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Europa: uma visão de conjunto

QUADRO NATURAL E PROBLEMAS AMBIENTAIS


 O RELEVO -> 75% do relevo da Europa é plano. O continente europeu ocupa 7% das terras do planeta.
 Maciços antigos - montanhas antigas, as quais se destacam Montes Urais e Alpes Escandinavos (norte e leste).
 Planícies Centrais – localizadas na parte central, possuem terras férteis.
 Cordilheiras recentes - montanhas jovens e altas: Pirineus, Cárpatos, Apeninos, Bálcãs e a Cadeia do Cáucaso.
A Europa tem um aspecto recortado e irregular devido a diversos arquipélagos e várias penínsulas.
 O CLIMA E AS PAISAGENS
 Europa do norte -> climas frio e polar, onde encontramos a floresta Boreal e a Tundra.
 Europa das planícies -> predomina o clima temperado.
 Oceânico: temperaturas amenas e chuvas bem distribuídas.
 Continental: mais seco e com grandes variações de temperaturas.
A vegetação típica é a Floresta Temperada. No leste da região ocorrem o clima semiárido e as pradarias.
 Europa do sul -> terras voltadas para o Mar Mediterrâneo, apresenta as temperaturas mais altas da Europa, com verões
secos e invernos chuvosos (principal característica do clima mediterrâneo). Lá encontramos a vegetação mediterrânea ->
vegetais arbóreas e arbustivas e a vegetação de altitude -> cadeias montanhosas, marcadas pelo frio da altas
montanhas. Enfim, o clima que predomina na Europa é o frio.
 A HIDROGRAFIA -> a rede hidrográfica da Europa é densa e apresenta vários cursos d’água. Seus rios e mares são úteis na
produção de energia, irrigação, comércio, navegação, além de fazer a irrigação entre os países europeus.
 PROBLEMAS AMBIENTAIS -> o governo tornou obrigatório a reciclagem de controle de danos ao ambiente ( resíduos solos
urbanos: sólidos de vidro, plástico, papel e metal) e proibiu também a fabricação da gasolina com chumbo, tentando diminuir
os danos ao ambiente, mas mesmo assim, este é um problema que a Europa deverá se preocupar cada vez mais.
 PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DA EUROPA
 Chuva ácida -> o uso de combustíveis fósseis (carvão) emitem dióxido de carbono e de nitrogênio que poluem o ar que
entram em contato com o vapor d’água formando soluções ácidas que causam chuvas que danificam peças de artes
expostas no continente.
 Desertificação -> através de ações humanas e incêndios, atinge o sul da Europa e destroem o solo.
 Exploração dos recursos pesqueiros -> nos mares Mediterrâneo e Atlântico, peixes como o bacalhau estão em riscos de
extinção.
 Resíduos nucleares -> na França, 80% da energia consumida é proveniente de reatores nucleares.
 Destruição da vegetação nativa -> espécies animais como lince e o bisonte europeu, têm dizimado devido incêndios
europeus.
 O DESASTRE DO CHERNOBYL -> mais grave acidente nuclear ocorrido no mundo (25 para 26/04/1986). Explodiu um dos
4 reatores da usina nuclear de Chernobyl (URSS), na Ucrânia, causando vazamento de resíduos nucleares na atmosfera,
formando nuvens radioativas que se deslocaram para a região da Europa Central. A explosão matou 56 pessoas, tendo que
serem desocupadas todas as áreas situadas em um raio de 30 km. Ainda hoje, há pessoas desta região que apresentam
índices de leucemia e de mortalidade infantil.

POPULAÇÃO EUROPEIA
 VARIEDADE LINGUÍSTICA -> falam-se 60 línguas, mas só algumas são consideradas línguas oficiais ( reconhecidas pelo
governo e ensinadas pelas escolas). Somente Portugal e Islândia são monolíngues, os outros países falam outras línguas.
Ex.: Bélgica fala-se francês, holandês e alemão.
 CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS -> um continente bastante populoso e povoado, porém de maneira irregular. Tem
lugares muito povoados e lugares menos povoados ( lugares próximos as regiões polares). Atualmente, possui 744 milhões de
habitantes, com estimativas para 2025, 701 milhões de habitantes. Ao contrário dos outros continentes, o número de europeus
decresce a cada ano. A proporção de pessoas com mais de 65 anos é elevada. Motivos: taxa de natalidade vem diminuindo e
a esperança de vida é em 73 anos. Mas mesmo o crescimento vegetativo ser negativo, o que mantem o nível populacional é a
imigração.
 UM CONTINENTE DE MIGRAÇÕES -> séculos XIX a XX - 60 milhões deixaram a Europa.
Após a 2ª Guerra Mundial -> a Europa recebeu cerca de 30 milhões de imigrantes.
 Principais países receptores: Alemanha, Itália, Reino Unido, França, Espanha, Grécia e Países Baixos.
 Fluxos migratórios atuais: principais motivos.
 Crise socioeconômica nos países pobres.
 Melhores oportunidades de emprego e de acesso aos serviços públicos de saúde e de educação oferecidos pelo
governo.
 Alguns jovens retornam à procura de especialização profissional em universidades e institutos técnicos desses
países, cujo idioma receberam como herança.
 Outro fator que motiva o fluxo migratório são as perseguições políticas e os conflitos étnicos (albaneses) ->
dentro da Europa (curdos) -> fora da Europa. Essas pessoas são conhecidas como refugiados.
 IMIGRAÇÃO ILEGAL -> um dos principais problemas. Pessoas entram e permanecem no país sem permissão oficial e
passam a trabalhar no setor informal da Economia, cuja fiscalização não é rigorosa. Em busca de melhores condições de
vida, os africanos ilegais atravessam o Mar Mediterrâneo e através do Estreito de Gibraltar ( principal caminho que separa
a África da Europa), chegam a Espanha -> país europeu que mais recebe imigrantes ilegais. Esse imigrantes recebem
baixa remuneração e costumam habitar as periferias, aumentando a diversidade étnica ( miscigenação) e colocando em
risco as vidas dos europeus.
 XENOFOBIA E RACISMO -> como há baixa natalidade, o continente europeu tem cada vez menos mão-de-obra,
havendo assim, cada vez menos restrições aos imigrantes. Surgem assim os xenófobos (contra os imigrantes) e os
racistas. Estes têm apoio da população local. Os imigrantes são têm identidade local e trabalham em condições precárias
e recebem salários baixos, ameaçando assim o emprego dos habitantes europeus.

ECONOMIA EUROPEIA
 A AGRICULTURA, A PECUÁRIA E A PESCA -> com ajuda da tecnologia, a economia europeia tem um elevado índice
de produtividade.
 Agricultura -> produzem seus próprios alimentos, de acordo com as condições climáticas.
 Países do sul (há mais sol): frutas e hortaliças
 Países do norte (há menos sol): cereais e leite.
 Pecuária -> atende a demanda de carne e leite da população (bovino e suíno), ao norte do país.
 Pesca -> muito importante para a economia europeia, principalmente na Rússia, Noruega, Islândia, Portugal e Espanha.
 INDÚSTRIA -> a Alemanha, França, Reino Unido e Itália, abrigam as principais regiões industriais. A Revolução Industrial
teve início no continente europeu.
 Setor de serviços -> gera 50% da riqueza do continente
 Comércio: as principais relações são realizadas com países desenvolvidos (EUA e Japão).
 Turismo: a Europa é o principal mercado turístico mundial: França, Grécia, Itália, Espanha, Áustria, Alemanha e
Reino Unido = pólos turísticos.
 Nível de desenvolvimento elevado -> como todo continente, há os mais ricos e os maios pobres.
 Países de desenvolvimento elevado: com indústrias modernas, agricultura mecanizada e produtiva e prestação de
serviço muito eficiente. Reino Unido, França, Alemanha, Suíça e Finlândia.
 Países de desenvolvimento intermediário: agricultura tradicional e menos produtiva, menor desenvolvimento
industrial: Espanha e Portugal.
 Países de desenvolvimento fraco: fraco desenvolvimento industrial e agricultura muito tradicional: Romênia, Albânia,
Armênia e Geórgia.
 Indústria do Reino Unido -> representadas por setores modernos.
 Grandes indústrias têxteis: tradição antiga.
 Siderurgia: obteve êxito, pois há grande quantidade de carvão e minério de ferro no país.
 Indústria de transformação: indústrias eletromecânicas, de construção naval, automobilísticas, aeronáuticas e de
máquinas têxteis também se destacam na economia do país.

Aspectos gerais do continente europeu


No conjunto de terras chamado Velho Mundo, a Europa, do ponto de vista físico ou geológico, é apenas uma península da Ásia.
Do ponto de vista histórico-social, porém, a Europa é um continente, pois desenvolveu ao longo dos séculos uma cultura que a
diferencia da Ásia.
A Europa passou a desempenhar um papel fundamental em todo o espaço mundial desde o século XV, quando iniciou, a partir de
sua porção oeste (ou ocidental), sua expansão marítimo-comercial em direção ao oceano Atlântico e ao restante do mundo. Por isso a
Europa ocidental destacou-se de maneira particular no espaço geográfico mundial. Afinal, ela colonizou e dominou política,
econômica e culturalmente grande parte da superfície terrestre, o que explica a indiscutível hegemonia que exerceu sobre essas
áreas conquistadas, pelo menos até o início do século XX.
Atualmente, com pouco mais de 10 500 000 km² de extensão (incluindo a parte europeia da Rússia),ela abriga uma população de
728 389 milhões de habitantes.
Aspectos físicos. A Europa limita-se ao norte com o oceano Glacial Ártico e ao sul com o mar Mediterrâneo (que a separa da
África).A leste, liga-se à Ásia, considerando-se como limites entre os dois continentes os montes Urais, o mar Cáspio e o rio Ural. Na
parte oeste, é banhada pelo oceano Atlântico, que forma vários mares, golfos e canais: mar do Norte, mar Báltico, mar da Noruega,
canal da Mancha, golfo de Biscaia, etc.
Há grande variedade de paisagens naturais e grandes extensões de terras baixas no continente europeu: as planícies germânico-
polonesa, da Hungria, russo-sarmática e outras. Mas a Europa também apresenta altas cadeias de montanhas: Alpes, Alpes
escandinavos, Apeninos, Cárpatos, Pireneus, etc., além de alguns planaltos, como o Central russo e o do Volga. Os principais rios,
cujos vales normalmente formam planícies densamente povoadas, são Reno, Danúbio, Volga, Pó, Sena, Elba, Loire, Douro, Tejo e
outros.
A oeste da Europa, no Atlântico, estão a Islândia e as várias ilhas que formam o Reino Unido (da Grã-Bretanha e da Irlanda, entre
outras). Ao sul, no Mediterrâneo, encontram-se diversas ilhas, como Córsega, Sardenha, Sicília, Creta. As principais penínsulas são:
Escandinava, onde se localizam Noruega e Suécia; da Jutlândia, pertencente à Dinamarca; Ibérica,onde se situam Portugal e
Espanha; Itálica, na qual se destaca a Itália; e Balcânica, onde se localizam Grécia, Albânia e partes de outros países.
Em geral predominam no continente europeu os climas temperados, mais frios no norte e na parte central (e logicamente nas
áreas de altitudes elevadas), mais quentes na parte sul ou meridional, mais úmidos na parte oeste (vizinha do mar) e mais secos na
parte leste ou continental. O clima frio polar ocorre apenas no norte, nas vizinhanças do oceano Glacial Ártico. E no extremo sul, nas
vizinhanças do mar Mediterrâneo, o clima é mediterrâneo, uma espécie de clima subtropical.
Como dividir ou regionalizar a
Europa?
É comum dividir ou regionalizar a
Europa de acordo com a localização
de cada parte: Europa setentrional,
Europa meridional, Europa central,
Europa ocidental e Europa oriental ou
Leste europeu. Nessa divisão
geralmente se exclui a Rússia, pois
esse imenso país merece um estudo à
parte.
Essa divisão tradicional apresenta
muitos problemas. Por um lado,
privilegia a localização geográfica e as
características dos elementos naturais
dessa faixa (nos casos de Europa
setentrional, Europa central e Europa
meridional). Por outro, a inclusão do
Reino Unido na Europa ocidental
indica que os critérios adotados são
essencialmente históricos.
Como os elementos sociais e históricos são mais significativos para a compreensão do espaço geográfico contemporâneo, convém
estudar a Europa com base na industrialização, que teve origem nesse continente. E uma regionalização com base na
industrialização nos leva a considerar as questões político-econômicas da sociedade.
Assim, estudaremos as profundas diferenças que dividem a Europa em duas partes: a dos países que apresentam uma economia
de mercado, ou seja, capitalistas e desenvolvidos (Europa ocidental); e a dos países que possuem ou possuíam, até há poucos anos,
uma economia planificada, ex-socialistas ou "economias de transição" (Europa oriental ou Leste europeu).
Algumas diferenças entre as duas Europas
A Europa ocidental se destaca pelo elevado padrão de vida da população da maioria dos chamados países capitalistas e
desenvolvidos que a constituem. Seus habitantes, em geral, têm acesso a bens materiais que o atual desenvolvimento tecnológico
coloca no mercado e também a serviços como educação, saúde, artes, lazer, etc.
A população da Europa oriental apresenta um padrão de vida inferior ao dos europeus ocidentais, de modo geral. Contudo, a
maioria dos habitantes do Leste europeu também tem acesso à educação e à saúde, que sempre foram gratuitas e de boa qualidade
nesses países. Mesmo não havendo um nível de consumo elevado, essa população é atendida em suas necessidades básicas:
moradia, escola, alimentação, médicos, hospitais, etc.
Existem, porém, diferenças notáveis dentro de cada um desses dois grandes grupos europeus. Na Europa oriental, por exemplo, a
Albânia é um país que ainda se considera socialista e concentra suas principais atividades econômicas no setor primário
(agropecuária e extrativismo), enquanto a Polônia e a República Tcheca apresentam economias altamente industrializadas. Na
Europa ocidental, o padrão de vida dos povos da parte sul (Portugal, Grécia, parte da Espanha e sul da Itália) está muito distante das
condições extremamente favoráveis da população de nações como Bélgica, Países Baixos, Reino Unido, Suécia, Alemanha ou
França. Da mesma forma, há consideráveis diferenças regionais no interior de cada país.

A unificação da Europa: a União Européia


O antigo Mercado Comum Europeu (MCE), atual União Européia (UE), começou a ser constituído em 1957, com a assinatura do
Tratado de Roma por seis países: Alemanha Ocidental, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo. As medidas tomadas pelo
MCE tornaram realidade a livre circulação de pessoas e de mercadorias, com eliminação das taxas alfandegárias ou impostos de
importações entre os países membros. Com isso houve um sensível aumento no comércio externo entre eles, com reflexos imediatos
altamente favoráveis na economia de cada um desses países.
Mais tarde outras nações foram admitidas nesse bloco: Reino Unido, Irlanda e Dinamarca; Grécia; Espanha e Portugal; Suécia,
Áustria e Finlândia. Em 2004 mais dez países juntaram-se a eles: Chipre, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia,
Malta, Polônia, Eslováquia e Eslovênia. Em 2007 Bulgária e Romênia passam a integrá-Io. A Suíça é um Estado associado e a
Turquia solicitou ingresso, mas não foi admitida.

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