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Unidade 3 – Capítulo 1 – Som e letra

Letra de música, canção e podcast


Todos os dias nos deparamos com os mais variados tipos de arte. A composição artística, indepen-
dentemente da forma que assume, é uma das mais belas habilidades humanas, afinal, por meio dela,
somos capazes de expressar nossos sentimentos, nossa história e cultura, nossos anseios e nossos me-
dos. A canção é uma das manifestações de arte mais comum em nosso cotidiano, uma vez que a todo
instante podemos ouvir uma música no rádio, na televisão ou enquanto andamos pela rua. Trata-se de
uma composição musical para ser cantada, sendo assim envolve necessariamente a preocupação com
o ritmo, a rima, a seleção vocabular, enfim, com a musicalidade das palavras.
A canção possui uma estrutura bastante semelhante ao poema: é estruturada em estrofes, pode
ou não apresentar métrica fixa e possui rimas (regulares ou irregulares). Porém, acima de tudo, a can-
ção e o poema têm na palavra o elemento essencial para a criação. O gênero canção possui o objetivo
primordial de causar prazer estético no destinatário, que pode recepcioná-lo de diferentes formas, uma
vez que o contexto social, a cultura, o momento histórico, o gosto individual e outros fatores influenciam
no modo como o receptor reagirá a ele.
A canção, na maioria das vezes, vem acompanhada do som produzido por instrumentos musicais.
Assim, melodia e letra formam um conjunto harmônico e ritmado, que sensibiliza, choca, acalma ou
revolta, pois são vários os efeitos que essa linguagem artística pode causar. Como faz uso da linguagem
escrita em sua composição, a canção pode apresentar variedades linguísticas que expressam carac-
terísticas de um determinado grupo, como gírias, dialetos e expressões coloquiais. Canções podem
marcar a história de um povo e revelar marcas de um determinado momento vivido, tanto coletivo
quanto individual.
Leia agora trechos de duas canções: uma de Kell Smith e outra de Toquinho. Depois responda às
questões propostas.

Era uma Vez


Kell Smith

Era uma vez


O dia em que todo dia era bom
Delicioso gosto e o bom gosto das nuvens serem feitas de algodão
Dava pra ser herói no mesmo dia em que escolhia ser vilão
E acabava tudo em lanche
Um banho quente e talvez um arranhão
Era uma vez, era uma vez, era uma vez, era uma vez
O dia em que todo dia era bom
[...]

Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=musica+era+uma+vez+letra&oq=musica


+era+uma+vez+&aqs=chrome.0.69i59j69i60j69i57j0l3.3929j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8.
Acesso em: 19 mar. 2019. Fragmento.
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LÍNGUA PORTUGUESA 1
É Bom Ser Criança
Toquinho

[...]
É bom ser criança
E não ter que se preocupar
Com a conta no banco
Nem com filhos pra criar
É tão bom não ter que ter
Prestações pra se pagar
Só comer, crescer, dormir, brincar
[...]

Disponível em: https://www.letras.mus.br/toquinho/87224/. Acesso em: 19 mar. 2019. Fragmento.


ATIVIDADES

1. O que a letra das canções tem em comum?

2. Na primeira letra, a que a expressão “Era uma vez” remete?

3. De acordo com a canção É Bom Ser Criança, quais preocupações do mundo adulto não fazem
parte do universo infantil?

4. “Dava pra ser herói no mesmo dia em que escolhia ser vilão”. Que característica da infância é
ressaltada nesse verso?

5. A rima é um recurso estilístico que proporciona sonoridade, ritmo e musicalidade à canção.


Identifique as rimas utilizadas pelos autores nas canções que você leu.
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2 LÍNGUA PORTUGUESA
6. Para você, quais são as maiores vantagens de ser criança? E as desvantagens? Responda e
depois discuta com seus colegas.

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C
Proposta de produção
Agora é sua vez! Que tal tentar criar uma canção?
Você e seus colegas deverão se reunir em grupos e escrever a letra de uma canção sobre um tema do
interesse de vocês. Atenção à escolha das palavras e à forma como tratarão do tema, lembrem-se de que
o objetivo de uma canção é sensibilizar o destinatário, portanto a letra deve ser muito bem trabalhada.
Procurem criar musicalidade para a canção utilizando rimas. A canção deverá apresentar ao menos
quatro estrofes. Não se esqueçam de atribuir um título coerente para ela. Após a criação da canção,
você e sua equipe poderão desenvolver uma melodia para acompanhá-la, caso algum integrante tenha
conhecimento para isso. Vocês podem também divulgá-la em um podcast, explicando seu processo de
criação e sua temática.
Você sabe o que é um podcast?
O podcast é uma mídia de transmissão de informação ainda recente no Brasil, mas que já ganhou
muitos usuários. De maneira geral, é como se o podcast fosse um programa de rádio, com o qual se
assemelha bastante, porém a grande diferença é que o ele não possui limitação temporal, ou seja, pode
ser ouvido quantas vezes e quando o ouvinte quiser. Um podcast pode ser gravado por um ou mais apre-
sentadores e os temas são de livre escolha. Existem podcasts dos mais variados assuntos, tudo depende
do gosto do produtor e do ouvinte, é só selecionar os assuntos preferidos, produzir o áudio e ouvir.
Há diversas formas de se produzir podcasts, basta ter um computador ou smartphone e acesso à
internet. Uma das formas mais práticas de acessá-lo e produzi-lo é por meio de aplicativos para celulares
e tablets. O CastBox, por exemplo, é um aplicativo que, além de disponibilizar milhares de canais, ainda
permite que o usuário crie e compartilhe seus podcasts.
Boa produção!
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LÍNGUA PORTUGUESA 3
Critérios De Correção – 6º ano – Canção
As divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são possíveis valores
intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e reescrita fica a cri-
tério do professor. É possível fazer uma primeira correção entre os próprios alunos, por meio da troca
de texto entre eles, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda versão. Da mesma forma, o
professor poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e posterior reescrita.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (5,0) 1,0 0,8 0,5 0,3 zero


1. O texto apresenta ao menos quatro estrofes?
2. Há cuidado quanto à construção dos versos?
3. Há construção de rimas, buscando musicalidade?
4. A canção apresenta título?
5. Há criação de refrão?
TOTAL

CONTEÚDO (3,0) 2,0 1,0 0,5 zero

6. Há criatividade na escolha da temática?

7. O texto tem apelo emocional?

TOTAL

COESÃO (1,0) 0,5 0,3 zero

8. O texto apresenta progressão de ideias?


9. O vocabulário empregado é rico e variado?
TOTAL

ADEQUAÇÃO À LINGUAGEM (1,0) 0,5 0,3 zero

10. Foram seguidas as regras de ortografia e acentuação?


11. Foram seguidos os demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano?
TOTAL
TOTAL GERAL
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4 LÍNGUA PORTUGUESA
Unidade 3 – Capítulo 2 – Palavras que imitam sons
História em quadrinhos
Existem diversas formas de se contar uma história e, dentre elas, a história em quadrinhos, ou HQ,
é uma das mais populares. HQs são narrativas visuais contadas por meio de linguagem verbal (palavras)
e não verbal (imagens e símbolos). Elas também apresentam as partes que compõem o enredo, como
qualquer outra narrativa. A diferença é que nesse gênero textual os fatos são apresentados em quadros
sequenciados que constroem o enredo. Esses quadros são compostos de ilustrações que representam
o cenário e os personagens em ação, o que torna a leitura bastante dinâmica. Além das ilustrações,
dentro dos quadros podem aparecer também palavras e, quando isso ocorre, a junção dos dois tipos
de linguagem compõe o significado do texto. Em HQs, os balões são o suporte para a fala dos perso-
nagens. Dependendo do formato desses balões, é possível identificar se o personagem está pensando,
gritando, sussurrando ou apenas conversando normalmente.
Veja a seguir alguns exemplos de balões utilizados nessas histórias.

Fala normal Cochicho

Grito Pensamento

Outro suporte para a linguagem verbal, nas HQs, são as legendas. Legendas são quadros com
pequenos textos que aparecem na parte superior ou inferior do quadrinho e que ajudam o leitor a
compreender os fatos revelados pelas imagens. Além das imagens e palavras, recursos como cores,
texturas e metáforas visuais auxiliam o artista a construir sua obra.
Existem HQs dos mais diversos estilos e tamanhos, abordando os temas mais variados possíveis,
que podem ir desde uma história infantil a um drama social. As HQs podem ser encontradas em revis-
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tas, livros e sites. O público-alvo é bem variado, dependendo do tema da história contada. As histórias
da Turma da Mônica, do quadrinista brasileiro Maurício de Souza, por exemplo, fazem sucesso entre o
público infantil.

LÍNGUA PORTUGUESA 5
Existem outros estilos de HQ. Por exemplo, uma história em quadrinhos com linguagem mais
elaborada, desenhos mais artísticos e história mais abrangente é chamada de Graphic Novel, que em
português significa “narrativa gráfica”. Muitos clássicos da literatura são adaptados para o formato de
HQ e passam a ser considerados Graphic Novels.
Leia a seguir uma HQ de Ziraldo.

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6 LÍNGUA PORTUGUESA
ZIRALDO. Maluquinho por futebol: as histórias mais malucas sobre a maior
paixão do Brasil. 2. ed. São Paulo: Globo Livros, 2011. p. 13-14.

ATIVIDADES

1. Quais personagens participam da história em quadrinhos?

2. Em resumo, qual a situação vivenciada na HQ Julieta em: a taça é dela?


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3. A fala normal prevalece em quase todos os quadrinhos, mas há outros tipos de fala no decorrer

da história. Qual situação apresenta o quadrinho que representa um grito? Qual o contexto?

4. Qual quadrinho representa pensamento? Qual a situação apresentada?

5. Além dos balões de fala, existem algumas palavras soltas que não possuem um significado em
si, pois se tratam de onomatopeias. Quais as onomatopeias presentes na HQ?

6. O que essas onomatopeias representam no contexto da HQ?

7. Além das onomatopeias, que outros recursos visuais você percebe na história?

T
C
Proposta de produção
Agora é sua vez!
Você acabou de ler uma história em quadrinhos e já conhece seu formato. Que tal utilizar as suas
habilidades gráficas para fazer algo parecido?
Leia o trecho inicial do romance As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, depois transforme-o
em uma HQ, com bastante capricho e cuidado.

As aventuras de Tom Sawyer


Capítulo 1

— Tom!
Ninguém respondeu.
— Tom!
Nada.
— Sempre gostava de saber onde se meteu aquele rapaz. Tom!
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Silêncio absoluto.

8 LÍNGUA PORTUGUESA
A velhota puxou os óculos para baixo e, por cima deles, olhou o quarto em volta; tornou a
puxá-los para cima e olhou através deles. Raras vezes ou nunca procurava de óculos uma coisa
tão pequena como um rapaz, mas este par era o de luxo, o seu orgulho; eram só para vista e não
para serviço, pois via tão bem por eles como através das portas do fogão. Durante um momento
pareceu indecisa e, por fim, disse, não muito de rijo, mas em voz suficientemente alta para os
móveis a ouvirem:
— Garanto que, se te apanho, te...
Não acabou, porque nesta ocasião estava curvada a dar vassouradas em baixo da cama e,
se continuasse a falar, faltava-lhe o ar. Só conseguiu fazer sair de lá o gato.
— Nunca vi um rapaz como este!
Foi à porta, abriu-a e ficou a olhar para fora, procurando-o entre os tomateiros e as outras
plantas que constituíam a horta. Nem sombra de Tom.
Então elevou a voz para poder ser ouvida a distância, e gritou:
— Ó Tom!
Ouviu um pequeno barulho atrás dela e voltou-se precisamente a tempo de agarrar o rapaz
pela ponta do fato e prendê-lo.
— Anda cá! Eu bem podia ter-me lembrado daquele armário. O que estiveste ali a fazer?
— Nada.
— Nada? Olha para as tuas mãos. Olha para a tua boca. O que é isso?
— Não sei, tia.
— Pois eu sei. É compota, é o que é! Já te disse quarenta vezes que, se não deixasses de
mexer na compota, te arrancava a pele. Da cá essa vara.
A vara fez um movimento no ar, e o pequeno, vendo o caso malparado, disse:
— Olhe para trás de si, tia.
A senhora deu uma reviravolta e apanhou as saias, que estavam em perigo. No mesmo
instante o rapaz fugiu, saltou por cima da vedação de madeira e desapareceu.
A tia Polly ficou um momento surpreendida e por fim deu uma gargalhada.
— Que diabo de rapaz! Eu nunca hei-de aprender? Com tantas partidas como esta que me
tem feito, já devia calcular onde ele podia estar. Mas quanto mais velha mais tola, é o caso. Burro
velho não aprende línguas, lá diz o rifão. Mas a verdade é que ele não faz duas vezes a mesma
partida e não é possível adivinhar o que vai acontecer. Ele parece que sabe ao certo quanto
tempo me pode atormentar antes que eu me zangue e já percebeu que, quando consegue
distrair-me por um minuto ou fazer-me rir, não sou capaz de lhe tocar. Bem sabe Deus que não
tenho cumprido o meu dever com este rapaz!
[...]

Disponível em: https://www.livros-digitais.com/mark-twain/as-aventuras-de-tom-sawyer/1. Acesso em: 19 mar. 2019. Fragmento.

Para produzir sua HQ, fique atento aos seguintes itens:


1. Faça um roteiro para saber o que será desenhado em cada quadro, procurando capturar os mo-
mentos essenciais;
2. No início, capriche na caracterização do ambiente, fique atento aos detalhes que o texto apresenta;
3. Utilize recursos próprios das HQs, como onomatopeias e linhas cinéticas;
4. Utilize balões como suporte para as falas dos personagens;
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5. Mantenha o mesmo padrão nos desenhos, preservando a qualidade até o final.

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Depois de pronta, sua HQ irá compor uma exposição que será analisada por toda a turma. Verifique
os diferentes estilos empregados por cada colega para representar a história e a forma que cada um
deu aos personagens.
Boa produção!

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10 LÍNGUA PORTUGUESA
Critérios de correção – 6º ano – história em quadrinhos
As divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são possíveis valores
intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e reescrita fica a cri-
tério do professor. É possível fazer uma primeira correção entre os próprios alunos, por meio da troca
de texto entre eles, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda versão. Da mesma forma, o
professor poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e posterior reescrita.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (4,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


1. A produção do aluno é uma HQ baseada no trecho em
prosa?
2. O aluno utilizou os recursos próprios das HQs (onomato-
peias, balões)?
3. O aluno retratou as partes essenciais da história?
4. O aluno manteve o mesmo padrão de qualidade do início
ao final da história?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Há progressão e coerência, ou seja, a história tem


início, meio e fim?
6. Há riqueza e relevância de informações (fidelidade ao
trecho apresentado e menção às partes essenciais da his-
tória)?

TOTAL

COESÃO (1,0) 0,25 0,15 zero

7. Há continuidade de ideias no texto?


8. As regras de pontuação foram empregadas adequadamente?
9. O vocabulário empregado é adequado, rico e variado?
10. As falas dos personagens são inseridas em balões, ou seja, há presença de
diálogo?
TOTAL

NORMA-PADRÃO (1,0) 0,5 0,25 0,15 zero

11. As regras de ortografia e acentuação foram empregadas adequa-


damente?
12. Foram seguidos os demais aspectos gramaticais pertinentes
ao ano?
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TOTAL
TOTAL GERAL

LÍNGUA PORTUGUESA 11
Unidade 4 – Capítulo 1 – Palavras que sintetizam
Esquema
Quando estudamos, diversas são as estratégias que podemos pôr em prática para que o nosso
aprendizado seja mais eficiente. Algumas pessoas aprendem melhor ouvindo, outras escrevendo, ou-
tras explicando o assunto. Uma das maneiras de fixar o conteúdo de que precisamos é produzindo um
esquema, gênero textual que, por meio de palavras ou frases, sintetiza a ideia principal de um texto ou
dos parágrafos de um texto. É como se ele fosse o resumo do resumo, o essencial do essencial.
Por seu caráter sintético, o esquema possibilita ao leitor não precisar reler todo o texto para relem-
brar o conteúdo, o que torna o acesso à informação mais dinâmico e rápido. Ao construir um esquema
podemos utilizar elementos como setas, números e símbolos para facilitar a leitura. Quanto ao formato,
os esquemas podem assumir diversas formas: linear (na horizontal ou vertical), piramidal (em formato
de pirâmide) ou sistemático (quando as informações estão dispostas em forma de quadros).
Para construir um bom esquema é primordial realizar uma boa leitura do texto, extraindo dele as
palavras-chave, as quais exprimem a ideia principal desenvolvida. É importante lembrar que, ao produzir
um esquema, não podemos modificar o que é exposto no texto, a mensagem deve ser exatamente a
mesma expressa na fonte, nunca devemos inserir opiniões ou fazer acréscimo de informações. Além
disso, a linguagem deve ser a mais simples e concisa possível, pois o objetivo desse tipo de texto é
facilitar a compreensão da mensagem. Esquemas são bastante utilizados no meio acadêmico, pois são
uma importante ferramenta de estudo que nos ajudam a aprender.
Leia agora dois exemplos de esquemas e depois responda às questões propostas.

Texto 1

Textos jornalísticos
Têm a função
Linguagem simples
de informar por Notícia, nota,
para atingir o
meio de apuração editorial
público de massa
de fatos

Textos acadêmicos

Constroem Utilizam linguagem


conhecimento por formal e normas Livros, artigos, teses
meio de investigação ABNT

Disponível em: http://academiadojornalista.com.br/diferencas-entre-textos-jornalisticos-e-academicos/infografico-


diferenca-entre-textos-academicos-e-textos-jornalisticos-academia-do-jornalista/. Acesso em: 19 mar. 2019.
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12 LÍNGUA PORTUGUESA
Texto 2

Áreas cerebrais

considerando o
processamento da leitura

córtex visual parte posterior


lobos temporais área de Broca
primário do lobo frontal

responsável por responsável por responsável por responsável por

palavras palavras palavras palavras


vistas ouvidas emitidas pensadas

Disponível em: http://www.pucrs.br/edipucrs/leituraecognicaomc/Areas_Cerebrais.html. Acesso em: 19 mar. 2019.


ATIVIDADES

1. O que os textos 1 e 2 esquematizam?

2. No texto 1 como deve ser realizada a leitura do esquema?

3. Como o texto 2 está estruturado?

4. Considerando os assuntos expostos nos textos, podemos inferir a qual público eles se desti-
nam? Qual seria ele?
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LÍNGUA PORTUGUESA 13
T
C
Proposta de produção
Agora é sua vez!
Sua tarefa é construir um esquema que sintetize as informações essenciais do texto a seguir. Leia-o
com bastante atenção e verifique quais são as palavras-chave de cada trecho. Depois, selecione a melhor
forma de apresentação. Capriche na construção do esquema, faça um rascunho para verificar como
será a distribuição das informações no papel, utilize cores e símbolos, tudo aquilo que você considerar
relevante para tornar a leitura dinâmica e interessante. Faça o esquema em uma folha de papel grande,
depois exponha em sua sala. Não se esqueça de utilizar uma linguagem simples e clara.
Boa produção!

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14 LÍNGUA PORTUGUESA
O SURGIMENTO DA LÍNGUA ENTRE OS HOMENS
OS GESTOS:
Desde a idade da pedra o homem sentiu a necessidade de se comunicar com o seu se-
melhante, mas as dificuldades eram tantas que o processo se desenvolveu lentamente. E as
necessidades cresciam ainda mais entre eles. Os mancebos queriam contar o que sentiam, o
que queriam fazer, o que pensavam. Por outro lado, a comunicação aproximava as pessoas e
entre elas haveria ajuda mútua.
Não se sabe ao certo qual surgiu primeiro: o gesto, a língua falada ou a escrita. Supõe-se
que as primeiras comunicações surgiram entre os membros de uma mesma família. Como
foi isso? Provavelmente os gestos vieram em primeiro lugar, pois a mão é o órgão do corpo
que mais se movimenta. Seria uma breve comunicação: um aceno de mão, talvez. Deveria ser
bastante rudimentar e não muito compreensivo, desenvolvendo-se lentamente, porém muito
importante: o homem já poderia dizer como matou o mamute, como o carregou e como deveria
ser repartido entre a família.
Na pré-história isto deveria ser muito importante, pois o homem poderia transmitir super-
ficialmente suas ideias.
A FALA:
Supõe-se que a fala tenha surgido em segundo lugar. Acredita-se que os órgãos que hoje
produzem a voz não estavam ainda bem desenvolvidos e que levaram anos e anos para se
aperfeiçoarem. Com isso a voz foi se desenvolvendo lentamente.
O que iria transmitir o homem que não tinha um único código linguístico? É só imaginar
um mundo na ânsia em tentar falar. Nesta tentativa ele é capaz de soltar alguns sons guturais.
Após longo tempo o homem foi criando palavras, frases, transmitindo verbalmente suas
primeiras impressões. Assim surgiu a língua. O mais provável é que tenha surgido uma só e com
as inúmeras emigrações e desavenças do homem ela foi sendo modificada, dando origem às
outras línguas.
A LÍNGUA ESCRITA:
Provavelmente apareceu a escrita em terceiro plano. Isso porque, mais uma vez, o homem
dispunha da mão e poderia movimentá-la à vontade. Com qualquer material pode-se rabiscar
uma parede. E foi com um material qualquer que ele começou a riscar as paredes das grutas
onde morava. Eram desenhos simples, representando quase sempre a luta do homem com os
animais, sempre lutando para sobreviver.
Os historiadores afirmam que a escrita surgiu por volta de 4000 a.C. Na verdade já era uma
língua com um certo desenvolvimento, pois na pré-história, fase da pedra-lascada, os troglodi-
tas já faziam desenhos nas cavernas. Eles, provavelmente, não faziam isto à toa, mas querendo
transmitir alguma coisa.
Há cavernas espalhadas por todo este mundo e em grande parte há desenhos pré-históri-
cos. Na China antiga, no Egito, em várias regiões da Europa e Ásia, América Central e em outros
cantos, encontramos vestígios dessa natureza.
Aos poucos os homens foram conectando os desenhos e as figuras e construíram um código
pelo qual se comunicavam. Vários povos construíram códigos próprios tais como os gregos, os
fenícios, os egípcios, os maias e muitos outros.
Das paredes das cavernas os homens começaram a escrever em pergaminhos em couro de
carneiro, mais tarde usaram uma planta chamada papiro. Os livros eram escritos em forma de
rolos. A partir de 400 a.C. o livro assumiu a forma que temos até agora. Em 1456 Hans Gutemberg
inventou a imprensa. Daí para cá a língua escrita foi divulgada rapidamente.
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ARAÚJO, Henrique. O surgimento da língua entre os homens. Disponível em: https://www.webartigos.


com/artigos/osurgimento-da-lingua-entre-os-homens/32535/. Acesso em: 20 mar. 2019.

LÍNGUA PORTUGUESA 15
Critérios de Correção – 6º Ano – Esquema
As divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são possíveis valores
intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e reescrita fica a cri-
tério do professor. É possível fazer uma primeira correção entre os próprios alunos, por meio da troca
de texto entre eles, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda versão. Da mesma forma, o
professor poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e posterior reescrita.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (4,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


1. O esquema sintetiza as ideias essenciais do texto?
2. O aluno conseguiu dispor as informações facilitando a
leitura?
3. A linguagem é clara e objetiva?
4. O aluno se manteve fiel às informações do texto?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Há progressão e coerência no esquema?


6. Há riqueza e relevância de informações, ou seja, foi feita
uma síntese das ideias essenciais mantendo a fidelidade
das informações e utilizando palavras-chave, além de lin-
guagem clara e objetiva?

TOTAL

COESÃO (1,0) 0,25 0,15 zero

7. Há continuidade de ideias no esquema?


8. As regras de pontuação foram seguidas adequadamente?
9. O vocabulário empregado é adequado, rico e variado?
10. As frases foram construídas adequadamente?

TOTAL

NORMA-PADRÃO (1,0) 0,5 0,25 0,15 zero

11. Foram seguidas as regras de ortografia e acentuação?


12. Foram seguidos os demais aspectos gramaticais pertinentes ao
ano?
TOTAL
TOTAL GERAL
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16 LÍNGUA PORTUGUESA
Unidade 4 – Capítulo 2 – Palavras que rimam
Poema
No capítulo 1 da unidade 3, vimos que a arte é uma das mais belas habilidades do homem e que
existem muitas formas de fazê-la, dentre elas usando palavras. O poema é um gênero de texto em que
a arte da palavra se manifesta por meio da poesia.
Poemas são composições poéticas escritas em versos em que há preocupação com a musicalidade e
com o ritmo, elementos que são impressos pelo jogo de palavras e pelo trabalho do poeta ao criar poesia.
Alguns poemas apresentam uma linguagem bastante simples; outros, uma linguagem mais elabo-
rada e rebuscada. Os poemas têm por objetivo emocionar o leitor por meio da poesia neles apresentada,
fazendo-o rir, chorar, refletir e experimentar novos sentimentos.
A definição de poema está ligada à estrutura do texto, que é composto de estrofes e versos, ou seja,
quando falamos de poema estamos nos referindo à forma do texto. Veja a seguir alguns dos elementos
que caracterizam a linguagem utilizada nos poemas.
Sonoridade: uso de rimas e repetições para dar ritmo ao poema com o objetivo de tornar a leitura
agradável aos ouvidos.
Ritmo: alternância de sílabas átonas e tônicas (sílaba com som mais forte na palavra) nos versos
de um poema.
Rima: uso de palavras que possuem o mesmo som final. Pode ser empregada no final ou no meio
do verso.
Quando o poema não apresenta rimas, dizemos que os versos são soltos ou brancos. Um poema
não precisa obrigatoriamente apresentar rimas e repetições, uma vez que seu objetivo é emocionar, o
próprio assunto tratado pode despertar a emoção.
Quem escreve poemas é chamado poeta, já a voz que fala no poema é chamada eu lírico e não
deve ser confundida com o poeta.
Poemas podem ser encontrados em livros, sites, revistas e letras de música. Como utiliza a função
emotiva da língua, o poema é um texto subjetivo, ou seja, o poeta expõe suas impressões sobre de-
terminado assunto sem ter a preocupação com a realidade, com os fatos concretos e comprováveis.
A poesia expressa a imaginação e utiliza linguagem figurada, então, muitas vezes o autor de poemas
utiliza-se de figuras de linguagem como a comparação e a metáfora para compor sua obra.
Agora leia e analise um poema de Casimiro de Abreu para responder às questões.

Meus oito anos


Casimiro de Abreu
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
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Debaixo dos laranjais!

LÍNGUA PORTUGUESA 17
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida — um hino d’amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus —
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
[...]
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
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À sombra das bananeiras,


Debaixo dos laranjais!

ABREU, Casimiro de. Meus oito anos. Disponível em: http://www.dominiopublico.


gov.br/download/texto/wk000472.pdf. Acesso em: 20 mar. 2019.
18 LÍNGUA PORTUGUESA
ATIVIDADES

1. Dê ao menos dois exemplos de rimas que aparecem no poema.

2. Pela leitura do poema, o que você acha que o eu lírico estava sentindo quando o escreveu?

3. Identifique quais são as metáforas presentes no texto e explique-as.

4. Na leitura do poema, quais são as imagens que o eu lírico apresenta?

5. A última estrofe é a repetição da primeira. Por que você acha que o eu lírico optou por essa
repetição?
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LÍNGUA PORTUGUESA 19
T
C
Proposta de produção
Agora é sua vez!
No poema Meus oito anos, de Casimiro de Abreu, o eu lírico retrata um período muito impor-
tante na vida: a infância. Escolha, levando em conta suas próprias experiências vividas até hoje,
um momento que para você foi muito importante. Pode ser a primeira vez que andou de bicicleta
ou que foi à praia, o primeiro dia na escola ou um Natal especial. O objetivo é transformar essa
lembrança em um poema. Não esqueça que seu texto deve mexer com o leitor, fazendo-o se emo-
cionar, rir ou refletir sobre a vida.
Seu poema deverá apresentar:
1. metáforas;
2. 4 estrofes de 4 versos, no mínimo;
3. tema relacionado a um momento específico da vida;
4. título.
Boa produção!

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20 LÍNGUA PORTUGUESA
Critérios de correção – 6º ano – poema
As divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são possíveis valores
intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e reescrita fica a cri-
tério do professor. É possível fazer uma primeira correção entre os próprios alunos, por meio da troca
de texto entre eles, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda versão. Da mesma forma, o
professor poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e posterior reescrita.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (4,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


1. O texto é estruturado em forma de poema, apresentando
no mínimo 4 estrofes com 4 versos cada?
2. O aluno utilizou figuras de linguagem (metáforas)?
3. O tema tratado refere-se a algum momento vivido pelo
aluno?
4. O poema tem título?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Há riqueza e relevância de informações, ou seja, há


uso de figuras de linguagem, o tema faz referência a
um momento específico da vida do aluno, o eu lírico é
evidente e há título criativo e coerente com o tema?

6. O poema busca mexer com o leitor de algum modo ou


seja, tem apelo emocional?

TOTAL

COESÃO (1,0) 0,5 0,3 zero

7. Há continuidade de ideias no poema?


8. O vocabulário empregado é adequado, rico e variado?

TOTAL

NORMA-PADRÃO (1,0) 0,5 0,3 zero

9. Foram seguidas as regras de ortografia e acentuação?


10. Foram seguidos os demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano?
TOTAL
TOTAL GERAL
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LÍNGUA PORTUGUESA 21
Unidade 4 – Capítulo 3 – Palavras que ensinam
Lei – Projeto de lei
Conforme você aprendeu ao longo de seus estudos em língua portuguesa, existe uma infinidade
de gêneros textuais com os mais variados objetivos. O gênero que estudaremos agora faz parte da
vida de todos os cidadãos, seja de uma cidade, de um estado ou de um país. Trata-se do texto de lei.
A lei é um gênero textual do campo jurídico que tem caráter impositivo e visa enumerar as regras
para a vida em sociedade, em todos os seus aspectos. Quem produz esses textos são os legisladores das
várias esferas: municipal, estadual e federal (vereadores, deputados e senadores); já os interlocutores
são os cidadãos da cidade, do estado ou do país.
Quanto à estrutura, o texto de lei emprega elementos como artigos, parágrafos, incisos, alíneas e
itens para a exposição do conteúdo. Nos artigos que enumeram uma lei são usados números ordinais
até o artigo 9 (artigo 1º, artigo 2º... artigo 9º). A partir do décimo, são utilizados números cardinais
(artigo 10, artigo 11, artigo 12...).
Os artigos podem ser seguidos de parágrafos que os explicam. Caso haja apenas um parágrafo,
escreve-se parágrafo único, caso haja mais de um parágrafo, utiliza-se o símbolo §, seguido de números
ordinais até o 9 e de cardinais a partir do 10.
Os incisos complementam o conteúdo dos artigos ou dos parágrafos, depois de dois pontos, e são
representados por algarismos romanos. As alíneas são empregadas após os incisos e são representadas
por letras minúsculas em ordem alfabética. O texto pode conter, ainda, itens, que são usados depois de
parágrafos e representados por algarismos arábicos: 1, 2, 3... As leis são de extrema importância para o
bom funcionamento de uma sociedade, ela garante direitos, impõe deveres e guia a justiça para todos
os cidadãos.
Leia agora um projeto de resolução que propõe a criação de uma câmara de vereadores mirins
para uma cidade. Um projeto de resolução visa regular assuntos relacionados à administração interna
da câmara de vereadores ou de deputados. A estrutura do texto, porém, é a mesma que se verifica em
leis já aprovadas. Depois de ler com atenção, responda às questões propostas.

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22 LÍNGUA PORTUGUESA
CÂMARA MUNICIPAL DE «CIDADE»
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº..................
“Cria no âmbito municipal a câmara mirim”.
No uso das atribuições que nos confere o Regimento Interno desta Casa de Leis, estamos
submetendo à apreciação do Plenário o seguinte Projeto de Resolução.

Artigo Art. 1º - Fica criada no município, no âmbito da Câmara Municipal, a “Câmara Mirim”.

§ 1º - Participarão do processo de escolha dos vereadores mirins as escolas da rede de


ensino do município, públicas e particulares, que possuírem turmas de 7º e 8º anos.
§ 2º - Cada escola terá no mínimo 1 (um) representante na “Câmara Mirim” e para comple-
tar o mínimo de 15 (quinze) vereadores mirins, se necessário, as escolas com maior número de
alunos, nas turmas de 7º e 8º anos de cada escola do município, poderão ter mais de 1 (um)
representante.
§ 3º - Fica a cargo da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e do representante do
Núcleo Regional de Educação a responsabilidade pela informação do número de alunos do 7º
e 8º anos de cada escola do município.
§ 4º - A escolha dos vereadores mirins ficará a cargo de cada escola participante, aberto
aos alunos de 7º e 8º anos, obedecendo a um dos seguintes critérios:

I- Eleições visando o surgimento de lideranças;


Parágrafos

II - Análise do currículo escolar do aluno, de sua atuação e participação na escola;

III - Concurso de redação sobre temas atuais;

IV - Outros. Incisos

§ 5º - As escolas participantes deverão informar previamente a Câmara Municipal sobre


qual o critério utilizado na escolha dos vereadores mirins.

Art. 2º - O mandato dos vereadores mirins será de 1 (um) ano letivo, e sua função será
considerada de interesse educativo e participativo e não será remunerada.

Art. 3º - Compete a “Câmara Mirim” especificamente, encaminhar propostas ao muni-


cípio, relativas a temas como educação, saúde, assistência social, cultura, esporte, lazer, meio
ambiente e outras de interesse do município.

Art. 4º - No dia 1º de março de cada ano letivo às 19:00 horas, em Sessão Solene de insta-
lação, sob a presidência da Mesa Executiva da Câmara Municipal os vereadores mirins prestarão
compromisso, tomarão posse e escolherão os componentes da Mesa Diretora dos trabalhos,
que ficarão automaticamente empossados.
EF19_6_POR_L2_CA

LÍNGUA PORTUGUESA 23
Art. 5º - A “Câmara Mirim” reunir-se-á no Plenário da Câmara Municipal, uma vez por
mês de 1º de março a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro uma hora antes de cada
sessão ordinária da Câmara Municipal.

Art. 6º - A Mesa Executiva da Câmara Municipal baixará atos para implantação e execução
da "Câmara Mirim", visando estabelecer o pleno funcionamento das suas atividades.

Art. 7º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as


disposições em contrário.

SALA DAS SESSÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE «CIDADE», Estado de «ESTADO», ........ de


....................... de ............
«NOME_VEREADOR»
Vereador

JUSTIFICATIVA
Senhores Vereadores,
O projeto que ora se apresenta para vossa análise e consideração visa essencialmente educar
nossos jovens a participar mais destacadamente da realidade de sua comunidade, despertando
e criando interesse pelas decisões que direta e indiretamente os afetam e desenvolvendo uma
consciência cívica voltada às necessidades públicas.
Atualmente, é facilmente percebido o desinteresse da juventude pela política e pelas de-
cisões governamentais. Não apenas em nível municipal, ou no Poder Legislativo, mas em todos
os níveis da Federação e em todos os Poderes.
Segundo alguns estudiosos do assunto, esse desinteresse na verdade é uma forma de
protesto diante da situação que se apresenta e da total ausência de uma expectativa razoa-
velmente melhor no futuro profissional e humano. Sendo a principal forma de exteriorização
deste pensamento a alheação e o vandalismo. Este último caracterizado principalmente pela
depredação de bens públicos.
Portanto, há que se compreender tal alheamento. E acrescentem-se ainda os maus exemplos
que infelizmente a classe política vem demonstrando à sociedade. Aqueles que deveriam bus-
car soluções não apenas para os problemas dos jovens, mas para toda a sociedade organizada,
são na verdade aqueles que mais se omitem da responsabilidade a eles delegada. Porém, não
devemos e nem podemos deixar que assim permaneça esta condição, pois somos igualmente
partes desta classe.
Nós, que detemos um mandato popular, temos a obrigação precípua de tentarmos mu-
dar esta situação alarmante que se desenvolve, pois estes jovens de hoje serão os líderes de
amanhã, serão aqueles que decidirão o futuro desta Nação, deste Estado, deste Município e
desta Comunidade.
O primeiro passo pode-se dar através da aprovação desta matéria, que sem dúvida será um
importante marco para a mudança de atitude e de visão quanto ao futuro de nossa sociedade.
Portanto, contamos com o apoiamento indispensável dos Nobres Pares para o consentimento
e instalação da Câmara Mirim.
«NOME_VEREADOR»
EF19_6_POR_L2_CA

Vereador
Disponível em: http://www.projetosdelei.com.br/modproj.shtml. Acesso em: 20 mar. 2019.

24 LÍNGUA PORTUGUESA
ATIVIDADES

1. O que o projeto propõe?

2. Que informações são dadas nos incisos do parágrafo 4º do artigo 1º?

3. Segundo o artigo 3º, o que compete à câmara?

4. No final do texto, há uma justificativa elaborada pelo autor do projeto. Que argumentos ele
utiliza para ressaltar a necessidade de sua aprovação?

5. O que você pensa sobre a proposta apresentada? Você se interessa por assuntos que envolvem
a política e a administração pública?
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LÍNGUA PORTUGUESA 25
T
C
Proposta de produção
Agora é sua vez!
Que tal criar um projeto de lei que dispõe sobre a criação de um grêmio estudantil em sua escola?

Antes de uma lei ser aprovada e colocada em prática, ela precisa ser apresentada e debati-
da entre os membros escolhidos para representar a população. Para isso, o vereador, deputado
ou senador precisa redigir um projeto de lei e apresentá-lo à câmara e depois ao chefe maior
da cidade, do estado ou do país. Só depois de aprovada em todas essas esferas é que a lei será
colocada em vigor.

Você deverá se reunir com os colegas conforme a orientação de seu professor e, depois, o grupo
deverá levantar as principais tarefas que deverão ser atribuídas aos componentes do grêmio, assim
como as regras para a candidatura, a regularidade dos encontros etc. Vocês deverão criar o texto e
apresentá-lo ao professor, que fará a verificação de conteúdo e linguagem para a escrita final.
Utilizem no texto, os elementos próprios do gênero textual lei e escrevam uma justificativa no
final, explicando por que o projeto deve ser aprovado. Não esqueçam de utilizar a modalidade formal
da língua. Depois de pronto, vocês poderão apresentar o projeto ao diretor da escola, que poderá ou
não o aprovar. Caso consigam aprovação, a participação em um grêmio é uma ótima forma de exercer
sua cidadania na comunidade escolar.
Boa produção!

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26 LÍNGUA PORTUGUESA
Critérios de correção – 6º ano – projeto de lei
As divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são possíveis valores
intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e reescrita fica a cri-
tério do professor. É possível fazer uma primeira correção entre os próprios alunos, por meio da troca
de texto entre eles, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda versão. Da mesma forma, o
professor poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e posterior reescrita.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (4,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


1. O texto é um projeto de lei que dispõe sobre a criação de
um grêmio estudantil?
2. O texto apresenta os elementos estruturais próprios do
gênero textual lei?
3. O texto apresenta os critérios para a seleção dos mem-
bros, as atribuições do grêmio, o modo de funcionamento e
a justificativa?
4. A linguagem está de acordo com a modalidade formal da
língua?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. O texto tem progressão e coerência?


6. Há riqueza e relevância de informações, ou seja, foi apre-
sentada a proposta de criação de um grêmio estudantil?
Foram inseridas informações relacionadas às atribuições e
ao funcionamento do grêmio, além de como será feita a
seleção dos membros? Foi apresentada uma justificativa?

TOTAL

COESÃO (1,0) 0,25 0,15 zero

7. Há continuidade de ideias no texto?


8. As regras de pontuação foram seguidas?
9. O vocabulário é adequado, rico e variado?
10. As frases estão adequadamente construídas?

TOTAL

NORMA-PADRÃO (1,0) 0,5 0,25 zero

11. Foram seguidas as regras de ortografia e acentuação?


12. Foram seguidos os demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano?
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TOTAL
TOTAL GERAL

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