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ENERGISA TRANSMISSORA DE ENERGIA

TOCANTINS I

0B ATENDENDO A COMENTÁRIOS 25/04/2022 B MARTE HMO PCT


0A EMISSÃO INICIAL 03/11/2021 B AMF/YMHF HMO PCT
REV DESCRIÇÃO DATA TE PROJETO VERIF. APROV.
A – PRELIMINAR D – PARA COTAÇÃO G – CONFORME CONSTRUÍDO RESP. TÉCNICO: HMO
Tipos de Emissão (TE) B – PARA APROVAÇÃO E – PARA CONSTRUÇÃO H – CANCELADO
C – PARA CONHECIMENTO F – CONFORME ADQUIRIDO I – APROVADO PARA USO CREA: 197410103-1
SE BARREIRAS II 230kV Nº ENERGISA

LEILÃO ANEEL 04 / 2018 – LOTE 04

ETT1-2008-PE-206-0204
SE CIVIL

CAIXA SEPARADORA DE ÓLEO DO REATOR


REV Folha
– CSO – MEMÓRIA DE CÁLCULO 0B 01 / 14
SUMÁRIO
SUMÁRIO .............................................................................................................................................................................. 2
1 OBJETIVO .................................................................................................................................................................... 3
2 DOCUMENTO DE REFERÊNCIA ............................................................................................................................ 3
3 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ................................................................................................................... 3
4 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................... 3
5 CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................................................. 6
5.1 CARACTERÍSTICAS DO ÓLEO ISOLANTE ................................................................................................................ 6
5.2 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA DA CHUVA ............................................................................................................... 6
5.3 CARACTERÍSTICAS DAS TUBULAÇÕES DE TRANSPORTE ....................................................................................... 6
6 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO .................................................................................................................... 6
6.1 VAZÕES DE PROJETO ............................................................................................................................................. 6
6.2 DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO ....................................................................................................................... 7
6.3 INSTRUÇÕES PARA OPERAÇÃO DA CAIXA SEPARADORA DE ÓLEO ........................................................................ 8
7 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL ................................................................................................................... 9
7.1 CARACTERÍSTICAS DO SOLO ................................................................................................................................. 9
7.2 CARGAS ATUANTES ................................................................................................................................................ 9
7.2.1 Na tampa ................................................................................................................................................................ 9
7.2.2 Na parede da caixa ............................................................................................................................................... 10
7.2.3 No fundo da caixa................................................................................................................................................. 10
7.2.4 Esquema de carregamento ............................................................................................................................ 10
7.2.5 Dimensionamento da armadura .................................................................................................................... 11

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1 Objetivo

Esta memória tem por objetivo apresentar o cálculo hidráulico e estrutural da separadora de óleo (CSO)
destinada a atender o reator trifásico (1x), da subestação Barreiras II.
A caixa separadora de óleo terá estrutura em concreto armado, e deverá ter capacidade para acumular
todo o óleo de um transformador.
A caixa será constituída interiormente por três divisões: uma câmara de entrada, onde se dará a chegada
da mistura de óleo e água; uma câmara central, onde ocorrerá a separação do óleo da água; e uma
câmara de saída, a partir da qual será feito o lançamento da água na rede de drenagem.
Cada bacia coletora dos autotransformadores e do reator será composta por uma laje de fundo em
concreto e paredes em alvenaria de blocos de concreto pré-moldados. O sistema foi concebido de modo
que todos os líquidos incidentes nas bacias de captação, como águas pluviais e óleo derramado, sejam
conduzidos por gravidade até a caixa separadora de óleo, através das tubulações em ferro fundido
interligadas à caixas de passagem, que constituem a rede de drenagem oleosa.
Posteriormente após acumulado e separado completamente da água na câmara central (câmara
separadora), o óleo deverá ser removido mecanicamente para um caminhão-tanque.

2 Documento de referência

ETT1-2008-PE-211-0002 Locação de Fundações - Planta

ETT1-2008-PE-206-0202 Fundação e bacia para reator trifásico – Setor 230kV – Formas


e armadura

ETT1-2008-PE-202-0102 Drenagem de óleo dos reatores - Planta

ETT1-2008-PE-202-0006 Drenagem superficial – Setores 230kV - Planta

ETT1-2008-FO-804-6004 Reator Trifásico de Linha – Dimensões externas

I.G. Subestação Barreiras II Relatório de Sondagem a Percussão com Ensaios SPT

3 Documentos complementares

ETT1-2008-PE-206-0205 Caixa separadora de óleo do reator trifásico – CSO – Formas e


armadura

4 Bibliografia

NBR-6118 (ABNT) Projeto de Estruturas de Concreto

NBR-6122 (ABNT) Projeto e Execução de Fundações

NBR-7480 (ABNT) Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras de Concreto


Armado

NBR-13231 (ABNT) Proteção Contra Incêndios em Subestações Elétricas de


Geração, Transmissão e Distribuição

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Não se dispondo de uma norma técnica que regulamente o cálculo de caixas separadoras para retenção
de óleo, que eventualmente vaze de transformadores ou reatores em subestações, adotou-se a
Publicação 421 do “American Petroleum Institute” (API), de fevereiro de 1990, intitulada “Monographs
on Refinery Enverionmental Control – Management of Water Discharges – Design and Operation of
Oil-Water Separators”, com sensíveis simplificações.
Esta publicação é dirigida para instalações industriais cujos rejeitos sejam permanentemente poluídos
por óleo e, que no caso de subestações poderão ser consideradas certas simplificações, pois vazamentos
de óleo em grande escala são eventos bastante raros.

Foi utilizado o software Plúvio 2.1/2005, desenvolvido e distribuído pelo GPRH – Grupo de Pesquisas
em Recursos Hídricos – DEA – UFV (Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal
de Viçosa), para obtenção da intensidade de chuva, de acordo com a equação abaixo.

Equação IDF (Intensidade/Duração/Frequência).

Em que:

• I = Intensidade máxima média de precipitação em mm/h;


• T = Período de retorno em anos;
• T = Duração da precipitação em minutos;
• K, a, b, c = Parâmetros relativos à localidade

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Sondagem

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5 Características

5.1 Características do óleo isolante

- Volume de Óleo no Equipamento V o 14,89 m³


- 1,10 x Volume no Equipamento V 16,38 m³ Maior transf. ou reator
- Temperatura de Referência 40 ºC ou 104 ºF
- Aceleração da Gravidade: g 981 cm/s²
- Peso específico do Óleo: r 0 a 40,0 ºC  25º API ou 0,8886 g/cm³
- Diâmetro da Gotícula de Óleo: D 0,015 cm 0,08886
- Maior Descarga de Óleo (60% V) 10,92 m³
- Tempo de Vazamento 20 minutos

5.2 Características da água da chuva

- Temperatura de Referência 40 ºC ou 104 ºF


- Viscosidade Absoluta: m a 40 ºC  0,0065 poises
- Peso Específico da Água: r W a 40 ºC  0,9925 g/cm³
- Período de Retorno: T 25 anos
- Duração de Precipitação: t 5 minutos
- Intensidade da Chuva: I 174,0 mm/h
- Coeficiente de Runoff 1,0
- Área da Bacia do Autotransformador = 0,0 m² x 0 0,00 m²
- Área da Bacia do Reator = 43,8 m² x 1 43,80 m²

5.3 Características das tubulações de transporte

- Tubulação de Entrada  Ferro Fundido   200 mm


- Coeficiente de Manning para Fofo: nFof o 0,012
- Tubulação de Saída  PEAD   200 mm
- Coeficiente de Manning para PVC: nPVC 0,010
- Declividade da tub. Entrada  i= 7,1 %  i = 0,0711 m/m
- Declividade da tub. Saída  i= 3,0 %  i = 0,0300 m/m

6 Dimensionamento hidráulico

6.1 Vazões de projeto

Vazão Total Água Reatores  QÁGUA REAT = 7,6 m³/h ou 0,0021 m³/s

Vazão Gerada pelo Vazamento de Óleo:


Admitindo-se vazamento de 60% do volume total do equipamento com maior quantidade de óleo e o tempo
de vazamento como sendo de 20 minutos: 
 QÓLEO = 32,8 m³/h ou 0,0091 m³/s

Vazão Total Afluente - Qa


 Qa = QÓLEO + QÁGUA TRFO + QÁGUA REAT = 40,4 m³/h ou 0,0112 m³/s

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Velocidade Ascencional do Óleo - vt:

6.2 Dimensionamento geométrico


vt =- vt: g   (r − r )  D 2 =
18m 
0,196 cm/s ou 0,00196 m/s
Velocidade Ascencional do Óleo 
W 0
Velocidade
Velocidade Ascencional
Ascencional do
do Óleo
Óleo --vt:
vt:
981
vt =gg
g

  (r − r )  D 2 = Velocidade
 Horizontal
𝑣𝑡 = 0,196 cm/s do Óleo
×ou(0,9925 m/s- V HMÁX
− 0,8886) :
× 0,015 2 = 0,196cm/s ou
vtvt == 18m((rrWW )
 0,00196
m
 18m
18
W
W

− r
r 0
00
0
)DD
22
=
= 0,196
18 ×
0,196 cm/s
0,0065
cm/s ou
ou 0,00196
0,00196 m/s
m/s
A velocidade horizontal do óleo deve ser a menor entre os valores:
0,00196 m/s
Velocidade Horizontal do ÓleovHMAX - V HMÁX
≤ : x vt =
15 2,940 cm/s ou
Velocidade
Velocidade Horizontal
Horizontal do do Óleo
Óleo --VVHMÁX::
Velocidade Horizontal do Óleo - V HMÁX:
A velocidade horizontal do óleo deve ser a menor entre os valores:
AA velocidade
velocidadehorizontal
horizontal do
doóleo
óleodeve
deve sera≤
vHMAX
ser menor1,524
amenor entre cm/s
entreos
os valores:
valores:
vHMAX ≤ 15 x vt = 2,940 cm/s ou
HMAX≤≤15
vvHMAX 15xx vtvt == 2,940
2,940cm/s
cm/s ou
ou
vHMAX ≤ 1,524 cm/s
vvHMAX ≤
HMAX ≤ 1,524 cm/s
1,524 cm/s ADOTADO: vHMAX = 1,524 cm/s ou 0,01524 m/s
ADOTADO: vHMAX = 1,524 cm/s ou 0,01524 m/s
ADOTADO:
ADOTADO: vvHMAX =
HMAX =
HMAX 1,524
1,524cm/s
cm/s ou
ou 0,01524
0,01524m/s
m/s
Velocidade Ascencional do Óleo
Área - vt:
Transversal Mínima da Câmara Separadora - Ac:
Área Transversal Mínima da Câmara Separadora - Ac:
vt =  g Mínima
(r − rda) Câmara
Área
Área Transversal
Transversal Mínima da Câmara Separadora
Separadora --Ac:
Ac: ou

 18m  D2 = 0,196 cm/s 0,00196 m/s
  CORTE
W 0
𝐴𝑐,𝑚Í𝑛 = 𝑄𝑎 /𝑣ℎ 𝐴𝑐,𝑚Í𝑛 = 0,0112/0,01524
CORTE = 0,74𝑚² PLANTA
 Ac =
CORTE
CORTE
MIN
Velocidade Horizontal do Óleo - V HMÁX: Qa / vh = 0,74 m² PLANTA
PLANTA
 Ac MIN = Qa / vh = 0,74 m²

 AcAc
AMIN == Qa
Qa// vh
velocidade
MIN vh == 0,74
horizontal0,74 m²
m² deve ser a menor entre os valores:
do óleo
𝑑 = 1,20 𝑚
MIN
Ac d BB
vHMAX ≤ 15 x vt = 2,940 cm/s Ac ou d B
Ac
Ac dd
𝐵 = 2,40 𝑚 ≤
vHMAX 1,524 cm/s d= 1,20 m
d= 1,20 m
dd== 1,20
1,20m m
B = = 𝑑 ×2,40
𝐴BB ==
𝑐,𝑎𝑑𝑜𝑡 𝐵 =m
2,40
ADOTADO:
2,40
m
m1,20 × 2,4 ==B2,88𝑚²
vHMAX
= 2,40 m
1,524 cm/s ou OK! 0,01524 m/s
B L
BB
0,5 = 0,5, Verificar LL B
𝑑/𝐵Ac Ac
= ADOTADO
1,2/2,4 = == d0,5
xB𝑚==< 0,52,88
==> m²OK!AcOK! = d x B -=Ac: 2,88 m² OK!
Área
AcADOTADO
ADOTADO
ADOTADO = d
d x
Transversal
x B
B = 2,88
Mínima
2,88 m²
da
m² OK!
OK!
Câmara Separadora
ADOTADO

𝑣ℎ,𝑐𝑎𝑙𝑐 = 𝑄𝑎 /𝐴𝑐,𝑎𝑑𝑜𝑡 = (0,0112)/(2,88) = 0,00389 𝑚/𝑠


d/B = 0,50 <0,5 ==> OK! CORTE PLANTA
d/B
d/B == 0,50
0,50 <0,5
<0,5==>= OK!
==> OK! <0,5 ==> OK!
𝑣ℎ,𝑐𝑎𝑙𝑐/𝑣 = 0,00389/0,00196 d/B
𝑡 Ac

= 1,98 → 𝐹0,50= 1,28
MIN = Qa / vh = 0,74 m²
vhCALC = Qa / Ac ADOTADO = 0,00389 m/s 
(Fig.4 vhCALC / vt =
– Pub.421-API) 1,99  F= 1,28
vh
vhCALC = Qa / Ac ADOTADO
CALC = Qa / AcADOTADO
=
ADOTADO =
0,00389
0,00389m/s
m/s  vh
vhCALC / vt ==
CALC / dvt
1,99
1,99 
 FF == 1,28
1,28 B
CALC Ac CALC
vhCALC = Qa / Ac ADOTADO = 0,00389 m/s(Fig.4 vhCALC / vt =
- Pub.421-API) 1,9
𝐿 = 𝐹 × 𝑑 × 𝑣ℎ,𝑐𝑎𝑙𝑐 /𝑣𝑡 = 1,28 × 1,2 × 0,00389/0,00196 (Fig.4
(Fig.4 -- Pub.421-API)
Pub.421-API)
d= 1,20 m
= 3,05𝑚
L = FBx=d x vhCALC2,40
/ vt m
= 3,05 m
LL===FF3,0
𝐿/𝐵 xx ddx≥
x vh
vh
3CALC // vtvt ==
→ 𝑂𝑘!
CALC
CALC
3,05
3,05m m
L/B =
L = F x d x vhBCALC / vt = L/B 3,54 L >3,50==>OK!
L/B == 3,05 m
3,54
3,54 >3,50==>OK!
>3,50==>OK!
ADOTADO:
Ac ADOTADO L= =d x B = 8,50
2,88mm² OK!
ADOTADO:
𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜: 𝐿 = 7,20 L𝑚
ADOTADO: L== 8,50
8,50m m L/B =

d/B = 0,50
ADOTADO:
<0,5 ==> OK!
L= 8,50 m
Verificação da altura da lâmina de óleo na câmara separadora - ℎ0
vhCALC = Qa / Ac ADOTADO = 0,00389 m/s  vhCALC / vt = 1,99  F= 1,28
𝑉ó𝑙𝑒𝑜 16,38 (Fig.4 - Pub.421-API)
ℎ0 = = = 0,95𝑚
𝐿 × 𝐵 7,20 × 2,40
L = F x d x vhCALC / vt = 3,05 m
Verificação da altura da lâmina de água na câmara separadora - ℎ𝑎 : L/B = 3,54 >3,50==>OK!
ADOTADO: L= 8,50 m
(𝜌𝑤 × 𝑑) − (𝜌0 × ℎ0 ) (0,9925 × 1,20) − (0,8886 × 0,95)
ℎ𝑎 = = = 0,35𝑚
𝜌𝑤 0,9925

A altura total da câmara separadora será de:

ℎ𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎 = 0,10𝑚
ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ℎ0 + ℎ𝑎 + ℎ𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎 = 0,95 + 0,35 + 0,10 = 1,40𝑚

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DIMENSÕES ADOTADAS PARA A CÂMARA SEPARADORA

Ht = 1,40 m

Ht = 1,40 m
L = 7,20 m B = 2,40 m
d = 1,20 m Ac
d = 1,20 m
L = 7,20 m

B = 2,40 m

Comprimento adotado para as câmaras de entrada e saída: 𝐿𝑐 = 1,20𝑚

Verificação das tubulações de entrada e saída da caixa separadora

Tubulação de entrada:
Considerando a velocidade mínima para evitar assoreamento da tubulação, como sendo:
𝑣 = 0,75𝑚/𝑠

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 × 𝑛 3/8 0,0112 × 0,012 3/8


𝐷𝑇𝑢𝑏𝑜𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = ( ) = ( ) = 0,09𝑚 → 𝐷𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝐴𝑑𝑜𝑡. = 0,20𝑚 → 𝑂𝑘!
0,312 × 𝑖 1/2 0,312 × 0,07111/2

A velocidade de entrada passa a ser:

0,397 × 𝐷 2/3 × 𝑖 1/2 0,397 × 0,202/3 × 0,07111/2


𝑣= = = 3,02𝑚/𝑠 ≥ 0,75𝑚/𝑠 → 𝑂𝑘!
𝑛𝐹𝑜𝑓𝑜 0,012

Tubulação de saída:

Considerando a velocidade mínima para evitar assoreamento da tubulação, como sendo:


𝑣 = 0,75𝑚/𝑠
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 × 𝑛 3/8 0,0112 × 0,012 3/8
𝐷𝑇𝑢𝑏𝑜𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 =( ) =( ) = 0,10𝑚 → 𝐷𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝐴𝑑𝑜𝑡. = 0,20𝑚 → 𝑂𝑘!
0,312 × 𝑖 1/2 0,312 × 0,031/2

A velocidade de entrada passa a ser:

0,397 × 𝐷 2/3 × 𝑖 1/2 0,397 × 0,202/3 × 0,031/2


𝑣= = = 2,35𝑚/𝑠 ≥ 0,75𝑚/𝑠 → 𝑂𝑘!
𝑛𝑃𝐸𝐴𝐷 0,010

6.3 Instruções para operação da caixa separadora de óleo

Para que a caixa possa funcionar adequadamente na ocasião em que ocorrer um vazamento de óleo,
deverá estar cheia de água até o nível da tubulação de saída. Assim sendo, tão logo seja concluída
a sua construção, a mesma deverá ser preenchida com água, verificando-se o seu nível a cada seis
meses. As tampas das janelas de visita devem ser mantidas fechadas.

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7 Dimensionamento estrutural

7.1 Características do solo

O solo local sob a construção pode ser caracterizado pelo ponto de sondagem SP-5. Neste ponto,
o solo, abaixo da construção, possui a classificação tátil-visual de areia . Assim, para definição dos
parâmetros geomecânicos do solo é necessário conhecer a profundidade do bulbo de pressões
gerado pela construção. Desse modo, segundo Barata (1994), a profundidade do bulbo de pressões
de uma fundação direta retangular é dado por 𝑧0 = 𝛼 × 𝐵 onde 𝛼 pode ser obtido na tabela abaixo.

Valores de α para profundidade do bulbo de tensões (Barata, 1994)

Assim, como L/B = 10,3/2,8 = 3,68, tem-se por interpolação linear 𝛼 = 3,85. Desse modo, a
profundidade do bulbo de pressões é dado por:

𝑧0 = 𝛼 × 𝐵 = 3,85 × 2,8 = 10,78𝑚

𝑧0,𝑎𝑑𝑜𝑡 = 8𝑚, após essa profundidade, abaixo da caixa, foi atingido o impenetrável.

Logo, o Nspt médio é dado por:

𝑁𝑠𝑝𝑡,𝑚𝑒𝑑 = (2 + 3 + 4 + 4 + 6 + 6 + 10 + 26)/8 = 7,625

𝑁𝑠𝑝𝑡,𝑚𝑒𝑑 = 7. Logo,

▪ Peso específico: γs = 16 kN/m²


▪ Ângulo de atrito: Φ’ = 32º
▪ Tensão admissível: σadm = 0,16 MPa
▪ Coeficiente de empuxo ativo: Ka = [tan (45º-Φ’/2)]² = 0,31

7.2 Cargas atuantes

7.2.1 Na tampa

Na tampa atua a sobrecarga no terreno devido à passagem de veículo de no máximo 1 tonelada por
eixo, peso próprio da tampa e peso de aterro compactado.

▪ Sobrecarga: qsc = 5,0 kN/m²


▪ Peso próprio: Pp,tampa = 0,2 x 25 = 5,0 kN/m²
▪ Aterro: Paterro = 0,65 x 16 = 10,4 kN/m²

Carga distribuída total sobre a tampa: qtampa = 20,4 kN/m²

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7.2.2 Na parede da caixa

Na parede da caixa atua o empuxo de água, quando ela se encontra cheia, e o empuxo de terra.

▪ Empuxo de água no fundo do tanque: qw = hw x γw


Altura máxima de água: hw = 1,20 m
Peso específico da água: γw = 10 kN/m³
Esforço horizontal no nível do fundo da caixa: qw = 12 kN/m²

▪ Empuxo de terra: qs = Ka x γs x hs
Altura equivalente de terra devido à sobrecarga: heq = qsc / γs = 5 / 16 = 0,31 m
Empuxo de terra ao nível da tampa: qs1 = 0,31x16x(0,31+0,65) = 4,76 kN/m²
Empuxo de terra ao nível do fundo: qs2 = 0,31x16x(0,31+2,45) = 13,69 kN/m²

7.2.3 No fundo da caixa

▪ Peso da caixa sem a laje de fundo: Pp,caixa = Vconc x γc = 10,3 x 25 = 257,5kN

▪ Sobrecarga sobre o terreno: Psc = Atampa x qsc


Área da tampa: Atampa = 5,85 x 2,80 = 16,38 m²
Psc = 16,38 x 5 = 81,9 kN

▪ Peso do aterro sobre a caixa: Paterro = Vaterro x γs


Volume de aterro: Vaterro = 16,38 x 0,65 = 10,65 m³
Paterro = 10,65 x 16 = 170,4 kN

▪ Sobrecaraga: qsc = 5,0 kN/m²

▪ Peso total sobre o fundo: Pt = 257,5 + 81,9 + 170,4 = 509,8 kN


Carga distribuída total sobre o fundo: qfundo = Pt / Afundo + qsc
qfundo = 485,16 / (10,30 x 2,8) + 5 = 22,68 kN/m²
qfundo = 0,023 MPa ≤ σadm = 0,16 MPa – OK

7.2.4 Esquema de carregamento

Hipótese 1 – Caixa vazia Hipótese 2 – caixa cheia

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7.2.5 Dimensionamento da armadura

a) Tampa da caixa

Cálculo como laje maciça:


Ly/lx = 7,30/2,60 = 2,81>2 – Laje unidirecional é calculada como viga transversal de base 1m.
Será feito o cálculo para viga bi apoiada para obter o maior momento positivo (armadura inferior)
e o cálculo para a viga bi engastada para obter o momento negativo (armadura superior).

▪ Armadura inferior – Viga bi-apoiada

M+ = 17,2 kNm As,cal = 3,37 cm²/m As,adot = ϕ8,0 c. 12,5

▪ Armadura superior – Viga bi engastada

M- = 11,5 kNm As,cal = 2,22 cm²/m As,adot = ϕ8 c. 12,5

▪ Armadura secundária – Direção longitudinal


As,sec = 0,2 As,principal = 0,2 x 3,37 = 0,674cm²/m
As,adot = ϕ6,3 c. 15

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b) Parede longitudinal
Cálculo como laje maciça:
Ly/lx = 11,40/1,60 = 7,13>2 – Laje unidirecional é calculada como viga transversal de base 1m.
Será feito o cálculo para viga bi apoiada para obter o maior momento positivo (armadura in terna)
e o cálculo para a viga bi engastada para obter o momento negativo (armadura externa).

▪ Armadura interna – Viga bi-apoiada

M+ = 3,0 kNm As,cal = 0,58 cm²/m As,adot = ϕ8 c. 15

▪ Armadura externa – Viga bi-engastada

M- = 2,2 kNm As,cal = 0,42 cm²/m As,adot = ϕ8 c. 15

▪ Armadura secundária – Direção longitudinal


As,sec = 0,2 As,principal = 0,2 x 0,58 = 0,116cm²/m

As,adot = ϕ6,3 c. 15

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c) Parede transversal

Cálculo como laje maciça:


Ly/lx = 2,50/2,60 = 0,96 – Laje bidirecional calculada pelas tabelas de Marcus (Caso 4).

Para a relação ly/lx = 0,96 ;


mx = 39,22 my = 53,35 nx = 14,82

Foi considerado como carga distribuída o empuxo de terra ao nível do fundo:


q = 13,69kN/m²
Desta forma, foram calculados os momentos positivos (armadura interna) nas duas direções.

Mx = 2,40 KNm As,cal = 0,46 cm²/m As,adot = ϕ6,3 c. 10 (direção x)


My = 1,73 kNm As,cal = 0,33 cm²/m As,adot = ϕ6,3 c. 10 (direção y)

d) Laje de fundo

Cálculo como laje maciça:


Ly/lx = 11,40/2,60 = 4,38>2 – Laje unidirecional é calculada como viga transversal de base 1m.
Será feito o cálculo para viga bi apoiada para obter o maior momento positivo
(armadura superior) e o cálculo para a viga bi engastada para obter o momento negativo (armadura
inferior).

▪ Armadura superior – Viga bi-apoiada

M+ = 19,2 kNm As,cal = 4,13 cm²/m As,adot = ϕ8 c. 10

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▪ Armadura inferior – Viga bi-engastada

M- = 13,4 kNm As,cal = 2,60 cm²/m As,adot = ϕ8 c. 10

▪ Armadura secundária – Direção longitudinal


As,sec = 0,2 As,principal = 0,2 x 4,13 = 0,83 cm²/m
As,adot = ϕ6,3 c. 15

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