O nível EPISTEMOLÓGICO tem como requisitos de prova científica: a
estruturação de casualidade, de ciência e os critérios de validação, tendo como
características três enfoques paradigmáticos básicos que são:
Empírico-analítico: neste enfoque a ideia defendida é a necessidade de
diferenciar pesquisa da crítica. Enquanto a pesquisa é tida como um procedimento técnico de descrição e explicação de fenômenos, a crítica adota a subjetividade das apreciações ou propostas políticas e ideológicas; onde através de dados empíricos como instrumento pode- se obter o controle destes através de estatísticas e teorias, dando assim validade ao critério de cientificidade. Fenomenológico-hermenêutico: as abordagens constituídas no experimentalismo, nos métodos quantitativos e propostas tecnicistas são muito criticadas e, por isso, é negada a subjetividade humana e o conhecimento enquanto subjetividade dentro de um contexto ou momento. Neste enfoque, a existência do objeto é devido à existência humana, de sua consciência e de sua forma de perceber e dar significado ao mundo, bem como a subjetividade e, principalmente, a inter-subjetividade, dando um aspecto de totalidade humana – com sentido de um todo – sem invalidar a quantificação. Crítico-dialético: neste enfoque evidencia-se a críticas às abordagens estatísticas anteriores, devido ocultar o caráter conflitivo, dinâmico e histórico da realidade, pois a pesquisa deve ter o intuito de transformar situações ou fenômenos estudados, tendo sempre a dimensão histórica e materialista de casualidade através da investigação; e não somente crítica, revelando assim contradições, conflitos e poder.
A composição de cada enfoque científico, onde se verifica os referenciais
teóricos e explicativos e compreensivos dos fenômenos tratados, bem como a formulação de comparações e críticas a outras teorias, autores destacados e tipo de interesse relacionado ao conhecimento produzido são núcleos conceptuais do nível paradigmático TEÓRICO. Empírico-analítico: como privilegia autores clássicos, do positivismo e da ciência analítica, tem origem e desenvolvimento mais significativo nas ciências naturais, onde a definição das variáveis em função do tratamento do tema sejam eles interdependentes, dependentes, contextualizados, de entrada, de processo, de controle, de saída ou definidas como funções ou papeis. As revisões bibliográficas sobre o tema tratado, na maioria das vezes, são bases de sua fundamentação teórica, bem como as apresentações sucintas de outras pesquisas na área que ajudam na construção de uma definição operacional de termos e de especificações de variáveis manipuláveis em situações experimentais. As raízes deste enfoque são encontradas na psicologia experimental, originária do positivismo norte-americano, que foram difundas para as demais áreas das ciências humanas.