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03/05/2020 Racionalismo: conceito, características, filósofos - Brasil Escola


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Racionalismo

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O racionalismo foi uma corrente filosófica muito Conte com a
na sua rotina
importante da Modernidade. Como concepção de
conhecimento filosófico, o racionalismo começa a tomar
corpo durante o Renascentismo, mas as suas primeiras
origens podem remontar à filosofia grega, com as teses ENEM 2020

idealistas platônicas e a concepção do princípio da


Inep liber
causalidade. pedidos d
Enem
O racionalismo tem como principal objetivo teorizar o
modo de conhecer dos seres humanos, não aceitando
qualquer elemento empírico como fonte do conhecimento
VESTIBULAR
verdadeiro. Para os racionalistas, todas as ideias que temos
têm origem na pura racionalidade, o que impõe também Veja as da
uma concepção inatista, isto é, de que as ideias têm origens inatas no ser humano, nascendo 2021 da F
Unesp, ITA
conosco em nosso intelecto e sendo usadas e descobertas pelas pessoas que fazem melhor uso
da razão. São considerados filósofos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz.

Veja mais: Filosofia Moderna: o período da história da filosofia em que se destacou o racionalismo 1º LUGAR EM M

A estudan
lugar em
conta com

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René Descartes, filósofo e matemático francês, é considerado o primeiro grande racionalista.

Características do racionalismo

Como a epistemologia (vertente filosófica que investiga as teorias do conhecimento), o


racionalismo afirma que todo o conhecimento humano advém da pura racionalidade e do
intelecto. As experiências práticas, para os racionalistas, não têm valor cognitivo, podendo
inclusive enganar-nos ao oferecer-nos impressões errôneas. Os racionalistas defendem que as
ideias surgem da pura e simples capacidade racional e impulsionam o intelecto, formando os
conhecimentos com base nas leis universais da razão.

O racionalismo admite a tese inatista, a qual defende que o conhecimento parte de impressões
inatas que acompanham todos os seres humanos, os quais são dotados da capacidade racional
desde o seu nascimento. A explicação para que uns tenham conhecimentos mais avançados que
outros é fornecida pelo desenvolvimento das capacidades inatas via exercícios racionais, ou
seja, algumas pessoas são mais inteligentes, habilidosas ou conhecem muito de determinado
assunto porque se esforçaram e exercitaram o seu intelecto, descobrindo nele as ideias que
sempre estiveram lá contidas.

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Para os racionalistas, a razão é composta por um conjunto de leis universais que forma todo o
conhecimento racional, e tudo que está fora dele é conhecimento errado. Por basear-se nesse
conjunto de leis racionais, essa teoria epistemológica adota a indução como principal método
filosófico e encontra na matemática um amparo para a defesa de suas teorias. Filósofos
racionalistas, como René Descartes e Gottfried Wilhelm Leibniz, eram também matemáticos.

Saiba mais: Diferenças entre o ser humano e os demais animais

Racionalismo e Renascimento

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É no contexto do Renascimento que as ideias racionalistas começam a ganhar força na Europa.


Defendendo um retorno aos ideais da Grécia Antiga e uma valorização do conhecimento humano,
os renascentistas operaram uma significativa revolução cultural em sua época. Invenções do
período, como a imprensa, impulsionaram também a vontade de conhecer.

A ciência começa a tornar-se mais específica e revela novas descobertas na passagem do


Renascimento para a Modernidade, o que coloca no centro das discussões filosóficas a seguinte
pergunta: como é possível o conhecimento? Esse questionamento, que surge no início da
Modernidade por conta do desenvolvimento intelectual renascentista, faz surgir a epistemologia
ou teoria do conhecimento, tendo como principais divisões, no decorrer desse período, o
racionalismo e o empirismo.

Racionalismo e empirismo

Na Modernidade, o debate entre racionalistas e empiristas acirrou-se. Enquanto os empiristas


afirmavam que todo o conhecimento humano advém da experiência e que as ideias somente
surgem em nossa mente após as vivências, os racionalistas afirmam que o conhecimento
humano verdadeiro é puramente intelectual e que as estruturas cognitivas funcionam
separadamente das estruturas corpóreas, admitindo inclusive a existência das ideias inatas.

René Descartes foi um dos principais racionalistas modernos. Sua obra foi objeto de contestação
e tentativas de refutação por parte do empirista Locke, em seu livro Ensaio sobre o entendimento
humano. Outro empirista britânico, David Hume, escreve outro livro com título similar, que foi
traduzido para o português como Ensaio sobre o entendimento humano ou como Investigação
acerca do conhecimento humano, que parece uma tradução mais adequada.

Mais tarde, o racionalista alemão Gottfried Wilhelm Leibniz escreve outro texto defendendo o
racionalismo, em que ele critica a posição de Descartes, tenta refutar os empiristas britânicos e
funda uma teoria do conhecimento chamada de monadologia.

A solução para o longo embate entre empiristas e racionalistas parece ser oferecida por
Immanuel Kant, representante do Iluminismo alemão, que funda uma teoria do conhecimento
duplamente fundamentada em elementos racionalistas e empiristas.

Veja também: René Descartes e a dúvida hiperbólica

Filósofos racionalistas

Como é tradição na história da filosofia, diversas ideias diferentes foram apresentadas pelos
racionalistas, criando um ciclo de teorias e refutações entre eles. A seguir estão listados os
principais filósofos racionalistas e suas ideias:

Baruch de Spinoza

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Spinoza foi um filósofo racionalista que questionou a existência de Deus, o que levou à sua expulsão de Amsterdã.

Spinoza era filho de uma família de origem portuguesa, mas que vivia na Holanda. Também de
origem judaica, o pensador holandês, dedicado ao estudo de filosofia e teologia desde jovem,
desenvolveu teses acerca da existência de Deus que chocaram a comunidade judaica
holandesa e renderam a sua expulsão de Amsterdã.

Sua concepção racionalista defendia a separação da matéria, do intelecto e da racionalidade,


com base naquilo que ele chamou imanente e transcendente. O seu problema com as
autoridades judaicas deu-se porque ele afirmou que Deus era imanente, estando, portanto,
presente materialmente na natureza. O pensador escreveu, entre outros livros: Princípios da
filosofia cartesiana, Tratado da emenda do intelecto (sua principal obra racionalista), e Tratado
teológico político.

René Descartes

Autor de Discurso do método e de Meditações filosóficas, o filósofo e matemático francês pode


ser considerado o primeiro grande racionalista. Sua defesa do racionalismo é tão grande, que o
cogito cartesiano admite como conhecimento primeiro e mais bem fundamentado: o
reconhecimento da existência com base no ato de pensar e não na vivência.

Gottfried Wilhelm Leibniz

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Leibniz criou a teoria das mônadas para explicar a origem do conhecimento racional.

O filósofo e matemático alemão foi um prodígio nos estudos, tendo defendido a sua tese de
doutorado aos 20 anos e trabalhado durante boa parte de sua vida como diplomata. Leibniz
fundamenta o conhecimento universal na racionalidade por meio do que ele chamou de
mônadas. As mônadas seriam entidades separadas e fragmentadas que se juntavam (como os
átomos) para dar origem ao conhecimento racional.

A existência das mônadas é, para o filósofo, apenas conceitual. Elas são somente um recurso a
que Leibniz recorreu para explicar a origem do conhecimento. Seus estudos avançados em
matemática permitiram-no desenvolver o cálculo infinitesimal. Entre seus livros, podemos
destacar: Teodiceia e Monadologia.

Por Francisco Porfírio


Professor de Filosofia

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PORFíRIO, Francisco. "Racionalismo"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/racionalismo.htm. Acesso em 03 de maio de 2020.

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