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Energia na Agricultura, Botucatu, v. 34, n. 3, p.

377-388, julho-setembro, 2019 377


ISSN 2359-6562 (ONLINE) 2359-6562 (CD-ROM)

ANÁLISE BIOCLIMÁTICA E INVESTIGAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO EM


AMBIENTE EXTERNO NA REGIÃO CENTRAL DO RS

ZANANDRA BOFF DE OLIVEIRA1, ALBERTO EDUARDO KNIES2


1
Professora adjunta, Coordenadoria Acadêmica, Universidade Federal de Santa Maria Campus em Cachoeira do Sul,
Rua Ernesto Barros, nº 1345, Bairro Santo Antônio, cep: 96506-322, Cachoeira do Sul – RS, Brasil. E-mail:
zanandraboff@gmail.com
2
Professor adjunto, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Unidade em Cachoeira do Sul, Rua Sete de Setembro,
nº 1040, Bairro Santo Centro, cep: 96508-010, Cachoeira do Sul – RS, Brasil. E-mail: albertoek@gmail.com

RESUMO: o presente trabalho teve como objetivo realizar a análise bioclimática e a investigação do
conforto térmico em ambiente externo na região central do RS. Para isso, utilizaram-se os seguintes
índices de conforto térmico: índice de temperatura e umidade (ITU) e índice de desconforto humano
(IDH). Os dados meteorológicos de temperatura do ar máxima (Tmax) e mínima (Tmin) e umidade
relativa do ar máxima (URmax) e mínima (URmin) foram obtidos de uma série de 10 anos (2005-
2015) de dados de uma estação meteorológica automática instalada em Santa Maria (RS). A
temperatura do ponto de orvalho foi estimada a partir da Tmax e Tmin e da URmin e URmax,
respectivamente. Os índices de conforto térmico foram calculados a partir das médias diárias do
período (10 anos) para a situação de máximo desconforto térmico que ocorre nos extremos: 1) quando
a temperatura do ar é máxima e a umidade relativa do ar é mínima - denominados de ITUmax e
IDHmax; 2) quando a temperatura do ar é mínima e a umidade relativa do ar é máxima - denominados
de ITUmin e IDHmin. Em função da elevada amplitude térmica mensal (>10ºC<18ºC) e diária
(>5ºC<10ºC), os valores dos índices de conforto térmico (ITU e IDH) variam entre 51,5 e 80,4,
indicando que a situação de conforto térmico do ambiente externo na região central do RS vai nos
extremos de estresse térmico devido ao frio (julho) a estresse térmico devido ao calor (janeiro). No
período de maio a outubro o conforto térmico ocorre na Tmax, mas na Tmin a situação é de
desconforto a estresse por frio. No período de novembro a fevereiro, o conforto térmico ocorre na
Tmin, mas na Tmax ocorre desconforto a estresse térmico por calor. Nos meses de março e abril, o
desconforto ocorre tanto por frio quanto por calor. Dessa forma, para a produção zootécnica e para o
conforto térmico humano na região central do RS, são necessárias práticas de acondicionamento
ambiental que visem a minimização do estresse térmico.

Palavra-chaves: índices de conforto térmico; análise bioclimática; amplitude térmica.

BIOCLIMATIC ANALYSIS AND RESEARCH OF THERMAL COMFORT IN EXTERNAL


ENVIRONMENT IN THE CENTRAL REGION OF RS

ABSTRACT: The present work had the aim of performing the bioclimatic analysis and the
investigation of the thermal comfort in an external environment in the Central region of RS. For
this, the following thermal comfort indexes were used: temperature and humidity index (THI) and
human discomfort index (HDI). The maximum air temperature (Tmax) and minimum air
temperature (Tmin) and maximum relative humidity (URmax) and minimum air humidity
(URmin) were obtained from a series of 10 years (2005 to 2015) of data of an automatic
meteorological station installed in Santa Maria - RS. The temperature of the dew point was
estimated from the Tmax and Tmin and the URmin and URmax, respectively. The thermal comfort
indexes were calculated from the daily average of the period (10 years) for the situation of
maximum thermal discomfort that occurs in the extremes: (i) when the air temperature is
maximum and the relative humidity of the air is minimal - denominated of THImax and HDImax;
(ii) when the air temperature is minimal and the relative humidity of the air is maximum -
denominated THImin and HDImin. In function to the high temperature amplitude, monthly (>
10ºC <18ºC) and daily (> 5ºC <10ºC), the values of thermal comfort indexes (THI and HDI) vary

Recebido em 04/06/2018 e aprovado para publicação em 23/08/2019


DOI: http://dx.doi.org/10.17224/EnergAgric.2019v34n3p377-388
378 Oliveira e Knies/Análise bioclimática.../v34n3p377-388 (2019)

from 51.5 to 80.4, indicating that thermal comfort of the external environment in the Central region
of RS goes in the extremes of thermal stress due to the cold (July) to the heat stress due to the heat
(January). In the period from May to October the thermal comfort occurs in Tmax, but in Tmin
the situation is of cold stress discomfort. In the period from November to February, thermal
comfort occurs in Tmin, but in Tmax, heat stress discomfort occurs. In the months of March and
April the discomfort occurs as much by cold as by heat. Thus, for a zootechnical production and
human thermal comfort in the central region of RS, it is necessary to practice environmental
conditioning to minimize thermal stress.

Keywords: thermal comfort index; bioclimatic analysis; thermal amplitude.

1 INTRODUÇÃO COLLIER; CANTON, 1982, 1982). Embora


amplamente utilizados, os limiares indicativos
O clima é um dos principais fatores que de conforto e desconforto térmico do ITU estão
influenciam a produção animal, sendo de disponíveis na literatura apenas para condições
fundamental importância o seu conhecimento de estresse calórico, dificultando a sua
para o projeto de instalações e para o manejo utilização para a análise bioclimática nos
dos animais (OLIVEIRA et al., 2017). Nos meses de inverno. Para essas condições, está
humanos, interfere principalmente na disponível na literatura o índice de desconforto
alimentação, na vestimenta e no tipo e humano (IDH), que também leva em
intensidade das atividades (BURIOL et al., consideração os efeitos combinados de Tbs e
2015). UR e possui na literatura limites pré-definidos
O ambiente térmico engloba os efeitos para o conforto e desconforto térmico, tanto
da radiação solar, da temperatura do ar, da para calor, quanto para frio (ONO;
umidade relativa do ar e da velocidade do KAWAMURA, 1991).
vento (SOUZA, 2010; BUFFINGTON; A depressão central do RS caracteriza-
COLLIER; CANTON, 1982). A combinação se por terrenos de baixa altitude ligados de
desses elementos e os mecanismos fisiológicos leste a oeste, beirados por terras baixas, não
fazem com que o principal condicionante para passando de 400 metros de altitude, onde se
conforto térmico seja a combinação encontram importantes cidades como Santa
temperatura e umidade do ar (HONJO, 2009; Maria, Cachoeira do Sul e São Gabriel. Essa
VAREJÃO-SILVA, 2005). região é tradicional produtora de grãos (soja,
Para a análise do conforto térmico, arroz e trigo) no estado e destaca-se no cenário
diversos índices empíricos estão disponíveis gaúcho pela produção pecuária, além de ser
na literatura. No que tange à análise do produtora, em menor escala, de aves e suínos.
conforto térmico em ambiente externo, Oliveira et al. (2018) trabalharam com a
destaca-se o índice de temperatura e umidade espacialização do ITU nas diferentes regiões
do globo (ITGU) (BUFFINGTON et al., do RS e verificou que o ITU apresenta
1981), que integra os efeitos combinados da dependência espacial com correlação
temperatura de bulbo seco (Tbs), da umidade significativa negativa entre os valores de
relativa do ar (UR), da radiação solar (Rs) e da altitude, sendo este um indicativo da
movimentação do ar. Todavia, para a necessidade de uma análise bioclimática mais
utilização desse índice necessita-se de valores detalhada nessa região.
medidos de temperatura do globo negro (Tgn), Buriol et al. (2015) realizaram uma
que necessita instrumentação específica para a análise do conforto térmico humano para Santa
sua determinação; de forma geral, essa Maria (RS) e verificaram elevada amplitude
determinação não é contemplada por estações térmica diária; no mesmo dia podem ocorrer
meteorológicas automáticas, razão pelo qual se momentos com condições térmicas de
utiliza o índice de temperatura e umidade conforto, passando a condições de desconforto
(ITU), que considera a integração entre UR e e, novamente, a condições de conforto ou vice-
Tbs (THOM, 1959; BUFFINGTON; versa. Oliveira et al. (2017) realizaram o
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zoneamento bioclimático para o conforto es = pressão de vapor de saturação na Tmax e


térmico de animais e do trabalhador rural nos na Tmin;
meses de verão, observando por meio do ITU, Tmax = temperatura máxima do ar (ºC);
condições ambientais muito quentes a Tmin = temperatura mínima do ar (ºC).
extremamente quentes no estado do RS.
Conforme o exposto, são importantes 𝑒𝑎 𝑇𝑚𝑖𝑛= 𝑒𝑠 𝑇𝑚𝑖𝑛.𝑈𝑅𝑚𝑎𝑥 (03)
100
estudos que avaliem as condições de conforto
térmico para seres humanos e para animais de
Em que:
produção zootécnica na condição de ambiente
ea Tmin= pressão parcial de vapor de saturação
externo, pensando nas condições de ambiente
na Tmin do ar;
rural, em especial, no período de inverno no sul
Tmin = temperatura mínima do ar (ºC);
do Brasil. Dessa forma, o presente trabalho
URmax = umidade relativa máxima do ar (%).
teve como objetivo realizar a análise
bioclimática e a investigação do conforto
𝑒𝑎 𝑇𝑚𝑎𝑥= 𝑒𝑠 𝑇𝑚𝑎𝑥.𝑈𝑅𝑚𝑖𝑛 (04)
térmico em ambiente externo na região central 100
do RS.
Em que:
2 MATERIAL E MÉTODOS ea Tmax= pressão parcial de vapor de saturação
na Tmax do ar;
A primeira etapa deste estudo Tmax= temperatura máxima do ar (ºC);
constitui-se no cálculo dos índices de conforto URmin = umidade relativa mínima do ar (%).
térmico: ITU e IDH. Para isso, os dados
meteorológicos médios de Tmax e Tmin, e Os índices de conforto térmico foram
URmax e URmin foram obtidos de uma série calculados a partir das médias diárias do
de 10 anos (1/jan/2005 a 1/jan/2015) de uma período (10 anos) para a situação de máximo
estação meteorológica automática instalada em desconforto térmico que ocorre nos extremos:
Santa Maria, localizada na região central do 1) quando a temperatura do ar é máxima e a
estado do Rio Grande do Sul, Brasil (-29,74 S umidade relativa do ar é mínima -
e -53,72 O e altitude de 95 m). denominados de ITUmax e IDHmax; 2)
A temperatura do ponto de orvalho quando a temperatura do ar é mínima e a
(To) (Equação 1) foi estimada a partir da Tmax umidade relativa do ar é máxima -
e URmin e da Tmin e UR max. Para isso, a denominados de ITUmin e IDHmin. A
pressão de vapor (es) em Tmax e Tmin diárias temperatura e a umidade relativa do ar
foi calculada a partir da equação 2 e pressão apresentam um curso inverso, devido ao fato
parcial de vapor (ea) foi calculada a partir das de que o ar mais quente tem maior capacidade
equações 3 e 4. de reter umidade.
O ITU foi calculado pela equação
𝑇𝑝𝑜 247,3 𝑙𝑜𝑔
𝑒𝑎 (01) proposta por Thom (1959):
0,6108
= 𝑒𝑎
17,3− 𝑙𝑜𝑔
0,6108
𝐼𝑇𝑈 = 𝑇𝑏𝑠 + 0,36 𝑇𝑝𝑜 + 0,42 (05)

Em que:
Em que:
ITU: índice de temperatura e umidade;
Tpo = temperatura de ponto de orvalho (ºC); Tbs = temperatura do bulbo seco (ºC) –
ea = pressão parcial de vapor de saturação na
utilizou T max e Tmin para o cálculo do
Tmax e Tmin do ar. ITUmax e ITUmin, respectivamente;
Tpo = temperatura do ponto de orvalho (ºC) –
utilizou-se a Tpo calculada com a ea na Tmax
𝑒𝑠(𝑇𝑚𝑎𝑥 𝑜𝑢 𝑇𝑚𝑖𝑛) = e na Tmin para o cálculo do ITUmax e
17,67 𝑇 max 𝑜𝑢 𝑇𝑚𝑖𝑛
6,11 𝑒𝑥𝑝 (𝑇 max 𝑜𝑢 𝑇𝑚𝑖𝑛+243,5 ) (02) ITUmin, respectivamente.
O IDH foi calculado pela equação proposta por
Em que: Ono; Kawamura (1991):
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e na T min para o cálculo do ITU max e ITU


𝐼𝐷𝐻 = 0,99 𝑇𝑎 + 0,36 𝑇𝑝𝑜 + 41,5 (06) min, respectivamente.

Em que: A segunda etapa deste estudo


IDH = índice de desconforto humano; constituiu-se na análise bioclimática desses
Ta = temperatura do ar - temperatura do bulbo índices. Para isso, os valores obtidos de
seco (ºC) – utilizou T max e T min para o ITUmax e IDHmax, e de ITUmin e IDHmin,
cálulo do ITU max e ITU min, foram confrontados com os valores de
respectivamente; referência para o conforto térmico obtidos na
Tpo = temperatura do ponto de orvalho (ºC) – literatura, conforme demonstram as tabelas 1 e
utilizou-se a T po calculada com a ea na T max 2 para o ITU e o IDH, respectivamente.

Tabela 1. Intervalos de ITU e seus indicativos de conforto e desconforto térmico para trabalhadores
rurais e animais de produção.
Intervalo do ITU Efeito no conforto térmico
ITU < 74 Conforto térmico adequado.
74 a 79 Ambiente quente, no qual se inicia o desconforto térmico.
Condições ambientais muito quentes, indicando perigo e
podendo trazer consequências graves à saúde do trabalhador
79 a 84 rural, implica em condição de perigo para os animais, indicando
aos produtores a necessidade de tomarem precauções para evitar
perdas na produção.
Indica condição extremamente quente, com risco muito grave à
saúde do trabalhador rural, indica situação de emergência, sendo
ITU > 84
necessário que providências urgentes sejam tomadas para evitar
a perda do plantel.
Fonte: Adaptado de Souza et al. (2010).

Tabela 2. Intervalos de IDH e seus indicativos de conforto e desconforto térmico para trabalhadores
rurais.
Intervalo do IDH Efeito no conforto térmico
IDH>80 Estresse devido ao calor
75 a 80 Desconfortável devido ao calor
60 a 75 Confortável
55 a 60 Desconfortável devido ao frio
IDH<55 Estresse devido ao frio
Fonte: Ono; Kawamura (1991):

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO valores médios de Tmax, Tmin, URmax e


URmin observados para o período de análise.
Na figura 1 estão apresentados os
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Figura 1. Valores médios de temperatura do ar máxima e mínima e de umidade relativa do ar máxima


e mínima, verificados na região central do RS.

Nos meses de junho, julho e agosto, os de Tmax observados excedem os valores


valores médios de Tmin ficam abaixo de 12ºC críticos para a maioria dos animais de
(Figura 1). O mês mais frio é julho, com Tmin produção zootécnica. Para vacas de leite em
de 7,2 ºC e com Tmax não ultrapassando 20ºC lactação, os limites ideais de temperatura
(Tabela 3). Nos meses de verão, a Tmax média ficam em torno de 4 a 24ºC (MARTELLO,
varia entre 27 e 29ºC, chegando em até 31,4ºC 2004), nesse caso, para a criação de vacas
no mês de janeiro (Tabela 3). Na tabela 3, é leiteiras seriam necessárias práticas de
possível também observar a elevada amplitude acondicionamento térmico ambiental para a
térmica mensal (>10ºC<18ºC) e diária redução da temperatura do ar. Segundo Pastal
(>5ºC<10ºC), em especial, nos meses de et al. (2015), o fornecimento de sombra
março e abril, em que a amplitude térmica é (natural ou artificial) é considerado um método
superior a dos demais meses. muito eficaz para garantir conforto térmico das
De acordo com a literatura, os valores vacas leiteiras criadas a pasto.
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Tabela 3. Temperaturas máxima e mínima e amplitude térmica para os diferentes meses do ano na
região central do RS.
Meses do ano Tmax (ºC) Tmin Amplitude Amplitude
(ºC) térmica mensal térmica média
(ºC) diária (ºC)
Janeiro 31,4 18,5 12,9 8,2
Fevereiro 30,7 18,8 11,9 8,0
Março 30,4 12,7 17,7 8,5
Abril 28,2 11,6 16,6 9,4
Maio 22,0 10,3 11,7 5,9
Junho 20,4 9,2 11,2 5,6
Julho 19,6 7,1 12,4 6,4
Agosto 23,5 8,2 15,3 7,8
Setembro 22,5 10,0 12,5 7,2
Outubro 26,1 13,6 12,5 7,7
Novembro 28,5 15,4 13,1 8,0
Dezembro 30,6 17,2 13,4 6,9

Medidas para a redução da temperatura produção zootécnica recém-nascidos ou em


do ar também são necessárias para a criação de fase inicial de crescimento. De acordo com
suínos na fase de crescimento e terminação, Baêta e Silva (2010), os valores de temperatura
tendo em vista que as temperaturas críticas são crítica são: 10ºC para bovinos, 6ºC para
de 5 e 27ºC (BAÊTA; SILVA, 2010). Oliveira ovinos, 34 ºC para frangos e 20ºC para suínos.
et al. (2017) destacam algumas medidas Dessa forma, os produtores rurais da região
construtivas para a redução da temperatura do central do RS devem adotar por práticas de
ar no interior de instalações, tais como: manejo que evitem o nascimento desses
utilização de materiais isolantes para a animais nesses meses de inverno, a menos que
cobertura, instalações mais abertas, orientação sejam adotadas práticas de acondicionamento
correta e pé-direito elevado. térmico ambiental.
Para frangos de corte, a faixa de Além disso, no que tange ao conforto
conforto térmico em diferentes idades varia de térmico, Varejão-Silva (2005) coloca que a
20 a 35º C (SILVA, 2007; ABREU; ABREU, umidade relativa do ar é o principal fator
2011), no caso, para a criação desses animais responsável pela sensação de desconforto.
na região central do RS são necessárias Observam-se, em Santa Maria (RS), valores
medidas de acondicionamento térmico elevados de umidade relativa do ar, sendo estes
ambiental tanto para aquecimento quanto para superiores a 50% em todos os meses do ano,
resfriamento do ar, corroborando os resultados com valores acima de 90% nos meses do
obtidos por Oliveira et al. (2017), que inverno. Os efeitos integrados dessas variáveis
observaram essa condição para vários nos índices de conforto térmico podem ser
municípios do estado do RS. visualizados na Tabela 4, em que estão
Assim como os valores de Tmax, os apresentados o ITU (max e min) e o IDH (max
valores e Tmin (>10ºC) observados nos meses e min) e a situação de conforto térmico na
de inverno (junho, julho e agosto) também são região central do RS.
críticos para a maioria dos animais de
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Tabela 4. Valores máximos e mínimos dos índices de conforto térmico (ITU e IDH) e situação de
conforto térmico na região central do RS.
Meses do ano ITUmin IDHmin ITUmax IDHmax
Janeiro 65,0 64,9 80,4 80,1
Fevereiro 66,4 66,2 79,3 79,0
Março 59,2 59,0 78,7 78,4
Abril 57,6 57,5 76,5 76,3
Maio 54,9 54,8 68,9 68,7
Junho 53,8 53,8 66,6 66,4
Julho 51,6 51,5 64,9 64,7
Agosto 52,8 52,7 69,5 69,2
Setembro 54,7 54,6 68,7 68,5
Outubro 59,8 59,7 73,1 72,8
Novembro 60,8 60,6 76,6 76,3
Dezembro 64,1 63,9 78,9 78,6
Estresse devido ao calor
Desconfortável devido ao calor
Confortável
Desconfortável devido ao frio
Estresse devido ao frio

Os valores de ITU e de IDH são temperatura do ar é baixa (primeiras horas da


praticamente os mesmos, visto que são as manhã). Nos meses de novembro a abril ocorre
mesmas variáveis de entrada e os coeficientes desconforto por calor nos horários de Tmax,
das equações são similares (Equações 1 e 2). sendo o mês de janeiro o que apresenta os
Desse modo, pode-se utilizar os intervalos de maiores índices (ITU e IDH = 80), indicando
IDH propostos por Ono; Kawamura (1991), condições ambientais muito quentes que
para realizar a análise bioclimática no período podem trazer consequências graves à saúde do
de inverno, já que não existem na literatura trabalhador rural e condição de perigo para os
esses intervalos para o ITU. animais (SOUZA et al., 2010).
Os valores dos índices de conforto Os meses de março e abril, por
térmico variam entre 51,5 e 80,4, ou seja, em possuírem amplitude térmica maior que os
função da elevada amplitude térmica demais (Tabela 3), apresentam tanto
demonstrada (Tabela 3), a situação de conforto desconforto térmico por frio, nas primeiras
térmico do ambiente externo na região central horas da manhã, quanto desconforto térmico
do RS vai dos extremos de estresse térmico por calor, quando a temperatura do ar é elevada
devido ao frio (julho) a estresse devido ao calor (meio-dia e parte da tarde).
(janeiro). As figuras 2 e 3 demonstram os intervalos de
No período de março a outubro ocorre conforto térmico e valores máximos e mínimos
desconforto térmico por frio (março, abril e de ITU e IDH nos dois meses do ano em que o
outubro) a estresse térmico por frio (maio a desconforto térmico é extremo: janeiro e julho.
setembro), nos horários do dia em que a
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Figura 2. Intervalos de conforto térmico e valores máximos e mínimos de ITU e IDH, verificados
para região central do RS no mês de janeiro.

Figura 3. Intervalos de conforto térmico e valores máximos e mínimos de ITU e IDH, verificados
para a região central do RS no mês de julho.

Esses valores de ITU>74 são considerado como alerta e ITU> 82 é


indicativos de estresse calórico para a maioria considerado como emergência (SILVA
dos animais de exploração zootécnica JUNIOR, 2001).
produzidos na região sul do Brasil. Nessas De acordo com Rocha et al. (2012),
condições, só é possível a criação de frangos além de causar infertilidade nos animais, o
de corte da 2a à 6a semana de vida, mediante a estresse térmico representa a maior fonte de
adoção de técnicas de acondicionamento perdas econômicas em um sistema de
térmico para a melhoria da renovação do ar e produção de leite. Para bovinos de corte, a
redução da temperatura (ABREU; ABREU, condição térmica de ITU entre 72 e 78 é branda
2011). Para vacas leiteiras, ITU>72, é e entre 79 e 88 é moderada (HAHN; MADER,
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1997). Marques et al. (2005), observando o que os suínos submetidos à condição em que a
comportamento de touros em condições de temperatura fica abaixo do limite crítico
confinamento e alojados individualmente ou inferior, precisam aumentar a produção de
em grupos, verificaram que valores de ITU calor, que pode ser aumentando o consumo de
superiores a 81 observados na parte da tarde energia ou transferindo para manutenção a
indicaram condição de perigo, podendo energia que seria usada para crescimento. Para
ocasionar até a morte dos animais. No caso da esses animais, o ajuste da temperatura na fase
criação de suínos, de acordo com Silva (1999), de creche é de extrema importância para que os
para locais com ITU superior a 70, somente é leitões expressem o máximo potencial
possível com a utilização de modificações do produtivo, impedindo que a energia consumida
ambiente térmico. Ovinos da raça Dorper, em seja revertida para manutenção da temperatura
ambientes com ITU acima de 72,8 apresentam corporal, mas sim para crescimento e ganho de
movimentos respiratórios acima da média peso (BORTOLANZA et al., 2017).
obtida para a raça e em condições ambientais Para pintainhos, algumas práticas de
com ITU acima de 79,5 entram em hipertermia acondicionamento térmico devem ser adotadas
(MENDES, 2014). para minimizar a ocorrência de hipotermia,
Além disso, os valores de ITU como o uso de cortinas e aquecedores elétricos
observados na maioria dos dias do mês janeiro (SOBRINHO; FONSECA, 2007; ABREU;
estão no intervalo entre 79 e 84 que, de acordo ABREU, 2011). De acordo com Ribeiro et al.
com Souza et al. (2010), indicam condições (2006), bezerros nascidos em dias frios exigem
ambientais muito quentes, podendo trazer ainda mais atenção por apresentarem maior
consequências graves à saúde do trabalhador dificuldade de adaptação e de regulação da
rural. De acordo com Camargo; Furlan (2011), temperatura corpórea.
as reações do corpo à exposição a altas ou No caso de seres humanos, Buriol et al.
baixas temperaturas começam com (2015) destacam que, em ambiente aberto, o
desconforto, irritabilidade e baixa desconforto por frio é mais fácil de ser
concentração na atividade realizada. Em contornado com o uso de vestimentas
condições de estresse calórico, quando a apropriadas do que no desconforto por calor.
transpiração já não é mais suficiente para Os resultados apresentados
regular a temperatura corporal, podem ocorrer demonstram, para a região central do RS que,
uma série de distúrbios, como: exaustão em função da elevada amplitude térmica diária
térmica, câimbras por calor, insolação ou e mensal, associada à elevada umidade relativa
síncope por calor (CAMARGO; FURLAN, do ar, ocorre o desconforto térmico tanto por
2011; ALMEIDA; VEIGA, 2010). calor quanto por frio nos meses característicos
Nessas condições, medidas que de verão e inverno e, por vezes, no mesmo dia.
mitigam o estresse térmico dos trabalhadores Dessa forma, no caso de planejamento
rurais devem ser adotadas, como por exemplo, de edificações para o confinamento animal
concentrar o trabalho em horário com (aves, suínos e vacas leiteiras) nessa região,
temperaturas mais amenas, optar por tratores, deve-se optar por estruturas semi-abertas,
mesmo que de baixa potência, com cabine dotadas de cortinas nas laterais da edificação,
climatizada (OLIVEIRA et al., 2017). de forma a propiciar o isolamento da mesma
No mês de julho (Figura 3), os índices nos horários de Tmin, quando fechadas e,
ITU e IDH são indicativos de desconforto a quando abertas, permitindo a renovação do ar,
estresse devido ao frio. De acordo com nos horários de Tmax. Além disso, práticas
Cassuce (2011), em situação de estresse por artificiais de modificações ambientais, tais
frio, frangos de corte em crescimento ou como: ventilação, exaustão e nebulização,
adulto, mantêm o consumo de alimento, podem auxiliar na redução do desconforto ou
gerando incremento calórico, porém a energia estresse calórico no interior das edificações.
que serviria para deposição tecidual, em No caso da criação de animais em
grande parte é utilizada para a mantença, ambiente aberto (a campo), deve-se prever o
diminuindo assim o desempenho. sombreamento para amenizar o estresse
Do mesmo modo, Miller (2012) relata calórico no período da tarde e a disponibilidade
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de forragens (em abundância) ou a do ambiente externo na região central do RS


suplementação da alimentação (silagem, ração, vai nos extremos de estresse térmico devido ao
etc.) para que o incremento de energia auxilie frio (julho) a estresse térmico devido ao calor
na termorregulação quando o desconforto ou (janeiro).
estresse térmico é por frio. No caso dos No período de maio a outubro, o
produtores rurais, as atividades laborais na conforto térmico ocorre à tarde, quando a
condição de ambiente externo, devem ser temperatura do ar é máxima, mas nas primeiras
realizadas nos horários do dia intermediários horas da manhã, quando a temperatura do ar é
aos extremos de Tmin e Tmax, visando um mínima, a situação é de desconforto a estresse
maior conforto térmico. Além disso, utilizar por frio. Já no período de novembro a
vestimenta apropriada (BURIOL et al., 2015). fevereiro, a situação é inversa: conforto
térmico quando a temperatura do ar é mínima
4 CONCLUSÕES e desconforto a estresse por calor quando a
temperatura do ar é máxima. Nos meses de
Na região central do RS, a amplitude março e abril, o desconforto térmico ocorre
térmica mensal (>10ºC<18ºC) e diária tanto por frio quanto por calor.
(>5ºC<10ºC) e a umidade relativa do ar Para produção zootécnica e para o
(>50%) são elevadas. conforto térmico humano na região central do
Os valores dos índices de conforto RS, são necessárias práticas de
térmico (ITU e IDH) variam entre 51,5 e 80,4, acondicionamento ambiental que minimizem o
indicando que a situação de conforto térmico estresse térmico.

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