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Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus por ter me dado saúde e força para
superar as dificuldades.
À Instituição pelo ambiente criativo e amigável que proporciona.
Ao meu orientador, que incansavelmente me motivou a realização deste trabalho e
pelo seu empenho dedicado à elaboração.
A todos os professores do curso, que foram importantes para minha formação
acadêmica e os colegas que tive nesta jornada.
A minha família, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
NUNES, Jéssica C. Análise da contribuição do Web Design Responsivo para a
usabilidade de aplicações web em dispositivos móveis. 2017. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação) – Instituto Federal de São Paulo, São João da Boa Vista. 2017.
RESUMO
Atualmente, a Internet pode ser considerada um dos principais meios de comunicação, pois
possui a capacidade de agregar e disseminar conteúdo dos mais variados tipos, possibilitando
que as pessoas busquem e troquem informações, interajam em redes sociais, estudem à
distância e realizem transações comerciais. Adiciona-se o fato de que diferentes dispositivos
eletrônicos estão, cada vez mais, sendo preparados para se conectar à Internet, como por
exemplo: celulares, tablets, computadores e até mesmo televisores. Verifica-se, portanto, que
as aplicações voltadas para a web têm crescido nos últimos anos, o que desperta o interesse
para que elas estejam disponíveis a um leque cada vez maior de dispositivos e que possuam
bom nível de usabilidade de modo a contribuir para a satisfação dos usuários. Neste contexto,
o objetivo deste trabalho foi o de estudar como as técnicas do Web Design Responsivo podem
contribuir para aprimorar a usabilidade das aplicações web, particularmente, em dispositivos
móveis. Inicialmente, foram selecionados critérios de usabilidade presentes na literatura bem
como critérios associados às técnicas de Web Design Responsivo. Na sequência, um conjunto
de vinte sites foram selecionados e avaliados considerando os critérios técnicos de Web
Design Responsivo bem como os de usabilidade. O resultado das análises indicou forte
correlação, com ρ = 0,797, entre o uso de web design responsivo com a usabilidade das
aplicações web. Portanto, este trabalho contribuiu para compreender melhor a relação de
como as práticas e técnicas de desenvolvimento web podem contribuir para a melhoria da
usabilidade das aplicações, considerando principalmente, o acesso dos usuários em
dispositivos móveis.
Nowadays, the Internet is considered one of the main ways of communication since it has the
capacity to aggregate and disseminate content of several types, allowing people to search and
to exchange information, to interact in social networks, to study at long distances and to carry
out commercial transactions. The electronic devices are increasing and they are being
prepared to connect to the Internet, such as cell phones, tablets, computers and even
televisions. Therefore, we checked out that the web-oriented applications have grown in the
last years. The interest has spread and made them available to a wide range of devices with a
good level of usability in order to contribute to the users’ satisfaction, which has increased. In
this context, the aim of this paper is to study how the techniques of Responsive Web Design
can contribute to improve the usability of web applications, particularly in mobile devices.
Initially, we selected the usability criteria presented in the literature as well as criteria
associated with the techniques of Responsive Web Design. It was selected and evaluated a set
of twenty sites considering both aspects of Responsive Web design and their usability. The
results of the analyses have indicated a strong correlation, with ρ = 0.797, in the use of web
design responsive to the usability of web applications. Consequently, this work contributed to
a better understanding of the relation between web development practices and techniques,
which can improve the usability of applications, mainly the access of users to mobile devices.
Figura 4 – Layout de páginas web. (A) layout com medidas fixas. (B) layout com medidas
flexíveis .................................................................................................................................... 44
Figura 5 – Cálculo para converter unidade fixa para unidade fluída ...................................... 45
Figura 28 – Site 8 visualizado nas resoluções 1024 x 600px e 800 x 480px .......................... 83
Figura 37 – Site 12 visualizado na resolução 375 x 667 px. A) visualização pela ferramenta
QuirkTools. B) visualização do iPhone 6(S) ............................................................................ 88
Figura 51 – Site 19 visualizado na resolução 375 x 667 px. A) visualização pela ferramenta
QuirkTools. B) visualização do iPhone 6(S) ............................................................................ 96
Código 10 - Especificação no CSS com altura menor ou igual a 599 pixels ........................... 49
Código 15 - Especificação no CSS para aplicar regras para dispositivos widescreen ............. 52
Código 17 - Especificação no CSS para dispositivos coloridos com no mínimo 4 bits de cor.53
Código 21 - Especificação no CSS para dispositivos com menos de 256 cores ...................... 54
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................23
1.1 Motivação...................................................................................................................24
1.2 Objetivo......................................................................................................................24
1.3 Trabalhos correlatos.................................................................................................24
1.4 Organização do documento......................................................................................26
2 INTERNET E USABILIDADE...................................................................................27
2.1 História da internet...................................................................................................27
2.2 Satisfação do usuário no ambiente Web.................................................................28
2.3 Usabilidade................................................................................................................30
2.4 Navegadores de internet...........................................................................................33
2.5 Dispositivo para acesso à Internet...........................................................................35
4 METODOLOGIA.........................................................................................................67
4.1 Métrica de avaliação.................................................................................................70
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................73
6 CONCLUSÕES...........................................................................................................101
REFERÊNCIAS....................................................................................................................103
23
1 INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
A motivação deste trabalho se dá pelo fato que as aplicações voltadas para a web e
dispositivos móveis têm crescido nos últimos anos o que desperta o interesse para que tais
aplicações estejam disponíveis a um leque cada vez maior de dispositivos e que possuam bom
nível de usabilidade de modo a contribuir para a satisfação dos usuários.
Neste contexto, o Web Design Responsivo pode ser empregado no desenvolvimento
de aplicações que visem à usabilidade em diferentes tipos de dispositivos. No entanto,
somente aplicar as técnicas de Web Design Responsivo não implica, necessariamente, em
melhor usablidade. Portanto, a motivação deste trabalho consiste em observar a relação entre
a usabilidade e a aplicação das técnicas do Web Design Responsivo. Compreender melhor
essa relação pode auxiliar as equipes de desenvolvedores a aperfeiçoarem os projetos de
desenvolvimento web.
1.2 OBJETIVO
1
https://support.apple.com/pt-br/HT204681
26
Este trabalho está estruturado em seis capítulos além desta introdução. O Capítulo 2
aborda a história da Internet, a satisfação do usuário no ambiente web, e usabilidade. No
capítulo 3 são apresentadas tecnologias de desenvolvimento de sites, enfatizando as principais
técnicas e conceitos utilizados no desenvolvimento web responsivo, além de abordar dois
frameworks utilizados na atualidade. O Capítulo 4 apresenta a metodologia deste trabalho. O
Capítulo 5 aponta os resultados e discussões. Por fim, as conclusões deste trabalho são
apresentadas no Capítulo 6.
27
2 INTERNET E USABILIDADE
A partir disso, as pessoas passaram a permanecer cada vez mais tempo conectadas à
Internet e com isso, surgiram diversas questões. Uma delas refere-se à satisfação do usuário
com relação ao ambiente web em que ele navega.
A Teoria Motivação-Higiene de Herzberg afirma que "não insatisfeito" não é igual "satisfeito"
e "não satisfeito" não é o mesmo que "insatisfeito" (ZHANG et. al. , 1999).
A satisfação dos usuários em utilizar um determinado site é uma das metas almejadas
pelos web designers. Usuários satisfeitos podem despender mais tempo em um site, podem
revistá-los e recomendá-los para outros. Questões estas particularmente relevantes com o
aumento do comércio eletrônico. Por isso, é útil determinar quais características tornam um
usuário satisfeito com um site, bem como quais são as potenciais insatisfações (ZHANG et.
al. , 1999).
Outro fator é a Qualidade de Experiência (QoE), que se define como:
2.3 USABILIDADE
O papel do design é vital, pois somente um layout amigável e limpo vai garantir que
essa relação entre o homem e o computador seja a mais fluída possível. Se o design for direto
e simples, ele destacará o conteúdo, facilitando o uso do site ou da interface. Portanto, se a
aparência agradar ao usuário, ele com certeza voltará.
Particularmente, em se tratando de web design responsivo, Majid et. al. (2015)
realizou uma pesquisa a fim de descobrir quais são os princípios de usabilidade mais
apropriados para as técnicas de web design responsivos no desenvolvimento de aplicações
web.
Inicialmente, os pesquisadores realizaram o estudo de três trabalhos renomados na
área de usabilidade. Os trabalhos selecionados foram os livros escritos por: Jakob Neilsen,
publicado em 1990, intitulado “Designing User Interfaces para uso internacional"; Jenny
Preece, publicado em 1994, intitulado “Interaction Design: Além da Interação Homem-
Computador" e; Wilbert O. Galitz, publicado em 2002, intitulado “O guia essencial para o
design da interface do usuário: uma Introdução aos Princípios e Técnicas de Design da
GUI”.
A partir dos trabalhos selecionados, Majid et. al. (2015), avaliaram os princípios e as
diretrizes estabelecidas pelos trabalhos em diferentes perspectivas e estruturas de pesquisa
como, por exemplo, o User Centered Design, a avaliação heurística de usabilidade e de
interação homem e computador.
Por outro lado, mesmo os princípios sendo baseados em diferentes pontos de vista e
campos de pesquisa, Majid et. al. (2015) observaram que os trabalhos selecionados, de modo
semelhante, visaram o valor estético e a usabilidade dos sistemas e, por isso, possuem
aspectos em comum. Logo, os autores organizaram cinco princípios derivados dos três
trabalhos selecionados, considerados por eles como escolas2 no estudo da usabilidade. Os
cinco princípios comuns entre tais escolas são:
Consistência – refere-se a elementos diferentes que possuem mesmo
significado;
Familiaridade – refere-se ao layout, que foi adaptado para dispositivos com
resoluções menores e ocultou informações ou as alterou na adaptação para o
dispositivo móvel;
Flexibilidade – refere-se a recursos que auxiliem diferentes usuários, como
aumentar e diminuir fonte, trocar a cor, o tema, ler a tela, aplicar contraste;
2
Sistema, doutrina ou tendência de pensamento de indivíduo ou de grupo de indivíduos que se destacou
em algum ramo do conhecimento.Fonte: http://michaelis.uol.com.br.
33
Em 1993 isso mudou, pois foi lançada a primeira versão do Mosaic, um dos
antecessores do Mozilla Firefox que é considerado o primeiro navegador gráfico popular da
Internet, aqui apresentado na Figura 2 (TERRA, 2013).
34
A partir da evolução dos navegadores de modo texto para o modo gráfico foi
incluído o recurso de renderização que na época foi aplicado por meio da HTML (HyperText
Markup Language) que era a mais recente linguagem de marcação. A renderização é o
processo pelo qual se obtém o produto final de um processamento digital qualquer. Desde
então, os navegadores têm buscado se manterem atualizados quanto às evoluções e demandas
da Internet (FERREIRA; EIS 2011).
Os navegadores da atualidade suportam imagens, vídeos, áudios além da
renderização de HTML5. Atualmente, há vários navegadores como, por exemplo: Mozilla
Firefox, Google Chrome, Opera, Internet Explorer e Safari.
O Mozilla Firefox é um navegador de código aberto, tem sua programação open-
source, livre para ser usada e modificada. O Chrome é desenvolvido e mantido pela empresa
Google, e permite sincronização com os aplicativos da empresa bem como a sincronização da
lista de sites favoritos do usuário em diversos dispositivos. O navegador Internet Explorer é
da Microsoft, foi descontinuado e substituído pelo Microsoft Edge a partir de 2015 e vem
vinculado ao Windows assim como o Internet Explorer anteriormente. O navegador Opera
chegou com uma proposta de ser mais leve para os usuários e o Safari é o navegador padrão
do sistema operacional Mac, da empresa Apple.
35
Este capítulo apresenta uma revisão sobre tecnologias de desenvolvimento web, que
compreende a linguagem de marcação HTML, CSS (Cascading Style Sheets), JavaScript e
JQuery, além de abordar sobre design responsivo e suas características.
Como dito anteriormente, o CSS formata algumas características básicas como cores,
background, características de fonte, margens, preenchimentos, posição entre outros itens que
compõem a folha de estilos de uma página.
3
Plug-ins é um programa de computador usado para adicionar funções a outros programas, provendo
alguma funcionalidade especial.
39
A versão atual é o CSS3 que apresentou mudanças significantas para o design web
como, por exemplo:
selecionar primeiro e último elemento;
selecionar elementos pares ou ímpares;
selecionar elementos específicos de um determinado grupo de elementos;
aplicar gradiente em textos e elementos;
aplicar bordas arredondadas;
aplicar sombras em texto e elementos;
ajustar opacidade;
controlar a rotação;
controlar a perspectiva;
realizar animações;
definir estruturação independente da posição no código HTML.
Há pouco tempo, o desenho de uma interface já vinha com todos os componentes
gráficos devidamente dimensionados, com larguras e alturas fixas e rígidas (SILVA, 2014a).
Com o aumento de diferentes dispositivos, a unidade de medida do CSS de absoluta,
o pixel, passou a ser relativa, porcentagem e EM, que serão detalhadas na seção sobre web
design responsivo.
Media types é uma recomendação da W3C (World Wide Web Consortium)4 desde o
CSS2. Com media types é possível apresentar o site de maneira diferente, dependendo da
mídia (media) do dispositivo que está acessando o conteúdo.
Logo, é possível uma apresentação diferenciada (por meio de folhas de estilo)
quando a página está sendo visualizada de um projetor, que pode ser diferente de quando se
usa uma impressora, um sintetizador de voz, uma televisão, dentre outros.
A ideia é que, ao ser acessada, a página web seja renderizada conforme o estilo mais
apropriado ao dispositivo que está sendo usado para realizar o acesso (ZEMEL, 2012).
Essa diferença entre dispositivos é controlada pelas media types. A seguir é
apresentada uma lista de valores para tipos de mídia.
all: este valor é usado para que o código CSS seja aplicado para todos os dispositivos.
braille: para dispositivos táteis.
4
http://ow.ly/cQ3MF
40
Note que neste exemplo um arquivo CSS (estilo. css), é vinculado ao código HTML
e que foi destinado a ser melhor visualizado em dispositivos de media handheld, ou seja,
aparelhos móveis, celulares com tela pequena e aparelhos similares. Logo, esse CSS não será
aplicado quando o usuário visitar o site utilizando um computador desktop. Neste caso, teria-
se que utilizar a media screen, como está apresentado no Código 2.
5
http://www.w3.org/TR/CSS2/aural.html
41
Isso significou um problema, pois começou a não ficar tão clara a diferença entre os
vários tipos de dispositivos e suas capacidades, deixando as medias types numa posição
isolada, pois não atendiam mais às necessidades de desenvolvimento, já que muitos
dispositivos, como o celular iPhone da Apple, acabaram ficando numa “zona cinzenta” de
mídias, pois ele apresentava características tanto de handheld, quanto de desktop.
Tal situação motivou o surgimento das Media Queries, recomendada pelo W3C
desde junho de 2012, que de modo geral considera os cenários específicos em que o CSS deve
atuar. As medias queries serão abordadas em mais detalhes na seção 3.2.2.
3.1.4 JavaScript
O JavaScript é uma linguagem que foi criada para adicionar interatividade a uma
página web. Ela é capaz de definir, alterar e controlar de forma dinâmica a apresentação de
um documento HTML, como os aspectos relacionados à cor de fundo, de textos e de links, ou
mesmo interferir no posicionamento dos elementos HTML de um documento. É possível
manipular a folha de estilos associada ao documento criando novas regras CSS ou anulando
regras existentes (SILVA, 2013).
Com o JavaScript pode-se controlar o comportamento do navegador em diversos
aspectos, como criar janelas pop-up, apresentar mensagens aos usuários, alterar as dimensões
do navegador, interferir na barra de status, retirar menus, fechar e abrir janelas (SILVA,
2010).
Além disso, é possível utilizar códigos já existentes criado por outros
desenvolvedores, utilizando uma biblioteca. Uma biblioteca é um arquivo JavaScript que
contém várias funções, e essas funções realizam alguma tarefa útil na página web, assim
como, o JQuery.
O JQuery é uma biblioteca JavaScript que destina-se a adicionar interatividade e
dinamismo às páginas web, proporcionando ao desenvolvedor funcionalidades necessárias à
criação de scripts que visem incrementar, de forma progressiva e não obstrutiva, a
usabilidade, a acessibilidade e o design, enriquecendo a experiência do usuário. Alguns
exemplos do uso de JQuery são: adicionar efeitos visuais e animações, prover interatividade,
alterar conteúdos, modificar apresentação e estilização, simplificar tarefas específicas de
JavaScript, realizar outras tarefas relacionadas às descritas (SILVA, 2013).
42
é necessário que fique muito claro que design responsivo não diz
respeito simplesmente e somente à adaptação do layout ao tamanho da
tela. Vai muito, além disso, pois o conceito de design responsivo na
sua forma ampla deve ser entendido como o design capaz de
"responder" às características do dispositivo ao qual é servido.
Responder, nesse contexto, tem o sentido de movimentar-se
expandindo e contraindo. Em outras palavras, o design responsivo ou
layout responsivo expande e contrai com a finalidade de se acomodar
de maneira usável e acessível à área onde é visualizado ou, mais
genericamente, ao contexto onde é renderizado, seja um smartphone,
um tablet, um desktop, um leitor de tela, um mecanismo de busca etc.
Portanto, o usuário que está visualizando um site em uma tela pequena precisa que o
conteúdo seja adaptado ao tamanho da tela. Neste caso, a informação pode ser apresentada em
uma ordem diferente. Eventualmente, a fonte pode ser alterada ou as áreas de interação
precisem responder melhor em um ambiente de tela sensível ao toque. Todos esses fatores
influenciam no design responsivo. Na Figura 3 são ilustradas diferentes medidas de resolução
de pixels de acordo com cada tipo de dispositivo.
43
3. 2. 1 Layouts fluídos
O layout fluído deve ser criado quando o conteúdo for exibido em vários tipos
aparelhos. Neste caso, todas as medidas referentes ao layout do site devem conter valores
relativos, fazendo com que o design seja adaptado conforme a tela em que é visualizada.
Os tipos de medidas recomendados no CSS são de medidas fixas e relativas. As
medidas fixas são dadas em pixels (px) e em pontos (pt) e medidas relativas porcentagens (%)
e EM que se adaptam a qualquer resolução de tela.
A unidade EM, é o tamanho da fonte. Em um elemento com fonte de 2in6, 1 EM será,
portanto, 2in. Exprimir tamanhos, como margens e preenchimentos, com EM significa que eles
são relativos ao tamanho da fonte e se o usuário tem uma fonte grande (ex. uma tela grande)
ou uma fonte pequena (ex. dispositivo handheld), os tamanhos serão proporcionais.
A unidade px é a unidade mais utilizada do CSS. Ela não é relacionada ao tamanho
da fonte atual nem a unidades absolutas. A unidade px é definida para ser pequena, mas
visível, e tal como uma linha de 1px de largura, pode ser exibida com bordas afiadas. O que é
nítido, pequeno e visível, depende do dispositivo e da maneira como ele está sendo usado. Por
exemplo: segurando perto de seus olhos, como em um celular, no comprimento dos braços,
6
1in = 25,4 mm (1 polegada).
44
como num monitor de computador ou alguma coisa entre um e outro, como se fosse um livro.
O px, portanto, não é definido como uma medida constante, mas algo que depende do tipo de
dispositivo e o uso típico deste.
Na Figura 4, está representando um layout utilizando medidas fixas (A) e medidas
flexíveis (B).
Figura 4 – Layout de páginas web. (A) layout com medidas fixas. (B) layout com medidas flexíveis.
Fonte: http://www.kadunew.com/blog/web-design/convertendo-um-layout-fixo-para-fluido.
Para converter um layout de unidade fixa para fluída utilizamos a equação abaixo:
(1)
onde, meta é a coluna e contexto o tamanho total do layout. A Figura 5 apresenta um exemplo
de conversão da unidade fixa pixel (px) para a unidade fluída porcentagem (%).
45
As colunas da esquerda e da direita têm 240 pixels de largura dentro dos 960 pixels
total. Para obter uma medida proporcional, utiliza-se a mesma fórmula como mostra a
Equação 3.
#main {
margin:10px 250px 0 250px
}
Código 3 – CSS aplicado margens as colunas da Figura 4A.
Os valores 250px na esquerda e direita são usados para encaixar a coluna central no
meio das duas colunas. Agora temos que converter esses valores para proporção como mostra
a Equação 4.
#main {
margin:10px 26,0416667% 0 26,042%
}
Código 4 – Aplicando CSS nas colunas centrais da Figura4A.
Nos exemplos já citados parece que sempre será dividido o valor pelo total da
página, Mas muitas vezes o contexto muda. Como no layout nas colunas de 220 pixels.
Nesse contexto a divisão seria 220/960. O resultado disso seria 22,9166667% do seu
elemento pai (elemento com 460 px), com isso, o navegador renderizaria aproximadamente
23% de 460.
Para que os elementos fiquem proporcionais ao elemento central que tem 460 pixel, a
fórmula correta seria como mostra a Equação 5.
Com a ideia de layouts fluídos, pode-se criar um site responsivo. O design se adapta
as resoluções se todas as colunas forem definidas com valores relativos. Porém, se existir uma
necessidade de ajustes específicos no layout e mudanças nas especificações do CSS deve-se
utilizar media queries.
As media queries definem condições para que o CSS seja utilizado em cenários
específicos. Se essas condições forem aprovadas, ou seja, se o dispositivo se adequar a todas
as condições estabelecidas na sua media query, o CSS será aplicado. O Código 5 apresenta
um exemplo de media query.
a) Parâmetro WIDTH
Representa a largura, em pixels, da janela do navegador sendo utilizado. Para meios
contínuos na página, é a altura da viewport, incluindo o tamanho da barra de rolagem; para
meios paginados, é a largura da “page box” da impressora.
Por exemplo, o Código 7 especifica regras CSS para dispositivos com a largura da
janela do navegador em 640px.
O Código 8, por sua vez, especifica regras para dispositivos com largura menor ou
igual a 767 pixels.
b) Parâmetro HEIGTH
Representa a altura, em pixels, da janela do navegador sendo usado. Para meios
contínuos, é a altura da viewport, incluindo o tamanho da barra de rolagem; para meios
paginados, é a largura da “page box” da impressora.
Por exemplo, o Código 9 especifica regras CSS para dispositivos cuja altura da
janela do navegador foi definida em 300 pixels.
O Código 10 apresenta código que especifica regras para dispositivos cuja altura é no
máximo igual a 599 pixels.
c) Parâmetro DEVICE-WIDTH
Descreve a largura, em pixels, do display do aparelho. Para meios contínuos, é a
largura da tela; para meios paginados, é a largura do tamanho da folha de cada página.
Por exemplo, aplicar uma folha de estilo a um documento quando visualizado numa
tela menor que 800px de largura é apresentado no Código 11.
e) Parâmetro ORIENTATION
Indica se o dispositivo está em modo “paisagem” (landscape), com a tela mais larga
que alta, ou “retrato” (portrait), com a tela é mais alta que larga.
Portanto para se aplicar regras para dispositivos que estão no modo “paisagem”, é
necessário utilizar a configuração apresentada no Código 13.
f) Parâmetro ASPECT-RATIO
Descreve a proporção da área de exibição do navegador usado. O valor é composto
de dois números inteiros positivos, separados por um caractere de barra (“/”). O primeiro
termo representa a proporção de pixels na horizontal para o segundo termo que indica os
pixels na vertical.
Por exemplo, para aplicar regras com a janela do navegador em widescreen de
proporção 16:9 utiliza-se o trecho CSS apresentado no Código 14.
g) Parâmetro DEVICE-ASPECT-RATIO
Descreve a proporção do display do dispositivo. O valor é composto de dois números
inteiros positivos, separados por um caractere de barra (“/”). De forma idêntica ao parâmetro
aspect-ratio, o primeiro termo representa a proporção de pixels na horizontal para os pixels na
vertical.
Por exemplo, para aplicar regras em dispositivos widescreen utiliza-se o trecho CSS
apresentado no Código 15.
h) Parâmetro COLOR
Indica o número de bits por componente de cor do dispositivo. Se ele não é um
dispositivo de cor, o valor é igual a 0. Se os componentes de cor têm diferentes números de
bits, o menor número é usado. Por exemplo, se um display utiliza 5 bits para azul e vermelho
e 6 bits para verde, o dispositivo vai usar 5 bits. Se o dispositivo usa cores indexadas, o
número mínimo de bits por componente de cor na tabela de cores é usado. O Código 16
apresenta um exemplo para especificar regras para dispositivos coloridos.
O Código 18, por sua vez, destaca configuração para dispositivos com no máximo 16
bits de cor.
@media (max-color:16) {
[...]
}
Código 18 – Especificação no CSS para dispositivos coloridos com o máximo de 16 bits de cor.
@media (min-color-index:2) {
[...]
}
Código 20 – Especificação no CSS para dispositivos com 2 cores.
54
j) Parâmetro MONOCHROME
Esse parâmetro indica o número de bits por pixel em dispositivos monocromáticos
(escala de cinza). Se o dispositivo não for monocromático, o valor é zero.
O Código 22 apresenta um exemplo para aplicar estilos em qualquer dispositivo
monocromático.
Media: visual
k) Parâmetro RESOLUTION
Trata sobre a resolução do dispositivo, que pode ser especificada em pontos por
polegada (dpi) ou pontos por centímetro (dpcm). O Código 24 apresenta exemplo de
resolução configurada em pontos por polegada.
l) Parâmetro SCAN
Esse parâmetro trata sobre o processo da leitura que um dispositivo do tipo “TV”
pode realizar. O Código 26 apresenta um exemplo que aplica uma folha de estilo apenas para
televisões com escaneamento progressivo.
Media: tv
Aceita min/max: não
m) Parâmetro GRID
Esse parâmetro determina se trata-se de um dispositivo de grade ou de mapa de bits
(bitmap). Caso o dispositivo seja baseado em grade (tal como um terminal TTY ou um visor
do telefone, com apenas uma fonte), o valor é 1; caso contrário, é 0.
O Código 27 apresenta um exemplo que aplica regras a todos dispositivos de grade.
@media (grid) {
[...]
}
Código 27 – Especificação no CSS para aplicar em todos os dispositivos.
Imagens e mídias flexíveis são preparadas para diminuir ou aumentar suas dimensões
ou suportar alterações por meio de scripts de acordo com o cenário onde estão sendo
renderizadas.
Em dispositivos de alta densidade as imagens aparecem pixeladas e borradas. Se
utilizar imagens com o dobro de tamanho pode criar um problema de performance, pois as
imagens com o dobro do tamanho levam mais tempo para carregar, e usuários de dispositivos
com alta densidade de pixels nem sempre tem a banda larga necessária para fazer o download
dessas imagens.
Ainda não existe uma solução para o problema das imagens responsivas pelo W3C.
O W3C atualmente está tentando encontrar e definir uma solução padrão, para criação de
imagens fluídas.
Uma solução alternativa é declarar no arquivo CSS que todas as imagens tenham
largura máxima de 100%, isso faz com que todas sejam renderizadas automaticamente e
proporcionalmente com a largura do layout em que se encontram.
O problema que isso acarreta, é que quando a resolução da imagem for menor que a
do dispositivo, ela será esticada e irá apresentar pixels, deformando a imagem. Além disso,
carregar uma imagem de alta resolução e diminuí-la por meio de código faz com o usuário
acesse uma imagem maior do que ele realmente precisa, consequentemente deixando a página
mais pesada.
A utilização de várias imagens em resoluções diferentes é uma solução. O Código 29
apresenta uma configuração na qual define uma classe CSS, denominada “img-responsive”.
A classe carrega uma imagem de 800 x 600 pixels como pode ser visto no Código
30. Por outro, também é possível observar que define uma imagem de resolução menor (480 x
320 pixels) para dispositivos com telas de até 480 pixels.
58
.img-responsive{
max-width:100%;
background-image: url(imagens/img800.jpg;
}
Logo, pode se observar que as medias queries adéquam a imagem de acordo com
tamanho de resolução para cada dispositivo e representam uma boa alternativa para lidar com
mídias flexíveis.
O viewport é a área onde seu site aparece. É a área branca da janela quando você
abre o navegador. O viewport sempre vai ter o tamanho da janela. Mas a forma como os
elementos são renderizados vai depender bastante do dispositivo. Em desktops não existe
preocupação, pois não varia tanto o tamanho de tela e a resolução média utilizada pelos
usuários. Mas quando varia muito o tamanho das telas, a largura do viewport começa a ser
uma preocupação porque afeta diretamente a forma como o usuário utiliza seu website. Uma
tela pequena, com uma resolução muito grande, por exemplo como as telas dos Iphone e da
maioria dos smartphones de hoje, o conteúdo pode aparecer muito pequeno. Por isso é preciso
fazer com que o viewport mostre o conteúdo se baseando pelo tamanho da tela e não da
resolução.
O uso da tag meta tag viewport controla o layout para o acesso em dispositivos
móveis veja como utilizar no Código 31.
3.3 FRAMEWORKS
3.3.1 Bootstrap
O Bootstrap7 é um framework criado em 2011 por Mark Otto e Jacob Thornton como
uma solução interna do Twitter, visando resolver a instabilidade de código dentro da sua
equipe de desenvolvedores. A equipe, não utilizava nenhuma estrutura de código, com isso
cada programador fazia da sua maneira, o que trazia dificuldade na junção dos módulos do
projeto. O Bootstrap, portanto, incentivou o uso de uma estrutura de código comum a todos
desenvolvedores.
Em 2011, foi lançado publicamente como um software-livre, o que permitiu receber
a contribuição de diversos desenvolvedores não necessariamente vinculados a empresa
Twitter.
7
https://getbootstrap.com/
60
Em menos de um ano, foi lançada sua segunda versão, na qual foram adicionadas
algumas melhorias como: inserção de grids, alteração de componentes existentes entre outras
funcionalidades.
A terceira versão trouxe algumas novidades como o mobile first, que é um novo
projeto web, que ao invés de começar o desenvolvimento pela versão desktop, deve-se iniciar
pela versão mobile para depois criar a versão desktop. O conceito de flat design, que é a
simplicidade dos elementos, da clareza do layout. O conceito funciona sem variações na
estrutura do layout, como chanfros, relevo, gradientes ou outras ferramentas que adicionam
profundidade. E os plug-ins de JavaScript vieram com uma nova roupagem bem como os
ícones que passaram a utilizar o conceito de Glyphicons, ou seja, fontes tipográficas em
formato de ícones.
Em outubro de 2015, foi lançada a versão alpha do Bootstrap 4, contendo algumas
novidades como: mais rapidez na compilação, melhoramento no sistema de grid, flexbox, que
faz parte da especificação do CSS3 tem intuito de organizar elementos na página
previsivelmente quando o layout precisa ser visualizado em diversos tamanhos de tela e em
diversos dispositivos, entre outros.
O Bootstrap em sua versão 3.3.5 está organizado em três pastas: CSS, JavaScript e
Fonts, como mostrado na Figura 7.
Nestas pastas são encontrados os arquivos de CSS e JS compilados para uso nos
projetos web. A Figura 8 mostra a compatibilidade do framework com os navegadores web e
alguns sistemas operacionais desktop e mobile.
Vale mencionar que o Bootstrap foi construído para ser executado nas versões mais
recentes dos navegadores. Eventualmente, as versões mais antigas podem renderizar
elementos de forma diferente do habitual.
3.3.2 Foundation
O projeto surgiu em 2008 pela empresa ZURB, como um guia de estilo a ser
utilizado pela sua equipe de desenvolvedores para a criação rápida de seus projetos.
Em 2011, este guia de estilos, junto a plug-ins jQuery, tornou-se o Foundation8,
oferecendo opções de costumização, permitindo adicionar e remover elementos, definir
tamanhos, além de fornecer vários modelos prontos.
O Foundation apresenta quatro opções para download: a primeira com todos os
arquivos, a segunda oferece uma versão mais básica, a terceira uma versão customizada e a
quarta é uma versão que oferece suporte a versão com SASS (Syntactically Awesome Style
Sheets). Nas pastas são encontrados arquivos de CSS e JavaScript e até mesmo imagens.
8
https://foundation.zurb.com/
62
9
https://www.w3.org/2016/11/mobile-checker-disabled/
10
http://quirktools.com/
64
4 METODOLOGIA
Etapa 1
Seleção de critérios
Etapa 2
Coleta de dados
Etapa 3
classificado como “mal configurado” indica que embora o site contenha técnicas web
responsivas no conjunto de código elas não foram configuradas adequadamente. Um exemplo
é um site conter a opção de imprimir o conteúdo, mas não apresentar uma folha de estilo
adequada para tal ação. Outro exemplo, é o site conter imagens flexíveis embora não tenha
sido observado os limites de resolução dos dispositivos. Já o critério classificado como
“configurado” indica que o site utiliza as técnicas web responsivas de forma adequada, ou
seja, não foram encontrados problemas de configuração como os citados no caso da
classificação “mal configurado”. Para cada classificação foi associada uma pontuação de
modo a quantificar a análise dos critérios técnicos. A Tabela 2 apresenta a relação de
pontuação de acordo com a classificação dos critérios.
atendesse a esse requisito, ele foi considerado como “não configurado”. Caso contrário, Se ele
atendeu a diferentes resoluções, foi avaliado o conjunto de código que o compunha bem como
a disposição dos elementos a fim de verificar se ele era considerado como “mal configurado”
ou “configurado”.
Na avaliação de usabilidade, foi acessado site a site, verificando todos os critérios
selecionados, definindo se Atente, Atende Parcialmente ou Não atende a esses critérios. A
analise técnica feita na parte da ferramenta Quirktools, ajudou na verificação quanto a
Familiaridade do site e as mudanças no design responsivo.
A pontuação total da avaliação dos critérios de usabilidade se dá por meio da
somatória dos valores obtidos em cada critério como mostra a Equação 5.
(5)
Para cada site avaliado foram geradas pontuações para os critérios técnicos e critérios
de usabilidade. Tais dados foram organizados em duas principais tabelas. Com base nesses
dados foi possível avaliar, por meio do coeficiente de correlação, a relação entre os critérios
técnicos e os critérios de usabilidade.
Em probabilidade e estatística, correlação, dependência ou associação é qualquer
relação estatística (causal ou não causal) entre duas variáveis e a correlação é qualquer relação
dentro de uma ampla classe de relações estatísticas que envolva dependência entre duas
variáveis.
Em alguns casos, a correlação não identifica dependência entre as variáveis. Em geral,
há pares de variáveis que apresentam forte dependência estatística, mas que possuem
correlação nula. Para estes casos, são utilizadas outras medidas de dependência.
Formalmente variáveis são dependentes se não satisfizerem a propriedade matemática
da independência probabilística. Em termos técnicos, correlação refere–se a qualquer um dos
vários tipos específicos de relação entre os valores médios. Existem diferentes coeficientes de
71
(6)
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para a avaliação dos sites realizou-se a coleta dos dados no período de julho a setembro
de 2017 que resultou na seleção de vinte sites elencados na Tabela 4.
configurado” e “mal configurado”, por exemplo. A pontuação foi calculada de acordo com o
estabelecido na Tabela 2.
A Figura 14 mostra o site 1 visualizado nas resoluções 1024 x 600 px e 800 x 480 px
sendo renderizados pela ferramenta QuirkTools.
Na Figura 14, não é possível observar nenhuma alteração significativa nas duas
resoluções indicadas. Isto se deve, provavelmente, ao fato de serem resoluções amplamente
utilizadas em dispositivos tais como monitores de computadores desktop e notebooks que
possuem telas em torno de 14”, ou superior. A Figura 15, no entanto, apresenta o site 1
visualizado em resolução ainda menor.
É possível observar que o site possui estrutura organizada, o código HTML e CSS
estão separados o que facilita a manutenção, além disso faz o uso de imagens e mídias
flexíveis bem como o recurso de tag viewport.
Por outro lado, como mostra a Figura 15B o rodapé contém um menu de navegação do
site, porém observou-se a dificuldade de visualização como mostrado no retângulo.
A Figura 16 apresenta o site 2 visualizado nas resoluções 1024 x 600 px e 800 x 480
px.
Figura 16 – Site 2 visualizado em diferentes resoluções. A) resolução 1024 x 600 px. B) resolução800
x 480 px.
77
Na Figura 17 verifica-se que o site é visualizado na resolução 375 x 667 px. O círculo
na figura destaca que existem itens de navegação que foram parcialmente ocultados ao reduzir
a resolução dificultando a visualização e acesso ao site por parte do usuário.
Verificou-se que o site 2 apresenta estrutura organizada, utiliza o recurso da tag
viewport, medias queries, imagens flexíveis e utiliza o framework Bootstrap. De qualquer
modo apresentou itens não configurados que afetaram, mesmo que parcialmente, o acesso e a
visibilidade do usuário em smartphones.
O próximo site avaliado (site 3) é apresentado pela Figura 18 em duas diferentes
resoluções.
78
Não foram observadas, no caso do site 3, nenhuma alteração significativa do site, logo
considerou-se que ele respondeu bem às duas resoluções. A Figura 19 apresenta o site 3
visualizado em uma resolução menor (375 x 667 px).
Verificou-se que o site também atendeu bem à resolução de 375 x 667 px, e que possui
estrutura organizada, além de fazer uso dos principais itens de web responsividade. Porém, a
imagem do banner rotativo como mostra o círculo na Figura 19 está com o texto sobreposto a
imagem. Este erro ocorreu, provavelmente, porque o texto não está na imagem e não foi
79
limitado ou configurado para não se sobrepor a imagem. Vale mencionar, ainda, que o site 3
não utilizava nenhum framework. A seguir, a Figura 20 apresenta a análise visual do próximo
site (site 4) em duas diferentes resoluções.
Figura 20 - Site 4 visualizado em diferentes resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800
x 480px.
Na resolução 800 x 480 px como mostra a Figura 20B, os itens não respondem à
resolução especificada, como destacado pelo retângulo no canto superior direito da figura, o
que impossibilitou parcialmente a visualização. Isso também ocorreu na resolução 375 x 667
px como mostra na Figura 21A.
Figura 21 - Site 4 visualizado na resolução 375 x 667 px. A) site visualizado pelo QuirkTools.
B) site visualizado pelo iPhone 6(S).
(Figura 21B) verificou-se que o site foi inteiro visualizado, porém o tamanho da fonte ficou
muito pequeno o que tornou o conteúdo ilegível, exigindo ampliar (aplicar zoom) para que
fosse possível navegar pelo site 4. Neste caso, uma solução seria utilizar o recurso de tag
viewport que, provavelmente, melhoraria a visualização em resoluções menores.
Outro aspecto observado na análise do site 4 é que o código HMTL e o CSS não
estarem separados. Isso tende a dificultar a manutenção, as alterações e a padronização do
site. Logo, manter o código HTML e CSS não é considerada uma boa prática de
desenvolvimento web.
A Figura 22 apresenta a análise visual do site 5 visualizado em diferentes resoluções.
O site 5 apresentado na Figura 22A está sendo visualizado nas resoluções 1024 x 600
px nota-se que o menu está no cabeçalho do site. Na Figura 22B observou-se que o menu foi
alterado, sendo contraído para o botão como mostra o retângulo para atender a resolução 800
x 480 px . A Figura 23 apresenta o site 5 na resolução 375 x 667 px.
81
Figura 24 - Site 6 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
O site 6 não apresentou alterações com a mudança da resolução 1024 x 600 px para
800 x 480 px. A Figura 25 apresenta o site 6 visualizado em resolução menor.
82
Figura 27 – Site 7 visualizado em diferentes resoluções. A) resolução 800 x 480 px. B) resolução 375
x 667 px.
Observou-se que o site 7 foi configurado para atender a todos os dispositivos, porém
considerou-se que a configuração foi parcial. Isso pode ser demonstrado pela Figura 26B que
os itens em destaque no retângulo estão desalinhados e pelas Figuras 27A e 27B que
apresentam problemas semelhantes.
A Figura 28 apresenta o site 8 sendo visualizado nas resoluções 1024 x 600 px e 800 x
480 px.
Figura 30 - Site 9 visualizado em diferentes resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800
x 480px.
Figura 33 - Site 10 visualizado em diferentes resoluções. A) resolução 800 x 480 px. B) resolução 375
x 667 px.
Figura 34 - Site 11 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
Figura 35 - Site 11 visualizado na resolução 375 x 667 px. A) visualização na ferramenta QuirkTools.
B) visualização no iPhone 6(S).
Verificou-se que o site não estava adaptado a dispositivos móveis, pois ao acessá-lo
diretamente de um dispositivo móvel como ilustra a Figura 35B, observou-se que todo o site
foi visualizado, porém com o tamanho da fonte tipográfica muito pequeno o que tornou o
conteúdo praticamente ilegível, exigindo a necessidade de aplicar zoom para navegar no site
pelo dispositivo móvel. A Figura 36 apresenta o site 12 visualizado em duas resoluções.
Figura 36 - Site 12 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
Figura 37 - Site 12 visualizado na resolução 375 x 667 px. A) visualização pela ferramenta
QuirkTools. B) visualização do iPhone 6(S).
Verificou-se que o site não está totalmente adaptado a dispositivos móveis, pois ao
acessar direto de um dispositivo móvel (Figura 37B), observou-se que o site foi visualizado
por completo, no entanto o tamanho da fonte tipográfica era muito pequeno o que tornou o
conteúdo praticamente ilegível. Vale destacar que a Figura 37A visualizada pela ferramenta
Quirktools também apresentou elementos que ficaram parcialmente ocultos, como destaca o
retângulo do lado direito. Tal situação compromete a visualização adequada do conteúdo por
parte do usuário. A Figura 38 apresenta o site 13 em duas resoluções.
Figura 38 - Site 13 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
Na análise do código verificou-se que o site está bem configurado, pois sua estrutura
está organizada, HTML e CSS estão separados de modo que seja fácil realizar alterações e
manutenção do site.
Foi utilizado o método de tag viewport, framework Bootstrap e imagens flexíveis que
são os requisitos para um site responsivo. Sendo assim, considera-se um site bem
configurado, pois está atendendo a todos os requisitos de um site responsivoA Figura 40
apresenta a análise visual do site 14 em duas resoluções.
Figura 40 - Site 14 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
90
Figura 42 - Site 15 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
Na análise do código verificou-se que o site está bem configurado, pois sua estrutura
está organizada, HTML e CSS estão separados de modo que seja fácil realizar alterações e
manutenção do site.
92
Figura 44 - Site 16 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
O site 16 em sua análise não foi observado alterações significativas da resolução 1024
x 600 px para 800 x 480 px. A Figura 45 apresenta o site 16 visualizado na resolução 375 x
667 px.
Na análise do código observou-se que o site está bem configurado, pois sua estrutura
está organizada, HTML e CSS estão separados de modo que seja fácil realizar alterações e
manutenção do site.
Foi utilizado o método de tag viewport, medias queries, imagens flexíveis e
framework Foundation que tornam um site responsivo. A Figura 46 mostra o site 17.
Notasse que o site na resolução de 800 x 480 px, Figura 46B se adaptou ao tamanho,
realinhando alguns itens como, por exemplo, colocando o menu abaixo do logo e alinhando a
esquerda, diminuiu o tamanho das fontes, para que todos os elementos do site sejam
visualizados. A Figura 47 mostra o site na resolução 375 x 667 px.
Figura 48 - Site 18 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
Nota-se que na resolução 800 x 480 px, a imagem foi alterada, o desenvolvedor
optou por trocar a imagem por uma imagem flexível em resoluções menores a 800 px, assim
como na Figura 49 com resolução 375 x 667px.
95
Na análise do código observou-se que o site está bem configurado, pois sua estrutura
está organizada, HTML e CSS estão separados de modo que seja fácil realizar alterações e
manutenção do site. Foi utilizado o método de tag viewport, medias queries, imagens
flexíveis e o framework Bootstrap que tornam um site responsivo. A Figura 50 mostra o site
19 em duas resoluções.
Figura 50 - Site 19 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
retângulo na Figura 50B. A Figura 51 mostra o site na resolução 375 x 667 px pela ferramenta
Quirktools e pelo dispositivo iPhone(S).
Figura 51 - Site 19 visualizado na resolução 375 x 667 px. A) visualização pela ferramenta
QuirkTools. B) visualização do iPhone 6(S).
Figura 52 - Site 20 visualizado em duas resoluções. A) resolução 1024 x 600px. B) resolução 800 x
480px.
Verificou-se que na análise técnica, 50% dos sites foram considerados bem
configurados, 25% foram considerados mal configurados e 25% não continham configurações
web design responsivo.
Na análise de usabilidade, a pontuação de um site pode ser um valor inteiro no
intervalo [0, 8]. A Tabela 8 apresenta uma observação sobre a pontuação de usabilidade.
A fim de avaliar os resultados apresentados pela Tabela 8, considerou-se que sites que
obtiveram pontuações entre 0 e 3 como sites com “pouca ou nenhuma” usabilidade. Sites com
pontuações entre 4 e 6 foram considerados com “usabilidade moderada” e sites com
pontuações 7 ou 8 foram considerados como sendo sites com “boa usabilidade”. Logo, pode-
se inferir que 25% dos sites apresentaram pouca ou nenhuma usabilidade, 65% dos sites
apresentaram usabilidade moderada e 10% dos sites foram considerados com boa usabilidade.
Adicionalmente, foi realizada a análise de a correlação entre as análises técnicas e de
usabilidade. A Tabela 9 apresenta o resultado da análise de correlação entre as duas análises.
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS