UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA

SEMESTRE 2022.1

PRÁTICA 6: PÊNDULO

ALUNO: VICTOR MANUEL DE SOUSA BARRETO

MATRÍCULA: 536454

CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS

TURMA: 2
PROFESSOR: MARCOS ANTONIO ARAUJO SILVA
DATA: 31/04/2022
HORÁRIO: 16:00-19:00
1. OBJETIVOS

- Verificar as leis do pêndulo.

- Determinar a aceleração da gravidade local.

2. MATERIAL

- Pedestal de suporte com transferidor;

- Massas aferidas m1 e m2;
- Cronômetro (alternativamente pode ser usado a função cronômetro de um celular);
-Fita métrica;
- Fio (linha zero).

3. INTRODUÇÃO

O pêndulo consiste em um sistema mecânico que tem uma massa puntiforme, logo, o
corpo tem dimensões insignificantes, o pêndulo é composto por uma massa presa a um fio
que oscila periodicamente, sua oscilação ocorre por causa ação das forças peso e tração.
Segundo Helerbrock ([21--]), as forças peso e tração não se cancelam nesse contexto, já que
isso só acontece na posição de equilíbrio, surge, dessa forma, uma força resultante de
natureza centrípeta, fazendo o pêndulo oscilar em torno de um ponto de equilíbrio.

Fonte: Fonte Helerbrock ([21--])

Segundo as leis de Newton e as equações horárias do movimento harmônico simples,

é possível descobrir um conjunto de equações exclusivas para os pêndulos simples, logo,
podemos dizer que a resultante da força peso e a força tração é uma força centrípeta.
Outrossim, a força restauradora do movimento pendular é a componente horizontal do peso.
 Fonte: Fonte Helerbrock ([21--])

Px – componente horizontal da força peso (N);

Py – componente vertical da força peso (N).

3.1 GALILEU GALILEI E O PÊNDULO

Fonte: Fonte Borges (2020)

Galileu Galilei, foi um astrônomo, físico e engenheiro conhecido por suas grandes
descobertas, e uma delas foi o estudo do período de oscilação de um pêndulo. Segundo
Fiolhais (2011), só em 1602 é que apresentou a um amigo seu pela primeira vez a ideia do
isocronismo de pêndulos, isto é, que o seu período de oscilação de um pêndulo é
independente da sua amplitude (para pequenas oscilações apenas).
Sabe-se que Galileu estudou as propriedades dos pêndulos e concluiu que não só são
isócronos, propriedade que se repete e só é válida para pequenos estados oscilatórios, mas
também retornam às alturas de onde foram lançados, o que hoje se admite como manifestação
da conservação de energia, um conceito ainda não introduzido na época. Além disso,
observou que os pêndulos mais leves param de oscilar mais rapidamente do que os mais
pesados ​e que o quadrado do período de oscilação é proporcional ao comprimento do
pêndulos.As descobertas de Galileu foram fundamentais para a criação de relógios mais
precisos e diversas outras tecnologias.

3.2 FÓRMULA DO PÊNDULO

 Esta fórmula é utilizada para calcular o período do pêndulo simples, o tamanho do fio
é relacionado ao tempo de oscilação e a aceleração da gravidade do local do experimento.

Fonte: Fonte Helerbrock ([21--])

T – período (s);

L – comprimento do fio (m);

g – gravidade (m/s²).

4. PROCEDIMENTO

Antes de iniciarmos o procedimento o professor passou um breve resumo sobre como

funciona o pêndulo, quais são suas principais características e suas fórmulas, além disso, nos
informou como deveria ficar o gráfico obtido através dos dados do experimento.

Neste experimento utilizamos a fita métrica para demarcar o tamanho do fio (linha
zero) para o prosseguimento do experimento, dessa forma, prendermos a massa ao fio e
demos início, alinhamos o fio ao ângulo correspondente na tabela e marcamos o tempo com
um cronômetro, desse modo, iniciamos o cronômetro assim que soltamos o peso preso ao fio
e após 10 oscilações parávamos o cronômetro e anotamos o tempo obtido na tabela para que
possamos prosseguir com os procedimentos teóricos.

1- Anote a massa dos corpos:

m1 (massa menor) = 50g

m2 (massa maior) = 100g

2- Ajuste o comprimento do pêndulo de modo que tenha 20 cm do ponto de suspensão até o

centro de gravidade do corpo;

3- Desloque o corpo da posição de equilíbrio (deslocamento angular igual a 15 0) e

determine o tempo necessário para o pêndulo executar 10 (dez) oscilações completas. Para
minimizar os erros, é recomendável que o operador do cronômetro seja o mesmo que larga o
pêndulo a oscilar.

OBS: O TEMPO DE REAÇÃO HUMANO É DE ALGUNS DÉCIMOS DE SEGUNDO;

EMBORA O CRONÔMETRO REGISTRE ATÉ OS CENTÉSIMOS DE SEGUNDO, SÓ
FAZ SENTIDO VOCÊ ANOTAR O TEMPO OBTIDO MANUALMENTE, ATÉ OS
DÉCIMOS DE SEGUNDO.

Repita 3 (três) vezes e determine o T médio (em s). Use somente uma massa (m 1), como
indicado na Tabela 3.1 ( próxima página).

4- Repita a experiência para os comprimentos 40 cm, 60 cm, 80 cm, 100 cm, 130 cm e 150
cm e Complete a Tabela 3.1 (próxima página).

5- Mantenha o comprimento em 150 cm e estude a influência da massa e da amplitude sobre

o período. Proceda como indicado na Tabela 3.2 (próxima página).

Tabela 3.1
Resultados experimentais para o pêndulo simples.
L (cm)
θ
m 10 T (s) T(s) T2(s2)
(gramas)
(graus)

L1 = 20
θ1 = 15
m1 = 50g 10T1 = 10T1 10T1 T1 = T12 =
8,67s =8,94s =8,96s 0,886s 0,784s2

L2 = 40
θ1 = 15
m1 = 50g 10T2 = 10T2 = 10T2 = T2 = T22
12,64s 12,59s 12,58s 1,26s =1,59s2

L3 = 60
θ1 = 15
m1 = 50g 10T3 = 10T3 = 10T3 = T3 = T32 =
15.50s 15,55s 15,44s 1,55s 2,40s2

L4 = 80
θ1 = 15
m1 = 50g 10T4 = 10T4 = 10T4 = T4 = T42 =
17,86s 17,62s 17,78s 1,78s 3,17s2

L5 =
θ1 = 15
m1 = 50g 10T5 = 10T5 = 10T5 = T5 = T52 =
100 20,00s 19,78s 19,98s 1,99s 3,96s2

L6 =
θ1 = 15
m1 = 50g 10T6 = 10T6 = 10T6 = T6 = T62 =
120 21,46s 21,66s 21,69s 2,16s 4,67s2

L7 =
θ1 = 15
m1 = 50g 10T7 = 10T7 = 10T7 = T7 = T72 =
140 23,69s 23,69s 23,69s 2,37s 5,62s2

Tabela 3.2. Resultados experimentais para o estudo da

influência da amplitude sobre o período do pêndulo simples.
L (cm) m 10 T (s) T(s)
θ
(gramas)
(graus)
 L = 150 m1 = 50g 10T8 = 10T8 = 10T8 = T8 = 2,46s
θ1 =
24,57s 24,64 24,45s
15

L = 150 m1 = 50g 10T9 = 10T9 = 10T9 = T9 = 2,46s

θ2 =
24,63s 24,50 24,59s
10

Tabela 3.3. Resultados experimentais para o estudo da

influência da massa sobre o período do pêndulo simples.
L (cm) m 10 T (s) T(s)
θ
(gramas)
(graus)

L = 150 m1 = 50g 10T9 = 10T9 = 10T9 = T9 = 2,46s

θ1 = 10
24,63s 24,50 s 24,59s

L = 150 m2 = 100g 10T10 = 10T10 = 10T10 = T10 = 2,47s

θ2 = 10
24,79s 24,53s 24,66s

5- Trace o gráfico de T em função de L (para os dados experimentais da Tabela 3.1).

6- Trace o gráfico T 2 em função de L (para os dados experimentais da Tabela 3.1).

5. QUESTIONÁRIO

1- Dos resultados experimentais é possível concluir-se que os períodos independem das

massas? Justifique.

R- Sim, porque o período é proporcional à raiz quadrada do comprimento do fio, e não

depende da massa, como visto experimentalmente, embora as mudanças de massa o ciclo é
quase o mesmo.

2- Dos resultados experimentais o que se pode concluir sobre os períodos quando a

amplitude passa de 10o para 15o ? Justifique.

R- Levando em conta essas duas amplitudes, há um aumento quase desprezível em relação

aos ciclos executados, e quando o ângulo é de 10°, os períodos obtidos são iguais a 2,457.
Aos 15°, o resultado é 2,455. O aumento foi de apenas 0,002, novamente mostrando que a
observação de Galileu estava correta, pois o período do pêndulo depende apenas do
comprimento da corda.

3- Qual a representação gráfica que se obtém quando se representa T x L? Explique.

R- Uma curva, porque a equação do período contém uma raiz quadrada, desse modo,

evidenciando uma parábola.

4- Idem para T2x L . Explique.

R- Ao elevar a equação do período ao quadrado temos que: T² = (4π²/g) L, dessa forma,

uma função do tipo y = kx, logo a representação gráfica é uma reta.

5- Determine o valor de “g” a partir do gráfico T2x L (indique os valores numéricos

utilizados nos cálculos).
T² = 5,62s² L = 140cm = 1,4m

g = 4π²/(∆T²/∆L)

g = 4,00 × (3,14)²/(5,62/1,4)

g = 39,44/4,01

g = 9, 84 m/s2

6- Qual o peso de uma pessoa de massa 70,00 kg no local onde foi realizada a experiência?

m = 70, 00 kg e g = 9,84m/s²

P=m×g

P = 70 × 9,84

P = 688,8 N

7- Qual o peso da pessoa da questão anterior na lua?

m = 70, 00 kg e g = 1,62m/s²

P=m×g

P = 70 × 1,62

P = 113,4 N

8- Compare o valor médio de T obtido experimentalmente para L = 120 cm com o seu valor
calculado pela fórmula T = 2π√L/ g(use g = 9,81 m/s2) . Comente.
 L = 120cm = 1,20m

T = 2π √L/g

T = 2,00 × 3,14 × √1,2/9,81

T = 6,28 × 0,349

T = 2,19s

R- O resultado obtido experimentalmente é de 2,16s, comparando com o valor teórico 2,19s,

nota-se a diferença de apenas 0,03. Isso mostra que a margem de erro do experimento é muito
pequena.

9- Discuta as transformações de energia que ocorrem durante o período do pêndulo.

R- Quando o pêndulo atinge sua altura máxima, ele possui energia potencial, que é
convertida em energia cinética à medida que começa a se deslocar dessa altura até completar
um ciclo completo.

10- De acordo com o valor de g encontrado experimentalmente nesta prática, qual seria o
comprimento para um período de 3s?

L = (g×T²) ÷ (4π²)

L = (9,84×3²) ÷ (4×3,14²)

L = (9,84×9) ÷ (39,44)

L = 2,25m = 225cm

6. CONCLUSÃO

Em geral, pode-se perceber que a experiência do pêndulo é impressionante, pois a partir de

cálculos atrelados ao experimento podemos obter o valor da aceleração da gravidade e do
comprimento dos períodos, além disso, com base nas pesquisas realizadas pôde-se descobrir
que o relógio de pêndulo é um mecanismo para medida do tempo baseado na regularidade da
oscilação de um pêndulo.
Portanto, sabe-se que as descobertas de Galileu Galilei contribuíram bastante para o
desenvolvimento da física e de outras tecnologias. Em relação ao experimento realizado na
sala de aula, pode-se dizer que a equipe desenvolveu bem o que foi pedido pelo professor.

7. REFERÊNCIAS

BORGES, Dayane Borges. Galileu Galilei, quem foi? História de vida, principais obras e
pensamentos. 29 jul. 2020. 1 ilustração de Galileu Galilei. Disponível em:
https://conhecimentocientifico.com/galileu-galilei-2/. Acesso em: 7 jun. 2022.

FIOLHAIS, Carlos. Galileo e o Pêndulo. HISTÓRIA DA FÍSICA, [ S. l.], p. 1-1, 15 jun.

2011. Disponível em:
http://historiadafisicauc.blogspot.com/2011/06/galileo-e-o-pendulo.html. Acesso em: 7 jun.
2022.

HELERBROCK, Rafael. Pêndulo simples: Fórmulas do pêndulo simples. [21--]. 1 ilustração

da fórmula do pêndulo simples. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm. Acesso em: 7 jun. 2022.

HELERBROCK, Rafael. Pêndulo simples: Fórmulas do pêndulo simples. [21--]. 1 ilustração

da força resultante entre a tração (T) e o peso (P) é uma força centrípeta. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm. Acesso em: 7 jun. 2022.

HELERBROCK, Rafael. Pêndulo simples. Mundo Educação, [s. l.], [21--]. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm. Acesso em: 7 jun. 2022.

HELERBROCK, Rafael. Pêndulo simples: Fórmulas do pêndulo simples. [21--]. 1 ilustração

da força restauradora do movimento pendular. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm. Acesso em: 7 jun. 2022.