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A Teoria da Expectativa (Vroom)

por Marcos Telles - segunda, 24 janeiro 2005, 05:29


DynamicLab Gazette - 28- 06 -04
reflexões sobre a aprendizagem on-line
A Teoria da Expectativa (Vroom)
Paula de Waal e Marcos Telles - Junho, 2004

Para Victor Vroom, motivação é o processo que governa a escolha de


comportamentos voluntários alternativos.

O quadro inicial seria aquele de uma pessoa que poderia escolher entre fazer
A, B ou C.

Segundo Vroom, a motivação da pessoa para escolher uma das alternativas


dependeria de 3 fatores:

- do valor que ele atribui ao resultado advindo de cada alternativa (que ele
chama de "valência"),
- da percepção de que a obtenção de cada resultado está ligada a uma
compensação (que ele chama de "instrumentalidade") e
- da expectativa que ele tem de poder obter cada resultado (que ele chama de
"expectativa").

Assim, para que uma pessoa esteja "motivada" a fazer alguma coisa é preciso
que ela, simultaneamente:

- atribua valor à compensação advinda de fazer essa coisa,


- acredite que fazendo essa coisa ela receberá a compensação esperada e
- acredite que tem condições de fazer aquela coisa.

Em termos de uma equação, essa definição poderia ser escrita da seguinte


forma:

motivação = [expectativa] X [instrumentalidade] X [valor]

o que significa que todos os termos têm que ser maiores do que zero (nenhum
dos fatores pode estar ausente).

Valor

As diferentes compensações ligadas as alternativas A, B e C terão diferentes


valores ("valências) para um pessoa. Um novo emprego, por ex., poderá ter
como valores positivos um maior salário e uma maior visibilidade e poderá ter
como valor negativo uma carga maior de trabalho e uma mudança para outra
cidade.

Percepção das Compensações Ligadas aos Resultados


Toda pessoa tem um percepção da compensação que terá se alcançar um
certo resultado. Ela pode, por ex., estar convencida de que se chegar a B será
promovida. Essa relação entre desempenho e compensação, na linguagem de
Vroom, é chamada de "instrumentalidade".

Expectativa de Alcançar o Resultado

Uma pessoa avalia a probabilidade de obter um certo resultado comparando os


esforços necessários para tanto com suas próprias capacidades. Se ela
entender que a probabilidade ligada à alternativa A, por exemplo, é muito
baixa, ela irá fazer sua escolha entre B e C. Se ela achar que, para ele, é
impossível atingir C, ele não fará qualquer esforço para isso. "Não, isso dá para
conseguir de jeito nenhum!" e "Não tem problema; eu chego lá!" são posturas
típicas decorrentes dessa expectativa.

Resultados

Vroom enfatiza a importância de se analisar com cuidado a dimensão dos


valores atribuidos a uma compensação. Por ex., um jovem profissional pode
atribuir enorme valor a uma promoção não pelas perspectivas de carreira que
isso ofereça ou pelo aumento de salário em si mas pelo fato de que esse
aumento vai permitir a ele casar-se.

Isso mostra que motivação não é um processo e varia de indivíduo a indivíduo,


em função de seus objetivos pessoais.

Fonte: http://www.dynamiclab.com/moodle/mod/forum/discuss.php?d=432

Teoria das Expectativas de Vroom


Desenvolvida pelo psicólogo Victor Vroom, a Teoria das Expectativas de Vroom
é uma das muitas teorias que procuram explicar as motivações humanas.
Segundo Vroom, o processo de motivação deve ser explicado em função dos
objectivos e das escolhas de cada pessoa e das suas expectativas em atingir
esses mesmos objectivos. De uma forma sintética, Vroom defende que a força
da motivação (M) de determinada pessoa corresponde ao produto do valor
previsto por si atribuído a um objectivo (V=Valência) pela probabilidade de
alcançar esse mesmo objectivo (E=Expectativa): M = V . E.

Assim definido, a motivação é nula quer no caso em é indiferente atingir ou não


determinado objectivo, quer no caso em que não existe qualquer expectativa
em atingir o resultado. Da mesma forma, ocorre desmotivação sempre que a
valência é negativa, isto é, quando a pessoa prefere não atingir o objectivo.

Da forma como foi apresentada, a Teoria das Expectativas de Vroom apresenta


algumas características que a tornam mais realista do que outras teorias para
explicar as motivações, nomeadamente as teorias das necessidades que
colocam pouca ênfase nas características individuais. Por outro lado, por ser
muito compatível com os sistemas de gestão por objectivos, tem tido uma
grande aceitação por numerosos gestores.

Lyman W. Porter e Edward E. Lawer III, através do seu modelo (Modelo de


Porter e Lawer) acrecentam a esta teoria a influência da performance actual, a
qual depende não apenas do esforço dispendido, mas também das
competências/conhecimentos para a realização das tarefas e da percepção de
tudo o que é necessário para a sua realização e de quais os resultados
pretendidos. Desta performance irá depender o grau de satisfação a qual, por
sua vez, determinará o valor esperado daquilo que irá receber.

Fonte: http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/teoriaexpectativasvroom.htm

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