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Algumas das características

mais importantes dos


direitos humanos são:

 Os direitos humanos são


universais, o que quer dizer que
são aplicados de forma igual e
sem discriminação a todas as
pessoas;
Algumas das
características mais
importantes dos direitos
humanos são:

 Os direitos humanos são inalienáveis, e


ninguém pode ser privado de seus direitos
humanos; eles podem ser limitados em
situações específicas.
 Por exemplo, o direito à liberdade pode ser
restringido se uma pessoa é considerada
culpada de um crime diante de um tribunal e
com o devido processo legal;
Algumas das
características mais
importantes dos direitos
humanos são:

 Os direitos humanos são


indivisíveis,
interrelacionados e
interdependentes, já
que é insuficiente
respeitar alguns direitos
humanos e outros não.
 Na prática, a violação de
um direito vai afetar o
respeito por muitos
outros;
Algumas das
características mais
importantes dos direitos
humanos são:

 Todos os direitos
humanos devem,
portanto, ser
vistos como de
igual importância,
sendo igualmente
essencial
respeitar a
dignidade e o
valor de cada
pessoa.
Direitos humanos são os direitos básicos de
todos os seres humanos, fundamentados no
valor LIBERDADE
 São direitos civis e políticos
 direito à vida,
 à propriedade privada,
 liberdade de pensamento,
 de expressão,
 de crença,
 igualdade perante a lei,
 direitos à nacionalidade,
 de participar do governo do seu Estado,
podendo votar e ser votado,
 entre outros
Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres
humanos, fundamentados no valor
IGUALDADE
(de oportunidades)

 direitos econômicos, sociais e culturais


 direito ao trabalho,
 à educação,
 à saúde,
 à previdência social,
 à moradia,
 à distribuição de renda,
 entre outros,
Direitos humanos são os direitos básicos de
todos os seres humanos, fundamentados no
valor FRATERNIDADE
 direitos difusos e coletivos
 direito à paz,
 direito ao progresso,
 autodeterminação dos povos,
 direito ambiental,
 direitos do consumidor,
 inclusão digital,
 entre outros,
Como
resguardar,
disseminar e
praticar os
Direitos
Humanos?
Um exercício de
comportamentos
Regra de ouro

AMA AO
PRÓXIMO
COMO A TI
MESMO
Skinner
Walden II
O que
vivemos nos
dias de
hoje?
“No Império dos Estados
Unidos, um presidente norte-
americano com sangue
queniano pode comer pizza
italiana enquanto assiste a seu
filme preferido, Lawrence da
Arábia, um épico britânico
sobre a rebelião árabe contra
os turcos.
Sapiens: Uma breve história da
humanidade. Yuval Noah
Harari
Questão de “NÓS” x “ELES”:
Enquanto houver um recorte na
categoria “HUMANOS” haverá
minorias...
 Sensação de fracasso,
incompetência, apreensão quanto ao
futuro afinados com uma cultura:

 Competitiva e altamente desigual:


aumento de estimulação aversiva
no contato social;

 Com múltiplos cursos de ação


possíveis (vasto leque de opções
proporcional às possibilidades de
fracasso);

 Exigência de auto-observação para


emissão de padrão
Processo de individualização autocontrolado; rígida contenção
dos impulsos.
e Depressão (Ferreira e
Tourinho, 2011)
Extremamente individualista
obscurecendo relações entre
indivíduos
apologia do indivíduo autônomo,
independente para escolher e
também solitário na
responsabilidade pelo seu
fracasso;

Atribuição a características do ou no
indivíduo como causas de seu fracasso
imagem do homem moderno
baseada em “eu” interior isolado
do mundo externo

Prolongamento da infância e aumento


do tempo para preparar os jovens na
Processo de individualização vida adulta;

e Depressão (Ferreira e Modo de vida baseado em consumo


desenfreado;
Tourinho, 2011)
Processo de
individualização e
Depressão (Ferreira e
Tourinho, 2011)

Permanente bem-estar como regra


sociedades hedonistas que salientam o
valor aversivo de contingências nas
quais não se produz reforço positivo
Afastamento dos indivíduos em relação ao
envelhecimento e à morte.
Concepções sociais acerca do que é “estar
deprimido”.
Estar deprimido é igual a ser fracassado 
aumento da aversividade social.
Cisão eu interior X eu
exterior
Fonte de paranoia:
A desconfiança das intenções e
sentimentos do “outro”
Não pode, mas
pode: incentive
e divulgue
Padrões de
comportamento
“incentivados” são de
anti-heróis
Pessoas que
apresentam
comportamentos
antissociais
Como temos criado nossos
filhos?

Poderíamos estar criando


condições (contingências) para
a instalação de psicopatologia?
ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E INDUSTRIALIZAÇÃO
 Período dilatado de espera vivido pelos que já não são crianças, mas ainda
não se incorporaram à vida adulta.

 maturidade sexual mas despreparo para o casamento.  gravidez indesejada, aborto,


etc.
 plena aquisição de capacidades físicas do adulto – força, destreza, habilidade,
coordenação, etc.
 mas falta de maturidade intelectual e emocional, necessária para o ingresso no mercado
de trabalho.

 Idade crítica.
ADOLESCÊNCIA:
MODERNIDADE E
INDUSTRIALIZAÇÃO
 Jovem adulto cada vez mais
tempo na condição de
‘adolescente”:
 O aumento progressivo do
período de formação escolar
ADOLESCÊNCIA:
MODERNIDADE E
INDUSTRIALIZAÇÃO

alta competitividade do
mercado de trabalho nos
países capitalistas: formações
complementares
Criação de diferenciais
ADOLESCÊNCIA:
MODERNIDADE E
INDUSTRIALIZAÇÃO
 Mais recentemente, a escassez de
empregos,
 dependente da família, apartado das
decisões e responsabilidades da vida
pública, incapaz de decidir seu destino.

 Formação complementar, disponível para os


filhos passa a ser um diferencial
 Do adolescente no mercado de trabalho
futuro
 No status da família que pode proporcioná-la
 “Quanto menos
adversidades meu filho
precisa enfrentar, melhor
eu sou como pai”

 Reforçadores naturais
sem necessidade de
respostas
(quebra da contingência
entre resposta e
reforçador natural)
Status familiar: valor
cultural da atualidade
 “Quanto menos
adversidades meu filho
precisa enfrentar, melhor
eu sou como pai”

 Reforçadores naturais
sem necessidade de
respostas
(quebra da contingência
entre resposta e
reforçador natural)
Status familiar: valor
cultural da atualidade
 “Quanto menos
adversidades meu filho
precisa enfrentar, melhor
eu sou como pai”

 Reforçadores naturais
sem necessidade de
respostas
(quebra da contingência
entre resposta e
reforçador natural)
Status familiar: valor
cultural da atualidade
Status familiar: valor
cultural da
atualidade
 “Quanto menos adversidades meu filho
precisa enfrentar, melhor eu sou como pai”

 Reforçadores secundários sem


necessidade de bons desempenhos
(tudo tem o mesmo valor e este é
relativizado: “o que é melhor para você”)
Status familiar: valor
cultural da
atualidade
 “Quanto menos adversidades meu filho
precisa enfrentar, melhor eu sou como pai”

 Reforçadores secundários sem


necessidade de bons desempenhos
(tudo tem o mesmo valor e este é
relativizado: “o que é melhor para você”)
ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E
INDUSTRIALIZAÇÃO
ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E
INDUSTRIALIZAÇÃO
As relações Denis Roberto Zamignani
Roberto Alves Banaco
familiares como
base para o Paradigma Centro de
Ciências e Tecnologia do

desenvolvimento Comportamento

da resiliência
O que é resiliência?

 ...por que algumas pessoas, cujas vidas são marcadas por desamparo
e adversidades significativas, evoluem para a total incapacitação ou
chegam mesmo a cometer suicídio, enquanto outras seguem firmes e
vêm a se tornar, por exemplo, grandes estadistas?
 De quais variáveis estas diferenças são função?

Felipe Corchs (2011). Decompondo a resiliência. Boletim Paradigma.


http://www.nucleoparadigma.com.br/mac/upload/arquivo/Boletim201
1.pdf
COMPORTAMENTOS
INCENTIVADOS POR
UMA CULTURA
ESQUIZÓIDE
Como esses comportamentos,
quando excessivos, podem revelar
patologias do comportamento
 Competir e controlar
(amplas classe de comportamento)
 Organização excessiva (ter controle),
como ocorre em manifestações do
Transtorno Obsessivo Compulsivo
 Frenesi pela informação, com o
decorrente isolamento social, como
ocorre em manifestações de Fobia Social
(“nerds”)
 Frenesi pela informação, com o
decorrente stress, como ocorre na
anedonia que compõe a depressão
Como esses comportamentos,
quando excessivos, podem
revelar patologias do
comportamento
 Competir e controlar
(amplas classe de comportamento)
 Tornar-se individualista como
ocorre em vários transtornos de
personalidade (falhas na criação do
comportamento ético)
 paranoia, (TP Paranoide:
desconfiança e receio dos
outros)
 desprezo pelo outro e pelas
relações, (TP Esquizoide:
emoções restritas e indiferença
por relações íntimas)
Como esses comportamentos,
quando excessivos, podem revelar
patologias do comportamento
 Competir e controlar
(amplas classe de comportamento)
 Tornar-se socialmente ameaçador, como
ocorre em TP Antissocial (falsidade,
manipulação ou desprezo pelo direito dos
outros)
 Tornar-se afetivamente instável, e ter
comportamentos impulsivos, como ocorre
em TP Borderline
Como esses comportamentos,
quando excessivos, podem revelar
patologias do comportamento
 Procurar ser amado e cuidado por outros
(personalidade dependente)
 Como observado em TP Histriônica

 Procurar ser admirado e feliz (independendo


dos outros)
 Como observado no TP Narcisista
(superestimação das próprias habilidades
Procurar ser saudável
(amplas classe de
comportamento)
Como observado em
algumas manifestações
do Transtorno Obsessivo
Compulsivo
(preocupações excessivas
com limpeza e
contaminação),
Dentro desse
espectro, Transtorno
Como esses comportamentos, Somatoforme como
observado em
quando excessivos, podem Hipocondria (“mania”
revelar patologias do de doenças)
comportamento
Como esses comportamentos, quando
excessivos, podem revelar patologias do
comportamento
 Procurar ser eficiente, perfeito,
amado
(amplas classe de comportamento)
 Como observado em algumas
manifestações do Transtorno
Obsessivo Compulsivo
(preocupações excessivas com
checagem, perfeccionismo)
 Como observado em Transtorno
Dismórfico Corporal
(preocupações com manchas,
estrias, assimetrias)
 Como observado em Transtornos
Alimentares (bulimia e anorexia)
Como esses comportamentos, quando
excessivos, podem revelar patologias do
comportamento
 Procurar ser feliz ou extirpar sentimentos
negativos
 Como observado em algumas adicções
a substâncias por alívio de ansiedade
(ansiolíticos, maconha, álcool), ou para
ficar “ainda mais feliz”
(antidepressivos sem depressão,
energéticos)
 Procurar aumentar a resistência
 Como observado em adicção a drogas
que aumentem a resistência (cocaína,
ecstasy) !
Respostas a serem
observadas nos
diversos TPs
TP Evitativa

 Excessos: Diminuir
 Pensamentos mal adaptativos sobre rejeição,
inferioridade e fracasso
 Esquiva de interações sociais
 Esquiva de intimidade e vulnerabilidade
 Distanciamento da emoção
 Esforços para evitar atenção de outros
 Ignorar problemas para evitar afeto
 Excessos: Diminuir
 Pedir aos outros por
opiniões quando tomar
decisões
 Evitar ficar sozinho
 Procurar companhia
antes de ir a lugares
 Suprimir opiniões que
possam opor-se às
ideias de outros
 Solicitar ajuda de outros
antes de tomar
responsabilidades para
si
TP Dependente
TP Obsessivo-compulsiva
 Excessos: Diminuir
 Pensamento desadaptados sobre erros, imperfeições e
imorais
 Checar detalhes depois de completar uma tarefa
 Dispender longos períodos para completar tarefas simples
 Permitir autonomia a outros quando delegar tarefas
 Descontar opiniões de outros com valores diferentes
 Comportamento de guardar
 Comportamentos de trabalhar excessivamente
 Impulsos obstinados (dizer a alguém o que fazer, p.e.)
TP Antisocial
 Excessos: Diminuir
 Mentir ou falhar em manter promessas
 Fraudar (em provas, impostos, jogos, etc.)
 Roubar ou ferir outros

 Déficit: Aumentar
 Expressões de empatia
 Tomada de perspectiva
 Pensar a respeito de consequências (para si mesmo e
para os outros)
TP Narcisista

 Excessos: Diminuir
 Uso de linguagem comparativa ou superlativa
 Expectativa de tratamentos especiais ou
privilégios para si
 Negligência de regras, ou pensamentos de que
“regras são para os outros”
 Seletividade extremada nas amizades

 Déficit: Aumentar
 Empatia e tomada de perspectiva
 Abertura à crítica e ao julgamento alheio
TP Histriônica
 Excesso: Diminuir
 Comportamentos dramáticos
 Comportamentos galanteadores ou
provocativos
 Esquiva de ficar sozinho

 Déficit: Aumentar
 Comportamentos neutros quando em
grupo
 Tolerância ao enfado, ao tédio
 Excesso: Diminuir
 Pensamentos mal
adaptados a respeito da
liberdade e
independência
 Pensamentos mal
adaptados sobre relações
íntimas
 Negligência das metas e
padrões dos outros

 Déficit: Aumentar
 Interações com os outros
 Confiança nos outros
TP Esquizoide e  Discutir informações
pessoais em terapia
Esquizotípica
TP Paranóide TP Paranóide
 Diminuir
 Pensamentos mal adaptados a respeito dos
motivos dos outros
 Esquiva de situações nas quais emoções
positivas possam ocorrer
 Expectativas sobre “reparos” para as injustiças
 Guardar ressentimentos

 Aumentar
 Participação na comunidade
 Criar relações intimas
 Confiar nos outros
 Comportamentos prossociais (bater papo,
dizer obrigado)
Para mudar o
comportamento, temos
Como temos criado
nossos filhos? que mudar a
Poderíamos estar
criando condições
(contingências) para a
contingência
instalação da
psicopatologia?

Especialmente a
contingência social
A Análise do
Comportamento tem
respostas para os
problemas sociais? Pode-
se mudar a cultura por
meio de psicoterapia?
A cultura da 3ª geração das
terapias comportamentais e a
estratégia de assumir o
planejamento da cultura
experimental Igualação
Repertório como
Operante
um todo
(discriminado) Verbal
reflexo (condicional) operante Equivalência RFT
CCEs

1900 1920 1940 1960 1980 2000

T.Contextual
1910 1930 1950 1970 1990 2010

DBT
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
TERAPIAS ACT
FAP
COMPORTAMENTAIS ANÁLISE CLÍNICA DO CPTO
MC
clínica ANALÍTICO-CPTAL
TCR
Terapia não
aplicação tem efeito
Conduções terapêuticas
Recomendação geral:
Comportamento governado por
regras
 Comportamento verbal no controle de contingências que foram
ineficazes para o controle do comportamento do cliente
1. Detectar e delinear sequências comportamentais a serem
executadas em antecipação a determinadas consequências,
mesmo que não tenham sido experienciadas
2. Conduzir a comportamento apropriado em situações
desconhecidas
3. Perceber o próprio comportamento e as contingências que o
controlam
1. altera a função psicológica desses eventos
4. Permitir maior autocontrole e mudança do comportamento
As terapias de
inspiração
skinneriana
voltam ao
cenário
O modelo de Seleção pelas
Consequencias como chave
de mudança
 No Brasil
Trajetória da  A partir dos anos 80
Terapia  Terapia comportamental
Comportamental  “Análise funcional”
Trajetória da Terapia Comportamental
A partir dos Anos 80

Mudanças:
Na concepção do
comportamento
mesmo aparentando não
fazer nada, o organismo está se
comportando
Trajetória da Terapia
Comportamental
A partir dos Anos 80

Mudanças:

no foco da intervenção
Da queixa para o repertório como
um todo
Mudanças:

na importância
dada ao
comportamento
verbal.

Trajetória da Terapia
Comportamental
A partir dos Anos 80
Mudanças:
na importância dada
ao comportamento
do cliente dentro da
sessão.
Amostra de
padrões de
comportamento
Contexto
terapêutico como
Trajetória da Terapia instância de
mudança
Comportamental
A partir dos Anos 80
Trajetória da Terapia Avanço conceitual e empírico
Comportamental Permitiu uma expansão a respeito
A partir dos Anos 80 da compreensão e da intervenção
sobre o comportamento humano
complexo (self)
Terceira onda da terapia
comportamental e cognitiva

Procura incentivar o
desenvolvimento de
 Repertórios mais
amplos,
 Repertórios flexíveis
(afeta a noção de
psicopatologia) e
 Repertórios efetivos (em
direção aos valores do
cliente)

Terceira geração da terapia comportamental em vez de um enfoque na


Hayes, S. C. (2004). Acceptance and commitment  eliminação de
therapy, relational frame theory, and third wave of problemas definidos (de
behavioral and cognitive therapies. Behavior Therapy, forma estreita).
35, 639-665.
Contribuições da terceira geração
Pérez-Álvarez, M. (2006). La
Terapia de Conducta de Tercera
Generación. eduPsykhé, 2006, 5
(2), 159-172.
 Questionamento dos valores culturais que tendem a
patologizar os problemas cotidianos da vida

 Direcionamento da análise funcional também para os


eventos privados (Dougher, 2000) e,
consequentemente, ao tratamento.

 Direção contrária à cultura, que propõe eliminação de


todo e qualquer sofrimento.
 Aceitação: as “coisas” são como são, mesmo as
ruins
 Compromisso: agir de forma a alcançar os valores
 No tratamento é que
residem as contribuições
mais significativas, e que
superam as das ondas
anteriores e as de outras
abordagens:

 Mudança de lógica da
psicologia clínica
 Abandono da luta contra
os sintomas,
Contribuições da terceira  Em seu lugar uma
reorientação da vida.
geração
Perez-Álvarez, M.. (2006).
La Terapia de Conducta de Tercera Generación.
eduPsykhé, 2006, 5 (2), 159-172.
Características da
Terceira geração da
TC 65
 (...) Perante a idéia de que a terapia
consiste na aplicação de técnicas
específicas, projetados para livrar-se
de sensações ou pensamentos
desagradáveis ("negativo"), propõe-
se uma forma de ajudar o paciente a
compreender que, com frequência,
o que se tem a fazer é aceitar o
desconforto e contextualizá-lo
adequadamente.
 Evitação experiencial como conceito
central

 Emoção é produto colateral da


Aceitação / Contato com contingência, e não gera
(necessariamente) comportamento
variáveis de controle /
Validação
 Presente em muitas formas de psicopatologia
Evitação  “um fenômeno que ocorre quando uma pessoa está
relutante em permanecer em contato com experiências
Experiencial privadas particulares” (Hayes et al., 1996, p. 1154).
 Estas experiências podem envolver pensamentos,
memórias, emoções, estimulação autonômica e outras
sensações privadas.
67
Aceitação

 (...) o importante seria garantir que o


paciente se dê conta que sua luta para
fazer desaparecer completamente o
desconforto, a ansiedade, as obsessões,
a tristeza, etc. é infrutífero, pelo menos
a longo prazo e que essa atitude pode
causar mais e mais problemas.
Aceitação

 Esta abordagem colide com as


tendências sociais que convidam
você a não suportar o mal-estar
nem por um minuto.
FOCO NO
CONTEXTO

 Em vez de tentar modificar o


sujeito, se pode alterar seu
ambiente.
 Isso significa recuperar algo que a
terapia de comportamento nunca
devia ter esquecido.
FOCO NO
CONTEXTO
 Provavelmente, a melhor contribuição da
terceira geração seja relembrar e atualizar
alguns princípios básicos da primeira - que é o
fato de colocar em questão a mudança intra-
psíquico para dirigir o esforço terapêutico em
direção à mudança do ambiente ou de todo o
contexto onde o problema ocorre.

 Diferença: ampliação da noção de contexto


 Anteriormente: ambiente físico
 Hoje: Ambiente social verbal
Análise funcional

 O crucial não é a forma e sim a função


 Ajudou as terapias de terceira geração a se
libertarem de limitações convencionais e
aproveitar as técnicas de outras tradições
terapêuticas

 Isso é possível porque as técnicas


 São inseridas em uma análise rigorosa e global
 se articulam em um referencial conceitual
coerentemente derivado do modelo de
tratamento
Só a retirada da contingência é
capaz de mudar o que se sente.
Validação e Mudança  DBT
Mudança
Compromiss Aceitação e Compromisso  ACT
o Contato com variáveis de controle e
Expressão e modelagem (CRB1 e CRB2)  FAP
Modelagem
Sensação da depressão é retirada
pelas consequências da ação  BA
 Terapia Comportamental Dialética
 DBT (Dialectical Behavior Therapy)

 Terapia da Aceitação e Compromisso


 ACT (Acceptance and Commitment Therapy)
Terapias
Comportamentai  Psicoterapia Analítico-Funcional
s  FAP (Functional Analytic Psychotherapy)
Contextuais
 Ativação Comportamental
 Behavioral Activation
Algumas terapias de terceira geração
(e suas características gerais)
FAP ACT
DBT BA
Psicoterapia Analítica-Funcional Terapia de Aceitação e Terapia Comportamental-Dialética
Ativação Comportamental
Compromisso
Origem: Aplicação dos conceitos
Origem: Aplicação de conceitos Origem: Atendimento de pacientes comportamentais skinnerianos
comportamentais skinnerianos a Origem: Distanciamento com Transtorno de Personalidade
(tradução) para a interpretação de
compreensivo (1970s – 1985) Beck para a depressão, realizada por
sessões de psicoterapia de base borderline Ferster
psicanalítica
papel do comportamento
verbal e da linguagem na
origem, manutenção e Encontrar meios para que o indivíduo
Reconhecer e validar a volte a entrar em contato com o que
Imediaticidade do reforço tratamento do comportamento vulnerabilidade emocional reforçava seu comportamento no
anormal humano passado
Comportamento clínicamente
relevante
Treino de habilidades sociais Modelagem por aproximação
Modelagem do comportamento aplicar o trabalho conceitual de sucessiva
solução Skinner a respeito do Flexibilização dos padrões cognitivos
Comportamento Verbal (1957) Comportamentos naturalmente
Melhora do sentido de identidade reforçados
e do Comportamento
Governado por Regras (1969) (self) Terapeuta é um treinador (coach)
O que ocorre na sessão é importante aos fenômenos e temas clínicos
para a mudança do cliente
 Toda a análise do comportamento no Brasil
 Trajetória diferente da AC do resto do
mundo
 Staddon: AC Brasileira está para a AC
TAC assim como os Marsupiais estão para
Terapia os Mamíferos

Analítico-  Assim se deu também no desenvolvimento


comportament das terapias:
 Fraca tradição em pesquisa
al  Crença na transdução de procesos
básicos para os processos clínicos
 Assimilação de varios procedimentos
das abordagens americanas
estratégias
políticas
Disseminação

 Treinamento de um grande número de terapeutas analítico-


comportamentais ou cognitivo-comportamentais por meio de workshops
 Ganhos individuais nas contingências entrelaçadas (dinheiro e
conhecimento)
 Produto agregado: aceleração na disseminação da consciência
comportamental

 Estratégia: “middle-terms”
 Aproxima os terapeutas de outras abordagens (foco principal para a
disseminação)
 Causa furor entre os analistas do comportamento
Práticas baseadas em evidências
Processo
inevitável...

Incompatibilidade
entre

o sistema Análise vaganótica: Modelo médico


consagrado
Esmagadora maioria de medidas por meio de relato verbal
o sistema da Análise ideográfica
análise do
comportamento Análise funcional
Disseminação
• A ideia é clara...
• Quanto mais for desenvolvida a prática
cultural
• 1) de reconhecer as emoções e
sentimentos
• 2) dentro das contingências (em geral)
sociais – aceitação
• 3) mudar e transformar as relações por
meio de expressões verbais emocionais e
intensas (FAP) – compromisso e mudança
• 4) mais aumenta a probabilidade de
alterar a contingência (social)  e, por
conseguinte, deixar de ter o mau sentimento
Disseminaçã
o
• Resultados
esperados:
• Mudança na
cultura,
respondendo às
responsabilidades
que pesam sobre os
planejadores da
cultura:
Valores
 Se um comportamento “vai mal”, a contingência
de reforçamento está mal
 Intervenções sobre a contingência, e não
sobre o indivíduo
 O comportamento do indivíduo faz parte da
contingência  e o indivíduo pode alterá-la
por meio de seu comportamento

 Tudo o que ocorre no universo me afeta e tudo o


que eu faço afeta o universo todo (Hipótese Gaia):

 portanto, tudo que ocorre no universo deveria me


interessar assim como eu deveria avaliar os
efeitos de cada ação minha
 Efeitos morais -> atingem o mundo social
 Efeitos éticos -> atingem o mundo físico
Diversos autores: a quem servem o Behaviorismo e a
Análise do Comportamento?
A uma mudança na cultura para que as ameaças a sua
manutenção sejam desfeitas
 Holland, J. (1978). Behaviorism, part of the problem or part of the
solution? Journal of Applied Behavior Analysis, 11, 163-174.

 Botomé, S. P. (1981) Serviço à população ou submissão ao poder: o


exercício do controle na intervenção social do psicólogo. Ciência e
Cultura, São Paulo, 33, (4): 517-524.

 Sidman, M. (2009). Coerção e suas implicações (M. A. Andery e T. M. Sério,


Trads.). Campinas, SP: Ed. Livro Pleno. (Trabalho original publicado em
1989).
Sigrid Glenn (1991):
O entendimento pode ajudar ?

Nós devemos entender o contexto mais


amplo no qual o comportamento opera tanto
quanto o comportamento em si.
...
Não tenham dúvidas: o comportamento
humano é a maior ameaça à sobrevivência
humana, e é também nossa única salvação

84
Planejamento da cultura: o caso de
Walden II
Valores:
“Evitamos cuidadosamente toda alegria derivada de um triunfo pessoal que
implique o fracasso de outro”

“Triunfar sobre a natureza e sobre si mesmo, sim; Sobre os demais, nunca!”

“O triunfo sobre outro Ser Humano


nunca é um ato louvável”.
Prevenção e
Promoção de Saúde
Comportamental
Mudando contingências sociais
 Economia baseada em trabalho para todos 
todos trabalham menos
Planejament  Escolha dos trabalhos  os menos procurados
“valem mais” em sistema de créditos a serem
o da cultura: revistos
 Todos devem ter um trabalho que seja físico
o caso de (para evitar uma “casta cerebral”
Walden II  Horário flutuante: evita sobrecarga dos
aparelhos sociais
 Refeitórios, balneários, etc.
 Mais horários de ócio: criatividade
Planejament  Artes e Ciências
o da cultura:
 Herança grupal em detrimento de herança
o caso de familiar
 Papéis parentais diminuídos e distribuídos
Walden II por todos os membros do grupo
 Escola livre
Planejament  Sem portas, janelas, e sem obrigatoriedade
 Sem currículo
o da cultura:  Sem competição
o caso de
 Educação formal e de caráter
Walden II  Sem utilização de controle aversivo
Planejamento da
cultura: o caso de
Walden II

“Evitamos cuidadosamente toda alegria derivada de


um triunfo pessoal que implique o fracasso de
outro”

“Triunfar sobre a natureza e sobre si mesmo, sim;


Sobre os demais, nunca!”

“O triunfo sobre outro homem nunca é um ato


louvável”.
Educação baseada em reforçamento
positivo

Valorizar
Atenção às
as
pequenas
pequenas
conquistas
conquistas

Menos Apontar as
atenção ao conquistas
que não de modo
está bom reforçador
propostas
 Estratégias para melhor comunicação
 Uma informação por vez
 Eliminação de ironias
 Eliminação de explicações fictícias/mentirosas
 Eliminação de “jogos de culpa”
 Eliminação de comparações
 Gravidade das “duplas mensagens”
 Transformação de críticas em pedidos
 Elogios

 Ruins quando são incompatíveis


com as ações
Mudanças globais
 Ruins quando são pouco
propostas específicos

 Ruins quando vêm


acompanhados de críticas e
“mas...”
O que fazer quando as crianças
comportam-se
mal
 Se possível
 Ignorar o mau
comportamento
 Destacar seletivamente outro
comportamento apropriado
(DRO)
 Evita-se críticas, mas quando
houver, dar destaque a
“comportamentos bons e maus” e
não “criança boa ou má”.

 “Você é muito ruim mesmo.


propostas Onde já se viu bater em seu
irmão que é tão pequeno?”
X
 “Eu não gostei de ver você
batendo no seu irmão
pequeno. Isto não é legal.”
propostas
Sobre a negociação
 Que batalhas serão
assumidas
 O que pode ser escolhido
pela criança/adolescente
propostas
 Evitar falas que deem
chance de escolha,
quando não há escolha
 Negociar sim,
desautorizar não.
 Consistência:

 Entre o que se fala e o que


se faz
 Promessas
Mudanças gerais
propostas  Ameaças

 Na forma de comunicação
(coordenação de tom de
voz, uso das palavras etc.)
Em resumo... Limites firmes sem
coerção

Por um estilo Autoridade sim,


parental pautado autoritarismo, não
em SR+

Comunicação Supervisão sem


efetiva e afetiva superproteção

Tempo de
qualidade com
interações positivas
roberto@paradigmaac.o
rg

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