1. O documento discute os conceitos centrais do marxismo, incluindo a dialética entre forças produtivas e relações de produção e como isso gera contradições que levam a revoluções.
2. A revolução social é vista como inevitável segundo Marx para derrubar o capitalismo e inaugurar o socialismo, libertando os trabalhadores da exploração capitalista.
3. O Estado burguês precisaria ser substituído por um Estado socialista ou ditadura do proletariado para gerenciar a transição para o socialismo.
1. O documento discute os conceitos centrais do marxismo, incluindo a dialética entre forças produtivas e relações de produção e como isso gera contradições que levam a revoluções.
2. A revolução social é vista como inevitável segundo Marx para derrubar o capitalismo e inaugurar o socialismo, libertando os trabalhadores da exploração capitalista.
3. O Estado burguês precisaria ser substituído por um Estado socialista ou ditadura do proletariado para gerenciar a transição para o socialismo.
1. O documento discute os conceitos centrais do marxismo, incluindo a dialética entre forças produtivas e relações de produção e como isso gera contradições que levam a revoluções.
2. A revolução social é vista como inevitável segundo Marx para derrubar o capitalismo e inaugurar o socialismo, libertando os trabalhadores da exploração capitalista.
3. O Estado burguês precisaria ser substituído por um Estado socialista ou ditadura do proletariado para gerenciar a transição para o socialismo.
Conceitos centrais - Marxismo • A classe dominante, nesse contexto, tendeu a defender
as antigas relações de produção, ao passo que a classe • Crença no progresso desafiante, tendeu a ver tais relações de produção como • Filosofia da história teleológica. um obstáculo ao avanço das forças produtivas.
• Características da abordagem • Ex. nobreza e burguesia na passagem do
feudalismo ao capitalismo. Materialista; determinista (forças econômicas e históricas); e estrutural (em termos ontológicos e • Observe que, historicamente, as classes dominantes metodológicos). trabalharam para frear as contradições entre as forças produtivas e as relações de produção. • Materialismo histórico • Ex. Direitos de patente (propriedade intelectual) • Infraestrutura: forças produtivas e relações de na Inglaterra Tudor. produção. • Contudo, no capitalismo a burguesia trabalha em um • Superestrutura: Estado (aparato jurídico e ritmo crescente de concorrência, o que a leva à aceleração administrativo) e ideologia (religião, crenças dos avanços nas forças produtivas, e, por conseguinte, nas conservadoras, etc.) contradições entre estas e as relações de produção. • Relação dialética entre os dois andares com a • É por isso que, para Marx, nunca houve um modo de determinação da infraestrutura em última instância produção tão contraditório como o capitalismo. • Modo de produção: forma de organização social e • Essa primeira contradição, muito profunda no econômica capitalismo, leva à segunda que é própria do capitalismo: • Forças produtivas: técnica e tecnologia disponíveis em • O capitalismo produz o proletariado, e esse é o um dado período histórico (meios de produção ligados ao destino da maior parte da população; capital); e trabalho. • Cedo ou tarde o proletariado se constituirá como • Relações de produção: forma de extração do excedente classe (dotada de consciência de classe), e aí econômico (ex. trabalho escravo, servil, assalariado, etc.). aspirará o poder e a transformação da sociedade. Ou seja, trata-se essencialmente da relação de propriedade e da divisão do produto do trabalho. • Nesse momento teremos a primeira revolução feita em nome da maioria, uma revolução social. • É na conjunção desses dois elementos que encontra-se a concepção dialética da história de Marx. 2. Revolução e Emancipação Essa dialética da história é impulsionada pelas • A revolução social é uma realidade, é algo inevitável para contradições encontradas no interior do modo de Marx, uma vez que era um fenômeno bastante presente produção. em seu tempo (1789, 1830, 1848, 1871). • Consiste em uma lei fundamental do movimento • As revoluções são historicamente necessárias, da história (método nomotético). ou seja, não são acidentais. • É das crescentes contradições entre as forças produtivas • É a revolução social que encerrará o modo de produção e as relações de produção que surge a crise do modo de capitalista e inaugurará o socialista (fase da ditadura do produção, e do seu interior nasce o novo modo de proletariado), este último pavimentará o caminho para o produção. comunismo, fase em que não só as classes sociais seriam • Em outras palavras, se temos um crescimento rápido da abolidas, como também o Estado. produtividade e, consequentemente, da riqueza gerada, e • A revolução significará a emancipação dos trabalhadores, isso não se traduz em melhores condições de vida para os ou seja, a libertação da exploração capitalista. trabalhadores – e muitas vezes isso implicava no inverso, especialmente no capitalismo –, então temos uma • O proletariado é a classe portadora do fim das classes, do contradição entre forças produtivas e relações de fim do movimento da história por meio da luta de classes. produção. Nesse sentido o comunismo representaria o fim da história. • É nos momentos em que há profundas contradições acumuladas, que se manifesta de forma mais evidente a • Ela representa o interesse universal, na medida luta de classes. É nesse momento que surgem os contextos em que tende a tornar-se a maioria. revolucionários. • Todas as revoluções anteriores foram feitas em nome de uma minoria. • A revolução é fruto da crise do modo de produção, não • Estado burguês como assembleia de burgueses x Estado dos tempos de expansão. burguês que se autonomiza da classe dominante para defendê-la? • As crises são uma constante em todos os modos de produção, e elas tendencialmente se acumulam, até o • Marx entendia que havia uma tendência natural à momento em que um evento/estopim deflagra a crise redução das taxas de lucro por força da concorrência geral. (“teoria do desmoronamento”). Tal tendência contribuiria para a pauperização constante do proletariado, criando • Revolução social é diferente de revolução política. uma situação revolucionária. • A última altera apenas as estruturas políticas (regime • Essas previsões não se cumpriram. político), mas sem alterar significativamente as estruturas sociais (estrutura de classes permanece inalterada). • Isso porque a classe dominante e/ou o Estado decidiram investir na reforma social como estratégia de • Já a revolução social implica em uma transformação arrefecimento das pressões sociais decorrentes do próprio geral, tanto nas estruturas políticas quanto sociais. capitalismo. Com isso, estavam frustradas as chances de • Só a revolução social levaria à emancipação social, uma revoluções sociais no centro do capitalismo. vez que as revoluções burguesas conduziram apenas à • Ex. Políticas sociais na Alemanha do 2º Reich emancipação política, o que era insuficiente para Marx. (1871-1919). • Marx era crítico da democracia política (emancipação • Debate entre a elite intelectual do SPD e política), embora reconhecesse o progresso que ela implicações à socialdemocracia alemã. significou. • Ele entendia que era necessária uma democracia social e participacionista, que só poderia ser alcançada com a revolução social. • Para o autor a “questão social” é indissociável da emancipação política, é nesse sentido que ele postulava que a verdadeira emancipação política só pode ser produzida mediante a emancipação social. • Sem a igualdade social a igualdade política se tornaria uma ficção, no entendimento do autor. 3. O Estado e a transição para o Socialismo • O Estado moderno (burguês) precisaria ser destruído e reconstruído em novas bases, de modo a contemplar um novo conjunto de finalidades, que não mais seriam a salvaguarda da propriedade privada dos meios de produção, mas ao invés disso, implicaria em um processo de expropriação dos detentores do capital, até o ponto em que fossem concentrados todos os meios de produção nas mãos dos trabalhadores. • Este seria o Estado socialista ou ditadura do proletariado, organizado de acordo com os moldes da Comuna de Paris (1871). • Na Comuna todos os cargos públicos (políticos e administrativos) eram eletivos e com mandatos curtos e revogáveis a qualquer tempo, e todos recebiam salário de operário.