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Critérios de valoração de estoque

Tendo como base o Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC), especificamente o CPC 16 (R1),
nos apresenta métodos de valoração. São eles:

● PEPS
● Custo Média ponderada

Primeiramente observa, que em um ponto no tempo pudéssemos medir qual é o valor que
possuímos em estoque para um determinado item. Esse valor certamente mudaria com
frequência, pois a todo momento estamos recebendo e retirando unidades desse item do
estoque. Além disso, a cada vez que compramos novas remessas desse item, o preço de
compra pode ser diferente.

O CPC 16 (R1) item 27 afirma que o método PEPS, “pressupõe que os itens de estoque que
foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e,
consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais
recentemente comprados ou produzidos”.

Sobre este método, Schier (2011) diz que é realizada a baixa do estoque pelo custo mais
antigo, seguindo a ordem cronológica das entradas. Ele afirma, também, que o método é
aceito pelo fisco (Receita Federal e seus fiscais) por proporcionar arrecadação adequada sobre
visão tributária, pois este método aparenta ser o mais adequado gerencialmente, pelo fato de
apresentar os valores dos custos mais próximos da realidade. Sendo assim, de acordo com o
método são baixadas as primeiras compras conforme as mercadorias são vendidas, ou seja,
vendem-se, primeiro, as mercadorias mais antigas.

Uma desvantagem nesse caso é o fato de as primeiras compras geralmente terem um custo
devido á inflação. Esse índice faz com que as aquisições tenham seu valor aumentado com o
passar do tempo. A consequência é a manutenção de um valor elevado do estoque, lucro mais
alto e custo menor. Contabilmente essa situação demanda o pagamento maior de dividendos
e impostos.

Alguns vantagens de utilizar a PEPS são:

- estoques com valores próximos aos que estão sendo praticados pelo mercado;

- Aprovação pela legislação fiscal e Regulamento do Imposto de Renda;

- Manutenção do valor atualizado dos estoques em comparação com o custo de entrada mais
recente.

O Custo Médio Ponderado o CPC 16(R1) item 27 afirma que, nesse método, “o custo de cada
item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de
um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período”.

Schier (2011, p. 164) afirma que, por esse método, “cada entrada por custo, diferente do custo
médio anterior, altera o custo médio; cada saída altera o fator de ponderação. A baixa é feita a
cada venda ou comunicação de consumo”.

Como nome próprio já diz, o custo médio ponderado irá calcular a média ponderada para
identificar o valor de todos os produtos que estão no estoque.

Para calcular o custo médio ponderado, usamos uma fórmula simples:


Custo Médio Ponderado= Valor total dos estoques / Quantidade de itens armazenados.

UEPS é a sigla que representa a expressão Last In, First Out, que traduzida pela o português
representa “Último a entrar, primeiro a sair”. (MARION, 2015). Este método de avaliação de
estoque, de acordo com Schier (2011, p. 164), “utiliza o último preço de aquisição para fins de
baixa de estoque”. Apesar de este método ser aceito pelo fisco, ele não é aceito pela legislação
e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, segundo Warren et al (2009, p. 111), pelo
seguinte fato:

“Na adoção desse método, em um regime econômico em que há inflação, a tendência é de


que todos os estoques fiquem subavaliados, o que diminui o lucro líquido do exercício social e,
por consequência, o valor dos tributos com o Imposto de Renda e com a contribuição social.”

Esse critério considera o CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) como o correspondente ao
custo de compra de mercadoria mais recente remanescente no estoque. Esse critério se
aproxima do custo de reposição e atende ao princípio do conservadorismo, porém é
considerado ilegal na legislação brasileira. (MARION, 2015).

RECONHECIMENTO COMO DESPESA

Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido
como despesa do período em que a respectiva receita é reconhecida. A quantia de qualquer
redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de estoques devem ser
reconhecidas como despesa do período em que a redução ou a perda ocorrerem. A quantia de
toda reversão de redução de estoques, proveniente de aumento no valor realizável líquido,
deve ser registrada como redução do item em que for reconhecida a despesa ou a perda, no
período em que a reversão ocorrer.

De forma resuma de acordo com a CPC 16 (R1) item 36 afirma que os critérios para as
demonstrações Contábeis devem divulgar:

(a) as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, incluindo formas e critérios
de valoração utilizados;

(b) o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas apropriadas
para a entidade;

(c) o valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos de venda;

(d) o valor de estoques reconhecido como despesa durante o período;

(e) o valor de qualquer redução/reversão de estoques reconhecida no resultado do período de


acordo com o reconhecimento da despesa como resultado;

(g) as circunstâncias ou os acontecimentos que conduziram à reversão de redução de


estoques;

(h) o montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos.

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