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Unidade III
5 TECNOLOGIAS EMERGENTES E GESTÃO DO CONHECIMENTO
Depois, trataremos de forma rápida e direta das tecnologias como computação em nuvem,
internet das coisas (conhecida como Internet of Things – IoT), realidade aumentada e realidade virtual.
Encerraremos o tópico apresentando a gestão do conhecimento como crítica para o sucesso das
estratégias empresariais.
Embora o termo pareça o mais atual possível na sociedade, a inteligência artificial se faz presente
há muitos anos nos filmes de ficção científica e no imaginário das pessoas. É impossível não lembrar
as cenas em que vemos máquinas inteligentes em longas como: A.I. – Inteligência Artificial, a trilogia
Matrix, Controle Absoluto etc.
Segundo Stair e Reynolds (2015), o termo inteligência artificial (IA) foi proposto inicialmente ainda
na década de 1950 em uma conferência de computação no Dartmouth College, quando o Professor
John McCarthy descreveu IA como um conjunto de recursos computacionais capazes imitar os cérebros
das pessoas. As discussões na conferência apontavam para um futuro muito próximo em que os
computadores seriam “inteligentes”.
Portanto, podemos dizer que a IA é todo arcabouço de sistemas computacionais capazes de simular
e/ou duplicar as funções de um cérebro humano e os comportamentos e padrões humanos. Eles
envolvem pessoas, procedimentos, software, dados e conhecimentos necessários a fim de desenvolver
sistemas computacionais e máquinas que demonstram características inteligentes.
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Unidade III
• efetuar a resolução de problemas ainda que muitas informações e dados estejam ausentes do
contexto analisado;
• ter a capacidade de reagir de forma rápida, precisa e correta ao se deparar com uma situação ou
contexto inusitado;
• interpretar os mais diversos tipos de imagens e símbolos estáticos e dinâmicos, como se fosse um
sistema perceptivo;
Matarić (2014) menciona que a robótica também é conhecida como o estudo da capacidade que os
robôs têm de “sentir” e “agir” autônoma e intencionalmente no mundo real. Assim, uma máquina que é
apenas teleoperada, mas não possui autonomia, não é de fato um robô.
Observação
Um robô “sente”, ou seja, tem a sua percepção por meio dos sensores.
Saiba mais
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
São componentes de um robô: corpo físico, sensores, atuadores e efetuadores, além do controlador.
A figura 39 apresenta esses componentes.
S
A
C
A A
Legenda:
- Atuador
- Controlador
- Sensor
Outro ramo de IA é conjunto de tecnologias de sistemas de visão. Ele é formado por hardware e
software que permitem captura, armazenamento e manipulação de imagens por parte de um sistema
computacional. Esses sistemas são essenciais para o crescimento e desenvolvimento da Indústria 4.0,
ajudando na captação de dados não estruturados.
As redes neurais são tecnologias computacionais que permitem a resolução de problemas de forma
parecida com o funcionamento de um cérebro humano. Elas são utilizadas para resolver problemas
complexos, com o uso de grande quantidade de dados, por meio do aprendizado de padrões e modelos.
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Unidade III
O sistema de lógica difusa é uma interessante tecnologia que utiliza regras próprias para tarefas
envolvendo imprecisões, descrevendo um processo de modo linguístico e depois representando por meio
de regras. A figura 40 apresenta um exemplo de Laudon e Laudon (2013) de um sistema de lógica difusa
utilizado a fim de representar temperaturas a um sistema computacional que controla a temperatura de
uma sala. Nela a medição da temperatura está feita em graus Fahrenheit.
Normal
Frio Fresco Morno Quente
1
0,7
0,5
0,3
0 10 40 50 60 70 80 85 90 100 128
Temperatura
Os algoritmos genéticos são tecnologias que operam por meio de sistemas com soluções ideais para
um determinado problema, no qual o fundamento encontra-se em métodos inspirados na biologia
evolucionária, mutações e cruzamentos.
O machine learning é um conjunto de tecnologias que operam por meio de algoritmos que
processam enormes quantidades de dados. Elas permitem que um determinado sistema tome decisões
de forma autônoma.
Como último tipo de ramo da IA, temos os sistemas especialistas. Eles são sistemas computacionais
capazes de se comportar como um especialista humano, ou seja, trabalham especificamente em um
domínio de conhecimento por meio de um conjunto de regras baseado em software. A figura 41
apresenta os componentes de um sistema especialista.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Instalações para
a compra de
Base de uma base de Interface do
conhecimentos conhecimentos usuário
Especialistas Usuário
Seus modelos de serviços são: infraestrutura como um serviço; plataforma como um serviço;
software como um serviço.
Nas soluções de IaaS, percebe-se que os clientes do serviço implementam as soluções suportadas
por um hardware físico controlado por uma organização terceirizada, denominada de provedor de
serviços. Assim, os fatores escalabilidade, configurações e manutenção tornam-se gestão direta
do provedor de serviços que tem o objetivo de preservar a qualidade e o alinhamento com o negócio.
As funções e operações que, outrora eram administradas pela própria organização, passaram a ser
(como uma IaaS) gerenciadas pelo provedor de serviços na nuvem são: armazenamento, corretor de nuvem,
recursos de hardware, gerenciamento de serviços, processos de backup e rede de fornecimento de conteúdo.
A plataforma como serviço (Platform as a Service – PaaS) é uma tecnologia em nuvem entregue por
provedores de serviços para o desenvolvimento de software. Ela comporta uma rede de servidores com
capacidade de memória, armazenamento, sistema operacional, além de serviços de middleware e BI.
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Unidade III
Organização
Internet
Datacenter
Aplicações Dados
Provedor 1 Datacenter
Aplicações Dados
Provedor 2
As soluções em PaaS fazem com que as empresas não tirem a sua atenção das aplicações, de
forma que as tecnologias suportem a criação de um ambiente com serviços prontos e disponíveis
de forma on demand.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
De maneira diferente da infraestrutura mais tradicional, o uso do SaaS estabelece que todos os
requisitos de negócios sejam geridos pelo provedor de serviços. Eles incluem: rede, armazenamento,
servidores, virtualização, sistema operacional, middleware, runtime, dados e a própria aplicação
propriamente dita.
SO SO SO SO
On‑premises SaaS
Responsabilidade do IaaS PaaS Responsabilidade do
cliente provedor
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Unidade III
Saiba mais
O one drive da Microsoft® e o Google Drive são exemplos de utilização de soluções em nuvem, que
permitem o armazenamento de arquivos diretamente na nuvem (via internet). O recurso do Google
Drive pode ser visto na figura 44.
Figura 44
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A internet das coisas (Internet of Things – IoT) é um conjunto de tecnologias que proporciona a
conexão de diversos elementos, tais como eletrodomésticos, serviços, automóveis, fazendas, fábricas e
até animais à internet, em vista do aprimoramento das tarefas executadas pelas pessoas.
Por meio da IoT, os componentes (ou coisas) são conectados à rede de comunicação de dados,
ligando-se por meio de um conjunto de regras (protocolos) e compartilhando dados nos mais variados
ambientes, utilizando dispositivos de redes e de telecomunicações.
Lembrete
O Big Data é outra tecnologia emergente que tem sido crítica para a transformação tecnológica
dos negócios. Ela originou-se da percepção estratégica dos dados nas organizações e do surgimento
da cultura data driven, que levou as organizações a terem os seus processos decisórios totalmente
baseados e dirigidos por dados.
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Unidade III
A ideia principal do Big Data é apresentar um conjunto de ferramentas que permitam a análise de
grandes massas de dados, de forma a criar valor para o negócio. Para que isso ocorra, encontramos
o Big Data associado à inteligência analítica e ao uso de técnicos estatísticas, matemáticas, além de
modelos preditivos e do machine learning.
O Big Data opera a partir de uma série de tecnologias que são capazes de coletar, armazenar
e processar em uma grande velocidade o equivalente a quantidades enormes de massas de dados,
disponibilizando-as para a análise. São exemplos dessas tecnologias: hadoop, spark, data lakes, soluções
de análise preditiva, visual analytics, processamento de linguagem natural, entre outras.
As bases do Big Data são: volume (gerado pela troca de dados dos CPSs), velocidade (na geração
de dados e informações), variedade (diversidade de dados, diferentes fontes), veracidade (integridade e
confiabilidade dos dados) e valor (ações que podem gerar valor).
A realidade virtual (RV) é uma tecnologia que permite uma experiência de imersão em um mundo
virtual em substituição ao mundo físico. Isto se dá por meio de dispositivos de realidade virtual pelos
quais os usuários são transportados para outros ambientes virtuais. O objetivo da RV é “retirar” a
percepção que as pessoas têm do mundo real, fazendo com que elas “experimentem” ou se sintam no
ambiente virtual.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Para bem compreender a RV, precisamos definir dois fundamentais relativos: imersão e presença.
A imersão (conceito mais objetivo) está relacionada à entrega ao usuário da ilusão de uma realidade
diferente da presenciada no momento. A presença (conceito mais subjetivo) está relacionada ao estado
de consciência psicológica do usuário sobre o ambiente virtual.
Saindo um pouco de RV e chegando à realidade aumentada (RA), observamos outro tipo de experiência
proporcionada ao usuário. Na RA ocorre expansão do mundo físico por meio de camadas de informações
digitais que vão sendo adicionados. O objetivo dela é proporcionar ao usuário a interação com os
elementos virtuais e relacionados ao espaço físico real, mesmo estando no ambiente virtual.
Dimensão do espaço
Local Remoto
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Unidade III
Partindo para outra tipologia, classificamos a RA quanto à direção de visualização (visada direta/visada
indireta) e ao controle da visualização (acoplado à cabeça, acoplado à mão e ponto fixado no ambiente).
Saiba mais
5.2.1 Conhecimento
Podemos afirmar com certeza nos dias de hoje que o conhecimento é um dos ativos mais estratégicos
para as organizações. Ele é obtido a partir da compreensão e consciência do valor agregado de um
conjunto de informações e à maneira da utilização.
Lembrete
De forma geral, podemos classificar o conhecimento em pelo menos cinco formas: conhecimento
científico, conhecimento filosófico, conhecimento intuitivo, conhecimento teológico e conhecimento
popular. Essas classificações apresentam o conhecimento em perspectivas diferentes e de certo modo
complementares, sem sobrepor uma a outra na sua importância.
O conhecimento científico é aquele obtido por meio de processos e métodos sobre coisas e fatos,
sempre baseando-se na realidade e comprovado através da ciência. Trata-se de um conhecimento
verificável e trabalhado de forma sistemática por especialistas.
100
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Já o conhecimento filosófico é direcionado para a condição humana e sua existência. Este tipo de
conhecimento trata de questões imensuráveis sobre a natureza humana e da vida, a partir de reflexões
e um pensamento crítico de forma lógica e racional.
Partindo agora para o conhecimento intuitivo, observamos que ele tem o seu processo totalmente
baseado em fatores subjetivos e na percepção pessoal dos indivíduos. Desta forma, por meio da intuição,
ele é obtido sem necessariamente fazer uso da razão e muitas vezes de forma assistemática.
Por último, temos o conhecimento popular, também chamado de conhecimento empírico. Ele é
transmitido através das gerações e tradições e de forma geral não se fundamenta em processos
metodológicos para a sua obtenção. É ainda considerado assistemático.
Além das classificações apresentadas, Nonaka e Takeuchi (2008) mencionam a existência de dois
tipos de conhecimento, que são: tácito e o explícito. Para eles, independentemente de qual seja o tipo de
conhecimento, é sempre possível obter vantagem competitiva e entregar resultados estratégicos para as
organizações conseguirem atingir muitos dos seus objetivos.
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Unidade III
Saiba mais
O conhecimento é um ativo estratégico que precisa ser bem gerenciado, de forma a agregar valor
aos negócios. Definimos a gestão do conhecimento como o conjunto de práticas e processos utilizados
para criar, armazenar, compartilhar e utilizar o saber nas organizações.
Observação
Diante deste contexto da gestão conhecimento, é importante perceber os papéis dos indivíduos
(funcionários e colaboradores da empresa), dos grupos e da organização (empresa) como um todo.
Comecemos pelos indivíduos, mencionando que eles são, por excelência, os grandes criadores do
conhecimento e tudo começa neles e é cristalizado nos grupos ou equipes que eles participam.
102
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Para vencer esses e outros desafios, é necessário que sejam estabelecidos nas organizações
fatores que promovam as condições para criação do conhecimento. Nonaka e Takeuchi (2008)
mencionam a existência de pelo menos cinco fatores, chamados também de condições promotoras
do conhecimento. São eles:
• Intenção: remete-nos à necessidade de uma intenção por parte da alta direção, e em boa parte
do ambiente organizacional, de trabalhar as questões voltadas para o conhecimento.
• Autonomia: relaciona-se à forma autônoma que as pessoas precisam ter quando executarem os
processos de criação do conhecimento, alinhados às políticas da organização.
Exemplo de aplicação
Existem diversos desafios que circundam a gestão do conhecimento, especificamente no seu ambiente
de trabalho ou em algum outro em que você esteve anteriormente. É possível mapear alguns deles?
A conversão do conhecimento foi idealizada por Nonaka e Takeuchi (1997) como o modelo de uma
espiral de conhecimento. Ele apresenta o processo de conversão por meio de quatro modos: socialização,
externalização, combinação e internalização. A figura 47 apresenta este modelo.
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Unidade III
Externalização
A
I Exp
to I I líci
T áci to
O I G I
I I
I
A A
G
Combinação
Socialização
I I G O G
G
O
G
Tá I to
cit
o p líci I = Indivíduo
Ex
G = Grupo
A O = Organização
A = Ambiente
Internalização
Conforme visto na figura 47, a combinação na espiral do conhecimento ocorre por meio dos grupos
(equipes) de indivíduos que fazem as combinações utilizando reuniões e conversas e procedendo à
reconfiguração da informação existente. Integram o processo de reconfiguração: separação, adição
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Saiba mais
Condições promotoras:
- Intenção
- Autonomia
- Flutuação/caos criativo
- Redundância
Conhecimento tácito Conhecimento explícito
na organização - Variedade requisito na organização
Socialização Externalização Combinação
Compartilhamento
do conhecimento Criação de Justificação de Construção de Nivelação do
tácito conceitos conceitos um arquétipo conhecimento
Internalização
Mercado
A segunda fase é a criação de conceitos, que guarda grande semelhança com a externalização
(modo de conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito). É nela que os conceitos
começam a ser organizados e estruturados. Aqui, os fatores variedade e redundância ganham
significativa importância, provocando a criação do maior número possível de conceitos.
A terceira fase é conhecida como justificação de conceitos. Nela os conceitos estabelecidos na fase
anterior são analisados, verificando-se as redundâncias construídas na fase anterior e estabelecendo-se
as explicações e justificativas para tudo que foi estruturado.
Passe-se, então, para a quarta fase, que é a construção do arquétipo, na qual os conceitos
justificados da fase anterior são combinados para favorecer a criação de um arquétipo (modelo/padrão).
Observe que ela possui grande semelhança com o modo de conversão combinação (transformação do
conhecimento tácito em tácito).
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Saiba mais
Com a finalidade de obter mais detalhes sobre o modelo das cinco fases,
leia o terceiro capítulo do seguinte livro:
Para que este modelo seja exequível, é necessário que na organização exista um conjunto de
capacitadores, também chamado de habilitadores, da criação do conhecimento. Krogh, Ichijo e
Nonaka (2001) afirmam que esses capacitadores são: instilar a visão do conhecimento, gerenciar
as conversas, mobilizar os ativistas do conhecimento, criar um contexto adequado e globalizar o
conhecimento local.
O segundo capacitador é conhecido como gerenciar conversas. A ideia aqui é valorizar as conversas
que favorecem a criação de novas realidades e do conhecimento. A adequada gestão precisa nortear as
conversas com: estímulo da participação ativa, definição de regras de etiqueta para as conversas, edição
de conversas de forma apropriada e fomento da linguagem inovadora (CARVALHO, 2012).
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Unidade III
Podemos dizer que o sistema operacional não é apenas um programa, mas o conjunto responsável
por controlar o hardware do computador, nas tarefas de entrada e saída de dados, além da armazenagem
de programas e de dados, comportando-se como uma interface entre os softwares de aplicação e o
hardware, conforme ilustrado na figura 49.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Processadores de textos
Software de Planilhas eletrônicas
aplicação Geradores de apresentação
Memórias
Processador
Hardware
Dispositivos de entrada e saída
O sistema operacional mais utilizado e conhecido para ambiente desktop é o Windows®, desenvolvido
pela empresa Microsoft®. Ele teve ao longo de sua história diversas versões e está presente no cotidiano
de quem trabalha com computadores e notebooks.
Observação
Quando ligamos um computador, iniciamos o processo de boot (termo em inglês que significa
iniciação). Neste momento ocorrem verificação e testes nos sistemas de hardware, para logo depois
acontecer a iniciação do sistema operacional. A partir de então, ele começa a exercer as suas funções e
(dependendo do sistema operacional) a solicitar primeiro uma senha ou um PIN, que nada mais é que
um número de identificação pessoal do usuário.
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Unidade III
Observação
A fim de descobrir informações sobre o sistema operacional, é necessário acessar o Painel de Controle.
Para encontrá-lo, basta ir até o botão iniciar e ao lado digitar “painel de controle”, que será aberto um
conjunto de configurações importantes do computador, conforme figura 51.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Botão iniciar
Na figura 52, encontramos o Painel de Controle do computador com destaque para opção de
configurações de Sistema e Segurança.
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Unidade III
É possível na opção de Sistema e Segurança encontrarmos o item Sistema, conforme figura 53.
Em Sistema, temos acesso a algumas informações do sistema operacional utilizadas por este
computador, conforme pode ser visto na figura 54.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Diversas outras opções e ferramentas são oferecidas pelos sistemas operacionais, de forma que
as aplicações consigam auxiliar os usuários em suas atividades. Entre elas, podemos citar: desinstalar
programas, backup e restauração, opções de configurações de energia, adição e remoção de dispositivos
etc. Praticamente todas essas ações podem ser encontradas no Painel de Controle.
Por meio dela, verificamos desempenho e consumo de CPU (processador), memória, disco e GPU
(processador apenas para mostrar gráficos no computador), além de verificar os aplicativos que mais
utilizam cada recurso de hardware.
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Unidade III
Existem diversas aplicações que são utilizadas pelos usuários. É bem comum o uso de softwares que
auxiliam tarefas de escritório, como planilhas eletrônicas, editores de texto, geradores de apresentação
e softwares destinados ao controle de e-mails e compromissos.
Outro tipo de aplicação muito utilizado é o dos navegadores de conteúdo da internet. Eles são
conhecidos como Browser. Os mais conhecidos são: Internet Explorer, Microsoft Edge, Google Chrome,
Opera, Safari, Dolphin, Vivaldi etc.
Entre os mencionados, o destaque vai para o Google Chrome, que teve a sua primeira versão
comercializada em 2008, alcançando grande penetração no mercado em pouco mais de quatro anos. Ele é
um dos browsers mais utilizados no mundo e deixou para trás o tradicional navegador da Microsoft®,
Internet Explorer.
Lançado na década de 1990 pela Microsoft®, o Internet Explorer teve a sua versão 11, considerada a
última, descontinuada quando do lançamento do Microsoft Edge, juntamente à versão 10 do sistema
operacional Windows®. Ele já foi o browser mais utilizado, mas terminou perdendo espaço para outros
mais modernos. A interface do Internet Explorer pode ser vista na figura 57.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Depois de muitos anos oferecendo o Internet Explorer como o browser padrão, a Microsoft® lançou
em 2015 o Edge, que pode ser utilizado nas mais diversas plataformas desktop e mobile. Comparando o
Edge com o Chrome, encontramos vantagens e desvantagens para todos os lados, fazendo com que os
dois sejam amplamente usados atualmente. A interface do Microsoft Edge pode ser vista na figura 58.
No decorrer da apresentação dos nossos conteúdos, utilizaremos o Chrome, devido ao fato de ele
ter uma boa usabilidade e ser bem conhecido pelo público em geral. Assim, iniciaremos apresentando
a interface do navegador na figura 59, na qual encontramos uma seta apontando para a barra de
endereço, onde normalmente digitamos a página da internet que desejamos navegar.
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Unidade III
O Chrome é totalmente integrado ao buscador Google, por padrão. Desta forma, quando digitamos
qualquer palavra na barra de endereços, teremos como resposta uma busca feita diretamente no
Google (buscador).
Em vez de digitar um endereço válido da internet, é possível digitar uma palavra qualquer ou um
conjunto delas e automaticamente o navegador entenderá que você deseja fazer uma pesquisa no
site do Google.
Observação
A fim exemplificar o que mencionamos, a figura 60 apresenta uma pesquisa do conjunto de palavras
“maravilhas do mundo”. Os resultados foram obtidos através da pesquisa do buscador do Google.
Os buscadores são fundamentais para a navegação na internet. É por meio deles que encontramos os
conteúdos desejados. Por isso é importante saber como utilizá-los. Vamos tomar como exemplo o Google.
Para fazer uma busca nele, devemos digitar a palavra ou o conjunto delas e os resultados aparecerão.
No entanto, é do conhecimento de poucos a possibilidade de buscas avançadas, que ajudam a refinar
mais as buscas efetuadas pelo usuário.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Uma dessas formas avançadas se dá com a utilização de aspas quando queremos encontrar na web
frases ou conjunto de palavras semelhantes aqueles digitados no buscador ou na barra de endereço do
Chrome. A figura 61 exibirá uma pesquisa com a frase “aumento do produto interno bruto” e a resposta
obtida no buscador foi um conjunto de páginas da web contendo a frase tal qual foi digitada.
Há ainda as seguintes formas de pesquisas avançadas: utilização de asteriscos e aspas, uso de sinais
de subtração, pesquisas avançadas em um site, entre outras.
Se quisermos uma frase parcialmente íntegra em sites da web, podemos digitar a mesma frase
entre aspas no buscador e colocar o asterisco em algum trecho. Por exemplo, ao pesquisar a frase “O *
é o melhor hospital do Brasil” teremos como resultado todas as páginas da web com a frase citada e o
asterisco substituído por qualquer palavra. A figura 62 apresenta esta ideia.
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Unidade III
Por meio do uso do sinal de subtração é possível fazer uma pesquisa com o objetivo de desconsiderar
totalmente os resultados que tragam uma palavra. Para isso, basta apenas acrescentar nos parâmetros
da pesquisa a palavra que deseja excluir e um sinal de subtração imediatamente antes e “grudado” a ela.
Por exemplo, ao querer encontrar uma agência bancária que não seja em Recife, mas esteja no estado de
Pernambuco, basta digitar: agências bancárias em Pernambuco -Recife. A figura 63 apresenta esta ideia.
118
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Também é possível efetuar uma filtragem daquilo que se deseja pesquisar no buscador do Google.
Podemos filtrar pelos seguintes assuntos: shopping, imagens, notícias, maps, vídeos, livros, voos,
finanças, entre outros. A figura 64 apresenta as opções a seguir quando digitamos na busca as palavras
“carro do ano”.
Por padrão, sempre aparecerão todas as informações (shopping, imagens, notícias etc.), mas se,
por exemplo, você quiser ver ofertas de carro e digitar “carro do ano” escolhendo a opção shopping,
aparecerão ofertas e preços de carros, bem como links para ver cada informação. A figura 65 apresenta
essa ideia utilizando a opção shopping.
Saiba mais
Outra ferramenta bem interessante no Google é o Trends, que é uma palavra em inglês que significa
Tendências. O Google Trends apresenta por meio de gráficos e filtros a frequência em que determinados
termos e palavras são procurados no buscador. A figura 67 apresenta a tela principal do Google Trends.
120
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A figura 68 apresenta o resultado do termo “pandemia” exibido no Google Trends com um filtro dos
últimos 12 meses.
Muitas das tarefas que executávamos de forma manual e o uso de algumas ferramentas foram
gradativamente substituídos pela utilização de aplicativos em smartphones. Como exemplos, podemos
citar: despertadores, mapas, espelhos, livros, controle remoto, câmeras fotográficas, rádio, TV, bloco de
anotações, vídeo games, scanner, afinador de instrumentos musicais, lanterna, bussola, calculadora,
entre diversos outros.
Aplicativos que substituem essas e outras ferramentas podem ser encontrados diretamente nas lojas
de fornecedores como Google Play ou Apple Store, com os mais variados custos e atendendo a diversas
necessidades e gostos. Alguns deles já são até previamente instalados nos smartphones com o sistema
operacional e são facilmente utilizados pelos usuários. Para exemplificar, a figura 69 apresenta a tela
principal da Google Play Store.
Encontramos na Google Play Store Apps já instalados, jogos novos e atualizados, aplicativos
recomendados, novidades, produções nacionais, enfim uma série de facilidades de softwares disponíveis.
Caso seja necessária a instalação de um app, deve-se fazer uma busca na Google Play Store pelo
nome e depois simplesmente proceder com a instalação, praticamente de forma automática. Entre os
aplicativos mais utilizados estão: redes sociais e serviços de streaming e multimídia.
121
Unidade III
• Modelo de venda direta: o aplicativo é utilizado pelo usuário, que arca apenas com o custo
do download.
• Modelo de publicidade: os usuários não têm qualquer custo e a fonte de receita para o
proprietário do aplicativo se dá por meio das propagandas de empresas terceiras colocadas.
• Modelo assinatura: o usuário não paga pelo download, mas precisa pagar pela assinatura
mensal do serviço.
• Modelo de suporte ao negócio: o usuário utiliza o aplicativo sem custos e com o intuito de
complementar o serviço já prestado por uma organização.
Já mencionamos no primeiro tópico que a TI e os seus sistemas precisam ser bem gerenciados, sob
pena de não agregarem valor para os negócios. Comentamos também que no início do uso dos recursos
e tecnologias da informação nos negócios, por volta das décadas de 1960 e 1970, a TI era vista apenas
como um CPD e deveria ser gerenciada como tal.
122
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Lembrete
No processo evolutivo da TI, cada vez mais ela tem sido considerada um serviço. Assim, a maneira
de administrá-la muda radicalmente estabelecendo a necessidade de gerir os recursos tecnológicos
como um serviço, que consiste na execução de uma série de processos associados às habilidades
organizacionais, proporcionando o controle e a gestão adequada dos serviços de TI.
• compreensão completa dos serviços entregues pelo provedor de serviços ao cliente e uma clara
aceitação do escopo desses serviços;
Muitos são os desafios que se apresentam quando desejamos gerenciar a TI como um serviço.
O primeiro deles está relacionado às dificuldades no alinhamento estratégico entre a TI e o negócio, que
fazem com que a TI não agregue valor à organização. O segundo item reside nas adversidades com a
conjugação da gestão da demanda e da capacidade, provocando descontinuidades ou ociosidades
na prestação dos serviços de TI. Como terceiro obstáculo encontramos os impasses em gerenciar
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Unidade III
a estratégia de riscos associados aos serviços de TI. O quarto e último desafio está relacionado ao
caráter dinâmico da TI, que sofre mudanças quase que diárias, com o surgimento e desaparecimento
das tecnologias.
Ele foi criado na década de 1980, no Reino Unido, pela Agência Central de Computadores e
Comunicações, como um padrão para a administração da infraestrutura de Tecnologia da Informação
em departamentos e órgãos públicos.
• framework que pode ser utilizado em qualquer que seja a arquitetura e infraestrutura de TI;
• modelo adaptável e de simples adoção e adequado a organizações de qualquer ramo e tamanho;
• modelo que entrega um conjunto de práticas com alto grau de confiabilidade em administração
dos serviços de TI;
• framework totalmente alinhado às prescrições encontradas no conjunto de normas ISO 20000
que se relacionam à gestão de serviços de TI.
Em sua primeira versão, encontramos 31 livros que tratam de aspectos importantes da provisão de
serviços de TI com foco em planejamento e operação de infraestrutura. Essa versão também trouxe um
conjunto de processos voltados para a manutenção da infraestrutura de TI.
Em 2000 foi criada a segunda versão do ITIL®, com o modelo completamente reformulado e apenas
sete livros. Uma das características interessantes do ITIL® v2 era a forte aderência ao modelo PDCA e às
suas práticas de melhoria contínua em processos.
124
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Foi a partir da segunda versão que o ITIL® foi estabelecido para o gerenciamento de serviços de TI. No
entanto, o mercado de gestão de Tl considerava o conjunto de livros desta versão um pouco desligado
da realidade atual, levando os especialistas em TI a considerarem apenas para os livros de suporte ao
serviço e entrega de serviço.
Em 2007 foi lançada uma nova versão do ITIL®, a versão 3, contendo cinco livros abordando uma
visão completa dos processos do gerenciamento de serviços de TI. Chamamos essa visão de processos de
ciclo de vida do serviço. Em 2011, a mesma versão passou por alguns aprimoramentos, que ampliaram o
seu escopo, criando o ITIL® V3, edição 2011.
Chegando agora a 4ª versão, encontramos no ano de 2019 o modelo ITIL® 4, que é totalmente
aderente a tudo aquilo que é praticado no mercado em matéria de gestão de serviços de TI. Ela está
alinhada aos modelos Lean e Agile e trouxe como novidade as quatro dimensões do gerenciamento de
serviços e o sistema de valor de serviço (SVS).
Essas quatro dimensões do gerenciamento de serviços, segundo o ITIL® 4, são: organizações e pessoas,
informação e tecnologia, parceiros e fornecedores, além de fluxo de valor e processos. A figura 70
apresenta o modelo citado.
Fatores Fatores
políticos 1 2 econômicos
Organizações Informações
e pessoas e tecnologia
Produtos e
serviços
Fatores Fatores
ambientais Valor sociais
Fatores 3 4 Fatores
legais tecnológicos
Fatores
Cada dimensão é afetada
por múltiplos fatores
Os fatores externos são: fatores políticos, fatores econômicos, fatores sociais, fatores tecnológicos, fatores
legais, além de fatores ambientais. Cada um deles recebe maior ou menor importância, dependendo
do tamanho da empresa, localização geográfica e também do ramo de atuação. Por exemplo,
empresas do mercado financeiro sofrem, com toda certeza, grande influência de fatores econômicos.
Na figura 70 encontramos na parte central do modelo aquilo que entendemos como valor dos produtos
e serviços, observado a partir de cada uma das quatro dimensões.
125
Unidade III
O modelo ITIL® 4 também trouxe pela primeira vez a ideia SVS, composto de: princípios orientadores,
governança, cadeia de valor do serviço, práticas, além de melhoria contínua. Outro interessante detalhe
é a mudança da concepção de entrega de valor para cocriação de valor, trazido pelo framework, no
qual não somente o provedor de serviços de TI é importante na geração de valor, mas o consumidor de
serviços, por meio de parcerias.
6.2.4 Governança de TI
Afora a administração da TI, precisamos mencionar como ela é governada. Assim, compreendemos
a governança de TI como uma responsabilidade da alta direção da empresa na definição de papéis,
responsabilidades e estruturas para a área de TI, de forma a sustentar e estender as estratégias
organizacionais (ITGI, 2007).
Weill e Ross (2006) ainda mencionam que a governança de TI é a especificação de direitos de decisão
e de boas práticas que estimulam comportamentos desejáveis na utilização da TI. Assim, o governo de TI
comporta-se como uma ação decisória e importante para praticamente todas as empresas.
1. Aumento de
desempenho
da corporação
6. Limitações
da alta direção 2. Marcos
na tomada de regulatórios
decisão Motivadores
da governança
de TI
5. Caráter
integrativo 3. Segurança
inerente à TI da informação
4. Caráter
estratégico
da TI
126
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O quadro 16 apresenta um resumo da evolução do COBIT®, indo da primeira à última versão, com
lançamento em 2019.
Embora as versões 4.1 e 5 do COBIT® ainda sejam utilizadas pelo mercado, no ano de 2019, a
ISACA® lança uma nova versão do COBIT®, que agora não recebe mais um número, porém o ano de
lançamento do framework. Ou seja, não temos o COBIT 6, mas o COBIT® 2019.
• Direcionamentos voltados para os negócios: apresentado como uma ponte entre negócios e TI,
de forma a favorecer o alinhamento estratégico e o desdobramento dos objetivos da organização
para dentro da área de TI.
• Modelo integrado e único: agrega inúmeras boas práticas encontradas em outros frameworks,
apresentando-se como uma solução integradora de outros modelos.
127
Unidade III
• Avaliar tarefas executadas dentro e pela TI por meio de objetivos de gestão e governança
alinhados, permitindo a descoberta de fatores internos importantes, como forças e fraquezas,
bem como a implementação de melhorias que agregam valor aos negócios.
• Realizar processos comparativos envolvendo a organização que deseja implantar o COBIT® e outras
que já o utilizam como modelo de governança de TI.
• Alinhar, planejar e organizar: apresenta um conjunto de objetivos de gestão que cuida das
ações de planejamento e suporte da estratégia de TI e do relacionamento com as estratégias
da organização como um todo.
• Entregar, serviços e suporte: apresenta objetivos de gestão que tratam dos processos de entrega
e suporte dos serviços prestados pela TI para as áreas de negócio.
• Monitorar, avaliar e aferir: apresenta objetivos de gestão que cuidam da monitoração, avaliação
e aferição da performance da TI no que tange a muitos aspectos operacionais.
128
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Resumo
Por fim, citamos a gestão das tecnologias e dos sistemas como críticas
para o sucesso no uso da TI. Apresentamos, de forma rápida, modelos
como ITIL® para o gerenciamento de serviços de TI e o COBIT® para a
governança da TI.
129
Unidade III
Exercícios
Questão 1. A internet das coisas (IoT), sigla do inglês Internet of Things, é a tecnologia que possibilita
que objetos inanimados sejam conectados, armazenem informações e executem funções dos mais
diversos tipos por meio de comando remoto. Isso permite que eles sejam acessados por dispositivos
móveis (celulares, notebooks e tablets) ou por dispositivos fixos (desktops e máquinas) via internet. Ou
seja, a IoT é um conceito que define a conexão entre os objetos físicos e entre os objetos físicos e os
usuários. Nela usamos sensores e softwares, que são empregados na coleta e transmissão de dados e no
controle de aparelhos diversos por dispositivos móveis via internet.
B) Um roteador não é um exemplo de equipamento que pode ser usado pela IoT.
D) A IoT pode operar na mesma rede de internet usada pelas pessoas. Por isso, é possível enviar os dados
coletados por dispositivos conectados a ela para o armazenamento e o processamento em nuvem.
E) Embora a IoT tenha grande aplicação em ambientes domésticos e escritórios, ela tem pouca, ou
quase nenhuma, aplicação em ambientes industriais.
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a IoT não se restringe a ser uma forma mais econômica de acesso à internet. Trata-se
de um conceito que se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet e a uma rede de
objetos físicos capaz de reunir e transmitir dados.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o roteador é um equipamento que permite que a internet seja acessada por objetos
que têm a capacidade de transmitir e receber dados sem fio. Trata-se de um equipamento usado no
conceito da IoT.
130
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o conceito de internet das coisas foi proposto em 1999, por Kevin Ashton. A Arpanet
foi a primeira rede de computadores, construída em 1969, para transmitir dados militares e interligar os
departamentos de pesquisa dos Estados Unidos.
D) Alternativa correta.
Justificativa: a IoT é uma extensão da internet que possibilita que objetos das indústrias e do dia
a dia, que tenham capacidade computacional e de comunicação, conectem-se à internet. Os dados
coletados por dispositivos conectados à IoT podem ser armazenados e processados em nuvem.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a Indústria 4.0 é uma aplicação da IoT. A internet das coisas é a técnica que permite
conectar informações, em geral, de dispositivos na internet. Isso possibilita, no contexto da Indústria 4.0, a
interconexão de dados e sistemas, o que permite formar um sistema capaz de controlar uma planta
industrial.
Transformação digital precisa ser entendida como evolução digital pelas empresas
Figura 72
A transformação digital já deixou de ser somente ideia há alguns anos. Aliás, já deixou até de
ser novidade há algum tempo. O brasileiro gasta, em média, 3 horas e 39 minutos nas redes sociais
todos os dias, segundo relatório da We Are Social.
131
Unidade III
Apesar disso, ainda não são todas as empresas que conseguiram inserir com sucesso o
mindset de transformação digital em suas operações de negócios diárias. O grande desafio da
transformação digital é o menos tangível e, também, o mais complicado de vencer: a mentalidade
dos gestores na hora de aplicar os conceitos. Deve-se começar a pensar essa transformação
como evolução digital.
Aplicar a transformação digital não é opcional para as empresas que pretendem estar ativas
daqui a 5, 10 ou 20 anos. O mundo mudou, os hábitos das pessoas se adaptaram e, hoje, o digital
é parte da vida de todos.
Essa mudança é parte de um ciclo infinito. O ser humano sempre vai buscar soluções novas para
seus problemas e encontrar formas diferentes de conduzir sua vida.
Na prática, isso quer dizer que todas as áreas do cotidiano estão em constante mudança.
Primeiramente, essas mudanças são incrementais, depois, exponenciais. É do segundo caso que
surgem os fenômenos como a transformação digital.
Eles são avassaladores e sem volta: é adaptar-se ou sair de cena. E quem busca se fortalecer
no mercado precisa se adaptar mais rápido que nunca. Para isso, é vital dar atenção a problemas
como os descritos a seguir.
O primeiro problema que precisa ser resolvido vem de um entendimento distorcido do que
a transformação digital deve ser. Para muitas empresas, as pessoas precisam sair para dar lugar
às máquinas.
É verdade que, em tarefas manuais e repetitivas, como em linhas de montagem, isso faz todo
sentido. Mas não se trata de eliminar os seres humanos do processo produtivo inteiro e, sim, de
mudar onde eles atuarão e de que forma.
De nada adianta aplicar os sistemas tecnológicos mais eficazes se não houver pessoas
qualificadas para usá-los em uma estratégia que funciona.
Na mente de alguns gestores, é somente aplicar uma dose alta o suficiente de tecnologia na
empresa, por meio da adoção de sistemas e processos eletrônicos, para ver o crescimento aumentar
em ritmo acelerado.
132
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Mas, o que realmente faria o efeito desejado, é um programa de treinamento intensivo. Além
dos suplementos corretos, entra em cena o treino pesado, a alimentação regrada e o descanso
apropriado — e tudo isso depende mais do atleta que dos suplementos em si.
O mesmo vale para o ambiente dos negócios. Não se trata de substituir pessoas por máquinas
e sistemas avançados, mas de equipar e qualificar os colaboradores para que usem esses sistemas
da melhor maneira.
A segunda dificuldade das empresas é a cultura equivocada que ainda as permeia. A transformação
digital não favorece exclusivamente quem tem maior verba ou ferramentas mais novas. Aliás,
o mercado é tão dinâmico que novas ferramentas surgem a cada dia. Entrar nessa batalha é
praticamente uma guerra fria com a concorrência. Antes, o segredo está na cultura empresarial.
Enquanto muitas companhias se orgulham de difundir uma cultura digital, a verdade é que
nem todas compreendem o escopo real disso. Por exemplo, se a empresa não tem uma ideia clara
de como os clientes usam o mundo digital e de como pode se relacionar com eles nesses canais, é
pouco provável que ela tenha uma cultura digital tão forte quanto pensa.
Nesse sentido, não tem outra solução senão deixar para trás os conceitos superficiais e se
aprofundar na pesquisa sobre os clientes e o mercado em que atua. Somente assim será possível
mapear as reais oportunidades inexploradas e montar planos de ação práticos para dominar seu
respectivo segmento com força total no digital.
Não se trata de injetar tecnologia para implementar essa transformação e, sim, de mudar a
maneira como encaramos a relação dos humanos com essa tecnologia. Quando pensamos em
transformar algo, podemos imaginar um processo que tem começo, meio e fim. Mas a transformação
digital não é um evento pontual, e sim um esforço contínuo.
133
Unidade III
I – A transformação digital abrange aspectos que vão além do uso da tecnologia: devem ser
consideradas questões que envolvem, também, a gestão do conhecimento.
III – Empresas que têm verbas vultosas são sempre as mais favorecidas pela transformação digital,
pois tendem a adquirir ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) que não “envelhecem”.
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: de acordo com o texto, “ainda não são todas as empresas que conseguiram inserir
com sucesso o mindset de transformação digital em suas operações de negócios diárias”. Além disso,
alerta-se para o fato de que “o grande desafio da transformação digital é o menos tangível e, também,
o mais complicado de vencer: a mentalidade dos gestores na hora de aplicar os conceitos”. Vale destacar
que a gestão do conhecimento é essencial para que as empresas obtenham êxito no uso de suas
estratégias de TI.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: de acordo com o texto, “não se trata de substituir pessoas por máquinas e sistemas
avançados, mas de equipar e qualificar os colaboradores para que usem esses sistemas da melhor
maneira”. Além disso, “o principal componente para uma transformação saudável e bem-sucedida
refere-se a pessoas qualificadas operando tecnologia de ponta em uma estratégia completa, e é deixado
de lado por gestores que pensam apenas em robôs substituindo pessoas”.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Justificativa: de acordo com o texto, “a transformação digital não favorece exclusivamente quem tem
maior verba ou ferramentas mais novas”. Além disso, “o mercado é tão dinâmico que novas ferramentas
surgem a cada dia”.
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