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MINISTÉRIO DA ECONOMIA E PLANEAMENTO
PROPOSTA DE
Memorando ZONAS FRANCAS
PARA A
PROVÍNCIA DE CABINDA
24 de Maio de 2022
Índice
I. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
II. CONTEXTO DA PROVÍNCIA DE CABINDA..................................................................4
III. POSSÍVEIS CENÁRIOS DE ZONAS FRANCAS PARA CABINDA................................6
IV. ANÁLISE DAS PROPOSTAS DE ZONAS FRANCAS......................................................7
V. CONCLUSÃO....................................................................................................................13
ANEXOS..................................................................................................................................14
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I. INTRODUÇÃO
3. Como resultado das diferentes sessões de trabalho, foram identificados como objetivos
principais a serem alcançados, os seguintes:
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II. CONTEXTO DA PROVÍNCIA DE CABINDA
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produção dos principais produtos, conforme dados do Governo Provincial de Cabinda
(Figura 2).
12. Cabinda está situada numa zona estratégica, sendo um enclave na costa ocidental de
África que faz fronteira com a República do Congo e com a República Democrática do
Congo, representando um potencial de cerca de 100 milhões de consumidores.
13. Por outro lado, posiciona-se como uma base logística para o comércio regional, sendo o
ponto de partida para diferentes regiões, sendo de destacar a sua ligação ao Porto de
Ponta Negra.
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III. POSSÍVEIS CENÁRIOS DE ZONAS FRANCAS PARA CABINDA
14. Com base no alinhamento do Governo Provincial de Cabinda e dos empresários locais,
foi identificada a possibilidade de criação de duas zonas francas em Cabinda, servindo
objectivos de desenvolvimento diferenciados.
15. Cada uma das zonas francas propostas apresenta características estruturais
diferenciadas, que impactam a economia local numa perspetiva produtiva e de
exportação para os mercados regionais.
16. A proposta de Zona Franca do Caio beneficiará de uma área de localização privilegiada,
junto ao Porto de Águas Profundas do Caio, com um nível muito elevado de
infraestruturação e de condições de funcionamento para a selecção e a atracção dos
melhores projectos. É concebível que com a construção do Porto de Águas Profundas
do Caio, o corredor de Cabinda/Sul possa ser a melhor ligação por mar para as duas
grandes metrópoles de Kinshasa e Brazzaville.
19. Por outro lado, a Zona Franca de Cacongo terá uma vocação estrita de promoção e
desenvolvimento da agroindústria na província de Cabinda, sendo idealmente uma
infraestrutura para alavancar o grande potencial da Província, e particularmente dos
municípios de Cacongo, Buco Zau e Belize. Para a decisão de localização desta
infraestrutura, no entroncamento de Bitchequete, foi fundamental a situação
geográfica de relativa equidistância aos principais centros de produção, à fronteira de
Massabi e ao Porto de Águas Profundas do Caio.
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além da criação de zonas francas, que seja criado para todo o território da província de
Cabinda um conjunto de benefícios fiscais e aduaneiros específicos.
23. Um terceiro cenário possível seria a revisão do Regime Especial Aduaneiro, Portuário e
de Transmissão de Bens, consubstanciando-se numa efectiva e relevante redução carga
fiscal e de direitos aduaneiros. Perspectiva-se que a “Região Franca de Cabinda” seja
uma medida diferenciadora, promotora do desenvolvimento para todo o território da
Província, atenuando as assimetrias ainda existentes.
24. Um quarto e último cenário seria converter toda a província de Cabinda numa zona
franca, criando uma Sociedade de Desenvolvimento/Gestão da Zona Franca totalmente
pública para o efeito e fazendo do Governador de Cabinda no gestor da Sociedade.
26. Foi apresentada, como sugestão dos intervenientes locais, a constituição de duas zonas,
sendo de destacar os aspectos que se seguem:
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do Congo, República do Congo, Gabão e Zâmbia. De forma geral, a zona da
Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) apresenta um
potencial de importações de USD 160 mil milhões, dos quais:
29. No que respeita à procura dos países da SADC, verifica-se que a Província apresenta
maturidade limitada para exportar todos os potenciais produtos, verificando-se no
curto- prazo potencial para a exportação de combustíveis, considerando os projectos da
Refinaria de Cabinda e a actividade corrente de exportação desse mesmo produto.
30. Adicionalmente, o modelo de zonas francas portuárias, é uma práctica comum e com
sucessos reconhecidos a nível mundial, sendo de destacar os exemplos da Zona Franca
do Panamá (Colon), das Maurícias e de Marrocos (Tanger), considerando o seu papel
de elevada importância na logística marítima regional e internacional.
32. Para o sucesso da Zona Franca de Cacongo identificam-se desafios no que respeita à
capacidade de aumento de escala da produção local, que é maioritariamente artesanal e
virada primariamente para o mercado local.
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34. As perspectivas de desenvolvimento agrícola, para sustentar a futura zona franca, são
suportadas por perspectivas de investimento não consolidadas, criando um factor de
incerteza sobre a capacidade de sourcing das futuras unidades industriais a serem
implementadas.
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Figura 5: Vantagens e desvantagens dos modelos de zona franca escolhidos
Figura 6: Factores críticos de sucesso dos possíveis cenários de zonas francas para Cabinda
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39. Das duas opções de zona franca, considera-se que a Zona Franca do Porto Caio
apresenta maior viabilidade no curto prazo, considerando os investimentos realizados e
os factores críticos de sucessos endereçados, nomeadamente no que respeita à
existência de infraestruturas de suporte, capital humano qualificado e a existência de
projectos âncora na Província, sendo de realçar a peritagem acumulada do Porto de
Cabinda.
42. Apresenta como desvantagem, tendo em conta á actual Lei das Zonas Francas, estipular
que a Zona Franca é gerida por uma Entidade Gestora.
43. A proposta de um novo regime, apelidado de Região Franca, é uma política especial e
emergencial de ajuda à dinamização da região que, contudo, não deve inviabilizar a
transformação estrutural do contexto de mercado e da economia da região, de modo a
torná-la mais competitiva e sustentável, apresentamos os benefícios.
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44. No que respeita ao Modelo de Relação, a proposta passa pela consideração de um
Modelo Privado, ou Público-Privado, com a criação de uma Entidade Gestora
denominada Sociedade de Desenvolvimento da Zona Franca de Cabinda.
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V. CONCLUSÃO
45. Este memorando traz uma abordagem de geometria variável na eventual decisão de se
fazer de Cabinda uma zona de produção e exportação competitiva.
47. Deste modo, a revisão do Estatuto Especial da Província de Cabinda para um regime
equiparado a uma zona franca, de facto, seria o mais coerente e financeira e
humanamente menos oneroso, pois as fronteiras terrestres e aduaneiras já estão criadas
e em funcionamento. Este cenário envolveria porém um processo de aprovação junto
da Assembleia Nacional.
48. Uma segunda melhor opção e menos ambiciosa seria a criação de duas zonas francas
delimitadas na Província, servindo objectivos de desenvolvimento diferenciados e a
constituição de uma Entidade Gestora denominada Sociedade de Desenvolvimento da
Zona Franca de Cabinda, sendo que a mais simples de se materializar a curto prazo
seria a Zona Franca de Caio, uma vez que a área já está delimitada e com uma relativa
integridade do espaço.
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ANEXOS
Principais Impactos
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Proposta de regime para a futura região franca de cabinda e as zonas francas
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Casos de Estudo
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