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Portuguesa
Manifesto
Antropófago
3ª SÉRIE
Aula 12 – 3º Bimestre
Conteúdo Objetivos
“Catiti Catiti
Imara Notiá
Notiá Imara
Ipeju”
Na prática Correção
a) Observem o trecho inicial:
“Só a ANTROPOFAGIA nos une. [...]”.
Após a leitura do manifesto e da definição de antropofagia (slide 4),
levantem hipóteses sobre a intenção de Oswald de Andrade ao
escrevê-lo.
Para Oswald de Andrade, apenas a assimilação/“ingestão”
de outras culturas possibilita à nós nos apropriarmos de
suas qualidades para produzir, posteriormente, algo
autenticamente nacional. Sabemos que não existe nada
totalmente original; toda cultura recebe influência de
outra(s), somos influenciados e influenciamos o tempo todo,
daí a ideia de união.
Na prática Correção
b) “To be, or not to be, that is the question” é uma famosa frase do
escritor inglês William Shakespeare. Qual é a sua tradução? O que
Oswald de Andrade sugeriu ao parafrasear essa passagem da obra
Hamlet?
Tradução: “Ser ou não ser, eis a questão”. Entre inúmeras
discussões e teses sobre esse aforismo presente no
Manifesto, supõe-se que o autor, ao sugerir a passagem
shakespeariana “Tupi” no lugar de To be, insere uma
reflexão sobre se somos Tupis (povo originário) ou não.
Na prática Correção
c) Levando em consideração que “vegetar”, em sentido figurado,
consta no dicionário como: “Viver apenas o corpo, sem atividade
mental”/“Viver sem atividade, sem motivação”, levantem
hipóteses sobre a intencionalidade do autor ao descrever a
passagem: “Contra as elites vegetais”.
Oswald de Andrade parece acreditar que as elites sociais
não pensavam; elas apenas absorveriam passivamente, sem
reflexão, as influências culturais advindas de fora do país,
sobretudo as da Europa.
Na prática Correção
d) Sabendo que “Alencar” é o autor romântico José de Alencar,
escritor das obras Iracema e O guarani, reflitam qual é a crítica de
Oswald de Andrade ao escrever: “O índio vestido de senador do
Império” [...] “Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons
sentimentos portugueses”.
O autor critica os perfis criados por José de Alencar para os
indígenas apresentados em suas obras, pois têm
características e valores típicos dos padrões europeus,
influenciados pela estética da primeira geração romântica
no Brasil, que elege o indígena como herói nacional.
Na prática Correção
e) A poesia surrealista caracteriza-se pelo primitivismo e pela
espontaneidade, pela ausência de razão e pela imaginação ingênua
e/ou fantástica. Reflitam sobre o porquê de o autor dizer que já
tínhamos essa “língua surrealista” ao transcrever os versos:
“Catiti Catiti
Imara Notiá
Notiá Imara
Ipeju”
O poeta parece indicar, ironicamente, que justamente por
não conhecermos as línguas indígenas, a poesia nos remete
a características surrealistas, como a livre expressão do
pensamento, a valorização do inconsciente e a utilização de
elementos abstratos.
Foco no conteúdo
O Manifesto Antropófago (ou Antropofágico)
foi lançado em 1928, no primeiro número da
Revista Antropofágica, principal veículo de
disseminação do movimento homônimo.
Esse movimento de vanguarda do Modernismo
brasileiro propunha a deglutição das
influências da cultura estrangeira,
principalmente europeia, para assimilação de
suas técnicas e influências, desenvolvendo
uma nova estética com temas autenticamente Abaporu, de Tarsila do
Amaral, publicado como
nacionais. As características do Movimento
ilustração do Manifesto
Antropofágico influenciaram a literatura, as Antropofágico.
artes plásticas e a música.
Aplicando
Enem 2012 Texto II
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um
presente de aniversário especial ao seu marido,
Oswald de Andrade. Pintou o Abaporu. Eles
acharam que parecia uma figura indígena,
antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário
tupi-guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de
Abaporu, que significa homem que come carne
humana, o antropófago. E Oswald escreveu o
Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento
Antropofágico.
Disponível em: www.tarsiladoamaral.com.br. Acesso em:
4 ago. 2012 (adaptado).
Aplicando
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
Referências