Você está na página 1de 4

Especialidade de história do escotismo

O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907 por Robert Baden-Powell, na


Inglaterra. Baden-Powell aproveitou os elementos positivos de camaradagem,
iniciativa, coragem e autodisciplina presentes na sua vida militar, bem como
técnicas que seriam úteis no desenvolvimento dos jovens para criar um novo
movimento educacional.

A partir de saberes e habilidades que aprendeu enquanto esteve na Índia e na


África, ele escreveu, em 1899, um livro chamado “Ajudas à Exploração Militar”
(Aids To Scouting), que continha informações sobre seguir pistas, exploração e
técnicas que se referiam à vida em campo. O sucesso foi tanto que os jovens
ingleses usaram para se divertir e viver novas aventuras.

Percebendo o enorme interesse dos jovens em aprender e replicar as técnicas


citadas no livro, Baden-Powell empenhou-se em adaptá-lo para ser utilizado
pelas escolas britânicas. E foi assim, reunindo as experiências e as atividades
ao ar livre que criou um estilo de vida que passou a ser utilizado na educação e
formação dos jovens: o Escotismo.

Brownsea o primeiro acampamento escoteiro do mundo

No dia 1º de agosto de 1907, ele levou 20 rapazes para a Ilha de Brownsea, no


Canal da Mancha, para realizar o primeiro acampamento escoteiro do mundo.
Essa era a forma que B-P havia encontrado para testar suas ideias. Ao longo
de oito dias, ele aplicou diversos ensinamentos sobre vida em equipe e ao ar
livre, acampamentos, fogueiras, jogos, rastreamento, observação e dedução,
técnicas de primeiros socorros, alimentação e boas ações. Ele havia pensado
nessa diversidade de práticas para que os jovens pudessem voltar para casa
mais independentes e com novas habilidades.

O acampamento foi um sucesso e, no início do ano seguinte, Baden-Powell


lançou as seis edições do guia “Escotismo para Rapazes”, sem sonhar que
estaria fundando o maior movimento educacional de jovens do planeta. A
busca pelos manuais foi tão grande que ocasionou o surgimento de Tropas
Escoteiras por toda parte. Em vista dessa inesperada expansão do Movimento,
B-P afastou-se do exército e se dedicou à sua “segunda vida”, como chamava
o Escotismo. Passou, então, a viajar por diversos países, para orientar a
constituição e o trabalho das associações escoteiras e para fazer do Escotismo
uma grande fraternidade mundial.

O Escotismo foi crescendo, ramificando-se também numa vertente para as


meninas (em 1909) e, em 1920, com o fim da Primeira Guerra Mundial, reuniu
cerca de 8 mil jovens em Londres para o primeiro Jamboree Mundial, o maior
evento escoteiro do mundo até então.
Vida militar de B-P

Aos 19 anos, Baden-Powell terminou os estudos na Escola Charterhouse.


Além de uma carreira excelente no serviço militar (chegou a capitão aos vinte e
seis anos), ganhou o troféu desportivo mais desejado de toda a Índia, o troféu
de "sangrar o porco", caça ao javali selvagem, a cavalo, tendo como única
arma uma lança curta. Vocês compreenderão como este desporto é perigoso
ao saber que o javali selvagem é habitualmente citado como "o único animal
que se atreve a beber água no mesmo bebedouro com um tigre".
Em 1887, B-P participou da campanha contra os Zulus na África. Foi ascendido
a Major em 1889, e em Abril de 1896 dirigiu uma expedicão contra
os matabele em Rodésia.[1]
Dias depois de uma revolta de negros que massacraram 300 colonos
britânicos, o coronel cercou o chefe dos guerreiros chamado Uwini com mais
de 350 soldados.
Os ingleses prometeram poupar a vida aos guerreiros em troca da rendição. As
autoridades civis pediram que ele fosse entregue para ser preso, porém Baden,
recusou e mandou-o executar com o argumento de que ameaçava os
britânicos. Em 2009, Robin Clay, neto de Baden-Powell, desculpou-o no Times:
"Todos cometemos erros. Na guerra as emoções estão ao rubro. Faz-se o que
se pensa estar certo".[2]
Esta era um época formativa para B-P não só porque ele tinha a época da vida
dirigindo missões como chefe do reconhecimento no território inimigo na
Rodésia, mas também porque muitas das suas ideias mais recentes do
escotismo se enraizaram aqui.[3] Foi nesta guerra que ele começou uma
amizade com o celebre escoteiro americano Frederick Russell Burnham, que o
introduziu ao ponto de ebulição a maneira do Oeste americano e
do woodcraft (escotismo), e aqui que ele usou seu chapéu Stetson pela
primeira vez.[4] Mais tarde B-P participou na campanha contra a tribo
dos Ashantís. Os nativos temiam-no tanto que lhe davam o nome de "Impisa",
o "lobo-que-nunca-dorme", devido à sua coragem, à sua perícia como
explorador e à sua impressionante habilidade em seguir pistas.
As promoções de B-P na carreira militar eram quase automáticas tal a
regularidade com que ocorriam até que, subitamente se tornou famoso.

Criação dos Ramos


TROPA ESCOTEIRA
Em 14 de junho de 1910 é realizada uma reunião de suboficiais da Armada
Brasileira, que estiveram na Inglaterra acompanhando a construção de navios
para nossa Marinha, e vindo nos navios “Minas Gerais”, “Bahia” e “Alagoas”,
fundando o Centro dos Boys Scouts do Brasil e elegendo sua primeira
Comissão Diretora. A sede é na rua do Chichorro nº 13, numa casa com a
fachada tombada que existe até hoje. Nota sobre a fundação é publicada no
jornal “A Gazeta”, e assinada pela sua “Comissão Directora” formada por
Amélio A. Marques, Bernardino Corrêa, F. Faustino dos Santos, Renei A.
Bigarel, Julio F. Fraga, B. de Souza Tornel, H. Alves Simas, F. Aggeu de Araújo
e J. Carlos Holand.. Cada “boy scout” pagava uma mensalidade de RS 500
(quinhentos réis) e o primeiro candidato foi o menino Álvaro Corrêa da Silva.
Os acampamentos e caminhadas eram, com freqüência, realizados em direção
ao hoje Instituto Osvaldo Cruz e documentados em cartões postais, remetidos
para as famílias de futuros candidatos.

Em 13 de outubro de 1913, foi criado no Turnerbund (hoje, SOGIPA), em Porto


Alegre o Grupo Escoteiro, desde 1963 com o nome do fundador Georg Black,
que se constitui no mais antigo GE em funcionamento no país.

Em 1914 foi criada a primeira entidade escoteira de caráter nacional: a


“Associação Brasileira de Escoteiros”, com sede em São Paulo, tendo como
mentores Mário Sérgio Cardin, Júlio Mesquita e Olavo Bilac. Naquele tempo o
uniforme e até bastões eram importados da Europa, e surgiram as brigadas de
escoteiras e de bruninhas (meninas de 7 a 10 anos) logo a seguir, na
Associação Brasileira de Escoteiras.

Também em 1914 surge em Rio Novo – MG o “Grêmio dos Bandeirantes


Mineiros”, unidade escoteira seguida por outra, em 1915, em Juiz de Fora.

Em 1915 já existiam escoteiros em São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco,


Ceará, Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Paraíba, Rio Grande do Norte,
Bahia, Santa Catarina e Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul, com o apoio do
Prof. Georg Black em 1915 surge um Grupo em Taquara e em 1916 dois
outros, em Santa Cruz do sul e São Sebastião do Caí.

Em 1916, Arnaldo Guinle e Marco Pollo, escreveram e editaram, no mesmo


ano, “O Livro do Escoteiro” com introdução de Olavo Bilac e Coelho Neto, o
que se constituiu no primeiro Manual Escoteiro editado no Brasil. Nessa época,
foi publicado o “Manual do Escoteiro – Guia de Educação Cívica para
Portuguezes e Brazileiros”, em edição da Empresa Lusitana Editora e tradução
do Dr. Hermano Neves, sem enfatizar a parte religiosa do Escotismo.

Por volta de 1920, o “Velho Lobo” denominação adotada pelo Almirante


Benjamin Sodré começa a publicar na revista “Tico-Tico” uma coluna regular
denominada “Escotismo”. A partir desse material o Velho Lobo publica, em
1925 o Guia do Escoteiro, reeditado em 1932, 1943, 1954 e em 1994, neste
último ano, pelo Centro Cultural do Movimento Escoteiro.

Em 1921, aquela Associação realizou um Jamboree intergrupos que se


constituiu em um grande triunfo para os Escoteiros Católicos. Os Grupos
Escoteiros do Mar multiplicam-se pelo país, em especial após uma operação
para fortalecer as Colônias de Pescadores, com a criação de cooperativas,
escolas e Grupos Escoteiros.
No Rio de Janeiro surgiram outras entidades escoteiras nacionais: em
setembro de 1921 a Confederação Brasileira dos Escoteiros do Mar, pouco
depois a Associação Brasileira de Escoteiros Católicos, que foi a primeira a ter
reconhecimento internacional em 1922, e a Federação Brasileira de Escoteiros
de Terra.

Três escoteiros sob a direção do Pe. Leovegildo Franca, participam do II


Jamboree Mundial e da III Conferência Escoteira Internacional, a Dinamarca,
representando a Associação Brasileira de Escoteiros Católicos.

RAMO LOBINHO
Foi em 1916 que, a pedido das crianças menores que queriam fazer parte do
Movimento Escoteiro, Baden-Powell criou o Ramo Lobinho, baseado no Livro
do Jângal, de Rudyard Kipling, com auxílio de sua irmã, Agnes.

RAMO SÊNIOR
Logo, em 20 de novembro de 1945 foi criada a Tropa Senior do 1º-RJ – GE
Guilhermina Guinle – Fluminense F.C., a primeira Tropa Senior do Brasil. ... A
UEB começou então a regulamentar o Ramo Senior, que utilizava na
passadeira de seu uniforme um debrum marrom.

PESSOAS IMPORTANTES
Arthur Vianna tem um livro em que ele explica um pouco sobre a educação
onde ele cita o escotismo que ele diz ser para muitas crianças e adolescentes
uma coisa muito importante pois ensina como ser independente obvio que com
trabalho em equipe tudo fica melhor porem a independência é muito
importante.

Você também pode gostar