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Escola Secundaria Geral de Tembwe

Trabalho de Filosofia

Tema: A Filosofia Política na Idade Moderna

Chimoio, Junho de 2022

Escola Secundaria Geral de Tembwe


Tema: A Filosofia Política na Idade Moderna

Turma: CCS1 12ª classe

Nome dos estudantes Professor:


Cleunice Augusto No: 26 Eduardo Alberto Timotio
Cristina Orlando No: 27
Dausse Luiz No: 28
Denilsa Raimundo No: 29
Diolene Abílio No: 30
Domingos Artur No: 31
Egelia Sidónio No: 33

Chimoio, Junho de 2022

Índice
1. Introdução............................................................................................................................................4

1.1. Objectivos.....................................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo geral.....................................................................................................................4

1.1.2. Objectivos específicos..........................................................................................................4

2. Filosofia política na idade moderna......................................................................................................5

2.1. Filosofia Política...........................................................................................................................5

2.2. Pensamento político em Thomas Hobbes (1588-1679).................................................................5

2.3. Pensamento político em John Locke (1632 – 1704).....................................................................8

2.4. Pensamento político em Jean- Jacques Rousseau (1712 – 1778)..................................................9

2.5. Charles de Montesquieu (1689 -1755)........................................................................................10

2.5.1. Leis da natureza..................................................................................................................11

2.5.2. Leis positivas......................................................................................................................11

2.5.3. Separação dos poderes........................................................................................................11

2.6. Conclusão do grupo....................................................................................................................12

3. Conclusão...........................................................................................................................................13

4. Referências bibliográficas..................................................................................................................14

1.
2. Introdução

Essencialmente, a filosofia é não a posse da verdade, mas a busca pela verdade. O traço distintivo
do filósofo é que ele sabe que nada sabe‖, o seu insight sobre a nossa ignorância sobre as coisas
mais importantes o leva a lutar com todas as suas forças pelo conhecimento. Ele deixaria de ser
um filósofo se evitasse as questões sobre essas coisas ou se as desconsiderasse porque não podem
ser respondidas. Pode ser que em relação às possíveis respostas a essas questões, os prós e os
contras estarão mais ou menos em equilíbrio e, portanto, o estágio de discussão ou disputa nunca
alcançará o estágio de decisão.

Hobbes diz que no Estado natural não há paz, não há felicidade, não há tranquilidade reina a
«guerra de todos contra todos», na qual cada um se porta em relação aos outros como um
verdadeiro lobo.

Hobbes vê que viver numa sociedade assim quase torna-se impossível, porque a paz está sempre
ameaçada. Então, como sair dessa situação Ele diz que para instaurar a tranquilidade é necessário
que a razão imponha limites à liberdade.

Para Rousseau, a constituição de um povo pressupõe que todos os homens concordem com a
formação desse povo, é preciso que seja unanime, já que “o todo menos uma parte não é o todo”
(ROUSSEAU, 1999b, 106). Assim “A lei da pluralidade dos sufrágios é, ela própria, a instituição
de uma convenção e supõe, ao menos por uma vez, a unanimidade.” (ROUSSEAU, 1999b, p.68).
No Estado “onde os membros são naturalmente iguais, apenas a convenção pode fundamentar a
autoridade política.”

2.1. Objectivos
2.1.1. Objectivo geral
 Falar da filosofia política na idade moderna
2.1.2. Objectivos específicos
 Descrever o que os filósofos da idade moderna defendiam;
 Apresentar as diferentes correntes filosóficas em torno da filosofia na idade moderna na
perspectiva de (Hobbes, Locke, Rousseau e Montesquieu).

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3. Filosofia política na idade moderna

A filosofia moderna começa no século XV quando tem início a Idade Moderna. Ela permanece
até o século XVIII, com a chegada da Idade Contemporânea.

Ela marca uma transição do pensamento medieval, fundamentado na fé e nas relações entre os
homens e Deus, para o pensamento antropocêntrico, marca da modernidade, que eleva a
humanidade a um novo status como o grande objecto de estudo.

O racionalismo e o empirismo, correntes de pensamento construídas no período, demostram essa


mudança. Ambos visam dar respostas sobre a origem do conhecimento humano. O primeiro
associando à razão humana e o segundo, baseando-se na experiência.

3.1. Filosofia Política

O sentido da filosofia política e seu carácter significativo são tão evidentes hoje como foram
desde a época em que a filosofia política surgiu em Atenas. Toda acção política visa ou a
preservação ou a mudança. Quando se deseja preservar, almeja-se prevenir mudanças para pior;
quando se deseja mudar, almeja-se trazer algo melhor. Toda acção política é, portanto, guiada por
algum pensamento sobre o melhor ou o pior. Mas o pensamento a respeito do melhor ou do pior
implica pensar o bem. A percepção do bem que dirige todas as nossas acções tem caráter de
opinião: já não é mais questionado, porém, refletindo-se, prova-se questionável. O fato de que
podemos questioná-la, direciona-nos a um pensamento sobre o bem que não é mais questionável
rumo a um pensamento que não é mais opinião, mas conhecimento.

3.2. Pensamento político em Thomas Hobbes (1588-1679)

A obra onde se encontra o pensamento político de Hobbes é «Leviathã».

O Estado natural segundo Hobbes o homem goza de liberdade total, tendo todos os direitos e
nenhum dever, isto é, não há leis que regulam a sociedade, cada um faz o que bem entende
mesmo que seja para prejudicar o outro não importa; o homem é egoísta, cada um procura
satisfazer os seus próprios instintos.

Considerando a importância das condições político-sociais concretas na configuração do


pensamento de Thomas Hobbes, parece ser coerente apontar que o período de turbulência e
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instabilidade em que se encontra a Inglaterra do século XVII, fez com que o filósofo
desenvolvesse uma postura conservadora que se colocou a favor da monarquia e desconfiou
veementemente dos ideais liberais que se destacavam e ganhavam cada vez mais espaço na
conjuntura social da época.

Uma vez que é afirmado que Hobbes se coloca a favor de uma determinada forma de governo em
detrimento de outras, é relevante colocar como ponto de partida o que o autor de Leviatã
considera como formas de governo existentes:

Quando o representante é um só homem, o governo chama-se monarquia. Quando é uma


assembleia de todos os que se uniram, é uma democracia, ou governo popular. Quando é
uma assembleia apenas de uma parte, chama-se lhe uma aristocracia. Não pode haver
outras espécies de governo, porque o poder soberano inteiro (que já mostrei ser
indivisível) tem que pertencer a um ou mais homens, ou a todos. (HOBBES, 1983, p.
114).

Na concepção hobbesiana, aparece com grande ênfase que na sociedade deve existir a paz entre
as pessoas e tudo o que impedir ou for contrário à paz deve ser evitado e neste sentido, o filósofo
defende a monarquia por acreditar que esta forma de governo é a que mais se aproxima da
constituição de uma sociedade pacífica. Essa ideia que relaciona a paz à monarquia é apresentada
quando Hobbes afirma que:

é impossível um monarca discordar de si mesmo, seja por inveja ou por interesse; mas numa
assembleia isso é possível, e em grau tal que pode chegar a provocar uma guerra civil.
(HOBBES, 1983, p. 116).

O pensamento de Hobbes é uma empresa grandiosa para a Filosofia, porque entre outras razões,
este filósofo, diferentemente de muitos outros, desconsidera que por natureza o homem tenha a
inclinação de viver em sociedade. Para Hobbes, o homem naturalmente não é um animal político.

Para ele, o homem não nasce apto para a sociedade, mas assim pode se tornar pela
disciplina. A aptidão para a vida social é, portanto, uma característica adquirida e não
natural. Consequentemente, a sociedade é produto (artificial) da vontade humana, fruto
de uma escolha e não obra da natureza. (FRATESCHI, 2008, p. 297).

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Hobbes não acredita que os homens tenham a necessidade de estarem interagindo uns com os
outros de maneira natural e que se busque neste convívio a harmonia e o prazer comuns. Não há
relações entre os homens desprovidas de interesses individuais; cada homem visa no contato com
o outro obter uma vantagem para si mesmo.

Hobbes, ao afirmar que o que é primordial na natureza humana é o princípio ou instinto de


conservação que pode ser também entendido por conatus, que vincula o homem ao desejo de
manter-se próximo daquilo que lhe agrada e a afastar-se daquilo que lhe desagrada, indica a
impossibilidade de o homem ser naturalmente um animal político e de a sociedade também
existir de modo natural. A vida em sociedade para Hobbes não seria uma finalidade para o
homem, mas sim um dos meios possíveis para que ele possa assegurar a sua conservação.

O desejo primário ou o impulso natural dos homens não visa à vida social, mas à obtenção de
benefícios individuais que, em princípio, dependendo das circunstâncias e dos agentes
envolvidos, podem ser obtidos por meio da constituição da cidade, da dominação ou até mesmo
da guerra. (FRATESCHI, 2008, p. 298).

Hobbes desconsidera que o altruísmo seja algo natural no ser humano, pois para ele, todos os
homens são egoístas naturalmente, preocupando-se apenas com seu próprio bem-estar. Ao
afirmar que o princípio de conservação norteia todas as acções humanas e o estado de natureza se
caracteriza exatamente pela ausência de um poder coercitivo para regular as acções dos homens e
dar-lhes a medida do justo e do injusto, do certo e do errado, Hobbes revela que todos os homens
são levados a usar de quaisquer meios para assegurar para si o que lhes é primordial, isto é, a sua
própria conservação.

Na concepção de Hobbes, o homem está isolado em sua condição natural e não constitui um
dever seu o atribuir valor às vontades alheias à sua. Todas as metas giram em torno de sua própria
preservação (QUEIROZ, 2001, p. 138).

Quando os homens se encontram livres de qualquer acção coercitiva que defina o que lhes é lícito
fazer ou não fazer, o que impera é o seu desejo desenfreado de poder e mais poder sobre todas as
coisas, pois sem essa acção coercitiva, os homens se encontram no chamado estado de natureza e
nele existe o direito ilimitado de todos em relação a qualquer coisa.

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Na concepção de Hobbes, em relação à instituição do estado político, pode ser afirmado que é
aquele que exerce o poder soberano o responsável por configurar todo o fundamento da justiça, a
fim de que os cidadãos vivam respeitando as regras por ele estabelecidas e estejam convivendo
uns com os outros pacificamente. Não cabe aos súditos julgarem quais acções são justas ou
injustas, nem determinarem por si mesmos o que é bom ou ruim para a vida em sociedade.

A divergência de opiniões dos homens sobre a justiça e outras questões morais é tão ameaçadora
à concórdia, que pode resultar desta discordância actos de extrema violência, e por este motivo,
somente o soberano tem autoridade para deliberar sobre a moralidade e criar as leis que devem
reger a conduta dos cidadãos.

3.3. Pensamento político em John Locke (1632 – 1704)

O pensamento político em John Locke encontra-se centrado na obra «Dois tratados sobre o
governo».

Como Hobbes, Locke distingue também dois Estados da humanidade:

Estado natural e Estado contratual. Para Locke, o Homem no Estado natural usa a lei da natureza
que é baseada na consciência dos indivíduos.

Esta consciência obriga ao Homem a não causar mal a outrem em sua vida, sua saúde sua
liberdade e em sua propriedade. Portanto, em Locke, os direitos do Homem são limitados, não
como acontecia em Hobbes que eram ilimitados. São limitados porque o Homem usa a razão
segundo Locke e a razão nos obriga a termos limites nas nossas acções.

Ora, sendo o direito do Homem limitado, existem direitos que imprescindivelmente devem ser
protegidos que são o direito a vida, a saúde, a liberdade e a propriedade (propriedade enquanto
fruto do seu trabalho), e havendo com efeito o direito de punir o transgressor, daqui segue-se que
não sendo conveniente que cada um repare por si próprio as ofensas que lhe são cometidas, que
os homens decidam de comum acordo confiar a comunidade o poder de estabelecer leis que
regulem a punição das ofensas, o uso da força e as transgressões destas leis. Desta forma surge o
Estado.

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3.4. Pensamento político em Jean- Jacques Rousseau (1712 – 1778)

A filosofia política em Rousseau, encontra-se na sua obra clássica, «O Contrato Social». Como os
outros dois anteriores, ele também fala de dois Estados de natureza.

Primeiro fala de um Estado da Humanidade que teria sido, segundo ele, um Estado de inocência,
de paz, sem qualquer tipo de abusos (Estado selauvagem). Entretanto, os homens teriam sido
induzidos a sair dessa condição feliz pelo desejo, pela necessidade e pelo temor. Dessa forma
efectivou-se a corrupção dos valores primitivos.

Em seu Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Rousseau,


por meio de uma história hipotética, deixa claro que o processo de socialização do homem não foi
legítimo. Suas qualidades naturais não foram actualizadas em virtudes sociais; pelo contrário,
transformou-se em vícios, e em paixões que lhes são prejudiciais. Desde então, temos uma
sociedade mascarada, sob a aparência de boa. Os ricos com o discurso de defenderem os pobres,
tudo fazem em proveito próprio. Os governos são como pastores querendo devorar suas ovelhas.
Há um desequilíbrio na passagem do estado natural para o social, e tal erro será evitado
racionalmente no Contrato Social.

A natureza fez o homem livre “e por toda parte encontra-se a ferros” (ROUSSEAU, 1999b, p.53).
Já no início da obra o genebrino quer ressaltar o que já havia sido anunciado em outras, a saber:
que o homem perdeu sua liberdade. Essa corrupção teve como causa os contratos injustos, em
que o forte subjuga o mais fraco.

É preciso, então substituir esse falso contrato por um verdadeiro contrato social que garanta a
cada cidadão a protecção da comunidade, proporcionando-lhe as vantagens da liberdade e da
igualdade; isto é, Rousseau discute no Contrato Social o que é uma sociedade justa, quais são
seus princípios absolutos e se pode decorrer daí algum valor universal. (PISSARRA, 2002, p.73).

A recuperação dos valores corrompidos deste Homem, isto é, a sua redenção é possível no
sentido de organizar a humanidade em Estado, providenciando-lhe uma educação, uma moral e
trabalho com vista a recuperar a verdadeira civilização.

Com a entrada em vigor do contrato social, as acções tomam uma moralidade que não tinha
antes. A lei que guia o indivíduo não é, segundo Rousseau, estranha: é o próprio indivíduo que a
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constitui, sendo legislador e súbdito ao mesmo tempo. Portanto, com o contrato social é a
vontade geral que é soberana. Os governantes não gozam de nenhuma autoridade definitiva sobre
o indivíduo. O indivíduo permanece o único verdadeiro soberano. O indivíduo só renuncia parte
dos seus direitos, o facto de o governante poder ser destituído quando não seguir a vontade geral
(do povo).

O fundamento da autoridade política não está na natureza, como bem mostra o Discurso sobre a
origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, mas em uma convenção entre os
homens. “Para Rousseau, essa autoridade não tem seu fundamento na natureza, mas em
convenções.” (DERATHÉ, 2009, p.270). A força também não produz nenhum direito sobre
outrem. O chamado direito do mais forte não pode ser um direito de fato. Ceder à força é algo
necessário, quando para salvar a própria vida; não é voluntário, mas um ato de prudência. O
direito do mais forte se degenera quando a força é cessada, esse não pode ser o princípio de um
Estado. Rousseau afirma que “a força não faz o direito e que só é obrigado a obedecer aos
poderes legítimos” (ROUSSEAU, 1999b, p.60).

A constituição de um povo pressupõe que todos os homens concordem com a formação desse
povo, é preciso que seja unânime, já que “o todo menos uma parte não é o todo” (ROUSSEAU,
1999b, 106). Assim “A lei da pluralidade dos sufrágios é, ela própria, a instituição de uma
convenção e supõe, ao menos por uma vez, a unanimidade.” (ROUSSEAU, 1999b, p.68). No
Estado “onde os membros são naturalmente iguais, apenas a convenção pode fundamentar a
autoridade política.” (ROUSSEAU, 1996, p. 22).

3.5. Charles de Montesquieu (1689 -1755)

Charles de Montesquieu nasceu na França.

A sua obra principal de política é «Espírito das leis». Ele nesta obra mostra que não há nenhum
ser que não tenha leis. Todo e qualquer um possui leis. E entre estas leis existe uma divisão.
Segundo Montesquieu as leis são divididas em duas partes: leis da natureza e leis positivas.

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3.5.1. Leis da natureza

São aquelas que naturalmente existem em nós, não foram fruto da nossa produção. São as
seguintes:

 Igualdade de todos os seres inferiores;


 Procura de alimentação;
 Encanto entre seres de sexo diferente;
 Desejo de viver em sociedade.
3.5.2. Leis positivas

São aquelas que foram elaboradas pelo Homem e para o próprio Homem.

São as seguintes:

 Direito dos gentios - este direito baseia-se no princípio de que as diversas nações devem
fazer umas às outras, na paz, o maior bem e, a guerra o menor mal possível, sem
prejudicar os seus verdadeiros interesses.
 Direito político - É a lei que regula o relacionamento entre os que governam e os que são
governados.
 Direito civil – É o conjunto de regras que regulam o relacionamento entre os cidadãos.
3.5.3. Separação dos poderes

Mas o mérito de Montesquieu foi de ter dado o contributo nas actuais políticas. Sabe a que me
refiro, caro aluno? A separação dos poderes, foi a ideia política de Montesquieu. Antes os
poderes eram centralizados.

Como fez a tal separação? Montesquieu separou os poderes em três:

 Poder legislativo - que tem a missão de estabelecer as leis (são os parlamentos).


 Poder executivo – tem a missão implementar as leis (é o governo).
 Poder judicial - com a função de julgar aqueles que violam as leis.

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3.6. Conclusão do grupo

Os três filósofos contratualistas, todos eles da Idade Moderna.

São Chamados contratualistas porque na concepção deles para termos Estado numa sociedade os
cidadãos estabelecem um contrato entre eles. Por isso para se estabelecer esse contrato os
cidadãos devem sair da condição natural em que se encontravam (Estado natural) e assumirem
certos compromissos para si mesmos e para a sociedade. Portanto, esses filósofos são Hobbes,
Locke e Rousseau.

 Para Hobbes, o contracto surge quando o Homem abandona a sua condição de ter direitos
ilimitados sem no entanto ter nenhum dever; quando sai duma sociedade de Guerra de
todos contra todos e passa a delegar esses seus direitos ilimitados a um único soberano.
 Para Locke o contracto surge quando o homem delega os direitos a vida, a saúde
propriedade a comunidade. Em Locke os direitos são limitados.
 Para Rousseau o contracto surge `a medida em que o Homem sai da sua condição
degenerada por corrupção de valores, quando ele recupera os valores corrompidos através
da educação, a moral passando a não ser simples indivíduo, mas um cidadão em é súbdito
e legislador ao mesmo tempo.

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4. Conclusão

Maquiavel na sua obra «o Príncipe» desenha uma política que serve para um povo ou Estado que
está sendo ameaçada pelos invasores, e para este Estado é preciso o uso da força.

Montesquieu na sua política, verificou o despotismo vigente nos Estados do seu tempo. A partir
daí ele começa a dar a iniciativa que para evitar o absolutismo e o despotismo considerou ser
necessário que os poderes estejam separados. Assim, ele separou-os em legislativo, executivo e
judicial.

Pode-se pensar que a lei impede o homem de exercer sua liberdade, mas não é bem assim. Perder
a liberdade é deixar de fazer algo que é de sua vontade para fazer a vontade de outrem, como já
fora mencionado. Como o objectivo de Rousseau é encontrar o fundamento do estado civil, onde
a liberdade é preservada, é necessário que haja uma lei em que o homem continue a ser livre.

As leis, portanto, têm que ser expressão da vontade do homem, vontade do corpo político.
Quando se cumpre a lei não se faz mais do que sua própria vontade.

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5. Referências bibliográficas

KRITSCH, Raquel (2002), Soberania: a construção de um conceito. São Paulo, Imprensa Oficial
do Estado.

MCEVEDY, Colin (2007), Atlas de História Medieval. São Paulo, Companhia das Letras.

PINTO DE ANDRADE,Mario, Origens do Nacionalismo Africano, Lisboa, Publicacoes D.


Quixote, 1997

ROMANO, Roberto (2006), “O paradigma totalitário”, Cult, edição 99.

REVISTA CIÊNCIAS HUMANAS, UNITAU. Volume 1, número 1, 2009. Disponível em


http://www.unitau.br/revistahumanas.

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