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DOI: 10.1590/1413-81232014201.

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Juan César García: a medicina social como projeto e realização

construtores da saúde COLETIVa Collective Health Builders


Juan César García: social medicine as project and endeavor

Everardo Duarte Nunes 1

Abstract This paper analyses some aspects of Resumo O artigo analisa aspectos da trajetória
the trajectory of the Argentinian physician and de Juan César García (1932-1984), médico e so-
sociologist Juan César García (1932-1984) in the ciólogo argentino, no campo da medicina social
field of Latin American Social Medicine. Three latino-americana. Destaca três dimensões que
dimensions constituting his basic orientations constituem as suas orientações básicas no campo
are highlighted: the elaboration of systematic da saúde: a elaboração de um pensamento sobre o
and reflective social thought; a critical attitude in social, sistemático e reflexivo; uma atitude crítica
questioning teaching and professional practices; a na problematização do ensino e das práticas pro-
commitment to the institutionalization and dis- fissionais; um compromisso com a institucionali-
semination of health knowledge. zação e divulgação do saber sanitário.
Key words Juan César García, Social medicine, Palavras-chave Juan César García, medicina
Social sciences and health, Latin American social social, ciências sociais e saúde, pensamento social
thought latino-americano

1
Faculdade de Ciências
Médicas, Saúde Coletiva,
Universidade Estadual de
Campinas. Barão Gerado,
Cidade Universitária.
13081-970 Campinas São
Paulo SP Brasil.
evernunes@uol.com.br
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Introdução da secunda ruta, marcada pelo curso de sociolo-


gia na FLACSO (Facultad Latinoamericana de
Ao tomarmos como centralidade de análise o Ciencias Sociales) de Santiago de Chile, realizado
projeto da medicina social realizado por Juan em 1960-1961, tendo lá permanecido até 1964,
César García, gostaríamos de assinalar que nele quando concluiu o mestrado em sociologia e foi
estão contidas três dimensões que constituem as contratado pela Universidade de Harvard, onde
orientações básicas de sua trajetória no campo da trabalhou durante o ano de 1965. Em 1966, in-
saúde: a elaboração de um pensamento sistemá- corpora-se à OPAS, em Washington DC, Estados
tico e reflexivo sobre o social; uma atitude críti- Unidos, onde permaneceu até o seu falecimento,
ca na problematização do ensino e das práticas em 8 de junho de 1984.
profissionais; um compromisso com a institu-
cionalização e divulgação do saber sanitário. As
três dimensões revelam-se, respectivamente, nas Perspectivas históricas e sociológicas
perspectivas sociológicas e históricas de seus tra- em saúde
balhos, a partir da década de 1960 que se esten-
de até 1984, no movimento, primeiramente, em Na década de 1960, ainda cursando sociologia na
torno da educação médica e depois direcionado FLACSO, Juan César inicia a sua produção cientí-
à medicina social da década de 1970, ao qual se fica que se volta para as questões das relações mé-
associa a sua permanente atividade de arregi- dico-paciente, publicadas nos Cuadernos Médico
mentar pessoas e grupos e trabalhar na difusão Sociales, Santiago do Chile2,3. Tomando esses dois
das ciências sociais e da medicina social, espe- trabalhos como pontos de partida, verificamos
cialmente a partir de sua entrada na Organização que a preocupação teórica que irá acompanhar
Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 1966. toda produção cientifica posterior já está pre-
Certamente, em grande parte, a facilidade de sente nesses primeiros ensaios. Juan César não
estabelecer um diálogo entre as ciências da saúde somente enuncia a emergência de um campo de
e as sociais e humanas deve-se a sua dupla for- estudos, mas inicia uma reflexão conceitual im-
mação – medicina e sociologia – que se comple- portante para a sociologia médica. Para ele:
tava com a permanente atualização em diversos O sociólogo não apenas hoje se incorpora às in-
campos de conhecimentos. Retrospectivamente, quietudes próprias destas áreas aportando o conhe-
podemos afirmar que as bases do seu projeto cimento acumulado pela teoria sociológica, mas
assentavam-se em dois eixos: a visão crítica-pro- também mediante a utilização do método cientí-
gressista que trazia desde a época como estudante fico acerca-se de explicações a tais setores proble-
universitário e a perspectiva ampliada de um sa- máticos. Pela natureza do corpo teórico sociológico
ber-fazer latino-americano no campo da saúde. é possível que possa fornecer uma explicação mais
objetiva, entregando ao profissional uma arma efe-
tiva para a compreensão da conduta humana den-
Dados biográficos tro do contexto médico2.
Retoma conceitos da fase inicial da sociologia
Juan César nasceu em Necochea, Argentina, no médica americana – definição de doença por par-
dia 7 de maio de 1932. Atualmente é possível re- te do doente, busca de tratamento, papel de do-
constituir aspectos familiares e da vida estudantil ente, presentes em Parsons, Mechanic, Suchman,
graças à documentação levantada por Galeano Blackwell, Wilson, mas amplia essas perspectivas
et al.1. Nessa cidade, situada na costa Atlântica, ao situá-las e inseri-las em uma sociedade de
distante 528 km de Buenos Aires, permaneceu classes. Esta será a sua principal vertente teórica
com a sua família até a mudança para La Plata, ao analisar o saber e as práticas da medicina e da
em 1950, a fim de cursar a universidade. Em La saúde no quadro das relações estruturais e, em
Plata a família permaneceu até 1959. Após com- última instância, na estrutura econômica. Antes,
pletar o curso de medicina realizou a residência porém, organiza uma coletânea da tradução para
em Pediatria (Hospital de Niños de la Plata “Sor o espanhol de estudos funcionalistas (não pu-
María Ludovica”) e exerceu atividades no Centro blicada, datada de 1971)4 e adapta o modelo da
de Salud de Berisso, participando de um estudo história natural da doença, de Leavell e Clarke,
sobre as condições sanitárias de “pueblos” e ci- para o ensino das ciências da conduta nas esco-
dades do interior. Iniciou o curso de jornalismo las de medicina5, que seria posteriormente por
na Escuela de Periodismo, e não concluiu. Para ele reavaliado. Segundo García, o modelo havia
Galeano et al.1 essa seria a primera ruta, seguida sido utilizado de forma indiscriminada, confun-
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dindo-se a noção de modelo teórico e modelo de camos o estudo sobre a medicina comunitária13,
aplicação6. mostrando os seus limites e possibilidades, rela-
A crítica às formulações positivistas e funcio- cionando-a com a estrutura social, no período de
nalistas em saúde serão as marcas do Seminário 1946-1977, que divide em dois subperíodos nos
sobre o Ensino das Ciências Sociais aplicadas à quais duas categorias se apresentam: de 1945-
Medicina, realizado em Cuenca, Equador, 19727. 1968, “contenção”, e de 1968-1976, “vigilância”.
Postula-se nessa ocasião que: Também desse período é a análise do que denomi-
As consequências teóricas dessa integração são na “doença da preguiça”11, e entre os inúmeros as-
que a sociologia médica, entendida como aplicação pectos abordados podem ser citados: a associação
da análise funcionalista aos problemas de saúde, medicina-estrutura-social-produtividade, a desig-
contribui para uma concepção estática desses pro- nação de preguiça como redução na capacidade
blemas, e uma descrição formalista de tais proble- de trabalho e a identificação de algumas doenças
mas e outras esferas dos processos produtivos em como debilitantes, a análise da ancilostomíase e o
geral. Nestas condições a saúde aparece como um papel da Fundação Rockefeller nos programas sa-
valor, como uma função e como um serviço com nitários. Interessante é a analogia entre a atuação
vida autônoma dentro de qualquer sociedade, im- no campo da saúde e as estratégias e métodos que
pedindo entender as relações dinâmicas entre a tem origens militares: campanha, armas, combate,
saúde e outras esferas do processo social. batalha, etc. De forma pioneira Juan César realiza
Nesse mesmo ano, em novembro, no XXII um estudo histórico das instituições de pesquisa
Congresso Internacional de Sociologia, em Cara- na América Latina – 1880-193014, no qual destaca
cas, Juan César retomaria esta citação para pro- três aspectos formativos: ênfase na bacteriologia e
por o que denominei um itinerário para o campo parasitologia, caráter estatal e o Instituto Pasteur
das ciências sociais em saúde visando: a vinculação como modelo. Para compreender essa trajetória,
da medicina com a estrutura social, a influência o autor analisa tanto as formulações internalistas
da estrutura social na produção e distribuição da como externalistas na construção do processo de
doença, relação da formação do pessoal de saúde investigação científica. Outro trabalho marcante
com o campo médico8. nos estudos históricos é sobre a medicina estatal
Sem dúvida, os trabalhos da década de 1970 na América Latina, abordando: as formas de vin-
serão fundamentais para se entender a opção do culação da medicina ao capitalismo e sua trans-
autor pelo materialismo-histórico-dialético que formação conceitual e técnica, os fatores que leva-
pode vir tanto associado às vertentes estrutura- ram à criação de órgãos estatais de saúde e a forma
listas (Althusser, Balibar), como às perspectivas como se desenvolveu a medicina estatal15,16.
políticas, especialmente ao conceito de “bloco
histórico” (Gramsci), como aos conceitos de es-
tado, formação social, hegemonia, bloco no po- A formação de recursos humanos em saúde
der (Poulantzas), à relação entre história objetiva
e história subjetiva, presente em Lukács. Nessa Iniciamos a exposição traçando os principais
década a utilização desse referencial volta-se marcos teóricos dos trabalhos elaborados por
para várias temáticas, como a educação médi- García, mas é necessário destacar que as suas pre-
ca na América Latina6, concretamente estudada ocupações não se restringiam a uma cuidadosa
em 100 escolas médicas com o fim de entendê-la pesquisa, quer seja empírica, bibliográfica, teóri-
como um processo histórico, subordinado à es- ca ou histórica. Para Juan César essas pesquisas
trutura economicamente predominante na so- visavam ampliar conhecimentos, debater ideias e
ciedade na qual se desenvolve e, dois anos depois, inovações, especialmente no campo da educação
no estudo sobre a enfermagem na América Lati- e da formação de recursos humanos para a saú-
na9 (58 escolas e 2804 estudantes foram pesquisa- de, não se limitando a uma visão contemplativa
dos). Outros temas abordados, como o papel dos das situações e dos problemas. Ponto de partida
intelectuais nas origens europeias da medicina é a formação médica que, como vimos, parte de
social em 184810 e a “doença da preguiça”11, serão uma análise da realidade latino-americana, no
referenciados em formulações gramscimianas e final dos anos 19606, volta-se para uma crítica à
lukacsianas, respectivamente. medicina comunitária13, nos anos 1970, e se con-
Além de trabalhar conceitos sociológicos, Juan cretiza na realização de um projeto de medicina
César elaborou ensaios em uma perspectiva his- social, também na década de 1970.
tórica reconhecidos por renomados historiadores Um rápido retrospecto mostra que foi a par-
da saúde12. Dentro dessa linha de pesquisa desta- tir da segunda metade da década de 1950 que se
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inicia um forte movimento latino-americano em dimensão pedagógica e de formação de recursos


torno da educação médica e sua reformulação, – a criação da pós-graduação em medicina so-
quase cinquenta anos depois do Relatório Flexner cial. Lembramos que ao se deslocar para um nível
(1910). Um momento marcante é a realização em mais avançado de formação, esse ideário não foi
1955 do Seminário sobre Medicina Preventiva, excluído da graduação. Como mencionamos, a
em Viña del Mar (Chile), cujas formulações se realização em 1972 do Cuenca I, seminário que
completam em 1956 no Seminário de Tehuacán analisa o ensino das ciências sociais em saúde,
(México). Basicamente, propunha-se um mode- será marca nas discussões sobre o tema, sendo
lo alternativo à visão cientificista, quantitativista que anterior a ele já haviam sido realizados al-
e matematizante, calcada com exclusividade na guns seminários, por exemplo, o de Campinas
biologia e na departamentalização do conheci- (1970), no qual entre outros assuntos, critica-se
mento médico tão caras ao movimento flexneria- o modelo da história natural da doença, pelo seu
no. María Isabel Rodríguez, citada por Borrell17 caráter naturalizador e a-histórico, com a parti-
ao apontar aspectos positivos da influência de cipação do social como fator ligado ao hóspede
Flexner nos programas de formação de médicos, e ao meio ambiente. O seminário comemorativo
destaca uma crítica importante ao modelo consi- aos dez anos de Cuenca I foi realizado em 1983,
derando que: portanto onze anos depois, no qual se ampliam
As mudanças ocorridas, sobretudo a partir de as questões do campo das ciências sociais em
1950, no que se relaciona aos campos biológicos bá- saúde, suas disciplinas, as diversas relações com
sico e clínico repetem os postulados e o conteúdo temas da saúde, que foram precedidas por um
do modelo resultante das recomendações derivadas extenso panorama do estado da arte desse campo
do Relatório Flexner nos Estados Unidos. Para um na América Latina18.
bom número de escolas latino-americanas, a in- Sem dúvida, a realização e as possibilidades
trodução deste modelo representou a oportunidade dessas atividades vieram na esteira não somente
para a incorporação e a modernização das ciências de uma produção científica que foi se desenvol-
básicas pré-clínicas, contribuiu para a formação de vendo, mas principalmente pela institucionaliza-
docentes especializados e promoveu às vezes o de- ção do ensino na pós-graduação com a criação
senvolvimento de uma infraestrutura biomédica dos primeiros cursos de medicina social na Amé-
e a criação e fortalecimento de unidades de apoio rica Latina, em 1973, no Instituto de Medicina
para todo o processo de ensino, como foi a criação Social da Universidade Estadual do Rio de Janei-
das bibliotecas médicas, porém este modelo de for- ro (UERJ) e, em 1974, na Universidad Autóno-
ma alguma contribuiu pra favorecer uma visão in- ma Metropolitana (UAM/México), unidade de
tegral do homem. Xochimilco (o curso foi iniciado em setembro de
Como se sabe, inicialmente, o projeto a ser 1975). Em 1987, o mestrado em Medicina Social,
apoiado pela OPAS era o de estudar o ensino da da UERJ, foi ampliado e passou a ser denomi-
medicina preventiva, cerca de dez anos após os nado mestrado em Saúde Coletiva; o doutorado
primeiros seminários, mas esta ideia foi mudada nesta instituição data de 1991; no México, o dou-
para um projeto mais ambicioso – pesquisar a torado em Saúde Coletiva data de 2003.
educação médica na América Latina que se con- Todos os estudiosos que tematizaram a for-
cretiza com a publicação desse estudo, em 1972. mação de recursos em saúde na América Lati-
Nesse estudo, García trouxe para o campo da na são unânimes em apontar a importância da
educação médica a abordagem marxista distinta OPAS nesse processo e o protagonismo de Juan
das anteriores, em especial a funcionalista e a de- César García19,20. Certamente, não podem ser
nominada de “relações humanas”. esquecidos como participantes nesse empreen-
Mas, as ideias preventivistas que se estendem dimento figuras como Miguel Márquez (1934-
pelas escolas médicas na década de 1970 come- 2014), Ramón Villarreal Pérez (1919-1987), Ma-
çam a ser contestadas no interior dos próprios ria Izabel Rodriguez, José Roberto Ferreira, José
departamentos de medicina preventiva que as Romero Teruel, Hésio Cordeiro, Carlos Vidal,
haviam abrigado pelo seu caráter inovador. Nesse Carlyle Guerra de Macedo, entre outros.
momento, duas vertentes são retomadas (embo- Foi no interior de contextos sociais, econô-
ra presentes na fase preventivista, eram, muitas micos e políticos extremamente desafiantes que
vezes, obscurecidas) e para a sua discussão Juan se desenvolveu um pensamento social em saúde.
César traz sua contribuição historicizando-as e Citemos, inicialmente, a contracultura e os mo-
conceituando-as – a “medicina comunitária” e a vimentos estudantis dos anos 1960 e as reformas
“medicina social”. Com elas emerge uma outra universitárias do final dessa década e início dos
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anos 1970. Acrescente-se a profunda instabilida- cesso seu papel de articulador dependia de pesso-
de política com a ocorrência de 16 golpes mili- as, grupos e instituições nacionais que levassem
tares (ocorreram em diferentes momentos, até avante o projeto inovador e contra-hegemônico
o final dos anos 70), duas revoluções socialistas da medicina social.
– Cuba, 1959 e Nicarágua, 1979 – e instalação do Sem dúvida, ao percorrer a América Latina e
governo socialista no Chile (1970-1973). Ressal- Central por inúmeras vezes, nas reuniões realiza-
te-se a presença de políticas ditatoriais represso- das, nas palestras proferidas, Juan César deixou
ras que se estenderam pela América Latina até marcas que se tornaram referências no sanita-
metade dos anos 1980, marcadas, muitas vezes, rismo nesta parte do mundo. Ao ser criada em
por crescimento econômico, mas em uma socie- 1984 a ALAMES (Associação Latino-Americana
dade onde persistiam (e ainda persistem) pro- de Medicina Social), em histórica reunião rea-
fundas desigualdades sociais. lizada na cidade de Ouro Preto (MG), ele foi a
referência. A criação do Instituto “Juan César
García” – Fundación Internacional de Ciencias
Considerações finais Sociales y Salud, em Quito, Equador, em 1984, e
o Ateneo “Juan César García”, em Havana, Cuba;
A nossa perspectiva ao analisar o protagonismo assim como as inúmeras cátedras que levam o
de Juan César no campo da medicina social foi seu nome em diversos países latino-americanos
o de marcar as suas atividades não somente na atestam que o seu legado para a medicina social/
construção de um pensamento social em saúde21, saúde coletiva continua vivo.
mas como militante empenhado na divulgação Como lembra Granda24, García imprimiu ao
desse conhecimento e na formação de quadros pensamento social em saúde questões que ainda
para a medicina social. Acrescentaríamos nesse consideramos atuais e necessárias – o compro-
intento o cuidadoso trabalho de revisão biblio- misso político com a mudança, a saúde-doença
gráfica empreendido em vários trabalhos22,23. Se- como fato social, a importância da ciência na
ria incorreto não destacarmos, como o próprio construção do campo, a responsabilidade do es-
Juan César sempre deixou claro, que nesse pro- tado no campo da saúde.

Agradecimentos

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento


Científico e Tecnológico (CNPq) pela Bolsa Pro-
dutividade.
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Referências

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