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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

TRABALHO DE CAMPO DE ESTÁGIO INTEGRADO DE DOCENTE II

O Papel da Interdisciplinaridade e Complementaridade na Formação do Homem


Novo

Jeremias Joaquim de Morais. Cód. 71200033

Quelimane, 2022
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

TRABALHO DE CAMPO DE ESTÁGIO INTEGRADO DE DOCENTE II

O Papel da Interdisciplinaridade e Complementaridade na Formação do Homem


Novo

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de História da UnISCED.
Tutor: Msc, Maria Salite.

Jeremias Joaquim de Morais. Cód. 71200033

Quelimane, 2022
Índice

1. Introdução ............................................................................................................ 4

1.1. Objectivos ......................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo Geral .............................................................................................. 4

1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................... 4

1.2. Metodologia....................................................................................................... 4

2. O Papel da Interdisciplinaridade e Complementaridade na Formação do Homem


Novo......................................................................................................................... 5

2.1. Breve Historial da interdisciplinaridade ............................................................. 5

2.1.1. Praxis pedagógica interdisciplinar .................................................................. 6

2.1.2. Objectivo da interdisciplinaridade ................................................................... 7

2.2. O Papel da Interdisciplinaridade e Complementaridade na Formação do


Homem Novo ........................................................................................................... 7

2.2.1. Importância da interdisciplinaridade ............................................................... 8

3. Considerações finais .......................................................................................... 10

4. Referências Bibliográficas .................................................................................. 11


1. Introdução

O presente trabalho versa sobre “o Papel da Interdisciplinaridade e


Complementaridade na Formação do Homem Novo”, em no seu desenrolar abordar-
se-ão conteúdos inerentes ao seu historial, seus objectivos, o papel e importância da
interdisciplinaridade não formação do homem novo.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender o Papel da Interdisciplinaridade e Complementaridade na


Formação do Homem Novo

1.1.2. Objectivos Específicos

 Contextualizar a Interdisciplinaridade;
 Explanar o papel da interdisciplinaridade na formação do homem novo;
 Descrever os objectivos da Interdisciplinaridade.

1.2. Metodologia

Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de


pesquisas bibliográficas e de campo. Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a
pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, selecção e documentação de toda
bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros,
revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico,
com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já
escrito sobre o mesmo.

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2. O Papel da Interdisciplinaridade e Complementaridade na Formação do
Homem Novo

2.1. Breve Historial da interdisciplinaridade

A expressão “interdisciplinaridade” ressurgiu no meio académico evocando as mais


variadas concepções, em diferentes níveis de abordagem. Interessa-nos resgatá-las
para que, posteriormente, possamos discuti-las no contexto escolar.

Quando buscamos a origem da maneira como a escola foi organizando sua


estrutura curricular disciplinarmente, constatamos que as disciplinas se constituíram
a partir de núcleos de interesses intelectuais que preocupavam e ocupavam os
pensadores da Grécia Clássica.

A partir do século XVIII, com o desenvolvimento da Física, da Química e da Biologia,


começa a haver uma preocupação em distinguir o que seriam as ciências naturais
dos conhecimentos ligados às produções humanas.

A evolução do pensamento interdisciplinar sempre esteve directamente ligada ao


desenvolvimento crescente do pensamento humano, em especial, da Filosofia, que,
durante séculos, foi considerada a “grande ciência” capaz de dar conta de todos os
outros conhecimentos.

A Filosofia apresentava-se como a portadora da possibilidade do saber unificado. Ao


filósofo cabia investigar racionalmente a realidade em sua totalidade. A Filosofia não
se distanciava das outras áreas de conhecimento – Astronomia, Física, Biologia,
Matemática, Antropologia. Com ela construía-se um conhecimento aglutinador das
diferentes facetas da realidade, dando conta de um saber da totalidade e da
unidade.

A partir da Idade Média, com os movimentos da Renascença, da Reforma e das


grandes descobertas científicas, a Filosofia passa a perder o seu status de grande
“unificadora”. O horizonte do saber sofre um processo de compartimentalização.

A partir do século XVII, o conhecimento filosófico começa a ceder espaço ao


conhecimento científico, que se estrutura a partir de uma nova racionalidade: uma
racionalidade metódica. As Ciências da Natureza e a Matemática constroem sua

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própria metodologia de acesso ao desconhecido, desvinculando-se da Filosofia
enquanto saber contemplativo.

2.1.1. Praxis pedagógica interdisciplinar

A proposta aqui tratada não está inserida no campo das definições e conceitos.
Pretende-se abordar as contribuições e possibilidades de uma prática educativa
interdisciplinar com a finalidade de buscar e favorecer um desenvolvimento integral e
emancipatório do sujeito, possibilitando, assim, uma articulação e interacção entre o
contexto escolar educacional, bem como a sua vivência com os conteúdos
científicos apreendidos.

Diante dos avanços tecnológicos e as disparidades das classes sociais existentes


para melhor compreensão da educação, dentro de uma perspectiva

Interdisciplinar no que se refere à preparação dos saberes docentes, esta deve


adequar-se as didácticas e técnicas de ensino, deste modo, cabe ao docente fazer
parte de um processo de busca constante se mantendo preparado diante da
demanda educacional existente.

Como defendida por Ivani Fazenda (2008), a interdisciplinaridade surge com a


intencionalidade de romper com os velhos paradigmas de uma prática pedagógica
obsoleta, que limita a actuação das diversas áreas do conhecimento onde cada
professor é o detentor de suas habilidades e trabalha dentro de sua individualidade.
Alguns, talvez, desprovidos de conhecimento de outras áreas, assim o fazem.

Segundo as concepções de autores que analisam a realidade escolar, enfoca-se


que a prática pedagógica actual, tradicional, disciplinar, favorece a configuração da
fragmentação de conhecimentos. E conforme cita Paulo Freire,

Não há docência sem deiscência, as duas se explicam, e seus


sujeitos, apesar da diferença que os conotam, não se reduzem à
condição de objecto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e
quem aprende, ensina ao aprender (FREIRE, 1996, p. 23).

Dessa forma, ressalta-se a necessidade de se introduzir práticas de ensino


inovadoras no sentido de minimizar esse problema. E nessa perspectiva, salienta-se
a prática da interdisciplinaridade como uma das possibilidades para diminuir a
dissociação entre a realidade da escola e o seu objectivo de formar homens plenos,
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não ignorando os diversos obstáculos emergentes. Assim, Fazenda (2002) ressalta
que,

Além do desenvolvimento de novos saberes, a interdisciplinaridade na


educação favorece novas formas de aproximação da realidade social e
novas leituras das dimensões socioculturais. Das comunidades
humanas a interdisciplinaridade desempenha um papel decisivo para
dar ao corpo o sonho de fundar uma obra de educação à luz da
sabedoria e da humildade a, da coragem e da humanidade. A lógica
que a interdisciplinaridade imprime é a da invenção, da descoberta, da
pesquisa. E da produção científica, porém como um ato de vontade,
num desejo planejado e construído em liberdade. (FAZENDA,
2002.p.14,18,19)

2.1.2. Objectivo da interdisciplinaridade

O principal objectivo da interdisciplinaridade é conferir ferramentas para enriquecer a


visão mundial dos alunos.

A partir dessa abordagem, indivíduos de todas as idades compreender que um


mesmo facto pode ser observado e estudado a partir de diferentes pontos de vista.

Essa base se torna um pilar para a construção do pensamento crítico que, em sua
vez de assumir qualquer mensagem como verdadeira, é capaz de questionar as
informações, apurar sua veracidade e aceitar que pode existir mais de uma resposta
para uma mesma pergunta. Ou seja, a interdisciplinaridade auxilia a formação do
cidadãos bem formados e empáticos, pois desafia as pessoas a se colocarem no
lugar umas das outras para entender o que está por trás de uma criança.

2.2. O Papel da Interdisciplinaridade e Complementaridade na Formação do


Homem Novo

O trabalho interdisciplinar garante maior interacção entre os alunos, destes com os


professores, sem falar na experiência e no convívio grupal. Partindo deste princípio
é importante, ainda, repensar essa metodologia como uma forma de promover a
união escolar em torno do objectivo comum de formação de indivíduos sociais.
Neste aspecto a função da interdisciplinaridade é apresentar aos alunos
possibilidades diferentes de olhar um mesmo fato.

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Essa temática é compreendida como uma forma de trabalhar em sala de aula, no
qual se propõe um tema com abordagens em diferentes disciplinas. É compreender,
entender as partes de ligação entre as diferentes áreas de conhecimento, unindo-se
para transpor algo inovador, abrir sabedorias, resgatar possibilidades e ultrapassar o
pensar fragmentado. É a busca constante de investigação, na tentativa de
superação do saber. FORTES (P. 7).

No desenvolvimento de actividades interdisciplinares o aluno não constrói sozinho o


conhecimento, mas sim em conjunto com outros e tendo a figura do professor como
uma orientação, um norte a ser seguido. Conforme Fazenda (2008) existe cinco
princípios relacionados a essa prática: humildade, espera, respeito, coerência e
desapego.

Esses princípios são a base para o sucesso da interdisciplinaridade na sala de aula,


uma vez que para alcançar os resultados esperados com actividades em grupo é
importante que todos sejam humildes ao demonstrar seus conhecimentos e
técnicas; saibam o momento propício para falar e ouvir; respeitem os outros; sejam
coerentes quanto ao que dizem e fazem e pratiquem o desapego do conhecimento,
não achando que são mais nem menos que os outros alunos.

Diante de tais exposições acerca do tema interdisciplinaridade, cabe aos docentes e


ao sistema identificarem as vantagens e viabilidades de utilizarem essa metodologia
nas salas de aula. É importante que a Educação se desenvolva e evolua assim
como a economia, a política, as pessoas, o mundo... Afinal as escolas têm a
responsabilidade de formar cidadãos críticos e sociáveis.

2.2.1. Importância da interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade, portanto, tem como objectivo integrar a colcha


de retalhos de competências altamente desenvolvidas e de interesses
diversificados e muitas vezes antagónicos. Esta interacção é uma
organização que tem lugar na mente do aluno, provocada pela forma
com o conhecimento é apresentado (BARBOSA, 2008, p.11).

A interdisciplinaridade é uma ponte para o melhor entendimento das disciplinas entre


si. É importante porque abrange temas e conteúdos permitindo dessa forma
recursos ampliados e dinâmicos, onde as aprendizagens são entendidas.

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A interdisciplinaridade surge então da necessidade de uma resposta para a
fragmentação das disciplinas, ela é um diálogo entre as diversas áreas do
conhecimento, um modo de trabalhar o conhecimento. Para BOVO (2005, p. 02) A
interdisciplinaridade anseia a passagem de uma concepção fragmentada para uma
concepção unitária, para isso precisa de uma escola participativa, com uma visão
ampla e não fragmentada, que se torne espaço de reflexão, de trocas de
conhecimentos e clareza nos objectivos.

A interdisciplinaridade insinua uma maneira de produção do conhecimento que


implica em uma troca de teorias e metodologias, produzindo então novos conceitos,
procurando assim atender a natureza múltipla de complexidades fenomenológicas,
tratando-se a importância de averiguar a pertinência e a relevância das diversas
áreas do conhecimento a serem ensinados e estimulados no currículo escolar.

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3. Considerações finais

A concepção de interdisciplinaridade em que acreditamos é perpassada pelo


entendimento de que ela deve promover uma nova forma de trabalhar o
conhecimento, onde haja interacção entre sujeitos-sociedade-conhecimentos na
relação professor-aluno, professor-professor e aluno-aluno, de maneira que o
ambiente escolar seja dinâmico e vivo e os conteúdos, temas geradores e/ou eixos
temáticos sejam problematizados e vislumbrados juntamente com as outras
disciplinas.

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4. Referências Bibliográficas

AZEVEDO, M.A.R. de. (2009). Os saberes de orientação dos professores


formadores: desafios para acções tutorais emancipatórias. São Paulo, SP. Tese de
Doutorado. Universidade de São Paulo, 259 p.

BOVO, Marcos Clair. (2005). Interdisciplinaridade e transversalidade como


dimensões da acção pedagógica. Urutágua, Maringá, n. 07.

CALVINO, Í. (1990). Seis propostas para o próximo milénio (9ª ed.): São Paulo,
Companhia das Letras, 144 p.

FAZENDA, I.C. 2001 [1994]. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. (8ª


ed.): Campinas, Papirus, 143 p. (Colecção Magistério – Formação e trabalho
pedagógico).

FRIGOTTO, G. (1995). A interdisciplinaridade como necessidade e como problema


nas ciências sociais. In: JANTSCH, Ari Paulo; BIANCHETTI, Lucídio (Orgs.).
Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes.

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