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ATENDIMENTO DE URGENCIA E EMERGÊNCIA

( PRIMEIROS SOCORROS )

AULA 01 : Historia do Atendimento Pré Hospitalar


suas caracteristicas e sua evolução
Curso Técnico de Enfermagem - 2017
Professor : Paulo Estevam Costa C. Preta
AULA 01 : HISTORIA DO
ATENDIMENTO PRÉ
HOSPITALAR
O QUE É O ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR

Atendimento pré hospitalar (APH) ou socorro pré-hospitalar é o atendimento


emergencial em ambiente extra-hospitalar (fora do hospital). De acordo com a
legislação brasileira existem dois tipos de Atendimento Pré Hospitalar, o FIXO E O
MÓVEL.

Fonte: Ministério da Saúde Portaria 2048 [1]


ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO

O Fixo está dividido em dois tipos:


1°. UNIDADE DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS E A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O PROGRAMA
DE SAÚDE DA FAMÍLIA As atribuições e prerrogativas das unidades básicas de saúde e das
unidades de saúde da família em relação ao acolhimento/atendimento das urgências de baixa
gravidade/complexidade devem ser desempenhadas por todos os municípios brasileiros,
independentemente de estarem qualificados para atenção básica (PAB) ou básica ampliada
(PABA).
2°. UNIDADES NÃO-HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Estas unidades, que devem funcionar nas 24 horas do dia, devem estar habilitadas a prestar
assistência correspondente ao primeiro nível de assistência da média complexidade (M1). Pelas
suas características e importância assistencial, os gestores devem desenvolver esforços no
sentido de que cada município sede de módulo assistencial disponha de, pelo menos uma,
destas Unidades, garantindo, assim, assistência às urgências com observação até 24 horas para
sua própria população ou para um agrupamento de municípios para os quais seja referência.
As atribuições e formatações devem ser conferidas na PORTARIA Nº 2048, DE 5 DE NOVEMBRO
DE 2002 emitida pelo Ministério da Saúde site do Ministério da Saúde
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

O Móvel também esta dividido em dois tipos:


1°. Atendimento pré-hospitalar móvel primário: Quando o pedido de socorro for oriundo de um
0cidadão.

2°. Atendimento pré-hospitalar móvel secundário: Quando a solicitação partir de um serviço de


saúde, no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização
do quadro de urgência apresentado, mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior
complexidade para a continuidade do tratamento.
Considera-se como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência e emergência, o atendimento
que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de
natureza clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar a sofrimento,
sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou
transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema
Único de Saúde.
O Serviço de atendimento pré-hospitalar móvel deve ser entendido como uma atribuição da
área da saúde, sendo vinculado a uma Central de Regulação, com equipe e frota de veículos
compatíveis com as necessidades de saúde da população de um município ou uma região,
podendo, portanto, extrapolar os limites municipais. Esta região de cobertura deve ser
previamente definida, considerandose aspectos demográficos, populacionais, territoriais,
indicadores de saúde, oferta de serviços e fluxos habitualmente utilizados pela clientela. O
serviço deve contar com a retaguarda da rede de serviços de saúde, devidamente regulada,
disponibilizada conforme critérios de hierarquização e regionalização formalmente pactuados
entre os gestores do sistema loco-regional.
Para um adequado atendimento pré-hospitalar móvel o mesmo deve estar vinculado a uma
Central de Regulação de Urgências e Emergências. A central deve ser de fácil acesso ao público,
por via telefônica, em sistema gratuito (192 como número nacional de urgências médicas ou
outro número exclusivo da saúde, se o 192 não for tecnicamente possível), onde o médico
regulador, após julgar cada caso, define a resposta mais adequada, seja um conselho médico, o
envio de uma equipe de atendimento ao local da ocorrência ou ainda o acionamento de
múltiplos meios. O número de acesso da saúde para socorros de urgência deve ser
amplamente divulgado junto à comunidade. Todos os pedidos de socorro médico que derem
entrada por meio de outras centrais, como a da polícia militar (190), do corpo de bombeiros
(193) e quaisquer outras existentes, devem ser, imediatamente retransmitidos à Central de
Regulação por intermédio do sistema de comunicação, para que possam ser adequadamente
regulados e atendidos.
DIFERENÇAS ENTRE

- PRIMEIROS SOCORROS
- APH
- RESGATE

PRIMEIROS SOCORROS :

TODO ATENDIMENTO REALIZADO POR LEIGOS , PARA MANTER A VIDA E EVITAR O


AGRAVAMENTO DAS CONDIÇÕES ATÉ AO RECEBIMENTO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA

ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR :

É O ATENDIMENTO PRESTADO POR PROFISSIONAIS DA SAÚDE OU NÃO , ORIUNDOS DA SÁUDE


TREINADOS E CAPACITADOS PARA PROVER OS CUIDADOS INICIAIS AO CLIENTE , DE FORMA
ORGANIZADA E SISTEMATIZADA , SEGUIDO DE TRANSPORTE ATÉ AO SERVIÇO DE SAUDE QUE
PROPORCIONARÁ O TRATAMENTO DIFINITIVO

RESGATE :

CONSISTE NA RETIRADA DO INDIVÍDUO DE UM LOCAL POR VEZES DE DIFICIL ACESSO DE ONDE


A VITIMA NÃO PODE SAIR SOZINHO. PODENDO RESGATISTA TER DE USAR EQUIPAMENTOS E
TÉCNICAS E TREINAMENTOS ESPECÍFICOS PARA EXECUÇÃO .
O RESGATE EM NOSSO PAIS SÃO REALIZADO PELOS :

- CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES


- PARASAR ( FORÇAS ARMADAS )
- BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS ( ESTES VINCULADOS AOS BMs )

- * BOMBEIROS CIVIS ( LEI 11.901 )


A HISTORIA DO ATENDIMENTO
PRÉ HOSPITALAR
A ASSISTÊNCIA E TRANSPORTE DE PESSOAS FERIDAS SEMPRE
FOI UMA PREOCUPAÇÃO ENTRE OS POVOS , ONDE TIVEMOS O
PRIMEIRO RELATO NO NOVO TESTAMENTO , ENCONTRAMOS
NA “ PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO “Lucas 10:30-37.

O APH É DIVIDIDO EM

- ERA ANTIGA
- ERA LARREY
- ERA FARRIGNTON
- ERA MODERNA

FONTE : PHTLS 8ª EDIÇÃO


ERA ANTIGA
- TODO CUIDADO MÉDICO REALIZADO NA GRÉCIA , ROMA E EGITO , PELOS ISRAELITAS
E ATÉ A ÉPOCA DE NAPOLEÃO , É CLASSIFICADO COMO SERVIÇO DE
ATENDIMENNTO MÉDICO PRÉ MODERNO

- CARACTERISTICAS
INSTALAÇÕES MÉDICAS RUDIMENTARES
SOCORRISTAS POUCO FAZIAM PELAS VITIMAS

DESTAQUE PARA O PAPIRO DE “ EDWIN SMITH “ DE 4.500 ANOS ATRÁS QUE DESCEREVEM
CUIDADOS MÉDICOS EM UMA SÉRIE DE RELATOS DE CASOS NO DIA A DIA
ERA LARREY
NO FINAL DE 1700 , O MÉDICO CHEFE MILITAR DE NAPOLEÃO
DOMINIQUE JEAN LARREY RECORRECEU A NECESSIDADE DE UM
ATENDIMENTO IMEDIATO AOS FERIDOS . E EM 1797 ELE OBSERVOU
E RELATOU QUE :

“ A DISTÂNCIA DE NOSSAS AMBULÂNCIAS PRIVA O FERIDO DOS CUI_


DADOS NECESSÁRIOS “ 1766 - 1842

CRIANDO ENTÃO : “ AMBULÂNCIAS VOADORAS “


ERA LARREY
LARREY CRIA A PREMISSA QUE OS INDIVIDUOS QUE TRABALHAM NESTAS
AMBULÂNCIAS DEVEM SER TREINADOS E CAPACITADOS PARA
ATENDIMENTO PARA ATENDER NO CAMPO E TAMBÉM NOS
DESLOCAMENTOS .

DESENVOLVEU HOSPITAIS MAIS PRÓXIMOS AS LINHAS DE BATALHAS


SEMPRE DESTACANDO A IMPORTÂNCIA DO ANTENDIMENTO “ IN LOCO “
E O RÁPIDO TRANSPORTE PARA ESTES HOSPITAIS PARA O TRATAMENTO
DEFINITIVO.

VEMOS UMA FORMA MAIS ANTIGA DA “ HORA DE OURO “ OU “GOLDEN


HOUR “ QUE VEREMOS MAIS ADIANTE .

O BARÃO LARREY É CONHECIDO POR SER O

“ PAI DO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR “


DA ERA MODERNA .
CRIAÇÃO DA CRUZ
VERMELHA
INTERNACIONAL
Em 1863 formação da Cruz Vermelha Internacional, atuação destacada nas Guerras Mundiais
do século XX.

Os combatentes receberam treinamento de primeiros socorros a fim de prestar atendimento a


seus colegas logo após a ocorrência de uma lesão no campo de batalha e durante o transporte
até o hospital de guerra.

Em 1965, na França surgem os Serviços de Atendimento Médico de Urgência (SAMU);

Os SAMU, inicialmente centrados nos atendimentos de estrada, se estende a área urbana

Necessidade de organização e coordenação médica- Princípio de Regulação médica;

Os atendimentos são realizados por equipe muldisciplinar , porém centrado no médido;

A atuação do SAMU é conjunta com o Serviço de Segurança Pública, realizada pelo Corpo de
Bombeiros, para ações de resgate.
HENRY DUNANT
Tudo começou num campo de batalha de Solferino no Norte da Itália, com milhares de
soldados feridos, abandonados à própria sorte por falta de assistência médica. Esta
situação deu a Henry Dunant a certeza de que era necessário fazer algo. Ele mobilizou a
população local para que o ajudassem a tratar dos soldados de ambas as frentes. Assim
foi lançada a semente para a Cruz Vermelha. Estávamos em Junho de 1859

Mais tarde, em 1962 Henry Dunant publicou o livro "Uma Recordação de Solferino", onde
fomentava a constituídas sociedades de assistência em tempo de paz, com enfermeiros
que tratassem dos feridos em tempos de guerra, e que estes voluntários fossem
reconhecidos e protegidos por meio de um acordo internacional. Criou-se então o Comité
Internacional para a Assistência aos Feridos, mais tarde renomeado para Comité
Internacional da Cruz Vermelha.
EM 1891 – O MÉDICO E CIRURGIÃO MILITAR

NICHOLAS SENN

FUNDADOR DA ASSOCIAÇÃO DOS CIRURGIÕES


MILITARES DISSE A FRASE QUE ATÉ HOJE SERVE
DE BASE PARA OS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO
PRÉ HOSPITALAR.

“ O DESTINO DOS FERIDOS


ESTÁ NA MÃO DE QUEM FAZ
O PRIMEIRO CURATIVO “
ERA FARRINGTON

O DR. J. D. "DEKE" FARRINGTON, O PAI DOS SERVIÇOS MÉDICOS DE


EMERGÊNCIA (SME), EM 1950 ESTIMULOU O DESENVOLVIMENTO DA
MELHORIA NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR EM UM ARTIGO ESCRITO
POR ELE CHAMADO DE “ A MORTE EM UMA VALA “

E FOI PRESIDENTE DE 3 COMITÊS QUE TRATAVAM DO ASSUNTO NA ÉPOCA


EM 1957 , JUNTO COM O DR SAM BANKS MINISTROU O PRIMEIRO CURSO DE
FORMAÇÃO DE ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR AO CHICAGO FIRE
DEPARTAMENT.

CURIOSIDADES : SERIADO NA TV
“ CHICAGO FIRE “.
FATOS HISTORICOS RELATIVOS AO APH
NA GUERRA DO VIETNÃ OS AMERCIANOS USARAM
HELICOPTEROS PARA O RESGATE DE SOLDADOS FERIDOS
NO CAMPO DE BATALHA, TENDO EM UMA DE SUAS
BATALHAS MAIS FAMOSAS E SANGRENTAS

EX : FILME FOMOS HERÓIS – MEL GIBSON

CURIOSIDADES : FILME “ ATÉ O ULTIMO HOMEM “

BASEADO EM FATOS REAIS

SINOPSE : A HISTÓRIA DE DESMOND T. DOSS, UM


MÉDICO DO EXÉRCITO AMERICANO QUE, DURANTE A
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, SE RECUSA A PEGAR EM
ARMAS. DURANTE A BATALHA DE OKINAWA ELE
TRABALHA NA ALA MÉDICA E SALVA CERCA DE 75
HOMENS.
FATOS HISTORICOS RELATIVOS AO APH
NO FINAL DA GUERRA DO VIETNÃ OS MILITARES TREINADOS PARA RESGATE NO
CAMPO DE BATALHA FORAM APROVEITADOS PARA A GUERRA URBANA , SENDO
CRIADO :

EMS - EMERGENCY MEDICAL SERVICE NOS ESTADOS UNIDOS ****

SAMU PARIS - SERVICE D'AIDE MÉDICALE URGENTE NA FRANÇA

DIFERENÇA DO SAMU DA FRANÇA X SAMU DO BRASIL ??? ( NOME E MODELO )


FATOS HISTORICOS RELATIVOS AO APH
O SERVIÇO DE APH NO BRASIL
EM 1808 POR INFLUÊNCIA DE PORTUGAL , O SERVIÇO DE APH ERA
EXECUTADO POR CARRUAGENS COORDENADO PELO SERVIÇO DE
ATENDIMENTO MÉDICO DOMICILIAR DE URGÊNCIA – SAMDU

EM 1982, O SERVIÇO DE RESGATE FOI IMPLANTADO NO DISTRITO


FEDERAL SOB A RESPONSABILIDADE DO CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO DF

EM 1994 , O SERVIÇO DE RESGATE FOI IMPLANTADO EM MINAS


GERAIS , EM UMA INTEGRAÇÃO ENTRE O CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DE MINAS GERAIS E A PREFEITURA DE BH INICIALMENTE

1982 - Distrito Federal


 1986 - Rio de Janeiro
 1989 - Paraná
 1990 - São Paulo
 1994 - Minas Gerais PORTARIA 2048 /MS
23 de Dezembro de 1994 LIVRO PHTLS
FATOS HISTORICOS RELATIVOS AO APH
O SERVIÇO DE APH NO BRASIL
RESGATE EM VARGINHA – MG
FATOS HISTORICOS RELATIVOS AO APH
O SERVIÇO DE APH NO BRASIL
RESGATE EM VARGINHA – MG
FATOS HISTORICOS RELATIVOS AO APH
O SERVIÇO DE APH NO BRASIL

EM 1995 NA CIDADE DE CAMPINAS FOI CRIADO O PRIMEIRO


SAMU ( SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA ) DO
BRASIL , PELO MÉDICO COORDENADOR JOSÉ ROBERTO HANSEN
FATOS HISTORICOS RELATIVOS AO APH
O SERVIÇO DE APH NO BRASIL
GRAU – GRUPO DE RESGATE E ATENÇÃO AS URGÊNCIAS

FAZ PARTE DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SÃO PAULO

SERVIÇO SIMILAR AO SAMU COM MÉDICOS E ENFERMEIROS

HOJE CONTA COM OS DOIS ÍCONES DO APH NO BRASIL

DRA JUNIA E DR ONIMARU


AULA 02 :HISTORIA DO
ATENDIMENTO PRÉ
HOSPITALAR
CURIOSIDADES E CONCEITOS
ESTRELA DA VIDA-ESTRELA DO RESGATE

BASTÃO ASCLÉPIO

Bastão De Esculápio Ou Asclépio É Um Símbolo Antigo,


Relacionado Com A Astrologia E Com A Cura Dos Doentes
Através Da Medicina. Consiste de um bastão envolvido por
uma serpente. De acordo com a Mitologia Grega, Esculápio
teria aprendido a arte da cura com Quíron. Ele é
costumeiramente representado como um cirurgião na
embarcação Argo, construída com a ajuda da deusa Atena.
Esculápio era tão habilidoso nas artes médicas que ganhou a
reputação de ter trazido pacientes de volta dos mortos. Em
virtude disto, foi punido e colocado nos céus como
a constelação Ofiúco
DIFERENÇA DE URGÊNCIA E
EMERGENCIA
Emergência é quando há uma situação crítica ou algo iminente, com ocorrência de perigo;
incidente; imprevisto. No âmbito da medicina, é a circunstância que exige uma cirurgia ou
intervenção médica de imediato. Por isso, em algumas ambulâncias ainda há “emergência”
escrita ao contrário e não “urgência”.

Urgência é quando há uma situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida
rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte. Na medicina,
ocorrências de caráter urgente necessitam de tratamento médico e muitas vezes de cirurgia,
contudo, possuem um caráter menos imediatista. Esta palavra vem do verbo “urgir” que tem
sentido de “não aceita demora”: O tempo urge, não importa o que você faça para tentar
pará-lo. No entanto, há situações de emergência que necessitam de uma intervenção
urgente, ou seja, que não podem se prolongar.

A diferença concentra-se mais no campo da medicina.

Por exemplo: hemorragias, parada respiratória e parada cardíaca são emergência. Luxações,
torções, fraturas (dependendo da gravidade) e dengue são urgência. Atualmente, na maioria
das ambulâncias só vem escrita a palavra AMBULÂNCIA, já que o encaminhamento é feito na
chegada ao hospital, e ao motorista só basta saber que deve abrir caminho.
RESPONSABILIDADES LEGAIS DO SOCORRISTA
A responsabilidade profissional é uma obrigação atribuída a toda pessoa que exerce uma
arte ou profissão, ou seja, a de responder perante a justiça pelos atos prejudiciais
resultantes de suas atividades, diante do exposto, o socorrista poderá ser processado e
responsabilizado se for constatada imperícia, imprudência e/ou negligência em seus atos:

IMPERÍCIA (ignorância, inabilidade, inexperiência)

Entende-se, no sentido jurídico, a falta de prática ou ausência de conhecimentos, que se


mostram necessários para o exercício de uma profissão ou de uma arte qualquer. A
imperícia, se revela na ignorância, como na inexperiência ou inabilidade a cerca de matéria
que deveria ser conhecida, para que se leve a bom termo ou se execute, com eficiência, o
encargo ou serviço que foi confiado a alguém. Evidencia-se, assim, no erro ou engano de
execução de trabalho ou serviço, de cuja inabilidade se manifestou ou daquele que se diz
apto para um serviço e não o faz com a habilidade necessária, porque lhe faltam os
conhecimentos necessários. A imperícia conduz o agente à culpa, responsabilizando-o, civil
e criminalmente, pelos danos que sejam causados por seu erro ou falta.

Exemplo: é imperito o socorrista que utiliza o reanimador manual, sem executar corretamente, por ausência de
prática, as técnicas de abertura das vias aéreas, durante a reanimação
RESPONSABILIDADES LEGAIS DO SOCORRISTA
IMPRUDÊNCIA (falta de atenção, imprevidência, descuido)

Resulta da imprevisão do agente ou da pessoa em relação às consequências de seu ato ou


ação, quando devia e podia prevê-las. Mostra-se falta involuntária, ocorrida na prática de
ação, o que a distingue da negligência (omissão faltosa), que se evidencia, precisamente,
na imprevisão ou imprevidência relativa à precaução que deverá ter na prática da mesma
ação. Funda-se, pois, na desatenção culpável, em virtude da qual ocorreu um mal, que
podia e deveria ser atendido ou previsto pelo imprudente. Em matéria penal, argüido
também de culpado, é o imprudente responsabilizado pelo dano ocasionado à vítima,
pesando sobre ele a imputação de
um crime culposo.

Exemplo: É imprudente o motorista que dirige um veículo de emergência excedendo o limite de velocidade
permitido na via.
RESPONSABILIDADES LEGAIS DO SOCORRISTA

NEGLIGÊNCIA (desprezar, desatender, não cuidar)

Exprime a desatenção, a falta de cuidado ou de precaução com que se executam certos atos,
em virtude dos quais se manifestam resultados maus ou prejudicados, que não adviriam se
mais atenciosamente ou com a devida precaução, aliás, ordenada pela prudência, fosse
executada. A negligência, assim, evidencia-se pela falta decorrente de não se acompanhar
o ato com a atenção que se deveria. Nesta razão, a negligência implica na omissão ou
inobservância de dever que competia ao agente, objetivado nas precauções que lhe eram
ordenadas ou aconselhadas pela prudência, e vistas como necessárias, para evitar males não
queridos ou evitáveis.

Exemplo: é negligente o socorrista que deixa de utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) em um atendimento
no qual seu uso seja necessário.
FORMAS DE CONSENTIMENTO

O CONSENTIMENTO IMPLÍCITO:

CONSIDERAMOS QUE O SOCORRISTA RECEBE UM


CONSENTIMENTO IMPLÍCITO PARA ATENDER UMA VÍTIMA QUANDO ELA ESTÁ
GRAVEMENTE FERIDA, DESORIENTADA OU INCONSCIENTE, OU AINDA É MENOR DE
18 ANOS E NÃO PODE TOMAR DECISÃO SOZINHA.

NO CASO DA VÍTIMA INCONSCIENTE, ASSUME-SE QUE SE


ESTIVESSE CONSCIENTE E FORA DE RISCO, AUTORIZARIA A PRESTAÇÃO DO SOCORRO.
IGUALMENTE ASSUME-SE TAMBÉM QUE SE UM FAMILIAR OU REPRESENTANTE LEGAL
DO MENOR ESTIVESSEM PRESENTES AUTORIZARIAM O ATENDIMENTO.
O consentimento explícito:
CONSIDERAMOS EXPLÍCITO O CONSENTIMENTO DADO PELO PACIENTE, FAMILIAR OU
REPRESENTANTE LEGAL PARA A PRESTAÇÃO DO SOCORRO. DESDE QUE ESTEJA FORA DE
PERIGO.

OMISSÃO DE SOCORRO
A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA CAPITULA A OMISSÃO DE SOCORRO COMO CRIME (Art. 135 do
Código Penal, somente utilizado para civis), E QUE, NOS CASOS DE VISÍVEL RISCO DE VIDA,A
VÍTIMA PERDE O DIREITO DE RECUSAR O ATENDIMENTO, POIS A VIDA É CONSIDERADA
COMO BEM INDISPONÍVEL E, NESSA SITUAÇÃO, O BOMBEIRO, POLICIAL OU SOCORRISTA
FICA AMPARADO PELO EXCLUDENTE DE LICITUDE DO ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER
LEGAL (ver Art. 23, III, do Código Penal)
Os 10 Mandamentos do Socorrista
1. Manter sempre a calma;

2. Pensar sempre na ordem de segurança quando estiver prestando socorro; a) Primeiro "EU" (a minha
segurança - do socorrista); b) Depois a da minha equipe e dos transcendentes; c) E por último a vítima;

3. Ao prestar socorro, deverá ligar ao atendimento Pré - Hospitalar já organizando, pelos números 193.

4. Antes de agir, verificar se há riscos no local para você e sua equipe.

5. Manter sempre o bom senso, que é nato do socorrista.

6. Manter sempre, o espírito de liderança, podendo ajuda e afastando os curiosos, que quase sempre
atrapalham.

7. Distribui tarefas, assim os curiosos, que poderão ajudar sem atrapalhar;

8. Evitar manobras intempestivas (com pressa), mas certas e urgentes;

9. Em casos de várias vítimas, dê preferência para aquelas que correm maior risco de vida, após a triagem
das mesmas (paradas cardíacas ou sangramento);

10. Seja socorrista e não herói. Que adianta salvar, se não tiver em mente transcrito o segundo
mandamento.
- HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

- PRECONCEITO

- ÉTICA

RESPEITO
SOLIDARIEDADE
SENTIMENTO DO DEVER CUMPRIDO

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