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Prólogo

“Me deixe... eu não posso continuar, sobreviva! ”, disse um jovem usando

uma armadura, caído no chão, sangrando aos pés de uma donzela usando um

vestido branco. A donzela com seus olhos cheios de lágrimas, subia uma longa

escadaria de mármore, sons de passos rápidos a seguiam, aquelas escadas

intermináveis a cansavam, já ofegante, ela pensava em desistir, em cair no chão

e aceitar o seu destino, mas rostos inundavam sua mente, guerreiros caídos ao

chão, o sangue deles a motivava a continuar subindo aquelas escadas infinitas.

Algo sibilou no ar, uma flecha atingiu suas costas, ela tropeçou, mas não

caiu, continuou caminhando, mesmo com aquela dor, até que... outra flecha a

atingiu nas costas, seu grito de dor ecoou no silêncio, logo atrás dela, um

demônio com longas asas vermelhas subia as escadas com um arco na mão, uma

erinéia, um demônio caçador. Com um sorriso no rosto, ela puxava outra flecha

apontada para a jovem amedrontada. “Sua vida está prestes a acabar, Lustitae”,

ela soltou a flecha e a jovem jogada ao chão, sentiu sua vida se esvaindo, o seu

sangue escorrendo pelas escadas, ia de encontro a ela, com uma adaga dourada

em mãos, a duração da vida da donzela era contada por cada degrau que o

demônio subia, de degrau em degrau. O demônio ergueu a adaga no ar e então

a direcionou até a garganta da jovem, mas algo a segurou, uma mão revestida

por uma luva dourada segurou a adaga antes que chegasse até a jovem.

“Desculpe a demora, vossa divindade”, disse o jovem de cabelos

castanhos e olhos da mesma cor, ele ergueu seu punho esquerdo, ainda

segurando a adaga com a mão direita, seu punho se encheu com uma luz

dourada e então com um soco atravessou o peito do demônio. “Querubin

maldito! Juro por meu mestre que sua vida será curta! ” , disse o demônio antes

de desfalecer. Mais dois demônios, um armado com uma espada e outro armado
com uma maça surgiram das sombras e avançaram na direção do querubin,

círculos mágicos cobriram seus punhos e ele socou o ar a cerca de 10m do inimigo

com a espada, aquele simples golpe destroçou completamente a armadura e os

órgãos do demônio, aquele golpe crítico foi 2x mais forte do que deveria ter sido,

o outro demônio estremeceu e recuou, mas já era tarde demais, mais um soco já

havia sido desferido e com apenas um golpe, o demônio caiu de joelhos no chão.

“Levante-se milaide, temos que ir até o templo”, o jovem pegou a garota,

a apoiou em seu ombro e juntos terminaram de subir a escadaria, no topo, havia

um altar de mármore branca com entalhes em dourado, lá, a jovem deitou-se

sobre a pedra e com a adaga dourada que antes o demônio carregava, ela

perfurou seu próprio coração, conjurando um selo, assim milhares de almas

negras ascenderam aos céus, se direcionando para uma montanha, pondo fim

assim a Guerra Santa que nos assolou por 5 anos. Agora crianças, vão brincar na

rua.

-Mas ancião, qual o nome desse querubin?!

O nome dele? Até hoje ninguém sabe, nem seu nome, nem seu destino,

nada, ele é um mistério, quem sabe algum dia ele retorne, quando as sombras

voltarem a emergir sobre este mundo, agora saiam daqui. Esperem, o que são

esses gritos? Eu vou averiguar, fiquem aqui. Não... não é possível, o que eu

sempre temi, aconteceu, o selo, o selo foi rompido, demônios pelas ruas, pelos

céus, que deusa nos proteja.

A Nova Guerra Santa

O templo da deusa Lustitae estava agitado, a única deusa que se recusou

a abandonar os humanos e agora, novamente a única esperança contra Mors, já

haviam se passado 30 dias desde o início da invasão e forças começaram a se


reunir em torno do templo, sejam mortais ou os própios servos celestiais da

deusa. Mas assim como na antiguidade, um grupo de seres destemidos deve

surgir, honrados pelo sangue da deusa, para combater novamente a ameaça do

Deus dos Mortos, o Imperador do Inferno.

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