Os Estudantes da Bíblia NC Edição n.

° 19

A NOVA CRIATURA
Ajudando os santos a consolidarem sua chamada e eleição. — 1 Pedro 1:10

A verdade sobre o inferno

“Quem dera que me escondesses na sepultura [seol], e me ocultasses até que a tua ira se fosse;
e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim!” — Jó 14:13, ACF

Quando as pessoas más morrem, será que são enviadas tirania, perseguição e tortura em nome de Deus e da
vivas para um lugar chamado inferno, onde se religião, tem sido usado como um instrumento de medo
contorcem de agonia para sempre em chamas eternas? A para manter as pessoas na igreja. Harold O. J. Brown,
doutrina do inferno é amplamente baseada na suposição professor de teologia da Trinity Evangelical Divinity
de a alma ser imortal (estar eternamente viva na School, a rma que o medo do fogo do inferno é mais
condição de morte), mas em A Nova Criatura n.º 16 e caz do que o medo da mera inexistência na morte: “O
vimos que não há fundamento bíblico para essa aniquilacionismo [a não-existência como penalidade para
doutrina comumente aceita. o pecado] tem sido excluído
Os mortos estão realmente das pregações. Dizer aos
mortos — não vivos — e impenitentes que o pior
estão esperando a destino que podem ter é
prometida ressurreição. De deixarem de existir faz com
fato, não há consciência, que continuar no pecado não
dor ou qualquer sentimento pareça ser tão arriscado.”
no túmulo.
Será que Deus é honrado
Deus nos diz qual é a pena por tais táticas de medo?
para o pecado: “a alma que “O seu temor para comigo
pecar, essa é que morrerá.” consiste em mandamentos de
Quando Deus sentenciou homens....” (Isa. 29:13) Deus
Adão à morte pelo pecado quer que tenhamos um
da desobediência, não coração disposto e
mencionou nenhuma alma obediente motivado
imortal que queimaria puramente pelo amor a Ele
eternamente por causa do e Sua justiça — não
pecado. Como, então, essa motivado pelo medo. Os
doutrina do inferno de fogo pagãos construíram altares
passou a ser ensinada na de sacrifício para seu falso
igreja? Três fatores levaram deus, Baal, onde
à interpretação errada das queimavam seus lhos
Escrituras: 1. As igrejas da vivos no fogo. Mas o
Idade das Trevas usaram o próprio Deus declarou que
medo do inferno como um tal conceito 'nunca havia
forte incentivo para manter passado por sua mente'. (Jer.
as pessoas submissas e 19:5) A idéia de tortura é
fazer novos convertidos; 2. abominável para Deus. Ele
As idéias pagãs de um a proibiu na lei dos judeus.
mundo inferior se misturaram à doutrina cristã; 3. O apóstolo João a rma que “Deus é amor... o perfeito amor
Parábolas e passagens simbólicas na Bíblia foram lança fora o medo, porque o medo envolve o tormento.” — 1
entendidas como sendo literais, distorcendo a João 4:16-18
verdadeira intenção da mensagem bíblica.
Diversos grupos cristãos foram mantidos cativos a essa
Tormento: a perfeita ferramenta de medo temível interpretação das Escrituras por séculos, pois
não eram capazes de negar tal a rmação sem o
O medo do tormento eterno tem aterrorizado os cristãos privilégio de possuírem Bíblias. Hoje, neste tempo de
por séculos. De acordo com a História, todo tipo de iluminação, com acesso livre a Bíblias e materiais de

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estudo, a investigação não é apenas possível, mas
também é necessária para entender o verdadeiro caráter
de Deus e Seus planos amorosos para todos — incluindo
aqueles que não aceitam a Cristo agora. De fato, o
cristão que hoje em dia promove tal doutrina sem a
investigar mais a fundo está desonrando o Deus de amor.
A in uência das ideias pagãs
As ideias pagãs de um mundo inferior de fogo
remontam aos tempos de Ninrode, no Egito. Por volta
do século III d.C., a igreja começou a permitir que
crenças pagãs se misturassem com os ensinamentos
apostólicos. Em resultado disso, muitas doutrinas
bíblicas foram distorcidas. Por exemplo, no século VI
a.C., Zoroastro ensinou aos persas que havia um Senhor
das Mentiras vivendo nas trevas nas profundezas da
Terra registrando as ações dos homens como débitos e
créditos. Quando o corpo morria, a alma era julgada e,
se fosse considerada má, seria condenada ao tormento.
No desejo de converter os pagãos, a igreja adotou essa
loso a e passou a atribuir signi cados zoroastras a
algumas passagens altamente simbólicas da Bíblia.
Não demorou muito e essa transigência se transformou
em um credo rmemente defendido pela igreja. A
Enciclopédia Católica declara: “A igreja professa sua fé no
Credo Atanasiano [quarto século d.C.]: 'Os que zeram o
bem irão para a vida eterna, e os que zeram o mal, para o fogo
eterno...' a igreja ensina expressamente a eternidade das dores
do inferno como uma verdade de fé que ninguém pode negar
ou questionar sem heresia manifesta.”
O uso da palavra inferno no Antigo Testamento
Compreender a de nição bíblica da palavra inferno é
fundamental para estabelecer uma posição doutrinária
adequada sobre o assunto. As Escrituras do Antigo
Testamento foram escritas na língua hebraica. Por
exemplo, João Ferreira de Almeida, o tradutor da
famosa Bíblia Almeida, verteu uma mesma palavra
hebraica, seol, de modos diferentes: inferno, sepultura e
cova. Esse tradutor (e outros depois dele) usaram a
palavra sepultura ou cova no Antigo Testamento
quando seol indicava o local de descanso de pessoas
boas, e usaram a palavra inferno quando se referia a
pessoas más. Isso mostra claramente que esses
tradutores não eram imparciais, mas foram
in uenciados por um viés doutrinário. Um exemplo
disso é evidente no caso do patriarca Jó. “Quem dera que
me escondesses na sepultura [seol], e me ocultasses até que a
tua ira se fosse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de
mim!” (Jó 14:13, ACF) Aqui, o justo Jó está falando de se
esconder de sua dor na sepultura, no seol, esperando, no
sono da morte, até ser acordado na ressurreição. Seria
um absurdo Jó ter orado a Deus para escondê-lo em um
inferno de tortura eterna, e, por causa disso, os
tradutores usaram a palavra sepultura e não inferno.
Agora compare Jó 14:13 com o Salmo 86:13, que diz:
“Pois grande é a tua misericórdia para comigo; e livraste a
minha alma do inferno [seol] mais profundo.” Visto que
uma mesma palavra hebraica, seol, é usada em ambos os
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casos, não há razão para que uma mesma palavra,
sepultura, não seja usada também em ambos. De fato,
seol não signi ca tormento, muito pelo contrário: em vez
de um lugar de fogo ardente, é descrito no contexto
como um estado de escuridão (Jó 10:21), e em vez de
representar em qualquer sentido dor e sofrimento, em
cada caso, o contexto descreve o seol como um lugar ou
condição de silêncio. (Sal. 115:17; 88:11, 12) "Na sepultura
[seol], para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem
conhecimento, nem sabedoria alguma." — Ecl. 9:10, ACF
Exemplos de inferno [hades] no Novo Testamento
No Novo Testamento, a palavra grega hades corresponde
exatamente à palavra hebraica seol. Em Atos 2:27, por
exemplo, “Não deixarás a minha alma no hades”, é uma
citação do Salmo 16:10, “Não deixarás a minha alma no seol
[a sepultura]”. Em 1 Cor. 15:54, 55, “A morte foi tragada
pela vitória. Ó morte, onde está o teu aguilhão? Ó sepultura
[hades], onde está a tua vitória?” é uma alusão a Isaías
25:8, “Ele devorará a morte na vitória” e a Oséias 13:14, “Ó
morte, serei tuas pragas; Ó seol [sepultura], eu serei a tua
destruição.”
Embora hades seja de nido nesses textos como a
sepultura, tradutores tendenciosos ainda traduzem a
mesma palavra, hades, como inferno em Lucas 10:15. “E
tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás precipitada no
inferno [hades].” Novamente, visto que a palavra grega
hades é a mesma em ambos os casos, não há razão para
que a palavra sepultura não seja usada
consistentemente.
Parábolas e simbolismos
Uma chave para entender as Escrituras é saber quando
algo deve ser interpretado literalmente ou como uma
imagem simbólica de outra coisa. Muitas vezes, Deus
dirá ao leitor nas Escrituras o que os símbolos
signi cam. Um exemplo é o sonho do rei
Nabucodonosor em Daniel capítulo 2, onde os símbolos
do sonho são interpretados. Às vezes, no entanto, o
leitor precisa reconhecer os simbolismos sem a ajuda da
interpretação divina se quiser encontrar o verdadeiro
signi cado de certas passagens. Isso é verdade com a
linguagem simbólica do lago de fogo em Apocalipse 20,
aos abismos das trevas de 2 Pedro 2 e o fogo eterno de
Mateus 13 e 25.
No Novo Testamento, duas palavras altamente
simbólicas são traduzidas como inferno; ou seja, geena e
tártaro. Estudos antropológicos e culturais dão uma pista
importante sobre o real signi cado dessas palavras. O
Vale de Hinom, chamado de Geena, situava-se nos
arredores da cidade de Jerusalém e servia como
queimador de lixo para aquela cidade. Seus fogos eram
mantidos continuamente acesos para consumir
completamente todas as coisas ali depositadas, sendo
adicionado enxofre para auxiliar a combustão e garantir
a destruição completa. Mas nenhum ser vivo jamais foi
autorizado a ser lançado na geena. A Lei de Deus para
os judeus impedia que qualquer criatura fosse de algum
modo torturada.
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maneira de se manifestarem é entrando na mente de

Além do lixo, alguns criminosos detestáveis, por não
terem direito a um enterro digno, eram lançados na
Geena após a morte. Eram lançados lá no fogo da Geena
junto com as carcaças de cães mortos, o lixo da cidade,
etc., para serem totalmente consumidos. Assim, como
símbolo, a Geena ilustrou os futuros tratos de Deus em
se comprometer com a destruição de todos os elementos
impuros desta Terra, impedindo-os de profanar Sua
cidade santa, a Nova Jerusalém. Essa queima simbólica
de todos os elementos malignos é chamada nas
Escrituras de Segunda Morte — uma destruição nal e
completa. Disso não pode haver recuperação, pois
depois disso, “não resta mais sacrifício pelos pecados”, mas
apenas “ardente indignação que há de devorar [destruir] os
adversários”. — Heb. 10:26-27
A Bíblia também declara que
aqueles que não são
considerados dignos da vida
devem ser lançados no lago de
fogo (Apo. 20:15) — o fogo
aqui, como em outros lugares,
foi usado como símbolo de
destruição, e o símbolo do lago
de fogo também se remete à
Geena. Assim, o julgamento
que ocorrerá durante a Era
Milenar será um tempo de
prova completa e separação,
com precisão infalível, das
ovelhas (os que ouvem e
obedecem à voz do Mestre) e
dos cabritos (os que se rebelam
em desobediência). (Mat.
25:31-46) Então todos os justos
verão a justiça, bem como a
sabedoria de se destruir
totalmente os inimigos
incorrigíveis e deliberados da
retidão, conforme está escrito:
“Eles serão um horror para toda a
carne.” — Isa. 66:24
A palavra grega tartaroo ocorre apenas uma vez nas
Escrituras e foi traduzida como inferno: “Deus não
poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, e os
entregou nas cadeias das trevas, para serem reservados para o
julgamento.” (2 Ped. 2:4) Nessa citação, todas as palavras
sublinhadas são tradução de uma única palavra grega,
tartaroo. A queda dos anjos que pecaram foi uma queda
da honra e dignidade, para a desonra e condenação, e o
pensamento parece ser que “Deus não poupou os anjos que
pecaram, mas os privou de sua posição exaltada e os entregou
nas cadeias [simbólicas] das trevas”.
Este versículo é frequentemente usado para apoiar a
ideia de um mundo inferior onde os anjos desobedientes e
outros pecadores são mantidos para sempre — mas um
exame cuidadoso revela que o termo cadeias de trevas
apenas se refere a uma condição de restrição temporária
imposta por Deus aos anjos caídos. Essa condição de
restrição não permite que se tornem visíveis, e a única
humanos ou animais. Ocorrências desse tipo são bem
documentadas pelos Apóstolos, que, como Jesus,
expulsaram muitos demônios.
A parábola do homem rico e Lázaro
“Havia um homem rico... vestido de púrpura e de linho no, e
que se alimentava suntuosamente todos os dias; e havia um
mendigo chamado Lázaro, que estava deitado à sua porta,
cheio de chagas, e que desejava ser alimentado com as
migalhas que caíam da mesa do rico: além disso, os cães
vinham lamber suas feridas. E aconteceu que o mendigo
morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão; morreu
também o rico e foi sepultado; E no inferno ele levantou os
olhos, estando em tormentos, e viu Abraão de longe, e Lázaro
em seu seio”. — Lucas 16:19-31
Embora a maioria admita que
essa passagem seja uma
parábola, eles erroneamente
tiram conclusões dela como se
fosse uma declaração literal e a
usam para provar a doutrina
do tormento eterno. No
entanto, em uma parábola, a
coisa dita nunca é a coisa
intencionada. Sabemos disso
pelas próprias explicações de
nosso Senhor sobre outras
parábolas. Quando ele disse
“trigo” em Mateus 13, explicou
que queria dizer lhos do
reino, e quando disse “joio”,
explicou que eram lhos do
diabo.
Se formos considerar a
parábola do homem rico e
Lázaro como uma declaração
literal encontraremos vários
absurdos; por exemplo, que
Lázaro foi abençoado, não
porque estivesse cheio de fé, mas simplesmente porque
era pobre e doente. Se isso for interpretado literalmente,
podemos supor que apenas os pobres e doentes serão
salvos, e o seio de Abraão deve ser um lugar literal onde
residirão milhões de pobres da Terra.
Como lição simbólica, essa parábola torna-se muito mais
razoável. No símbolo, Abraão representava Deus e Sua
promessa a Abraão de que a semente dele abençoaria
todas as nações da Terra. (Gên. 22) O homem rico
representava a nação judaica que herdou essa promessa
por meio de Isaque e Jacó e depois dos doze lhos de
Jacó — Israel. Nos dias de Jesus, os judeus haviam “se
saído suntuosamente” — sendo os destinatários
especiais dos favores de Deus. Paulo disse que os judeus
gozavam de grande vantagem: “... em todos os sentidos:
principalmente, porque a eles foram con ados os oráculos de
Deus [a Lei e a Profecia].” Eles eram uma nação real de
Deus representada pela púrpura do homem rico. Seus
sacrifícios típicos da Lei os constituíam uma nação

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santa, representada pelo linho no do homem rico —
um símbolo de justiça.
Lázaro retratava não apenas os publicanos e pecadores
de Israel afastados de Deus, mas também os gentios
famintos pela verdade que estavam buscando a Deus.
Estes, na época em que a parábola foi contada, eram
excluídos do favor divino sob a Lei, e que – enfermos
pelo pecado – tinham fome e sede de justiça. Eles
estavam no portão do homem rico. Não havia nenhuma
promessa de realeza para eles, mas por causa da doença
moral e do pecado, eram companheiros de cães. Os cães
eram considerados criaturas detestáveis naqueles dias, e
o judeu tipicamente limpo chamava os forasteiros
pagãos de cães e nunca teria qualquer tipo de
relacionamento com eles. (João 4:9) Para entendermos
como estes comeram das migalhas do favor divino que
caíam da mesa dos ricos de Israel, as palavras que o
Senhor disse à mulher siro-fenícia nos dão uma chave:
"Não é bom [apropriado] tomar o pão dos lhos [israelitas] e
lançá-lo aos cachorrinhos [gentios]. Ao que ela disse: Sim,
Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que
caem da mesa de seus donos." (Mat. 15:26,27) Jesus curou a
lha dela, dando assim a desejada migalha de favor.
Após a morte de Jesus houve uma grande mudança
dispensacional na história de Israel quando, como
nação, rejeitaram e cruci caram o Filho de Deus,
perderam sua retidão típica e a promessa de realeza. O
reino foi tirado deles para ser dado a uma nação que
produzisse seus frutos – a Igreja do Evangelho, “uma
nação santa, um povo peculiar”. (1 Ped. 2:9; Mat. 21:43)
Assim, o homem rico morreu para todas essas
vantagens especiais, e logo ele (a nação judaica) se viu
rejeitado — em tribulação e a ição. Em tal condição
aquela nação tem sofrido desde aquele dia até o
presente.
Lázaro também morreu: a condição dos humildes
gentios e dos párias de Israel que buscavam a Deus
sofreu uma grande mudança, sendo levados pelos anjos
(mensageiros — apóstolos) ao que é simbolizado pelo
seio de Abraão — reconhecimento como herdeiros de
todas as promessas feitas a Abraão: “se sois de Cristo,
então sois [os crentes] descendência [ lhos] de Abraão e
herdeiros de acordo com a promessa [abraâmica]”. — Gál.
3:29
“No inferno [hades, a sepultura] ele levantou os olhos,
estando em tormentos, e viu Abraão de longe...” Isso ilustra
que grandes sofrimentos ou tormentos seriam
acrescentados aos judeus após sua dissolução nacional; e
que eles implorariam em vão por alívio nas mãos da
anteriormente desprezada classe de Lázaro. Por séculos
os judeus têm sido implacavelmente perseguidos por
todas as classes, incluindo cristãos professos. O véu (2
Cor. 3:13-16) do preconceito ainda existe, mas será
removido gradualmente à medida que a luz da manhã
do Milênio amanhece. Paulo nos assegura que quando o
número total de gentios necessários para compor a
noiva de Cristo estiver completo, então “O libertador virá
de Sião [a Igreja glori cada], e desviará a impiedade de Jacó
[Israel natural]. ... Quanto ao Evangelho, são inimigos por
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causa de vós; mas quanto à eleição, são amados por causa dos
pais. ... Porque Deus encerrou a todos na incredulidade, para
ter misericórdia de todos.” — Rom. 11:25-32
Conforme vimos nesta edição, o inferno é o hades e o seol
ao qual toda a nossa raça foi condenada por causa do
pecado de Adão, e do qual todos receberam a
oportunidade de redenção pela morte de nosso Senhor.
Este inferno é a sepultura — a condição de morte. Deus
disse no dia em que Adão desobedeceu a Seus
mandamentos: “certamente morrerás”. — Gên. 2:17
Jesus morreu, o justo pelos injustos (Adão e sua
descendência), e esse pagamento pelo pecado é
chamado de “resgate por todos, para servir de testemunho a
seu tempo”. (1 Tim. 2:3-6) O plano de Deus exige uma
oportunidade plena e justa em que a maioria de todos os
que já viveram ressurgirão na ressurreição para
aprender e escolher a justiça sob condições favoráveis:
“quando os teus juízos estão na terra, os moradores do mundo
aprendem justiça”. — Isa. 26:9
Sim, as misericórdias de Deus são muito mais generosas
do que a interpretação errônea que muitos fazem das
Escrituras. Podemos encontrar seu belo plano
misericordioso como um o de ouro entretecido ao
longo de toda a Sua Palavra. Ele providenciou que o
pecado do homem 'seja apagado, quando vierem os tempos
de refrigério da presença do Senhor... A quem convém que o
céu retenha até os tempos da restauração de todas as coisas,
que Deus tem falado pela boca de todos os seus santos profetas
desde o princípio do mundo... a ele ouvireis em tudo o que vos
disser. E acontecerá que toda alma que não ouvir esse profeta
será exterminada dentre o povo'. — Atos 3:19-23
A Geena, que representa a Segunda Morte — a
destruição total — é a penalidade nal de todos os
desobedientes que, depois de redimidos e levados ao
pleno conhecimento da verdade, e à plena capacidade
de obedecê-la, escolherem um proceder de oposição a
Deus e à justiça. Esses incorrigíveis serão apenas alguns
em comparação com o restante da humanidade, e “serão
destruídos dentre o povo”. Graças a Deus que a vasta
maioria escolherá a vida eterna quando nalmente
forem capazes de ver pela primeira vez com os olhos
livres de falsas doutrinas, a bela harmonia das Escrituras
Sagradas!
— O Fim dos Tempos n.º 25, em inglês.
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