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Resumo
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
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ferro fundido ou de aço que são projetadas levando em consideração a carga que
recebem e o tipo de solo onde vão ser construídas (BERNARDES et al., 2007).
Neste sentido evidencia-se que existe uma grande diversidade de fatores que
podem produzir efeitos patológicos nas edificações colocando em risco suas
estruturas, a qualidade de vida dos seus usuários e a estética.
Entende-se por patologia uma situação em que um edifício por inteiro ou parte
deste, em determinado período de sua vida útil, começa apresentar falhas ou
um desempenho insatisfatório. Para assegurar a vida útil dos edifícios, torná-
lo um lugar habitável sem nenhum risco de segurança ou problemas
sanitários e até para deixá-lo com uma aparência apresentável é preciso
identificar as patologias quando estas existem, suas causas e com isso tentar
chegar a uma solução, a partir de uma intervenção, que elimine a patologia
de maneira mais simples e econômica possível.
Nestes casos, a situação não deve ser remediada é preciso eliminar a causa
do problema para que não surjam outros tipos de patologias que dimensionem uma
cadeia de eventos na estrutura do ambiente em construção, como a formação de
rachaduras horizontais.
As patologias são reconhecidas pela NBR ISSO 8402 (1994), como não
conformidades que podem desfavorecer o desempenho qualitativo da obra por meio
da estrutura e que exigem correção ou mesmo que tornam a obra inapropriada.
As patologias, como a corrosão são comuns tanto em vários tipos de
construções que se mostram mais comuns nas vigas, lajes e armaduras e diversos
outros elementos que podem contribuir para a corrosão, como as infiltrações que
geralmente ocorrem causando prejuízo e a necessidade de análise diagnóstica para
a detecção do problema.
Segundo Helene (apud CARMONA, 2005)
mas também, estas perícias são utilizadas para dar valor aos imóveis, mediante as
condições que o mesmo se apresenta.
Para Zancan e Fermo (2006) a perícia da engenharia civil voltada para a
avaliação do imóvel e a determinação de um valor coerente, pode ser denominada de
engenharia de avaliações. Assim, o autor refere que este tipo de especialidade tem
como propósito determinar um valor ao imóvel, bem como seus direitos, frutos e
custos de produção.
Cada tipo de método de avaliação condiz a um objetivo específico que tenha
como meta o atingimento da qualidade, assim o perito nesse campo deverá conhecer
com detalhe cada método para poder desempenhar suas ações com coerência.
Massad (2007) aduz que, a realização das perícias de imóveis que têm como
objetivo primordial a determinação de valor financeiro deve-se levar em consideração
as percepções de valor, as quais devem se basear no suporte da realidade e no preço
pago por qualquer ativo, o qual deve refletir os fluxos de caixa que se espera que sejam
por ele gerados.
Por conseguinte, estas perícias são relevantes ao ponto que observam o
imóvel, detectando as potencialidades, bem como os problemas existentes no prédio
e permitindo que o investidor tenha um real conhecimento do bem que será adquirido,
pagando por este o valor compatível à importância financeira do mercado.
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3. METODOLOGIA
Não obstante, conforme exposto alhures, é necessário que a obra tenha sido
realizada dentro dos parâmetros da NBR 15575 (ABNT, 2013), pois é a referida norma
quem também define que os prazos de garantia contratual são aqueles previstos em
lei, sendo tal prazo igual ou superior ao prazo de garantia legal.
Importante destacar que, o prazo contratual é oferecido voluntariamente pelo
fornecedor, sendo este o incorporador, o construtor ou o fabricante, na forma de
certificado ou termo de garantia, com o objetivo de que seja possível o consumidor
reclamar dos vícios aparentes ou defeitos verificados na entrega do produto.1
1 Para Rizzatto NunesPara Rizzatto Nunes, “são considerados vícios as características de qualidade
ou de quantidade que tornem os produtos ou serviços impróprios ou inadequados ao consumo a que
se destinam e também que lhes diminuam o valor. Da mesma forma são considerados vícios os
decorrentes da disparidade havida em relação às indicações constantes no recipiente, embalagem,
rotulagem, oferta ou mensagem publicitária; Já no entendimento de Sergio Cavalieri Filho: “Defeito é
vício grave que compromete a segurança do produto e/ou do serviço e causa dano ao consumidor. Já,
o vício em si, um defeito menos grave, circunscrito ao produto ou serviço que apenas causa o seu mau
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Ocorre que, o prazo de vida útil não pode ser confundido com o prazo de
garantia legal ou contratual explicado acima. Logo, não é difícil perceber uma
discrepância na faixa de proteção do consumidor quando o CDC e demais normas
infralegais prevêem um prazo de cobertura de até 05 anos e o tempo de vida útil de
uma estrutura é de no mínimo 50 anos.
Neste prazo que não está coberto pelo Código de Defesa do Consumidor,
tampouco pelas normas ABNT, podem ocorrer os chamados vícios ocultos. Grandiski
(2001), conceitua o vício oculto na construção civil como sendo:
“anomalias as que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os
tornam inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou
prejuízos materiais ao consumidor. Podem decorrer de falha de projeto, ou
da execução, ou ainda da informação defeituosa sobre sua utilização ou
manutenção”.
Como já dito, muitas falhas podem levar anos para aparecerem, mas ainda
assim, se tratar de um defeito da construção, porém, a legislação disciplina que
passado o prazo, a responsabilidade da construtora passa a ser subjetiva, ou seja, há
a necessidade do comprador provar a culpa do construtor sobre os vícios e defeitos
do empreendimento, sujeitos, ainda, à prescrição.
2A VUP é uma estimativa teórica de tempo que compõe a vida útil. processos de manutenção, cuidados
na utilização do imóvel, alterações no clima ou no entorno da obra, etc. A VUP deverá estar registrada
nos projetos das diferentes disciplinas, assumindo-se que será atendida a VUP mínima prevista na
norma quando não houver indicação. Ver em: Guia da Norma de Desempenho 2013. Disponível em:
https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Guia_da_Norma_de_Desempenho_2013.pdf.
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Neste sentido, esse importante instrumento que zela pelo equilíbrio das partes
nas negociações deve conter cláusulas definidas e claras para que o consumidor
possa conhecer todas as orientações do produto e dos serviços prestados, ou, caso
se trate de um contrato de compra e venda as informações deverão ser ainda mais
detalhadas.
O Código de Defesa do Consumidor em face do ramo na Construção Civil tem
como função determinar a justiça e as boas relações entre clientes e empresas, para
isso, existem as normas técnicas que indicam como realizar um serviço e um produto
eficiente.
A qualidade, a segurança e a garantia de tempo útil, portanto, são definições
que evitam que empresas cometam infrações e sofram as sanções cabíveis diante de
problemas, como deficiências no material e na mão-de-obra ou a qualquer outro tipo
de defeito construtivo
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
_______. NBR 5676. Avaliações de móveis urbanos. Rio de Janeiro, ago. 1990.
Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/53344128/NBR5676-avaliacao-de-imoveis-
urbanos>. Acesso em:
CÁNOVAS, M.F. Patologia e terapia do concreto armado. 7. ed. São Paulo: Pini,
2010.
FICHER, José. Avaliação de imóveis urbanos. 12. ed. São Paulo: PINI, 2010.
LIMA, Jefferson Maia; PACHA, José Raimundo Serra. Patologias das estruturas de
concreto armado com ênfase á execução. 7. ed. São Paulo: PINI, 2010.
LIMA, Gilson Pereira de Andrade. Considerações sobre o risco nas avaliações por
métodos técnico-econômicos. 8. ed. Rio de Janeiro: COPPE, 2010.
MASSAD, Faiçal. Obras de terra: Curso básico de geotecnia. 6. ed. São Paulo:
Oficina de textos, 2007.
RIPPER, E. Como evitar erros na construção. 10. ed. São Paulo: PINI, 2012.
SOUZA, Vicente C. M.; RIPPER, Thomaz. Patologia, recuperação e reforço de
estruturas de concreto. 8. ed. São Paulo: PINI, 2012.