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3/28/2020 Rota do Mediterrâneo Central - Consilium

Conselho Europeu
Conselho da União Europeia

Rota do Mediterrâneo Central

A rota do Mediterrâneo Central tornou-se a rota mais utilizada de acesso à UE nos últimos anos.

Migrantes e requerentes de asilo utilizam a rota do Mediterrâneo Central para entrar irregularmente na
UE.

Empreendem viagens perigosas desde o Norte de África para tentar atravessar o Mediterrâneo e
chegar à Europa.

Nessa viagem, a maioria dos migrantes provenientes da África subsariana e do Norte de África
transitam pela Líbia. Esta situação incentivou o desenvolvimento de redes de passadores e traficantes
na Líbia.

Em fevereiro de 2017, os dirigentes da UE chegaram a acordo sobre novas medidas para reduzir as
chegadas irregulares por esta rota. Comprometeram-se a reforçar a cooperação com a Líbia e a lutar
contra os passadores.

 Declaração dos membros do Conselho Europeu, reunidos em Malta, sobre os aspetos externos da
migração: resolver a questão da rota do Mediterrâneo Central, 3 de fevereiro de 2017

Em novembro de 2017, a UE criou um grupo de missão conjunto para a migração com a União
Africana e a ONU. Este grupo de missão tem por objetivo unir esforços e reforçar a cooperação de
modo a dar resposta aos desafios da migração em África e, em especial, na Líbia.

 Comunicado de imprensa conjunto das Nações Unidas, da União Africana e da União Europeia
(Comissão Europeia)

Em junho de 2018, os dirigentes da UE instaram à tomada de novas medidas para reduzir a migração
ilegal através da rota do Mediterrâneo Central. Acordaram, nomeadamente, em:

intensificar os esforços para travar os passadores de migrantes que operam a partir da Líbia ou
de outros países
continuar a apoiar a Itália e outros países da UE da primeira linha
reforçar o seu apoio à guarda costeira líbia, à promoção de condições de acolhimento humanas e
aos regressos humanitários voluntários
reforçar a cooperação com outros países de origem e de trânsito, bem como a reinstalação
voluntária

 Conselho Europeu, 28-29/06/2018

Nesta página pode obter mais informações sobre as medidas da UE com vista a:
https://www.consilium.europa.eu/pt/policies/migratory-pressures/central-mediterranean-route/ 1/8
3/28/2020 Rota do Mediterrâneo Central - Consilium
Nesta página, pode obter mais informações sobre as medidas da UE com vista a:

fazer face à situação migratória na Líbia


combater as causas profundas da migração em África

Infografia –Migration flows: EU action in Libya

Ver infografia completa

Migrantes na Líbia: principais dados


Em março de 2018, a OIM recenseou 662 248 migrantes na Líbia.

Eram, na sua maioria, originários de África (97%), sendo os restantes provenientes do Médio Oriente e
da Ásia.

Para mais dados numéricos sobre os migrantes na Líbia, consulte o seguinte relatório:

 Relatório sobre os migrantes na Líbia, março de 2018 (Organização Internacional para as Migrações)

Medidas destinadas a fazer face à situação migratória na


Líbia
As ações da UE na Líbia centram-se nos seguintes pontos:

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1) Formação da guarda costeira

2) Proteção e prestação de assistência aos migrantes e refugiados

3) Apoio às comunidades locais

4) Melhoria da gestão das fronteiras

Até agora, a UE mobilizou 237 milhões de euros para financiar programas destinados a dar resposta
aos desafios na Líbia. Estes programas são financiados através do Fundo Fiduciário de Emergência da
UE para África.

1) Formação da guarda costeira líbia


A UE começou a dar formação aos guardas costeiros líbios em 2016.

Em fevereiro de 2017, os dirigentes da UE decidiram oferecer à guarda costeira líbia mais formação,
equipamento e apoio.

Essa formação é dispensada através da Operação Sophia, a operação da UE no Mediterrâneo que


combate a introdução clandestina de migrantes.

O objetivo da formação é melhorar a segurança nas águas territoriais líbias e salvar vidas no mar.
Desde 2016, foram formados pelos Estados‑Membros da UE 400 agentes da guarda costeira líbia
(março de 2019).

As tripulações que participam nesta formação reforçarão a sua capacidade para:

desmantelar as redes de passadores e o tráfico de seres humanos na Líbia


realizar atividades de busca e salvamento

Existem três módulos de formação:

O primeiro módulo de formação decorreu no mar, a bordo dos navios da Operação Sophia
O segundo está a decorrer em terra, em vários Estados-Membros da UE
Um terceiro módulo está atualmente a ser planeado

2) Proteção e prestação de assistência aos migrantes e refugiados


Os migrantes e refugiados empreendem longas e perigosas viagens para tentar chegar à Europa.

A UE trabalha em estreita cooperação com as organizações internacionais na Líbia para:

prestar ajuda humanitária e melhorar as condições de vida


dar aos migrantes a possibilidade de regressarem voluntariamente aos seus países
reinstalar as pessoas que precisam de proteção internacional

Melhores condições de vida


Em fevereiro de 2017, o Conselho Europeu decidiu que seria prioritário assegurar capacidades e
di õ d lhi t d d i t Líbi
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condições de acolhimento adequadas para os migrantes na Líbia.

Em abril de 2017, a UE adotou um pacote de novas medidas, no montante de 48 milhões de euros,


destinado a melhorar as condições de vida dos migrantes, nomeadamente nos centros de acolhimento.

As medidas tomadas passam por prestar assistência nos pontos de desembarque e nos centros de
detenção. Por exemplo, os migrantes receberão cuidados de saúde básicos, primeiros socorros
psicológicos e acesso a produtos alimentares e não alimentares.

 Fundo Fiduciário da UE para África adota programa de 90 milhões de euros para a proteção dos
migrantes e a melhoria da gestão das migrações na Líbia (Comunicado de imprensa, 12/04/2017)

Mais regressos voluntários


A UE apoia o programa de regresso voluntário assistido gerido pela Organização Internacional para as
Migrações (OIM).

Este programa ajuda os migrantes bloqueados na Líbia que desejam regressar voluntariamente aos
seus países de origem.

Nos anos de 2017 e 2018, beneficiaram deste programa 35 mil migrantes vindos da Líbia.

Evacuação e reinstalação de refugiados


Alguns refugiados que se encontram bloqueados na Líbia não podem regressar voluntariamente
porque a sua segurança estaria ameaçada nos seus países de origem.

Por conseguinte, foi criado um novo dispositivo de evacuação e reinstalação destinado a resolver este
problema: o mecanismo de trânsito de emergência.

Este mecanismo é financiado pela UE e gerido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Refugiados (ACNUR), que seleciona os candidatos elegíveis.

Graças a este mecanismo, foram até agora evacuados mais de 1 609 refugiados.

3) Apoio às comunidades locais na Líbia


Em março de 2018, a UE adotou um novo programa no montante de 50 milhões de euros destinado a
melhorar as condições de vida dos migrantes na Líbia e nas suas comunidades de acolhimento. O
objetivo do programa é:

dar às pessoas vulneráveis acesso aos serviços básicos e aos serviços sociais
apoiar as comunidades locais particularmente expostas aos fluxos migratórios

O programa focaliza-se nos locais onde existe uma elevada concentração de migrantes, bem como nas
comunidades gravemente afetadas pelo conflito líbio. É implementado em parceria com:

a cooperação para o desenvolvimento italiana


o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
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ç p ( )

 Recuperação, estabilidade e desenvolvimento socioeconómico na Líbia (Comissão Europeia)

Em julho de 2018, a UE anunciou um novo programa no montante de 29 milhões de euros para


reforçar a proteção dos refugiados e dos migrantes na Líbia nos pontos de desembarque, nos centros
de detenção, em zonas desérticas e remotas do sul e em zonas urbanas. Este programa será executado
em conjunto com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

 Fundo Fiduciário da UE para África: 90,5 milhões de euros adicionais para reforçar a gestão das
fronteiras e a proteção dos migrantes no Norte de África (comunicado de imprensa da Comissão
Europeia, 06/07/2018)

4) Melhoria da gestão das fronteiras na Líbia


Em julho de 2017, a UE adotou um programa no montante de 42 milhões de euros para ajudar os
guardas de fronteira e os guardas costeiros líbios a gerir melhor as fronteiras do país. O programa
abrange os seguintes pontos:

Controlo e vigilância das fronteiras


Combate à introdução clandestina de migrantes e ao tráfico de seres humanos
Busca e salvamento no mar e no deserto

O programa está centrado nas regiões do sul do país e é executado pelo Ministério do Interior italiano.

Em dezembro de 2018, a UE alargou o seu apoio à gestão das fronteiras e da migração mediante um
programa de 45 milhões de euros com os seguintes objetivos:

apoiar o reforço de capacidades e o desenvolvimento institucional da guarda costeira líbia


contribuir para a criação de um centro de coordenação de busca e salvamento marítimo
fomentar o desenvolvimento da gestão integrada das fronteiras no sul da Líbia

 Apoio à gestão integrada das fronteiras e da migração na Líbia (Comissão Europeia)


 Fundo Fiduciário da UE para África: novas ações adotadas para apoiar os migrantes vulneráveis,
promover o desenvolvimento socioeconómico e melhorar a gestão das fronteiras no Norte de África
(comunicado de imprensa da Comissão Europeia, 14/12/2018)

Medidas tomadas para combater as causas profundas da


migração em África
A UE trabalha em estreita cooperação com os países africanos para combater as causas profundas da
migração, através dos seguintes meios:

1) Cooperação para o desenvolvimento através do Fundo Fiduciário de Emergência da UE para África e


do Plano de Investimento Externo Europeu

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2) Prevenção de conflitos e construção do Estado


3) Um quadro de parceria para a migração

Infografia –EU trust fund for Africa

Ver infografia completa

1) Cooperação para o desenvolvimento

Fundo Fiduciário de Emergência da UE para África


O Fundo Fiduciário de Emergência da UE é uma iniciativa concreta lançada em novembro de 2015
tendo em vista:

estimular o desenvolvimento económico e criar emprego


dar melhor acesso aos serviços sociais básicos
combater as causas profundas da migração

Esta iniciativa está estreitamente ligada ao Plano de Ação de Valeta, também acordado em novembro
de 2015.

187 programas já beneficiaram de um financiamento num montante total de 3,59 mil milhões de euros.


Até agora, os resultados têm sido positivos, a saber:

167 760 empregos criados


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167 760 empregos criados
5,4 milhões de pessoas beneficiam de serviços sociais básicos
103 183 migrantes recebem proteção ou apoio

 Fundo Fiduciário da UE para África: Apoio à Líbia (Comissão Europeia)

Plano de Investimento Externo Europeu


O Plano de Investimento Externo Europeu (PIE) tem por objetivo estimular o investimento e a criação
de emprego em África e nos países vizinhos da UE.

O plano de investimento deverá incentivar investimentos públicos e privados no valor de 44 mil


milhões de euros com um investimento inicial de 4,1 mil milhões de euros.

O Fundo Europeu para o Desenvolvimento Sustentável (FEDS) é o principal instrumento de


execução do PIE. Em setembro de 2017, o Conselho adotou um regulamento que institui o FEDS.

 Conselho dá luz verde à criação do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Sustentável


(Comunicado de imprensa, 25/09/2017)

 Plano de Investimento Externo Europeu (Comissão Europeia)

2) Prevenção de conflitos
A UE promove diligências diplomáticas e assume um papel preponderante na manutenção da paz e na
prevenção de conflitos, através das suas missões no âmbito da política comum de segurança e
defesa (PCSD).

O Conselho cria estas missões e define o objetivo, o âmbito e as condições de execução das mesmas.
Estão atualmente em curso dez missões civis e seis missões militares.

 Missões e operações em curso (SEAE)

Os dirigentes da UE e de África, reunidos em Valeta em novembro de 2015, sublinharam a necessidade


de serem tomadas medidas no que se refere aos conflitos e às violações e atropelos dos direitos
humanos.

Entre tais medidas contam-se a prevenção de conflitos, o apoio à construção do Estado e o Estado de
direito, bem como o reforço da capacidade do Estado para garantir a segurança e lutar contra o
terrorismo.

 Cimeira de Valeta sobre migração, 11‑12 de novembro de 2015

3) Quadro de parceria para a migração


Em junho de 2016, o Conselho Europeu adotou um novo quadro de parceria para a migração, a fim de
combater a migração irregular e as suas causas profundas em cooperação com os principais países de
origem e de trânsito
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origem e de trânsito.

Este quadro está a ser aplicado em cinco países prioritários: Níger, Nigéria, Senegal, Mali e Etiópia.

Foi igualmente reforçada a cooperação com outros países relevantes neste contexto, como o
Afeganistão e o Egito.

O quadro de parceria está estreitamente ligado ao Plano de Ação de Valeta, adotado em novembro de
2015, estabelecendo 5 prioridades para fazer face ao afluxo maciço de migrantes que vêm para a
Europa:

combater as causas profundas da migração irregular e das deslocações forçadas


melhorar os trabalhos destinados a promover e organizar os canais da migração legal
reforçar a proteção dos migrantes e requerentes de asilo
combater a exploração e o tráfico de migrantes
melhorar a cooperação em matéria de regresso, readmissão e reintegração

 Cimeira de Valeta, 11‑12 de novembro de 2015 – Plano de ação

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Temas:

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