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59 - 70, 2009
RESUMO:
Este artigo tem como objetivo discutir as territorialidades dos sindicatos no Brasil nas primeiras décadas
do século XX. Nesse sentido, procuraremos demonstrar essas ações territoriais em dois períodos: o
primeiro, até o início da década de 1920, quando havia grande pluralidade sindical e pouca participação
do Estado nas relações entre o capital e o trabalho, e, após a Revolução de 1930, quando o Estado
iniciou uma intervenção na organização interna dessas entidades e, consequentemente, em suas
ações territoriais.
PALAVRAS-CHAVE:
Geografia; Território; Territorialidade; Sindicatos; Brasil
ABSTRACT:
This article discusses the trade unions’ territorialities in Brazil in the first decades of the 20 thcentury.
Their territorial actions are divided in two periods: the first ends at the beginning of the 1920s, when
there was great trade union plurality and little State participation in the capital work relations. The
second period begins after the 1930 Revolution, when the State started intervening in the trade
unions’ organization and, therefore, in their territorial actions.
KEYWORDS:
Geography; Territory; Territoriality; Trade Unions; Brazil
uma Geografia Política que dê conta das formas as diversas formas de territorialidades. Baseando-
novas e complexas de exercícios de poder, em se nas análises de Sack (1980), o autor mostra
sua relação com o espaço, que propriamente com que a territorialidade não deixa de ser uma
o Estado em si”. (COSTA, 1988, p.24) estratégia de controle, visto que é a partir dessa
ação no território que se pode controlar recursos
A partir dessas teorizações, o monopólio
ou mesmo impor novas relações.
do poder sobre o território não se fixa apenas e
tão somente na ação estatal, sendo que outros Para o autor, o conceito de territorialidade
agentes sociais, como os sindicatos, por exemplo, deve ser usado também
aparecem como organismos de grande atuação
“[...] para enfatizar as questões de ordem
no território, questionando em alguns casos,
simbólico-cultural. Territorialidade, além da
m esmo q ue si mb ol ica me nt e, a estr ut ura
acepção genérica ou sentido lato, onde é vista
dominante determinada pelo poder central.
como a simples qualidade de seu território, é
Sendo assim, as ações dessas entidades muitas vezes concebida em um sentido estrito
não podem ser ocultadas, visto que muito embora como a dimensão simbólica do território”
a relação poder-Estado-território seja a mais (HAESBAERT, 2004, p. 74).
evidente, alguns Entendemos a partir dessas teorizações
“[...] mecanismos políticos se desenvolvem que o conceito de territorialidade pode ajudar-
através da atuação da sociedade civil em sua nos a compreender as práticas dos sindicatos no
relação com as formas institucionalizadas do território antes de 1930, e também quais foram
poder. [.. .]Tais mecanismos, aq uel es q ue as consequências das intervenções estatais
interferem nessa relação [poder-território] nessas ações territoriais, quando da chegada ao
de senv olv em- se através das formas e poder de Getúlio Vargas.
organizações já conhecidas como partidos, O território não pode ser entendido como
sindicatos, entidades, etc“ (COSTA, 1988, p.24). área de atuação de um único agente (o Estado),
Outro autor importante nessa discussão pois outros organismos, entre eles os sindicatos,
metodológica é Rogério Haesbaert (2004), que também atuam nele.
aponta pelo menos três concepções básicas de Partindo dessa premissa, trabalharemos
território: a política ou jurídico-política, a mais a di ante com a s di v er sa s form as d e
difundida, na qual o território é visto como um territorialidades impressas pelo movimento
espaço delimitado e controlado, através do qual sindical no território nacional, e como o Estado, a
se exerce um determinado poder, na maioria das partir da Revolução de 1930, interferiu nessa
vezes – mas não exclusivamente – relacionado dinâmica.
ao poder político do Estado; a cultural ou
simbólica, na qual o território é visto, sobretudo,
como o produto da apropriação/valorização de um As territorialidades do movimento
grupo em relação ao seu espaço vivido; e a sindical no Brasil no início do século XX aos
econômica, aquela que enfatiza a dimensão anos de 1930
espacial das relações econômicas.
Antes de analisarmos as ações territoriais
Desta forma, o autor necessariamente dos sindicatos, buscaremos entender o processo
multiplica as possibilidades de entendimento de industrialização que acontece em fins do século
acerca da relação poder-Estado-território, ao XIX e início do século XX.
considerar outras formas de análise e não apenas
Est ud ad o por d iv er sos a ut or es, a
a político-jurídica.
compreensão do processo de industrialização
Ao ampliar as análises sobre o território e suscitou grandes debates. Dean (1971) defende
seus agentes, Haesbaert (2004) discute também a t ese de q ue esse p roce sso ocorr eu,
62 - GEOUSP - Espaço e Tempo, São Paulo, Edição Especial, 2009 PAULA, A.E.H.
principalme nte, com a entrada d e capitais de organização social desejado pela classe
e st ra ng ei ros q ue che ga vam à s ca sa s operária numa possível sociedade futura, no qual
importadoras que trabalhavam com bens de “na feder ação livre, grupos aut ônomos de
produção, e que posteriormente foram aplicados trabalhadores podem e sabem melhor que outros,
na indústria. Mello (1982) declara a grande organizar diretamente a produção e o consumo,
importância dos capitais advindos da economia ou todas as funções sociais úteis e necessárias”
cafeeira. (SFERRA, 1987, p. 19).
Com uma perspectiva diferente, Martins Para os anarcossindicalistas, a greve,
(1986) destaca que não foi necessariamente o principalmente a greve geral, era um instrumento
café que propiciou o surgimento de uma economia de luta que possibilitava conquistas parciais à
monetária, pois desde o século XVIII algum tipo classe trabalhadora, como aumento de salários,
de economia exportadora existia em São Paulo, diminuição da jornada de trabalho, etc, mas
e por isso conclui que“o aparecimento da indústria também era um aprendizado na forma de como
está vinculado a um complexo de relações e a classe deveria se organizar.
produtos que não pode ser reduzido ao binômio Ta is a ções ser ia m pa ut ad as e m um
café-indústria” (MARTINS, 1986, p. 106). 4 relacionamento autônomo entre as entidades de
Concomitantemente à industrialização, classe, de forma
houve a formação da classe operária, composta “que a união da categoria evolua para a união
em sua maioria por imigrantes, principalmente d a cl asse t r ab al ha dora como um todo,
europeus, que a o p aí s v inham em grande formando um exército compacto e disciplinado
número5. para o evento final, que é a transformação da
Sem quase nenhum amparo social do sociedade capitalista em uma nova sociedade,
Estado e vivendo em uma condição de grande na qual t udo sej a p ropr ie da d e dos que
penúria, esses trabalhadores começaram a se produzem: os trabalhadores” (SFERRA, 1987,
organizar, primeiro em sociedades de apoio mútuo p. 27).
e depois em sindicatos. Ainda que o movimento sindical, em larga
G ra nd e pa rt e d essa s org anizaçõe s medida, estivesse concentrado na região sudeste,
sindicais, em sua maioria anarcossindicalistas, principalmente nos estados do Rio de Janeiro e
sobrevivia em um ambiente no qual havia pouca de São Paulo, até 1920 ocorreram três congressos
intervenção estatal (quase sempre a intervenção nacionais.
se resumia à re pressão), dep ende ndo das O I Congresso Operário Brasileiro realizou-
cotizações de seus filiados para sobreviverem, o se no Rio de Janeiro, de 15 a 22 de abril de 1906,
que possibilitava que fossem independentes, mas e contou com a participação de representantes
também efêmeras. de vários estados, como a Federação Operária
Embora fossem anarquistas, ou seja, de São Paulo, a Federação Socialista Baiana e o
Centro Protetor dos Operários de Pernambuco.
d ef ende ssem a de st ruição do Est ad o e a
autogestão operária, os anarcossindicalistas Nesse encontro foram afirmados alguns
entendiam que a educação política ou mesmo a princípios anarcossindicalistas, tais como a
ação direta não poderia estar desvinculada da autogestão, o federalismo, a autonomia nas
organização dos trabalhadores em órgãos de diversas esferas, o enfrentamento de classes e a
resistência, visto que essas entidades seriam os necessidade de criação de sindicatos de ofícios
veículos para a conquista de uma sociedade mais vários, quando a categoria não conseguisse ainda
justa. ter uma organização independente.
Desta forma, a organização interna de um A maior concentração de entidades estava
sindicato anarcossindicalista, espelharia o modelo no antigo Distrito Federal (atual cidade do Rio de
As territorialidades dos sindicatos no Brasil
do início do século XX aos anos de 1930, pp. 59 - 70 63
Informa-nos ainda que, para poderem trabalhar Maranhão, Ceará e Piauí; o norte, com sede em
é precizo que esses operários aprezentem o Recife, compreendia os estados de Pernambuco,
recibo de sócio quite do Sindicato do Rio, ou Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e
cazo não estejam ainda associados, filiarem- Bahia; o centro, com sede no Rio, compreendia o
se a qualquer um dos sindicatos desta capital antigo Distrito Federal, o estado do Rio, e Minas
ou de Niterói”(A VOZ DO TRABALHADOR, 15/ Gerais (excetuando o sul e o triângulo mineiro);
12/1913, p.03). o sul, com sede em São Paulo, compreendia os
estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, o
Nessa reportagem, o jornal aponta, em
Triângulo Mineiro e o Sul de Minas e por fim, o
primeiro lugar, a força do sindicato de estucadores
e xt re mo sul , com sed e em Port o Al eg re ,
e pedreiros, pois obrigava os donos de empresa
com pree ndia os Estad os d o Pa raná , Sa nta
a só aceitarem trabalhadores sindicalizados e
Catarina e o Rio Grande do Sul10.
quites com a contribuição.
Posteriormente o jornal aponta que os O estado de Minas Gerais, devido a sua
sindicatos de pedreiros do Rio e de Niterói extensão e particularidades econômicas, foi
p ropunham q ue os t ra ba lhad or es se d iv id id o em duas g ra nd es ár ea s pe los
sindicalizassem, independente da cidade em que sindicalistas, tendo em vista a organização do 3º
trabalhassem, ou seja, o mais importante era a Congresso Operário em 1920. O sul d e Mi na s
filiação ao sindicato, ocorrendo uma solidariedade Gerais (região que compreende a cidade de Poços
entre ambos, que não disputavam o mesmo de Caldas) e o triângulo mineiro (compreendendo
trabalhador e sua contribuição. as cidades de Uberaba e Uberlândia) foram
de sme mbrad os e a grupad os na se ção sul,
A análise dos documentos operários capitaneada por São Paulo.
permitiu observar, no que tange às relações
territoriais dos sindicatos, a presença de uma Esse desmembramento do Estado de
exte nsa gama de possibilidad es, base adas Minas Gerais em três departamentos (Minas
livremente em suas necessidades mais urgentes. Gerais, Triângulo Mineiro e Sul), sendo os dois
últimos liderados pela cidade de São Paulo, pode
Nesse sentido, se no primeiro caso houve demonstrar a clara influência econômica da capital
a possibilidade de duas representantes da mesma paulista sobre essas regiões mineiras.
categoria, na mesma cidade, chegarem a um
acordo, vemos no segundo caso que, ás vezes, Interessante anotar que essa divisão
operários se filiavam aos sindicatos não ligados geográfica ou regionalização do espaço ocorria
estritamente à base territorial que a indústria desde a década de 1910 e determinava os
ocupava. vínculos entre os sindicatos e as federações
operárias.
Para os sindicatos dos estucadores era
mais importante ter o trabalhador sindicalizado, Um dos principais exemplos foi a Liga
independente da base territorial a que ele estaria Operária de Poços de Caldas, nas Minas Gerais,
vinculado pelo trabalho. que optou por se filiar à Federação Operária de
São Paulo desde a sua fundação, ocorrida em
Como forma de facilitar a organização do
1914 (DIAS, 1977, p.286).
3º Congresso Operário Brasileiro em 1920, os
sindicalistas resolveram dividir o país em 5 A liga operária dessa cidade mineira então
r eg iões, na s q ua is os sindi ca tos e st ar ia m estreitava laços com uma federação operária
subordinados a um grande centro industrial. Essa muito mais organizada e consequentemente mais
d iv isão l e va va e m consi de ra çã o a sp ectos ativa.
locacionais mas também socioeconômicos.
E ss a r e l a çã o o c o r r i a g ra ça s à
O extremo norte, com sede em Belém, proximidade territorial, mas também à força
compreendia os estados de Amazonas, Acre, da indústria paulista na região mineira,
66 - GEOUSP - Espaço e Tempo, São Paulo, Edição Especial, 2009 PAULA, A.E.H.
“[...] do Amazonas ao Rio Grande por todo o revolucionária, procurava ampliar sua área
Bra si l, os nossos hom ens do tr ab al ho, territorial de ação, essa proposta era negada pelo
i nd iv id ua l me nt e ou ag rupa dos nos seus Ministério do Trabalho.
sindicatos voltam, na sua unanimidade, o seu
É o que vemos no parecer do Ministério
pensamento para aqui, para o centro político
do Trabalho, publicado na Revista do Trabalho.
da Nação, como agulhas imantadas atraídas
por um pólo magnético”(VIANNA, 1951, p. 90). “Um syndicato local não pode estender sua
jurisdicção a outra localidade em que haja
O discurso oficial, representado aqui pelas
syndicato da mesma profissão devidamente
palavras de O.Vianna, demonstra a clara intenção
reconhecido.
do governo revolucionário de 1930 de centralizar
e direcionar as ações territoriais dos sindicatos. I -N ão há ma rg em l e ga l de a mp ar o a
O objetivo dessa ação estatal foi aparelhar reclamação da Associação de Operários de
i nt er na me nt e os si nd icat os, m as t am bé m América Fabril. Trata-se de um syndicato local,
delimitar a sua área de influência, ou seja, com sede no Districto Federal, que pretende
fragmentar as ações dos sindicatos no território extender o seu raio de actividade a municípios
nacional, obstando, por exemplo, a formação de de outros Estados, ou seja, até Pau Grande,
uma rede nacional difusa, porém organizada. Districto do Município de Magé, Estado do Rio
de Janeiro” (REVISTA DO TRABALHO, 1937).
O processo de controle dos sindicatos
permitiu Esse caso demonstra a atuação do Estado
na ação territorial dos sindicatos proibindo uma
“[...] a criação de um conjunto muito grande ampliação da área de influência.
de sindicatos por categorias profissionais e
d iv id id os te rr it ori al me nte p el os li mi te s O enquadramento do sindicato possibilitou
a dm inistr a ti vos muni cip ai s se m mais do que um simples controle. Ele promoveu
necessa ri am e nt e esta r v incula do à s uma maior fragmentação da classe operária e
manifestações da dinâmica do trabalho, ou á di fi cult ou a org anização t er ri tori al d essa s
l ut a dos tr a ba lhad or es p r op ri am ente ” entidades.
(CARVALHAL, 2004, p. 23). Enquanto na República Velha alguns
Com o Decreto nº 24.694, de julho de sindicatos unificavam-se com seus congêneres
1 93 4, a s r el açõe s e nt re os sindi cat os d e mais organizados, como forma de fortalecer seus
trabalhadores ficaram cada vez mais restritas. Em laços na luta contra o capital14, a partir de 1930,
que pese eles poderem formar uniões municipais essas ações seriam dificultadas, estimulando-se,
ou me sm o naciona is, e sses sind icat os só com a lei de sindicalização, o surgimento de
p od er ia m e fe ti va r essa uniã o, de sd e que sindi ca tos sem q ua lq uer e xp re ssi vi da de ,
p ossuísse m si ndi ca tos na esca la l ocal , compostos por uma burocracia desinteressada
diferentemente dos sindicatos dos empregadores pelas demandas de seus associados.
que poderiam se unir independentemente de sua
Para nós, a a çã o e st at al i mp ôs a o
organização na escala local. 12
operariado uma fragmentação territorial, já que
Desta forma, enquanto aos empresários circunscreveu esse movimento à rígida divisão
e ra f acul ta d a a op çã o de se r euni re m administrativa oficial, dinâmica essa que não seria
nacionalmente, sem necessariamente terem necessariamente a seguida pelo capital.
sindi ca tos l ocai s, a os trab al ha d or es e ssa
possibilidade era negada, enfraquecendo sua N esse senti do, as açõe s do Est ad o
organização e concomitantemente suas lutas. 13 p romove m a p ul ve ri zação d as luta s dos
trabalhadores e transformam os sindicatos em
E quando algum sindicato, mesmo que org anismos a ssistenci alistas. Como afi rma
r econhe ci da m ente não send o de m at ri z Moreira (1985)
68 - GEOUSP - Espaço e Tempo, São Paulo, Edição Especial, 2009 PAULA, A.E.H.
Notas
1
Como aponta Costa (1988) “O regime político Movimento Operário no Brasil 1890-1920, p.13.
imposto ao país pelos golpistas é marcadamente No caso do Estado de São Paulo, em 1920, 70%
autoritário e centralizador”. (COSTA, 1988, p.44) do operariado e 64,2 % dos donos de indústrias
2 eram imigrantes. Para mais detalhes sobre a
Para a Antropologia, território é o espaço pelo qual um
comp osição i migrant e na in dústria ver:
grupo étnico tem acesso aos recursos que tornam
BERNARDO, Antonio Carlos. Tutela e Autonomia
possível a sua reprodução material e espiritual. Para
uma análise crítica dessa conceituação ver em : Sindical, p.19.
Moraes, Antonio Carlos Robert . Geografia, 6
A CGT- Confederation Generale du Travail – é uma
Capitalismo e Meio Ambiente, p.45. organização sindical nascida em 1895 e que a
3
O poder para Foucault não pode ser localizado em partir de seu congresso de 1906 ( no qual adotou
um único ponto, como o Estado, por exemplo. a Carta de Amiens) tornou-se adepta de várias
Ele é relacional, dinâmico, mantém ou destrói proposições anarquistas, como a ação direta, o
grandes esquemas de dominação, numa grande apoliticismo, o federalismo, funcionando como
correlação de forças. Ver mais em: Foucault, órgão de resistência dos operários na luta contra
Michel . Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: o Capital e o Estado. Na década de 1920, cisões
Graal, 1995. internas fizeram a Confederação mudar suas
p ro po si ç õe s á crat as , t or n an do -s e
4
Uma melhor compreensão de algumas das várias majoritariamente comunista.
concepções sobre o processo de industrialização
7
no início do século XX, está em Suzigan, Wilson. A Lei Adolfo Gordo, de 07 de janeiro de 1907,
Indústria Brasileira: Origem e Desenvolvimento. p re vi a a e xp ul sã o d e es tran g ei ro s qu e
São Paulo: Editora Brasiliense, 1986. com prom etes sem a ord em n acio nal, ao
5
participarem de greves e manifestações.
Dados apontam que entre 1871 e 1920 entraram
8
no país 3.390.000 pessoas, conforme MARAM, Moraes Filho (1978) aponta que essa lei foi
Leslie Sheldon. Anarquistas, Imigrantes e o largamente baseada na legislação sindical
As territorialidades dos sindicatos no Brasil
do início do século XX aos anos de 1930, pp. 59 - 70 69
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