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Visto isso, podemos dizer que tal afirmativa da autora pode ser contraposta, dado que os
alicerces dos direitos humanos como os conhecemos hoje, a saber a igualdade entre os homens,
independentemente de sua cor, religião e outros aspectos de escolhas individuais do ser, podem
ser encontrados na revelação divina Cristã.
Logo após, é mostrado alguns tratados precursores dos que definimos hoje como
documentos dos direitos humanos. Alguns dos citados são a Carta Magna da Inglaterra de 1215
outorgada pelo rei João sem Terra, A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
proclamada durante a revolução francesa em 1789, o Código de Hamurabi, instituído pelo Rei
babilônico, que o código homenageia seu nome, entre 1792 e 1750 a.C., dentre outros. Além
de documentos históricos, a autora também apresenta algumas convenções e pactos
internacionais que são de extrema importância hodiernamente, particularmente em especial o o
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional de direitos Econômicos,
Sociais e Culturais, de 1966, também a Convenção de Salvaguarda dos Direitos do Homem e
Liberdades Fundamentais, criada na Europa em 1950 e a Convenção Americana de Direitos
Humanos, o chamado Pacto de San José, na Costa Rica, de 1969.
A partir de então, dá-se maior ênfase ao desenvolvimento dos direitos humanos no
Brasil, sobretudo em suas constituições. Nesta etapa, a autora se atém em três divisões: A
primeira é a do Brasil império e implantação da república, a segunda é o governo Vargas,
findando no Estado Novo, e, por fim, a ditadura militar e a redemocratização. A parte inicial,
tratando da emancipação do Brasil, que deixara de ser colônia portuguesa e, consequentemente,
precisaria de uma nova constituição, já que também se desvencilharia de sua antiga metrópole,
é sucinta e não oferece muitos detalhes, porém ressalta a congruência que a constituição
outorgada em 1824 tinha com o a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, adotando
o sistema democrático de divisão de poderes e, para os entes destes, eram dados maiores
liberdades e concessões democráticas. Assim sendo, é visto que, por mais que tenha sido um
avanço para o antigo Brasil Colônia, a constituição referida ainda traria liberdades de maneira
tímida para a população em geral. Ainda nesta primeira divisão, tratando da proclamação da
República no Brasil, é visto que não houve maiores avanços nos direitos humanos e, da mesma
maneira, é mencionado que não era garantida a proteção dos direitos promulgados nela. Maria
Claudia Maia trata este período da seguinte maneira:
Logo após, a segunda divisão é onde a autora mais se atém, trazendo um panorama das
evoluções dos direitos humanos nas constituições na era Vargas, quer essas evoluções sejam
benéficas ou maléficas. A princípio, na constituição de 1934, há um avanço nos direitos
humanos, principalmente no que diz respeito ao sufrágio para as mulheres e também à criação
de diversos direitos trabalhistas, que depois seriam organizados na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), vigente até hoje. Além disso, a autora também enfatiza a garantia do direito
adquirido, presente no artigo 113 da referida constituição. Já no Estado Novo, instituindo a
constituição de 1937, há um retrocesso no que se diz respeito aos direitos individuais e aos
direitos humanos, visto que muitos deles foram suprimidos e as garantias da democracia e de
diversas liberdades foram extintas. Maria Claudia Maia se refere à constituição de 1937 assim:
REFERÊNCIAS:
Varisco, Alessandra Gomes. A evolução dos direitos humanos nas constituições
brasileiras. Disponível em:
https://www.uniesi.edu.br/instituto/revista/arquivos/2016/julho/21-86-1-PB.pdf
Ferreira , Carlos Enrique Ruiz. Direitos Humanos e cristianismo: a igualdade entre os
homens e o princípio da universalidade. Disponível em:
https://cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/download/522/274/1649