um apelo ao czar Nico-
lau II. Aleksandr iniciou então uma intensa ativida-
de revolucionária, que no entanto o levou, quase
imediatamente, à prisão. Longe de moderar suas
posições políticas, a experiência da prisão as
torna ainda mais extremas. No entanto, mudou
seu método e em 1906, após sua libertação, deci-
diu continuar abertamente sua oposição ao regi-
me autocrático czarista, saindo do esconderijo.
Orador habilidoso, ele se dá a conhecer por seus
discursos inflamados contra os massacres perpe-
trados pelo regime, em primeiro lugar o do Lena,
em que várias centenas de mineiros que estavam Cartaz de propaganda de 1920
em greve pelas condições insuportáveis a que
foi eleito vice-chanceler do Soviete de Petrogrado.
foram forçados são brutalmente mortos. Logo,
Sua capacidade dialética o levou a uma rápida
Aleksandr se torna o mais feroz oponente do regi-
ascensão: em contraste com as diretrizes do parti-
me autocrático.
do que impediam os socialistas de entrar no
A notoriedade o levou, em 1912, a ser eleito
governo, foi nomeado Ministro da Justiça em abril
para a quarta Duma, na lista dos Tudrovikistas, o
e, no mês seguinte, Ministro da Guerra. Essa sua
Partido Trabalhista nascido de uma cisão do Parti-
escolha - na verdade uma insubordinação, embo-
do Socialista Revolucionário em 1906. Também
ra mais tarde também endossada pelo soviético -
em 1912, com a iniciação na Loja Ursinho, ele era
o coloca em rota de colisão com o Partido Socialis-
afiliado à Maçonaria. Durante os primeiros estági-
ta Revolucionário, especialmente quando sua
os da Grande Guerra, seu patriotismo o levou a
linha política tem como objetivo a mediação entre
votar algumas medidas propostas pelo governo,
socialistas e liberais; várias vezes, por esses car-
incluindo as chamadas "créditos de guerra". Mas,
gos, é acusado de bonapartismo por seus própri-
já em 1915, a sua oposição ao governo recome-
os camaradas de partido. Como ministro da Guer-
çou com ainda mais vigor, do qual logo apareceu
ra do governo provisório, Kerensky - cujo patriotis-
como um dos líderes mais agressivos, apesar da
mo nunca cedeu - promove uma ofensiva militar,
sua ausência física da cena política no inverno
com o objetivo de resgatar as fortunas de guerra
entre 1915 e 1916 devido a uma delicada cirurgia.
da Rússia. No entanto, os resultados não são o
No entanto, não deixa de exortar a oposição,
que esperávamos, e Kerensky parece não ter per-
tendo em vista o que considera uma revolução
cepção do desejo de paz que se espalha entre a
iminente, que explodiu pontualmente em fevereiro
população; um desejo que é habilmente explora-
de 1917, e que o levou a ser eleito para o Comitê
do por Lenin, com uma revolta popular. A resposta
Provisório como membro do Partido Socialista
do Governo Provisório, liderado pelos menchevi-
Revolucionário. Nesse meio tempo, ele também

27
ques, é proibir os bolcheviques, fechar o Pravda e
forçar Lenin a fugir. Em 21 de julho, Kerensky foi
nomeado chefe do governo provisório. A partir
dessa posição, em agosto, ele se viu diante de
uma tentativa de golpe de estado, de caráter rea-
cionário, engendrada pelo general Kornilov.
Kerensky, com um golpe de estado, responde pro-
clamando, em 14 de setembro, a República Rus-
sa, na qual é confirmado como primeiro-ministro à
frente de uma coalizão socialista-liberal, uma ali-
ança entre a classe trabalhadora e a burguesia.
Temendo que as eleições subsequentes para a
Assembleia Constituinte legitimassem o governo
de Kerensky, Lenin decide ordenar o levante popu-
lar: é a Revolução de Outubro. Kerensky é força-
do a deixar a capital, às pressas, disfarçado de
marinheiro (a propaganda bolchevique vai espa-
lhar a falsa notícia de que ele fugiu, em vez disso,
disfarçado de mulher) e se refugiar em Pskov. A
partir daqui, pede ao Comité Central do Partido
Socialista Revolucionário que possa ir à primeira
sessão da Assembleia Constituinte, para entregar
oficialmente o poder nas mãos da própria Assem-
bleia; sua proposta não será digna de qualquer
resposta. Kerensky então se refugiou em Paris,
de onde acompanhou com apreensão o destino
da guerra civil russa, sem, no entanto, tomar uma
posição clara entre bolcheviques e brancos.
Embora extremamente crítico dos Romanov
("Sem Rasputin não teríamos Lênin", ele dirá), ele
continua lutando para que suas vidas sejam pou-
padas: sem sucesso, dados os horrores de Ekate-
rinburg em julho de 1918. Em 1940, para durante
a ocupação alemã da França, mudou-se para os
Estados Unidos, onde leciona História da Rússia
na Universidade de Stanford. Após a invasão da
União Soviética por Hitler, Kerensky - movido
mais uma vez pelo patriotismo sincero por sua
terra - oferece seu apoio a Stalin, sem receber
resposta. Mesmo na década de 1960, ele pediu
28
7 de novembro de 1917
permissão para retornar à sua terra natal, mas
neste caso ele recebeu uma recusa explícita.
Após o período californiano, Aleksandr mudou-
se para Nova York, onde morreu em 1970. Ao
longo de seu exílio, dedicou-se a escrever obras
sobre a Revolução Russa, entre as quais se des-
tacam a Rússia e o ponto de virada da história, de
1965. O homem que sempre defendeu os direitos
dos mais fracos, o socialista fervoroso que teve a
coragem de defender a família imperial da amea-
ça de execução sumária, é obrigado a passar
metade de sua vida no exílio e, em sua morte,
tanto o A Igreja Ortodoxa dos EUA e a Igreja Orto-
doxa Sérvia se oporão à recusa do pedido da famí-
lia de dar hospitalidade aos seus restos mortais,
responsabilizando-o principalmente pela vitória
dos bolcheviques. Personagem controverso, cujo
alcance real é, no entanto, alterado em igual medi-
da pela propaganda soviética e ortodoxa, mesmo
na morte ele continuou a criar divisões. Seu corpo
é finalmente enterrado no cemitério não-
confessional de Putney Vale, em Londres: exilado
mesmo na morte.¨
____________________________________
Fonte: Revista Erasmo
Fatos e Flashes
GRÃO-MESTRE DO GOB-SP VISITA
HOSPITAL EM FERNANDÓPOLIS

No Dia Mundial do Câncer, o Eminente Irmão Ger-
son Magdaleno, iniciou sua agenda visitando o
Instituto de Prevenção do Hospital de Amor de
Fernandópolis/SP, acompanhado do Secretário
Estadual Adjunto de Relações Internas para a 7ª
Macrorregião, Irmão Vandir Aniceto.
PRINCESA FILIPINA VISITA A SEDE DO GOB
Na progressista cidade de Goiatuba-GO realizou-
se a Sagração do belíssimo e imponente Templo dedi-
cado ao desbastar das asperezas do ser humano, da
Loja Maçônica Fraterna União, construído para Honra
e Glória do Grande Arquiteto do Universo.
AUXÍLIO AS VÍTIMAS DE PETRÓPOLIS

A Princesa Maria Amor, das Filipinas, fundadora
do We Care for Humanity, o ilustre Global Officials of
Dignity Awards e o prestigioso We Care for Humanity
Humanitarian Summit, que capacita pessoas a
iluminar o mundo com seu conhecimento
compartilhado. Juntamente com sua comitiva, visitou
as dependências do Grande Oriente do Brasil, sendo
recepcionada pelo Soberano Irmão Múcio
Bonifácio Guimarães e pelo Eminente Irmão
Reginaldo Albuquerque.
Em uma ação desenvolvida pela ARLS ASPÁSIA
HIRAN DO PARAÍBA N.º 695 GOBMG , sob o
comando do Venerável Mestre Manoel Américo da
Silva Salles, e que contou com a colaboração
também da ARLS VERDADEIRA AMIZADE N.º 2366
GOBMG e da ARLS UNIÃO, FORÇA E LIBERDADE,
GLMMG, todas instaladas no oriente de Além
Paraíba, foram arrecadados e enviados para
Petrópolis, 900 fardos de água mineral, contendo 6
unidades de 1 litro e meio cada uma, totalizando 8.100
litros de água.

PARABÉNS À GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO DISTRITO FEDERAL!

No dia 16 de fevereiro, a GLMDF comemorou 59
anos de fundação.
Uma Instituição, que embora jovem, desempenha
um grande papel junto as suas congêneres,
somando esforços para bem representar a Ordem
no cenário nacional e internacional. Com mais de
190 tratados de reconhecimento mútuo junto às
Potências regulares do Universo, a Grande Loja
Maçônica do Distrito Federal conta com mais de
1150 obreiros distribuídos em suas 40 Lojas.

29
 ARLS FIDELIDADE Nº 1883 REALIZA
XXII BANQUETE RITUALÍSTICO
Mantendo a tradição, a ARLS Fidelidade Nº
1883, do Oriente de Londrina, deu início aos tra-
balhos do ano 2.022 no dia 04 de fevereiro com
um Banquete Ritualístico.
O Jantar Ritualístico foi presidido pelo Venerável
Mestre, Irmão Raimundo Santos, com efetiva
participação dos Irmãos da Oficina e seguindo os
protocolos sanitários de prevenção da Covid-19.
Contou-se com a presença do Venerável Irmão
Gustavo Gatass de Campos, Coordenador para
a 8° Região do GOB-PR, representando o Grão-
Mestre, Irmão Luís Mário Luchetta, Grão Mestre
Estadual do GOB-PR.
COMENDA GRALHA AZUL É CRIADA
PARA MARCAR OS 81 ANOS DA GLP
A Grande Loja do Paraná (GLP) comemorou 81
anos de fundação em evento virtual. Durante as
comemorações foi apresentado o trabalho artísti-
co do Irmão Vantuir Pizani Antonio Junior na ela-
boração da Comenda Gralha Azul, que segundo o
Sereníssimo Grão-Mestre, Irmão Marco Antônio
Corrêa de Sá, será destinada a homenagear
Irmãos e personalidades da sociedade, que se
destaquem por ações em prol da comunidade, da
maçonaria ou da GLP.
30
ARLS ESTRELA DE MANGUINHOS
INICIA CINCO IRMÃOS
O Grande Oriente do Brasil do Espírito Santo
(GOB-ES) começa o ano de 2022 com a mesma
força que encerrou o ano de 2021: a consolidação
da retomada do crescimento da Ordem.
Em números, o *GOB-ES* já se aproxima aos 3 mil
irmãos regulares, uma marca que retrata a força de
união e a capacidade da gestão do GOB-ES em
superar os desafios, modernizar os processos e
fortalecer as Lojas.
No último sábado (5), a ARLS Estrela de
Manguinhos, oriente de Serra, iniciou mais cinco
irmãos em seu quadro de obreiros:
Igor Lima Gomes
Marcio Rodrigues Vieira
Valdino Mendes da Silva Junior
Wagner de Souza Gegenheimer
Yuri Giulliano Bastos Malaquias*
A Sessão Magna de Iniciação foi presidida pelo
Venerável Mestre, irmão Anderson dos Santos
Amaral*e contou com as presenças do Grão-
Mestre Estadual, Eminente irmão Hélio Soares da
Luz Sodré, do Poderoso irmão José Paulo Tonoli,
Grão-Mestre Estadual Adjunto, do Grande Primaz
do Rito Brasileiro, o Soberano irmão Nei Inocêncio,
do Grande Procurador Estadual do GOB-ES,
irmão Euclésio Ribeiro da Silva e do secretário
Adjunto de Ritualística do GOB-ES, Irmão Hélio
Barreto, além das presenças de deputados
estaduais e federais e mais de 60 irmãos.
“É com muita felicidade que recebemos estes
cinco novos irmãos. No ano em que o Grande
Oriente do Brasil faz 200 anos, a nossa Ordem
passa por um momento especial de grandes
conquistas. Vamos continuar trabalhando muito
para concretizar novas realizações, esse é o nosso
objetivo: fortalecer a Maçonaria capixaba”,
destaca o Eminente irmão Sodré.
Noticias compiladas de vários sites de potências
maçônicas regulares.
Av. João Felipe Calmom, 1098 - Centro, Linhares - ES, 29900-022
;
•
a ,10

•
• •