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Rio de Janeiro, 19 de junho de 2022

À Sra. Adriana …
Obras Sociais Unidas de Santa Marta

Assunto: Parecer Jurídico do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Escola de Direito do Rio de
Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) sobre a creche Obras Sociais Unidas
de Santa Marta.

Referência: Cuida-se de parecer com orientações jurídicas para prevenção e resolução de


conflitos no âmbito da atuação da creche. O trabalho foi elaborado pela Clínica LACONF
(Laboratório de Assessoria Jurídica para Resolução Consensual de Conflitos), no âmbito do
NPJ da FGV Direito Rio, entre fevereiro e junho de 2022, tendo contado com a participação
de 8 (oito) alunos(as) da graduação em Direito, supervisionados pela advogada Cristiane Dias
Carneiro (OAB/RJ nº 104.682).

André Pacheco Teixeira Mendes


OAB/RJ nº 148.661
Coordenador do Núcleo de Prática Jurídica FGV Direito Rio

Cristiane Dias Carneiro


OAB/RJ nº 104.682
Supervisora de Clínica do Núcleo de Prática Jurídica FGV Direito Rio
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
FGV DIREITO RIO
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA - NPJ

PARECER OBRAS SOCIAIS UNIDAS DE SANTA MARTA

Laboratório de Assessoria Jurídica para Resolução Consensual de Conflitos

Supervisora da Clínica: Cristiane Dias Carneiro

Alunos: Anandha Mendonça, Diana Lise Freitas, Diogo Elvas, Igor Martins, Matheus
Rezende, Pedro Lucas Santos, Verônica Távora e Vinícius Salomão.

Rio de Janeiro - RJ
Junho/2022
1
ÍNDICE

INTRODUÇÃO 3
RELAÇÕES TRABALHISTAS 3
ADEQUAÇÃO À LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS 3
Introdução 3
Da Política de Privacidade 3
Da importância da Política de Privacidade 4
Recomendação 4
REGULARIZAÇÃO DOS ESTAGIÁRIOS E VOLUNTÁRIOS 4
Dos Estagiários 4
Dos Voluntários 5
CÓDIGO DE CONDUTA 5
ESTATUTO 5
NORMAIS APLICÁVEIS 6
RELAÇÃO COM O PODER JUDICIÁRIO 10
VISITAS À CRECHE 12
Guia turístico 12
Doação de turistas 13
Meios de resolução de disputas 14
PREFEITURA 15
INSTITUTO JOÃO FERRAZ 15
ISENÇÃO DE IMPOSTOS 15
TERMOS DE DOAÇÕES 17
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 18
ANEXOS 19
Anexo 1 - Política de Privacidade 19
Anexo 2 - … 27
Anexo 3 - … 27
Anexo 4 - Termo de Doação 27
Anexo 5 - Termo de Adesão ao Trabalho Voluntário 28
Anexo 6 - Código de Conduta 31
Anexo 7 - Termo de Doação 32
Anexo 8 - Contrato de Prestação de Serviços 33

2
INTRODUÇÃO

O presente parecer tem por objetivo analisar, de maneira fundamentada, alguns


aspectos relevantes envolvendo a creche Obras Sociais Unidas de Santa Marta,
principalmente, no que tange à resolução consensual de conflitos e a prevenção de eventuais
desavenças.
Para tanto, serão analisados os aspectos jurídicos, econômicos e regulatórios para a
validação da creche, enquanto sociedade empresária, dentro do escopo da sua proposta de
valores e missão. Serão abordados temas relevantes com vistas a orientar a atuação da Visão
do Bem, como os impactos advindos da LGPD e suas relações externas.

1. RELAÇÕES TRABALHISTAS

2. ADEQUAÇÃO À LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS

2.1. Introdução
Desde 2020, há uma lei no Brasil que foi criada para proteger os dados das pessoas
quando eles são coletados por uma instituição - como é o caso da Obras Sociais Unidas do
Santa Marta, que coleta os dados dos alunos que estudam na creche, dos seus responsáveis
legais e das funcionárias. Essa lei se chama “Lei Geral de Proteção de Dados” (também
conhecida por sua sigla, “LGPD”).
A LGPD busca garantir maior transparência no tratamento que é oferecido aos dados
coletados, para que os donos deles saibam como seus dados são coletados, utilizados,
armazenados e compartilhados. Por isso, há uma série de regras que devem ser seguidas pelas
instituições para que elas estejam de acordo com a LGPD.
2.2. Da Política de Privacidade
Um dos principais documentos que as instituições devem ter, para guiar o
comportamento que todos os colaboradores da instituição devem seguir para estar de acordo
com a LGPD, é a “Política de Privacidade”.
Considerando que a Obras Sociais Unidas do Santa Marta armazena os dados de
diversas pessoas (como os alunos, os responsáveis legais e as funcionárias), é importante que

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tenha uma Política de Privacidade e que sejam medidos esforços para se adequar às regras
previstas nela. Isso irá evitar que a Creche e seus colaboradores recebam sanções por
parte do governo.
Pensando nisso, foi elaborada uma Política da Privacidade própria para a Obras
Sociais Unidas do Santa Marta (Anexo [1 – Verônica]). Nesse documento, foram explicados:
(i) quais dados são utilizados pela Creche e quais as suas finalidades; (ii) como a Creche
coleta os dados; (iii) quais são os direitos dos titulares dos dados – ou seja, dos “donos” dos
dados; (iv) quem possui acesso aos dados; (v) por quanto tempo os dados ficam armazenados;
(vi) possíveis incidentes envolvendo os dados; e (vii) as penalidades possíveis por não
cumprir a Política de Dados.
2.3. Da importância da Política de Privacidade
É importante reforçar que se adequar à LGPD é interessante para a Obras Sociais
Unidas do Santa Marta para evitar que a Creche sofra sanções ou críticas. Mas não só isso, a
adequação à LGPD também é interessante caso sejam questionadas por ex-funcionários,
responsáveis legais ou ex-alunos sobre o que foi feito com os dados que a Creche tem deles.
2.4. Recomendação
Por isso, recomendamos que a Política de Privacidade elaborada (Anexo [1 –
Verônica]) seja lida por todos os colaboradores da Obras Sociais Unidas do Santa Marta e
que sejam seguidas as disposições previstas no documento.
As adequações não precisam ser imediatas, de modo que podem ser feitas no tempo da
Creche, mas é fundamental que esse processo seja iniciado e se desenvolva aos poucos.

3. REGULARIZAÇÃO DOS ESTAGIÁRIOS E VOLUNTÁRIOS

3.1. Dos Estagiários


Tendo em vista que a Creche possui uma estagiária, estudante de Pedagogia, é
importante que essa relação seja regularizada. Por isso, devem ser obedecidos os requisitos
previstos pela Lei do Estágio, para definir de forma clara quais os papéis de cada um dos
envolvidos e quais os direitos e deveres da estagiária.
Pensando nisso, foi elaborado um Termo de Estágio (Anexo [2 – Verônica]) a ser
assinado por: (i) futuros estagiários da Creche; (ii) a Creche; e (iii) a Instituição de Ensino em
que estudam os estagiários. Caso a atual estagiária não tenha assinado um termo de estágio, é
essencial que ela e sua instituição de ensino assinem o quanto antes, para regularizar esse
estágio e evitar problemas trabalhistas.

4
No Termo de Estágio elaborado, foram seguidas todas as exigências legais, dentre as
quais destacamos as mais importantes: (i) a não concessão de Bolsa-Auxílio para os
estagiários, pois entende-se que esse estágio será de caráter; (ii) a data em que se iniciou o
estágio e a previsão de término, pois, de acordo com a Lei do Estágio, o prazo máximo de
duração de um estágio é de 2 (dois) anos; e (iii) a jornada de atividades do estagiário, que não
pode ultrapassar as 30 (trinta) horas semanais.
Além disso, ao final do Termo de Estágio, há um anexo contendo o “Plano de
Atividades do Termo de Compromisso), no qual devem ser descritas, de forma simplificada,
quais atividades deverão ser desenvolvidas pelo estagiário. Esse Plano de Atividades é um
requisito legal e é de suma importância seu preenchimento e assinatura por todas as partes.
3.2. Dos Voluntários
Além dos estagiários, foi informado que a Creche recebe a ajuda de diversos
voluntários – seja de forma pontual (como ocorre quando são realizadas doações ou visitas à
Creche) ou de forma contínua (como ocorre quando uma pessoa da comunidade ajuda na
elaboração de uma página no Facebook).
Para que essas ações de voluntariado não sejam confundidas com relações de trabalho,
é fundamental que seja assinado um Termo de Voluntariado, seguindo os requisitos legais
previstos na Lei do Voluntário. Logo, realizamos um modelo de Termo de Adesão ao Serviço
Voluntário (Anexo [3 - Verônica]).
Dentre as principais características desse Termo de Adesão ao Serviço Voluntário,
destaca-se: (i) um quadro a ser preenchido descrevendo a atividade; e (ii) a autorização (ou
não) por parte do voluntário para que seja utilizada a sua imagem. Essa autorização é de
grande importância, pois é através dela que os voluntários autorizam que as fotografias ou
filmagens em que eles aparecerem possa ser utilizada pela Creche em suas redes sociais,
como forma de divulgação.

4. CÓDIGO DE CONDUTA

5. ESTATUTO

5
6. NORMAIS APLICÁVEIS

O Ministério da Educação (MEC) possui leis e normas acerca de diretrizes sobre o


serviço de educação em creches e escolas, atuando principalmente por meio de programas por
força do art. 30, VI, da Constituição. Em pesquisa de legislação aplicável a creche da Obras
Sociais Unidas e a sua futura escola não foi encontrada uma ampla quantidade de normas do
MEC aplicáveis além da Lei nº 9.394/1996.
Assim, cabe analisar as normas relevantes e que se aplicam a Obras Sociais Unidas de
Santa Marta expressas nos dispositivos da mencionada lei, destacando que foram excluídas
normas acerca de princípios para que haja um maior foco do que é necessário observar,
conforme pretendido pela pesquisa.
O ensino livre à iniciativa privada deve cumprir normas gerais da educação nacional e
do respectivo sistema de ensino e ter autorização e avaliação de qualidade do Poder Público,
considerando as Obras Sociais Unidas como uma escola comunitária (art. 7º, Lei nº 9.394/96
c/c art. 213, CF). Ainda, a Obras Sociais Unidas, respeitando as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, segundo o art. tem o dever de:

1) elaborar e executar sua proposta pedagógica;


2) administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
3) assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
4) velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
5) prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
6) articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola;
7) informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o
caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos
alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;
8) notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que
apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do
percentual permitido em lei;
9) promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a
todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática
(bullying), no âmbito das escolas;
10) estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas;
11) promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas.
12) Por sua vez, os professores das Obras Sociais Unidas devem (art. 13,
Lei nº 9.394/96):
13) participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino;
14) elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica
do estabelecimento de ensino;
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15) zelar pela aprendizagem dos alunos;
16) estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;
17) ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
18) colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e
a comunidade.

A educação básica oferecida pelas Obras Sociais Unidas, pela creche e futura
pré-escola (art. 4º, Lei nº 9.394/96) pode ser organizada em séries anuais, períodos semestrais,
ciclos, alternância regular de períodos de estudos e grupos não-seriados ou por forma diversa
de organização sempre que for interessante e recomendado para o processo de aprendizagem
(art. 23, Lei nº 9.394/96).
Aponta-se que algumas regras comuns devem ser seguidas pelas Obras Sociais Unidas
quando realizarem a organização de sua educação básica, como (art. 24, Lei nº 9.394/96):

1) a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino


fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de
duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado
aos exames finais, quando houver;
2) poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas,
com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de
línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
3) a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
4) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
5) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
6) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado;
7) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
8) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
9) o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no
seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a
frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas
para aprovação;
10) cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares,
declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de
conclusão de cursos, com as especificações cabíveis.

Os currículos da educação infantil ser complementados pela creche e escola por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
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economia e dos educandos (art. 26, Lei nº 9.394/96). As Obras Sociais Unidas
complementando o currículo deve observar as suas diretrizes (art. 27, Lei nº 9.394/96),
consistindo em:

1) a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e


deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem
democrática;
2) consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;
3) promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas
não-formais.

Além disso, é necessário observar que para a educação infantil há regras específicas
que devem ser seguidas (art. 31, Lei nº 9.394/96):

1) avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento


das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao
ensino fundamental;
2) carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por
um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;
3) atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o
turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral;
4) controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida
a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
5) expedição de documentação que permita atestar os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança.

Considerando o atual quadro dos professores que se pretende contratar novos


professores, estes profissionais devem estar em efetivo exercício e serem formados em cursos
reconhecidos (art. 61, Lei nº 9.394/96). Os profissionais devem:

1) professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na


educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;
2) trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com
habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e
orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou
doutorado nas mesmas áreas;
3) trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou
superior em área pedagógica ou afim;
4) profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas
de ensino, para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou
experiência profissional, atestados por titulação específica ou prática de
ensino em unidades educacionais da rede pública ou privada ou das

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corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamente para
atender ao inciso V do caput do art. 36;
5) profissionais graduados que tenham feito complementação pedagógica,
conforme disposto pelo Conselho Nacional de Educação.

Com relação a administração e coordenação das Obras Sociais Unidas oferecendo o


seu ensino de educação básica, os profissionais de educação que exercem administração,
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional deverão ter formação em cursos
de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino,
garantida, nesta formação, a base comum nacional (art. 64, Lei nº 9.394/96). Ademais, a
formação dos professores devem contar com 300 horas de prática de ensino (art. 65, Lei nº
9.394/96).
Desse modo, apresentadas as principais regras definidas pelo Ministério da Educação
e que devem ser seguidas e observadas pela Obras Sociais Unidas, cabe apresentar as demais
normas a serem seguidas. Cabendo ressaltar que não foram encontradas leis e normas
estaduais pertinentes.
O Município do Rio de Janeiro possui a Deliberação do Conselho Municipal de
Educação E/CME nº 30/2019, nos termos do art. 2º da própria deliberação1, em que
disciplinou importantes normas e regras a serem observadas na educação geral. É o que se
passa a demonstrar.
Em seus arts. 1º, 3º, 4º e 5º, a Deliberação E/CME nº 30/2019 apresenta as faixas
etárias das crianças a serem observadas na organização das modalidades de ensino para as
escolas, creches e pré-escolas, atentando-se, principalmente, às duas últimas em que há
interesse em projeto de extensão por parte da Obras Sociais Unidas. Veja-se:

Art. 3º A Educação Infantil será oferecida em:


I - Creches, para crianças de até 3 (três) anos e 11 (onze) meses de idade; e
II - Pré-Escolas, para crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos e 11 (onze) meses.

Art. 4º A modalidade creche organiza-se conforme a faixa etária de:


I - Berçário I - de zero até 11 (onze) meses;
II- Berçário II - de 1 (um) ano até 1 (um) ano e 11 (onze) meses;
III - MaternaI I - de 2 (dois) anos até 2 (dois) anos e 11 (onze) meses;
IV - Maternal II - de 3 (três) anos até 3 (três) anos e 11 (onze) meses.

1
Art. 2º A autorização de funcionamento e a inspeção das instituições privadas de Educação Infantil, que atuam
na educação de crianças de zero a cinco anos e onze meses, serão reguladas pelas normas desta Deliberação.
Parágrafo único. Entende-se por instituições privadas de Educação Infantil aquelas enquadradas nas categorias
de particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas, nos termos do artigo 20 da Lei Federal nº
9.394/1996.
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Art. 5º A modalidade Pré-Escola denomina-se conforme a faixa etária:
I - Pré-Escola I - de 4 (quatro) anos até 4 (quatro) anos e 11 (onze) meses;
II - Pré-Escola II - de 5 (cinco) anos até 5 (cinco) anos e 11(onze) meses.

Os horários de período escolar definidos na norma municipal apontam que este pode
ser parcial (4 horas) ou integral (7 horas) para a educação infantil conforme o art. 12 da
Deliberação E/CME nº 30/2019, podendo funcionar em diferentes horários, como já ocorre
conforme respondido pela Obras Sociais Unidas.
A inspeção da creche é realizada pela Secretaria Municipal de Educação (SME),
órgão do governo municipal que avalia sistematicamente a creche, sendo que a secretaria
avaliará a creche e, caso haja alguma irregularidade com a lei, produzirá relatório para
encaminhamento ao Conselho Municipal de Educação. Assim, é importante manter um amplo
diálogo com a Secretaria Municipal de Educação também sobre a situação da creche, caso
seja aberto algum processo sobre irregularidades, para que, assim, as irregularidades sejam
sanadas. Em relação a fiscalização da SME, a secretaria pode atuar nos seguintes termos:

Art. 53 Compete ao órgão específico do Sistema Municipal de Ensino


definir e implementar procedimentos descentralizados de supervisão e
avaliação sistemática das instituições privadas que ministrem Educação
Infantil.
§1º Os procedimentos a que se referem o caput incluem a verificação
do cumprimento dos termos do Projeto Político-Pedagógico e do
Regimento Escolar na sua aplicação cotidiana, bem como a preservação
ou aprimoramento das condições físicas e pedagógicas que ensejaram a
autorização do funcionamento.
§2º Quando constatado que a instituição não cumpre a legislação
pertinente, a Coordenadoria Regional de Educação autuará processo, no
qual será designada uma Comissão Verificadora que apresentará
relatório descrevendo as irregularidades, para posterior
encaminhamento ao Conselho Municipal de Educação.

Merece destaque o ponto de que a Deliberação E/CME nº 30/2019 segue em muito o


disposto pela Lei Federal nº 9.394/96, seguindo, na maior parte de suas regras, o que já foi
definido pela Lei Federal. Assim, não serão repetidos as regras definidas na Lei nº 9.394/96,
tendo em vista que já foram apresentadas.

7. RELAÇÃO COM O PODER JUDICIÁRIO

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Algumas observações devem ser feitas quanto ao recebimento das cestas básicas pelo
poder judiciário, pois são pontos em que a creche (instituição conveniada) deve ter atenção
durante o relacionamento com tal poder. A parceria se dá por meio de um triângulo entre a
instituição judiciária, a instituição Conveniada e a pessoa em situação de penado. A finalidade
do projeto é acompanhar as penas e o emprego da doação de recursos por parte dessas pessoas
às instituições beneficiárias. O recebimento das prestações pecuniárias pode ocorrer de duas
formas, sendo a adotada pela creche o recebimento de cestas básicas por meio de materiais
essenciais que auxiliam em seu funcionamento.
Certas responsabilidades da instituição conveniada aparecem dessa relação,
podendo-se identificar, com base na Minuta de Termo de Compromisso e no Ato Executivo
1453/2014/TJRJ:
i. Não divulgar informações sobre os doadores para os pais, as mães, as crianças e os
funcionários da creche;
ii. Comunicação da Equipe Técnica em caso de não doação da pessoa por um período
de 2 meses;
iii. Prestação de contas à Diretoria Geral de Planejamento Coordenação e Finanças
(DGPCF) da correta aplicação do valor recebido em até 60 dias após o fim do termo de
compromisso ou após a liberação de cada parcela, ou, ainda, a critério da Comissão de
Aplicação dos Recursos da Prestação Pecuniária (COAPP) quando for liberado o recurso em
três ou mais parcelas;
iv. Inclusão de cláusula de permissão de livre acesso dos servidores e instituições
públicas interessadas no termo de compromisso a documentos e registros contábeis da pessoa
contratada nos casos de contratação de bens e serviços cujo objetivo é dar suporte à realização
das atividades da creche, “salvo quando o contrato obedecer a normas uniformes para todo e
qualquer contratante”2;
v. “Responsabilidade exclusiva pelo gerenciamento administrativo e financeiro dos
recursos recebidos, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio, de investimento e de
pessoal”3;

2
Minuta de Termo de Compromisso. Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em:
http://www1.tjrj.jus.br/gedcacheweb/default.aspx?GEDID=0003BB1CA4B93BBAB1CCD1D409364BB32374F
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3
Minuta de Termo de Compromisso. Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em:
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11
vi. “Responsabilidade exclusiva pelo pagamento dos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais relativos ao funcionamento da instituição e ao
adimplemento do termo”4;
vii. Permissão “aos servidores do Tribunal, com atribuição para tal, que tenham livre
acesso aos processos, documentos, informações e locais de execução do objeto”5
Por outro lado, o poder judiciário possui responsabilidades fiscalizatórias e de
acompanhamento, além de possuir o dever de informar alterações no cumprimento da
prestação pecuniária à creche.
Sobre alterações no termo de compromisso, prevê-se a possibilidade de rescisão de
comum acordo entre o poder judiciário e a creche ou, feita sozinha por um dos dois, desde que
haja notificação, por escrito e antecedência mínima de 60 dias. Caso isso não ocorra e haja
desistência de uma das partes que prejudique o desenvolvimento do projeto, pode haver
denúncia (recorre-se ao judiciário). Outras alterações pontuais no termo de compromisso
podem ocorrer a qualquer momento, desde que o poder judiciário e a creche concordem. Tais
alterações devem ser feitas por meio de termo aditivo ao termo de compromisso.
No caso de algum conflito surgir, a Minuta sugere a adoção do poder judiciário para
resolver o conflito. Com essa previsão, afasta-se a possibilidade de ir direto para um meio de
solução alternativa de disputa. Mas, dentro do judiciário, pode-se utilizar de um desses meios
alternativos, como exposto na seção anterior, na figura da mediação ou da conciliação
judiciais do CEJUSC. Caso a creche deseje continuar a parceria com o poder judiciário,
recomenda-se a adoção da mediação para solucionar amigavelmente o conflito e restaurar a
relação; se ela deseja um processo mais rápido e amigável de solução da controvérsia, pode-se
adotar a conciliação. Ambas serão marcadas por meio de audiência pelo juízo, após o início
do processo judicial.

8. VISITAS À CRECHE

8.1. Guia turístico

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Minuta de Termo de Compromisso. Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em:
http://www1.tjrj.jus.br/gedcacheweb/default.aspx?GEDID=0003BB1CA4B93BBAB1CCD1D409364BB32374F
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5
Minuta de Termo de Compromisso. Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em:
http://www1.tjrj.jus.br/gedcacheweb/default.aspx?GEDID=0003BB1CA4B93BBAB1CCD1D409364BB32374F
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A creche recebe visitas de turistas de maneira eventual. Essas atividades são
organizadas por um guia, que leva as pessoas para conhecê-la. Algumas dessas pessoas, ainda,
durante essa visita, acabam doando algum valor para contribuir com o trabalho feito na
creche.
Há um acordo verbal para que o guia leve os turistas para visitar a creche. Sem um
acordo escrito, algumas questões que podem surgir a partir dessa relação tem soluções mais
difíceis. Caso o guia de turismo pare de levar as pessoas à creche, possivelmente impactando
no recebimento de doações, será difícil obrigá-lo a continuar organizando as visitas apenas
com base no acordo legal.
O estabelecimento de um acordo escrito entre a creche e o guia turístico é uma forma
de dar maior segurança de que as visitas ocorrerão com alguma frequência e de que a creche
continuará recebendo renda e bens a partir de eventuais doações dos turistas. Nesse sentido,
pode-se estabelecer um termo de voluntariado entre a creche e o guia. O termo não obriga a
creche ao pagamento de qualquer valor ou bem, ou seja, ela não precisará gastar para fazer
esse acordo escrito. O guia, também, não precisará gastar para firmar esse acordo, ele apenas
prestará o compromisso escrito de que ele levará turistas, por exemplo, uma vez ao mês, para
conhecer a creche. Caso ele não queira prestar esse compromisso, por incerteza da
disponibilidade de turistas ou por outras questões, tudo bem, pode-se ficar apenas com o
acordo verbal. Mas, fazer um acordo escrito pode trazer uma certeza e uma segurança que é
boa para ambas as partes.

8.2. Doação de turistas

Sobre a doação de valores, é importante apontar que se elas forem de pequeno valor,
então, em regra, não há necessidade de um acordo escrito. Porém, caso algum problema surja
em relação a isso a comprovação de que a doação foi feita fica mais difícil. Nesse sentido, a
assinatura de um termo pelos turistas na hora da doação pode dar maior segurança à creche de
que a resolução de problemas futuros será mais fácil. Isso, contudo, não é obrigatório para
doações de pequeno valor. Mas, mesmo que não precise de acordo, ter algum registro de que o
valor foi recebido é positivo para essa finalidade.
Quando as doações forem de médio ou grande valor, é necessário que isso seja feito
por meio de um termo escrito. Sem ele, não há garantia de que o bem foi entregue, e o risco
de uma confusão sobre se a doação aconteceu ou não são maiores. Assim, é importante que,

13
nesses casos, a pessoa que está doando assine um termo afirmando a doação do respectivo
bem ou valor à creche. Um exemplar do termo encontra-se em anexo.
Mas afinal, o que é um valor pequeno? O judiciário não diz que há um valor máximo
para que a doação seja de determinado valor. Na maioria das decisões, é dito que isso depende
de cada caso, bem como do dinheiro total que possui o doador e aquele que o recebe.
Algumas poucas decisões dizem que doações acima de R$ 45.000,00 não são consideradas de
pequeno valor, devendo haver a assinatura de termo. Adotando esse valor como máximo, a
creche pode pedir que os doadores assinem o termo quando a doação, eventualmente,
ultrapassar esse valor. Se a creche quiser ter mais segurança, ela pode exigir a assinatura do
termo quando o valor passar da casa dos R$ 30.000,00; ou, se quiser ainda mais segurança, da
casa dos R$ 15.000,00.

8.3. Meios de resolução de disputas

Sem o termo de voluntariado com o guia ou sem o termo de doação, caso algum
problema surja, ele deverá ser resolvido no judiciário. No entanto, mesmo dentro do
judiciário, pode-se utilizar de meios alternativos para resolver a questão. Mas o que são esses
meios alternativos? Eles são espaços em que as pessoas podem achar soluções para os seus
conflitos de uma forma mais rápida e mais de acordo com a vontade delas. Assim, em alguns
desses espaços, pode-se até chegar a uma solução que seja benéfica para ambas as partes, ao
invés de uma pessoa sair ganhando e a outra perdendo.
A creche pode se utilizar desses espaços dentro do judiciário, por meio da conciliação
ou mediação judiciais, realizada perante o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e
Cidadania (CEJUSC), quando, após o começo de um processo que envolva a creche, seja
marcada uma audiência para mediar ou conciliar o conflito. A mediação será utilizada para
quando as pessoas em “conflito” já tiverem uma relação prévia à situação pontual disputada.
A conciliação, ao contrário, será usada quando essa relação não existir. Nessa perspectiva,
caso um conflito ocorra com uma turista que visita frequentemente a creche e doa, ou com o
próprio guia, pode-se utilizar da mediação para se chegar a uma solução amigável e reparar a
relação com ele. De outra forma, caso um conflito aconteça com um turista que só vai aquela
vez visitar e eventualmente doa algum valor, pode-se usar da conciliação para resolver a
questão de maneira mais rápida e amigável.
Por um outro lado, caso haja termo de voluntariado ou termo de doação no caso,
pode-se pular a parte do judiciário e ir diretamente para a mediação ou conciliação
14
pré-processuais também do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC),
porque há, nos termos, uma previsão de utilizar esses meios alternativos de disputa. Da
mesma forma, pode-se utilizar da mediação com o guia ou turistas frequentes; e a conciliação
para turistas pontuais.

9. PREFEITURA

10. INSTITUTO JOÃO FERRAZ

11. ISENÇÃO DE IMPOSTOS

Empresas que exploram atividades relacionadas à educação possuem benefícios


tributários. No entanto, a Obras Sociais Unidas do Santa Marta é uma entidade sem finalidade
lucrativa e, por isso, faz jus a isenção tributária, ou seja, não precisa pagar tributos. É
essencial saber da isenção e ter os dispositivos sobre ela registrados para se proteger de
possíveis cobranças indevidas.
Essa isenção está prevista na Constituição Federal, não podendo ser contrariada por
qualquer outra lei, já que ela está no topo do ordenamento jurídico brasileiro; caso isso ocorra,
a lei será considerada inconstitucional. Como se pode ver:

“Art. 150 da CRFB/88. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas


ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;” (grifos próprios)

Essas instituições são protegidas pelo seu papel de relevante interesse social, elas
buscam promover valores e direitos sociais e fundamentais. Como estipulado no art. 6º, caput,
da CRFB/88, a educação é um direito social, sendo um direito de todos e dever do Estado
promovê-la, de acordo com o art. 205 da CRFB/88.

15
Existe respaldo dessa isenção também na jurisprudência, como se pode ver na ementa
decisão do Supremo Tribunal Federal que segue:

EMENTA Seguridade social. Contribuições sociais. Entidade


beneficente de educação. Imunidade tributária. 1. As entidades que
prestam assistência social no campo da educação gozam da imunidade
tributária prevista no art. 195, § 7º, da CF/88. 2. Precedentes desta
Corte. 3. Agravo regimental não provido.
(RE 491538 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma,
julgado em 23/03/2011, DJe-108 DIVULG 06-06-2011 PUBLIC 07-
06-2011 EMENT VOL-02538-01 PP-00124)

Cabe ressaltar ainda, que para ser enquadrada como entidade sem fins lucrativos, a
instituição deve atender os requisitos previstos no §2º do art. 12 da Lei 9.532 de 1997. Esse
mesmo dispositivo define o que é entidade sem fins lucrativos, segue na íntegra para consulta:

“Art. 12. Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea "c", da
Constituição, considera-se imune a instituição de educação ou de
assistência social que preste os serviços para os quais houver sido
instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter
complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.
(...)
§ 2º Para o gozo da imunidade, as instituições a que se refere este
artigo, estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos:
a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços
prestados, exceto no caso de associações, fundações ou organizações
da sociedade civil, sem fins lucrativos, cujos dirigentes poderão ser
remunerados, desde que atuem efetivamente na gestão executiva e
desde que cumpridos os requisitos previstos nos arts. 3o e 16 da Lei no
9.790, de 23 de março de 1999, respeitados como limites máximos os
valores praticados pelo mercado na região correspondente à sua área
de atuação, devendo seu valor ser fixado pelo órgão de deliberação
superior da entidade, registrado em ata, com comunicação ao
Ministério Público, no caso das fundações;
b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e
desenvolvimento dos seus objetivos sociais;
c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros
revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data
da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e
a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer
outros atos ou operações que venham a modificar sua situação
patrimonial;
e) apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em
conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal;

16
f) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou
creditados e a contribuição para a seguridade social relativa aos
empregados, bem assim cumprir as obrigações acessórias daí
decorrentes;
g) assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que
atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de
incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou
a órgão público;
h) outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com
o funcionamento das entidades a que se refere este artigo.
§3° Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente
superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado
exercício, destine referido resultado, integralmente, à manutenção e ao
desenvolvimento dos seus objetivos sociais.”

Deve-se considerar diante dos dispositivos acima citados, portanto, a isenção de


cobrança do PIS/COFINS, do IRPJ (imposto de renda sobre a pessoa jurídica), o CSLL
(contribuição social sobre o lucro líquido). Esses que são tributos federais.
Já sobre a isenção do ISS, tributo municipal, temos na Lei nº 691 de 24/12/1984:

“Art. 3º Os impostos municipais não incidem sobre:


(...)
III - o patrimônio ou os serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores e das instituições
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 1.371, de 30.12.1988,
DOM Rio de Janeiro de 30.12.1988, com efeitos a partir de
01.01.1989)”

Essencial mencionar que caso a instituição ainda não esteja se utilizando do direito de
isenção do ISS, isso pode ser requisitado seguindo as instruções dispostas no site
“https://carioca.rio/servicos/iss-reconhecimento-de-isencao/” da prefeitura do Rio de Janeiro.

12. TERMOS DE DOAÇÕES

Realizar documentação sobre as doações recebidas pela creche é fundamental. O


termo de doação é um documento importante para organizar e documentar o quanto a obra
social recebe. Ele servirá como uma ferramenta de monitoramento e, com isso, poderá ser
feito um controle mensal e anual do quanto e com o que é possível contar para sua
manutenção.

17
Dessa forma será possível ter noção da média fixa em valores e em objetos recebidos
por meio de doação. Após isso, a creche poderá estabelecer quanto mais ela deveria ganhar de
ajuda do governo, para poder funcionar plenamente, sempre com o mínimo necessário para o
bem estar das crianças, dos funcionários e dos voluntários.
É importante destacar, ainda relacionado com o tópico anterior deste parecer, que
todas as doações realizada para a Obras Sociais Unidas do Santa Marta são isentas de
impostos, conforme determina a Lei nº 7.174 de 2015, como se pode ver a seguir:

“Das Isenções
Art. 8º Estão isentas do imposto:
XVIII - A transmissão causa mortis e a doação a fundações de direito
privado com sede no Estado do Rio de Janeiro, bem como a
associações de assistência social, saúde e educação, ou das que
mantenham atividades em ao menos um dos temas citados nos incisos
do artigo 3º da Lei 5.501 de Julho de 2009, independente de
certificação, inclusive as instituições sem finalidade econômica
financiadoras e daquelas dedicadas a constituição de fundos para
financiamento das instituições isentas ou de suas atividades.
(Inciso acrescentado pela Lei Estadual nº 7.786/2017)”

E a creche está sim abarcada por esse dispositivo, já que exerce a atividade prevista no
inciso III do art. 3º da Lei 5.501 de 2009, de educação gratuita. Sendo, por isso, qualificada
como organização da sociedade civil de interesse público.
A documentação deve ser realizada em todos os casos, tendo em vista que assim será
possível criar os demonstrativos que possibilitam a identificação da origem dos recursos para
a posterior aplicação, preservando a confiabilidade e credibilidade da entidade. O documento
para realizar isso é o Termo de Doação, nele constará a descrição e o valor do bem, os dados
do e do donatário (Creche que recebe o bem). O termo modelo segue em anexo (anexo
referente ao capítulo 7 - termo de doação).

13. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

O contrato de prestação de serviço feito para ser celebrado com o pedreiro para a obra
a ser realizada possui cláusulas para que haja uma maior facilidade e segurança na
contratação, sendo que também foi feito visando ser um contrato simples, porém que garanta
a segurança da creche e também do próprio pedreiro e sua equipe.

18
Anexado ao presente parecer, pode ser observado que é praticamente um contrato de
adesão devendo a Obras Sociais Unidas de Santa Marta e a equipe de construção preencher os
dados e informações relevantes. Destaca-se que alguns pontos foram deixados para que as
partes possam definir em conjunto, da forma que for melhor para ambas, cabendo apenas a
creche e ao pedreiro definirem elas.
Nesse sentido, observe o Anexo em que consta o contrato de prestação de serviços.

14. ANEXOS

14.1. Anexo 1 - Política de Privacidade

19
20
21
22
23
24
25
26
14.2. Anexo 2 - …
ANEXO [2 - VERÔNICA]

ANEXO [3 - VERÔNICA]
14.3. Anexo 3 - …

14.4. Anexo 4 - Termo de Doação

TERMO DE DOAÇÃO

Pelo presente instrumento, ________________________________, residente à Avenida/Rua


_____________________________________________, n° ________, bairro
________________________, cidade _______________________________, CEP.
_____________________, inscrito (a) no CPF sob o n° _________________________,
portador(a) do RG n° ___________________________, doravante denominado DOADOR,
neste ato, doa sem encargos a Obras Sociais Unidas do Santa Marta, doravante denominada
DONATÁRIA, inscrita no CNPJ sob o nº 29.259.850/0001-90, com endereço a Beco Do
Jabuti, nº 9, Morro de Santa Marta – Botafogo, cidade do Rio de Janeiro, estado do Rio de
Janeiro, nos seguintes termos.

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

O objeto do presente Termo é a DOAÇÃO em favor da DONATÁRIA, com a finalidade de


suporte nas atividades de ensino, alimentação, lazer e saúde empreendidas pela creche, dos
bens abaixo relacionados:
(Descrição do objeto) _________________________________________________________
Marca _______________________________ N° de série ___________________________
Valor ________________________________
Nota Fiscal n° ___________________ emitida em ________________________
(não havendo nota fiscal de compra declarar valor de mercado)

CLÁUSULA SEGUNDA - DAS RESPONSABILIDADES

O DOADOR concorda em dispor dos bens constantes na Cláusula Primeira do Presente


Termo com total liberalidade, não existindo nenhuma obrigação por parte da DONATÁRIA
resultante da DOAÇÃO. O DOADOR não se responsabiliza, em hipótese alguma,
substituição e manutenção ou reparo dos equipamentos, que passarão à propriedade exclusiva
da DONATÁRIA com a assinatura do respectivo termo. Concretizada a incorporação do(s)
bem(ns), o DOADOR também não se responsabilizará pela depreciação, deterioração dos
equipamentos, nem responderá por danos que eventualmente venham a causar a terceiros.

CLÁUSULA TERCEIRA - DA RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS

27
As controvérsias acerca da execução deste Termo deverão ser, preferencialmente, resolvidas
de forma consensual entre doador e donatário, seguindo o seguinte:
PARÁGRAFO UM: As partes livremente convencionam que qualquer controvérsia oriunda
deste termo deverá ser amigavelmente solucionada através da conciliação pré-processual, a
ser realizada de modo físico perante o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania
(CEJUSC), a requerimento de pedido de instauração realizado no sítio eletrônico do Tribunal
de Justiça ou pessoalmente nos CEJUSC’s.
PARÁGRAO DOIS: De maneira complementar, a competência para dirimir controvérsias
que venham a surgir acerca do presente Termo, não solucionadas na forma do parágrafo
anterior, é do Foro da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, com exclusão de
qualquer outro, por mais privilegiado que seja ou venha a se tornar.
E, por estarem concordes, firmam as partes este presente instrumento em duas vias de igual
teor e forma, na presença das testemunhas abaixo.

___________________________ de ________________ de ______.

Nome:
DOADOR

Nome da Representante da Obras Sociais Unidas do Santa Marta:


DONATÁRIA

TESTEMUNHAS:
1- Nome: ___________________________________________________________________
CPF: ________________
Ass.: ______________________
2- Nome: ___________________________________________________________________
CPF: ________________
Ass.: ______________________

14.5. Anexo 5 - Termo de Adesão ao Trabalho Voluntário

TERMO DE ADESÃO AO TRABALHO VOLUNTÁRIO

DADOS DO VOLUNTÁRIO:
NOME:____________________________________________________________________
DATA DE NASCIMENTO: ____/____/____
RG: ______________________________ CPF: _________________________________

28
ENDEREÇO: ________________________________________________ Nº _______
BAIRRO: ______________ MUNICÍPIO: _____________________________ U.E.:
__________ CEP: _________ - ______
TELEFONE RESIDENCIAL: ___________________________ CELULAR:
____________________________________
E-MAIL: ___________________________________________________________________

Considerando que:

(i) a instituição Obras Sociais Unidas do Santa Marta, inscrita no CNPJ sob o nº
29.259.850/0001-90, com endereço a Beco Do Jabuti, nº 9, Morro de Santa Marta –
Botafogo, cidade do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro;

(ii) a instituição Obras Sociais Unidas do Santa Marta realiza atividades escolares, possuindo
objetivos educacionais, depende de doações para a sua manutenção e desenvolvimento e
recebe suporte de trabalho voluntário com a finalidade de divulgar e captar recursos para o
seu trabalho e;

(iii) o VOLUNTÁRIO tem interesse em auxiliar o trabalho da creche, desenvolvendo


atividades de voluntariado, nos termos da Lei nº 9.608, de 18/02/98;

Pelo presente instrumento, o VOLUNTÁRIO declara estar ciente da legislação específica


sobre o serviço voluntário e de acordo com os termos e condições do presente TERMO DE
ADESÃO AO TRABALHO VOLUNTÁRIO (“Termo de Adesão”), conforme segue:

1. O presente Termo de Adesão destina-se a constituir um vínculo de trabalho voluntário


entre o VOLUNTÁRIO e a instituição Obras Sociais Unidas do Santa Marta. O trabalho é
desenvolvido a título gratuito, não se caracterizando como remunerado e não sendo devida
nenhuma contraprestação ao VOLUNTÁRIO.

2. No trabalho desenvolvido não há vínculo empregatício, nem se gera obrigações trabalhistas


ou previdenciárias entre o VOLUNTÁRIO e a instituição Obras Sociais Unidas do Santa
Marta.

3. A atividade desenvolvida pelo VOLUNTÁRIO consiste na recepção e acompanhamento de


turistas e apresentação da creche a eles, realizada __ (__) vez(es) ao mês, durante o horário
das __h às __h. Não há controle de frequência da atividade ou exigência de aviso prévio de
sua descontinuidade. A instituição Obras Sociais Unidas do Santa Marta se compromete em
assegurar as condições adequadas para o desenvolvimento das atividades pelo
VOLUNTÁRIO. Além disso, a instituição Obras Sociais Unidas do Santa Marta poderá
fornecer documento comprobatório da realização das atividades pelo VOLUNTÁRIO, a
requerimento deste.

29
4. O VOLUNTÁRIO se compromete a participar e cumprir a atividade conforme dispõe a
Portaria 37/2021 do Ministério do Turismo disponibilizados no endereço eletrônico
<https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-mtur-n-37-de-11-de-novembro-de-2021-35943631
4>, obedecendo às políticas e normas internas da instituição Obras Sociais Unidas do Santa
Marta, as quais declara ter lido e entendido, responsabilizando-se pelo seu cumprimento.

5. É de responsabilidade exclusiva do VOLUNTÁRIO qualquer dano ou prejuízo que venha a


causar à instituição Obras Sociais Unidas do Santa Marta, ou a terceiros, por conta da
inobservância das referidas normas. Os danos causados a bens pertencentes à instituição
Obras Sociais Unidas do Santa Marta deverão ser restituídos em sua integralidade.

6. O VOLUNTÁRIO isenta a instituição Obras Sociais Unidas do Santa Marta de


responsabilidade por danos que ocorram no desempenho da atividade de voluntariado.

7. O VOLUNTÁRIO autoriza, de maneira gratuita, a utilização da sua imagem pela


instituição Obras Sociais Unidas do Santa Marta, para divulgação dos trabalhos
desenvolvidos pelo guia na creche. A divulgação poderá ocorrer tanto em âmbito nacional
quanto internacional, por qualquer meio de comunicação, digital ou físico, e sem limite de
tempo ou número de utilizações.

8. O presente Termo de Adesão passa a produzir seus efeitos na data de sua assinatura e
permanecerá vigente por prazo de __ (__) ano(s), podendo ser prorrogado indefinidamente, a
partir de manifestação das partes ou de sua ausência, a qual será tida como prorrogação tácita
do presente termo. O Termo de Adesão, ainda, poderá ser revisto a qualquer momento,
mediante concordância das partes.

9. Qualquer das partes poderá cancelar o presente Termo de Adesão com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias.

10. As partes livremente convencionam que qualquer controvérsia oriunda deste termo deverá
ser amigavelmente solucionada através da conciliação pré-processual, a ser realizada de
modo físico perante o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), a
requerimento de pedido de instauração realizado no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça ou
pessoalmente nos CEJUSC’s.

11. De maneira complementar, a competência para dirimir controvérsias que venham a surgir
acerca do presente Termo, não solucionadas na forma do parágrafo anterior, é do Foro da
Subseção do Rio de Janeiro da Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, com exclusão
de qualquer outro, por mais privilegiado que seja ou venha a se tornar.

E, por estarem concordes, firmam as partes este presente instrumento em duas vias de igual
teor e forma, na presença das testemunhas abaixo.

_________________ de ___________________ de ___________

30
____________________ ____________________
OBRAS SOCIAIS UNIDAS VOLUNTÁRIO
DO SANTA MARTA

____________________ ____________________
TESTEMUNHA TESTEMUNHA

___________________________________________________________________________
_______________
LEI Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998
Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada
prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de
fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos,
recreativos ou de assistência à pessoa. (Redação dada pela Lei nº 13.297, de 2016)
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de
natureza trabalhista previdenciária ou afim.
Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a
entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o
objeto e as condições de seu exercício.
Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que
comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias.
Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas
pela entidade a que for prestado o serviço voluntário.
Art. 3o-A. (Revogado pela Lei nº 11.692, de 2008)
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Paulo Paiva
___________________________________________________________________________
_______________

14.6. Anexo 6 - Código de Conduta

31
14.7. Anexo 7 - Termo de Doação

TERMO DE DOAÇÃO

Pelo presente instrumento particular de DOAÇÃO, de um lado_______________________


(nome), ________________ (estado civil), inscrita no RG nº ___________________, e CPF
ou CNPJ nº______________________, residente na______________________________ e,
de outro lado, Obras Sociais Unidas do Santa Marta, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ nº 29.259.850/0001-90, situada no Beco Do Jabuti, nº 9/Morro de Santa
Marta – Botafogo, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 22230-090, têm entre si, como justo e acertado o
que segue:

1. O primeiro qualificado, denominado simplesmente DOADOR, declara que é legítimo


possuidor dos seguintes bens:

Nº Descrição do bem Quantidad Valor Valor Nº Nota


e Unitário total (R$) Fiscal
(R$)

Obs.: não havendo nota fiscal de compra declarar valor de mercado

2. O DOADOR, por sua livre e espontânea vontade, a título gratuito, sem quaisquer
condições ou encargos, faz DOAÇÃO dos bens descrito acima ao DONATÁRIO (segundo
qualificado), no valor de R$_______________, transferindo-lhe irrevogavelmente toda posse,
jus, ação e domínio que exercia sobre o referido imóvel.

2.1. Se o DOADOR for casado ou viver em relação de união estável, o cônjuge do doador
deverá, necessariamente, ser parte integrante do contrato, a fim de comprovar seu
consentimento.

32
3. O DONATÁRIO declara que aceita o imóvel doado pelo DOADOR, livre de qualquer
condição, conforme estipulado no presente contrato.

4. Todas as controvérsias originadas ou em conexão com o presente termo serão objeto de


conciliação pré-processual no Centro Permanente de Conciliação dos Juizados Especiais
Cíveis da Comarca da Capital.

E, assim, como justos e contratados, assinam o presente instrumento particular de DOAÇÃO,


em duas vias de igual teor, na presença de testemunhas que a tudo assistiram.

Rio de Janeiro, ____ de _____________ de _____.

DOADOR: ____________________

CÔNJUGE DO DOADOR: _________________

DONATÁRIO: _____________________
(representante da Obras Sociais Unidas do Santa Marta)

TESTEMUNHAS: ________________________

14.8. Anexo 8 - Contrato de Prestação de Serviços

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


I. PARTES

1. CONTRATANTE:______________________________________(razão social),
________________(nome fantasia), CNPJ nº_______, com sitiado em__________________,
__________________ (bairro), CEP:_____________,________________________
(Cidade/UF), com o seguinte endereço eletrônico_____________.

2. CONTRATADO:__________________________ (nome completo), data de


nascimento, inscrito sob o RG de nº___________ e sob o CPF de nº______________,
________________________ (nacionalidade), _________________ (profissão),
______________________ (estado civil), expedida por___________(órgão que consta no
documento, por exemplo o DETRAN), com endereço em _____________________,
__________________(bairro), CEP: __________________________, (Cidade/UF), com o
seguinte endereço eletrônico_____________.

33
3. A CONTRATANTE e a CONTRATADA decidem, na melhor forma de direito,
celebrar o presente CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, que será regido nos
termos das cláusulas e condições dispostas a seguir.

II. CLÁUSULA 1: OBJETO

4. A parte CONTRATADA, por meio deste contrato se compromete a ora prestação de


serviços tendo por objeto ________________________ (definir se os serviço vão além da
realização de obra de pedreiro, por exemplo parte de fiação elétrica) a parte CONTRATADA,
nos termos do presente contrato.

5. A CONTRATADA exercerá a prestação de seus serviços seguindo carga horária de


_______________ nos dias ______________, se atendo a relação de subordinação ao
CONTRATANTE. (Colocar no contrato se deseja definir como o trabalho do responsável pela
obra será realizado).

6. A CONTRATADA exercerá a prestação de seus serviços com autonomia, liberdade de


horário, sem pessoalidade e/ou sem qualquer relação de subordinação ao CONTRATANTE.
(Colocar no contrato se deseja dar maior liberdade ao responsável pela obra).

III. CLÁUSULA 2: PRAZO

7. É fixado no presente contrato o prazo de _______________, (observar o art. 598 do


Código Civil que estabelece o prazo máximo de 4 anos), contados a partir de seu início em
______________, com vigência até a finalização da prestação de serviços. Determinando,
ainda, que as partes não estarão isentas de qualquer compromisso ético firmado, mesmo após
a sua invalidação.

8. A CONTRATADA incide em obrigação de observar os prazos fixados no contrato,


sendo de sua integral responsabilidade comunicar a inviabilidade do cumprimento da
presente prestação de serviços, desde que justifique a inviabilidade e informe um novo prazo
de previsão.

IV. CLÁUSULA 3: OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE

9. Informar à CONTRATADA todas as informações necessárias para a prestação de


serviços, especificando os detalhes necessários e a forma por meio de que ocorrerá a
execução da prestação do serviço.

10. Adimplemento com o pagamento à CONTRATADA, nos termos do contrato, nas


datas especificadas, sob pena de acréscimos de multa e juros no caso de inadimplemento.

11. Disponibilizar e fornecer os materiais e ___________ (equipamentos, caso pretendam


dar ou emprestar equipamentos) que serão utilizados para a prestação do serviço.

34
12. Comunicar sobre eventuais reclamações que possam surgir quanto aos seus
subordinados, bem como quanto a possíveis danos que podem ter sido causados por eles.

13. Arcar com qualquer despesa ou obrigação que tenham cunho tributário que sejam de
suas responsabilidades relacionadas aos serviços especificados, conforme a legislação vigente
prevê.

V. CLÁUSULA 3: OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO

14. Prestar todos os serviços que foram contratados pelo CONTRATANTE, conforme as
especificações e prazos previstos no contrato.

15. Respeitar todas as legislações em suas especificações técnicas, normas e condições de


segurança aplicáveis aos serviços contratados.

16. Fornecer notas ou cupons fiscais comprovando o pagamento feitos por parte da
CONTRATANTE.

17. Responsabilidade por qualquer dano seja causado por seus subordinados, atos e/ou
omissões praticados, ao CONTRATANTE ou a terceiros.

18. As informações, dados, materiais e documentos da CONTRATANTE ou aos clientes


que forem necessários para a prestação do serviço serão utilizadas pela CONTRATADA e por
seus funcionários apenas para o devido cumprimento do serviço prestado. Assim, fica
VEDADA a comercialização ou utilização das informações, dados, materiais e documentos
da CONTRATANTE pela CONTRATADA para qualquer outro fim que não seja o previsto
nesse contrato.

19. Responsabilidade acerca de ônus de origem trabalhista ou tributário referente aos


funcionários que foram contratados para a prestação do serviço, conforme a legislação
vigente. Assim, fica isenta de qualquer responsabilidade dessa natureza quanto aos
funcionários da CONTRATADA a CONTRATANTE.

VI. CLÁUSULA 5: DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

20. Os serviços serão contados com início em __________ (colocar data), devendo ser
cumpridos conforme as especificações que se seguem e do contrato.

21. Em caso de impossibilidade da prestação de serviços por motivo de força maior ou


caso fortuito (por exemplo, eventos como a pandemia), o CONTRATADO poderá devolver o
valor que foi pago, ressalvados os casos em que o serviço que já teve sua prestação iniciada,
cabendo, em qualquer desses casos, negociar novos termos ao presente contrato para sua
viabilidade.

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VII. CLÁUSULA 6: PAGAMENTO

22. O valor que deverá ser pago para a prestação de serviços é de R$ _____________
(valor), _____________________ (valor por extenso) que deverá ser pago até
_________________ (data).

23. Em caso de atraso no pagamento superior a 30 dias, então deverá ser pago uma multa
no valor de __________________ (definir valor), além dos juros mensais no valor de 1%
(um por cento) e correção monetária, em relação a parcela que seria adimplida.

24. O valor poderá ser pago à vista ou em parcelas de R$ _______________(valor por


extenso), em _____________ vezes, sendo aceito como forma de pagamento dinheiro, cartão
de crédito, cartão de débito, pix, _____________ (outras formas que acordarem)..

VIII. CLÁUSULA 7: RESCISÃO CONTRATUAL

25. Ocorrendo o descumprimento de qualquer cláusula firmada no presente contrato, por


qualquer uma das partes, haverá a imediata rescisão do contrato. Caso em que a parte
CONTRATADA não poderá se isentar das suas responsabilidades quanto a prudência, sigilo e
cuidado com as informações do CONTRATANTE.

26. Em caso de descumprimento do presente contrato, caberá uma multa de


__________________% (indicar porcentagem acordada) sobre o valor total do contrato
firmado entre as partes.

27. A devolução dos valores já pagos pelo CONTRATADO é obrigatória na hipótese de


rescisão com justa causa pela parte do CONTRATANTE. Porém, ocorrendo rescisão, por
qualquer uma das partes, ainda assim o CONTRATANTE deverá efetuar o pagamento dos
valores já vencidos.

28. Ocorrendo rescisão sem justa causa ao CONTRATADO, este adquire direito de ser
adimplido acerca do valor relativo aos pagamentos já vencidos e de perdas e danos.

29. Destaca-se que a rescisão contratual pode ser realizada por qualquer uma das partes,
sem qualquer necessária justificativa desde que seja respeitado o prazo mínimo de
_____________________ dias em que as parcelas referentes aos serviços já prestados
deverão ser pagos, ou, os serviços deverão ser prestados e finalizados, nos caso em que já
houve o pagamento.

CLÁUSULA 8 – EXTINÇÃO CONTRATUAL

30. O contrato será extinto na incidência das seguintes hipóteses:


a) Morte da pessoa física ou, em caso de pessoa jurídica, a sua extinção;

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b) Conclusão da prestação do serviço;
c) Rescisão contratual em caso de inadimplemento ou em caso de impossibilidade de
continuação do contrato decorrente de caso fortuito ou força maior;

31. Havendo a extinção do contrato, fica como obrigatória uma declaração do


CONTRATANTE determinando que o contrato foi finalizado e extinto.

CLÁUSULA 9: FORO

32. As partes elegem o foro do __________________ () sitiado na _________


(Cidade/UF) para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do contrato de prestação de
serviços.

33. E, assim, em justo acordo, a CONTRATANTE e a CONTRATADA assinam o


presente contrato em duas vias com forma e teor idênticos, estando presentes duas
testemunhas.

_____________________(Local, cidade no caso), ______(dia) de _____________(mês) de


________(ano).

___________________________________________________
Nome e assinatura do CONTRATANTE

______________________________________________________
Nome e assinatura do CONTRATADO

______________________________________________________
Nome completo da Testemunha 1
RG nº

______________________________________________________
Nome completo da Testemunha 2
RG nº

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