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MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO
OSTENSIVO ORIGINAL
ORDEM UNIDA
OSTENSIVO CIAA-112/016
MARINHA DO BRASIL
2019
FINALIDADE: DIDÁTICA
1ª EDIÇÃO REVISADA
OSTENSIVO I ORIGINAL
OSTENSIVO CIAA-112/016
ATO DE APROVAÇÃO
OSTENSIVO II ORIGINAL
OSTENSIVO CIAA-112/016
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto .............................................................................................................I
Ato de Aprovação .......................................................................................................II
Índice .........................................................................................................................III
Introdução .................................................................................................................IV
CAPÍTULO 1 - COMANDO DE PELOTÃO
1.1 - Formação de pelotão...........................................................................................1-1
1.2 - Principais comandos a pé firme..........................................................................1-3
1.3 - Comandos de ordinário marche, marcar passo e alto.........................................1-7
1.4 - Passagem de comando de um pelotão................................................................1-7
1.5 - Comando de mudanças de direção de um pelotão em passo ordinário............ ..1.7
1.6 - Comando de acelerado a partir das posições de sentido e de passo ordinário....1-8
1.7 - Comandos de alto e ordinário marche a partir do passo acelerado.....................1.9
1.8 - Comandos de passo sem cadência a partir do passo ordinário e vice-versa........1.9
1.9 - Comando de mudanças de direção de um pelotão em passo sem cadência........1.9
1.10 - Comandos de à vontade e fora de forma.........................................................1.10
1.11 - Preparação de pelotão para inspeção...............................................................1.10
1.12 - Comandos de continência à direita/esquerda, a pé firme e em movimento....1.11
1.13 - Comandos de formação em coluna por um, dois, três e seis, e em linha de um, dois,
três e seis, a pé firme e em marcha............................................................................1.11
1.14 - Comando de apresentação de pelotão para inspeção em honras fúnebres......1.13
1 - PROPÓSITO
Esta publicação foi elaborada para fundamentar o adestramento essencialmente
prático de Ordem Unida. Os assuntos nela contidos foram extraídos do CGCFN-
1001 MANUAL DE ORDEM UNIDA, publicação de fácil compreensão,
preenchidos pela exigências do currículo, com o propósito de facilitar a
aprendizagem da disciplina por parte dos alunos.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está divida em dois capítulos. O capítulo 1 consiste do Comando de
Pelotão, apresentando seus propósitos, características e deveres dos envolvidos e o
capítulo 2 apresenta a Instrução Coletiva com Arma, detalhando sua execução com
os diversos armamentos em uso na Marinha.
3 - AUTORIA E EDIÇÃO
Esta publicação, de autoria do SO-FN IF ROBSON RONY RODRIGUES
PEREIRA, foi revisada pelo CC (RM1-T) PETRUCIO GOMES DA SILVA,
elaborada e editada no Centro de Instrução Almirante Alexandrino.
4 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações
da Marinha em: PMB, não controlada, ostensiva, didática e manual.
OSTENSIVO IV ORIGINAL
OSTENSIVO CIAA-112/016
CAPÍTULO 1
COMANDO DE PELOTÃO
1.1 - Formação de pelotão
As formações do pelotão de fuzileiros são as seguintes: coluna por seis, coluna por três,
coluna por dois, coluna por um, linha em seis fileiras, linha em três fileiras, linha em duas
fileiras e linha em uma fileira.
a) Coluna por seis
Esta formação é obtida justapondo-se os três grupos de combate, cada um em coluna por
dois. Os grupos ficam colocados da direita para a esquerda, separados de 80 cm. O
comandante de cada grupo de combate fica dois passos à frente do seu grupo, no meio do
intervalo entre as duas colunas. O comandante do pelotão ficará na frente do comandante do
2º grupo separados entre si por dois passos de distância. O restante do grupo de comando, se
estiver em forma, será distribuído pelas caudas dos GC, da direita para a esquerda. O SG-
Auxiliar ficará a 80 cm do último militar da coluna da esquerda, funcionando como cerra-
fila. Fig 4.9
À vontade
A este comando, dado com a tropa em posição de descansar, o militar se mantém no
seu lugar, de modo a conservar o alinhamento e a cobertura, podendo mover o corpo,
falar, tomar água do cantil e fumar. Quando for dado o vocativo correspondente à
fração que está sendo comandada, seguido do comando “CESSAR O À VONTADE”,
esta retorna à posição de descansar. Quando necessário, poderá ser acrescido à voz de
À VONTADE, comandos complementares tais como: sem fumar, sem beber, etc.
Alto
No passo ordinário, a voz de comando “ALTO” deve ser dada quando o pé esquerdo
assentar no terreno; são dados mais dois passos, um com o pé direito e outro com o pé
esquerdo, unindo-se então com energia o calcanhar direito ao esquerdo, batendo
fortemente com o pé direito ao solo e ao mesmo tempo unindo as mãos às coxas.
A pé firme
I) De coluna a linha
Estando o pelotão em coluna por seis, três, dois ou um, passa-se à linha em seis, três
ou duas fileiras, respectivamente, ao comando: “DIREITA (ESQUERDA) -
VOLVER”. II) De linha a coluna Estando o pelotão formado em linha em seis, três ou
duas fileiras, passa-se a coluna por seis, três ou dois, respectivamente, ao comando:
“DIREITA (ESQUERDA) - VOLVER”. Desde que o pelotão tenha que passar de
linha para coluna, ou vice-versa, sem mudar de frente e sem ganhar terreno nessa
direção, procede-se da seguinte maneira:
- De linha para coluna
Coloca-se os comandantes de grupo em linha de uma fileira, voltados para a mesma
frente, comanda-se ao restante do pelotão “FORA DE FORMA MARCHE” e, em
seguida, “COLUNA POR TRÊS (SEIS) EM FORMA”. - De coluna para linha Coloca-
se os comandantes de grupos em coluna por um, voltados para a mesma frente.
Comanda-se ao restante do pelotão: “FORA DE FORMA - MARCHE” e, em seguida,
“LINHA DE TRÊS (SEIS) FILEIRAS EM FORMA”.
III) De coluna por três a coluna por seis
O comando é: “PELOTÃO - COLUNA POR SEIS - MARCHE”. A essa voz, os
militares dentro dos grupos procedem de acordo com o que ficou estabelecido para o
grupo de combate na passagem de coluna por um a coluna por dois.
IV) De coluna por seis a coluna por três O comando é: “PELOTÃO - COLUNA POR
TRÊS - MARCHE”. A essa voz, os militares dentro de cada grupo procedem de acordo
com o que ficou estabelecido para o grupo de combate na passagem de coluna por dois a
coluna por um. Após a passagem de coluna por três a coluna por seis, ou vice-versa, o
comandante do pelotão deve comandar “COBRIR” a fim de retificar distâncias e
intervalos.
Em marcha
I) De coluna por três a coluna por seis
O comando é: “PELOTÃO, COLUNA POR SEIS - MARCHE”. A essa voz, os
militares dentro de cada grupo procedem como ficou estabelecido para o grupo de
Obs: Em dias chuvosos e com a finalidade de preservar o fuzil, poderá ser utilizada a
posição em bandoleira-arma com o cano para baixo, por uma tropa ou por militar em
serviço de sentinela. Este movimento será executado mediante o comando de “ORDEM À
TROPA”: em bandoleira-arma com o cano para baixo. O militar executará o movimento
sem preocupação com a uniformidade e marcialidade. Estando uma tropa em marcha, deve
ser dado o comando de sem cadência-marche e depois em bandoleira-arma. O militar
continua marchando naturalmente, retira a arma do ombro e dá a extensão necessária à
bandoleira com a mão esquerda, cano da arma voltado para a direita, carregador para
3.2.5 - Acelerado
a) Acelerado-marche (partindo do passo ordinário, ombro-arma)
A sílaba “RA” deve ser pronunciada fortemente quando o pé esquerdo assentar no terreno;
o militar dá um passo com o pé direito e, após, toma a posição de cruzar arma, do seguinte
modo:
I) 1o Tempo
Pé esquerdo à frente batendo forte no solo e primeiro tempo de cruzar arma, partindo de
ombro arma.
II) 2o Tempo
Pé esquerdo à frente batendo forte ao solo e segundo tempo de cruzar arma, partindo de
ombro arma (Fig 3.21).
c) Arma-na-mão
A arma, com a coronha rebatida é segurada pela mão direita, braço distendido ao lado do
corpo. O dedo polegar passado por cima da caixa da culatra, ficando entre esta e o corpo. O
dedo indicador encostado na parte posterior interna do punho anterior, demais dedos
unidos (Fig 3.57).
Após receber a autorização e executar a meia-volta, faz arma-suspensa (se for o caso) e
entra em forma,
pela retaguarda da formatura, vindo a ocupar seu lugar primitivo e permanecendo na
posição de descansar (ou em à vontade).
2.3 - Movimentos de cobrir e alinhar em formatura com arma
Cobertura
Para retificar a cobertura do pelotão formado em coluna ou executar pequeno
deslocamento para frente ou lateral, seu comandante designa o novo lugar do homem-
OSTENSIVO CIAA-112/016
base e comanda: “PELOTÃO - COBRIR”. À voz de execução, os militares tomam a
posição de sentido, em seguida fazem
arma-suspensa (se for o caso), estendem o braço esquerdo para frente e deslocam-se até
retificarem a distância e a cobertura. O intervalo é tomado pelos militares da testa
levando o braço esquerdo para o ombro do companheiro ao lado e mantendo-o assim até
a voz de firme, quando todos baixarão o braço e a arma. O homem-base não faz arma
suspensa.
Alinhamento
O alinhamento é dado pela direita, esquerda ou centro, conforme a formação que esteja
sendo adotada. Quando o pelotão estiver formado em coluna por dois ou por três, o
alinhamento terá como base a coluna da direita. Quando o pelotão estiver formado em,
coluna por seis, o alinhamento terá como base as duas colunas do centro.
Quando o pelotão estiver formado em linha, em duas, três ou seis fileiras, o alinhamento
poderá ter como base a esquerda, direita ou centro, conforme o comando de perfilar que
se deseja. No caso do alinhamento ter como base o centro, é necessário designar-se o
homem-base. Ao comando de “PELA DIREITA (ESQUERDA - CENTRO)”, os
militares, com exceção do base, fazem arma-suspensa ou simplesmente a posição de
sentido, se desarmados. À voz de execução “PERFILAR”, os militares da fila do
homem-base (direita/esquerda/centro) estendem imediatamente o braço à frente e na
horizontal, de modo a tomarem as distâncias. Ao mesmo tempo, os militares da fileira
da vanguarda estendem vivamente o braço esquerdo para o lado e na horizontal e
voltam o rosto para o homem-base. Em seguida tomam os intervalos e alinham.
O militar estará no alinhamento quando, tendo a cabeça voltada para o lado direito
(esquerdo) vê somente o companheiro que se acha imediatamente ao seu lado. Quando o
comandante do pelotão verificar que o alinhamento está correto, comanda: “PELOTÃO
OSTENSIVO -2-2- ORIGINAL
- FIRME”. A essa voz, os militares descem o braço à posição inicial, voltam a cabeça
para frente e descansam a arma, permanecendo na posição de sentido. Quando se quiser
reduzir o intervalo entre os militares a 25 cm, o comandante do pelotão comandará:
“SEM INTERVALO, PELA DIREITA (ESQUERDA,
CENTRO) - PERFILAR”. Os militares procedem como foi prescrito anteriormente, mas
tomam o intervalo de acordo com o que ficou especificado, sobre o assunto, para o
grupo de combate. Para retomar os intervalos de 80 cm, indica-se o militar base e
comanda-se: “PELA DIREITA (ESQUERDA, CENTRO) - PERFILAR”.
OSTENSIVO CIAA-112/016
Obs: Toda vez que o pelotão fizer alto e for mandado descansar, os militares deverão
alinhar-se e cobrir-se por um movimento instantâneo e rápido, independente de
comando.
2.4 - Movimentos de ombro arma, descansar arma, cruzar arma e apresentar arma
Ombro-arma (partindo da posição de sentido)
I) 1o Tempo
Empunhando a arma com a mão direita, palma da mão logo acima da massa de mira,
suspende-a na vertical até que a mão direita fique na altura do ombro, o cotovelo
afastado do corpo de modo que o braço fique paralelo ao solo, simultaneamente, a mão
esquerda segura a arma por cima da bandoleira na altura do terço médio do guarda mão,
ficando o dedo polegar estendido sobre o mesmo.
II) 2o Tempo
A arma é levada para frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando inclinada
45 graus em relação à vertical, afastada do corpo cerca de 20 cm, boca do cano para a
esquerda; braço esquerdo no plano das costas, com o cotovelo colado ao corpo. A mão
direita vem empunhar a arma pelo delgado da coronha, dedos unidos; o braço direito
afastado do corpo cerca de 15 cm.
III) 3o Tempo
A mão direita leva a arma ao ombro esquerdo, segurando-a pelo delgado da coronha; o
carregador para fora, a parte superior da armação superior para dentro e junto ao
pescoço, a alça de transporte apoiada ao ombro. Ao mesmo tempo, a mão esquerda vem
apoiar a arma pela chapa da soleira com as falanges e a palma, ficando o polegar
envolvendo o bico da soleira e os demais dedos unidos empunhando a chapa da soleira.
O braço esquerdo tocando o corpo no plano das costas, formando com o antebraço um
ângulo aproximadamente reto.
OSTENSIVO -2-3- ORIGINAL
IV) 4o Tempo A mão direita é retirada do delgado, vindo colar-se à coxa direita, num
movimento rápido e enérgico, sem batê-la (Fig 3.4).
OSTENSIVO CIAA-112/016
esquerdo. Leva em seguida o pé direito para frente, colocando-o da mesma maneira que
o esquerdo. Continua assim a marcha, avançando em linha reta, perpendicularmente à
linha dos ombros. A cabeça é conservada levantada e os braços devem oscilar com as
mãos distendidas, dedos unidos, até a altura da fivela do cinto quando à frente e sem
ultrapassar de 30 cm a perna, quando atrás. Estando a tropa na posição de descansar, o
comando “ORDINÁRIO MARCHE” deve, normalmente, ser precedido da voz de
“SENTIDO”. Se não o for, a tropa tomará a posição de sentido na voz de advertência
“ORDINÁRIO”. A grandeza do passo ordinário é de cerca de 40 cm para o primeiro e
de 75 cm para os demais. A marcha, ainda que realizada com garbo, energia e
marcialidade, deve apresentar movimentos naturais durante o deslocamento. Assim, não
deve ser executada com cadência acelerada e movimentos exagerados tais como elevar
demasiadamente a perna e/ou os braços, flexionar e elevar os joelhos acentuadamente
e/ou inclinar o tronco.
Passo sem cadência
É o passo executado na grandeza que convém ao militar, de acordo com a sua
conformação física e com o terreno. No passo sem cadência, o militar é obrigado a
conservar a atitude correta, a distância, o alinhamento e a guardar silêncio.
Passo acelerado
É o passo executado com a grandeza de 75 a 80 cm, conforme o terreno e numa
cadência de 170 a 180 passos por minuto.
2.6 - Movimentos com toque de corneta
São realizados por meio de toques de corneta padronizados para emprego pelas forças
armadas. Quando uma escola já tiver atingido um certo progresso na instrução
individual, deverão ser realizadas sessões curtas e freqüentes de ordem unida, com os
comandos executados por meio de toques de corneta. Consegue-se, assim, familiarizar
os militares com os toques mais simples e de emprego usual. O militar deve conhecer
os toques correspondentes às diversas posições, aos movimentos de manejo da arma e
os necessários aos deslocamentos.
2.7 - Comandos de armar e desarmar baioneta a pé firme e em marcha
a) Armar-baioneta
O movimento é executado partindo-se da posição de descansar, em três tempos, e o
comando para sua execução é o seguinte: “PARA ARMAR BAIONETA, UM - DOIS
OSTENSIVO -2-13- ORIGINAL
OSTENSIVO CIAA-112/016
- TRÊS”. À voz de execução “UM”, o militar inclina o cano do fuzil para a esquerda à
frente do corpo, com o carregador da arma à esquerda e, simultaneamente, com a mão
esquerda, segura o quebra chamas com a ponta dos dedos unidos e estendidos sobre o
mesmo. Deslizando a mão direita ao longo do
cano, palma da mão indo apoiar-se sobre o suporte da massa de mira (costas da mão
para fora, dedos unidos e estendidos tocando o guarda-mão). A mão esquerda libera a
presilha da bainha e guarnece o punho da baioneta, costas da mão voltada para frente,
polegar entre o corpo e o punho. À voz de execução “DOIS”, o militar retira a
baioneta e coloca-a no seu suporte, a mão direita sobe para o terço médio do cano
envolvendo-o juntamente com o punho da baioneta; o olhar é mantido fixo no fuzil. À
voz de execução “TRÊS”, a mão esquerda pressiona a baioneta para baixo prendendo-
a em seu suporte, pelo retém. O militar, executando um movimento enérgico, retorna à
posição de descansar. Quando comandado por corneta, a execução “UM”, “DOIS” três
será representada por toques de pontos (Fig 3.19).
ANEXO
BIBLIOGRAFIA