Dobramento

O dobramento é a operação mais comum em conformação de

chapas e pode ser realizada com ou sem superposição de tensões.
Se uma peça de um material está sujeita a uma força tal que tende
a induzir tensões de compressão em um lado e tensões de tração
do outro lado, pode se dizer que a peça esta sob esforço de
dobramento.

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 Dobramento
Conhecido no termo em inglês (bending). Trata se da deformação
plástica de uma chapa metálica ao longo de uma linha reta que na
maioria dos casos tem-se uma deformação plana localizada no canto
da dobra.

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 Dobramento
O tipo clássico consiste na operação para obter curvatura cilíndrica
ou cônica em rolos (calandras).
Outras variedades de dobramento são o enrolamento (curling), o
recravamento e agrafamento (hemming) e o repuxamento
(spinning). Tem-se, ainda, o dobramento por giro, caso do
dobramento contínuo em rolos de vários estágios (roll forming)
para produzir, calhas, tubos e perfis.

3
 Dobramento
O dobramento não é somente usado para produzir geometrias
funcionais tais como bordas, flanges, curvas, emendas e
corrugação, mas também para aumentar a rigidez das peças.

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 DEFORMAÇÕES NO DOBRAMENTO LIVRE
Em num caso de um processo de dobramento elementar e considerando uma
pequena região de comprimento inicial (lo) que após um procedimento de
dobramento por um ângulo (α ) transforma-se no comprimento (l1) tem-se:

[ou l1=(r-y)α abaixo da linha neutra] sendo: r o raio de dobramento α o ângulo

de dobramento

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 DEFORMAÇÕES NO DOBRAMENTO LIVRE
Considerando que as fibras externas aumentam de tamanho e enquanto as fibras
internas são comprimidas pode-se definir as deformações verdadeiras por:
a) na região de tração (entre a fibra neutra e a fibra externa):

b) na região de compressão (fibras internas):

Considerando-se as fibras externas

na posição y= 2 s tem-se como
deformação nas fibras externas:

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 DEFORMAÇÕES NO DOBRAMENTO LIVRE
Com Tensão de Escoamento Convencional (σ0,2% ) no final da
zona elástica e em consequência a deformação relativa onde o
material inicia um escoamento plástico e com a Lei de Hook,
pode-se determinar o raio mínimo de dobramento (r min) para que
se inicie um dobramento com deformação permanente por:

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 Dobramento
Sempre que se deseja obter uma chapa dobrada, deve-se conhecer
seu desenvolvimento linear ou suas dimensões exatas, para que
seja possível a determinação da linha neutra do elemento dobrado,
sendo simples a realização de tal cálculo a partir de uma chapa do
material pre-dobrada (CHIAVERINI, 1986).

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 CÁLCULO DO COMPRIMENTO INICIAL
De um modo geral é conhecida a peça dobrada. Para se determinar
a geratriz de componentes simples pode-se usar a expressão:
onde: l1 e l2 são os
componentes retos das abas, α
é o ângulo de dobramento e
f fator de correção:

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 Exercício
1) Calcular o comprimento inicial da dobra de uma tira. São dados:
Espessura da tira: s= 2mm Comprimento das abas: l1=40mm; l2=
60mm2 ; Ângulo de dobramento: α =120o ;Raio de dobramento: r1=
8mm

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 CÁLCULO DO COMPRIMENTO INICIAL
Calcular o comprimento inicial da dobra de uma tira. São dados:
Espessura da tira: s= 2mm Comprimento das abas: l1=40mm; l2=
60mm2 ; Ângulo de dobramento: α =120o ;Raio de dobramento: r1=
8mm

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 DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA LINHA NEUTRA
Para determinação exata da posição da LN, é necessário fazer-se
o dobramento de uma tira de chapa, de comprimento L e
espessura e conhecidos, com um raio r de dobramento desejado,

2R
Onde : L = a + +b
4
onde : a = l − e − r b = h−e−r
R = raio na L.N .

Multiplicando ambos os lados por dois temos: 2.L = 2a + R + 2b

2( L − a − b) Chamando-se à distância da linha neutra à face

R= interna da dobra de x, vem:

2( L − l − h)
R= r+x x = R−r x = −r
 12
 EXERCÍCIO
2) Determine a posição da linha neutra da peça abaixo

2R
Onde : L = a + +b
4
onde : a = l − e − r b = h−e−r
R = raio na L.N .

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 EXERCÍCIO
2) Determine a posição da linha neutra da peça abaixo

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 LINHA NEUTRA

Como valor prático para localização da LN, em função

da espessura da chapa, recomenda-se:

Espessura da chapa (e) Posição em relação ao lado interno da dobra

até 2 mm 1 2.e
acima de 2 mm até 4 mm 3 7.e
acima de 4 mm 1 3.e

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 EXERCÍCIO
3) Determine o desenvolvimento da peça para a realização da dobra

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 EXERCÍCIO
3) Determine o desenvolvimento da peça para a realização da dobra.
Considere a espessura de 3,0mm

Cálculo do desenvolvimento:
AB = 8 - (3 + 2) = 3 mm
BC = 2R/4 = 1/2.. (3 +1) = 6,28mm
CD = 15 - (5 + 5) = 5 mm
DE = BC = 6,28 mm
EF = 40 - (3 + 2) = 35 mm
FG = 2R/2 = . (5 + 1) = 18,84 mm
Portanto, o desenvolvimento terá o seguinte comprimento:
L = 3 + 6,28 + 5 + 6,28 + 35 + 18,84 = 74,40 mm

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 FOLGA NO DOBRAMENTO

A folga entre o punção e a matriz deve ser igual à

espessura da chapa, a menos que a chapa vá ser
submetida a um efeito de cunhagem, o que aumentará
significativamente as forças necessárias para o
dobramento. Como a espessura da chapa pode variar
dentro das tolerâncias de usinagem, isto deve ser
considerado no dimensionamento da folga.
Normalmente costuma- se acrescentar 10% da
espessura para compensar essas tolerâncias. Usando-
se esse critério a folga será igual a 1,1 e
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 FORÇA DE DOBRAMENTO

Para o cálculo da força necessária para realizar-se um dobramento é

preciso saber como será realizado o mesmo pois, conforme o desenho
da ferramenta, haverá uma variação nessa força.
Assim sendo são apresentados dois tipos básicos de dobramento
mostrando o roteiro que deve ser seguido para determinação dessa
força. Para qualquer outro tipo de dobramento não analisado aqui, o
roteiro a ser seguido é o mesmo.
O cálculo da força de dobramento é feito baseado nos carregamentos
padrões de uma viga, conforme visto em resistência dos materiais.
Assim, para o cálculo da força de dobramento deve se associar o tipo
de dobramento com um correspondente carregamento de uma viga.
Estudar se á o cálculo da força de dobramento (FD ) para dobras em
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"V", "L" e "U".
 Dobramento – Matriz em V
Espessura da Chapa Abertura L da
(mm) matriz
E0 ≤ 0,5 L = 20 . E0
0,05 ≤ E0 ≤ 1 L = 16 . E0
1,0 ≤ E0 ≤ 3 L = 12 . E0
3,0 ≤ E0 ≤ 5 L = 10 . E0
Espessura maior que L = 8 . E0
5

20
Dobramento – Matriz em V

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Dobramento – Matriz em V

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Dobramento – Matriz em V

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 EXERCÍCIOS

Determine para a peça desenhada abaixo:

a) O esforço de dobra em ferramenta em “V” e por VIGA ENGASTADA;

b) Represente a região de dobra interna utilizando o círculo de Mohr.

Dado: Tensão de flexão: 45Kgf/mm2.
Raio interno = 5,0mm
105

6
375 105

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MARCONDES, P.V.P Manufatura de chapas metálicas - dobramento.
Ferramental - Revista Brasileira da Indústria de Ferramentas, v. 25, p. 27 -
32, 01 ago. 2009

CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica – Materiais de Construção

Mecânica - Volume I. 2. Ed. São Paulo-SP: MacGraw-Hill, 1986.

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