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Uso da

metodologia
GAMP da ISPE
para validar
o software
do sistema de
monitoramento
ambiental
Introdução

Sistemas de monitoramento que fornece monitoramento clientes. Para garantir uma


contínuo (CMS) são utilizados na contínuo e alarmes em tempo real. qualificação de software totalmente
indústria farmacêutica para detectar As condições a que os medicamentos compatível com GMP, recomendamos
condições fora da especificação são expostos devem ser registradas a utilização da metodologia GAMP
(OOS) em ambientes de fabricação, com precisão para provar que como um guia razoável e sistemático
processamento e distribuição. o produto foi criado, processado para garantir que seu software do
Esses aplicativos de monitoramento e armazenado dentro dos sistema de monitoramento seja
modernos com base na Web também parâmetros corretos. executado conforme esperado
podem enviar alarmes por e-mail para durante todo o ciclo de vida.
notificar os funcionários a tomar O CMS, como todos os sistemas
medidas corretivas antes que as baseados em software, tem um ciclo Aqui destacamos uma diretriz
condições OOS, como temperatura de vida. Ele começa na aquisição de dez passos para a aplicação
ou umidade extrema, possam ter um e instalação e continua na liberação da metodologia GAMP para a
efeito negativo sobre a qualidade e e na manutenção até a eventual validação de software do sistema
a segurança do produto. Como um desativação do sistema. Isso descreve de monitoramento contínuo. O
sistema de monitoramento pode em termos gerais o ciclo de vida de objetivo deste artigo é simplificar
ser considerado um "sistema desenvolvimento de software (SDLC), a abordagem GAMP e destacar os
automatizado", podemos gerenciar que é a maneira típica de gerenciar passos específicos que você pode
esse sistema usando diretrizes um software de GMP. Neste artigo, tomar para integrar facilmente
de Boas Práticas de Fabricação vamos nos concentrar nas fases suas iniciativas de validação
Automatizada (GAMP) publicadas de qualificação e validação do em seus sistemas existentes
pela Sociedade Internacional de ciclo de vida de um software de de gerenciamento de qualidade.
Engenharia Farmacêutica (ISPE). monitoramento. Essas fases são Também mostramos como o nível
Especificamente, vamos considerar importantes porque um software de de esforço necessário em processos
as publicações da ISPE: "Guia GAMP CMS pode ser facilmente esquecido. de validação está fortemente
para validação de sistemas automa- Ele geralmente é executado no ponderado sobre a complexidade
tizados na fabricação farmacêutica" segundo plano das operações do sistema de monitoramento (ou
e "GAMP 5: uma abordagem baseada diárias de uma instalação. No seja, de acordo com as categorias
em análise de risco com os sistemas entanto, o software do sistema do sistema GAMP). No geral, uma
computadorizados GxP." de monitoramento não deve ser abordagem GAMP para validação,
esquecido quando se trata de conforme descrito neste artigo, deve
A manutenção de condições validação. Um CMS qualificado aumentar a vida útil, a facilidade de
ambientais dentro das especificações inadequadamente pode resultar utilização e a conformidade do seu
do produto é uma parte fundamental em observações indesejadas no software de CMS.
das operações de GxP. Normalmente, momento da inspeção e perguntas
isso envolve um sistema automatizado incômodas durante as auditorias de

Termos-chave

▪ Um documento de
especificações de requisitos
▪ Um documento de
especificação funcional (FS)
▪ Uma matriz de
rastreabilidade (TM) é usada
do usuário (ERU ou em descreve as funções de um para descrever os requisitos
inglês URS) descreve o que sistema e como essas funções do projeto e garantir que eles
o usuário final precisa que um satisfazem os requisitos no URS. sejam cumpridos. As matrizes
sistema faça. O documento Ele também contém métodos de rastreabilidade geralmente
pode priorizar os requisitos para verificar se esses requisitos estão na forma de uma tabela
como obrigatórios, desejáveis, foram satisfeitos. Ele não define que é usada para controlar os
opcionais ou possíveis em o funcionamento interno do requisitos e/ou especificações
versões futuras. Exemplo: sistema; em vez disso, o FS que devem ser testadas. A matriz
O sistema deve evitar falsos descreve as interações entre orienta o desenvolvimento dos
alarmes devido a atividades o sistema e os usuários finais. documentos de teste, e deve ser
normais, como a abertura da verificada após a conclusão dos
porta. testes para garantir que todos
os requisitos do sistema tenham
sido adequadamente testados.
Uso de GAMP para validar o software
do sistema de monitoramento contínuo

Este é um processo de dez passos, Quando existem dois sistemas


de monitoramento em paralelo
com diferentes caminhos para diferentes — um sistema de monitora-
mento principal e um conjunto
categorias de sistemas (isto é, classificados redundante de sensores —
como você defende (para
de acordo com GAMP 4 e/ou 5), e cada um um auditor) que um sistema
envolve diferentes níveis de esforços. fornece o registro “oficial” das
condições e o outro sistema
serve apenas para fornecer
uma redundância de registros
em caso de falha no sistema
Desenvolver de não conformidade. Menos lacunas
de monitoramento principal?
entre seu sistema de monitoramento
um documento
PASSO e seu QMS resultam em menos riscos,
de especificação Algumas empresas
1 de requisitos do
tanto de conformidade quanto de
segurança dos produtos. O URS
implementam um BMS e
um CMS em paralelo. Muitas
usuário (ERU devidamente desenvolvido garante
vezes, para os inspetores, isso
ou URS) que o novo sistema se encaixe nos
pode indicar que a sua empresa
processos de qualidade existentes.
tem um compromisso real com
O primeiro passo na escolha de a continuidade dos registros.
um CMS adequado é determinar Além disso, o processo de criação Geralmente, um sistema
suas necessidades, desenvolvendo de um URS com várias partes é chamado de "sistema
um documento de especificação de interessadas pode iniciar discussões de registro" e diferenciado
requisitos do usuário. De preferência, sobre funções e abordagens do "sistema de controle".
a criação desse documento deve totalmente novas e mais eficientes No entanto, as saídas de
acontecer antes da escolha do CMS, de monitoramento. Isto é esperado. dois sistemas diferentes são
apesar de que isso (infelizmente) Criar o URS é uma oportunidade bastante diferentes; muitas
muitas vezes não é o caso. de ser flexível, criativo e estratégico vezes, um BMS inclui muitos
A criação de um documento de para garantir que o sistema escolhido tipos de sensores e controles
URS é o elemento mais importante do corresponda às necessidades de que exigem uma programação
processo GAMP. Repetir: a criação de seus ambientes, produtos e QMS. personalizada. Essa programa-
um documento de URS é o elemento ção personalizada faz com
mais importante do processo GAMP. Um URS típico para um sistema que o processo de validação,
De preferência, o URS é criado ANTES de monitoramento incluirá seções necessário para o GMP, seja
que o sistema seja escolhido, pois específicas para as funções de bastante oneroso. Uma opção
é uma ferramenta importante que um CMS, incluindo: sensores, rede, mais econômica pode ser um
usaremos para determinar se um utilitários, infraestrutura, segurança, CMS padrão projetado para
sistema candidato é apropriado. alarme, TI e outros requisitos aplicativos GxP. Esse segundo
É o documento que descreverá as específicos para sua instalação ou sistema pode fornecer os
funções necessárias do sistema. seu produto. Os requisitos incluídos documentos obrigatórios para
O documento de URS também devem seguir a diretriz "SMART" os processos de inspeção e
pode identificar as necessidades das (Specific, Measurable, Attainable, auditoria e ser o "sistema de
várias partes interessadas para criar Relevant, and Testable), ou seja, registro". Além disso, muitos
um consenso na escolha do sistema. devem ser específicos, mensuráveis, sistemas de monitoramento
atingíveis, relevantes e testáveis. Esse podem incluir registros
O objetivo do URS é listar os último elemento deve informar como redundantes, de modo que,
requisitos do sistema necessários você escolhe os requisitos do sistema. mesmo em caso de falta de
para permitir que o seu CMS se alinhe Se você criar um requisito do sistema energia ou inatividade da rede,
com e seja incluído no sistema de que não é testável, ele causará os registros sejam contínuos.
problemas mais tarde. Veja alguns
PERGUNTAS
gerenciamento de qualidade (QMS)
existente. Quaisquer lacunas entre exemplos de requisitos (note o uso
o CMS e o QMS aumentam o risco do termo "deve"):
FREQUENTES
Cada um dos requisitos acima requisitos não satisfeitos. Se você
O sistema de alarme deve... é específico e testável. Na prática, excluir os requisitos não satisfeitos,
o URS será desenvolvido por uma soluções alternativas talvez não
▪ ter a capacidade de avisar os
comissão de interessados, cada sejam devidamente documentadas
funcionários quando as leituras
dos sensores excederem os um dos quais trará uma área de e incluídas no seu QMS.
valores de limite. especialização para a discussão.
Um benefício do envolvimento Embora a escolha do sistema
▪ ter atrasos configuráveis de 0 a
das partes interessadas no início, com base nas necessidades de
60 minutos antes da geração
de alarmes e notificação. e também um passo crucial, é que a várias partes interessadas seja,
aprovação pelas partes interessadas necessariamente, um compromisso,
▪ permitir vários limites altos
geralmente será mais fácil se elas criar um URS baseado em uma
e baixos.
estiverem envolvidas no processo de ampla gama de necessidades antes
▪ transmitir estados de alarme definição dos requisitos do sistema. de comprar um sistema aumenta
por SMS, e-mail e telefone.
Haverá revisões e, provavelmente, a probabilidade de encontrar a
mais requisitos do que qualquer melhor opção para a sua instalação
sistema pode satisfazer ou aplicação. De preferência, as
adequadamente. Isto é esperado. empresas impulsionarão a inovação
Pode ser útil documentar quaisquer e a criatividade dos fornecedores de
requisitos que não sejam satisfeitos sistemas, desenvolvendo requisitos
quanto à rastreabilidade. Isso garantirá com base nas necessidades reais
a transparência do processo para de aplicativos de GxP, em vez de
todas as soluções alternativas que com base no que está disponível
devem ser criadas para atender aos no mercado.

PASSO Começar a criar uma matriz de rastreabilidade


2 Esta é a ferramenta que irá organizar todo o esforço de qualificação, começando pela escolha do sistema.
A Matriz de rastreabilidade rastreará os requisitos listados no URS para garantir que cada requisito seja
representado por uma função correspondente no sistema. A matriz também ajuda a verificar que cada função seja testada.
Efetivamente uma planilha gigante, você vai usar a primeira coluna para os requisitos listados no documento de URS
e preencher as colunas restantes (Especificação funcional, Especificação de configuração e Protocolo de teste)
conforme escolher e qualificar seu sistema.

ESPECIFICAÇÃO PROTOCOLO
REQUISITO ESPECIFICAÇÃO FUNCIONAL
DE CONFIGURAÇÃO DE TESTE

O sistema deve evitar falsos alarmes


devido a atividades normais, como
a abertura da porta.
Auditar internamente ou precisará delegar
O que significa quando um o trabalho para um prestador de
fornecedor do sistema diz PASSO fornecedores
serviços ou fornecedor do sistema?
e selecionar
que algo é "configurável"?
3 um produto
Cuidado! Às vezes, isso não Seu objetivo é identificar uma lista
acontecerá se você estiver O próximo passo é encontrar de sistemas candidatos para uma
usando algum tipo de um sistema que atenda os requisitos análise mais aprofundada. Depois
linguagem de codificação descritos em seu URS. Você precisará de ter sua lista, você vai auditar os
gráfica fornecida dentro avaliar cada sistema de monitora- fornecedores de duas maneiras.
do sistema. Lembre-se: o mento em potencial utilizando seu Você pode auditar o sistema de
fornecedor do sistema não URS como uma ferramenta para qualidade deles e a facilidade de
determina a classificação do determinar o ajuste apropriado avaliar o compromisso deles com
software GAMP do sistema no que diz respeito a seu QMS. a qualidade, além de auditar o CMS
dele. Só porque o software Você pode ter várias restrições que deles propriamente dito. Na segunda
é considerado "configurável", devem ser consideradas juntamente opção, você vai usar sua matriz de
isso não significa que alguns com seu URS, como seu orçamento rastreabilidade como uma ferramenta.
de seus requisitos não irão de aquisição, o custo de propriedade Faça uma cópia da matriz para cada
exigir alguma codificação a longo prazo ou os recursos de sistema que você auditar e, em
personalizada, que, de validação da sua empresa. Por seguida, compare os recursos do
acordo com a ISPE, faz exemplo, você pode executar sistema com seus próprios requisitos
com que seja um sistema a instalação do sistema e a de sistema. O maior diferencial dos
GAMP da Categoria 5. qualificação da operação sistemas será o tipo de software, con-

PERGUNTAS
forme definido pela diretriz de GAMP.

FREQUENTES
A configuração em tempo de O software da Categoria
Determinar execução refere-se às tarefas de 5 é "software personalizado" em
PASSO configuração simples que permitem GAMP 4 e "produtos personalizados"
seu tipo de
4 software
que um sistema funcione, mas não em GAMP 5. Esse tipo de sistema
alteram o processo de negócios. Um geralmente refere-se a sistemas
exemplo seria itens que permitem a programados diretamente que
A ISPE estabeleceu algumas
inserção do nome de um departamen- requerem codificação. No entanto,
categorias para classificar os
to ou de uma empresa em cabeçalhos também inclui todos os sistemas que
tipos de software. Foram criadas
de relatórios e a configuração de exigem qualquer código novo, mesmo
cinco categorias para facilitar
impressoras padrão ou tipos de usuário. que tal código tenha sido criado
a identificação. As categorias
usando funções não personalizadas
principais no que diz respeito aos
O próximo tipo de software é a dentro do aplicativo. O código
sistemas de monitoramento são:
Categoria 4, que, em GAMP 4, é personalizado é sob medida para criar
• Categoria 3: de prateleira chamado de "software configurado" novos processos. Como o processo é
• Categoria 4: configurado e, em GAMP 5, "produtos novo, não foi testado pelo fornecedor
• Categoria 5: personalizado configurados". Estes são sistemas do sistema e, portanto, deve ser
que não podem ser implantados completamente testado pelo usuário.
imediatamente após a instalação Os exemplos vão desde sistemas sob
Observe que a nomenclatura mudou
porque alguns parâmetros precisam medida verdadeiramente únicos a
ligeiramente entre GAMP 4 e GAMP 5.
ser ajustados de acordo com seus macros criadas em VBA em um
Para o tipo de software que vamos
processos de negócios antes do uso. aplicativo do Microsoft Excel.
chamar de software "de prateleira",
GAMP 4 chamava de "Padrão" Exemplos incluem strings de entrada
e GAMP 5 o renomeou como definidas pelo usuário para menus A ISPE usou medidas excelentes
"Não configurado". Ambos são tipos suspensos e a criação de relatórios para criar essas categorias porque
de software da Categoria 3; muitas específicos. Apesar de fazer as diferenças de esforço e custo
vezes chamado de "plug-and-play", configurações além do tempo de são muito grandes, tornando
esse tipo de software é projetado execução, não há código personali- essa categorização distintiva uma
para ser usado imediatamente após zado. Isso significa que o código no ferramenta valiosa para a avaliação
a instalação. É fácil de implantar, software não é novo: é padrão e tem de sistemas em termos de recursos
mas não deve exigir nenhuma sido exaustivamente testado pelo que irão exigir validação e para
configuração além de configurações fornecedor do sistema, aumentando, entender como um novo sistema
em tempo de execução. assim, a confiança do usuário. será integrado nos processos de
qualidade de uma empresa.
PASSO Desenvolver um documento de especificação funcional (FS)
5 Depois de criar sua lista de sistemas de candidatos, você irá criar um documento de especificação
funcional (FS). Ele descreve todas as funções do software e como o software irá satisfazer os requisitos
estabelecidos no URS. O documento de especificação funcional para um sistema "padrão" e "configurado" deve ser
o mais específico e detalhado possível. A versão preliminar está muitas vezes disponível com o fornecedor do sistema.
A FS para um sistema personalizado pode ser vaga, pois o sistema ainda não existe. Se você for desenvolvedor de um
sistema personalizado, provavelmente precisará fornecê-la.

À medida que os documentos de especificação funcional são criados ou avaliados, podem revelar novas aplicações
para o sistema de CMS que podem ser adicionadas ao documento de URS.

Cada requisito deve ser abordado por uma função; cada função está incluída na matriz de rastreabilidade:

ESPECIFICAÇÃO PROTOCOLO
REQUISITO ESPECIFICAÇÃO FUNCIONAL
DE CONFIGURAÇÃO DE TESTE

O sistema deve evitar falsos alarmes O sistema terá uma função de


devido a atividades normais, como atraso de alarme configurável
a abertura da porta. para evitar falsos alarmes.

Os documentos de URS e FS nem sempre irão corresponder com precisão, e atualizar a matriz de rastreabilidade
irá confirmar quais os requisitos foram (e não foram) atendidos. É importante lembrar que nem todos os requisitos têm
o mesmo nível de importância; alguns serão essenciais e outros simplesmente serão "bons de ter". Você pode integrar essa
classificação em um processo de ponderação dos requisitos com as partes interessadas para priorizar os requisitos por
importância. Se necessário, você pode revisar seu URS com uma declaração sobre os itens que não são funcionalmente
satisfeitos pelo sistema. Lembre-se de observar o processo ou a solução alternativa que satisfaça o requisito.

É chegado o momento de finalizar a escolha do sistema. Basta lembrar que o tipo de sistema que você acaba escolhendo
(Categoria 3, 4 ou 5) afetará até que ponto uma validação geral é necessária. Se você selecionar um sistema da Categoria 3,
nenhuma especificação será necessária e o desenvolvimento de documentos de teste poderá começar (Passo 7). No caso
de sistemas da Categoria 4 ou 5, há mais documentos necessários, assim como para o Passo 6. A maioria dos sistemas de
monitoramento vendidos é da Categoria 4. Os sistemas de monitoramento da Categoria 5 normalmente contêm dispositivos
e controladores de vários fornecedores, e um código personalizado é necessário para permitir que as partes se comuniquem
e sejam integradas em um sistema totalmente funcional (BAS ou BMS). 

FUNCTIONAL
ESPECIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÃO
CONFIGURATION TEST
PROTOCOLO
REQUISITO
REQUIREMENT
PROTOCOL
SPECIFICATION
FUNCIONAL SPECIFICATION
DE CONFIGURAÇÃO DE TESTE

FUNCTIONAL
ESPECIFICAÇÃO CONFIGURATION
ESPECIFICAÇÃO TEST
PROTOCOLO
Candidate System 1
REQUIREMENT
REQUISITO SPECIFICATION
FUNCIONAL SPECIFICATION
DE CONFIGURAÇÃO PROTOCOL
DE TESTE

FUNCTIONAL
ESPECIFICAÇÃO CONFIGURATION
ESPECIFICAÇÃO TEST
PROTOCOLO
REQUIREMENT
REQUISITO
Candidate System 1
SPECIFICATION
FUNCIONAL SPECIFICATION
DE CONFIGURAÇÃO PROTOCOL
DE TESTE

FUNCTIONAL
ESPECIFICAÇÃO CONFIGURATION
ESPECIFICAÇÃO TEST
PROTOCOLO
Candidate System 1
REQUISITO
REQUIREMENT
SPECIFICATION PROTOCOL
FUNCIONAL SPECIFICATION
DE CONFIGURAÇÃO DE TESTE

Candidate System 11
Sistema candidato

Ao escolher um sistema, não


se esqueça de que os recursos
necessários para validação serão
correspondentes ao tipo de sistema.
Desenvolver O processo de configuração atual Os elementos do CS agora
geralmente ocorre no local após devem ser registrados na matriz de
PASSO documentos
a instalação do sistema e pode ser rastreabilidade ao lado dos requisitos
de especificação
6 detalhada (DS)
realizado pelo fornecedor do sistema. correspondentes e das funções
que cada item de configuração
Para um sistema Personalizado deve satisfazer. Observe que, no
Os documentos de especificação da Categoria 5, o documento de exemplo abaixo, a especificação de
detalhada (DS) descrevem como especificação detalhada é conhecido configuração é específica e descreve
o sistema proposto precisa ser como uma especificação detalhada em detalhes como a função será
configurado ou programado para do projeto (DDS). O sistema ainda configurada e o que você deve
executar as funções identificadas não existe e precisa ser criado nessa fazer para testar a função.
no FS. Esses documentos de fase. O DDS vai descrever exatamente
especificação não são necessários como funciona o sistema, vagamente
para sistemas da Categoria 3, pois descrito no FS, e como ele será
estão na sua forma final. estruturado e programado. Isso Como GAMP é aplicado?
pode servir como um exemplo de
Para um sistema Configurado por que os sistemas da Categoria 5 GAMP é uma diretriz.
da Categoria 4, o documento de exigem mais testes e documentação Isso significa que contém
especificação detalhada é conhecido do que todas as categorias. Uma soluções sugeridas de
como especificação de configuração discussão sobre o DDS é um tópico especialistas do setor. É
(CS). O CS descreve como o sistema especializado e está fora do âmbito um conjunto de princípios
será configurado para corresponder deste artigo. destinados a descrever
às funções no processo de negócios. métodos que garantem que
produtos farmacêuticos
sejam fabricados com
os mais altos padrões de
qualidade. Um dos princípios
fundamentais do GAMP é
que a qualidade deve ser
incorporada em cada etapa
do processo de fabricação.

Como o GAMP tem sido


muito utilizado, tornou-se
um documento de práticas
recomendadas, mas não
é uma exigência. Assim, se
você deixar de implementar
as recomendações do GAMP,
poderá ser questionado por
um auditor para explicar o
que você fez em seu processo
e por quê. Se você se afastar
das práticas recomendadas
aceitas na indústria como
descrito pelo GAMP, esteja
preparado para se justificar.

PERGUNTAS
FREQUENTES
ESPECIFICAÇÃO PROTOCOLO
REQUISITO ESPECIFICAÇÃO FUNCIONAL
DE CONFIGURAÇÃO DE TESTE

O sistema deve evitar falsos alarmes O sistema terá uma função de A função de atraso de alarme será
devido a atividades normais, como atraso de alarme configurável configurada para um atraso de
a abertura da porta. para evitar falsos alarmes. 10 minutos antes da ativação do alarme.
PASSO Desenvolver documentos de teste
7 Agora que o sistema foi escolhido e a configuração específica determinada (se necessário), o desenvolvimento
dos documentos de teste pode começar. Este é um passo necessário para todas as categorias de sistemas.
Além disso, é essencial que o processo inclua todos os itens de GMP identificados nos documentos URS, FS e CS. Você
pode usar técnicas de avaliação de risco para simplificar esse processo. Se não houver uma função de GMP dentro do
software, pode não haver uma razão para testá-lo. É aqui onde seus requisitos S.M.A.R.T. entram em jogo, para ajudar
a identificar o que está realmente relacionado com GMP.

Os protocolos de teste devem ser inseridos na matriz de rastreabilidade para garantir que haja um teste para cada
requisito. Em nosso exemplo de matriz, o Teste de atraso de alarme foi adicionado como nosso protocolo de teste
para garantir que o atraso de 10 minutos esteja corretamente configurado e as funções especificadas.

ESPECIFICAÇÃO PROTOCOLO
REQUISITO ESPECIFICAÇÃO FUNCIONAL
DE CONFIGURAÇÃO DE TESTE

O sistema deve evitar falsos alarmes O sistema terá uma função de A função de atraso de alarme será
Teste de atraso
devido a atividades normais, como atraso de alarme configurável configurada para um atraso de
de alarme
a abertura da porta. para evitar falsos alarmes. 10 minutos antes da ativação do alarme.

Os documentos de teste são similares para sistemas da Categoria 3 e 4, com


apenas uma qualificação de desempenho (PQ) para distingui-los. Para um
sistema da Categoria 3, uma PQ das funções de software não é necessária
porque todas as funções foram totalmente testadas no teste de qualificação
operacional. Lembre-se que os processos de negócios não podem ser
alterados para um sistema da Categoria 3, deixando nenhuma função de
software para desafiar em uma PQ. Assim, para um sistema da Categoria
3, a validação de software requer apenas documentos de IQ e OQ e, para
um sistema da Categoria 4, a validação de software incluirá documentos
de IQ, OQ e PQ. Em comparação, o teste será bastante extenso para
sistemas da Categoria 5, incluindo: revisão de código, testes de módulo, FAT,
comissionamento, SAT e documentos de IQ, OQ e PQ. Observe que cada tipo
de sistema terá comissionamento e SAT, como uma parte normal da instalação
do hardware. A mensagem aqui é que a extensão do trabalho envolvido para
testar diferentes tipos de sistemas deve influenciar fortemente a sua escolha
do sistema: escolha de acordo com suas necessidades e suas capacidades
(especialmente em termos de validação).

Icon Legend
Legenda do ícone
Icon
Ícone System
Tipo Type
de sistema Summary
Resumo

Typically easiest
Normalmente maistofácil
validate,
de validar,
Padrão com
withfunções
limited limitadas
functionseand poucas
few
alterações possíveis.
changes possible.

Compensação
Tr do esforçoincreased
of moderately de validação
Configurado
Configured moderadamente aumentado para ganhar
validation ort to gain increased
maior funcionalidade e capacidade de
functionality and ability to specialize.
se especializar.

Custom
Personalizado Massive increase
Aumento maciço no in esforço
validation
de validação
paraort
umaforsolução
a tailor-made solution.
sob medida.

Todos
All Tamanho da ampulheta
Size of hourglass = Intensidade
= Validation Intensity.
da validação.
Agora é hora de fazer uma verificação final:
PASSO Finalizar
 URS - Finalizado e aprovado. Todos os requisitos de URS estão
8 a Matriz de incluídos na Matriz de rastreabilidade.
rastreabilidade
 FS - Finalizado e aprovado. Todas as funções de FS estão incluídas
A Matriz de rastreabilidade deve na Matriz de rastreabilidade. Certifique-se de que todos os requisitos
ter sido atualizada a cada passo,
sejam abordados por uma função.
com base no URS, FS, CS, DS e  CS - Finalizado e todos os itens de configuração inseridos na Matriz
documentos de teste. Conforme de rastreabilidade. Certifique-se de que uma configuração seja
revisa sua TM, você pode observar especificada para cada função configurável.
testes que não têm nenhum
requisito; reavalie se você precisa
 Protocolos de teste - Todos os testes escritos e aprovados.
Certifique-se de que todos os requisitos sejam testados.
do teste. Do mesmo modo, pode
haver requisitos que não podem ser  Matriz de rastreabilidade - Completa, finalizada e aprovada.
testados. Anote isso em sua matriz;
por que este não pode ser testado?
 Agora teste!
Qual será a solução alternativa?

PASSO Executar testes do sistema


9 Aqui é onde a diversão começa! Todos os requisitos devem ser testados usando a Matriz de rastreabilidade
como uma lista de verificação. É por isso que é essencial completar a matriz a cada passo. Os sistemas
agora serão executados no cenário da vida real, então é provável que existam alguns problemas, esperançosamente
apenas pequenos. A maioria deles serão resolvidos, mas se as coisas realmente não funcionarem, tente revisar os
requisitos, desenvolvendo uma solução, ou entrar em contato com o fornecedor para ver se existe uma correção.
Pode haver um erro no sistema; isso vai exigir uma correção do fornecedor.

Os principais passos de manutenção


Manter o sistema para qualquer sistema automatizado "O webinar foi excelente,
PASSO são:
sob controle de muito obrigado! Gostaria
10 alteração
• POPs que mais empresas
• Treinamento
ajudassem a educar
• Calibração
Uma vez que o sistema esteja sendo
seus clientes como a
• Validação
executado sem problemas, validado, • Controle de alteração
Vaisala. O conhecimento
e liberado para uso, ele ainda precisa (garantindo que todas as adquirido a partir destes
ser mantido. Isso irá garantir a função alterações sejam introduzidas webinars pode ser usado
ideal, a conformidade e a redução do de maneira controlada) em aplicações no mundo
risco, bem como uma longa vida útil Esses itens estão fora do escopo real e posto em prática
do sistema. Lembre-se, a abordagem deste artigo. No entanto, você imediatamente..."
GAMP é uma abordagem de ciclo pode encontrar webinars sobre
de vida, o que significa manter este assunto aqui: Pat,
o sistema até sua remoção.
• Como validar o software especialista em calibração
de sistema de monitoramento
• Manutenção da conformidade

Conclusão
de sistemas GxP

Desde 1991, o Fórum de Boas Práticas de Fabricação Automatizada vem trabalhando para esclarecer e divulgar as melhores
práticas do uso correto de sistemas informatizados para setores regulados. Suas diretrizes internacionalmente reconhecidas
tornaram-se metodologias confiáveis para validação e qualificação de sistemas que afetam a qualidade de medicamentos,
produtos biológicos e dispositivos. Esperamos que as etapas e as categorias descritas aqui apresentem uma interpretação
simplificada mas aplicável da abordagem GAMP baseada no risco para validação de software. O objetivo foi fornecer uma
diretriz ilustrativa para validar e integrar corretamente o software do sistema de monitoramento a seus sistemas de gestão
de qualidade existentes. Para obter mais informações sobre o sistema de monitoramento contínuo da Vaisala, acesse
www.vaisala.com/lifescience.
Sobre o autor
Paul Daniel, especialista sênior de conformidade normativa da Vaisala,
trabalha nas indústrias farmacêuticas, de biotecnologia e dispositivos médicos
desde 1996. Ele trabalhou em diversos projetos de qualificação, incluindo:
processo, limpeza, transporte, equipamentos de laboratório, embalagem,
software, rede e validação de sistemas computadorizados. Ele tem uma vasta
experiência na aplicação dos princípios contidos no FDA 21 CFR Partes 11, 210,
211 e 820, é autor de protocolos de validação para a fabricação de produtos
farmacêuticos e protocolos de validação de software. Daniel possui bacharelado
em biologia (com honras) pela Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Sobre a Vaisala
A Vaisala fornece sistemas de
monitoramento ambiental, medição
e validação projetados para as
indústrias de ciências da vida.
Nossas soluções são baseadas
em conhecimentos de normas
e regulamentos de aplicações
da indústria farmacêutica, de
biotecnologia e dispositivos
médicos, incluindo: salas
limpas, laboratórios e centros de
distribuição. Com sede na Finlândia
(campus mostrado abaixo), a Vaisala
tem escritórios na Austrália, Brasil,
Canadá, China, França, Alemanha,
Índia, Japão, Malásia, Coreia do
Sul, Suécia, Grã-Bretanha, Estados
Unidos e Emirados Árabes Unidos.

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