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01/05/2015 DefesaNet 

­ Doutrina Militar ­ GUERRA HÍBRIDA – Breve Ensaio.

GUERRA HÍBRIDA – Breve Ensaio.

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Criméia, Março 2014. Pretensos rebeldes, mas pelo armamento e fardamento acredita­se que sejam
forças militares russas operando. Uma característica da Guerra Híbrida; Quem afinal está Lutando?

A possibilidade do conflito contínuo com combates pouco definidos no tempo e no espaço,
disputado  em  diferentes  níveis  por  um  conjunto  de  forças  nacionais  e  subnacionais  indica
que é provável que... a guerra... passe de uma divisão nítida a categorias indistintas.
                                                               Michael Evans. From Kadesh to Kandahar
Naval War College Review, summer, 2003.

                                     Frederico Aranha
Advogado e Historiador  
aranha.frederico@gmail.com
 
Roger  Trinquier,  Coronel  do  Exército  Francês  (originalmente  um  Colonial  –  Infantaria  da
Marinha  Francesa)  foi  um  notável  operador  de  guerra  irregular.  Em  1953,  o
MajorTrinquier  era  o  responsável  por  todas  as  operações  atrás  das  linhas  inimigas  na
Indochina. Comandava mais de 20.000 nativos e regulares franceses do GMI (Groupement
Mixte d’Intervention), engajados em guerra sem quartel às forças comunistas num teatro de
operações de milhares de quilômetros quadrados de território inimigo.

Após  o  desastre  de  Dien  Bien  Phu,  a  Convenção  de  Genebra  selou  o  fim  da  formidável
operação.  Proibia à França suprir as forças partisan que  permaneciam  de  qualquer  modo
lutando contra as forças comunistas no norte.

No relatório final, Trinquier, amargurado, lamenta a sorte da sua gente: A total supressão do
apoio  logístico  ...  resultará  na  progressiva  liquidação  dos  nossos  elementos  (infiltrados).
Não  há  a  menor  esperança  dos  líderes  do  nosso  maquis  escaparem  da  “clemência”  do

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Presidente  Ho  Chi  Minh.  Após  uma  estada  na  França  no  Centro  de  Paraquedismo  do
Exército é promovido a Tenente Coronel e transferido para a 10ª Divisão de Paraquedistas,
na Argélia, assumindo a área de inteligência da unidade.

O alto comando francês ordenou à Divisão que ocupasse Argel com a missão de limpar a
cidade  dos  terroristas  que  infernizavam  a  vida  dos  cidadãos  e  desestabilizavam  a
autoridade,  praticando  atentados  com  bombas,  assassinatos  seletivos,  sequestros  e
extorsão.  Trinquier  planeja,  organiza  e  opera  o  desmantelamento  de  toda  a  estrutura  da
FLN (Front Nationale de Libération) na cidade, mediante o emprego (também) de métodos
não convencionais de investigação e operação policial (entre eles tortura e ações de caça e
extermínio).

Essa operação ficou plasmada em relatórios, estudos acadêmicos e militares, livros e filmes
como A Batalha de Argel. Apesar do amplo sucesso da ofensiva, erradicando o problema, o
destino da Argélia já estava traçado. De Gaulle apenas bateu o martelo da independência
da  colônia.    Com  base  na  sua  intensa  experiência  de  guerra  irregular,  identificou  uma
dicotomia  entre  a  guerra  praticada  até  a  IIª  GM,  a  que  chamou  deguerre  traditionale,  e  a
surgida  posteriormente  –  guerra  subversiva  ou  guerra  revolucionária  –  a  que
denominou guerre moderne.

Explica: (...) Difere (esta) fundamentalmente da guerra do passado, pois a vitória não resulta
do  choque  de  dois  exércitos  no  campo  de  batalha.  Essa  confrontação,  que  em  tempos
passados ocasionava a aniquilação do exército inimigo em uma ou mais batalhas, não mais
subsiste.  A  guerra  é  agora  um  sistema  articulado  de  ações  –  política,  econômica,
psicológica,  militar  –  que  visa  a  derrubada  da  autoridade  estabelecida  no  país  e  sua
substituição  por  outro  regime.  Conhecia  como  ninguém  a  doutrina  revolucionária  de  Mao
Tse Tung,  pois  não  só  lutara  contra  os  adeptos  dela  como  até  a  adotara  no  comando  de
forças irregulares. Pode­se dizer que praticou embrionariamente a chamada Guerra Híbrida.
        
Outro  inovador,  o  teórico  militar  israelense  Martin  van  Creveld  prognosticou  nos  idos  de
1980  que  o  conflito  convencional  entre  forças  regulares  de  Nações­Estado  declinaria  em
freqüência  ao  passo  que  conflitos  de  baixa  intensidade,  levados  a  cabo  por  guerrilhas,
milícias  religiosas,  grupos  terroristas  e  pelo  crime  organizado  cresceriam  de  forma
exponencial no mundo em desenvolvimento.

Suas  previsões  materializaram­se  nas  últimas  décadas,  resultando  num  desafio  direto  à
ortodoxia  dos  sistemas  militares  ocidentais  fundados  no  pensamento  de  Clausewitz.
Saliente­se que o mestre prussiano passou ao largo das Guerras Medievais ao formular sua
doutrina.  Considerou  que  foram  conflitos  de  Não­Estados  caracterizados  pela  participação
de  exércitos  de  senhores  da  guerra,  de  facções  religiosas,  mercenários  e  de  bandos  de
criminosos,  ausentes,  portanto,  o  Estado  e  exércitos  nacionais.  Na  visão  ortodoxa
de  Clausewitz  o  exame  dessas  guerras  não  tinha  lugar  reservado  nas  grandes  questões
que  sobressaltavam  e  afligiam  estadistas  e  estrategistas  na  era  pós­Napoleão  Bonaparte,
período  conturbado  de  transição  da  história  política  e  militar  universal.  De  fato,  a  Idade
Média  presenciou,  levando  em  conta  os  degraus  históricos  que  os  separam,  conflitos
manifestamente assemelhados aos do cotidiano de hoje em dia.
             
São  incontáveis  as  interpretações  de  especialistas  buscando  caracterizar  a  cognominada
Guerra  Híbrida:  Nathan  Freier  do  CSIS  (Center  for  Strategic  and  International  Studies),
supostamente criador do termo, resume a Guerra Híbrida em quatros ameaças:

(1) tradicional ou convencional;
(2) irregular;
(3) terrorismo catastrófico e,
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(4)  caos.–  proporcionando  campo  aos  ativistas  para  explorar  a  melhor  tecnologia  visando
contra atacar a superioridade militar.

O Tenente Coronel David Kilcullen (Australian Army, Ret.), conselheiro do Departamento de
Defesa  Americano  e  assessor  do  Gen.  David  Petraus,  antigo  Comandante  Supremo  no
Iraque  e  no  Afeganistão,  classifica  “Guerra  Híbrida”  como  a  melhor  definição  para  os
conflitos  modernos,  abrangendo  uma  combinação  de  guerra  irregular,  terrorismo  e  crime
organizado para alcançar objetivos políticos.

Amanda  Paul,  jornalista  investigativa  turca  de  nomeada,  afirma  que  a  operação  de
ocupação  e  anexação  da  Criméia  é  o  mais  recente  exemplo  de  Guerra  Híbrida:
(...)Começou  com  a  presença  em  Fevereiro  de  2014  dos  ‘little  green  men’  na  península,
homens fortemente armados sem insígnia e identificação. Espraiaram­se e tomaram pontos
chave da infraestrutura, pavimentando o caminho para a separação da Criméia. Na ocasião,
Putin, questionado, insistiu que se tratava de ‘forças de autodefesa locais’. Mais tarde, após
a anexação, admitiu que tropas russas estavam envolvidas na operação. A expressão  little
green  men  é  um  eufemismo  de  active  intelligenceempregada  pelos  soviéticos  para
abertamente  cognominar  grupo  de  irregulares  (na  verdade  regulares)  comandados  e
patrocinados secretamente pelo Estado.

O primeiro registro do termo se encontra em memorando de Stalin a Molotov datado de 07
de outubro de 1929, se referindo aos grupos armados de tropas soviéticas sem identificação
infiltrados  na  Manchúria  para  combater  e  eliminar  as  milícias  dos  Senhores  de  Guerra
chineses ao longo do eixo da Estrada de Ferro Chinesa do Leste, que a União Soviética por
fim  passou  a  controlar  (Letters  Stalin  Molotov.  1925  ­  1936.  Collection  of  Documents.  M.,
"Young Russia", 1995, str.167­168).

Ao  examinarmos  essas  e  outras  definições  e  evidências,  verificamos  que  todas  têm  em
comum  a  mesma  raiz:  o  conflito  descentralizado,  disperso  (mas  capaz  de  se  concentrar
rapidamente),  caótico  e,  aparentemente,  sem  um  objetivo  estratégico  convencional.  Na
verdade,  a  Guerra  Híbrida  não  pode  ser  entendida  e  explicada  à  luz  dos  pensamentos
político e militar ortodoxos.            
 
O  país  mais  sensível  às  profundas  alterações  da  estratégia  conservadora  é  os  EEUU.  De
acordo  com  o  manual  National  Defense  Strategy,  melhorar  a  capacidade  das  forças
armadas dos Estados Unidos em guerra irregular é a prioridade máxima do departamento
de  Defesa.  Em  artigo  na  Foreign  Affairs,  o  antigo  Secretário  de  Defesa  americanoRobert
Gates  declarou  enfaticamente  que  era  hora  de  fomentar  algumpensamento  não
convencional no Pentágono.  
       
Mas,  afinal,  o  que  é  a  Guerra  Híbrida?  Pode­se  cogitar  de  um  conflito  no  qual  os  atores,
Estado ou Não­Estado, exploram todos os modos de guerra simultaneamente, empregando
armas  convencionais  avançadas,  táticas  irregulares,  tecnologias  agressivas,  terrorismo  e
criminalidade visando desestabilizar a ordem vigente.

Essas  atividades  multimodais  podem  se  realizar  por  meio  de  unidades  operacionais
separadas embora capazes de serem dirigidas e coordenadas de forma operacional e tática
no  âmbito  da  batalha  principal,  de  forma  a  obter  efeitos  sinergéticos  na  dimensão  física  e
dimensão psicológica do conflito. Sem embargo, o Coronel Frank G. Hoffman(USMC, Ret.),
formulador da teoria da Guerra Híbrida, admite que a guerra híbrida não significa a derrota
ou substituição da guerra antiga ou guerra convencional pela nova. Ainda assim, representa
um fator embaraçoso para o planejamento da defesa no século 21. 

Enfatiza  que  ocombate  futuro  premiará  as  forças  versáteis,  ágeis,  adaptáveis  e  de  mente
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expedicionária.  Se  refere,  sem  dúvida  a  tropas  de  elite,  forças  especiais  e  congêneres,
unidades vistas com reserva por militares conservadores, o grosso dos altos comandos no
mundo ocidental. A guerra ainda significa aplicar a força cinética, não importa o apelido que
se lhe dê e o meio que se emprega.
         
A mais recente doutrina naval estadunidense reflete a visão de futuro do comando do Corpo
de Fuzileiros Navais, do Chefe das Operações Navais e do comandante da Guarda Costeira
a respeito: Os  conflitos  se  caracterizam  cada  vez  mais  por  uma  mescla  híbrida  de  táticas
tradicionais  e  irregulares,  planejamento  e  execução  descentralizados  e  agentes  que  são
Não­Estado e que utilizam tecnologias simples e as sofisticadas de forma inédita.

A  Guerra  Híbrida  pode  ser  uma  variação  moderna  do  que  se  chamou  guerra  composta–
começa  com  uma  força  regular  e  aumenta  sua  capacidade  operacional  agregando
atividades irregulares ou vice­versa. Na Guerra da Península Ibérica Wellingtonexpulsou os
franceses da Espanha conduzindo uma luta convencional contra os marechais de Napoleão
enquanto  empregava  as  guerrilhas  espanholas  em  ataques  à  retaguarda  francesa.  O
Marechal de Campo Allenby operou de igual forma na Palestina contra os turcos na Grande
Guerra, lançando um amplo assalto frontal de armas combinadas ao mesmo tempo em que
irregulares  beduínos  e  árabes,  sob  o  comando  de  Lawrence  da  Arábia,  infiltravam­se  nas
linhas  interiores  turcas,  interrompendo  comunicações  e  linhas  de  abastecimento  e
destruindo a infraestrutura.
       
Mao Tse Thung foi o primeiro a entender a alternância entre técnicas de guerra regular e as
de guerra irregular. O líder chinês deduziu a teoria original da guerra revolucionária como o
emprego  de  um  misto  de  técnicas  de  guerra.  Estabeleceu  que  a  guerra  revolucionária  é,
antes de mais nada, política, não militar, e que a primeira fase do conflito sempre envolve
técnicas de guerra irregular. Não obstante, a vitória só será alcançada por meio do combate
regular  com  forças  convencionais.  Destarte,  sem  cunhar  o  termo,  o  conceito  da  Guerra
Híbrida  nascia.  Ho  Cho  Min  empregou­a  com  sucesso  contra  japoneses,  franceses,
vietnamitas do sul e norte­americanos.
        
O plano operacional da Guerra Híbrida de que tratamos, inicia com a guerra irregular – as
forças  irregulares  aumentam  sua  capacidade  com  armas  convencionais.  O  termo  em  si
captura a essência do problema ao definir sua organização e meios. Como já se viu neste
século, essa situação cria um novo nível de ferocidade, combinando o fanatismo da guerra
irregular com a capacidade militar convencional. Um bom exemplo é o Hezbolah na sua luta
contra o Estado de Israel, acionando forças regulares as quais acresce grupos irregulares
aptos  a  operar  armas  sofisticadas  e  atuando  de  forma  independente  com  comando
descentralizado.

Cenário Operacional Típico da Guerra Híbrida. Iraque 2015.

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Milicianos do Hezbolah em jipes Safir iranianos equipados   com lança­foguetes,
deslocando­se para Tikrit

Lança­foguetes iraniano de 122 mm; a viatura é um Humwee americano cedido
ao Hezbolah pelo Iraque.

Pode  ocorrer  também  quando  uma  Nação­Estado  converte  suas  formações  regulares  em
combatentes irregulares como fez Saddam com seus fedayens em 2003. Exemplo marcante
é o das forças regulares chechenas do antigo Exército Soviético transformadas em facções
irregulares independentes, agindo em pequenas unidades e impondo derrotas contundentes
ao Exército Russo.
        
Ron Tira, do Jaffa Center de Israel, observa que os atores híbridos são geralmente imunes
à  aplicação  da  força  convencional,  como  o  fazem  os  EEUU  e  Israel: empregar  o  conceito
Schock and Awe e o método operacional de resultados contra uma organização guerrilheira
do tipo Hezbolah, usando força alheia às circunstâncias, aos fatos e à natureza da guerra, é
como tentar quebrar os ossos de uma ameba.
        
É, talvez, a assimetria moral o maior diferencial no campo de operações da Guerra Híbrida.
Insurgentes  taliban,  iraquianos  e  soldados  do  Hezbolah,  entre  tantos  outros  irregulares,
lutam,  de  um  modo  geral,  por  sua  terra,  sua  religião  e  sua  família,  e  mostram  uma
determinação de assumir ações de risco e morrer, o que tem alta significação tática. 
        
O  que  parece  perdido  neste  e  em  outros  debates  em  que  há  empenho  constante  para
reinventar princípios e teorias de guerra é o fato de ambos terem permanecido constantes,
embora  com  nuances  resultantes  do  desenvolvimento  tecnológico,  da  ordem  e  desordem
econômica e política, das ideologias e da alteração do quadro de poder mundial.
        
O  criador  e  formulador  da  Teoria  da  Guerra  de  Quarta  Geração,  uma  das  variantes  que
pretende  conceituar  os  conflitos  contemporâneos,  Coronel  Thomas  X.  Hammes(USMC,
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Ret.), após o 11 de Setembro ponderou a respeito: Não há nada de misterioso com relação
à Guerra de 4ª Geração. Assim como todas as guerras, objetiva alterar a posição política do
inimigo. (...) Como todas as guerras reflete a sociedade de que faz parte. (...) Como  todas
as  prévias  gerações  da  guerra,  evolui  em  consonância  com  a  sociedade  como  um  todo.
Evolui  porque  gente  prática  resolve  problemas  específicos  relacionados  com  suas  metas
políticas  e  com  as  lutas  contra  inimigos  mais  poderosos.  Frente  a  adversários  que  não
podem bater empregando a guerra convencional, adotam outra conduta.
        
O  famigerado  Tenente–General  confederado  Nathan  Bedford  Forrest,  considerado  por
muitos  historiadores  militares  o  mais  destacado  comandante  de  cavalaria  da  Idade
Moderna, tinha razão: Guerra quer dizer lutar e lutar quer dizer matar.
         
Os  denominados  paradigmas  revolucionários  da  arte  da  guerra  não  podem  alterar  esta
realidade.
 
 
  Fontes de Consulta
 
  Bibliografia

GATES,  Robert  M.  A  Balanced  Strategy:  Reprogramming  the  Pentagon  for  a  New  Age.
Foreign Affairs 88, no.1 (January­February 2009).
HAMMES, Thomas X. The Sling and the Stone. On War in 21st Century. Minneapolis: Zenith
Press, 2006.
HOFFMAN, Frank. Conflict  in  21  st  Century. The  Rise  of  Hybrid  Wars.  Arlington:  Potomac
Institute  for  Policy  Studies,  2007  8.  Disponível  em  www.potomacinstitute.org.  Acesso  em
02/2015.
KILCULLEN, David.  The  Accidental  Guerrilla:  Figthting  Small  Wars  in  the  Midst  of  the  Big
One. Oxford: Oxford University Press, 2011.
TRINQUIER,  Roger.  Modern  Warfare.  A  French  View  of  Counterinsurgency.  London:  Pall
Mall Press, 1964.
VAN CREVELD, V. Martin .The Transformation of War. New York: Free Press, 1991.
 
         Enlaces eletrônicos

http://www.dtic.mil/cgi­bin/GetTRDoc? AD=ADA514564           
http:/www.navy.mil/maritime/MaritimeStrategy.pdf
http://www.civilwarhome.com/natbio.htm
http://www.inss.org.il/
http://www.defense.gov/news/2008 national defense strategy.pdf.  3
http://www.szona.org/gibridnaya­voina/
http://www.wsj.com/articles/SB10001424052702303799404579284450431896952
http://jsou.socom.mil/JSOU  Publications/JSOU  13­4_McCulloh,Johnson_Hybrid
Warfare_final.pdf
http://www.todayszaman.com/columnist/amanda­paul/the­challenge­of­hybrid­
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https://www.marxists.org/reference/archive/mao/works/1937/guerrilla­warfare/
 

A  A  A

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