Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
A qualidade dos produtos alimentares de origem vegetal ou animal está
diretamente relacionada com a qualidade da matéria-prima utilizada para o pro-
cessamento. Neste sentido, é de grande importância caracterizar os principais
riscos existentes na etapa inicial. O termo “qualidade” está relacionado ao valor
nutritivo, às características sensoriais, à adequação para o processamento indus-
trial a que se destina e à sanidade (LORINI, 2005).
O trigo está entre as plantas mais cultivadas do mundo, é uma gramínea do
gênero Triticum. Existem cerca de 30 tipos de trigo, geneticamente diferenciados,
dos quais metade é cultivada e o restante cresce de forma silvestre. Em busca
de produtividade, conteúdo de farinha no grão, teor de nutrientes, resistência a
doenças ou adaptação ao clima e ao solo, pesquisadores e plantadores já testaram
milhares de cruzamentos, chegando a obter cerca de 30 mil variedades de trigo
(ABITRIGO, 2014).
A indústria do trigo é responsável pela fabricação de diversos produtos,
como pães, bolos, biscoitos e massas para alimentação humana e participa de
384 Tópicos em ciências e tecnologia de alimentos: resultados de pesquisas acadêmicas - volume 5
Recebimento do Trigo
Esta fase compreende as análises iniciais para o recebimento de trigo. É
importante, pois limita os parâmetros toleráveis para o recebimento, legalmen-
te conforme Instrução Normativa nº 38, de 30 de novembro de 2010 (BRASIL,
2010). Os veículos de transporte da matéria-prima recém-chegada na unidade
são monitorados pelo setor de recepção (Moega) verificando se a carroceria do
veículo está em bom estado de conservação, limpa, isenta de qualquer indício de
infestação por insetos ou roedores, umidade, odores estranhos, bolor, sujidades
ou dejetos de pássaros/roedores, produtos químicos e outros contaminantes.
Após inspeção preliminar, são coletadas amostras utilizando sonda-calador em
pontos distribuídos por toda extensão da carroceria. Tais amostras são unidas
e homogeneizadas em quarteador. Nesta amostra única são realizadas análises
de umidade, impurezas e PH (peso do hectolitro) ainda pelos funcionários do
recebimento de trigo. Para conferência de uma das principais análises reológi-
cas do trigo, no laboratório é realizada a determinação de Falling Number, re-
lacionada ao desempenho da farinha na panificação. Quando aprovado o rece-
bimento, o trigo passa por uma limpeza preliminar para remover as impurezas
mais grossas, que podem causar danos aos equipamentos bem como bloquear
(obstruir) as saídas dos silos. Este processo de limpeza se inicia na descarga do
trigo, pois as impurezas maiores ficam retidas já na grade da moega. Os grãos
seguem para a etapa de pré-limpeza, transportados por um elevador de canecas
metálicas e passando pela peneira (Vibro Soft). Em seguida, são destinados
aos silos de armazenamento através de um redler onde deve ser separado por
qualidade e fornecedor.
Armazenamento
Para garantir a qualidade da farinha integral, a fase de armazenamento deve
apresentar pontos de controle que garantem que o grão permaneça em condições
estáveis e favoráveis até a moagem. No estudo em questão, o trigo foi armazena-
do em silos cilíndricos verticais de concreto. A unidade possui quatro silos com
capacidade de armazenamento igual a 1.250 toneladas e uma entrecélula com
capacidade de 350 toneladas, ou seja, capacidade de estocagem total de 5.350 to-
neladas. Os recebimentos de trigo são contínuos e durante o mês são consumidas
Aplicação do sistema appcc no processamento do trigo para obtenção da farinha integral 391
Preparação do trigo
A Primeira Limpeza inicia-se com a retirada do trigo dos silos através de
dosadores volumétricos. Após a passagem pelos dosadores, o produto é trans-
portado por um redler até o elevador de canecas. A massa de grãos é medida
por uma balança de fluxo, indicando o processo de limpeza, que é formado pelos
seguintes equipamentos: peneira, separador por gravidade (saca pedras), descas-
cador ou polidor, desinfestador e canal de aspiração (tarara). Seguem as etapas
para a preparação do produto.
• Peneira: A peneira separadora é constituída por duas chapas metálicas,
uma tela superior com diâmetro maior de 1 cm e uma tela inferior com di-
âmetro de 2,0 mm, permitindo assim a retirada de impurezas mais grossas
como palhas, impurezas de tamanho médio como milho, soja e impurezas
finas como grãos chochos e quebrados. Na saída desse equipamento há
392 Tópicos em ciências e tecnologia de alimentos: resultados de pesquisas acadêmicas - volume 5
Transporte
Após a etapa de limpeza, se o trigo sofrer umidificação, o mesmo passa
por um equipamento chamado Bi-Mix que consiste em um homogenizador, na
sequência passa por uma despeliculadora, que é responsável por retirar uma fina
camada de farelo, do grão com finalidade de retirar uma maior quantidade de
impurezas, eliminando também uma fração de micotoxinas que podem estar
presente no grão. Caso não haja umidificação, o trigo segue por uma rosca de ali-
mentação que leva o trigo até o pulmão. A definição para uso ou não do sistema
com umidificação consiste no mapeamento realizado dos trigos disponíveis para
moagem. Quando apresentarem níveis elevados de contaminações, micotoxinas,
resíduos de pesticidas entre outros, o sistema deverá ser utilizado.
Envase
O envase da farinha integral é realizado por uma ensacadeira acoplada com
eclusa em queda por gravidade e balança mecânica para regulagem do peso. Os
sacos tipo ráfia são alimentados pela rosca dosadora e devem conter 50 Kg. Para
acondicionamento em paletes, estes são forrados por folha de papel para evitar
contato direto com a madeira dos paletes. Cada palete contém limite máximo de
24 sacos, e são envolvidos por filme plástico transparente tipo stretch aplicado
de forma manual ou automática.
Tipo de
Probabilidade Número de ocorrências por ano
Perigo
Alta Maior ou igual a 12
Químico ou Média Maior que 1 e menor que 12
Biológico Baixa Menor ou igual a 1
Baixíssima Nunca ocorreu nesta empresa, consultar histórico
Alta Maior ou igual a 120
Média Maior que 10 e menor que 120
Físico
Baixa Menor ou igual a 10
Baixíssima Nunca ocorreu nesta empresa, consultar histórico
Tipo de
Severidade Critério
Perigo
Alta Pode levar à morte
Físico, Pode causar problemas graves à saúde, com duração de mais
Média
Químico ou de dois dias, como febre, dor intensa etc.
Biológico Pode causar problemas leves à saúde com duração de até dois
Baixa
dias, como dores, náuseas, pequenos cortes etc.
Severidade
Baixa Média Alta
Baixa Média Alta
Tabela 4 - Árvore Decisória para definição dos Pontos Críticos de Controle (PCC)
Parar.
A avaliação desse
A medida de controle selecionada é
Q2 perigo será Vá para Q3
uma etapa de processo posterior?
realizada na
etapa posterior.
S – Severidade; PO – Probabilidade de Ocorrência; R – Risco; A – Alto; M – Médio; B – Baixo; BB – Baixíssimo; N – Não significativo.
Tópicos em ciências e tecnologia de alimentos: resultados de pesquisas acadêmicas - volume 5
S – Severidade; PO – Probabilidade de Ocorrência; R – Risco; A – Alto; M – Médio; B – Baixo; BB – Baixíssimo; N – Não significativo.
Fonte: Autoria própria.
401
402
S – Severidade; PO – Probabilidade de Ocorrência; R – Risco; A – Alto; M – Médio; B – Baixo; BB – Baixíssimo; N – Não significativo.
Fonte: Autoria própria.
Tópicos em ciências e tecnologia de alimentos: resultados de pesquisas acadêmicas - volume 5
Tabela 8 - Aplicação da árvore decisória
Árvore decisória Resultado da Questão
Identificação do perigo
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6
Fragmentos de metal sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
Fragmentos de madeira sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
Fragmentos ou sementes de
sim não não não não Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 Vá para Q5 PPRO
outras espécies
Insetos Vivos (classe
sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
coleoptera - Carunchos)
Fragmentos de pedras sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
Areia sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
Fragmentos de objetos
sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
cortantes
Não é necessária medida de
controle específica para o
Resíduos de Pesticidas não
perigo.
É controlado pelos PPRs
Não é necessária medida de
controle específica para o
DON HS não
perigo.
É controlado pelos PPRs
Não é necessária medida de
controle específica para o
Bacilus cereus não
perigo.
É controlado pelos PPRs
Insetos Vivos (classe
sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
coleoptera - Carunchos)
Aplicação do sistema appcc no processamento do trigo para obtenção da farinha integral
Recebimento de Trigo
respectivas fezes na armazenagem A M A Ausência
Leptospira, Vírus Check List de veículos.
externa e originação.
Não especificado. Porém é uma etapa
B - Fungos/Bolor Enlonamento não adequado. M B N Check List de veículos
inicial, existem barreiras posteriores.
Trigo pode conter vidros, metais, Ausência, RDC N 14 de 28 de março de Nesta etapa peneira de
F - Materiais Estranhos B B N
plásticos, papéis, pelos etc. 2014 separação, e aspiração.
Trigo pode conter sementes, grãos, Máx. 1,5%, RDC N 14 de 28 de Nesta etapa peneira de
F - Impurezas B A M
insetos, areia, terra etc. março de 2014 separação, e aspiração.
Pré-Limpeza
B - Nenhum Característica do Processo - - - - -
concreto
carência recomendados.
em silo de
Aplicação do sistema appcc no processamento do trigo para obtenção da farinha integral
Armazenamento
B - Nenhum Característica do Processo - - - - -
F – Físico; Q – Químico; B – Biológico; S – Severidade; PO – Probabilidade de Ocorrência; R – Risco; A – Alto; M – Médio; B – Baixo; BB – Baixíssimo;
N – Não significativo.
Fonte: Autoria própria.
405
Tabela 9b - Análises de Perigos do Processo 406
Etapa do Identificação do perigo Avaliação do perigo
Nível aceitável do perigo Medida de Controle
Processo Perigos identificados Justificativa S PO R
Desprendimento por vibração ou Máx. 2 mm, RDC N 14 de 28 de
F - Metais Ferrosos A B M
fadiga. março de 2014
Presentes no trigo ou contaminação Nesta etapa existe peneira, saca
Ausência, RDC N 14 de 28 de
F - Materiais Estranhos cruzada, (plástico, papel, madeira, M M M pedras, polidora, desinfestador,
março de 2014
vidros etc.) e canal de aspiração
(Trigo pode conter sementes, grãos, Máx. 1,5%, RDC N 14 de 28 de
1ª Limpeza
F - Impurezas B A M
insetos, areia, terra etc.) março de 2014
Q - Nenhum Característica do Processo - - - - -
B - Nenhum Característica do Processo - - - - -
Desprendimento por vibração ou Máx. 2 mm, RDC N 14 de 28 de
F - Materiais ferrosos A B M Nesta etapa existe ímã
fadiga. março de 2014
(ímã)
Q - Nenhum Característica do Processo - - - - -
Transporte
B - Nenhum Característica do Processo - - - - -
F - Pedras oriundas do Desprendimento pelo desgaste natural Máx. 2 mm, RDC N 14 de 28 de Realizar Manutenções
B A M
próprio moinho da utilização. março de 2014 Preventivas e trocas regulares.
Desprendimento por vibração ou Máx. 2 mm, RDC N 14 de 28 de Realizar Manutenções
F - Materiais ferrosos B A M
fadiga. março de 2014 Preventivas e trocas regulares.
Moagem
Q - Nenhum Característica do Processo - - - - -
Aquecimento durante processo de Não especificado em legislação, Realizar Manutenções
B - Mofo A M A
moagem. porém indesejável. Preventivas e trocas regulares.
Desprendimento em etapas anteriores Máx. 2 mm, RDC N 14 de 28 de Inspeção da integridade das
F - Materiais ferrosos M M A
ou se houver ruptura das telas março de 2014 telas e avaliação do rechaço.
Presentes no trigo ou contaminação
Ausência, RDC N 14 de 28 de Inspeção da integridade das
F - Materiais Estranhos cruzada, (plástico, papel, madeira, M M M
março de 2014 telas e avaliação do rechaço.
vidros etc.)
Trigo pode conter sementes, grãos, Máx. 1,5% , RDC N 14 de 28 Inspeção da integridade das
F - Impurezas B BB M
Peneiramento
Turbo Peneira
insetos, areia, terra etc. Março de 2014 telas e avaliação do rechaço.
Q - Nenhum Característica do Processo - - - - -
B - Nenhum Característica do Processo - - - - -
F – Físico; Q – Químico; B – Biológico; S – Severidade; PO – Probabilidade de Ocorrência; R – Risco; A – Alto; M – Médio; B – Baixo; BB – Baixíssimo;
N – Não significativo.
Tópicos em ciências e tecnologia de alimentos: resultados de pesquisas acadêmicas - volume 5
pneumática)
B/M - Fungos e Má qualidade do ar utilizado para Limpezas e troca da
de metais e Bomba
A M A RDC Nº 12 de 2/01/2001
Transporte (Detector
Bactérias do ar transporte. membrana filtrante
Silo Pulmão
B - Nenhum Característica do Processo - - - - -
Armazenamento
Máx. 2 mm, RDC N 14 de 28 de Realizar manutenções
F - Materiais ferrosos Desprendimento por vibração ou fadiga. B B N
março de 2014 periódicas preventivas.
Q - Nenhum Característica do Processo - - - - -
Envase
B - Nenhum Característica do Processo - - - - -
Produto
Acabado
B - Nenhum Característica do Processo - - - - -
Armazenamento
Inspeção das condições do
F- Corpos Estranhos Existência de corpos estranhos nos veículos B B N Indesejável e não especificado
caminhão
Q- Pesticida, Solventes e Existência de produtos químicos/odores Inspeção das condições do
M B B Ausente
Outros estranhos nos veículos caminhão
Expedição
Inspeção das condições do
Carregamento /
Aplicação do sistema appcc no processamento do trigo para obtenção da farinha integral
F – Físico; Q – Químico; B – Biológico; S – Severidade; PO – Probabilidade de Ocorrência; R – Risco; A – Alto; M – Médio; B – Baixo; BB – Baixíssimo; N
– Não significativo.
Fonte: Autoria própria.
407
Tabela 10 - Aplicação da árvore decisória para perigos do processo 408
Etapa do ÁRVORE DECISÓRIA RESULTADO DA QUESTÃO
Perigos identificados
Processo Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6
B - Salmonella,
sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
Leptospira, Vírus
de Trigo
Recebimento
Parar.
F - Materiais Estranhos sim sim Vá para Q2 Avaliação desse perigo será
realizada na etapa posterior.
Parar.
F - Impurezas sim sim Vá para Q2 Avaliação desse perigo será
Pré-Limpeza
realizada na etapa posterior.
F - Metais Ferrosos sim não não não sim sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 Vá para Q5 Vá para Q6 PPRO
1ª
F - Materiais Estranhos sim não não não sim sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 Vá para Q5 Vá para Q6 PPRO
Limpeza
F - Impurezas sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
F - Materiais Ferrosos sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
(ímã)
Transporte
F - Pedras oriundas do
sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
próprio moinho
F - Materiais Ferrosos sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
Moagem
B/M – Mofo sim não não sim Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 PPRO
Parar.
F - Materiais Ferrosos sim sim Vá para Q2 Avaliação desse perigo será
realizada na etapa posterior.
Peneiramento
Turbo Peneira
F - Materiais Estranhos sim não não não sim não Vá para Q2 Vá para Q3 Vá para Q4 Vá para Q5 Vá para Q6 PCC
B - Fungos e Bactérias
Bomba
sim não sim Vá para Q2 Vá para Q3 PCC
(Detector
do ar
Transporte
de metais e
pneumática)
Tópicos em ciências e tecnologia de alimentos: resultados de pesquisas acadêmicas - volume 5
MONITORAMENTO
Boca de inspeção Boletim Diário de
Peneiramento da integral e submeter ao peneiramento em
tubulação 1º A cada hora Técnico do Laboratório Acompanhamento
farinha integral plansfter de mesa, abertura de 250 µm,
Andar de Produção
avaliar material retido
CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO JUSTIFICATIVA
Ausência de material estranho Baseado no critério de aceitação
com diâmetro superior a 2 mm RDC n° 14 de 28 Março de 2014
SISTEMÁTICA
O QUÊ ONDE COMO FREQUÊNCIA RESPONSÁVEL REGISTRO
Verificar o Verificar o correto e completo Coordenador de
VERIFICAÇÃO
Na produção e Rota de Segurança
resultado dos preenchimento das planilhas assim como Semanalmente Produção/ Coordena-
Laboratório do Alimento
monitoramentos ações corretivas dor de Qualidade
Nº Ação: Tela da Turbo rasgada ou identificado material estranho no peneiramento RESPONSÁVEL REGISTRO
Operador/Tec.
1 Parar a linha e informar ao Coordenador de Produção
Laboratório
Operador/Tec. CNC - Relatório de
2 Providenciar a segregação de todo o material desde o último teste que não houve desvio
Laboratório Não Conformidades
CORREÇÕES E
3 Providenciar a limpeza do equipamento e realizar o teste de eficiência Líder do setor
AÇÕES CORRETIVAS
4 Registrar em CNC a ocorrência e agir conforme procedimento Tratamento de Não Conformidades Garantia da Qualidade
críticos
SISTEMÁTICA
O QUÊ ONDE COMO FREQUÊNCIA RESPONSÁVEL REGISTRO
Verificar os
Verificar o correto e
registros de Coordenador de
completo preenchi- Rota de
Inspeção do Na Produção/
mento das planilhas Semanalmente Segurança do
Detector de produção Coordenador de
assim como ações Alimento
Metais (linha Qualidade
corretivas
integral)
Ação: I. Detector de metais com defeito
Nº RESPONSÁVEL REGISTRO
(Corpo de prova não é rejeitado)
CORREÇÕES E AÇÕES CORRETIVAS
Operador/Téc.
1 Parar a linha e Informar ao Coordenador de Produção
Laboratório
Providenciar a segregação de todo o material desde o Operador/Téc.
2
último teste que não houve desvio Laboratório
Providenciar a manutenção/calibração do detector de
3 Líder do setor CNC -
metais
Relatório de
Após conserto do detector (ou em outro detector que esteja
4 Líder do setor Não
funcionando), passar todo o lote segregado
Conformidades
Registrar em CNC a ocorrência e agir conforme procedi- Garantia da
5
mento Tratamento de Não Conformidades Qualidade
Ao final da produção procurar o(s) contaminante(s) no Operador/
OBS: material rejeitado e investigar a origem do material Garantia da
estranho encontrado Qualidade
SISTEMÁTICA
O QUÊ ONDE COMO FREQUÊNCIA RESPONSÁVEL REGISTRO
Abrindo
Inspeção visual compartimento e
do saturamen- avaliando Registro de
Bomba Antes de iniciar
to, integridade condições da Operador de limpeza e
pneumática, as produções,
da membrana e membrana, Produção inspeção da
andar porão diariamente
realização da avaliar também linha
troca a realização da
troca
CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO JUSTIFICATIVA
SISTEMÁTICA
O QUÊ ONDE COMO FREQUÊNCIA RESPONSÁVEL REGISTRO
Verificar o
Verificar os correto e
Coordenador de
registros de completo Rota de
Produção/
limpezas e Na produção preenchimento Semanalmente Segurança do
Coordenador de
inspeção da das planilhas Alimento
Qualidade
linha assim como
ações corretivas
Ação: Membrana filtrante rompida ou
Nº RESPONSÁVEL REGISTRO
evidenciado desgaste excessivo
CORREÇÕES E AÇÕES
Operador/Téc.
1 Parar a linha e informar ao Coordenador de Produção
Laboratório
CORRETIVAS
6. CONSIDERAÇOES FINAIS
Com a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle aplicada à produ-
ção de farinha de trigo integral, foi constatado que o processamento reduz os
contaminantes presentes no trigo para níveis aceitáveis, desde que os três PCCs
identificados nas etapas de peneiramento, referente à verificação da integridade
das telas, e transporte, referente à detecção de metais e integridade do filtro de
aspiração, sejam corretamente monitorados.
Embora o projeto tenha sido desenvolvido para linha de farinha integral, as
etapas de recebimento e limpeza do trigo são comuns para farinhas convencio-
nais, podendo ser complementado para as demais áreas da indústria. Também
poderá ser adaptado facilmente para outros seguimentos, mas sempre respeitan-
do as particularidades de cada processo.
REFERÊNCIAS