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Agrupamento de escolas Dona Maria II | Braga

Curso Técnico de Gestão e Programação de


Sistemas Informáticos
Português Turma 11º 7 TGPSI
Logos

Logos
Tu, que eu não vejo, e estás ao pé de mim
E, o que é mais, dentro de mim — que me rodeias
Com um nimbo de afetos e de ideias,
Que são o meu princípio, meio e fim...

Que estranho ser és tu (se és ser) que assim


Me arrebatas contigo e me passeias
Em regiões inominadas, cheias
De encanto e de pavor... de não e sim...

És um reflexo apenas da minha alma,


E em vez de te encarar com fronte calma,
Sobressalto-me ao ver-te, e tremo e exoro-te...

Falo-te, calas... calo, e vens atento...


És um pai, um irmão, e é um tormento
Ter-te a meu lado... és um tirano, e adoro-te!

Antero de Quental
Índice

1. Introdução
2. Biografia de Antero de Quental
3. Contextualização da época
4. Tema e assunto
5. Forma
6. Conclusão
7. Bibliografia
Introdução

Este trabalho desenvolve-se no âmbito da disciplina de português no


Módulo VI, que visa compreender a poesia de Antero de Quental,
nomeadamente: Biografia de Antero de Quental, Contextualização do
Tempo, Ideologia e Análise Formal da Poesia Autor Antero Quental.
Biografia de Antero de Quental

Nascido a 18 de abril de 1842 na ilha de São Miguel, Açores. Antero


Tarquínio de Quental, escritor e poeta português dedicou-se à poesia,
filosofia e política. Deu início aos seus estudos na cidade natal, mas com
16 anos acabou por se mudar para Coimbra onde estudou direito. Em
1861 publicou o seu primeiro soneto, e 4 anos depois publicou Odes
Modernas. Obra inspirada no socialismo experimental de Proudhon. Entre
1880 e 1887, Antero compôs os sonetos, Estoicismo, Na Mão de Deus,
Evolução e A voz interior dentre outros poemas e livros, onde é visto um
grande teor filosófico e reflexivo. A vida de Antero de Quental chega ao
fim no dia 11 de setembro de 1891, onde o mesmo comete suicídio, com
dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da
Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São
Francisco, cerca das 20h00.

Consideram-se as principais obras:


 Sonetos de Antero (1861)
 Odes Modernas (1865)
 Bom Senso e Bom Gosto (1865)
 A Poesia na Atualidade (1881)
 A Filosofia da Natureza dos Naturalistas (1884)
 Raios de extinta luz
Contextualização da época

No tempo em que a obra era produzida, o reinado e a vida do rei


mais amado do povo (D.Pedro V) acabavam. Com isso, D.Luís I
tomaria o trono. A economia era instável e atormentava o Governo
português, sendo alvo dos assuntos públicos. Afirmava-se que a
economia e a sociedade portuguesa eram movidas por pouca
educação, o que afetava a mesma e o seu desenvolvimento, tanto
social, quanto econômico. O povo passava por pobreza e doenças,
com seu psicológico afetado. Começa-se a questionar as razões da
existência humana, junto a existência divina

Tema e assunto

O objetivo deste soneto é dizer que no nosso intelecto pensa as


coisas e a causa objetiva que as produz. O Logos toma consciência
de fazer parte no nosso espírito e de aí o afirmar o poeta que “estás
dentro de mim”, que “és um reflexo da minha alma.” Cala-se ele
quando nós falamos, porque somos nós então quem por ele se
exprime; fala quando nos calamos, porque se manifesta nesse caso
pelos nossos atos.

Forma
O soneto conta com 4 versos, 14 estrofes, de esquema rimático
ABBA e as rimas são obtidas com base nas últimas 3 ou 4 letras da
palavra, e não com base na fonética.
Conclusão

Esta obra de Antero de Quental demonstra os pensamentos de muitas


pessoas na atualidade, é muito fácil identificar-se pelo questionamento
que a obra possui. Adorei aprender mais sobre este autor e sobre as suas
obras e em específico gostei mais desta.
Bibliografia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Antero_de_Quental

https://www.infoescola.com/biografias/antero-de-quental/

https://pt.scribd.com/doc/22596051/Antero-de-Quental-Analise-dos-sonetos-Tormento-do-
Ideal-Sonho-Oriental-e-Logos

https://folhadepoesia.blogspot.com/2014/04/logos-antero-de-quental.html?m=0

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