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Parte)
(https://grabois.org.br/publicidade/50/1639055717)
(http://(http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistagerminal/issue/archive)).
Da discussão do tema fez parte um bloco de questões em formato de entrevista que me foram
submetidas por Celi Nelza Zulke Taffarel, Maria de Fátima Rodrigues Pereira, Elza Margarida de
Mendonça Peixoto e Paulino José Orso, editores da revista. Quatro anos depois, pareceu-me útil
reapresentar a entrevista aos amigos do Portal Grabois e especialmente aos leitores de nossa Seção
São Paulo. Com alguns reparos (por exemplo, em 2012 o crescimento da China ainda era de 8% ao
ano em plena crise internacional) tanto as questões quanto as respostas permanecem pertinentes.
O texto integral da entrevista (que pode ser encontrado CLICANDO AQUI
(http://(http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistagerminal/issue/archive))) é demasiado
longo para as dimensões dos textos que publicamos em nossa Seção. Por isso, respeitando a ordem
das questões, dividiremos a presente edição em quatro tópicos, começando pela análise da crise
internacional. CLIQUE AQUI (https://grabois.org.br/admin/arquivos/arquivo_97_5769_4618.pdf) para
https://grabois.org.br/portal/secao-paulista-da-fundacao-mauricio-grabois/148521-39508/2016-01-29/imperialismo-crise-e-educacao-1a-parte 1/10
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Conjuntura Mundial
Não creio que haja um consenso sobre o conceito de crise estrutural. As manifestações mais simples
das crises, analisadas no Livro II do Capital, correspondem ou a descompassos na reposição dos
meios de produção ou à super-acumulação de mercadorias. Elas assumiram maiores proporções
com o desenvolvimento da grande indústria e a importância crescente do sistema de crédito. À
medida que o comando do capital-dinheiro (D) foi sendo transferido em escala crescente dos
industriais para os banqueiros, ampliou-se a esfera de investimento do capital portador de juro (D-
D’, com D’>D), ampliando-se também, nas mesmas proporções, os efeitos das crises bancárias.
Inscritas nas próprias condições objetivas da reprodução ampliada das relações capitalistas, elas
foram recorrentes ao longo de seu desenvolvimento histórico.
Quando a crise assumiu caráter estrutural, afetando o modo de produção enquanto tal? A resposta
mais precisa dos textos de Marx está no célebre parágrafo introdutório de Para a crítica da
economia política em que ele caracteriza uma “época de revolução social” pela contradição
(Widerspruch) entre as relações de produção e o desenvolvimento das forças produtivas. O conteúdo
dessa revolução consiste na supressão das relações de produção que se tornaram um entrave à
produção da riqueza social. Na quinta e última parte do Livro III do Capital (capítulos 21 a 33), em que
analisa (a) a divisão do lucro em juro e lucro de empresa; (b) o capital portador de juro, Marx aponta
na fórmula D-D’, dinheiro produzindo dinheiro, valor valorizando a si próprio, a expressão mais
exterior, mais fetichizada, das relações capitalistas. O juro, que objetivamente é uma parte da mais-
valia extorquida ao operário no processo produtivo (P): D-P-D’, se apresenta como fruto direto do
capital-dinheiro, que teria a capacidade misteriosa de frutificar seu próprio valor,
independentemente da reprodução. Essa forma mais brutal da mistificação capitalista oculta a
fonte da qual o juro bombeia a riqueza: a divisão da mais-valia em juros, que remuneram os
proprietários do capital financeiro, e em lucro de empresa, que remunera o capital produtivo.
“O traço característico do imperialismo é que o mundo inteiro[...]se divide atualmente num grande
número de povos oprimidos e um número ínfimo de povos opressores, que dispõem de riquezas
colossais e de uma poderosa força militar. Estimando a população total do globo em um bilhão e
três quartos, a imensa maioria, compreendendo muito provavelmente um bilhão duzentos e
cinquenta milhões de seres humanos [...], pertence aos povos oprimidos, os quais ou se encontram
colocados sob um regime de dependência colonial direta, ou constituem Estados semicoloniais,
como a Pérsia, a Turquia, a China [...]”.
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2. Com a crise econômica que abala os centros de domínio do capital, há uma reconfiguração
geopolítica mundial?
3. O capitalismo está abalado pela crise? Este abalo está seguido de uma organização revolucionária
que o ameace? Quais são?
Abalado está. Mas só os partidos anticapitalistas de base operária podem dar consequência aos
abalos. As crises podem favorecer a extrema-direita, como na Alemanha dos anos trinta. Por isso, a
mais grave “ameaça” nesses países é de que as coisas se mantenham como estão. A pior situação é
a da União Europeia (UE) no hoje decrépito capitalismo de bem-estar. A frenética campanha
neoliberal de “privatização” e de "enxugamento", responsável pelo desemprego crônico de dezenas
de milhões de trabalhadores, pela redução dos direitos sociais à mínima expressão, atingindo
prioritariamente os mais fracos e vulneráveis (turcos na Alemanha, maghrebinos e negros na
França), favoreceu em toda a Europa a proliferação tentacular do neofascismo e do racismo. Em
praticamente todos os países da UE assistimos à alternância de políticas neoliberais agressivas da
direita e de tentativas socialdemocratas de gerir mais moderadamente a mesma política de redução
sistemática dos “custos sociais” da valorização do capital em escala mundial.
Ilustração abaixo: Fascinante mapa da caricatura política de 1900, por Frederick Rose, dos países da
Europa, conhecido como Mapa Polvo da presença aninhada do Império Russo retratado como um
polvo enorme, cujos tentáculos se esticam para a Europa. A China é mostrado sob o aperto da Rússia,
assim como a Pérsia e a Polónia. França e Espanha são mulheres atraentes, enquanto a Alemanha,
Itália e Inglaterra são os comandantes militares.
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*Ilustração do alto da página: O fascinante mapa propaganda foi criado pelo famoso cartunista
holandês, no início da Primeira Guerra Mundial, na fronteira da Bélgica, quando testemunhou em
primeira mão a brutalidade dos alemães que avançavam. Apesar da neutralidade da Holanda, as
atrocidades testemunhadas por Raemaekers o obrigaram a criar caricaturas anti-alemãs, que
levaram a Alemanha a exigir que a Holanda o julgasse por comprometer a neutralidade holandesa,
e até mesmo colocar uma recompensa de 12.000 florins pela sua captura, vivo ou morto.
Raemaekers foi absolvido e fugiu para Londres para continuar o seu trabalho. Durante a guerra, ele
criou centenas de desenhos animados políticos, que foram distribuídas em cartazes, postais,
folhetos, e em jornais e revistas. A divulgação da sua obra é considerada uma das mais extensas
atividades de propaganda da Primeira Guerra Mundial.
O título deste mapa pode ser traduzido como: "O Insano Hospício (Velha Canção, Nova Música)"
referindo-se a perspectiva da Holanda ter uma guerra travar em seu entorno. Embora a Holanda
seja retratada sentada pacificamente, fumando um cachimbo, ela está segurando uma arma e
mantém um olho sempre vigilante sobre seu vizinho. Em contrapartida, Portugal e Espanha estão
envolvidos em seus próprios assuntos, ignorando a agitação em torno deles. França e Alemanha
estão engajados em uma queda de braço, enquanto as ilhas britânicas são retratados como um
escocês feroz e forte. A Itália e uma gigantesca Rússia parecem estar brincando de cabo-de-guerra
com o Império Austro-Húngaro. Depois de declarar-se neutro no início da guerra, o Império
Otomano aceita apoio militar da Alemanha, fazendo com que os Aliados declarem guerra ao
Império Otomano. A situação causou desordem dentro do Império, que é habilmente retratado aqui
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como um turco cortando sua própria garganta com uma espada carimbada "Made in Germany".
Cada país é habilmente retratado como uma figura humana - todas as quais são do sexo masculino,
exceto para as suaves Noruega e Suécia e as ilhas de Córsega e Sardenha.
TV Grabois (https://www.grabois.org.br/portal/videos/152502/2016-03-
18/imparcialidade-do-judiciario-deve-ser-resgatada)
PCDOB LANÇA LIVRO ICONOGRÁFICO Livro, que será lançado nesta quinta-feira (09/12), reúne imagens dos cem anos do Partido
Comunista do Brasil. Veja este trecho da entrevista com Adalberto Monteiro e Fernando Garcia, organizadores do livro
(https://www.youtube.com/watch?v=akMdsErBp2c)
25 ANOS SEM ROGÉRIO LUSTOSA Conheça um pouco da sua trajetória política e como dirigente do PCdoB
(https://www.youtube.com/watch?v=uKtpyi5Qbhc)
(https://www.grabois.org.br/portal/videos/155506/2021-06-21/a-saudade-de-saramago-e-sua-luta-so-aumenta)
O último documentário de SILVIO TENDLER, produzido pelo SENGE- Sindicato dos Engenheiros do estado do Rio de Janeiro, e da
Frente Brasil Popular, tem duas horas e meia, e é uma verdadeira aula de economia política do imperialismo e do capital
financeiro. São entrevistados dezenas de professores e especialistas.
(https://www.grabois.org.br/portal/videos/154546/2018-08-09/dedo-na-ferida-de-silvio-tendler-e-aula-de-economia-politica-do-
imperialismo)
https://grabois.org.br/portal/secao-paulista-da-fundacao-mauricio-grabois/148521-39508/2016-01-29/imperialismo-crise-e-educacao-1a-parte 5/10
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Blogs progressistas
Romualdo Pessoa
(https://www.gramaticadomundo.blogspot.com.br/)
o estado: MA
Maranhão (https://www.grabois.org.br/ma)
https://grabois.org.br/portal/secao-paulista-da-fundacao-mauricio-grabois/148521-39508/2016-01-29/imperialismo-crise-e-educacao-1a-parte 6/10
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(https://www.grabois.org.br/portal/seminarios-e-debates/152936-44729/2016-07-21/seminario-cidades-mais-humanas-mobiliza-
futuros-gestores-maranhenses)
MÍDIA Jornal ataca pesquisa acadêmica sobre cobertura do Governo Flávio Dino
(https://www.grabois.org.br/portal/noticias/135403/2015-07-24/jornal-ataca-pesquisa-academica-sobre-cobertura-do-governo-
flavio-dino-no-maranhao)
Seminários e debates ()
DIÁLOGOS, VIDA E DEMOCRACIA – PROGRAMAÇÃO
(https://www.grabois.org.br/portal/noticias/155097/2020-05-04/dialogos-vida-e-democracia-programacao)
SEMINÁRIO DEMOCRACIA E DIREITOS DOS TRABALHADORES Seminário que reúne advogados, juristas e sindicalistas no
Novotel Jaraguá, centro de São Paulo, dia 17 e 18 de março, discutiu contrarreformas de Temer e abusos de autoridade contra
advogados.
(https://www.grabois.org.br/portal/seminarios-e-debates/44735/2017-03-17/cezar-xavier/seminario-democracia-e-direitos-dos-
trabalhadores)
(https://www.grabois.org.br/cdm/d/pcdob-documentos)
A POLÍTICA REVOLUCIONÁRIA O 7o. Congresso, ocorrido em 1988, já está com todos os seus informes disponibilizados. Clique
aqui para baixar!
(https://www.grabois.org.br/cdm/pcdob-documentos/44758/2017-05-13/cezar-xavier/7o-congresso-do-pcdob)
https://grabois.org.br/portal/secao-paulista-da-fundacao-mauricio-grabois/148521-39508/2016-01-29/imperialismo-crise-e-educacao-1a-parte 7/10
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(https://www.grabois.org.br/portal/sociedade-amigos-de-lenin/39638/2015-02-04/NE/lenin-sempre-sobre-o-manifesto-da-
sociedade-dos-amigos-de-lenin)
Especiais (https://www.grabois.org.br/portal/especiais)
https://grabois.org.br/portal/secao-paulista-da-fundacao-mauricio-grabois/148521-39508/2016-01-29/imperialismo-crise-e-educacao-1a-parte 8/10
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Guerrilha Do Araguaia 45 Anos, Uma Geração De Armas Nas Mãos Contra A Ditadura
No dia 12 de abril de 1972 começavam os combates entre a ditadura militar e a Guerrilha do Araguaia em 1972. Jovens militantes
políticos de todo o país começam o longo enfrentamento de luta armada que durou mais de dois anos no Pará, revelando a
radicalidade do PCdoB na luta pela democracia.
LEIA MAIS
(https://grabois.org.br/portal/especiais/44738/2017-04-10/cezar-xavier/guerrilha-do-araguaia-uma-geracao-de-armas-nas-maos-
contra-a-ditadura)
EXPOSIÇÃO 95 ANOS - DEMOCRACIA É INDISPENSÁVEL AO BRASIL, O PCDOB É INDISPENSÁVEL À DEMOCRACIA Veja e leia em
detalhes cada elemento da exposição comemorativa dos 95 anos do PCdoB, em exibição pelo país. Neste especial, foram
organizados os 16 capítulos, com cada foto ilustrativa e texto legenda.
(https://www.grabois.org.br/portal/especiais/44734/2017-03-02/cezar-xavier/exposicao-95-anos-democracia-e-indispensavel-ao-
brasil-o-pcdob-e-indispensavel-a-democracia)
https://grabois.org.br/portal/secao-paulista-da-fundacao-mauricio-grabois/148521-39508/2016-01-29/imperialismo-crise-e-educacao-1a-parte 9/10
09/12/2021 10:15 Fundação Maurício Grabois - Imperialismo, Crise e Educação - Imperialismo, Crise e Educação (1a. Parte)
REVISTA JACOBIN: CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO RUSSA Leia aqui os artigos traduzidos da revista novaiorquina Jacobin, sobre a
"Revolução de Fevereiro", publicados por ocasião de seu centenário. As traduções foram publicadas originalmente no blogue da
Boitempo.
(https://www.grabois.org.br/portal/especiais/44737/2017-03-23/cezar-xavier/revista-jacobin-centenario-da-revolucao-russa)
SÉRIE APOSENTADORIA Esta série analisa os motivos da ofensiva neoliberal sobre o mundo do trabalho, especialmente o
sistema de aposentadoria. A “reforma” da Previdência Social, uma das principais medidas do programa do golpe que tirou do
poder o governo da presidenta Dilma Rousseff, tem potencial para grandes mobilizações sociais, à medida que sua essência for
compreendida pela sociedade.
(https://www.grabois.org.br/portal/especiais/44733/2016-12-12/osvaldo-bertolino/serie-aposentadoria)
Resenhas (https://www.grabois.org.br/portal/resenhas)
LEGADO E LIÇÕES DA REVOLUÇÃO RUSSA No livro “100 anos da Revolução
Russa — legado e lições” está uma ampla análise do processo histórico de
conquistas civilizatórias do projeto que vicejou nesta primeira experiência do
socialismo no mundo.
(https://www.grabois.org.br/portal/resenhas/152913/2016-07-11/novos-lancamentos-discutem-a-importancia-de-lenin-para-o-
avanco-do-marxismo)
NOS 95 ANOS DO PCDOB, SEIS LANÇAMENTOS EDITORIAIS No transcorrer do Seminário 100 anos da Revolução Russa e 95 anos
do PCdoB foram lançados seis livros tratando do centenário da revolução soviética, o papel da esquerda diante da crise
econômica mundial, um balanço dos Governos Lula e Dilma, a história do Partido Comunista do Brasil e a crise econômica
brasileira.
(https://www.grabois.org.br/portal/resenhas/153417/2017-03-23/legado-e-licoes-da-revolucao-russa)
https://grabois.org.br/portal/secao-paulista-da-fundacao-mauricio-grabois/148521-39508/2016-01-29/imperialismo-crise-e-educacao-1a-parte 10/10