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Rede de Frios

Objetivo do PNI

Assegurar que os imunobiológicos disponibilizados


no serviço de vacinação sejam mantidos em
condições adequadas de transporte,
armazenamento e distribuição, permitindo que
eles permaneçam com suas características iniciais
até o momento da sua administração.
Manutenção da temperatura

– Alterações de temperatura (excesso de frio ou calor)


podem comprometer a potência imunogênica, o que
pode acarretar a redução ou a falta do efeito esperado.
– Os imunobiológicos, enquanto produtos termolábeis e/
ou fotossensíveis, necessitam de armazenamento
adequado para que suas características imunogênicas
sejam mantidas.
Rede de Frio

– A sala de vacinação é a instância final da rede de Frio,


onde os procedimentos de vacinação propriamente
ditos são executados mediante ações de rotina,
campanhas e outras estratégias.
– Na sala de vacinação, todas as vacinas devem ser
armazenadas entre +2oC e +8oC, sendo ideal +5oC.
– Termômetro de momento, com máxima e
Controle da mínima, digital com cabo extensor: utilizado em
refrigeradores domésticos e caixas térmicas de
temperatura uso diário. Os procedimentos de instalação
constam nos itens referentes aos equipamentos
onde é utilizado.
– Termômetro analógico de momento, máxima e
mínima: utilizado também em refrigeradores
domésticos e caixas térmicas de uso diário.
– Termômetro de infravermelho com mira a laser:
também chamado de pirômetro, este
instrumento mede a temperatura por meio de
raio laser e independe de contato físico. É um
sistema móvel que não requer intervalo de
tempo mínimo para o equilíbrio térmico entre o
termômetro e o objeto a ser mensurado.
– São pequenos registradores de
Data temperatura que podem ser

Loggers simplificados para leitura manual, dis-


pondo de sinalizadores visuais que
alertarão o usuário quanto às
temperaturas fora da faixa definida, ou
acompanhados de softwares que
ajustam a frequência de leitura e
calculam a média entre a mínima e a
máxima, bem como o tempo em que a
temperatura foi mantida. Este tipo de
instrumento deve ser substituído ou
recalibrado anualmente.
O funcionamento da sala de
vacinação
• Verificar se a sala está limpa e em ordem;
• Verificar a temperatura do(s) equipamento(s) de refrigeração,
registrando-a no mapa de registro diário de temperatura;
• Organizar a caixa térmica de uso diário;
• Retirar do equipamento de refrigeração as vacinas e separar os diluentes
correspondentes na quantidade necessária ao consumo na jornada de
trabalho, considerando os agendamentos previstos para o dia e a
demanda espontânea.
Câmaras Refrigeradas

– permite maior precisão no ajuste da temperatura,


garantindo, assim, a manutenção dos produtos
em condições adequadas de conservação.
Instalação do equipamento
• Preservar uma área livre aproximada de 15 cm em torno do equipamento
(laterais, parte superior e posterior) ou CONFORME DEFINIDO NO MANUAL DO
USUÁRIO DO FABRICANTE, de forma a facilitar a ventilação.
– Garantir tomada EXCLUSIVA para conexão, com ATERRAMENTO, localizada
a uma distância mínima do piso de 1,30 m (NBR5410/1997 – Instalações
elétricas de baixa tensão).
– Manter em ambiente climatizado e evitar a incidência de luz solar direta
ou qualquer outra fonte de calor.
– Realizar limpeza interna da câmara antes de iniciar os procedimentos de
ajuste.
Refrigerador de uso doméstico

– Por não atender aos critérios de segurança e qualidade,


o refrigerador de uso doméstico não é mais
recomendado para o armazenamento de
imunobiológicos. As instâncias que ainda utilizam tais
equipamentos devem proceder, no menor prazo
possível, a substituição gradativa por câmaras
refrigeradas cadastradas pela Anvisa.
Refrigerador de uso doméstico
– UTILIZAÇÃO EXCLUSIVA PARA IMUNOBIOLÓGICOS.
– Utilizar capacidade máxima de 50% da capacidade total de armazenamento
(confirmar a indicação no manual anterior).
– NÃO ARMAZENAR imunobiológicos no compartimento inferior (local da gaveta)
desses equipamentos domésticos.
– Estabelecer rotina de manuseio das vacinas armazenadas, evitando abertura
frequente das portas, no máximo duas vezes ao dia.
– Utilizar termômetro de momento, máxima e mínima ou data loggers para
monitoramento e controle da temperatura dos equipamentos, CALIBRADOS
PERIODICAMENTE.
Refrigerador de uso doméstico
– Realizar leitura diária da temperatura e registrar, ao iniciar a rotina (antes
da primeira abertura da porta do refrigerador) e ao nal do expediente
(após o último fechamento da porta).
– Estabelecer procedimento da qualidade para análise diária e semanal das
temperaturas registra- das no mapa de controle de temperatura para
acompanhamento e constatação de utuações que possam submeter o
imunobiológico às situações críticas.
– Implantar rotina para verificação do fechamento das portas dos
equipamentos de refrigeração ao final do expediente.
Freezer

– Este equipamento é indicado na cadeia de frio para o


armazenamento das bobinas reutilizáveis necessárias à
conservação dos imunobiológicos em caixas térmicas
para transporte e/ou procedimentos nas salas de
vacinação.
Caixa Térmica
Resíduos da sala de vacina
– Diariamente são gerados dois tipos de resíduos na sala de vacinação:

• resíduos infectantes, classificados como resíduos do Grupo A1, que contêm na sua
formulação micro-organismos vivos ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com prazo
de validade expirado, vazios ou com sobras de vacinas e, ainda, agulhas e seringas
utilizadas.

• resíduos comuns, também classificados como resíduos do Grupo D, que são


caracterizados por não apresentarem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares (papel,
embalagens de seringas e agulhas).
Limpeza da sala de vacina

– Os processos de limpeza de superfícies em serviços de saúde envolvem a limpeza


concorrente (diária) e a limpeza terminal.
– A limpeza concorrente da sala de vacinação deve ser realizada pelo menos duas vezes
ao dia em horários preestabelecidos ou sempre que ela for necessária.
– A limpeza terminal é mais completa e inclui todas as superfícies horizontais e verticais,
internas e externas da sala e dos equipamentos. A limpeza terminal da sala de
vacinação deve ser realizada a cada 15 dias, contemplando a limpeza de piso, teto,
paredes, portas e janelas, mobiliário, luminárias, lâmpadas e filtros de
condicionadores de ar. Quanto aos equipamentos de refrigeração, a equipe
responsável pela sala deverá programar e executar o procedimento de limpeza
conforme as orientações contidas no Manual de rede de Frio.
O produto usado para a desinfecção da sala
de vacinação é, de preferência, o hipoclorito
a 1%

– Umedecer um pano na solução desinfetante, envolvê-lo


em um rodo (pode-se também utilizar o esfregão) e
proceder à limpeza da sala do fundo para a saída, em
sentido único.
– Recolher o lixo do chão com a pá, utilizando esfregão ou
rodo envolvido em pano úmido.
– Recolher o lixo do cesto, fechando o saco corretamente.
Referências

– Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Manual de rede de frio / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 4. ed. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2013. 144 p. : il. Disponível em: http://pni.datasus.gov.br/
Download/manual_rede_frio.pdf
– Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento
de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 176 p.
: il. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/01VACINA/
manual_procedimentos_2014.pdf

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